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ANAIS A INFLUÊNCIA DA TRANSPARÊNCIA PÚBLICA NO ENDIVIDAMENTO DOS MUNICÍPIOS PARANAENSES APÓS A LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO

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ANAIS

* A revisão gramatical, ortográfica, ABNT ou APA foi realizada pelos autores.

A INFLUÊNCIA DA TRANSPARÊNCIA PÚBLICA NO ENDIVIDAMENTO DOS MUNICÍPIOS PARANAENSES APÓS A LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO

Clóvis Fiirst (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

Juliano Francisco Baldissera (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

Vinícius Costa da Silva Zonatto (Universidade Regional de Blumenau)

Moacir Manoel Rodrigues Junior (Universidade Regional de Blumenau)

Anderson Douglas Gehlen Vidor (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

Resumo: Essa pesquisa buscou analisar a influência da transparência pública no

endividamento dos municípios paranaenses após a LAI, diferenciando de estudos anteriores por utilizar como ponto inicial a LAI e não a LRF, utilizando como amostra os municípios do Estado do Paraná, até então não estudados. A pesquisa foi desenvolvida por meio de um estudo descritivo, utilizando-se dos demonstrativos contábeis, extraídos do Tribunal de Contas Estadual do Paraná (TCE-PR), além dos portais eletrônicos dos municípios em estudo, utilizando uma abordagem de cunho quantitativo em seu desenvolvimento. Os resultados obtidos demonstraram que quanto mais elevado for o índice de transparência nas informações da gestão pública do Estado do Paraná, menores serão os índices de endividamento público. Logo se conclui que quanto maior for o conhecimento da sociedade, maior será a responsabilidade e a necessidade do gestor em gerir com qualidade e eficiência os recursos da sociedade.

Palavras-chave: Transparência Pública. Endividamento. Estrutura de Capital.

Acesso à Informação. Municípios.

1 INTRODUÇÃO

Transparência nas contas públicas é um conceito indissociável de qualquer República Democrática de Direito. A Constituição Federal do Brasil de 1988 já previu, em tese, a obrigação dos prefeitos, governadores e presidentes de disponibilizarem informações sobre quanto arrecadam e gastam.

No entanto, a partir da publicação da Lei Complementar nº 101 de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF), esse dever se tornou muito mais explícito e

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detalhado, mesmo antes da popularização da Internet. Ainda, em 2009, entrou em vigor a Lei Complementar nº 131 (Lei da Transparência), a qual alterou a LRF, obrigando os gestores a transmitirem as informações financeiras em tempo real. Por fim, no ano de 2011 foi publicada a Lei nº 12.527, a qual disciplinou o pedido de informações tanto no seu aspecto ativo quanto passivo.

Assim, a transparência pública foi contemplada com uma gama de legislações, tendo em vista as exigências da sociedade em acompanhar as gestões públicas, principalmente com a ascensão do mundo globalizado. Nesse sentido, a transparência é de grande importância para o exercício da cidadania, porque faz com que os gestores públicos administrem melhor os recursos, já que a sociedade pode observar mais de perto os atos dos governantes (SOARES, 2013)

O crescente aumento das despesas públicas é uma das características mais marcantes da economia do século XX (GIACOMONI, 2003). O comportamento das despesas e do endividamento do setor público são de interesse de toda sociedade, o que justifica avaliar a tomada de decisões dos gestores públicos nesse contexto. Nesse sentido, a transparência tem se tornado um meio de avaliar a responsabilidade do governo em tomar decisões sobre a realização de receitas e a execução de despesas, por isso se torna uma contribuição necessária para a participação dos cidadãos na elaboração e no controle do orçamento (BELLVER, 2007; ASTUDILLO; BLANCAS; CORONA, 2017).

Além disso, o equilíbrio das contas públicas é uma das maiores preocupações do Estado, principalmente no que se tratar de déficits orçamentários que, quando persistentes, resultam em endividamento e alteram a economia como um todo. Ainda, o fato de que os administradores passaram a ser responsabilizados pelo não cumprimento das exigências da LRF, acarretou uma mudança no caráter contábil

das entidades públicas, essencialmente no que diz respeito a

divulgação/accountability (MELLO, 2009), o que explica a ligação entre a transparência e o endividamento público.

A transparência é considera uma condição prévia importante para a sustentabilidade orçamentária, a boa governança e a retidão fiscal (KOPITS; CRAIG, 1998). A transparência pode se tornar um mecanismo de avaliar a responsabilidade e a eficácia dos órgãos governamentais, favorecendo o controle social sobre as contas públicas (ALT; LASSEN, 2006; CABA PEREZ; RODRÍGUEZ BOLÍVAR; LÓPEZ HERNÁNDEZ, 2014).

A transparência pode afetar a probabilidade de que truques orçamentários sejam revelados. A divulgação de informações leva a menores déficits orçamentários e torna a disciplina fiscal e o controle das despesas mais fáceis de alcançar (ALT; LASSEN, 2006). Esse argumento se justifica uma vez que a transparência limita os abusos de ações discricionárias do gestor público (OHASHI, 2009).

Diante do exposto, é possível destacar estudos acerca do tema transparência e endividamento. Macedo e Corbari (2009) analisaram se a LRF influenciou o padrão de endividamento praticado pelos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes no período de 1998 a 2006. Já Mello (2012) teve como verificou a situação das finanças dos municípios potiguares após a LRF no que diz respeito a redução do endividamento e ao cumprimento de seus limites. No mesmo sentido, Linhares, Penna e Borges (2013) avaliaram os efeitos da Lei de Responsabilidade Fiscal no endividamento dos municípios piauienses.

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Assim, nota-se pelos estudos anteriores que a transparência está relacionada à gestão pública. Ainda, os autores preocuparam-se em analisar o endividamento público após a LRF, a qual tem como objetivo principal impor regras e limites ao gestor público. Porém, são raros estudos que relacionam o endividamento dos municípios após a Lei de Acesso à Informação, o que oportuniza explorar essa lacuna na literatura. Ainda, a presente pesquisa estudará os municípios, tendo em vista que a população possui mais acesso a esse ente federado quando comparado aos estados e a União.

Nesse sentido, a presente pesquisa busca contribuir para a comunidade científica em relação a discussão do endividamento no setor público. Ainda, contribui com a sociedade, a qual tem sua vida diretamente influenciada pela gestão dos órgãos públicos, sendo que esse estudo pode servir para os cidadãos paranaenses, assim como os demais, avaliarem a gestão pública dos municípios onde residem.

A partir desse contexto, busca-se através desse estudo responder a seguinte questão: Qual a influência da transparência pública no endividamento nos

municípios paranaenses após a Lei de Acesso a Informação? Com a finalidade

de responder o problema proposto, o estudo tem como objetivo analisar a influência da transparência pública no endividamento dos municípios paranaenses após LAI.

Este estudo se justifica pelo fato que a transparência e o quadro regulamentar podem desempenhar um papel vital no controle do endividamento e das finanças públicas saudáveis (ASTUDILLO; BLANCAS; CORONA, 2017). A transparência eleva a qualidade e eficiência do desempenho fiscal dos governos, consequentemente melhora o bem-estar dos eleitores (ALT; LASSEN, 2006). Portanto, essa discussão se mostra necessária no caso brasileiro, uma vez que não se observou pesquisas nesse sentido.

O estudo foi delimitado a área de Contabilidade Pública, sendo que foi realizado com os municípios do estado do Paraná. Ainda, o estudo limita-se ao assunto de endividamento público referente à estrutura de capital das prefeituras após a promulgação da Lei de Acesso a Informação, sendo que a pesquisa compreenderá o período do último mandato eleitoral municipal, que é do ano de 2013 a 2016. Além disso, a pesquisa adotou o modelo econométrico adaptado de Macedo e Corbari (2009) para o a análise da influência da transparência pública no endividamento dos casos estudados.

Por fim, este trabalho está estruturado em cinco seções. Além desta seção, a qual representa a introdução do estudo, evidenciando o problema e o objetivo do estudo, demonstra, também, na seção seguinte, uma revisão da literatura sobre a Lei de Acesso à Informação, endividamento público e respectivos estudos anteriores. Na terceira seção é apresentado os procedimentos adotados na pesquisa. Na quarta, é realizada a análise e discussão dos resultados. E, finalmente, na última seção são feitas as considerações finais sobre o estudo efetuado.

2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Lei de acesso a informação

A Lei de Acesso a Informação (LAI) nº 12.527/2011, a qual regulamentou o que a Constituição Brasileira já previa, entrou em vigor no dia 16 de Maio de 2012,

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complementando a legislação já vigente afim de garantir o direito dos cidadãos em obter acesso as informações da administração pública (BRASIL, 2011).

Esse direito, inicialmente foi garantido através do artigo 5º da constituição federal, o qual em seu inciso XXXIII prevê que, ressalvando as informações sigilosas, todos os cidadãos têm o direito de receber as informações de seu interesse, particular ou coletivo, sendo que estas devem ser prestadas no prazo de lei, sujeito a pena de responsabilidade. Em conseguinte, no ano de 2000 foi sancionada a Lei Complementar nº 101 vindo a estabelecer as normas de responsabilidade na gestão fiscal. Conhecida como LRF, a Lei de Responsabilidade Fiscal, pressupõe o planejamento e equilíbrio das contas públicas, inclusive de gestões anteriores, garantindo maior participação da sociedade através da sua transparência (ROSA et al., 2015)

Em complemento a LRF, foi instituída a Lei Complementar nº 131 de 2009, intitulada Lei da Transparência pelo fato de obrigar os entes públicos a divulgarem em tempo real as informações sobre os atos financeiros praticados pela gestão, permitindo assim o acesso facilitado em meio eletrônico aos cidadãos (ROSA et al., 2015).

Para contemplar o processo de transparência, a Lei 12.527/2011 (LAI) promulgou a garantia de que as informações fossem disponíveis efetivamente à sociedade, estabelecendo mecanismos e prazos para solicitação de informações que não estejam disponíveis em meio eletrônico, garantindo assim o direito já prenunciado nas leis que a antecederam. Para tal, a Lei de Acesso a Informação estabeleceu três critérios de adequação a qual os entes públicos devem se enquadrar, sendo estes, a transparência ativa que trata da divulgação de leis, programas de governo bem como serviços e informações contábeis e orçamentárias básicas necessárias disponíveis em tempo real no portal eletrônico dos órgãos, como também a transparência passiva onde o cidadão pode solicitar a informação que lhe é necessária, desde que esta não seja de caráter sigiloso, e por fim o critério de requisitos do sites, que tratam das exigências mínimas de informações acessíveis aos cidadãos em geral e a portadores de deficiência constantes nos portais dos entes públicos (FIIRST et al., 2017).

2.2 Endividamento no setor público

O endividamento é um dos índices que compõe a estrutura de capital das entidades. A estrutura de capital constitui-se na forma com que a empresa ou a entidade financia suas atividades (BATISTA et al., 2005). Este conceito também pode ser aplicado ao setor público, sendo relevante que a população tenha conhecimento sobre a forma que os governantes têm utilizado os recursos públicos.

O endividamento público surgi do descompasso entre as receitas e as despesas, ou seja, quando as despesas superam as receitas, gerando assim a necessidade de créditos de terceiros ao órgão público. Este crédito, por sua vez pode ser classificado como crédito voluntário ou crédito involuntário (GERIGK; CLEMENTE; RIBEIRO, 2014).

Classificado como crédito voluntário quando o empréstimo para pagar os débitos é obtido através de captação de recursos junto às instituições financeiras oficiais do Estado ou União, ou no mercado financeiro. Neste modelo de crédito são

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acrescidos ao valor do débito juros e encargos financeiros (GERIGK; CLEMENTE; RIBEIRO, 2014).

O crédito de terceiros de forma involuntária diz respeito ao déficit gerado pelo não pagamento ao fornecedor ou ao servidor e estes credores receberam seus direitos em atraso, onde geralmente o pagamento será efetuado sem juros ou correções monetárias (GERIGK; CLEMENTE; RIBEIRO, 2014).

O principal objetivo do acesso as informações de endividamento do órgão público é justamente de analisar se essa tomada de credito, de forma voluntária ou involuntária, realmente eram necessários. Com está finalidade, os gestores são obrigados a planejar seus gastos através da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), estabelecendo valores máximos de gastos e direcionando o investimento a ser aplicado a cada secretária.

2.3 Transparência pública e endividamento

A Lei de responsabilidade fiscal, possibilitou maior participação da sociedade na gestão do dinheiro público. Essa possibilidade, têm despertado o interesse de pesquisadores à investigação dos reflexos que esta legislação produziu na administração pública. Ressalta-se pesquisas relacionadasa Lei da Transparência, como: Macedo e Corbari (2009), Santos e Alves (2011), Mello e Dalchiavon (2012), Linhares, Penna e Borges (2013), Gerigk, Clemente e Ribeiro (2014).

Macedo e Corbari (2009) desenvolveram uma pesquisa com o objetivo de analisar a influência da LRF no padrão de endividamento dos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, e puderam constatar que no período de 1998 à 2006 houve mudança no padrão de endividamento por meio das variáveis analisadas, constatando que o endividamento defasado sofreu perda do poder de explicação, enquanto que a estrutura de capital obteve incremento, sugerindo assim que após a LRF a gestão de recursos passou a ser mais efetiva.

No ano de 2011, Santos e Alves investigaram os reflexos da LRF sobre o desempenho financeiro e orçamentário dos municípios do Estado do Rio grande do Sul nos anos de 1997 a 2004. Em suas conclusões, os autores destacaram que a maioria dos indicadores apresentaram uma melhora após a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Já com o objetivo de analisar o endividamento e cumprimento de limites dos munícios Potiguares nos anos de 2001 a 2009, Mello e Dalchiavon (2012) identificou que a LRF cumpriu com seu objetivo, diminuindo assim o endividamento dos municípios, porém o autor ressalta que ainda assim, comparando com o Estado do Paraná, os municípios Potiguares ainda estão mais endividados. Linhares, Penna e Borges (2013) elaboraram uma pesquisa semelhante aplicada aos municípios do Piaui. Os resultados do estudo evidenciaram que após a implantação da LRF o endividamento dos municípios reduziu aproximadamente 7%.

Gerigk, Clemente e Ribeiro (2014) tiveram a pretensão de investigar o padrão de endividamento dos municípios brasileiros de médio porte, considerando estes como os municípios com uma população entre 100 mil a 1 milhão de habitantes. Os autores consideraram os indicadores de endividamento com cinco índices: endividamento de curto prazo, endividamento de longo prazo, endividamento total, endividamento líquido e endividamento sob o índice da LRF. Os autores analisaram

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os anos de 1998, 2000, 2004 e 2008 e puderam constatar que após a LRF o endividamento da primeira gestão sucessível às novas regras foi alterado nos municípios de porte médio, e que esse padrão se manteve na gestão seguinte, mostrando-se estável.

Conforme verificado, a produção acadêmica tem indagado os reflexos da transparência pública no endividamento, porém, as produções cientificas destacadas investigaram os aspectos após a LRF, diferentemente do presente estudo que propõem uma análise após a promulgação da LAI. Isso não significa que os pesquisadores não instigaram-se em saber os reflexos da LAI, mas sim, estes tem observado os aspectos sob a ótica socioeconômica, como por exemplo a pesquisa de Rosa et al. (2016), onde os autores objetivaram identificar o percentual dos municípios do sul que publicam as informações obrigatórias segundo a LAI, e concluíram de que modo geral, os municípios com até10 mil habitantes atendem parcialmente as obrigações do Art. 8º da LAI.

Um estudo que além de verificar aspectos socioeconômicos analisa também aspectos contábeis é dos autores Fiirst et al. (2016), que buscaram identificar se os aspectos socioeconômicos e contábeis afetaram a transparência após a LAI nos 100 maiores municípios brasileiros, e identificaram que a variável socioeconômica influencia positivamente na transparência, enquanto que as variáveis contábeis à influenciam negativamente.

Apesar dos estudos anteriores não tratarem especificamente da relação entre transparência eletrônica dos portais e endividamento e serem investigações correlatas com o assunto, o presente estudo elaborou a Hipótese 1.

H1 - Existe influência negativa da transparência pública no endividamento dos

municípios paranaenses.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A presente pesquisa foi desenvolvida através de um estudo descritivo, guiado pela tipologia de análise documental, utilizando Balanços Orçamentários (BO), Balanços Patrimoniais (BP), Balanço Financeiro (BF) e Demonstrativo de Receita Corrente Liquida (RCL) dos municípios paranaenses, os quais foram extraídos do Tribunal de Contas Estadual do Paraná (TCE-PR), além dos portais eletrônicos dos municípios em estudo, sendo coletado os índices de transparência pública do Ministério Público Federal (MPF), buscando interpretá-los e torná-los úteis para a resposta do problema da pesquisa. Com sua abordagem de cunho quantitativo.

A seleção da amostra compreende 344 municípios do estado paranaense, correspondendo a 86,21% de todos os municípios do estado, não foi possível abranger em 100% tal amostra devido à dificuldade de obter os dados dos demais 55 municípios.

A seguir é apresentado o constructo da pesquisa (Quadro 01), o qual foi elaborado para atender os objetivos da mesma. Nesse constructo é possível identificar as variáveis que serão coletadas, bem como sua mensuração, a fonte de onde foram coletadas, o período correspondente aos dados, o autor, e a qual dimensão pertencem.

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1303 Quadro 1 – Constructo da Pesquisa

Variável Descrição e Mensuração Fonte / ano

base Autor

VARIÁVEL DEPENDENTE

Endividamento (END)

Indica quanto da Receita Corrente Líquida (RCL) é necessário para quitar o montante das dívidas de curto e longo prazo, deduzidas as disponibilidades de caixa:

Onde: PP=Passivo Permanente; AF= Ativo Financeiro; PF= Passivo Financeiro; RCL= Receita Corrente Líquida.

TCE-PR 2013; 2014; 2015;2016 Macedo e Corbari (2009); VARIÁVEIS INDEPENDENTES Índice de Transparência (Itm_Lai)

O índice de cada município paranaense será extraído do site do Ministério Público Federal (MPF), o qual realizou um questionário pelas unidades do MPF no Brasil para avaliar a transparência dos municípios, criando o “Ranking Nacional da Transparência”. O questionário é essencialmente baseado nas exigências legais, mas não contempla 100% das mesmas, por questões de praticidade. Porém, pode-se dizer que o cerne das leis de transparência foi avaliado. Os itens avaliados compreendem informações gerais acerca da transparência dos municípios, além de informações sobre receitas, despesas, licitações e contratos, relatórios publicados online, transparência passiva (serviço de informações ao cidadão), serviço eletrônico de informações ao cidadão, divulgação da estrutura e forma de contato e quesitos sobre boas práticas de transparência. Ministério Público Federal (MPF) 2016 MPF VARIÁVEIS DE CONTROLE Indicador de Liquidez (LQ)

Indica o comprometimento patrimonial e as condições de liquidez da Administração Pública, por meio da relação entre o ativo financeiro e o passivo financeiro. Sendo:

Onde: AF= Ativo Financeiro; PF= Passivo Financeiro. TCE-PR 2013; 2014; 2015;2016 Macedo e Corbari (2009) Indicador do Grau de dependência (GD)

Indica o grau de dependência da administração municipal em relação aos recursos de outras esferas governamentais. Sendo:

Onde: RTrans= Receita de Transferência; RT= Receita Total. TCE-PR 2013; 2014; 2015;2016 Macedo e Corbari (2009)

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Despesas com Pessoal (DP)

Refere- se à parcela das receitas correntes comprometidas com despesas de pessoal. Sendo:

Onde: Pes= Pessoal; Enc= Encargos; RCL= Receita Corrente Líquida.

TCE-PR 2013; 2014; 2015;2016 Macedo e Corbari (2009) Indicador de Despesas com Investimento (DI)

Apresenta a relação entre Despesas de Investimento e a Receita Corrente Liquida: Sendo:

Onde: GI= Gastos de Investimento; RCL= Receita Corrente Líquida.

TCE-PR 2013; 2014; 2015;2016 Macedo e Corbari (2009) População (LOGPOP)

Logaritmo natural da população. IBGE

2010 IBGE

Fonte: Os Autores (2017).

No procedimento de análise de dados, para verificar a influência de características de transparência e contábeis no nível de endividamento dos municípios, alinhado a responder à questão de pesquisa, atender ao objetivo e testar as hipóteses, valeu-se do modelo econométrico apresentado abaixo na equação 01 em forma de regressão linear múltipla com dados apresentados em painel, o qual é uma adaptação do modelo de Macedo e Corbari (2009).

Equação (01).

(01) As variáveis apresentadas na equação constam no constructo e correspondem às variáveis a serem estudadas. Ainda, os softwares utilizados para auxiliar na tabulação e cálculo dos dados serão o Stata®, SPSS® 21 e Office Excel®.

4 RESULTADOS

4.1 Análise descritiva dos resultados

Primeiramente, apresentam-se os resultados da análise descritiva das variáveis de endividamento (END) e das demais variáveis contábeis (LQ, GD, DP e DI) e socioeconômicas (LOGPOP), conforme a Tabela 01 abaixo.

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1305 Tabela 01 – Análise descritiva dos resultados

Variáveis N Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

END 1376 -1,11 1,81 0,08 0,21 ITM_LAI 1376 0,00 98,00 26,21 29,45 LQ 1376 0,13 119.630,95 134,86 3.330,63 GD 1376 0,27 0,97 0,79 0,11 DP 1376 -0,08 0,29 0,06 0,05 DI 1376 -0,10 0,85 0,13 0,10 LOGPOP 1376 3,15 5,70 4,00 0,43 Fonte: Os Autores (2017).

Observa-se que o END indicou que a maioria dos municípios quita suas dívidas com 8% da receita corrente líquida, sendo que o desvio padrão foi de 0,21. Além disso, o menor índice foi de -1,11, enquanto que o maior foi de 1,81. Observa-se que os munícios paranaenObserva-ses Observa-se mostram com um fraco índice de transparência, já que o índice de transparência médio foi de 26,21, além de nenhum destes cumprir integralmente as exigências da LAI.

Nos valores relacionados à liquidez, observou-se uma grande distinção entre os municípios já que o índice liquidez médio foi de 134,86, e o respectivo desvio padrão de 3.330,63. A dependência dos municípios paranaenses por recursos dos estados e da União se mostrou bastante elevada, uma vez que, em média, 79% das receitas destes municípios são compostas por receitas de transferências intergovernamentais.

No que se refere ao comprometimento dos gastos com pessoal em função da Receita Corrente Líquida, observa-se que os municípios não se mostram tão comprometidos, já que o índice médio foi 0,06, o que demonstra o cuidado na execução orçamentária e financeira e a atenção aos pressupostos da LRF. Da mesma forma, as despesas com investimentos também não representam uma parcela representativa da Receita Corrente Líquida, já que, em média, 13% desta é dada em função das despesas com investimentos.

4.2 Descrição dos resultados

A descrição dos resultados está estruturada de modo a responder à questão de pesquisa, atender aos objetivos e testar a hipótese (H1). Assim sendo, e a fim de evidenciar os resultados obtidos a partir da regressão realizada, baseada na equação proposta (Equação 01), elaborou-se a Tabela 02, a qual apresenta os pressupostos da regressão e o resultado das variáveis do estudo.

Tabela 02 – Resultado da Regressão Prob>F DW Mean VIF Teste BP/CW Teste White Teste B e P F de Chow Teste Hausman OBS 0,0000 0.0557 1,970 1.26 0.3199 .0112 0.0000 0.0000 0.0000 1.376

Var. Indep Efeitos Fixos

Coeficiente Erro Padrão T P-Value Interv. Conf. 95% ITM_LAI -.0036804 .0022197 -1.66 0.098 * -.0080348 .000674

LQ -1.49e-06 1.83e-07 -8.13 0.000 *** -1.85e-06 -1.13e-06 GD -.047396 .0807964 -0.59 0.558 -.2058941 .1111021 DP .1198814 .0953359 1.26 0.209 -.0671389 .3069016

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1306 DI .0854594 .0671957 1.27 0.204 -.0463583 .2172772 LOGPOP .0243427 .0211839 1.15 0.251 -.0172138 .0658992 CONS .0177702 .1463325 0.12 0.903 -.2692901 .3048305 *** Significância ao nível de 0,01 – ** Significância ao nível de 0,05 – * Significância ao nível de 0,10

Fonte: Os Autores (2017).

A modelagem adequada para análise da amostra pesquisada com dados em painel é a de efeitos fixos, conforme demonstra os resultados dos testes de Breusch-Pagan, F de Chow e de Hausman, apresentados na Tabela 02. Tendo em vista que para a equação proposta o teste de Breusch-Pagan apresentou-se menor que 5%, consequentemente, direcionou-se a verificação do teste de Hausman, que foi menor que 5%, possibilitando a aceitação da modelagem de efeitos fixos.

Quanto à modelagem utilizada a fim de verificar a influência do endividamento (END) no índice de transparência dos municípios (ITM_LAI), verifica-se que a mesma mostrou-se consistente, uma vez que o modelo composto por 1.376 observações apresentou-se significante ao nível de 1%.

Já o poder explicativo do modelo (R2) foi de aproximadamente 5%, apresentando que o modelo possui um baixo poder explicativo. No entanto, devido ao elevado número de observações contidas (1.376) pode-se inferir que as variáveis explicativas (ITM_LAI, LQ, GD, DP, DI, LOGPOP) são capazes de explicar a dependente (END).

O modelo não apresenta problemas de auto correlação, uma vez que o Durbin-Watson, é de 1,970, além de não haver problemas de multicolinearidade, conforme aponta o teste VIF (1,23). O teste de Breusch-Pagan/Cook-Weisberg (0.3199) demonstra não haver problemas de heterocedasticidade nos resíduos, entretanto, o teste de White (.0112) indica o contrário. Assim, aplicou-se a correção robusta de White que visa corrigir e tornar os resíduos homocedásticos.

Diante dos pressupostos verificados na Equação 01, procedeu-se ao teste da hipótese (H1). Assim, a variável independente (ITM_LAI) apresentou-se significante ao nível de 10% para a equação 01, o que possibilitou testar a hipótese H1.

Quanto às variáveis de controle, percebe-se que apenas a variável LQ foi significante ao nível de 1%. As demais variáveis (GD, DP, DI, LOGPOP), não foram significantes, aos níveis de 1%, 5% ou 10%. Desta forma, os baixos níveis de significância apresentados por essas variáveis não permitiram a análise das mesmas.

4.3 Discussão da hipótese

Os resultados empíricos indicam que a transparência pública influencia negativamente o endividamento público medido pela proxy utilizada neste estudo, visto que o comportamento do beta da variável ITM_LAI foi negativo, conforme demonstra-se na Tabela 03 a seguir.

Tabela 03 – Resumo dos resultados das variáveis do estudo

Comportamento dos Betas

ITM_LAI LQ GD DP DI LOGPOP

END - - NS NS NS NS

+ positivo; - negativo; NS não significante. Fonte: Autores (2017).

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Percebe-se que a influência da transparência pública no endividamento público foi negativa, o que corrobora com a hipótese H1. Assim, pode-se concluir que quanto maior o índice de transparência pública, menor é o endividamento dos municípios. Isso pode estar relacionado com o fato de que um aumento na publicidade dos atos da administração pública torna mais eficiente o endividamento público, além de diminuí-lo. Além disso, após a LRF, entrou em vigor a Lei da Transparência e a Lei de Acesso a Informação, a qual garantiu o direito aos cidadãos de acessar em tempo real as informações dos atos administrativos das gestões públicas, garantindo um maior controle social de tais atos. Esse resultado corrobora com o estudo de Macedo e Corbari (2009), os quais relataram que, após a LRF, a gestão de recursos passou a ser mais efetiva.

Este resultado se justifica pelo fato que a transparência é um meio de avaliar a eficácia dos órgãos governamentais, especialmente quando os níveis de endividamento são baixos, o que fortalece um maior envolvimento da sociedade na gestão dos recursos públicos (CABA PEREZ; RODRÍGUEZ BOLÍVAR; LÓPEZ HERNÁNDEZ, 2014). Este resultado corrobora com o obtido por Alt e Lassen (2006), uma vez que um maior grau de transparência fiscal está associado a menores dívidas e déficits públicos.

Comparando-se a realidade da administração pública municipal à de empresas no setor privado, observa-se que estas empresas tendem a divulgar mais informações quando estão em uma situação melhor, acontecendo o contrário quando se constata uma situação de endividamento elevado (CAAMAÑO-ALEGRE et al., 2013), o que se mostra evidente conforme os resultados dessa pesquisa. Os governos locais que se mostram transparentes quando estão em uma situação de dificuldade financeira, demonstra à sociedade uma manifestação de falta de maturidade democrática, o que explica também o resultado obtido (CAAMAÑO-ALEGRE et al., 2013).

Portanto, levando em conta as relações de agência, aumentar a transparência leva a redução do uso do financiamento do déficit, o que melhora o bem-estar dos eleitores, uma vez que o financiamento do déficit é sem valor para os eleitores (ALT; LASSEN, 2006). Além de melhorar o bem-estar dos eleitores, a transparência pode ser um importante elemento para melhorar o desempenho fiscal. As instituições fiscais, assim como os reforços legais, como a LRF (MACEDO: CORBARI, 2009), e, agora, a LAI, realmente afetam os resultados fiscais, como é o endividamento dos municípios.

Quanto às demais variáveis contábeis, a liquidez (LQ) apresentou-se significante, apresentando influência negativa no endividamento, demonstrando que o aumento na liquidez proporciona piores indicadores de endividamento. Já as demais variáveis não foram significantes, não sendo possível a análise das mesmas.

5 CONCLUSÕES

Este estudo teve como objetivo analisar a influência da transparência pública no endividamento público dos municípios paranaenses após a Lei de Acesso à Informação. Para tanto, fez-se necessário levantar a composição da transparência pública e o indicador de endividamento público dos municípios paranaenses e

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analisar a influência da transparência pública no endividamento público dos municípios paranaenses após a LAI.

Analisaram-se, assim, os indicadores de transparência pública, endividamento e controle socioeconômicos e contábeis (Quadro 01) de 344 municípios paranaenses, com base em uma regressão linear múltipla, com dados em painel. Os demonstrativos utilizados para o cálculo das variáveis foram coletados no site do Tribunal de Contas do Estado do Paraná e do Ministério Público Federal, no período referente ao mandado eleitoral de 2013 a 2016.

Os resultados obtidos confirmam a hipótese H1, indicando que houve influência negativa da transparência pública nos indicadores de endividamento público, o que demonstra que o aumento na publicidade dos atos administrativos das gestões municipais diminui o endividamento dos municípios. Tal fato tende a estar relacionado com o maior controle da sociedade em relação às gestões públicas após a vigência da LAI, fazendo com que os gestores públicos gerenciem melhor os endividamentos dos municípios.

A transparência pode ser um importante elemento para melhorar o desempenho fiscal. As instituições fiscais e os reforços legais, como a LRF e, agora, a LAI, realmente afetam os resultados fiscais, como é o endividamento dos municípios. Essa constatação se justifica pelo fato que a transparência se torna um mecanismo de avaliar a responsabilidade e a eficácia dos órgãos governamentais, favorecendo o controle social sobre as contas públicas (ALT; LASSEN, 2006; CABA PEREZ; RODRÍGUEZ BOLÍVAR; LÓPEZ HERNÁNDEZ, 2014).

Os dados utilizados neste estudo foram extraídos do TCE-PR e do MPF. Todavia, ressalta-se que tais dados não foram auditados e, por conseguinte, podem não condizer com a realidade. Ainda, salienta-se que este estudo se limitou ao período selecionado na coleta dos dados, que compreende os anos de 2013 a 2016. Além disso, outro fator limitante desta pesquisa é que os métodos empregados para levantar e analisar os dados não são os únicos existentes e igualmente aceitos, logo, existe a possibilidade de que se empregados outros métodos na realização de pesquisa similar, os resultados obtidos destoem das conclusões deste trabalho.

Ademais, esta pesquisa contribui academicamente para a continuidade dos estudos no âmbito do setor público, além de colaborar na determinação de indicadores de mensuração de transparência pública. Quanto ao campo prático, contribui para a sociedade no controle social das administrações públicas municipais, além de auxiliar os gestores, pois contribui para a identificação de como o endividamento municipal é afetado pela transparência pública.

Por fim, vale lembrar que há várias maneiras de se mensurar a transparência das gestões municipais, sendo que, neste estudo, foi considerado apenas o indicador do Ministério Público Federal. Portanto, para os estudos futuros, sugere-se que sejam pesquisadas amostras em outros contextos e outros Estados da Federação. Ainda, faz-se necessária uma abordagem qualitativa para explicar, com base na teoria, os resultados ora obtidos.

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