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Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel

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Academic year: 2021

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INSTITUTO TEOLÓGICO GAMALIEL

CURSO BACHAREL EM TEOLOGIA Matéria: FUNDAMENTALISMO

PROPÓSITO DESTE ESTUDO:

1. Criar um discernimento espiritual crítico capaz de destinguir entre Verdade e Falsidade, entre Cristianismo Autêntico, Teocêntrico, Vivo e Redentor, e Cristianismo Adulterado, Contextualizado antropocentricamente [tendo o homem e a cultura como o centro e ponto de partida], Mistificado, Ecumenizado e Sincretizado, portanto, falso. E para que, alcançando maturidade na vida, no serviço cristãos, como também, unidade na fé genuína, não se deixem levar por todo o vento de doutrina, pelo contrário, a identifiquem e denunciem. (I Jo.2:21; 4:1-6; Mt. 7:15,21-23; Ef. 4:13-15; 5:11).

2. Exortar cada crente fiel a Cristo e à Bíblia a"...batalhardes pela fé diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jud.3). A vida cristão não é uma praia de lazer e relaxamento, mas, sim, um campo de batalha em constante tensão com os poderes das trevas, liderado pelo pai da mentira;

3. Mostrar que a FÉ a ser defendida é todo o conjunto de DOUTRINAS e ENSINOS BÍBLICOS, que é algo COMPLETO E UMA VEZ POR TODAS REVELADO para orientar a caminhada da igreja nesta dispensação antes do arrebatamento. De modo que, não é preciso buscarmos novas doutrinas e revelações via experiências místicas-carismáticas, e nem nos apegarmos a apenas uma parte desta fé. (Gl.1:9,9; Ap.22:18-20)

4. Mostrar que os perigos contra o verdadeiro evangelho e a igreja produto dele, é o ataque tanto de fora [o perigo externo: o mundo descrente], quanto de dentro [o perigo interno: os falsos mentres e falsos profetas que si dizem "crentes"]. Fica claro pelo estudo da história da igreja, que os mais destrutivos inimigos da fé cristã verdadeira, foram pessoas que surgiram dentro própria das igrejas cristãs (At. 20:28-30; II Tm. 2:15-19)

5. Mostrar que os VERDADEIROS CRENTES, não são aqueles que em nome da união e comunhão cristã sacrificam doutrinas bíblicas [fazendo separação arbitrária entre o que é relevante e o que não é importante na sã doutrina bíblica]. Os CRENTES VERDADEIROS são semelhantes aos antigos ANABATISTAS, que o historiador eclesiástico EARLE E. CAIRNS diz que eles por causa de sua fidelidade ao que criam: "foram cruelmente vitimados, tanto pelos protestantes como pelos Católicos Romanos. Eles foram forçados a pular para a morte, de

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penhascos, e foram afogados, queimados e enforcados". Isto, se chama SER COERENTE COM A FÉ, e somente os crentes fiéis podem sê-lo (Hb. 11:36-40).

6. Mostrar que nem todos que são inimigos da fé cristã fundamentalista, negam as doutrinas fundamentais, alguns chegam a té a ensiná-las, além disso, alguns deles parecem ser crentes sinceros, santos, esforçados no evangelismo, mas que não estão interessados em defender as doutrinas fundamentais da Bíblia, nem estão prontos a se separar dos que negam tais fundamentos. Estes indivíduos, talvez até sejam realmente crentes salvos [só Deus o sabe], porém eles representam, a falta de compromisso com a genuína fé cristã, o afrouxamento nas convicções cristãs, a rendição e deposição de armas diante do inimigo; um incentivo ao crescimento livre da apostasia, pois toda neutralidade no campo da luta contra as artes e artimanhas das hostes do mal, torna-se de fato uma colaboração com o mal. Estes indivíduos "neutros" e que ainda querem dialogar com o mal [os apóstatas], depois de repetidas vezes advertidos devem ser excluídos de nossa comunhão, segundo nos ordena a Bíblia. [Quanto a neutralidade veja: Tg. 5:12; Mt. 5:37; [veja a repreensão de Deus a Josafá por colaborar com o infiel rei de Israel Acabe. II Cron. 19:2]; Esdras 4:1-4 [veja a atitude que crentes fiéis tomam quanto a trabalhos conjuntos com os infiéis: Esdras 4:1-4].

7. Mostrar que discernir entre verdade e erro, lobo e cordeiro, verdadeiro profeta e falso profeta, mestre verdadeiro, e falso mestre, ensino de Deus e ensino de demônios, não é tarefa fácil, tudo isso pode se apresentar exteriormente de modo muitíssimo semelhante, com uma sutileza satânica tão enganosa, capaz de enganar o mais experiente dos fundamentalistas, que abaixou a guarda e começou a descuidar de sua espiritualidade pessoal. É exigido um constante exercício das faculdades espirituais, em prol do próprio crescimento no conhecimento da Palavra de Deus, numa constante busca de um conhecimento real e pessoal de Deus através de todos os meios que a graça coloca a disposição do cristão, numa percepção crescente do valor supremo e preeminente de Cristo, num despojamento constante do "Eu malvado e egocentrizado", no cultivo incessante da humilde, numa constante atitude de servo, totalmente dependente da vontade de Deus, com o propósito inegociável de fazer tudo para agradar a Deus e glorificá-lo para sempre. Apresentando sempre, frutos dignos de arrependimento, e frutos evidentes de uma vida de labor no reino em prol das almas perdidas, num constante discipular das almas novas convertidas. /ainda, não gastar todo o nosso tempo na luta e descuidar de cultivar a seara do Senhor, que é a razão de estarmos lutando [proteger a semente que vai ser semeada, e ao mesmo tempo semea-la e depois colher os frutos quando surgirem. Somos igualmente responsáveis de defender a igreja e ao mesmo tempo edificá-la. Nos separarmos do mundo e ao mesmo tempo ganhá-lo para Cristo] (Mt.7:15, 21,23; 13:3-8,19-23, 24--30, 36-43; 24:24; II Cor. 11:2-4, 13-15; Apoc. 22:11-12).

TESE: O CRISTIANISMO E SEUS FUNDAMENTOS.

q O Cristianismo é uma religião que se alicerça nos pressupostos da Revelação Bíblica, cujos fundamentos não são apenas coerentes com a verdade e a realidade da vida, mas são a própria verdade, desde que são a própria, autoritativa e indestrutível Palavra de Deus. O Cristianismo como um corpo de verdades fundamentais, tem resistido ao teste da

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COERÊNCIA COM A REALIDADE, ou seja, quando testado na vida prática se mostra coerente e funcional, e esta prova e aprovação tem sido feita através dos séculos com sucesso. Enquanto que todas os outros sistemas filosóficos e religiosos, conquanto mostrem sofisticados e fantásticos sistemas de idéias e princípios, nenhum deles resistem ao impacto com a simples realidade da vida. Não são coerentes, não funcionam, e nem podem funcionar, por que são feitos a a partir da própria elucidação humana, que não é onisciente e muito menos infalível, como o é a Bíblia Sagrada.

O Cristianismo Bíblico difere de tudo o mais , porque é mais que um conceito ou filosofia, de fato, como já disse Francis schaeffer, é a "relação pessoal com o Deus pessoal que existe... relação esta baseada na comunicação escrita e proposicional de Deus para os homens e no trabalho completo de Jesus Cristo na história espaço-temporal". A genuína experiência de conversão a Cristo difere de todas as outras conversões religiosas, porque é infinitamente mais que a compreensão e adoção de um sistema religioso ou ideologia filosófica, e muito mais que uma experiência mística inexplicável, ainda citando Schaeffer, é "uma experiência final, porém pode ser verbalizada e é de tal natureza que pode ser discutida racionalmente" (Francis A. Schaeffer "O Deus que Intervém" pg.27).

O Cristianismo como um sistema de crenças é baseado nos pressupostos do teísmo cristão, ou seja, baseado em conceitos que têm de ser admitidos antes de se começar qualquer discussão. Eis estes pressupostos, são os verdadeiros fundamentos da verdadeira religião, e que distingue o Cristianismo de tudo o mais. A metodologia do Cristianismo é presuposional. Começa com o Deus da Bíblia.

Deus existe, e Ele é como Ele próprio se auto-revelou na natureza, na consciência humana, na história [revelação natural], e na Bíblia [revelação especial escrita e encarnada]; A partir da crença que o Deus da Bíblia existe, segue-se todas as implicações de se crer num Deus Triúno [Pai, Filho e Espírito Santo], Tem Absoluto domínio de todo poder, ciência e presença no Universo, É Pessoal-Infinito-Eterno, Criador-Sustentador-Governador do Universo, Imanente e Transcedente a criação, esta depende dele e Ele não depende de nada e nem de ninguém, Soberano-Absoluto com Liberdade Perfeita, Legislador-Juiz-Redentor, Verdade-Justiça-Santidade-Retidão, Amor-Bondade-Graça-Misericórdia. Possui todas as Perfeições em Grau Infinito. Criou o homem a sua imagem e semelhante para como Ele se comunicar, e para tornar possível sua auto-revelação.

A Verdade existe, porque o Deus que existe é a Verdade e garante que a verdade será sempre verdade, por isto toda verdade que existe é a verdade de Deus e ela se expressa em categorias Absolutas de causa e efeito, de certo e errado, de tese e antítese, encontrando sua expressão mais perfeita, aqui na terra, tão somente na Bíblia. De modo que, se algo é verdadeiro, o seu oposto é falso; se algo é bom o seu oposto é ruim, no dizer do apóstolo João: "...porque mentira alguma jamais procede da verdade." (I Jo.2:21b); Portanto, o teísmo cristão trata com verdades absolutas, e não com um conceito de verdade relativista, que uma coisa pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo dependendo das circunstâncias e dos motivos.

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A Bíblia é a Palavra e a Verdade de Deus Revelada e Inspirada verbal e plenariamente por Deus, por isso é infalível, inerrante, única regra de fé e prática. Quando ela fala, Deus é que fala.

A possibilidade de se ter uma TEOLOGIA BÍBLICA FUNDAMENTAL, ou UM CREDO DOGMÁTICO, ou uma TEOLOGIA SISTEMÁTICA BEM DEFINIDA que expresse o que a Bíblia chama de a SÃ DOUTRINA ou OS FUNDAMENTOS CRISTÃOS; Uma teologia fundamental e não existencial mudada conforme o contexto.

A Queda do Homem é uma fato, derivando este conceito da realidade humana e da revelação bíblica, junto com todas as implicação como Total Inabilidade Humana quanto a salvação.

A Salvação exclusivamente pela GRAÇA e FÉ em Cristo.

A Igreja, como Corpo de Cristo, formada somente de Crentes Regenerados, santificada e separada de todas as manifestações do mal. Local, Militante, Evangelista, Discipuladora, Missionária e Triunfante.

A concretização DO FUTURO ESCATOLÓGICO das profecias Bíblicas, com todos os eventos que envolvem a Igreja, Israel e o mundo [apostasia, arrebatamento pré-tribulacional, Grande Tribulação, Parousia, Reino Milenar, Juízo do Grande Trono Brando, Lago de fogo para os perdidos e Novos céus e nova terra para os salvos eternamente].

FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO FILOSÓFICO SECULAR QUE CRIARAM A FILOSOFIA EXISTENCIALISTA QUE POR SUA VEZ RESULTOU EM RELATIVISMO PRAGMÁTICO

Diz-se que a investigação para se chegar a verdade não pode partir de preconceitos ou pressupostos, ou seja, não se deve partir de nenhuma fonte de autoridade fora da experiência do próprio homem. Isto implica que se deve tentar achar Deus e chegar a verdade religiosa, sem se basear em nada a não ser nos resultados da própria investigação que fez, com os dados conseguidos e interpretados pela mente humana [teologia natural em contraste com a teologia revelacional]. Alguns filósofos, "teólogos" e cientistas tentaram em vão defender tal teoria da Verdade e do Conhecimento. Meu professor de teologia no Seminário Batista do Cariri, gostava de dizer que: "ninguém pensa num vácuo", ou seja, não se pode desenvolver uma idéia a partir do nada. Tudo que um ser inteligente pensa está baseado em algum pressuposto, alguma coisa lhe provocou e deu base para tal pensamento, mesmo que seja uma coisa fictícia. Portanto, é desonesta a firmação do pensar não pressuposicional.

Aqueles que dizem que começam seu sistema de pensamento do nada, na realidade estão começando seu pensamento a partir de si mesmos, ou seja, a partir do homem. E o que acontece, quando uma filosofia ou teologia começa seu sistema ideológico a partir do humanismo ? O Gráfico a seguir mostrará o que aconteceu com o conceito de verdade na filosofia, teologia, artes e cultural em geral depois que o homem fracassou em tentar

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explicar o universo e tudo que está implicado nele, partindo do homem, e de um universo fechado, onde não há lugar para o Deus da Bíblia:

COMEÇANDO A PARTIR DO HOMEM [HUMANISMO]

É importante entender como e quando isto aconteceu, pois a filosofia existencialista, ao abandonar o conceito de verdades absolutas com resultados certos de causa e efeito e adotar um conceito de verdades relativas [Relativismo Pragmático], destruiu os próprios fundamentos da verdade, inclusive os fundamentos do cristianismo, para os que adotam esta filosofia. Esta tragédia [a última grande cartada de Satanás] afetou todas as áreas do conhecimento humano, não só na filosofia, mais inclusive e principalmente a teologia, pois não tardou muito e alguns teólogos tentaram o casamento entre a teologia e a filosofia existencialista, o resultado é a teologia existencialista, não mais baseada nos fundamentos de verdades absolutas do cristianismo, mas numa contextualização filosofica-cultural-existêncial onde tudo é relativo.

Francis Schaeffer [um dos teólogos fundamentalistas que muito tem influenciado o movimento fundamentalista] tem alertado aos cristão para esta terrível mudança de metodologia e conceituação da verdade. Ele fala que houve um hiato entre o tempo em que até os descrentes agiam como se existissem verdades absolutas, e o tempo em que o homem perdeu totalmente essa crença, e mergulhou num desespero profundo, pois já não havia certeza de nada, apenas o que sobrou foi a sua própria existência, daí, o nome "existencialismo". A única coisa que lhe sobrou era o fato que, ele próprio, estava ali, existia, e tinha de encontrar uma maneira de autenticar aquela existência. Como não podia fazer isto racionalmente, porque abandonou o processo racional de verdades absolutas e de causa e efeito, tenta através do que Kierkegaard chamou de "um salto de fé", ou seja, experimentar através de uma experiência mística não racional algo lhe dê motivos para continuar existindo.

Escutemos o Schaeffer tem a dizer sobre isso:

" ...Quais eram estas pressuposições? A básica era que na realidade existem coisas tais como absolutos. Aceitavam a possibilidade de um absoluto na área do Ser (ou conhecimento) e na área da Moral. Por isso, porque aceitavam a possibilidades de absolutos, ainda que pudessem discordar no que estes fossem, poderiam contudo argumentar entre si na base clássica da antítese . Assim, se algo era verdade, o contrário era falso. Na moralidade, se algo era verdade, o contrário era errado. Este é o primeiro passo na lógica clássica: Se A é certo, então não-A é falso. Se você entende até que ponto isso não tem mais influência, você entenderá a nossa situação atual... A mudança foi tremenda. Há trinta ou mais anos atrás, você poderia dizer coisas como Isto é verdade ou Isto é certo e estaria sintonizado com todos."

* Não que todos concordassem com o que você achava ser a verdade, mais que era possível se chegar a verdade, e o que você dizia, tinha chance de ser verdade. Porém, depois da criação da filosofia existencialista, a sociedade moderna, perdeu a esperança na existência de uma verdade que é sempre verdade em todas as circunstâncias. Se tentar dizer que você

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tem a verdade, ela entende que você conhece algo que funciona naquele momento para você somente, e isso autentica sua existência, mas que não serve pra todo mundo. Analisando esta situação Schaeffer diz a seguir:

" A tragédia da nossa situação hoje é que homens e mulheres estão sendo fundamentalmente afetados por esta nova maneira de encarar a verdade e, contudo, nunca sequer analisaram o desvio ocorrido. Os jovens nos lares cristãos são educados dentro da velha estrutura da verdade e depois são submetidos à estrutura moderna. Com o tempo ficam confusos porque não conseguem compreender as alternativas que lhe estão sendo apresentadas. A confusão se transforma em perplexidade e em pouco tempo estão completamente subjugados [pelo relativismo pragmático]. Isto infelizmente é a verdade não só para os jovens, mas também para muitos pastores, educadores cristãos e mesmo missionários. Assim, esta mudança no conceito de como chegamos ao conhecimento da verdade é o problema mais crucial, conforme entendo, que o Cristianismo enfrenta atualmente". (Do livro: "O Deus que Intervém", Pg. 13,14).

* Francis Schaeffer tem razão ao dizer que esta é a questão mais importante que o Cristianismo enfrenta atualmente, pois sem esta filosofia existencialista, os teólogos liberais modernos não teriam como implantar suas teologias liberais que destroem os fundamentos do Cristianismo sem serem imediatamente identificados como hereges. Mas como o conceito de verdade ficou relativizado, tudo depende do contexto socil-cultural-humanístico, eles podem deformar e descaracterizar o cristianismo impunemente sem serem identificados como verdadeiros destruidores da sã doutrina e do verdadeiro Cristianismo.

RESULTADOS DA TEOLOGIA EXISTENCIALISTA E DE SEU RELATIVISMO PRAGMÁTICO

DESESPERO Quanto a Possibilidade de se Encontrar Verdades Absolutas.

* O homem moderno, teve seu nascimento provocado pelo surgimento da filosofia existencialista, que lhe roubou toda a certeza em relação as verdades absolutas, tirando-lhe toda a ESPERANÇA de encontrar um sentido lógico para a sua vida.

* Seguindo este raciocínio: Se não há VERDADES ABSOLUTAS (verdades que sempre são verdades e não mudam nunca), então, raciocinaram os teólogos existencialistas, nem as verdades da Bíblia, são absolutas, mas são relativas, logo, também não podem ser a Palavra de Deus.

Resultado deste Desespero: Grande Preconceito Contra DOUTRINA.

- Se não há verdades absolutas, e doutrina é baseada em tais verdades, então pra que se aferrar a doutrinas dogmáticas? Chegam até a chamar de "neurótico" quem ensina e defende com convicção. - Este é o raciocínio do teólogo modernista, liberal e neo-evangélico.

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H.C.THIESSEN - "Até recentemente, a Teologia era considerada como a rainha das ciências e a Teologia Sistemática como a coroa da rainha. Mas hoje em dia a maior parte dos chamados estudos teológicos nega a idéia de que ela seja uma ciência [ciência aqui é igual as verdades absolutas], e ainda mais que possa ser a rainha das ciências... ...É a duvida dos dias de hoje quanto a podermos chegar a qualquer conclusão neste campo, que possa ser considerada como certa e final. Influenciada pela filosofia corrente de pragmatismo, o teólogo moderno começa com o dictum de que em teologia, como em todos outros campos da pesquisa, a crença nunca deve ir além do mero estabelecimento de uma premissa básica; nunca deve ser enunciada como algo considerado fixo e final.". (Palestras em Teologia Sistemática, Pg. 4)

JAMES ORR - "Todos devem estar cientes de que há nos dias de hoje um grande preconceito contra doutrina - ou, como é muitas vezes chamada - "dogma" - na religião; uma grande desconfiança a e aversão ao pensamento claro e sistemático a respeito das coisas divinas. Os homens preferem, não se pode deixar de notar, viver em uma região de nebulosidade e indefinição com relação a esses assuntos. Querem que seu pensamento seja fluido e indefinido - algo que possa ser muda com os tempos, e com as novas luzes que eles acham estarem constantemente aparecendo para iluminá-los, continuamente adquirindo novas formas e deixando o que é velho para trás". (idém, pg. 4).

3. Rejeição da BÍBLIA como Inerrante, Infalível e Suficiente Palavra de Deus.

  * Raciocínio da Teologia Existencialista: Se não há verdades absolutas, o que torna impossível a definição de doutrinas dogmáticas, logo, o conteúdo da Bíblia, não pode ser infalível nem inerrante.

H.C. TIESSEN - "...Tendo rejeitado a Bíblia como a infalível Palavra de Deus e tendo aceitado a idéia de que tudo está fluindo, o teólogo moderno afirma que não é seguro quaisquer idéias permanentes a respeito de Deus e da verdade teológica. Se ele fizer isto hoje, amanhã pode ser obrigado a mudar sua opinião. Por isso, escritores modernos raramente expressam qualquer certeza com respeito a qualquer idéia que não sejam das mais gerais em teologia." (idém, Pg. 5).

4. CONTEXTUALIZAÇÃO EXISTENCIALISTA QUE ADULTERA O VERDADEIRO CONTEÚDO DA BÍBLIA E FRAGMENTA A TEOLOGIA BÍBLICA NUMA TORRE DE BABEL, ONDE CADA NOVA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA TEM SEUS DISCURSOS E LINGUAGEM PRÓPRIA, GERANDO GRANDE CONFUSÃO.

* Levando o pensamento existencialista as suas conseqüências lógicas: Se não há verdades absolutas, e não é possível definir doutrina dogmática, o que implica que a Bíblia não é inerrante, ou seja, tem um conteúdo baseado em um contexto social-cultural muito antigo, atrasado tecnologicamente, com mitos, com normas e preceitos que se aplicavam bem àquelas sociedades provincianas dos tempos bíblicos, logo se queremos que a Bíblia tenha alguma valor pra modernidade e fale ao homem moderno, temos de criar uma teologia para cada cultura, para cada contexto, onde nem um ensino é absoluto, mas tudo é relativo, variando conforme o contexto socio-cultural. Isto é o que o Apocalipse chama de "MISTÉRIO:

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BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA", Pois o sentido, teológico da palavra Babilônia é exatamente, "mistura" e "confusão" religiosa. (Apoc. 17:5). Percebemos como todas estas coisas conduzem a formação da Grande Igreja Ecumênica do Fim.

5. A TEOLOGIA EXISTENCIALISTA, AINDA CRIOU A POSSIBILIDADE DE UM ECUMENISMO MUNDIAL SUPER ABRANGENTE E SUPER-INCLUSIVO.

*Levando então as últimas conseqüências o pensamento existencialista nós temos o seguinte: Se não há verdades absolutas, não é possível definir uma doutrina dogmática, por sua vez a bíblia é falível, seus ensinos para ter alguma validade têm de ser contextualiazados conforme e a partir de cada cultura, logo, nenhuma igreja tem um cristianismo que possa se apegar como definitivo, ou seja, não há nada que impeça que todos se juntem e com suas teologias fragmentadas possam tentar construir uma cocha de retalhos teológica que produza um discurso que dê relevância a atividade religiosa do Cristianismo nos tempos modernos.

6. O ÚLTIMO RESULTADO, CONSEQÜÊNCIA DO ANTERIOR É A POSSIBILIDADE ATUAL DA CRIAÇÃO DA IGREJA GLOBALIZADA DO ANTICRISTO.

* Todas os setores da humanidade partem para um globalização cada vez mais crescente. A globalização não é apenas Politica-Ecônomica-Cultural-Filosofica, mas também Religiosa. O mundo anseia pela unificação de todos os países, economias, culturas e religiões, sob a administração de um sistema que controlem todas as coisas (Apoc. 13:7,8, 11-18).

FUNDAMENTALISMO

q "Movimento surgido nos Estados Unidos durante e imediatamente após a 1ª Guerra Mundial, a fim de reafirmar o Cristianismo protestante ortodoxo e de defendê-lo contra os desafios da TEOLOGIA LIBERAL, DA ALTA-CRÍTICA ALEMÃ,, DO DARWINISMO, e de outros pensamentos considerados danosos para o Cristianismo norte-americano. A partir de então, o enfoque do movimento, o significado do termo e as fileiras dos que se dispõem a usar o termo como identificação mudaram várias vezes. O fundamentalismo, até ao tempo presente, já passou por quatro fases de expressão, embora mantenha uma continuidade essência de espírito, crença e método." [Enciclopédia histórico Teológica, Vol.II, Pg. 187, C. T. McINTIRE]. Veremos as 4 fases históricas:

1ª Fase do Fundamentalismo. Durante a Década de 1920

* " O termo "FUNDAMENTALISTA", talvez tenha sido usado pela primeira vez em 1920, por Curtis Lee Laws, no jornal batista Watchman-Examiner, mas parecia surgir em todos os lugares no começo da década de 1920, como identificação de alguém que acreditasse nos fundamentos da fé e os defendesse ativamente".

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* "A fase inicial envolveu a articulação daquilo que era fundamental ao cristianismo e o início de uma batalha urgente para expulsar das fileiras das igrejas os inimigos do protestantismo ortodoxo. A série de doze volumes chamada THE FUNDAMENTALS ("Os Fundamentos "- 1910-1915)forneceu uma lista ampla dos inimigos - o romanismo, o socialismo, a filosofia moderna, o ateísmo, o eddyismo, o mormonismo, o espiritismo e outros semelhantes, mas acima de tudo, a teologia liberal, que se baseava numa interpretação naturalista das doutrinas da fé, a alta crítica alemã e o darwinismo. ...Os escritores dos artigos provinham de um grupo amplo...As doutrinas que definiam e defendiam abrangiam toda a gama dos ensinos cristãos tradicionais. Apresentavam suas críticas com eqüidade, argumento cuidadosos e devido apreço por muitas coisas que seus oponentes diziam" (idém, pg. 187)

* Várias tentativas foram feitas para determinar quais eram os FUNDAMENTOS INEGOCIÁVEIS DO CRISTIANISMO. "Quase que imediatamente, no entanto a lista de inimigos tornou-se mais estreita, e os fundamentos, menos abrangentes. Os defensores do fundamentos da fé começavam a organizar-se fora das igrejas e dentro das denominações."

Os 5 fundamentos [ou doutrinas essenciais] para os PRESBITERIANOS do Norte dos Estados Unidos:

[1] A Inerrancia das Escrituras; [2] O nascimento Virginal de Cristo; [3] Sua Expiação Vicária;

[4] Sua Ressurreição Corpórea; e [5] A Historicidade dos Milagres.

OS BATISTAS e INDEPENDENTES PRÉ-MILENISTAS, colocavam como quinto fundamento: [5] A Ressurreição e a 2ª Vinda de Cristo; Outros simplesmente colocavam assim o 5º fundamento: [5] PREMILENISMO. Outra versão colocou em lugar do Nascimento Virginal: [5] Divindade de Cristo.

As grandes batalhas eram travadas dentro das grandes denominações históricas, pois muitos pastores que tinham saído dos Estados Unidos para fazerem curso de pós-graduação nas grandes universidades teológicas da Europa, especificamente na Alemanha, em que A Teologia Liberal, abrançando as teorias destrutivas da ALTA CRÍTICA produzida pelo racionalismo humanista, voltavam para os Estados Unidos completamente descrentes nos fundamentos do Cristianismo Histórico. Os liberais devido a tolerância inicial dos fieis a sã doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominações, e conseguiram tomar para si os grandes seminário, rádios, igrejas, de modo, que não deixou alternativa para uma grande parte dos fundamentalistas, senão sair destas denominações e se organização em novas denominações. Daí surgiram os Batistas Regulares que formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas Regulares (1932), Batistas independentes, Igrejas Bíblicas, Igreja Cristãs Evangélicas, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (1936), que mudou seu nome para Igreja Presbiteriana Ortodoxa, a Igreja Presbiteriana Bíblica (1938, a Associação Batista Conservadora dos Estados Unidos (1947), as igrejas Fundamentalistas Independentes dos Estados Unidos (1930) e muitas da denominações fundamentalistas que ainda existem

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atualmente. "Em todas as partes dos Estados Unidos , os fundamentalistas fundavam novos ministéiros de reavivamento, agências missionárias, seminários bíblicos, conferências bíblicas e jornais.

 --> Daí tiramos uma grande lição: A tolerância com os apostatas, eqüivale a dar tempo ao inimigo fermentar toda massa, tornando-a imprestável. Ainda, nos adverte, quanto a esses cursos de pós-graduação em universidades apóstatas. Poucos têm a estrutura para não se deixar contaminar pelo ambiente infectado dos modernistas. O mesmo podemos dizer destes congressos para pastores e líderes promovidos pelos liberais, igualmente estão infectados pela metodologia relativista da verdade .(Mt.16:6,12; I Cor.5:6-9; Gl.5:7-9).

Machen em 1923, chamou a nova religião que tentava destruir os fundamentos da fé,de "liberalismo", mas posteriormente seguiu a moda mais popular, chamando-a "modernismo".

2ª Fase do Fundamentalismo. Fim da Década de 1920 até o início dos anos 40.

- "Durante este período, a lição teólogica distintiva que os fundamentalistas ensinavam era que representavam o cristianismo verdadeiro, baseado numa interpretação literal da Bíblia, e que essa verdade devia ser expressa concretamente de modo organizacional, separada de qualquer associação com liberais e modernistas.

3ª Fase do Fundamentalismo. Início da Década de 1940 até a Década de 1970.

- "A partir do início da década de 1940, os fundamentalistas...dividiram-se , paulatinamente em dois arraiais."

1º Grupo de Fundamentalistas: Os genuínos fundamentalistas.

Continuavam a se chamar "fundamentalistas", equiparando-o com o verdadeiro cristianismo fiel a Bíblia. Em 1941, este grupo fundou o Conselho Americano de Igrejas Cristãs. Este Conselho de Igrejas, junto com outras igrejas fundamentalistas não incluídas em nenhum dos dois grupos foi que deram continuidade ao genuíno movimento fundamentalista. O termo "funtamentalista" era usado com orgulho por várias escolas, tais como a Universidade Bob Jones, O instituto Bíblico Moody e o Seminário Teológico de Dallas, e por centenas de evangelistas e pregadores de rádios. Além de aderir a doutrinas tradicinais da Escritura e de Cristo. Promoviam a evangelização, reavivamentos, missões e uma moralidade pessoal contra o fumo, a bebida, o teatro, o cinema e o jogo de baralho. Eram militantes contra a apostasia na igreja, contra o comunismo, contra os vícios pessoais. Tendiam a opor-se ao ecumenismo do evangelista Billy Graham, a não lerem o jornal Cristianity Today ("O Cristianismo Hoje" ). Não apoiavam a Faculdade Wheaton nem o Seminário Teológico Fuller (Que atualmente é um dos maiores promotores do Movimento de Crescimento da Igreja, baseado em sinais, milagres e prodígios carismáticos-pentecostais, movimento encabeçado pelo Dr. Donadl A. McGravran, pelo professor C. Peter Wagner e da Coreia do Sul pelo Pr. Paul-Davi Yang Cho).

O CONSELHO INTERNACIONAL DE IGREJA CRISTÃS-CIIC (1948) procurou dar ao termo aceitação mundial, em oposição CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS -CMI [O CMI é órgão

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internacional promotor do ecumenismo mundial, de fato, o CMI pode ser considerado um antro de apóstatas, e se parece demais, com a grande prostituta do apocalipse, a grande igreja apostata do fim". Ap 18.

2º Grupo de Fundamentalistas: Os aparentemente fundamentalistas.

Deixaram o nome "fundamentalista", por achar que a palavra dava idéia de "divisor", "intolerante", "anti-intelectual", "despreocupado com os problemas sociais" e até mesmo "tolo" e passaram a ser chamados de "evangelical" ou "neo-evangelical" . Isto aconteceu por que este segundo grupo começou paulatinamente a afrouxar e finalmente a abandonar a doutrina bíblica da separação eclesiástica. Que abandonar a doutrina da separação eclesiástica tende a se tornar progressivamente ecumênico e liberal em doutrina, e foi isto que aconteceu como os "neo-evagélicos" . Em 1942, este 2º grupo funda Associação Nacional de Evangelicais. Esta divisão no fundamentalismo persiste até hoje, pois ainda há muitos que dizem estar sobre os fundamentos da fé cristã, num entanto, na pratica, a sua incoerência fica estabelecida.

4ª Fase do Fundamentalismo. Fins da Década de 1970 até a Década de 1980.

- Nesta fase os fundamentalista "Destacaram-se nacionalmente (Nos E.U.A), por oferecerem uma resposta àquilo que muitos consideravam uma suprema crise social, econômica, moral e religiosa nos Estados Unidos. Identificavam um novo inimigo , mais disfuso: O HUMANISMO SECULAR que...era o responsável por subverter escolas, universidades, o governo e, acima de tudo, as famílias. Lutaram contra todos os inimigos que considerassem rebentos do humanismo secular - o evolucionismo, o liberalismo político e teológico, a moralidade pessoal frouxa, a perversão sexual, o socialismo, o comunismo e qualquer diminuição da autoridade absoluta e inerrante da Bíblia. Conclamaram os norte-americanos a voltarem aos fundamentos da fé e aos valores morais fundamentais dos Estados Unidos. Na liderança desta fase, encontrava-se uma nova geração de fundamentalistas que usavam a televisão e a palavra impressa, principalmente Jerry Falwell, Tim La Haye, Hal Lindseu ... A base deles era Batista e sulina, mas alcançaram todas as denominações".

- Em 1976 num Congresso Mundial de Fundamentalistas, o termo "fundamentalista "foi assim definido como " "alguém que adere ao seguinte:

1. Manter um fidelidade incondicional à bíblia inerrante, infalível e verbalmente inspirada; 2. Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade [e verdade absoluta, que é verdade sempre, em todo lugar];

3. Julgar todas as coisas pelo Bíblia e ser julgado unicamente pela Bíblia;

4. Afirmar as verdades fundamentais da Fé Cristã histórica: a doutrina da trindade; a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, e a Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo; o Novo nascimento mediante a regeneração do espírito Santo; a ressurreição dos santos para a vida eterna; a ressurreição dos ímpios para o juízo final e morte eterna; a comunhão dos santos, que são o corpo de Cristo.

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6. Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa Fé, compromisso com o erro, e apostasia da Fé; e

7. Lutar firmemente pelo Fé que foi uma vez concedida.

Portanto, Fundamentalismo é ortodoxia militante que se enche de zelo pela conquista de almas."

John E. Ashbrook - "Fundamentalismo é a crença militante e a proclamação das doutrinas básicas do cristianismo, que levam à separação bíblica daqueles que as rejeitam. Há três chaves para definição: [1] "CRENÇA MILITANTE - As doutrinas básicas são sustentadas com convicção de fé; [2] "PROCLAMAÇÃO Não somente crê-se nestas doutrinas, mas são ensinadas e pregadas aos perdidos; [3] "SEPARAÇÃO - Não se pode denominar alguém um fundamentalista até que este pratique a separação onde necessário" ( "Axiomas da Separação" Pg. 14).

Um dos inimigos atuais do FUNDAMENTALISMO é o NEO-EVANGELICALISMO. Vejamos o seu conceito:

NEO-EVANGELICALISMO (A cumplicidade com o erro, conduz e eqüivale ao erro) –

* Citação de John E. Ashbrook - "Axiomas da Separação" Pg.14-15

- Dr. Harold John Ockenga [Neo-evangélico] que criou o termo NEO-EVANGELICALISMO assim o definiu: "O neo-evangelicalismo surgiu em 1948... [como] um repudio do separatismo e às convocações ao envolvimento social, pois divergia do fundamentalismo no repúdio á separação e na determinação em comprometer-se com o diálogo teológico atual".

* 3 Pontos acima mostram a diferença entre Fundametalismo e Neo-Evangelicalismo: (Comentário de Asbrook)

[1] Repudia o separatismo; sendo esta a sua premissa mais fundamental;

[2] Convoca ao envolvimento social; o que nos leva de volta ao evangelho social modernista. [3] Expressa determinação em comprometer-se como o diálogo teológico atual .

* Citamos a seguir, partes do estudo "Os perigos do Neo-Evangelismo do Professor J.B.William:

" O surgimento do Comprometimento - O Evangelismo. Ironicamente, o Neo-Evangelismo começou como resultado desta perda. É um movimento para acomodar o humanismo com o liberalismo. O evangelismo das massas do Fundamentalismo perdeu a atração das massas. O Neo-Evangelismo, juntando-se em um esforço evangelístico com os liberais e os católicos, descobriu que a freqüência melhorou grandemente. Uma vez que não se enfatizava todo o conselho de Deus e considerando que o liberalismo era tolerado, resultou um grande número de "profissões de fé". Os convertidos eram encorajados a retornar às suas igrejas apóstatas ou a se juntarem a qualquer igreja de sua escolha [método usado nas campanhas de Billy Graham, Luis Palau, no Brasil vemos alguns afamados pregadores tipo Caio Fabio].. Do evangelismo inclusivo, o Neo-Evangelismo passou para os

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seminários, para os púlpitos, para as juntas de missões e outras organizações . ... Os perigos do Neo-Evangelismo [ou Neo-Evangelicalismo]: [1] Tornar o "amor cristão" mais importante do que a sã doutrina como base para comunhão cristã, leva ao desastre...Sem a sã doutrina não há amor cristã (I Jo 5:2,3; [2] A constante reconsideração, reinvestigação e a "mente aberta" para com os fundamentos da fé, inclusive a inerrância das escrituras, leva a deterioração da fé...; [3] Torcer as Escrituras em um esforço de acomodar as chamadas descobertas e cientificas, inclusive a evolução, é intelectualmente desonesto... [4] Pregar apenas uma assim chamada "mensagem positiva" (geralmente expressa pela declaração "Deus me chamou para ganhar almas, não para criticar os outros") é ignorar o fato de que estamos batalhando pela fé (Jd.3); [5] Preferir a comunhão com os apóstatas em lugar dos fundamentalistas confunde as linhas de batalha. Dá impressão que a apostasia deve ser aceita como bíblica... [6] Torna a igreja cada vez mais um instrumento de alterações sociais através de programas de interesse humanitário é perder completamente o conceito bíblico do homem perdido e a responsabilidade da grande comissão; [7] Considerar a oposição à apostasia uma coisa inaceitável porque é "cismática" é errar o alvo completamente e cheira a covardia; [8] Permitir a possibilidade dos dons-sinais, línguas, cura, etc. - neste período da igreja pode dar vantagem junto aos carismáticos, mas leva a um grande engano dos crentes ingênuos e incultos e canaliza os fundos para a extorsão religiosa.

" A sobrevivência do Cristianismo histórico será por causa dos seus defensores e não dos seus defensores e não por causa dos que fazem concessões. Depois de 30 anos, o Neo-evangelismo é um fracaso; não atingiu o alvo pretendido [que era dialogar com os totalmente liberais, para trazê-los para um cristianismo mas conservador]. Não há indicação de um retorno à fé Bíblica histórica por parte dos liberais. A Neo-Ortodoxia continua usando a linguagem conservadora para com a incredulidade liberal. A criação de novas palavras para descrever a mesma incredulidade, entretanto não a torna bíblica. Dentro do grupo de Neo-Evangélicos tem aparecido um grupo radical que apoia o movimento da libertação feminina, ordenação de mulheres para o ministério cristão e advogando a aceitação de homossexuais dentro da igreja. O Neo-Evangelismo, no seu estágio de afastamento da fé histórica, vai, dentro de uma geração, diferir do liberalismo apenas no nome

" Do lado positivo, os fundamentalistas militantes não podem ceder terreno à chamada ciência, filosofia ou intelectualismo, onde houver conflito com a Palavra de Deus. Como também os fundamentalistas não vão considerar a Bíblia numa estrutura humanística para determinar a verdade. O Fundamentalismo não usa a ciência e a arqueologia para "provar" que a Bíblia é a Palavra de Deus. Ninguém tem esta prerrogativa. A Bíblia é a Palavra de Deus apesar da "falsamente chamada ciência" (deve referir-se aqui a teoria da evolução, que é ensinada não como teoria, mais como ciência) [Este estudo saiu originalmente em Janeiro de 1991, no "FAIT FOR THE FAMILY, e em junho de 1982, no jornal o "Presbiteriano Bíblico"].

Pelo que vimos o chamado protestantismo evangélico, pode ser divido em 3 grupos:

1º Grupo -> OS FUNDAMENTALISTAS [Ortodoxia clara e assumida]- Que vivem, ensinam e defendem os fundamentos história cos, tendo como principal distintivo a Separação de todos os infiéis a esses fundamentos;

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2º Grupo -> O NEO-EVANGÉLICOS [apostasia incipiente e não assumida]- Que, ainda se dizem conservadores em relação aos fundamentos da fé, mais repudiando a doutrina Bíblica da Separação, promovem o ecumenismo e o comprometimento com a apostasia declarada e assumida pelos liberais. Os Neo-evangélico, fazem parte daquela turma de chamados "evangélicos" que querem contextualizar a doutrina Bíblica para que haja crescimento da igreja. Para isto, usam música e ritmos que caracterizam o mundo, até fazer shows de rock com toda a parafernália do mundo do rock, são frouxos não só na separação eclesiástica, como também na separação do mundo: De fato, sua contextualização é uma mundanização da igreja. As coisas que eram chamadas de "mundanismo" tais como, crente vestir a roupa lasciva e erotizante do mundo, crente ir a cinema, teatro, circo, ou lugar de diversão característico dos descrente, crente tomar bebida alcóolica, seja champanhe, vinho ou cerveja, divorcio facilitado... Tudo isto é natural nas igrejas que adotam o Neo-Evangelismo.

3º Grupo -> OS LIBERAIS [apostasia plenamente desenvolvida e assumida] - O liberalismo em sua apostasia nega a validade de quase todos os fundamentos da fé, como a Inerrancia das Escrituras, A Divindade de Cristo, A necessidade da morte expiatória de Cristo, assim como negam seu nascimento virginal, e sua ressurreição, chegam até a negar que existiu realmente o Jesus narrado das Escrituras. A doutrina escatológica. São universalistas (todos mundo vai ser salvo um dia, Deus vai dar um jeito até na situação do Diabo), logo, para eles não existe inferno, o conceito de pecado não existe. O liberalismo é um sistema racionalista, que só aceita o que pode ser "provado" cientificamente pelo próprios conhecimentos falíveis, fragmentados e limitados do homem.

Na realidade se seguirmos uma ordem cronológica, o LIBERALISMO TEOLÓGICO apareceu primeiro, como reação a ele os fieis a sã doutrina, iniciaram o movimento FUNDAMENTALISTA, depois, em reação ao FUNDAMENTALISMO, surgiu o NEO-EVANGELISMO, que enganosamente diz estar em uma posição de neutralidade entre o Fundamentalismo e o Liberalismo. Não realidade o Neo-Evangelismo ou Neo-Evangeliscalimo é um Liberalismo mais sutil e enganoso.

A CONSTEXTUALIZAÇÃO CULTURAL DA TEOLOGIA E O FUNDAMENTALISMO

O PROBLEMA DA COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL E AS SOLUÇÕES PROPOSTAS TANTO POR FUNDAMENTALISTAS E TEÓLOGOS LIBERAIS

  *DEFINIÇÃO DE NECESSÁRIA DE TERMOS:

q CULTURA HUMANA-> "é sempre um processo dinâmico para o enredo da vida. Reúne as tradições do passado, corresponde e se acomoda à modernidade de uma sociedade tecnológica e cada vez mais urbana, e está em interação constante com os principados e potestades supraculturais. ...Cada geração aprende de novo e formula sua própria cultura. Há, portanto , um grau considerável de flexibilidade e relatividade no centro focal da cultura humana"[Bruce J. Nicholls em "Constextualização: uma Teologia do Evangelho e Cultura" Pg.42,43]

CULTURAL -> Relativo a Cultura humana, o algo ligado a Cultura deste lado de cá do mundo natural em contraste com o mundo sobrenatural.

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SUPRA-CULTURAL -> Relativo a coisas, seres e fatos do mundo sobrenatural, ou seja, que influênciam a cultural, mas estão acima e além dela, e de uma percepção e explicação cultural. Por exemplo a influência dos demônios.

TRANS-CULTURAL-> Termo missionário relativo a comunicação entre duas culturas diferentes.

q TEOLOGIA BÍBLICA DOGMÁTICA -> Teologia baseada nos fundamentos bíblicos, tendo-os como verdades absolutas e eternas.

TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA -> No julgamento de Bruce J. Nicholls: "A teologia constextualizada de modo distinto da teologia bíblica dogmática, é sempre relativa". Bruce acrescenta um aspecto importante da contextualização. Qual deve ser o ponto de partida da contextualização ? Pparte-se o evangelho para a cultura, ou da cultura para o evangelho?

Examinemos estes aspectos:

[1º] O RELATIVISMO DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA.

A teologia constextualizada é sempre relativa , pois segundo este mesmo autor o centro focal da cultura é a flexibilidade e a relatividade . Aqui está em jogo algo mais profundo do que a cultura, mais o próprio conceito de VERDADE, e a própria natureza do EVANGELHO, se são semelhantes a cultura, algo cuja flexibilidade e relativismo mudam conforme o contexto onde está inserido, ou se a verdade e o evangelho como expressão desta verdade é algo absoluto e permanente como vemos em JUDAS capítulo três: "uma fé uma vez por todos entregue aos santos"

[2º] O PONTO DE PARTIDA DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA . PODE GERAR DUAS TRAGÉDIAS PARA O CRISTIANISMO:

a) Transformá-lo em "RELIGIÃO NATURAL" baseada na "TEOLOGIA NATURAL";

-Esse perigo é visto na seguinte citação: "...Com o enfraquecimento da certeza do conhecimento do conteúdo da fé cristã [isto devido as teologias liberais que põem em duvida a autoridade da Palavra de Deus], muitos teólogos e comunicadores estão fazendo, na prática, com que o contexto cultural seja o ponto de partida. Este é o caminho da "teologia natural", e leva a um beco sem saída. Mas conforme tem demonstrado a história da teologia natural desde Tomás de Aquino até ao tempo presente, não é possível fazer um salto do Deus dos filósofos para o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, que é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo". [Bruce J. Nicholls]

*É isto que vem sendo tentado, com fracasso absoluto, desde o tempos dos apóstolos aos teólogos e comunicadores modernistas de hoje, eles querem, comunicar o evangelho e ser igreja, partindo dos conceitos de filosofias da moda, então, tentam contextualizar, encaixar e adaptar o evangelho àquele contexto cultural-filosofico-político-religioso, produzindo um "outro evangelho", completamente distante da simplicidade do evangelho apostólico. O

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produto ou resultado da constextualização a partir da cultura e filosofias humanas é sempre um evangelho sofisticado, desfigurado, reduzido na sua excelência. Um "outro evangelho" que inclusive pode produzir resultados, para o crescimento do rol de membros da igreja, porém é um resultado questionável, pois engana e ludibria milhares de almas com um evangelho descentralizado de Cristo e do fundamento de sua Palavra e centralizado no homem e suas vás filosofias. Daí fazemos, a pertinente pergunta: pode semelhante evangelho salvar? Ou é um instrumento de Satanás para manter os perdidos descuidados quanto a salvação, pensando que são salvos, por fazerem parte de uma destas igreja da moda, até o dia em que abrirão os olhos no inferno ? (Mt.7:15-27). Já foi dito: "O mistério da fé começa com o conhecimento de Cristo e não com a filosofia e a tradição humana (Cl.2:1-8).

b) SINCRETIZAR O CRISTIANISMO ÀS RELIGIÕES DAQUELA CULTURA.

- O perigo deste sincretismo é visto na seguinte citação:

" O Segundo aspecto quanto ao ponto de partida, se partindo da cultura adapta-se o evangelho a ela, ou partindo-se do evangelho transforma-se os pontos malignos da cultura? Outra questão deve ser também, levantada agoira: Qual o resultado destas duas metodologias diferentes ? - Ouçamos o que o próprio Bruce tem a dizer:

"A contextualização da teologia bíblica num mundo em mudança exige uma reconsideração do processo inteiro de fazer a teologia. Mas a própria Bíblia insiste que o ponto de partida deve ser de dentro do círculo da fé e da dedicação à auto-revelação de Deus em Cristo...". Ainda dentro desta temático do ponto de partida, Bruce, traz a tona um elemento muitas vezes esquecido quando se fala na necessidade de contextualização da teologia bíblica [culturalizar a telogia bíblica], o elemento esquecido é que a cultura humana do homem como seus elementos malignos precisa ser em grande parte DESCULTURALIZADA. voltemos a citação: "...O mistério profétio do evangelho exige uma desculturalização, em toda cultura, dos acréscimos a fé verdadeira. Desde Móises até João Batista, os profetas bíblicos condenavam os elementos de cultura que eram contrários a Palavra de Deus... O evangelho renova e transforma aqueles elementos da cultura que são à revelação geral de Deus... O ponto de partida não é a cultura, mas sim, a Palavra de Deus".

-De fato, O evangelho tem o pontencial de mudar os elementos nocivos da cultura humanística, e isto tem acontecido na história. Todavia, o esforço feito apartir da Bíblia, não foi para santificar uma cultura com pontos divergentes da Bíblica, mas o esforço era feito para se transformar o indivíduo, e ele uma vez transformado pela graça de Deus, ira ser um fator de transformação cultural. Foi o que aconteceu com a igreja primitiva: ela se preocupou não com as extruturas culturais e sociais do contexto filosófico-religioso-pagão do império Romano, mas sim com a transformação do indivíduo através da pregração teo-centrica do evangelho, com todos os seus obstáculos: que de antemão já se sabia, que seria "LOUCURA" para os GREGOS [pessoas inseridos naquele contexto cultural pagão] e "ESCÂNDALO" para os JUDEUS [pessoas inseridas contexto cultural e religioso do judaísmo farisaico]. E Paulo, aqui está trantando do problema da COMUNICAÇÃO TRANSCULTURAL, porém, não propõe uma CONTEXTUALIZAÇÃO DA PALAVRA DA CRUZ, mais diz: "CERTAMENTE A PALAVRA DA CRUZ É LOUCURA PARA OS QUE SE PERDEM... VISTO COMO,

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NA SABEDORIA DE DEUS, O MUNDO NÃO O CONHECEU POR SUA PRÓPRIA SABEDORIA, APROUVE A DEUS SALVAR AOS QUE CRÊEM, PELA LOUCURA DA PREGAÇÃO". Sabemos que para atingir esse indivíduo temos de falar numa linguagem que ele possa assimilar [a própria questão da linguagem é crucial na contextualização e comunicação do evangelho]. Todavia, neste ponto, é bom lembrar o que é que convencesse alguém "do pecado, da justiça e do juízo". Veja a citação abaixo:

"O ESPÍRITO SANTO sempre é o missionário transcultural. Vai adiante para preparar o caminho para o evangelho... Convence do pecado e do juízo, até mesmo aqueles que nunca ouviram falar do nome de Cristo.." ****Vale dizer que o Espírito Santo é uma realidade supra-cultural, que operou e tem operado em todas as culturas provocando o novo nascimento em todas a etnias, e extruturas sociais, em todas as épocas. A própria realidade da salvação é uma realidade supra-cultural, está além do que o homem pode compreender por meio culturais, por isto a salvação é uma obra de Deus e não do homem. Como nos diz João 1:12-13 "Mas a todos quantos receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus a saber os : aos que crêem no seu nome os quais não nasceram do sangue nem da vontade da carne, mas de Deus.

* OS PROBLEMAS DA COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL - Como comunicar o evangelho em uma cultura totalmente diferente da cultura do missionário ou pregador? Como ensinar coisas que estão na Bíblia, mas não tem algo equivalente na cultura do ouvinte do evangelho ? Que ponto de partida usar para comunicação do evangelho?

* AS POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL

1. NUNCA ABRIR MÃO DOS PRESSUPOSTOS CRISTÃO-BÍBLICOS EM FAVOR DE ELE. . . MENTOS CULTURAIS.

a) Quanto a DEUS

Deve ser mostrado o Deus da Bíblia sem retorques ou maquiagens, na esperança de que o Espírito Santo convencerá a o ouvinte da diferença entre o seu Deus e o Deus da Bíblia.

b) Quanto a VERDADE:

Deve-se ajudar a pessoa a ver a questão do conceito de verdade e levá-la a perceber que Toda Verdade é a Verdade de Deus, Pois o próprio Deus é a Verdade e somente Ele poderia comunicá-la ao homem com perfeita fidedignidade, e Ele o fez nas páginas da Bíblia. Esta verdade se expressa em conceitos ABSOLUTOS, numa linha de pensamento horizontal de CAUSA e EFEITO, cujos resultados são garantidos pelo próprio Deus da Verdade. Por exemplo: roubar é sempre um erro, ser honesto é sempre certo, independente se uma cultura acha certo ou errado roubar. Deus garantir que o ladrão sempre se dará mal, embora pareça que não. Se o ouvinte não concordar sobre o conceito de verdades, será difícil evangelizá-lo.

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É necessário ajudar o ouvinte a entender a AUTORIDADE ABSOLUTA da BÍBLIA. Dá evidências que mostrem que ela é a perfeita expressão da VERDADE de Deus na terra, e que por ser A PALAVRA DE DEUS é INERRANTE E INFALÍVEL, ÚNICO TRIBUNAL que define finalmente toda questão sobre fé e prática. Se o ouvinte não aceita a Bíblia como AUTORIDADE FINAL em questões religiosas, será difícil evangelizá-lo.

d) Quanto ao HOMEM:

É preciso fazê-lo entender a QUEDA e suas conseqüências. Que o homem foi criado inocente e livre, mas mediante UMA QUEDA REAL, em que ficou com uma natureza pecaminosa tão corrupta e corruptora, que corrompe todas as coisas, até as suas melhores obras, estão maculadas pelo mal, dai serem "trapos da imundícia".

Como a CULTURA HUMANA é criada pelo homem caído e escravizado ao demônio, toda cultura humana, em todo lugar e em todo tempo é corrompida pelo mal e pelos poderes supra-culturais satânicos. De modo que quem trabalha com a cultura humana, trabalha com um esquema secular corrupto e maligno. Paulo nos adverte para "Não nos conformamos [assumir a forma ou o esquema] deste século [ou cultura] (RM.12:2). Ainda, Paulo, nos chama a atenção, que o "homem natural", [não nascido de novo pela operação do Espírito Santo], para quem devemos pregar o evangelho, "...Não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente" (I Cor. 2:14). Por este texto, percebemos que por mais que contextualizemos o evangelho, se o fizermos de um modo espiritual ["coisas do Espírito"], mesmo assim, o "homem natural" não conseguirá aceitá-lo e nem mesmo entendê-lo. Se fizermos uma contextualização não espiritual do evangelho, o Espírito Santo, não tomará parte nisso, e sem o Espírito Santo não há verdadeira conversão.

Talvez, seja por isso, que estas igrejas que pregam um "evangelho contextualizado e secularizado", através de música mundana [samba, rock, e outros bichos], danças, roupas, e jeito do mundo fazer as coisas, logo crescem o seu rol de membros, porém, são elas mesmas, que enchem o mundo e o Brasil de crentes "professos" [que já fizeram uma decisão pública, mas nunca passaram pela obra regeneradora do Espírito Santo, daí a razão de tantos escânda-los e afrouxamento espiritual nas igrejas (crentes e até pastores roubando, enganando, fornicando antes de casar, traindo e adulterando depois de casados, se divorciando levianamente, praticando aborto secretamente, homossexualismo, bebendo álcool, e tantas coisas indizíveis que até o Diabo se surpreende, numa prova de que o número de joio está aumentando e talvez já tenha passado do número de trigo. Tem sido sempre assim na história eclesiástica, quando a igreja afrouxa seus padrões doutrinários e troca o evangelho genuíno, por outro sincretizado e contextualizado pelas filosofias mundanas e costumes seculares da época, o resultado é sempre desastroso para a igreja, sobra somente um pequeno remanescente fiel, que teima em não arredar dos velhos fundamentos da fé, ou, o velho, mais todo eficiente evangelho eterno de Cristo.

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Do grego "Cosmos" [sistema organizado, em que os homens devolvem métodos e esquemas para obter sucesso nas várias áreas da vida: trabalho, lazer, moradia, educação, saúde, finanças, religião, política etc... - A expressão "mundo", pode ser traduzida como "o jeito do homem caído fazer as coisas debaixo do senhorio do maligno". Por isto, a Bíblia adverte: "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele... Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno" (I Jo.2:15; 5:19).

O mundo e sua cultura (orientada pelo maligno) tem seu foco central na flexibilidade e na relatividade, como afirmou Bruce j. Nicholls, quando definia a palavra "cultura". João fala desta relatividade e efemeridade das coisas do mundo ao dizer "Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente" (I Jo.2:17). Eis, então, impossibilidade de contextualizar um "evangelho eterno" cujo corpo de verdades foi dado "uma vez por todas", cuja, modificação e adulteração é chamada de "anátema", sem tornar este evangelho em algo, efêmero, relativo e mutante como o é por definição a cultura humana.

A conseqüência terrível disto tudo, é que, assim como a cultura que pelo seu caráter flexível, relativista e mutante, é algo descartável, assim também o evangelho associado e baseado nela também se torna descartável e irrelevante. A ironia disto, tudo é que os teólogos liberais usam a cultura com suas filosofias e costumes para comunicar o evangelho ao homem moderno de modo relevante, porém, ao adulterarem o evangelho, sincretizando com as vãs filosofias mundanas, só conseguem tornar o evangelho algo ridículo, sofisticado, relativo e descartável, portanto, irrelevante. Fazemos bem em seguir Colossenses 2:6-8 "Ora, como recebeste a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. CUIDADO que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.

2. O LUGAR DA EQUIVALÊNCIA DINÂMICA:

- A Equivalência dinâmica, em sua função de procurar na cultura do evangelizado algo equivalente ao objeto, ou assunto, do texto bíblico, nunca deve amputar nada do texto bíblico para se fazer entender pelo nativo da cultura a ser evangelizada. A equivalência dinâmica não traduções modernas da bíblia é algo perigoso, pois acaba subtraindo ou substituindo termos da bíblia, que no julgar falível dos tradutores não são relevantes. Acredito, que a equivalência dinâmica é menos perigosa quando aplicada a Hermenêutica ou interpretação do texto Bíblico, ou seja, pela exegese do texto descobrir o que ele significava para seus leitores originais dos tempos bíblicos, e pela Hermenêutica encontrar situações e questões do homem atual, que em principio são equivalentes ao contexto daquela época.

- Caio Fabio dá um exemplo do que o Neo-Evangelicalismo faz com a equivalência dinâmica que é de fato uma contextualização que fere, mutila e adultera termos e palavras bíblicas. Por exemplo. No seu livro "Novos Ministros p/uma Nova Realidade" ele diz: " sabem o que é

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circuncisão? ... sabem o que é aio? Sabem, porventura o que significa graça?... Estou pensando até em escrever uma carta aos Romanos (logicamente não inspirada). Uma carta contemporânea, onde a circuncisão seja substituída por uma outra questão equivalente a ela hoje. Quem sabe se a nossa circuncisão é o batismo?".

CONCEITOS SOBRE DEUS: O DEUS DA BÍBLIA - VISÃO GLOBAL DO CRISTIANISMO FUNDAMENTALISTA CONTRASTADA COM A VISÃO NÃO FUNDAMENTALISTA: UM EXEMPLO DO CONFRONTO ENTRE ORTODOXIA E APOSTASIA

Colin Chapman - [Livro: "O Cristianismo no Banco do Réus"] "A indagação sobre Deus envolve duas partes: [1] Quem é Deus? (questão de definição]; [2] Será que Deus existe de fato, se O concebemos como um Deus Pessoal? (questão da sua existência). Na prática, porém, não podemos discutir sobre a existência de Deus sem discutir o que entendemos pela palavra Deus."

Colin Chapman - [Livro: "O Cristianismo no Banco do Réus"] Fala das 5 respostas possíveis a questão: QUEM OU O QUE É DEUS? DEUS EXISTE? "[1] Deus realmente existe; Ele é como a Bíblia O descreve; (Resposta Cristã); . Podemos sumariar a compreensão bíblica de Deus nas proposições abaixo. Elas não exau. . . . rem o sentido de Deus para o cristão, mas postulam certas diretrizes fundamentais. . . . 1ª) Deus é pessoal e Deus é infinito; . . 2ª) Deus é o Criador do universo e Deus é o Sustentador do Universo; . . 3ª) Deus é amor e Deus é santo; 4ª) Deus é um e Deus é três "pessoas" . . . . *As Correspondentes proposições de cada par dever ser consideradas juntamente, para que . se equilibrem entre si

[2] Deus existe mais Ele é bastante diferente do que a Bíblia O descreve; . Resposta segundo: A RELIGIÃO PRIMEVA, O JUDAISMO, O ISLÃ E O DEÍSMO . . . . O conceito de Deus, nestas religiões, difere do conceito cristão em três aspectos importan. . . tes: . 1º) Alguns não têm conhecimento de certos aspectos da compreensão cristã de Deus; . 2º) Alguns ignoram alguns destes aspectos . 3º) Alguns negam alguns destes aspectos (que Deus é infinito...ou que há três pessoas. . as . em um só Deus, ou que Ele pode ser conhecido de maneira pessoal).

[3] Nunca poderemos saber se Deus existe ou não; . . . Reposta segundo: O AGNOSTICISMO E O MISTICISMO. Alguns dos maiores pensadores europeus unem-se ao HINDUÍSMO e ao BUDISMO ao darem a resposta "não sabemos" à inquirição sobre a existência de Deus. [4] Deus não existe; (Resposta do ATEÍSMO) . Ao passo que o agnóstico diz: "Deus talvez, exista, mas nunca poderemos sabê-lo, o ateu afirma categoricamente: "Deus não existe. não há nenhum Deus aqui." Jean-Paul Sartre disse: "Quando falamos em ‘abandono’ - um vocábulo favorito de Heidegger - queremos dizer tão somente que Deus não existe, e que é necessário levar até ao próprio fim as conseqüências da sua ausência" Michael Harrington fala das conseqüências da ausência de Deus no pensamento e vida do homem do século XX. Mostra que uma passagem do JÚBILO para o PROFUNDO PESSIMISMO: " Depois da morte de Deus, o Homem, que suspostamente deveria substituílo, enfastiou-se de si mesmo. Isso resultou em uma crise de crença e de descrença, que esvaziou espiritualmente ao século XX">

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* Pergunta que mostrar a incoerência do ateísmos: "Como você sabe com certeza que Deus não existe? Há alguma base razoável para o seu ateísmo? Sobre que bases você alicerça a sua crença? Como você sabe que o seu ateísmo diz a verdade?

[5] Deus não existe; mas o vocábulo é útil se redefinirmos o seu significado. . . . Resposta segundo: O PANTEÍSMO, COMUNISMO, EXISTENCIALISMO, HUMANIS. . . MO E ALGUNS TEÓLOGOS MODERNOS. Certas Conclusões parecem seguir-se do ateísmo ou do agnosticismo radicais: . 1ª) O que temos no universo é tudo quanto existe; nada existe além daquilo que podemos ver . . ou tocar - nenhum mundo sobrenatural invisível. . 2ª) A morte é o fim do indivíduo; não há vida no além-túmulo. Mas para aceitar essas conclusões como inevitáveis, a viver com a idéia que nada existe além das aparências, nada senão o presente. * Robert Brow cita quatro variações de panteísmo que subjaz esta quinta resposta: 1. "Tudo quanto existe é Deus." (Panteísmo absoluto.) 2. "Deus é a realidade do princípio por trás da natureza." (Panteísmo modificado) 3. " Deus está para a natureza assim como a alma está para o corpo" (Monismo modificado) 4. " Só Deus é realidade. Tudo o mais é imaginação." (Monismo absoluto).

5. CONCEITO DE DEUS PARA OS TEÓLOGOS LIBERAIS.

*** Aqueles que enveredam por esse caminho [da 5ª resposta - Deus não existe; mas o vocábulo é útil se redefinirmos o seu significado] tendem por reter a palavra Deus, bem como termo divindade e transcendência, apesar de lhes darem novas significações. essa posição contém muitas formas diversas de expressão, mas todas essas formas encerram certas características em comum: 1. "Deus" não significa um Ser Pessoal distinto do universo, que já estivesse ali "antes" do universo ser criado. 2. "Deus" é identificado de alguma maneira com o universo como um todo, ou com uma parte ou aspecto do mesmo (i.e, o espírito ou consciência do homem, o aspecto "pessoal" do universo).

*** Defesa dos Teólogos Liberais [Não fundamentalistas]: "Alguns desses escritores afiançariam que não estão se estão desviando da compreensão cristã histórica de Deus, mas que estão meramente reinterpretando as idéias tradicionais em uma forma que é mais inteligível e aceitável na atualidade". * É a velha conversa de CONTEXTUALIZAÇÃO CULTURAL que vemos hoje: " temos de adaptar o evangelho as filosofias e culturas atuais para que o homem moderno possa aceitá-lo".Todavia, o evangelho produzido por esta adaptação, quase sempre é "outro" evangelho.

*** OS GRANDES TEÓLOGOS LIBERAIS e/ou NEO-ORTODOXOS, historicamente, com sua CONTEXTUALIZAÇÃO FILOSÓFICA-CULTURAL exerceram e exercem grande força destrutiva contra a sã doutrina ou fundamentalismo histórico cristão. BATIST MONDIM [Teólogo e escritor apologético católico Romano], cita alguns destes grandes teólogos liberais da ala protestante, começando por Barth, mas por julgar que todos beberam da fonte existencialista e liberal de Kierkegaard, eu começo a lista com Kierkegaard. Mondim, antes de citá-los faz uma breve análise sobre sua hermineutica e teologia. diz MONDIN:

" ...a teologia protestante, que também ousou valer-se dos instrumentos hermeneuticos que lhe eram oferecidos pelo pensamento filosófico moderno , fazendo isto teve de empobrecer e falsificar gravemente a Palavra de Deus, e os seus resultados foram julgados não menos desastrosos do que os da teologia católica." - Para Mondin, e ele esta certo nisto, a teologia liberal protestante é tão destrutiva a Palavra de Deus, quanto a teologia liberal católica.

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HEGEL (1770-1831 - Filósofo alemão que segundo Francis Schaeffer abriu a porta para o desespero, no sentido filosófico e mudou o mundo [filosofia, artes, música, Cultura Geral e teologia]. Schaefer imagina a situação em que HEGEL abandonou as verdades absolutas em favor de uma sintese relativista: " Tenho uma nova idéia. De agoira em diante pensemos da seguinte maneira: em vez de causa e efeito, pensemos numa tese e em oposição a ela, uma Antítese. E a resposta quanto à relação entre as duas não está num movimento horizontal de causa e efeito, porém é sempre uma sintese." ... Ele pensava ser práticavel chegar à síntese pela razão. Isto ficou provado ser impossível e, assim o próximo homem [Kierlegaard, seguindo HEGEL]... colocou-se abaixo da linha do desespero.

KIERKEGAARD (1813-1855 - Teólogo Dinamarquês )- [Ele foi o pai do EXISTENCIALISMO SECULAR e RELIGIOSO, que abandonou verdades objetivas e absolutas por uma sintese não racional alcançada por um salto de fé. Segundo Schaeffer: "... ele separou de maneira absoluta o racional e lógico da fé. O racional e a fé não têm nenhuma relação entre si.] "Para KierKegaard, as verdades proposicionais não são suficientes; não basta concordar com uma série de formulações religiosas. Kierkegaard cria que as asseverações teológicas da fé eram paradoxais. Assim, o crente deve manter "verdades" opostas em tensão. Sua harmonização ocorre por um ato existencialista gerado após ansiedade, tensão e crise, em que a mente dá um salto de Fé". (F. SCHAEFFER, "O Deus que intervém" Pg. 25) e ( R.V. SCHNUCKER - Enc.Hist.-Teo da Ig.Cr. -Pg.13). * Da fonte apóstata de Kiekgaard beberam os teólogos liberais, neo-ortodoxos.

BARTH (1886-1968 -Suiça) - Ele foi o pai da NEO-ORTODOXIA [ou Teologia Dialética, ou ainda, Teologia de Crise], movimento reacionário ao movimento liberal histórico do Séc. XIX [que só cria no que fosse racionalmente explicável], e que acabou se tornando uma forma diferente de liberalismo, pois desviava-se dos fundamentos cristãos históricos, através de sua hermineutica baseada na filosofia dialética de HEGEL e Kierkgaard numa tentativa de harmonizar os paradoxos cristãos através de uma crise existencialista. De fato, "Bath rejeitava a fé cristã como uma série de verdades proposicionais... seu método teológico dialético propões a verdade como uma serie de paradoxos. Isto produziu conceitos tais como: "o Deus soberano transcendente absoluto, em contraste com a humanidade dominada pelo pecado"; " A Bíblia é a Palavra de Deus na medida em que Deus permite que ela seja a sua Palavra", ou que "A Bíblia contém a Palavra de Deus, mas não é a Palavra de Deus", isto implica que a Bíblia não é necessariamente a Palavra de Deus, pode vir a tornar-se, isto é um tipo de rejeição da "sola scriptura".. Os neo-ortodoxos tentaram ser o meio termo, nem queriam ser o que se chamava na época de liberal, nem queriam ser convervadores, todavia não conseguiram a neutralidade, pois um erro puxa outro, tentando contextualizar a fé bíblica com a filosofia dialética existencialista afastaram-se dos fundamentos da fé bíblica.

Francis Schaeffer declara: "Karl Barth foi a porta de entrada da teologia na linha do desespero. ...Mas assim como Kieregaard abriu com o seu salto a porta para o existencialismo em geral, assim Karl Barth abriu a porta para o salto existencial na teologia. Como nas outras disciplinas, o problema básico é a mudança na epistemologia [método de se chegar a verdade]. ... O fato unificador da nova teologia é a sua metodologia errada. O seu conceito de verdade está errado e por causo disso aquilo que parece correto, na verdade, seguidamente significa algo inteiramente diferente daquilo que o cristianismo histórico quer dizer com a mesma frase. É ingênuo discutir questões teológicas como questões teológicas

Referências

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