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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D A F I G U E I R A D A F O Z

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 9 da Sessão Ordinária de 29-12-2010

LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município --- DATA - 29 de Dezembro de 2010 --- INICIO - 15h55 --- A sessão iniciou-se com a presença de: --- PRESIDENTE - Vítor Frederico da Silva Figueiredo Pais ...PSD

1º SECRETÁRIO - António Azenha Gomes ...PSD

2ª SECRETÁRIA – Ana Elisabete Laborda Oliveira ...PSD

MEMBROS - José António Nogueira dos Santos ...MOVIMENTO FIGUEIRA 100%

João Paulo Correia Rodrigues ...PS

Vítor Manuel Andrade Margato em substituição ...PSD

Anabela Almeida Marques e Gaspar ...PS

Maria Isabel Gaspar Ferreira de Sousa ...PSD

António Jorge Rodrigues Pedrosa ...MOVIMENTO FIGUEIRA 100% Manuel Simões Mota ...PS

Adelino da Costa Pinto ...PS

António Francisco Guerra Padrão ...PSD

Elisa Maria Coimbra Matos ...MOVIMENTO FIGUEIRA 100%

Nelson César Santos Fernandes ...CDU

Maria dos Prazeres Alves de F. de Mendanha e Albergaria ...PS

David Manuel Fajardo Azenha ...PSD

Fortunato Carlos Alves da Costa ...PS

Carlos Alberto Pais dos Santos ...MOVIMENTO FIGUEIRA 100%

Francisco Nuno Costa de Melo Biscaia ... .PS

Tiago Gomes Teodósio Castelo Branco em substituição ...PS

João Paulo Águas Tomé Ferreira dos Santos ...BE

Isabel Maria de Oliveira F. G. Coimbra Barriga ...MOVIMENTO FIGUEIRA 100%

Júlio José da Rocha Bertão em substituição ...PS

Manuel António Fernandes Domingues ...PSD

Mafalda Sofia Mendes Azenha ...PS

Maria Margarida de Oliveira Monteiro Fontoura ...PSD

Luís Nuno de Almeida e Castro ...PS

PRESIDENTES DE JUNTAS DE FREGUESIA

(Alhadas) Jorge Manuel Rocha Oliveira ...PSD

(Alqueidão) Maria Caeiro Marques Simão ...PSD

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Acta nº 9 da Sessão Ordinária de 29-12-2010

(Borda do Campo) José António Carvalho Gaspar ...PS

(Brenha) Fausto Fernando Santos Loureiro ...PS

(Buarcos) José Manuel Matias Tavares ...PS

(Ferreira-a-Nova) Euclides Pagaimo de Jesus Frade ...PSD

(Lavos) José Elísio Ferreira de Oliveira ...INDEPENDENTE

(Maiorca) Filipe Humberto Mateus Dias ...PSD

(Marinha das Ondas) Manuel da Conceição Rodrigues Nada ...PS

(Moinhos da Gândara) Paulo Manuel Querido Rodrigues ...PSD

(Paião) João Paulo Gonçalves Pinto ...PS

(Quiaios) Carlos Manuel da Silva Rabadão ...PSD (Santana) Fernanda do Rosário Oliveira ...PSD

(S. Julião) Fernando Góis Moço ...PS

(São Pedro) Carlos Manuel Azevedo Simão ...INDEPENDENTE

(Tavarede) Victor Manuel dos Santos Madaleno ...PS

(Vila Verde) João Filipe Carronda da Silva Antunes ...PS

Após verificação do quórum, deu-se início à sessão. --- SUBSTITUIÇÕES

Foram substituídos os membros: Marina Resende Gomes da Silva por Tiago Gomes Teodósio Castelo Branco, António Manuel Pereira Simões por Júlio José da Rocha Bertão, António Manuel Pereira Simões por Júlio José da Rocha Bertão e Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes por Vítor Manuel Andrade Margato. ---

JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS

Justificaram as faltas os membros: Marina Resende Gomes da Silva, António Manuel Pereira Simões, António Manuel Pereira Simões e Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes. ---

A - PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

1.1 - LEITURA DO EXPEDIENTE E PRESTAÇÃO DE ESCLARECIMENTOS

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “queria saudar e, penso que também o posso fazer em nome da Assembleia, o regresso do Sr. deputado Nelson Fernandes, que retomou após um período de suspensão o seu lugar de direito nesta casa.” ---- PRIMEIRO SECRETÁRIO, interveio para fazer a leitura resumida da correspondência recebida. ---

1.2 – APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DAS ACTAS DAS SESSÕES DE 30 DE SETEMBRO DE 2010 E 26 DE NOVEMBRO DE 2010

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alguém quer tecer alguma consideração ao texto da acta que vos foi distribuído? Não havendo comentários a fazer, coloco de imediato à votação.” --- A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com trinta e três votos a favor (14 do PSD, 13 do PS, 5 do Movimento Figueira 100% e 1 do Membro Independente) e com três abstenções (1 da CDU, 1 do PS e 1 do PSD), aprovar a acta de 30 de Setembro de 2010. --- DECLARAÇÃO DE VOTO

NELSON FERNANDES, fez a seguinte declaração de voto: “abstenho-me na votação desta acta, porque não estive presente na sessão. E agradeço, desde já, as palavras do Sr. presidente em relação ao meu regresso.” --- JOÃO RODRIGUES, fez a seguinte declaração de voto: “a razão da minha abstenção é a mesma, não estive presente na referida sessão.” --- VÍTOR MARGATO, fez a seguinte declaração de voto: “não estive presente na referida sessão.” --- PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “passava agora, de igual maneira, à acta da sessão extraordinária de 26 de Novembro, perguntava aos senhores deputados se têm alguma consideração a fazer sobre o texto da acta que vos foi distribuído. Não havendo, coloco à vossa votação.” --- A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com trinta e seis votos a favor (16 do PSD, 14 do PS, 4 do Movimento Figueira 100% e 2 dos Membros Independentes) e com três abstenções (1 da CDU, 1 do PS e 1 do Movimento Figueira 100%), aprovar a acta da sessão de 26 de Novembro de 2010. --- DECLARAÇÃO DE VOTO

NELSON FERNANDES, fez a seguinte declaração de voto: “a declaração de voto é a mesma, é por ausência.” --- JOÃO RODRIGUES, fez a seguinte declaração de voto: “a declaração de voto é a mesma, é por ausência.” ---

2 – INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “há um pedido de palavra da Sr.ª D. Isabel Maria da Silva Carvalho, que vem fazer uma intervenção para a sensibilização ao jornal periódico, a “Voz da Figueira”, no sentido de assegurar novos assinantes para a sua viabilidade editorial. Como sabe, de acordo com o regimento, dispõe de 5 minutos para fazer a sua intervenção.” --- MUNÍCIPE, ISABEL CARVALHO, interveio dizendo: “a minha intervenção é no sentido de falar sobre a situação em que o jornal se encontra, (leu um texto sobre a

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história do jornal, documento que constitui o anexo número um à presente acta.)” 3 - ASSUNTOS GERAIS DE INTERESSE DO MUNICÍPIO

MARGARIDA FONTOURA, interveio dizendo: “vou falar em nome pessoal, não é da bancada, nem é do conhecimento deles, é uma moção de esperança, são votos de boas festas, poderá haver demagogia ou utopia, ir contra o protocolo autárquico, mas podemos torná-la realidade. Ocupamos este lugar na assembleia, com toda a dignidade que nos é devida, depois da votação e preferência do leitorado, aceitando pela Figueira, pelos figueirenses, e poder contribuir, se possível, para uma melhor qualidade de vida dos cidadãos. --- Uma Assembleia renovada, numa grande equipa, com elementos comuns à anterior, com ideais e objectivos a definir. Unidos de uma maneira ou de outra, há que olhar numa mesma direcção. E a oposição tem que existir, pois é de salutar e competitiva, e é decidindo, implementando, construindo, pois a união faz a força. --- Somos uma equipa líder, não na deliberação, mas no bom desempenho, com elevado espírito democrático na área social e económica, politica e outras. E como vivemos numa república, estamos perante igualdade, fraternidade, liberdade. --- Igualdade de direitos e deveres. Fraternidade, somos todos partidários e não adversários, não há vencidos nem vencedores. Liberdade na tomada de decisões e oportunidades. --- Somos representantes do povo, não! Somos o povo trabalhador, habituados à coerência e frontalidade das palavras e actos da bancada frontal. --- Somos uma grande equipa multitransdisciplinar, representando a democracia, e que lutará pela verdade e por uma Figueira movimentada a 100%, pela social-democracia onde a seriedade e coerência são dogma. --- Para terminar, simbolicamente imaginemos uma flor, um cravo, uma rosa, mesclada de vermelho, laranja e branco, de verde cálice, com fresco odor e que nos transfere, nos eleva, nos remete do projecto à acção do executivo, passando pela decisão certa, após discussão desta assembleia. Pela cultura, pela segurança, confiança, melhor saúde e bem estar, pelo desenvolvimento, pela captação e fixação de novas empresas e também a manutenção das já existentes, contra o desemprego e consequente aumento da produtividade, a Figueira e seu concelho precisam de nós, bem hajam, continuação de boas festas. Votos políticos de amizade e solidariedade para um feliz 2011.” --- JOÃO RODRIGUES, interveio dizendo: “em primeiro lugar, queria pedir desculpa

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pelas várias reuniões que tenho faltado nesta assembleia, mas isto não é motivo de que não tenha interesse e falta de respeito pelas pessoas que me elegeram, mas fundamentalmente porque as assembleias, por uma razão ou por outra, têm calhado em alturas, ou que não estou no País ou que estou com actividades, apesar desta se sobrepor às outras, às vezes não se pode cortar os compromissos anteriores e têm que ser honrados e portanto não pude estar presente por esse facto. --- A minha intervenção, é só para colocar uma questão simples ao executivo camarário, relativamente àquela proposta que apresentei há algumas assembleias atrás, sobre atribuir o nome de Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho à Praça da Europa, foi aprovada por unanimidade e aclamação, gostaria de saber se já foi feita alguma coisa, no sentido de tornar efectiva essa proposta, porque existe uma parte da proposta que é só atribuir o nome, que não tem custos. A outra parte, relativamente à homenagem, não é possível a estátua, o busto aí poderá ter alguns custos. --- Gostava de saber se já foi feita alguma coisa no sentido de tornar efectiva essa proposta.” --- PRESIDENTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “cumprimento a assembleia com votos de continuação de boas festas, e sobre esta questão, nós estamos inclinados a fazer a justa homenagem ao Eng. Aguiar de Carvalho, por altura das festas da cidade que, consideramos que é o momento mais adequado e entretanto vamos proceder às diligencias necessárias, e o mesmo cuidado será feito ao nível da toponímia.” --- ANTÓNIO PEDROSA, interveio dizendo: “vou ser breve, até porque em jeito de recomendação para 2011, chegamos ao fim de mais de um ano e é nesta altura do ano que nós metemos a mão na consciência e tentamos verificar o que é que fizemos de bem e o que é que fizemos mal. Seguramente que a Figueira da Foz também fará esse balanço, todos os munícipes o irão fazer, todas as freguesias o irão fazer. Atravessamos tempos difíceis, e é nestes tempos que, acho que a criatividade pode ajudar a passar a ausência de soluções. Queria apenas referir dois aspectos essenciais, uma que pode ser algo relacionada, muito miudinho, mas que penso que pode ajudar a dotar este órgão de uma outra visibilidade para junto dos figueirenses, recordo que, não é a primeira vez neste que regimento, que tivemos a oportunidade de mudar o período de intervenção do publico, efectivamente as pessoas não participam como nós gostaríamos que participassem, aliás como foi feito hoje, e bem, pela directora do órgão da “Voz da Figueira”,

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e deixava um desafio ao Sr. Presidente da Assembleia, até porque sou um adepto convicto das novas tecnologias, na perspectiva desta assembleia e quem sabe até o próprio executivo avaliar as condições técnicas que têm, para fazer a transmissão via internet, das sessões de reunião de câmara e das sessões da Assembleia Municipal. --- Vocês poderão dizer que é algo que o impacto poderá ser reduzido, pelo contrário, julgo que há muitas pessoas que gostariam de saber, com equidade, o que se debate nestes dois órgãos municipais. Isso traria várias vantagens, além de dar muito mais visibilidade aos actos de gestão autárquica e aos próprios actos de fiscalização e de acompanhamento, no fundo, que a própria oposição acaba por fazer. Responsabilizaria muito mais todos, desde o próprio Presidente da Câmara, passando depois também pelos membros deste órgão da Assembleia Municipal. É uma proposta que faço para 2011, para que o Sr. Presidente da Assembleia Municipal possa averiguar, junto dos serviços da câmara se há ou não há condições técnicas e se existirá também, por parte desta Assembleia, a vontade, talvez em conferencia de lideres, em fazer a transmissão destas assembleias via Web. É um repto que deixo, pura e simplesmente para nós reflectirmos sobre isso. --- Um outro aspecto, tem a ver com o que aconteceu no nosso concelho, durante o ano de 2010, e começo pelas boas noticias, nós tivemos empresas que investiram no concelho, nomeadamente a entrada em funcionamento da central da EDP, na freguesia de Vila Verde, temos a duplicação e expansão da Celbi, as obras, o grande investimento que foi feito, temos o prolongamento das obras do molhe norte, a abertura de novas urgências do hospital, o inicio da obra do Centro Escolar de Tavarede, a continuidade e a proximidade do fim das obras da escola secundária Dr. Joaquim de Carvalho e de repente poderíamos pensar que estamos noutro País. Não é verdade, estamos na Figueira da Foz, um concelho que apesar da dificuldade e da situação periquilitante da câmara municipal, no que diz respeito à sua situação financeira, acaba por ter um conjunto de investimentos e de atractivos e que fazem com que amenizem um pouco a propalada crise, em termos nacionais e internacionais. --- No entanto, tudo isto que disse são iniciativas, em que a câmara municipal tem uma responsabilidade nula ou muito reduzida. No outro dia, em jeito de balanço com dois amigos e que estão aqui presentes, falávamos que a câmara municipal criou um evento que pode ser digno de registo em 2010, que tem que ver com o

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Lusiaves Figueira Pró, nomeadamente a prova do circuito internacional de surf que acaba por recuperar uma prova que, dada a visibilidade, promove a imagem do concelho por essas fronteiras fora. --- Gostaria de enaltecer este executivo por ter colocado, novamente, na ordem do dia o coreto, quer dizer o coreto não apareceu, nunca mais se ouviu falar do coreto. E não é que o coreto traga grandes vantagens e que seja um assunto de particular interesse para o município, mas a verdade é que o coreto nunca mais apareceu, quer dizer desapareceu e era interessante nós, apesar de todas estas boas noticias, também termos uma resposta para os não acontecimentos. Seria também interessante perceber porque é que os nossos jovens da Figueira da Foz, ainda não têm a possibilidade de participar na gala dos pequenos cantores. Vamos a um quarto do mandato e aparentemente havia aqui algumas iniciativas que seriam interessantes para o município, mas que não aconteceram. Acho que esta assembleia e os figueirenses, no final deste tempo todo, merecem uma explicação e merecem, de alguma, forma que algo seja dito em relação a estas particularidades, que no fundo, tanta discussão deram. --- Também há instrumentos fundamentais relacionados com o desenvolvimento harmonioso do concelho, não sei se nós, até ao final deste mandato, iremos ter a revisão do PDM concluída. Começo a ficar preocupado, há um quarto do tempo que já passou, seria interessante também saber o que é que está previsto para 2011. Em que medida é que os figueirenses poderão ter alguma esperança que estes assuntos voltem novamente para cima da mesa. --- Depois temos más noticiais, temos um grau de execução orçamental sofrível, temos coisas que não nos fazem acreditar que, 2011 será pelo menos igual a 2010 na Figueira da Foz. A actividade económica irá passar por dificuldades intensas, não sei se vai haver muito mais investimento do que aquele que existiu em 2010. Apesar de termos um porto comercial que bate recordes, irá ressentir-se nas dificuldades que as empresas vão fazer, e acho que é neste momento que desafiava o Sr. Presidente da Câmara a dar uma palavra de conforto à oposição e aos figueirenses, nomeadamente no que diz respeito àquilo que não foi feito e como é que nós podemos encontrar as tais soluções engenhosas e criativas, porque dinheiro não há! Para colocarmos novamente estes assuntos que, do ponto de vista sentimental, acabam por mexer com todos os figueirenses.” --- PRESIDENTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “agradecer, antes de mais ao deputado António Pedrosa, como referiu, muitos são os constrangimentos para levar acabo

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alguns eventos de relevo. Tivemos a oportunidade, também estamos a analisar, para levar acabo o evento do Surf, e os outros também não estão esquecidos. --- Estamos também a preparar este evento da passagem do ano, recorrendo à nossa companhia de bailado. Como foi hoje referido, com os recursos da casa, com artistas do concelho e num outro conceito mais alargado. É evidente que isto também são iniciativas que alteram, em muito, os modelos assumidos do passado, onde os recursos financeiros permitiam outras soluções e, pouco a pouco, começa a haver uma certa adesão e vontade de colaborar e é esse o espírito que nós queremos acarinhar e desenvolver. --- A questão da gala não está esquecida, é um projecto que está a ser trabalhado, no sentido de criar uma associação que depois possa protocolar a iniciativa connosco. --- Quanto à questão do coreto é mais uma questão romântica, não propriamente de grande contracção que exija da nossa parte um grande esforço. O maior esforço será agradar a todos e fazer um coreto em conformidade. Temos já um projecto, que se poderia compatibilizar com estruturas já existentes, mas mesmo assim as pessoas continuam a reivindicar o modelo do passado, o coreto na sua estrutura tradicional. Se efectivamente essa for a opção e essa opção fizer consenso, optaremos por ela. Mas a breve prazo apresentaremos uma solução. --- Sobre algumas questões, nomeadamente da execução orçamental, é a execução orçamental possível, vai ser tema da nossa conversa aquando da discussão do orçamento, portanto remeto para lá mas, de grosso modo, o que poderei dizer é que tivemos uma execução orçamental, ou seja as despesas a correr de acordo com a receita e permitindo até alguma poupança, abstraindo do exercício da divida assumida.” --- MANUEL DOMINGUES, interveio dizendo: “tenho uma moção, sobre a linha de caminho de ferro entre a Figueira da Foz e a Pampilhosa (documento que constitui o anexo número dois à presente acta). --- JOÃO CARRONDA, interveio dizendo: “para além de ir votar, não posso deixar de totalmente de acordo com essa moção. A Figueira não pode perder um conjunto de equipamentos, como já perdeu alguns sem que se mostre da parte dos figueirenses um sentimento de insatisfação e não poderei estar mais de acordo em que o encerramento desta linha ou não reutilização da linha, não deixa de ser uma perca, não só para a Figueira mas para os concelhos que são abrangidos por eles, essencialmente Cantanhede, incluindo uma situação que se colocou, que tinha a

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ver com a questão da Plataforma Logística, dado que era uma das mais valias inerentes à sua localização, na freguesia de Vila Verde. A eliminação dessa linha virá ainda dificultar mais, além de outros motivos e noutras instâncias.” - ANTÓNIO PEDROSA, disse o seguinte: “no fundo é para referir que a moção apresentada pelo grupo parlamentar do PPD/PSD, vem ao encontro de algumas expectativas que nós temos em relação à linha da Beira Alta, referir que a importância desta linha não passa somente pela questão do transporte de passageiros, mas no fundo, do ponto de vista do reforço do transporte de mercadorias por via ferroviária. Acho que a própria câmara municipal, com o reforço desta Assembleia Municipal, deve interceder junto Governo, seja ele qual for no futuro, para que esta linha não seja vitima das decisões do acaso. Recordo-vos que a situação do ramal da Lousã, deixou um conjunto de populações em maus lençóis porque se precipitaram com o encerramento da manutenção, levantam-se os carris, levantam-se as tábuas e agora anda tudo de autocarro. E, até esse serviço, já está a ser colocado em causa, nesse sentido a nossa bancada, associar-se-á a uma votação positiva desta moção, desde que seja também garantido, pela câmara municipal, que isto não conflitua com qualquer pensamento futuro que, neste momento, possa existir, no que diz respeito à potenciação do transporte ferroviário no concelho, em articulação com o porto comercial e com aquilo que nós não sabemos bem se vai acontecer da plataforma logística. Porque se se concretizar a mudança do local, ou pelo menos está pensado de uma plataforma logística para sul, a linha também perde potencial, quer dizer, acho que deve ser equacionado todas estas vertentes, nunca perdendo de vista a importância que o transporte ferroviário terá que assumir no futuro, não só por questões ambientais, mas por questões de competitividade em relação aos outros países.” --- JOSÉ ELÍSIO, interveio dizendo: “em tempos, houve um Governo que nos propôs a construção de “n” estádios de futebol, o povo foi atrás da ideia e toda a gente queria estádios de futebol. Mas pensava-se, naquela altura, que nós íamos ter os estádios de futebol e as outras coisas que nós queríamos. Chegou-se mais tarde à conclusão, que afinal não se podia ter tudo e até que alguns dos estádios de futebol foram uma autêntica inutilidade e são hoje um peso enorme para o Estado e para as nossas finanças publicas. --- A linha da Beira Alta, não sei que razões a podem justificar, é a minha dúvida. Não sei se tem um movimento grande de passageiros e se tem um movimento grande

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de mercadorias que a justifique. Não sei se no futuro nós ao estarmos aqui a reclamar a recuperação e a modernização da Linha da Beira Alta, não estamos a querer o mesmo que queria, naquela altura, as pessoas que queriam os estádios de futebol e as outras coisas. E se não estamos a querer o mesmo e se não estamos a contradizer-nos a nós próprios. --- Mas primeiro, se essa for a nossa pretensão e se for viável a construção da plataforma logística na zona onde estava inicialmente prevista, em Vila Verde, acho que talvez se justifique reclamarmos a recuperação e a modernização da linha da Beira Alta, se a opção for construir a plataforma logística na zona sul, como também já ouvi, e com todas as alterações que implica nas infra-estruturas do porto, tenho duvidas que seja prioritária a recuperação e modernização da linha da Beira Alta. Nessa altura, se for essa a opção e se essa opção for concretizável, acho que a primeira prioridade será a construção de uma linha que ligue o porto e a plataforma logística, à ramal ferroviário da Celbi e da Soporcel com a consequente ligação à rede férrea nacional. Acho que é esta opção, esta discussão que deve ser tomada, que deve ser feita em primeiro lugar, e só depois de tomar verdadeiramente uma posição sobre esta matéria. Sendo que estou disponível para as duas. Por enquanto, abster-me-ei na votação.” --- NELSON FERNANDES, disse o seguinte: “penso que este assunto da linha da Beira Alta, anda aqui à muitos anos, porque não é a primeira vez que a REFER se apronta para uma situação deste tipo e, aquilo que se tem vindo a acontecer em relação a esta linha é a sua desmerecencia, a tal ponto que amanha aquilo que o Sr. deputado José Elísio acabou de dizer, se torna na mais comum das verdades. Isto é, se o dono da linha da Beira Alta deixar degradar, a tal ponto, que não se justifica investir lá. A outra questão é também a plataforma logística. Se plataforma logística não for aqui mas for ali também não se justifica. Mas o problema é assim, então porque é que se justifica? O que é que lá está a fazer? Então quando se planeou, não se sabia que estava lá a linha do caminho-de-ferro? Não se sabia que aquela linha tinha uma determinada história e havia à volta dela e, inclusivamente, foi aprovado, aqui, obras no porto que se fizeram para fazer uma intermodalidade e deixou-se chegar isto a esta situação, naturalmente que nós temos que tomar uma posição muito clara, portanto neste sentido apoiamos a moção por parte do PSD.” --- NUNO BISCAIA, disse o seguinte: “relativamente a esta moção apresentada pelo PPD/PSD, nós não deixamos de concordar com ela, mas também não deixamos de

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atentar às razões aqui elencadas pelo Sr. deputado José Elísio, de facto é quase que inacreditável e inexplicável, como é que um ano após o encerramento da linha, ainda nada haja relativamente à continuidade ou não da mesma. Portanto poderá haver um “feeling” de que ela não abrirá, mas não é uma resposta concreta e essa é uma situação de impasse que em nada favorece a Figueira da Foz e os figueirenses, nem esta região. --- Penso que aí, concordamos com a moção do grupo parlamentar do PPD/PSD, é urgente a interpelação, neste caso do ministério, no sentido de um cabal esclarecimento sobre o estado do concurso que a REFER anunciava à um ano atrás para esta linha. Contudo também interessa saber se há essa intenção de encerramento, se há dados concretos, se há estudos sobre a viabilidade da própria linha, tendo em conta até que, poderá a própria linha complementar a tal dita plataforma logística se ela se localizar aqui na zona norte do concelho. --- Pelo que entendemos, esta moção do PSD merece o nosso voto favorável, na parte em que reclama do Ministério das Obras Publicas um cabal esclarecimento sobre o estado das coisas. --- Relativamente à não-aceitação do encerramento definitivo do ramal em causa, talvez dando esse esclarecimento o Ministério das Obras Publicas possa esclarecer, passo o plenasmo a esta assembleia sobre a viabilidade ou não da própria linha.” --- PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais intervenções coloco a moção à votação apresentada pelo Sr. deputado Manuel Domingues em nome do grupo do PSD.” --- A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com quarenta e três votos a favor (19 do PS, 17 do PSD, 5 do Movimento Figueira 100%, 1 do Membro Independente e 1 da CDU) e com uma abstenção do Membro Independente, aprovar a moção apresentada pelo Membro Manuel Domingues, sobre a linha de caminho de ferro entre a Figueira da Foz e a Pampilhosa. --- NELSON FERNANDES, disse o seguinte: “é uma intervenção muito rápida, que tem a ver com a centralização dos hospitais de Coimbra. Confesso que quando li a noticia, fiquei preocupado, sobretudo naquilo que diz respeito ao Hospital Distrital da Figueira da Foz e fiquei preocupado se o Hospital Distrital da Figueira da Foz entrava na centralização, isto é, se a centralização não dizia apenas respeito aos hospitais da cidade de Coimbra, mas aos hospitais do distrito. Parece-me que continua a ser, na minha opinião, extremamente nebulosa

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aquilo que é o futuro do Hospital Distrital da Figueira da Foz. E o problema é simples, independentemente da chamada construção da nova urgência, o que é de saudar, continuo a dizer e parece que já não sou só eu, porque tecnicamente nos hospitais já se fala disso, ao contrário daquilo que era prática aqui à uns anos atrás, é absolutamente necessário a existência de uma unidade de cuidados intensivos polivalentes, sem a qual o Hospital Distrital da Figueira da Foz não terá a categorização, a nossa urgência não terá a categorização de urgência médico-cirúrgica. --- Sei que esta construção está no plano director do hospital para futuro, segundo me disseram para o ano de 2013 e, isto esbarra com um problema muito sério, que tem a ver com o facto do hospital estar como o País, uma vez que não tem capacidade económica para a construir e parece que o Ministério da Saúde também não está disposto a investir nada neste hospital. Penso que isto é preocupante para todos nós porque, continuo a dizer que, implica com aspectos não só da saúde do nosso concelho, mas com aspectos relativos há actividade económica e turística, que a desclassificação do hospital trás por acréscimo. Neste sentido, sem ser pessimista, gostaria de chamar a atenção desta câmara e desta assembleia para esta situação.” ---

B – PERÍODO DA ORDEM DO DIA 4 - APRECIAÇÃO DE INFORMAÇÃO

4.1 - INFORMAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA E APRECIAÇÃO DA INFORMAÇÃO ESCRITA SOBRE A ACTIVIDADE MUNICIPAL

PRESIDENTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “aproveito o uso da palavra para prestar alguns esclarecimentos, as informações mais pertinentes estão vertidas no documento que foi distribuído, o que demais relevante será aquilo que hoje vem à aprovação desta assembleia. Aprovámos também a viabilização de um plano de saneamento financeiro que está a seguir a sua tramitação que, oportunamente, será apresentada também para apreciação a esta assembleia. --- Dar nota de que, foram apresentadas propostas, no sentido de viabilizar financeiramente a autarquia. No dia 4 de Janeiro levaremos as propostas da comissão, à apreciação de câmara e depois o processo terá a sua continuidade, mas para já, registo, com agrado, que a banca acolheu o nosso pedido. --- Para além disso e ainda a propósito da moção que aprovaram com a qual eu congratulo, porque implica sempre com o desenvolvimento do concelho, perder uma via ferroviária de acesso à nossa cidade é sempre uma perda e vale a pena lutar

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por ela, mesmo que às vezes tenhamos aquela percepção de que o projecto pode estar comprometido, parece-me que é o caso, porque oportunamente, em parceria com o Presidente da Câmara de Cantanhede, Montemor e, salvo erro Mealhada, já há uns meses pedimos uma audiência ao Sr. Ministro das Obras Publicas e tivemos a percepção de que não haveria grande empenho, salvo se houvesse motivações económicas muito fortes. A zona de apoio logístico é uma zona de expansão e será sempre um projecto a estimar para o desenvolvimento económico da nossa cidade, depende também de investimentos. A reflexão está feita com base na reflexão no investimento de privados. Também convém aqui, nesta perspectiva, saber qual é a viabilidade da zona de apoio logístico tal qual foi sediada, saber se temos ou não temos investidores para o projecto e se o projecto foi calculado nos seus devidos termos. E a percepção que temos é que houve uma análise perfunctória, pouco esclarecedora do sítio que foi escolhido. --- Também é urgente fazer uma maior reflexão sobre o tema, nomeadamente sobre o local, para depois tentar captar investimentos. Sendo certo que esta questão da linha da Beira, com a ligação ao ramal da Pampilhosa, é absolutamente pertinente para uma solução definitiva sobre a opção do local onde deverá ser instalada a zona de apoio logístico. Senão houver linha da Beira, se não houver o rama da Pampilhosa, não vale a pena estarmos a pensar naquele local. Acresce que o local é bastante acidentado, reflexão que ainda não foi feita. E que pode ter implicações, em termos da própria orçamentação da despesa. --- Já fizemos uma candidatura, para nos viabilizarem o estudo sobre o local mais indicado, continuamos também na expectativa daquilo que pode ser uma solução definitiva, do plano estratégico do porto da Figueira da Foz e, se porventura, for definido, que se poderá abrir um terminal a sul, valerá a pena também abraçar um outro projecto que tem a ver com a ligação ferroviária ao parque industrial e por continuidade a uma zona onde, eventualmente, poderemos instalar a zona de apoio logístico com acesso às papeleiras, que no fim de contas são as empresas que, em primeira linha, poderão apoiar esse projecto. De grosso modo é o que está neste momento em causa, tão breve quanto possível e assim que definidas estas soluções vamos acarinhar mais de perto o projecto. --- Sobre as informações propriamente ditas, elas estão vertidas no documento, nada de especial a assinalar, para além daquilo que já foi referido, trazemos hoje à vossa apreciação a questão dos regulamentos e a questão do orçamento que serão os aspectos mais sensíveis tomadas em reunião de câmara.” ---

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JOÃO RODRIGUES, disse o seguinte: “queria só comentar alguns aspectos, relativamente à informação que nos foi disponibilizada, por parte do Presidente da Câmara Municipal, não me cabe a mim, como deputado municipal, votar sobre estes pontos, obviamente que cabe aos vereadores que estão nas reuniões de câmara aprová-los ou não. Todavia, acho que tenho esse direito de emitir opinião sobre aquilo que está neste tipo de aprovações. Começava, por exemplo, na reunião ordinária de 19 de Outubro de 2010, em que é feita uma adjudicação no valor de 26 mil euros à FUNDFEC para a sua assessoria, relativamente a um contrato de prestação de serviços, e à distribuição e captação de água e de sistemas de recolha de tratamento e rejeição de afluentes, não sei o que é que se trata, nem sei a quem é que foi adjudicado nem é isso que me trás aqui, só que à semelhança do que há umas assembleias atrás, foquei e estranhei o facto da câmara municipal querer estabelecer parcerias com a universidade de Aveiro, sem consultar as universidades da região. Parece-me agora que, de facto, a câmara municipal não gosta mesmo da universidade de Coimbra, e desta vez foi ter com o instituto superior técnico, da universidade técnica de Lisboa, há feita aqui uma adjudicação directa corrijam-me se estou errado, sem consultar técnicos que possam ver noutras universidades do distrito que eventualmente até poderão fazer o trabalho em melhores condições e mais barato. --- Depois queria aqui focar um outro aspecto, relativamente a um outro processo que está também da reunião ordinária de 19 de Outubro de 2010, em que é feito um pagamento à câmara municipal, por uma compensação para uma realização de infra-estruturas e equipamentos de utilização colectiva, num determinado projecto urbanístico, não sei se o valor é justo, se é errado, parece-me esta medida errada, substituir arranjos de espaços verdes e urbanísticos por uma taxa, uma multa, ou uma compensação. Acho que os projectos quando são submetidos com determinados pressupostos, devem ser cumpridos até ao fim e a câmara municipal deveria ter obrigado a fazer o seu cumprimento e não pedir uma compensação. Porque é sempre discutível se este valor é bom ou mau.” --- ANTÓNIO PEDROSA, disse o seguinte: “se calhar já passou a oportunidade desta questão, mas como também não obtive, nem por via formal, nem por via informal mais nenhuma informação sobre o assunto queria questionar o executivo, em que medida é que aquele “soruru” que se criou à volta da aplicação do regulamento das taxas de publicidade, foi apresentado, na comunicação social, ou seja se existe alguma quantificação do número de reclamações, da quantidade de

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comerciantes e pequenos empresários que reclamaram em relação à aplicação daquele novo regulamento? Até para ficarmos um pouco esclarecidos porque, de certa forma, aquilo apareceu durante dois ou três dias de uma forma um pouco violenta, comerciantes a rasgar toldos, acho que esta assembleia merecia esta informação sobre se esse processo está ou não tranquilo, se efectivamente não houve mais nenhuma evolução em relação a essa matéria.” --- PRESIDENTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “em primeiro referir-me sobre a intervenção do deputado João Rodrigues, trata-se da revisão da contratualização com as Águas da Figueira. Há recomendações da ERZAR, há alterações de um decreto de lei de Outubro de 2009, que obriga a tomar em consideração alguns aspectos, nomeadamente a ligação de ramais, o que tem a ver com obrigação de ligação à rede, com o escalamento social, um conjunto de medidas que a entidade reguladora recomenda e, que depois foi consagrado em termos de lei. Portanto, isso implicará a revisão do contrato de concessão. Para além disso temos a nítida percepção que o contrato de concessão (cessação) não estava a ser devidamente monitorizado, quer a nível técnico quer a nível financeiro. Isso acaba por ter implicações ao nível orçamental, não só no que diz respeito ao plano anual de investimento, que reputamos de particular interesse a sua monitorização, mas e também ao próprio modelo que foi encontrado, nomeadamente no que diz respeito à comparticipação da autarquia em 25%, o que é um facto em si, anómalo, também já levantado nas próprias recomendações da entidade reguladora. Portanto à uma série de cuidados e de boas práticas que têm que ser revistas e consagradas no contrato. --- Face a esta circunstância, porque isto mexe com aspectos técnicos muito detalhados, procurámos um técnico que nos pudesse acompanhar nesta discussão. As Águas da Figueira aconselharam-nos algumas entidades e todas essas entidades considerámos que era fundamental o padrão de absoluta isenção, de primado da defesa do interesse público e aprofundámos mais a busca no sentido de encontrarem uma entidade idónea. Não, porque não nos foi referido e porque não surgiu nos elementos de busca a universidade de Coimbra, acabámos por contratar o Instituto Superior Técnico e recorrer aos serviços do professor Rui Marques, que é uma entidade consagrada e, assumidamente, um grande defensor dos interesses públicos, no que diz respeito a este domínio das águas e, aliás, tem feito já várias palestras e várias conferências e para além disso apresentou-nos um orçamento que, reputamos de adequado ao objectivo pretendido. Em breve

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traremos uma proposta, já foi apreciado na câmara, uma proposta protocolar. Já apresentámos também a proposta de protocolo e será agora, com base nisso, que as duas entidades, câmara municipal da Figueira da Foz através do seu quadro técnico. Também dou nota que, assumimos e distribuímos funções ao Eng. Casimiro Terêncio para acompanhamento neste processo das águas. --- Iremos também constituir a tal comissão técnica e estamos representados por esta entidade que reputamos a mais adequada. --- Se porventura a universidade de Coimbra também disponha um serviço de igual valência e se me tivesse deparado com ele, com certeza que também o teria consultado. Aliás, em termos de desenvolvimento regional, consideramos que o desempenho da universidade de Coimbra e a Figueira da Foz é fundamental. Mas isto também tem a ver com uma dinâmica de desenvolvimento regional e, por isso, também continuamos a aguardar o desenvolvimento do protocolo que estamos e que queremos celebrar, e pretendemos celebrar com a faculdade de ciências e tecnologia. Portanto Sr. Deputado, isto não foi de maneira nenhuma, alguma desconsideração ou menosprezo pela universidade de Coimbra, pelo contrário se, porventura, tivesse a percepção de que a universidade de Coimbra também prestava estes serviços, seria com eles que teríamos contratado. Isto só para dar nota, não estamos arrependidos, acho que estamos muito bem acompanhados e é com agrado, que agora verifico este professor Rui Marques é hoje um expert e apresentado até como uma das pessoas mais idóneas a este nível, nomeadamente tem a ver com a defesa e preservação deste serviço publico. --- Em relação à questão suscitada pelo deputado António Pedrosa, ainda hoje logo no início da manhã, uma reunião com a ACIFF, a propósito desta questão dos toldos. A questão dos toldos é também derivado da alteração que fizemos do regulamento de taxas, dentro dos mesmos critérios de aproximação de custo/beneficio, em que por imperativo legal estamos obrigados a aproximar a prestação de serviços que prestamos, ou a disponibilidade do espaço. A disponibilidade de espaço que concedemos ao seu valor real e, nessa perspectiva, foi encontrado um valor, também para este efeito de publicidade, que nos pareceu bastante razoável e que na altura não foi alvo de qualquer polémica ou de qualquer chamada de atenção. O desenvolvimento deste regulamento, nós queremos uma retoma da nossa autoridade administrativa. E queremos que a câmara não abdique das suas prerrogativas de cobrar receitas, estamos num período particularmente difícil, onde a orientação que nos é dada para viabilizarmos o plano de saneamento financeiro é a

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maximização da receita. Temos que dar sinais evidentes, nem que sejam simbólicos de que vamos nesse caminho. --- E portanto, quando uma equipa de fiscalização altamente motivada se prontifica para ir para o terreno e fazer o levantamento de todas as situações, seria absolutamente contra-procedente da nossa parte, dizer que não era oportuno por qualquer razão, nomeadamente o desgaste político ou a impopularidade. Não estamos em altura de o poder fazer. E foi nesse âmbito que, se suscitaram as questões dos toldos como nós chamamos, porque isto tem a ver com reclames publicitários. Poderia dizer que, genericamente, as licenças ou as taxas, estavam na casa dos 10 a 30 euros por ano. E neste momento podem chegar a 100, 120, pouco mais que isso. Mas digo também que, sendo isto um regulamento de carácter geral e abstracto de aplicação universal, não poderemos fazer qualquer tipo de discriminação. Ou seja, não posso através do regulamento, isentar o pequeno comerciante e querer cobrar o Santander, ou o BCP, ou os grupos económicos. Poder-vos dizer que, toda essa publicidade, estava isenta por inércia, dos serviços de fiscalização da câmara. Face a esse contexto, seria contra-producente pôr cobro a qualquer actualização da fiscalização. Preferimos outro caminho, fazermos um levantamento de todas as situações, ver o que é que justifica o descontentamento das pessoas. De grosso modo, temos cerca de 1424 licenças de publicidade com ocupação da via publica, até agora foram pedidos cancelamentos para 49 ou seja, 3,4%. A totalidade de licenças de toldos é 184 e foi pedido o cancelamento de 15 e, poderei dizer também que muita da publicidade também está desajustada, já não corresponde até ao estabelecimento, está desactualizada. Vamos ver o que é que suscitou estas suspensões, se for um problema económico de falta de rentabilidade dos comerciantes, nós aqui estaremos para criar a norma genérica, que permita a sua isenção, nomeadamente se esta cobrança de taxa for extremamente gravosa para a exploração da actividade comercial. Mas sempre dentro de um critério genérico ou seja através da inserção de uma norma no âmbito do regulamento de taxas, que permite contemplar estas situações. Foi isso que foi referido à ACIFF, pedindo-lhes até a sua colaboração, para que junto dos seus associados apreciassem e verificassem quais são as razões efectivas dos descontentamentos. Porque se a razão for só o não querer pagar, parece-nos que não é suficiente. Se for o não poder pagar, então valerá a pena estar atento. Até porque nós sabemos que o comércio citadino, para não chamar comércio tradicional, atravessa uma grave crise e

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constitui para nós uma mais valia, no sentido de ainda manter uma coesão à volta das centralidades das cidades. Portanto, desde que haja uma razão válida, vamos fazer o levantamento das situações e depois tomaremos as medidas que reportarmos como adequadas.” --- JOÃO RODRIGUES, interveio dizendo: “só queria dar um esclarecimento em relação à minha intervenção inicial, não tenho qualquer interesse relativamente a esta área concreta, não é a minha área de trabalho. Quando disse, foi para focar e demonstrar que existem nas universidades do distrito capacidades para fazer estes trabalhos tão bem ou melhor do que a pessoas escolhida que só agora é que sob quem era.” ---

5 - APRECIAÇÃO DAS SEGUINTES PROPOSTAS DA CÂMARA MUNICIPAL:

5.1 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIOS AO ASSOCIATIVISMO – REVOGAÇÃO DA ALÍNEA I) DO ARTIGO 4.º DO CAPÍTULO I E DO CAPÍTULO X DO REGULAMENTO APROVADO EM REUNIÃO DE CÂMARA DE 30 DE MARÇO DE 2010 E ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE 07 DE ABRIL DE 2010

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião de câmara de 23 de Novembro de 2010. --- NELSON FERNANDES, disse o seguinte: “genericamente estou de acordo com o regulamento. O que penso é que naquilo que diz respeito em determinadas modalidades ao longo das épocas desportivas, as coisas mudam muito. Parecia-me crucial que no artigo 14, a câmara pudesse exigir a obrigação de apresentação de relatórios trimestrais, acerca da correcta utilização dos apoios, isto naqueles apoios anuais, cujos apoios se estendem por uma época desportiva. De resto e na generalidade estou de acordo com o regulamento.” --- PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais intervenções coloco o ponto à votação.” --- A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com quarenta e um votos a favor (17 do PS, 16 do PSD, 5 do Movimento Figueira 100%, 1 da CDU, 1 do BE e 1 do Membro Independente) e com um voto contra do Membro Independente, nos termos da alínea a) do n.º 2 do art.º 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de Janeiro, aprovar a alteração ao Regulamento Municipal de Apoios ao Associativismo, revogando a alínea i) do art.º 4 do capitulo I, todo o Capitulo X e o Anexo II. --- DECLARAÇÃO DE VOTO

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JOSÉ ELÍSIO, fez a seguinte declaração de voto: “já votei contra o regulamento. Considero que ele é uma inutilidade, que não serve para coisa nenhuma a não ser para complicar, dificultar e prejudicar a vida das colectividades, conforme estou convicto que o tempo o irá comprovar.” ---

5.2 - PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIOS AO DESPORTO

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião de câmara de 23 de Novembro de 2010. --- A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com quarenta e um votos a favor (17 do PS, 16 do PSD, 5 do Movimento Figueira 100%, 1 da CDU, 1 do BE e 1 do Membro Independente) e com um voto contra do Membro Independente, nos termos da alínea a) do n.º 2 do art.º 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de Janeiro, aprovar a alteração ao Regulamento Municipal de Apoios ao Associativismo, revogando a alínea i) do art.º 4 do capitulo I, todo o Capitulo X e o Anexo II. --- DECLARAÇÃO DE VOTO

JOSÉ ELÍSIO, fez a seguinte declaração de voto: “votei contra, exactamente pelas mesmas razões que votei o ponto anterior. E portanto faço uma declaração de voto do mesmo teor.” ---

5.3 - GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA 2011-2014 E ORÇAMENTO PARA 2011 Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião de câmara de 20 de Dezembro de 2010. --- DÁRIO ACÚRCIO, interveio dizendo: “estou em representação do executivo da junta de freguesia do Bom Sucesso, tripartido, e ao analisar as grandes opções do plano 2011-2014 e depois de termos trocado impressões e tendo confrontado com as grandes opções do plano 2010-2013, verificámos que temos que ficar bastante preocupados, porque o que é que aconteceu nas grandes opções do plano 2010-2013 que nos foi distribuída pelo executivo da câmara municipal da Figueira da Foz? Sabemos que os tempos são difíceis, é verdade que há grandes dificuldades. Mas também é verdade que no meu caso concreto, porque não vejo as outras juntas de freguesia a pronunciarem-se, possivelmente irão todos bem, não sei. --- Temos uma grande extensão de vias rodoviárias que estão em estado lamentável e, portanto, continuamos preocupados na medida em que 2011-2014 é uma cópia em miniatura do plano 2011, 2010-2013. As dificuldades continuarão, mas mais acentuadas. --- Por exemplo, a junta de freguesia de Bom Sucesso, não teve massa asfáltica, teve

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que comprar para fazer face a determinados arranjos de vias, teve algum “tout-venant” mas também teve que comprar para fazer face às outras vias que estão em “tout-venant” e temos que, de vez em quando, tapar os respectivos buracos. Os três mil e quinhentos euros que seriam para transferir, recebemos cinco mil. Recebemos, para aquecimento de estabelecimentos de ensino, mil e duzentos euros, para manutenção de espaços verdes, cinco mil duzentos e cinquenta. Pequenas reparações em jardins-de-infância dois mil cento e setenta e cinco, e execução de transferências de verbas, cinco mil. Portanto, isto dá nada comparado, nem de longe com aquela folhinha que nos foi distribuída das grandes opções do plano 2010-2013. --- E agora, comparando com estas grandes opções do plano que também recebemos, 2011-2014, ficamos muito preocupados com a situação. Porque será que vamos sofrer do mesmo? Ou mais? Porque é que temos juntas de freguesia de bom sucesso, será que vale a pena tê-las? E já agora, como não vejo manifestação das outras juntas de freguesia, portanto só a minha é que tem problemas, possivelmente será fácil resolver a situação da junta de freguesia do Bom Sucesso.” --- JOÃO CARRONDA, disse o seguinte: “iria fazer uma leitura sobre a análise às GOP’s para 2011, (documento que constitui o anexo número três à presente acta). - NOGUEIRA SANTOS, interveio dizendo: “vou passar a ler uma declaração de voto que, sustentará a posição do Grupo Municipal do Movimento Figueira 100%. Após análise circunstanciada dos documentos que o executivo camarário publicou para a apresentação e fundamentação do Orçamento, para o ano de 2011, do Município da Figueira da Foz e, após uma reflexão séria sobre o actual momento do País e do concelho, o Grupo Municipal do Movimento Figueira 100% decide votar contra a presente proposta de orçamento pelas seguintes razões: 1 – apesar do conhecimento da realidade do Município, após um ano de mandato, o actual executivo camarário insiste em fazer do Orçamento um exercício de ficção o qual nenhuma adesão tem com a realidade económico-financeira do concelho, apresentando um conjunto de despesas e receitas que são totalmente irrealistas e sobejamente contrariadas pela análise à execução orçamental do ano, que nos é disponibilizada, ou pelas contas de anos anteriores. --- Aliás toda a fundamentação teórica do orçamento tem, como termo de comparação, o orçamento de 2010 e nunca, em circunstância alguma, se refere à realidade quer do ano em curso quer do ano anterior pois, dada a discrepância entre tais realidades, seriam no mínimo absurdas as conclusões que se poderiam obter. ---

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2 – Decorrido pouco mais de um mês sobre a realização de um estudo justificativo de um Plano de Saneamento Financeiro para o Município, elaborado com a participação de diversas forças politicas, e no qual o executivo camarário se comprometeu com metas ambiciosas na execução da despesa corrente, bem como, definiu claras prioridades para a realização de investimentos, somos agora confrontados com um orçamento que, na generalidade, distorce por completo o que há bem pouco tempo foi assumido. De facto, o orçamento tem muito em comum com a primeira versão do estudo que foi apresentado à câmara o qual, face às críticas da oposição, foi retirado e reformulado. --- 3 – A definição, já por mais de que uma vez referida pelos responsáveis camarários, de que a câmara é uma órgão de investimento, vem definitivamente retratada nas orientações políticas e económicas deste orçamento que, privilegia, definitivamente, a aplicação das poucas receitas disponíveis em intenções de despesa de investimento, em detrimento da acção social, apoio à populações e reparação de infra-estruturas de proximidade dos munícipes. --- O orçamento agora apresentado, é mais uma vez o reflexo desta politica de fatalismo de execução de obra pela existência de subsídio, o que leva a ficcionarem-se vendas de bens autárquicos, num completo atropelo das mais elementares regras da contabilidade orçamental, sejam elas públicas ou privadas. Pelo exposto e, pese embora a disponibilidade que sempre demonstrámos em colaborar para a obtenção das melhores soluções para a Figueira da Foz e para os figueirenses, não estamos na politica para pactuar com situações, cujas práticas no passado, conduziram o Município à ruptura financeira, por todos reconhecida, e que se continuadas o conduzirão, definitivamente, à insolvência.” --- ANTÓNIO PADRÃO, interveio dizendo: “relativamente a este ponto da ordem de trabalhos, o orçamento. O que é que realmente nos surpreende? Surpreende-nos o facto de que durante oito anos ouvimos aqui, de modo reiterado, um conjunto e corrupio de criticas relativamente ao modo como os executivos do PSD faziam e realizavam os orçamentos. Criticas essas que, tinham um denominador comum, a hipervalorização das receitas. Constatamos agora, na observância do orçamento apresentado pelo PS, que essas criticam, que então consistiam em mera argumentação de circunstância e que nada tinham de junil. Esta constatação, verifica-se agora com a apresentação deste orçamento, porque é feito a rigor, mais ou menos nos mesmos moldes que o PSD e os executivos anteriores apresentavam o orçamento. ---

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Mas vou-me servir de um Gião que é a acta da deliberação da câmara, acta nº 26, a Sr.ª vereadora Isabel Cardoso afirma o seguinte: “a receita de capital seria de muito difícil realização, constituindo um instrumento de mero exercício orçamental para obtenção do respectivo equilibro. Traduzido meramente o exercício orçamental e não uma realidade factual.” --- Esta é uma forma ou um modo da própria Sr.ª vereadora desvalorizar o documento, retira-lhe qualquer tipo de credibilidade e remete-o para o reino da ficção. Acresce ainda, a Sr.ª vereadora, que a venda de bens de investimento é de difícil exequibilidade, naturalmente que é. Pois se em 2010 a Sr.ª vereadora tem como montante de venda de bens de investimento cento e cinquenta e nove mil euros. E colocou, parabéns pela coragem, dezasseis milhões, quatrocentos e doze mil euros. Depois pergunta-se, mas que bens é que são alienados? Que bens? Existe uma avaliação actual dos mesmos bens? Que critérios é que foram utilizados na hierarquização desses bens para alienar? Que calendarização? Presumo, Sr.ª vereadora, que a sua resposta consistirá numa mão cheia de nada. -- Prosseguimos com a leitura da acta, a intervenção do Sr. vereador Miguel Almeida, recordo uma proposta de reforço orçamental das verbas para a acção social, tendo em conta o contexto actual do País, o orçamento, o vosso orçamento nem atenção privilegiada, dada às questões de ordem social. Assim passaram de cento e quarenta e quatro mil euros, para trezentos e quarenta e quatro mil euros. Em boa hora. --- Refere ainda, o vereador Miguel de Almeida, que a primeira versão do orçamento que este executivo apresentou, ainda disparava mais oito milhões na expectativa de receita. Portanto os senhores tiveram de cortar oito milhões, mas é uma tendência que se está a instalar aqui. Porque já com o plano de saneamento financeiro, vieram com os números perfeitamente irrealisticos, sem sentido, que lhes deram muito trabalho a ordenar, ou conferindo-lhe algum realismo. Sim, porque o documento final, como sabe, foi feito a meias, digamos-lhes assim. --- Por último, o Sr. vereador António Tavares, teve o privilégio de expressar a seguinte declaração de voto: “este orçamento, por ser um orçamento de contenção e restrição”, repare Sr. vereador que só em despesas para investimento no próximo ano o seu orçamento tem 5,1 milhões de euros de investimento. E estamos em contenção e restrição como o Sr. diz. Se não estivéssemos meu deus. Nos tempos que correm. Refere, Sr. Vereador, que se, congratula também gradualmente, porque se concilia com os princípios orçamentais que sempre defendemos. ---

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Vamos recordar, à pouco mais de um ano, os princípios que o Sr. vereador defendia, relativamente ao modo e há metodologia orçamental. Dizia o Sr., naquele livrinho que escreveu, o seguinte, isto criticando, os orçamentos feitos pelo PSD, há conclusão que o Sr. chega e leio textualmente: “o orçamento é uma peça decorativa das finanças municipais, o exercício cuja função provisional é nula”, mas não fica por aqui Sr. vereador, identifica o problema, reside na forma como é elaborado o orçamento de capital. Nele começa-se por incluir todas as obras, realmente é verdade, foi assim que fizeram. Mas aqui estava o Sr. a criticar os orçamentos do PSD. Nele começa-se por incluir todas as obras, que a câmara, por uma questão politica, faz questão de prometer, o que vai deturpar o plano de actividades e sobrevalorizar o orçamento. --- Depois inventam-se receitas, que foi o que a sua colega da vereação fez, gabo-lhe a imaginação. Depois diz o Sr., inventam-se receitas para cobrir as despesas inscritas, como estas receitas não são cobráveis por impraticáveis a provisão falha retundamente, estou de acordo consigo Sr. vereador. --- Assim, diz o Sr., o orçamento de instrumento de gestão previsional passa a instrumento de mera politica e de gestão de expectativas. E acaba assim, uma farsa, é o que o Sr. diz, tem toda a razão Sr. vereador. --- Assistimos aqui, a um hiper-inflacionamento das receitas, da própria receita corrente também, porque nunca a câmara, recordo passou dos trinta milhões de euros de receita corrente. Em 2010 leva 24,9 milhões de euros e para 2011 prevê 35,1 milhões de euros. Portanto, existem já aqui cinco milhões de euros nas receitas correntes, que estão desde o nosso ponto de vista hiper-valorizádos. --- E, realmente, trata-se de um processo de escolha, penso que os senhores tinham oportunidade de ter feito um orçamento que fosse consentâneo com aquilo que sempre defendiam. Porque algumas das críticas que faziam, podemos dizer agora, que essas criticas eram pertinentes. Podem-me fazer essa pergunta, e dificilmente vos responderei. Mas esforçar-me-ei por isso se me a colocarem. ---- E trata-se de um processo de escolha, a opção que fizeram. Sr. presidente como pessoa que gosta muito de ler, e tendo em conta a escolha que fez da tipologia do orçamento que nos apresentou, eu vou ler, não sei se conhece, a obra do filosofo espanhol António Rivera, premiado em Espanha em 2005, o que constituiu um êxito de livraria. Trata-se de uma vidente que oferece os seus serviços ao protagonista, o Sr. fará de protagonista e eu farei de vidente. A vidente oferece-se para adivinhar nos olhos, a vida que podia ter tido e não teve. Eu

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vejo a vida, o percurso que podia ter tido e não teve. E olhando para si, ao fundo dos olhos as suas pupilas registam a vida que quase viveu, e você pergunta-me, protagonista, e porque não a vida que vivi na realidade? E eu vidente, respondo-lhe o seguinte: porque essa é uma vida já usada, que cumpriu a sua missão. Em contrapartida a que está prestes a viver, a vida não nascida continua a cintilar na luz dos seus olhos. E você vai começar a contar-me essa outra vida desde que eu era criança? Pergunta-me você Sr. presidente. E eu respondo-lhe, não! Fique tranquilo, as vidas têm interesse a partir do dia crucial, do dia definitivo em que as pessoas se deparam com dois caminhos e têm que se decidir por um. O Sr. Presidente escolheu o seu.” --- NELSON FERNANDES, interveio dizendo: “com esta demonstração violenta de erudição, mas para mim este problema do orçamento chegava-me a rábula da “Olívia patroa, Olívia empregada”, em que no PSD se faz o orçamento e tem setenta milhões de euros, o orçamento é muito bom. Mas se é o PS a fazer o mesmo orçamento, o orçamento é muito mau. E no PS é exactamente a mesma coisa. Se é o Eng. Duarte Silva, que faz de setenta milhões de contos, é um despesista, é isto, é aquilo, é aqueloutro. Se for o Sr. Presidente Ataíde, isto está aqui com todo o rigor, portanto a rábula da “Olívia oposição, Olívia poder” é a mais adequada a este tipo de situações. --- E o orçamento para 2011, apresenta-nos uma receita global de sessenta e um milhões de euros. Apesar de ser menor em cerca de 6,5 milhões de euros, comparado com 2010, esta diferença aparece apenas nas receitas de capital, uma vez que as receitas correntes têm um ligeiro aumento. Aposto que a bancada do PS vai aprovar este orçamento. E pelo andar da carruagem a bancada do PSD também. Mas no passado, os mesmos orçamentos mereceriam, daquela bancada, séria chamada de atenção, diriam por exemplo que do lado das receitas estas estavam empoladas. E na realidade consultando o relatório e contas de 2009, as ultimas aprovadas, as receitas totais foram de 45.7 milhões de euros, mas se lhe substituirmos os dez milhões de euros do empréstimo do PRED, ficamos com uma receita total de trinta e cinco milhões. O que está de acordo com a queda gradual da receita desde 2003, e que é também comprovado pelo relatório de execução orçamental até Outubro que nos foi apresentado. --- Não diriam, mas digo eu, que o Governo do PS diminuiu em mais de cento e cinquenta milhões de euros os fundos do orçamento geral do Estado, destinado às autarquias. E ainda agora ouvimos dizer que a Figueira foi prejudicada em cerca

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Acta nº 9 da Sessão Ordinária de 29-12-2010

de quatrocentos mil euros do FEF. E não farão a pergunta que se impõe, existe alguma razão à câmara, para um optimismo desta natureza? Isto é, as condições económicas e financeiras de Portugal de hoje, são de molde a fazer uma previsão de subida de receitas? Respondendo como todos respondemos, que não. Então porque é que se orçamenta mais trinta milhões de euros do que a capacidade da angariação de receitas por parte do município. É evidente que há respostas e algumas até respeitáveis, sobretudo se se passa da bancada da oposição para a bancada do poder. Por nós continuamos a ver no empolamento dos orçamentos de receita, o principal responsável pelo descalabro das contas do município, com efeito, havendo a cobertura orçamental dissociado do momento da despesa do momento do pagamento, facilmente se encontrará uma justificação respeitável para nova despesa, que não terá correspondência na receita real. --- De qualquer forma, este orçamento à primeira vista nem sequer parece um orçamento de contenção. Assinalamos o aumento da despesa corrente, sobretudo na rubrica 04 de subsídios, que a nosso ver, colide com a reestruturação ou mesmo com o fim tão reivindicado pelo PS, das empresas municipais, e assinalamos que se a despesa corrente paga em 2009 foi de vinte e oito milhões de euros e a despesa comprometida foi 37.8 milhões de euros, o que dá um índice de pagamento de 68.7, quer dizer que as receitas correntes não pagam sequer as despesas correntes. --- O último aspecto que importa assinalar, este orçamento também não está de acordo com a versão do plano de saneamento financeiro, com efeito ai encontramos projecções de despesa corrente que só no ano de 2021, previam na receita corrente, na ordem dos trinta milhões de euros. Custa-nos que não haja este rigor no orçamento anual e, que em Março, o relatório e contas mais uma vez irá mostrar que a margem de credibilidade dos orçamentos é praticamente nula.” --- JOÃO TOMÉ, disse o seguinte: “não sou economista, nem me atrevo ser financeiro muito menos, só tenho uma pergunta a fazer que me assusta enquanto cidadão, como é que nós podemos elaborar um orçamento antes de ter o plano de saneamento aprovado? --- O orçamento, tem que à partida prever os efeitos do plano de saneamento financeiro. Porque se ele não corresponder às perspectivas que aqui estão, vamos ter que refazer o orçamento todo outra vez. Isto é, as contas que o ti Manel da esquina ali merceeiro também é capaz de fazer. Portanto gostaria de obter uma resposta a esta preocupação.” ---

Referências

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