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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA SUB-BACIA DO CÓRREGO MACAMBIRA, GOIÂNIA/GO. 1

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Academic year: 2021

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA SUB-BACIA DO CÓRREGO MACAMBIRA, GOIÂNIA/GO. 1

Ana Paula Pereira Nunes-Engenheira Ambiental -anapaula.engamb@gmail.com Lorena Silva -Geógrafa -lorenasgeo@yahoo.com.br

Márcio Gabriel N. Ribeiro - Tecnólogo em Gestão Ambiental -mgambient@gmail.com Mauricio José F. M. A. Nardini - Estagiário de geografia -mauricionardini@gmail.com

Karla Maria S. de Faria -Doutoranda em Geografia Universidade Federal de Goiás-karlaairam@gmail.com.

RESUMO

Os processos de ocupação que ocorrem no entorno dos recursos hídricos na cidade de Goiânia-GO, vem colocando em risco a sustentabilidade do desenvolvimento local, devido principalmente a acelerada degradação dos cursos d’ água do município, por assoreamentos, erosões fluviais e lineares, lançamento de efluentes domésticos, industriais e resíduos de origem diversa, entre outros fatores, comuns as grandes cidades. A identificação detalhada e pontual dos focos de impactos/poluição ambiental auxiliam no controle e recuperação ambiental. O presente trabalho teve, então, como objeto a realização

de um diagnóstico ambiental da sub-bacia do córrego Macambira, que apresenta 23,61km2,

e está localizada na região sudoeste do município. A realização deste trabalho partiu-se da revisão bibliográfica sobre o tema proposto; levantamento e caracterização ambiental da área da sub-bacia, e elaboração de seus respectivos mapas temáticos; vistorias com equipe técnica multidisciplinar, em trechos previamente delimitados com apoio de imagens de satélite e fotografias aéreas. O diagnóstico identificou que as principais causas de degradação nesta sub-bacia estão relacionadas ao desmatamento da mata de galeria para ocupação com hortaliças ou com edificações, a impermeabilização do solo, que resultaram em processos erosivos e assoreamentos, alargamento das margens do curso d’ água, o rompimento dos taludes, modificações no curso do córrego. A região da sub-bacia estudada merece atenção especial por parte do poder público, não só para corrigir, mas também para evitar problemas ambientais existentes, através de um planejamento adequado visando a sustentabilidade da região, uma vez que ainda se apresenta como uma das áreas de expansão do município.

Palavras chave: diagnóstico ambiental, sub-bacia do córrego Macambira, efeitos da urbanização.

ABSTRAT

The processes of occupation occurring in the neighborhood of water resouces in the city of

Goiânia – Go, is putting at risk the sustainability of local development, mainly due to the accelerated degradation of water courses of the municipal, by siltation, linear and river erosion, launch, of industrial and domestic sewage and waste of diverse origins, among other factors in common to big cities. A precise and detailed identification of impacts focus help in controlling environmental pollution and ecological restoration. This work has, so, as subject the execution an environmental diagnosis of the Macambira stream sub-basin, wich

1 Trabalho desenvolvido na Agência Municipal de Meio Ambiente de Goiânia (GO), na Diretoria de Gestão Ambiental pela Gerência de Contenção e Recuperações de Erosões e Afins (GECRE).

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has 26,61 km² and is located in the southwestern municipal district. The completion of this work started from a literature review on the theme, survey and environmental characterization of the area of sub-basin, and development of its respective thematic maps, inspections with multidisciplinary technique team in sections previously defined cuith the help of satellite images and aerial photographs. The diagnosis revealed that the main causes of degradation in this sub-basin are related to desforestation of gallery Forest for occupation with vegetables or with buildings, soil waterproofing, wchich resulted in erosion and siltation processes, enlargement of the margins of water courses, the breaking of enbankments and changes in the course of the stream. The region of the studied sub-basin deserves special attention by authorities, not only to correct, but also to avoid environmental problems that abready exist, through a proper planning to the sustainability of the region, since it still is an area of municipal district’s expansion.

Keywords: environmental diagnosis, Macambira stream sub-basin, urbanization effects.

INTRODUÇÃO

Os processos de ocupação que ocorrem no entorno dos recursos hídricos na cidade de Goiânia (GO), vem colocando em risco a sustentabilidade do desenvolvimento local. A existência do Plano Diretor na cidade de Goiânia não isenta o espaço urbano de impactos ambientais, que são resultados de uma “existência provocada” ou ineficácia do planejamento. Apesar da vigência formal do Plano Diretor, Leis de Zoneamento, Código de Edificações e outros instrumentos de ordenamento territorial, o processo de expansão urbana de Goiânia ao longo dos seus 76 anos de existência ocorreu de forma bastante desordenada, transformando a paisagem da cidade e configurando sérios conflitos sócioambientais.

De acordo com Guerra e Marçal (2006), o crescimento rápido e desordenado que tem ocorrido em muitas cidades, em especial nos países em desenvolvimento, é o grande responsável pelas transformações ambientais, que descaracterizam, o meio físico original.

Conforme Carvalho (2006), grande parte dos processos erosivos ocorre de modo direto e previsível, como conseqüência da intervenção antrópica no meio ambiente. São exemplos dessa situação no meio rural, o plantio e manejo do solo de modo inapropriado, como a não observância de curvas de nível ou o desmatamento de matas ciliares, e em meio urbano, têm-se práticas inadequadas como impermeabilização superficial excessiva com concentração de fluxo e lançamentos inadequados das drenagens de águas pluviais.

A sub-bacia do córrego Macambira, situada na porção sudoeste do município de Goiânia, vem apresentando nos últimos anos um processo gradativo de degradação ambiental, pois a ação antrópica de ocupação da região baseou-se no desmatamento da

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vegetação nativa, especialmente das matas ciliares (Áreas de Preservação Permanente – APP), ocupação de áreas de risco que dentre várias conseqüências é responsável pelo desenvolvimento de processos erosivos lineares e fluviais.

Este trabalho teve então como objetivo diagnosticar os impactos ambientais da sub-bacia do córrego Macambira, verificando a situação das nascentes e todo seu curso, até seu encontro com o ribeirão Anicuns, com vistas a indicar medidas mitigadoras aos impactos identificados.

MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo

A sub-bacia do córrego Macambira está situada na região sudoeste do município de Goiânia, que abriga cerca de 20 bairros, apresentando padrão de vida sócio-econômico de classe baixa (invasões em áreas desocupadas), média e alta, e com uma estrutura de zonas comerciais. Esta região é bem urbanizada e conta com diferentes espaços públicos (bosques, praças, feiras comerciais etc).

O córrego Macambira apresenta uma extensão aproximada de 8,0 km, com área de

drenagem de 23,61 km², composta pelos afluentes diretos, sendo os córregos:Cedro, Buriti,

Pindaíba, Capuava.

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Procedimentos metodológicos

Os procedimentos metodológicos para a elaboração deste diagnóstico iniciaram-se com a revisão bibliográfica sobre o meio físico e temática da área; identificação na imagem de satélite da área de localização do córrego Macambira disponível no Google Earth e vistorias que foram realizadas no primeiro semestre de 2008, por uma equipe técnica multidisciplinar.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O processo de urbanização gera vários impactos ambientais ao meio natural devido, principalmente, ao aumento exponencial da população o que gera ocupações e invasões

desordenadas em APP. Trata-se de uma área onde o contraste urbano e rural é expressivo. São

identificadas pequenas propriedades rurais que exercem atividades agropastoris de subsistência, que fazem o uso da APP; paralelo a essas propriedades estão os loteamentos com precária infra-estrutura. Esta região conta com um sistema de microdrenagem ineficiente dificultando a drenagem urbana devido ao efeito da impermeabilização do solo ou pelas obstruções do

escoamento. É necessária uma gestão sustentável da drenagem urbana com ações

estruturais e não - estruturais voltadas a áreas com risco de concetração de fluxos e geração de processos erosivos próximos aos canais de drenagem, à prevenção, controle ambiental e à minimização dos impactos provocados por inundações urbanas.

Dentre os impactos identificados nas vistorias nesta sub-bacia hidrográfica destacam-se: As invasões ao longo do córrego possibilitaram o desmatamento da mata de galeria, a impermeabilização do solo provocando um aumento no fluxo do córrego além de sua capacidade, a falta de um sistema de drenagem pluvial adequada, o que tem agravado os processos erosivos e assoreamentos, contribuindo para o alargamento de margens o rompimento dos taludes, causando modificações no curso do córrego. A APP está praticamente ocupada para fins de construção civil e até com o aproveitamento econômico como atividades agropastoris e hortaliças acentuando a formação de processos erosivos. Entre as causas de a erosão fluvial ter se acentuado destaca-se: ausência de mata de galeria, os lançamentos de água pluvial sem dissipador de energia que possibilitam o aumento da

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Figura 02: Erosão fluvial, na margem direita do córrego Macambira. NUNES, 2008.

CONCLUSÕES

Ao longo deste estudo observou-se a relevante necessidade de que a população obtenha um maior conhecimento das perdas ambientais existentes nesta região, pois estes problemas são ocasionados por ações antrópicas, causando prejuízos ambientais e socioeconômicos para o município.

Em vistorias realizadas ao longo do Córrego Macambira pôde se notar que os processos de urbanização são muito intensos. As invasões ao longo do córrego possibilitaram o desmatamento da mata de galeria, a impermeabilização do solo provocando um aumento no fluxo do córrego além de sua capacidade, a falta de um sistema de drenagem pluvial adequada, o que tem agravado os processos erosivos e assoreamentos, contribuindo para o alargamento de margens o rompimento dos taludes, causando modificações no curso do córrego.

Foram apontadas como medidas a correção e mitigação dos impactos ambientais a revegetação da mata ciliar; o retaludamento nas margens erodidas, a adoção de técnicas de bioengenharia (uso de estacas vivas, muro de pedra vegetada ao longo da encosta, para a contenção dos processos erosivos fluviais e sucessivamente a manutenção dessa área); adequação de galerias pluviais com construção de dissipadores de energia desviando a velocidade do curso d’água para fora das encostas íngremes e áreas desprotegidas construindo drenos de interceptação.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

CARVALHO, J. C. de et al. Processos Erosivos No Centro-Oeste Brasileiro. Brasília: FINATEC, 2006.

Referências

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