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As redes sociais e a comunicação social: as redes moldam os media?

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Academic year: 2021

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Departamento de Letras, Artes e Comunicação

As redes sociais e a comunicação social:

as redes moldam os media?

Dissertação de Mestrado em

Ciências da Comunicação – Variante Jornalismo

Bruno Micael Costa Fernandes

Orientadora:

Inês Aroso

(2)

II

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

As redes sociais e a comunicação social:

as redes moldam os media?

Dissertação de Mestrado em

Ciências da Comunicação – Variante Jornalismo

Bruno Micael Costa Fernandes Orientadora:Inês Aroso

Composição do Júri:

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

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III

It doesn’t matter who you love or how you love but that you love. -Rod Mckuen

Os bons vi sempre passar No Mundo graves tormentos; E pera mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só pera mim, Anda o Mundo concertado. -Luís de Camões

The world’s problems will not be solved by argu-ing with strangers on Twitter.

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IV

Agradecimentos

Ao Pai e à Mãe… Ao Avô e à Avó… À professora Inês Aroso…

À Cris… À Helena…

À Silva… À Cardoso… À Angélica, à Patrícia, à Irene… … porque todos me fizeram uma pessoa melhor.

… porque me fazem acreditar no amanhã. … porque me fazem querer chegar ao meu objetivo.

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V

O objeto de estudo desta investigação são as redes sociais como fontes de informação. O objetivo foi perceber se, de facto, as redes sociais são usadas como fontes de informação para a escrita de artigos noticiosos e de que forma é que estas estão a moldar a forma como a recolha de informação é realizada.

Esta investigação analisou o um total de 628 partilhas realizadas nas páginas dos OCS (Órgãos de Comunicação Social) portugueses Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Expresso, Público, Sábado, Blitz e Lux e dos OCS estrangeiros BFM TV e Canal 24 Horas na rede social Facebook entre dos dias 25 e 30 de setembro de 2017.

As partilhas foram classificadas de forma temática e se a fonte era ou não uma rede social, para além de outros aspetos como o número de partilhas, reações e comentários.

Percebeu-se que o número de partilhas cujos artigos têm como fonte uma rede social tem um valor residual no manancial de informação que os OCS analisados oferecem, mas não deixa de ser preocupante que os jornalistas recorram apenas e só às redes sociais para escrita de alguns temas.

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VI

Abstract

The study object of this investigation are the social networks as sources. The main ob-jective was to perceive if social networks are used, in fact, as sources of information to write news articles and in what way these networks are changing the way how the information col-lection is carried out.

This research analysed a total of 628 shares made in the pages of Portuguese media like Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Expresso, Público, Sábado, Blitz and Lux and foreign media like BFM TV and Canal 24 Horas, in Facebook between September 25th and September 30th 2007.

All links were classified by theme and if the source was a social network, besides other aspects like the number of shares, reactions and comments.

The conclusion is that the number of shares whose articles had as source a social net-work have a residual value in the elevated number of the analysed offer of media. However, it’s worrying that journalists use only social networks to write about some areas.

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VII

Resumo ... V Abstract... VI Índice de Tabelas ... VIII Índice de Gráficos... IX

Introdução ... 1

PARTE I - O que já se sabe: uma revisão de Bibliografia ... 3

Capítulo I - Jornalismo online ... 3

1.1 O Jornalismo online em Portugal ... 5

1.2 “Jornalismo do cidadão”... 5

Capítulo II - Fontes de informação ... 8

Capítulo III - Redes Sociais ... 10

PARTE II – As Redes sociais como fontes de informação jornalística: uma análise .. 12

Capítulo I - Problema de investigação e metodologia ... 12

1.1. Problema de investigação ... 12

1.2. Metodologia ... 12

Capítulo II - Procedimentos: Análise das páginas nas redes sociais ... 16

2.1 – Resultados... 19

2.2 – Análise de Resultados ... 73

Conclusão ... 77

Referencias Bibliográficas ... 79 Apêndices ... LXXXIV I – Grelha de registo das partilhas ... LXXXV

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VIII

Índice de Tabelas

Tabela 1 - OCS a analisar ... 13

Tabela 2 - Número de partilhas efetuadas pelos OCS nas suas páginas de Facebook de 25 a 30 de setembro de 2017 ... 18

Tabela 3 - Partilhas efetuadas na página de Facebook do Correio da Manhã excluídas da análise. ... 21

Tabela 4 - Partilhas da página do Correio da Manhã alvo de análise. ... 22

Tabela 5 - Partilhadas excluídas da análise ... 26

Tabela 6 - Partilhas da página do Jornal de Notícias alvo de análise ... 28

Tabela 7- Partilhas efetuadas na página de Facebook do Expresso, excluídas da análise. ... 34

Tabela 8 - Partilhas na página do Expresso alvo de análise ... 36

Tabela 9 - Partilhas efetuadas na página de Faceboo do Público excluídas da análise. ... 41

Tabela 10 - Partilhas efetuadas na página da Sábado excluídas da análise ... 46

Tabela 11 - Partilhas da página de Facebook da Sábado alvo de análise ... 47

Tabela 12 - Partilhas da página da Blitz alvo de análise ... 53

Tabela 13 - Partilhas efetuadas na página de Facebook da revista Lux excluídas da análise .. 60

Tabela 14 - Partilhas da página da Lux alvo de análise ... 62

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IX

Gráfico 1 - Partilhas efetuadas na página do jornal Correio da Manhã, de 25 a 30 de setembro

de 2017 ... 20

Gráfico 2 Partilhas efetuadas na página do jornal Jornal de Notícias, de 25 a 30 de setembro de 2017 ... 25

Gráfico 3 - Partilhas efetuadas na página do Expresso, de 25 a 30 de setembro de 2017 ... 32

Gráfico 4 - Partilhas efetuadas na página do Público, de 25 a 30 de setembro de 2017 ... 38

Gráfico 5 Partilhas efetuadas na página da Sábado¸ de 24 a 30 de setembro ... 45

Gráfico 6 - Partilhas efetuadas na página da Lux, de 25 a 30 de setembro de 2017 ... 57

Gráfico 7 - Artigos com fonte em redes sociais por OCS ... 73

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1

Vive-se um tempo de alterações profundas no jornalismo, associada a uma crise de cre-dibilidade. Muitos culparão as redes sociais, graças ao fenómeno recente das chamadas fake news ou, ainda, os “factos alternativos” (Revesz 2017). Outros culparão os orçamentos aperta-dos das redações em que os jornalistas têm que fazer diversas funções num ambiente quase mecânico.

As redes sociais tornam-se, neste ambiente, como verdadeiras fontes de informação tanto para as massas como para os jornalistas que têm que alimentar a torrente de informação 24 horas por dia. Corre-se o risco (cada vez mais real) de os jornalistas deixarem de ser os gatekeepers da realidade para serem meros relatores, pegando nas informações que circulam nas redes e colocarem à disposição dos consumidores sem qualquer tipo de tratamento.

É certo que o surgimento da internet em Portugal trouxe uma revolução. Bárbara Matias afirma que “as mudanças exigiram, se não um novo, pelo menos um jornalista capaz de se adaptar e de se integrar numa redação em metamorfose constante com a chegada do jornalismo à Internet” (Matias 2014: 1).

Brian Solis vai mais longe e diz que estes meios são uma “revolução” mas que os utili-zadores os adotam “pela revolução que apresentam” (Solis 2014: 15):

(…) Estas redes sociais que têm surgido não têm apenas informação em rede e pessoas: elas criaram sociedades novas, ligadas em rede, onde as pessoas se juntam com base nos seus interesses e paixões. Formam tribos. Constroem relações. Mas mais importante do que isso, tornam as pessoas informadas. E, como já sabemos, informação é poder. (Solis 2014: 15).

Ora, como pode ficar, neste contexto, a comunicação social e que papel tem num mundo em mudança constante?

Sendo certo que outras investigações deram contributo para percecionar o uso da inter-net pelos jornalistas e pelos meios de comunicação, o que esta investigação pretende perceber é justamente que uso é feito pelos jornais, rádios e televisões, em ambiente online, das redes sociais e se, de facto, as usam como fontes primárias de informação.

Mais concretamente, este trabalho tem como objetivo perceber se o uso das redes sociais como fonte primária de informação tem aumentado ao longo do tempo. Em nenhum momento, está em causa a credibilidade das fontes ou o se o seu uso acresce alguma coisa ao discurso noticioso.

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2

A análise recairá sobre as notícias partilhadas nas páginas sociais do Facebook de di-versos OCS durante um período de tempo específico de tempo.

Numa primeira fase do trabalho, far-se-á uma revisão da bibliografia existente sobre redes sociais, “jornalismo do cidadão” e fontes de informação.

Numa segunda fase, serão apresentados os resultados recolhidos nas várias páginas dos OCS na rede social Facebook, sendo que os mesmos são categorizados e analisados um por um. Por fim, serão apresentadas as conclusões desta análise e que aplicabilidade poderão ter no futuro.

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3

O que foi ainda será; o que foi feito far-se-á: não há nada de novo debaixo do sol.

- Ecle 1:9

PARTE I

- O que já se sabe: uma revisão de Bibliografia

Um trabalho de investigação começa sempre a partir de uma premissa ou situação exis-tente no mundo. Em nenhum momento se descura o que já existe neste domínio. Aliás, não é esse o propósito desta investigação. É, isso sim, complementar a investigação já realizada, adi-cionando novos dados.

Capítulo I

- Jornalismo online

Em primeiro lugar, é essencial entender qual o objeto de estudo.

“O exercício de uma função jornalística na edição digital de um jornal impresso, rádio ou televisão ou numa edição jornalística exclusivamente digital”, segundo Sousa e Aroso, cita-dos por Bravo, (Bravo 2012: 9) tem múltiplas designações: “jornalismo online”, “jornalismo digital” ou “jornalismo multimédia” foram algumas das que foram encontradas. No entanto, em grande parte dos autores consultados, pode encontrar-se a designação “jornalismo online” e será aquela que será usada nesta investigação.

Fabiana Bravo refere que o jornalismo online “é a “expressão usada para referir infor-mação jornalística produzida para a Internet e distribuída por este canal”. Este também pode ser interpretado como o jornalismo produzido especificamente na e para a web”. (Bravo 2012: 10).

João Canavilhas opta por chamar “webjornalismo ao jornalismo que se pode fazer na web” (Canavilhas 2003: 64). O investigador diz que “a internet, por força de poder utilizar texto, som e imagem em movimento, terá também uma linguagem própria, baseada nas poten-cialidades do hipertexto e construída em torno de alguns dos conteúdos utilizados nos meios existentes” (Canavilhas 2003: 64), dando “interatividade” ao texto noticioso1 e ligação a outros

temas, ou seja, o designado “hipertexto”.

1 Para efeitos desta investigação, a expressão “texto noticioso” engloba todos os aspetos de notícia

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4

Inês Aroso refere que o jornalismo online “e influencia os vários aspectos da realidade jornalística. (…) A Internet não só está a criar novas formas de jornalismo, mas também de jornalistas.” (Aroso 2003: 1). No entanto, o jornalista está a perder a sua função de gatekeeper.

Dar primeiro e confirmar depois tornou-se, nos piores casos, um postulado pernicioso em voga. Acresce que a maior parte do material usado nas secções de notícias de “última hora” é proveniente de agências noticiosas. Em muitos casos, as notícias entram automaticamente nos sites, sem qualquer tratamento. Cria-se, deste modo, dois problemas em simultâneo: o da verificação nula e o da validação cega. O tradicional papel de gatekeeper, outrora monopólio dos jornalistas, que decidiam, a partir de determinados valores-notícia, aquilo que era notici-ado ou não, tem também vindo a sofrer alterações, algumas das quais no sentido da diluição, provocadas pelo ambiente informativo aberto da rede. (Bastos 2012: 287)

O jornalista assume-se como, segundo Edo, citada por Aroso, “fornecedor de conteú-dos” para todos os suportes (televisão, rádio e internet).

É o jornalismo multimédia, que exige escrever a notícia para a Internet, com as correspon-dentes actualizações, e contá-la nos meios audiovisuais, compartilhando toda a informação e renunciando aos exclusivos e às reportagens, por falta de tempo para tal. (Aroso 2003: 1)

Esta produção de conteúdos para diversas plataformas compete também com outros “atores”, como define Bastos. Neste momento, os “ciberjornalistas” têm de “atender às carac-terísticas das suas audiências online, que têm a capacidade de, sobretudo através das redes so-ciais, empolar determinadas notícias, obrigando, por vezes, os ciberjornalistas a uma mudança de atitude em relação à valorização noticiosa das mesmas.

O jornalismo online exige, portanto, versatilidade para trabalhar em diversos meios e com diversas plataformas. Para além de incorporar “os princípios do jornalismo”, Lassica, ci-tado por Aroso, refere que o jornalista online deve “aprender o que é que funciona na Internet (…) aprender as ferramentas do novo meio, desenvolver as ferramentas do novo meio, desen-volver um conjunto versátil de capacidades, estudar HTML e web design, participar em discus-sões online, estar a par dos desenvolvimentos” (Aroso 2003: 2).

Sendo certo que os artigos de João Canavilhas e de Inês Aroso, referidos neste capítulo são de 2003 e que diversos aspetos, atualmente, não são tão atuais e prementes como o eram na altura2, ambos mantêm interesse à luz da atualidade. Sílvia Correia, estagiária de jornalismo,

2 O texto de Canavilhas refere-se, por exemplo, à “largura de banda”, uma questão que, com a tecnologia

disponível (fibra ou 4G) não é tão presente no dia-a-dia, visto que as ligações são cada vez mais rápidas e tendem, em toda a Europa, a ser cada vez mais baratas ou ao uso da tecnologia “Flash” que será descontinuado a partir de 2018. Já o texto de Aroso, faz referência a “fóruns” que, com o advento das redes sociais, não são tão utilizados.

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citada por Matias, refere que “as potencialidades do jornalismo online ainda não estão a ser usadas e exploradas a 100%” em Portugal (Matias 2014: 64). No entanto, o jornalista Miguel Conde Coutinho refere que o jornalismo online está a ter “a ter efeitos tectónicos em tudo o que diz respeito ao jornalismo, seja no negócio propriamente dito, seja nas práticas jornalísticas” (Matias 2014: 64).

Joaquim Paulo Serra, citado por Inês Menezes refere que a relação da internet com o jornalismo pode ser vista em dois níveis: como um meio de produção de informação (como uma fonte e como forma de publicação) e como meio de a receber (através da interatividade existente e da personalização para cada espectador) (Menezes 2015: 6-7).

Torna-se, portanto, necessário perceber qual o estado do jornalismo online em Portugal.

1.1 O Jornalismo online em Portugal

Com o acesso rápido e barato à internet, seja num telemóvel, computador ou tablet, qualquer indivíduo pode ser um jornalista. Aliás, é comum os meios de comunicação social falarem de “jornalismo do cidadão” ou também designado de “jornalismo participativo”, algo que será desenvolvido no ponto 1.2.

Mas, olhando para o jornalismo online em Portugal, Matias refere que a chegada dos jornais à Internet “aconteceu na segunda metade dos anos 90”, apesar de a investigadora res-salvar que “o primeiro órgão de comunicação social português a registar oficialmente o seu domínio foi a RTP, a 28 de maio de 1993” (Matias 2014: 13).

Os jornais Público, Diário de Notícias e Jornal de Notícias “apresentaram as suas ver-sões online em 1995” (Matias 2014: 13).

Atualmente, estão registadas na Entidade Reguladora para a Comunicação Social online e registadas na Entidade Reguladora 439 publicações periódicas online. Destas, 251 são diárias, 35 são semanais, 4 são quinzenais, 1 é bimensal, 22 são trimestrais, 5 são quadrimestrais, 28 são semestrais, 3 são bianuais, 20 são anuais e 4 outras são publicadas com outras regularidades (sete vezes por ano, por exemplo) (Entidade Reguladora para a Comunicação Social, 2017)3.

1.2 “Jornalismo do cidadão”

A inclusão deste tema neste capítulo advém do facto do “jornalismo do cidadão” ou “jornalismo participativo” estar ligado ao jornalismo online e ao advento das redes sociais e das

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6

novas plataformas de comunicação. No entanto, estar ligado não significa que sejam sinóni-mos. Ana Costa refere que “o “jornalismo do cidadão” está (…) intrínsecamente ligado à Inter-net, que permite a qualquer internauta publicar conteúdos a um custo muito reduzido e actua-lizá-los permanentemente” (Costa 2006). Ora, atualmente esta visão não é a mais correta.

Historicamente, segundo Cláudia do Rosário, este fenómeno “adquiriu contornos espe-cialmente relevantes na cobertura mediática da chamada Primavera Árabe” mas é um tema que já tem algum tempo de discussão “nos meios jornalísticos, bem como entre aqueles que acom-panham os desenvolvimentos da blogosfera” (Rosário 2014: 11). Mas a participação dos cida-dãos advém já desde os anos 70 com o chamado civic jornalism: “Este tinha como cerne enal-tecer os valores democráticos e era “orientado para mobilizar, dar a palavra aos cidadãos co-muns e aos responsáveis por associações e comunidades” (Marques 2008: 17).

Atualmente, o jornalismo do cidadão, pelo menos da ótica dos meios de comunicação social, é visto como sendo um fator de colaboração, principalmente em questões de notícias de última hora. Daí o nome de “jornalismo colaborativo”. É comum que os leitores/espectadores façam chegar aos jornais/televisões vídeos e fotos de um acontecimento (uma calamidade, por exemplo) e é também comum que os meios de comunicação peçam esses conteúdos. Algo que é corroborado por João Alferes Gonçalves:

O fenómeno do «cidadão jornalista» tem, na versão mais corrente, perto de vinte anos e con-sistiu, na origem, ao encaminhamento de informações, por parte de cidadãos comuns, para os grandes media. (Gonçalves 2008: 3)

De certa forma, os cidadãos entendem que estão a participar ativamente e que a sua voz é ouvida. Mas este conceito de “cidadão jornalista” é um conceito válido?

Cheila Marques define o que é um “cidadão jornalista”:

É um indivíduo sem formação académica na área de jornalismo com uma vontade enorme de participação na esfera social. Apresenta conteúdos informativos (de texto, imagem e som), onde exprime novas perspectivas e informação que, de outro modo, não teria visibilidade na esfera pública. (Marques 2008: 18).

Se muitos investigadores, para quem lê os seus artigos, colocam na mesma definição, “jornalismo colaborativo” e “jornalismo do cidadão”, Marques acrescenta ainda mais sinóni-mos a esta definição: como “jornalismo em rede”, o jornalismo de raíz (“que respeita à pação na produção e publicação de conteúdos na web de cidadãos que geralmente não partici-pam nas decisões da sociedade” (Marques 2008: 19)), o “jornalismo amador”, o “jornalismo

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participativo” (que a investigadora atribui como exemplo os blogues), o “jornalismo colabora-tivo” (onde várias pessoas colaboram para o resultado final) e o “jornalismo open-source” (onde é permitida a alteração e edição dos conteúdos como é o caso dos wikis) (Marques 2008: 19). Apesar de todos estes sinónimos, para a investigadora, “não existe cidadão jornalista”:

Não faz qualquer sentido falar em jornalista, pois este cidadão não segue as normas legais e deontológicas, nem as regras formais na elaboração e difusão de informação (…). De facto, os cidadãos jornalistas dependem muitas vezes da comunicação social, porque é a ela que recorrem para se informar e para validarem o que produzem. (Marques 2008: 20).

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Capítulo II

- Fontes de informação

Sendo que esta investigação se debruça sobre o uso das redes sociais como fonte, é necessário perceber este conceito. No seu Livro de Estilo, a agência Lusa diz “o jornalismo baseia-se em fontes” (Lusa - Agência de Notícias de Portugal, S. A. 2011: 19) e que o jornalista “deve confrontar todas as fontes antes de elaborar a sua notícia” (Lusa – Agência de Notícias de Portugal, S. A. 2012: 24).

Mas afinal o que são “fontes” e que papel desempenham na produção jornalística? Ana Correia cita Traquina:

“(…) “qualquer pessoa pode ser uma fonte de informação”. Ou seja, uma fonte é qualquer pessoa que fornece informações ao jornalista, podendo estar envolvida no acontecimento, ou ser apenas testemunha da ocorrência.” (Correia 2011: 14)

A informação é produzida por pessoas através de qualquer meio que pode ser oral ou escrito, por fotografia ou vídeo, em papel ou digital.

Aldo Schmitz cita Molotch e Lester para referir que as fontes:

“(…) utilizam os processos jornalísticos para promover as suas notícias, notadamente aquelas com poder de alterar as rotinas a seu favor e ter acesso regular à mídia, embora eles reconhe-çam que os jornalistas detêm uma elevada autonomia para definir o que é notícia ou não e seus respectivos enquadramentos.” (Schmitz 2011: 3).

Para estes autores, as fontes utilizam meios jornalísticos para ver os temas que preten-dem na agenda mediática. O jornal Público, no seu livro de estilo, refere isso mesmo:

Uma fonte é quase sempre parte interessada e o jornalista tem de ter o cuidado de não se deixar instrumentalizar. Os jornalistas (…) devem alimentar uma relação assídua com as suas fontes de informação, contactos regulares, boas relações em postos-chave e iniciativa junto de entidades que possam constituir-se como fonte de informação e/ou ponto de partida para uma investigação jornalística. (Público, 1997)

Ana Silva refere que os meios de comunicação4 têm diversas formas de receber e pro-curar informação. A investigadora cita Duro para dizer:

4 Neste capítulo em específico, o termo “meios de comunicação” irá referir-se a estações de televisão,

rádios e jornais mas também a blogues, vlogs, microblogues, publicações diárias exclusivamente online e páginas em redes sociais como o Facebook ou o Instagram que veiculam informação.

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9

São diversos os tipos de fontes que hoje em dia procuram responder "diariamente às neces-sidades dos fluxos de informação dos media noticiosos. São como “repórteres” que fazem o trabalho necessário para criar notícias que a imprensa aceite e inclua na agenda". (Silva 2016: 42)

Ou seja, o trabalho jornalístico não é feito sem estas fontes. Timothy Cook diz isso mesmo:

O jornalismo é pelo menos parcialmente independente de suas fontes na produção do conte-údo das notícias. Em consequência, ela pode ser capaz de influenciar quem tem autoridade, quais são os valores da política e quais alocações são feitas. O jornalismo compartilha um destino semelhante com os três poderes constitucionais, sendo parcialmente independente e parcialmente dependente de outras instituições para cumprir sua própria tarefa. (Cook 2011)

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Capítulo III

- Redes Sociais

Manifestação maior da web 2.0, as redes sociais são um termo que tem uma multiplici-dade de conceitos. Os seus números são grandes demais para ignorar este termo5.

Há quem defenda que as redes sociais têm origens mais antigas que a chamada web 2.06. Cristiana Correia defende que “ao nível dos vários estudos, (…) a noção de rede social data de 1954 e pertence ao professor inglês J. Barnes” (Correia 2009: 7). A investigadora traça uma visão psicológica sobre o termo “rede social”, assentando o seu significado nas questões familiares e de amizade. Aliás, Correia cita Fisher in Guédon para dizer que “as redes sociais são consideradas como “sistemas particulares de relações que unem actores sociais”” (Correia 2009: 7). A investigadora cita ainda Navarro para para referir que:

A rede social é o conjunto de relações sociais que nos diferentes projectos de vida e com diferentes graus de significância vinculam um sujeito aos outros. Esta ao longo do ciclo vital configura-se como um processo permanente de construção individual e colectiva e os seus efeitos sobre a saúde e bem-estar estão provados em diferentes estudos. (Correia 2009: 8).

Sluzki e Steinmetz, citados por Correia, parecem confirmar esta construção constante:

A rede social corresponde ao nicho interpessoal da pessoa que contribui substancialmente ao seu próprio reconhecimento como pessoa e da imagem de si. Constitui-se como uma das chaves centrais da experiência individual de identidade, bem-estar, competência e protago-nismo ou autoria, incluindo… a capacidade de adaptação numa crise. (Correia 2009: 8).

Sendo certo que o trabalho da investigadora tem uma vertente psicológica, é perfeitamente possível usar este levantamento realizado pela investigadora para as plataformas que, atualmente, são denominadas de “redes sociais”.

Boyd e Ellison definem estas redes como:

Aplicações baseadas na Internet que permitem três funções básicas: a criação de perfis pú-blicos ou semipúpú-blicos; apresentar uma lista de outros utilizadores aos quais um indivíduo

5Segundo os dados disponibilizados pela Marktest e Instituto Nacional de Estatística, há 4,4 milhões de portugueses ligados a redes sociais (Raposo 2017: 20), sendo que 94% destes estão no Facebook e 43% têm conta no YouTube. 21% dos portugueses abandonou, no último ano, uma rede social. Por outro lado, 25% considera que o tempo dedicado às redes sociais no último ano aumentou (Marktest, 2017).

6 A Web 2.0. é, segundo Coutinho, um termo criado em 2004 pela empresa O’Reilly Media para

“descre-ver a Internet dos social media” (Coutinho 2014: 25): os utilizadores podem para criar e partilhar conteúdo. Este termo está ultrapassado e fala-se já na web 3.0 onde os utilizadores fazem uso da informação disponível na rede de forma mais inteligente, ligando informações e significados e não pessoas.

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está conectado; e ver e acompanhar estas listas e as listas de outros dentro do sistema”. (Silva Filho 2014: 22)

Miguel Raposo parece concordar com esta opinião.

Numa rede social, tu constróis o teu perfil, podendo ser público ou semipúblico dentro de uma plataforma e vais construindo a tua rede de contactos e mantendo redes sociais, intera-gindo e troando conteúdos (desde vídeo, imagens, música…) (Raposo 2017: 19).

Raposo acrescenta que sem a participação dos utilizadores, não há redes sociais: “Sendo «alimentadas» por conteúdos de diversos utilizadores, as redes sociais vão sempre depender de ti para fazeres parte delas e para as manteres vivas” (Raposo 2017: 19).

Já Recuero acrescenta a visão social destas plataformas. Para o investigador:

As redes sociais são sites constituídos de representações dos atores sociais e das suas cone-xões. As representações seriam, geralmente, individualizadas e personalizadas e as conexões seriam os elementos que criarão a estrutura na qual as representações formam as redes soci-ais. (Silva Filho 2014: 22).

Recuero separa o conceito de “rede social” do site que as suporta, pois o conceito de “rede social é uma metáfora utilizada para o estudo do grupo que se apropria de um determinado sistema” (Silva Filho 2014: 22). Em sentido lato, usando o exemplo da plataforma Facebook, os utilizadores são o grupo de estudo e que criam a chamada “rede social”. A plataforma Face-book é apenas o “sistema” onde a “rede social” se desenvolve.

Virgínia Coutinho concorda com esta separação:

Os social media, ou user generated content, são plataformas centradas no conteúdo, como blogues, wikis, fóruns, plataformas de social bookmarking. As redes sociais são também um tipo de social media, mas centram-se sobretudo nas relações. Para uma plataforma ser con-siderada uma rede social deverá ter perfis e ligações entre os mesmos. (Coutinho 2014: 26).

Brian Solis vai mais longe e diz que mesmo as redes sociais são o novo mundo real:

O Facebook e outras redes sociais representam o mundo real para muitas pessoas. Claro que parece loucura dizer isto. Mas pense bem. Vivemos a vida pendurados nos nossos telefones. Estamos constantemente a enviar mensagem. Olhamos para o ecrã enquanto andamos em comboios, carros, aviões ou elevadores. Não há dúvida de que o social trouxe-nos para uma gravidade digital sem precedentes e que nos suga em direção à redes que confiamos. (Solis 2014: 17)

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PARTE II – As Redes sociais como fontes de informação

jornalística: uma análise

Capítulo I

- Problema de investigação e metodologia

1.1. Problema de investigação

Qualquer investigação parte de um problema existente no mundo e ao qual a investiga-ção tenta dar uma resposta.

Já se percebeu, por tudo aquilo que já foi referido na Parte I, que as redes sociais estão a alterar a forma como é obtida informação por parte dos jornalistas e como é feito o tratamento dessa informação. Resta saber como é que isso acontece.

Esse é o objetivo deste trabalho de investigação: percecionar de que forma as redes so-ciais se estão a tornar parte integrante da rotina jornalística, sendo fonte primária das notícias que são partilhadas nas diversas plataformas como Facebook, Twitter ou outras.

Por isso, a investigação tentou dar resposta a uma questão central:

“De que forma os conteúdos que circulam nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram estão a alterar a forma como os meios de comunicação recolhem informações para produzir notícias?”

Dentro desta questão mais abrangente, há outras mais específicas que se colocam: - “Os jornalistas utilizam as redes sociais como fontes primárias de informação?” - “Os jornalistas fazem tratamento das informações recolhidas nas redes sociais ou apre-sentam a informação tal e qual como ela surge?”

- “As notícias, cuja fonte é uma rede social, tem como objeto noticioso, apenas e só, figuras públicas?”

1.2. Metodologia

Para que uma investigação se processe de uma forma organizada, é necessário adotar uma metodologia que irá acompanhar o investigador ao longo de todo o processo. Não obstante, essa metodologia tem de ser facilmente replicada e atingir os objetivos a que a investigação se propõe.

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Segundo Vala, “a análise de conteúdo é hoje uma das técnicas mais comuns na investi-gação empírica realizada pelas diferentes ciências humanas e sociais” (Vala 2012: 101). Kri-ppendorf, citado por Vala, define análise de conteúdo como “uma técnica de investigação que permite fazer inferências, válidas e replicáveis, dos dados para o seu contexto” (Vala 2012: 103)

A análise decorreu entre os dias 25 e 30 de setembro de 2017. A escolha de datas recaiu no facto de ser a última semana de campanha eleitoral para as eleições autárquicas e de ser também a semana que antecedeu um referendo para a independência da região autónoma espa-nhola da Catalunha. Estava prevista uma análise do período homólogo de 2016 e 2015.

O estudo baseou-se exclusivamente em notícias partilhadas nas páginas sociais (Face-book) de meios de comunicação social portugueses e estrangeiros. A escolha dos diversos OCS tentou ser diversificada, tendo sido selecionados meios de comunicação de segmentos, periodi-cidade e nacionalidade diferentes.

A análise incidirá sobre os seguintes órgãos:

Jornais nacionais Revistas nacionais OCS internacionais

Correio da Manhã Blitz BFMTV (França)

Jornal de Notícias Sábado Canal 24 Horas (Espanha)

Expresso Lux -

Público - -

Tabela 1 - OCS a analisar

Ao todo, foram escolhidos três meios diários (Correio da Manhã, Jornal de Notícia e Público), três semanais (Expresso, Sábado e Lux), um semanário (Blitz) e duas estações de televisão estrangeiras (BFM TV, Canal 24 Horas). A escolha destes OCS centrou-se nos seguintes aspetos:

• Correio da Manhã: é o jornal líder de audiências em Portugal. Os seus conteú-dos têm também um elemento audiovisual, devido à estação do grupo a que o jornal pertence (CMTV). No Facebook, as páginas associadas ao Correio da Ma-nhã (Correio da MaMa-nhã, Correio da MaMa-nhã Canadá e CM TV) têm 1 801 861 gostos7. A análise só se centrará na página Correio da Manhã.

7 Os dados desta lista estão corretos à data de 13 de setembro de 2017. Quando existem várias páginas

(23)

14

• Jornal de Notícias: Apesar de ser vendido em todo o país, a recente reposição do jornal face ao mercado associou-o a uma região (Norte) e não tanto como um jornal nacional. No Facebook, a página do Jornal de Notícias tem 2 116 179 gostos.

• Público: É considerado um “jornal de referência” do segmento dos jornais diá-rios. No Facebook, as páginas associadas ao jornal (Público, Inimigo Público, Público lifestyle, Pet, Guia do Lazer, P3, Cinecartaz, Ecosfera, Ípsilon, Fugas, Público Brasil, Fotografia Público) têm 2 148 314 gostos. A análise só se cen-trará na página Público.

• Expresso: É também considerado um “jornal de referência” do segmento dos jornais semanais. No Facebook, as páginas associadas ao jornal (Expresso, BPI Expresso Imobiliário, Expresso 40 Anos, Expresso Emprego, Boa Cama Boa Mesa) reúnem 819 732 gostos. A análise só se centrará na página Expresso. • Blitz: A escolha desta publicação tem apenas que ver com o facto de ser líder no

seu segmento temático e de, também, ser mensal. No Facebook, a revista tem 188 043 gostos.

• Sábado: Esgrime, no segmento das revistas generalistas semanais, com a revista Visão no. No Facebook, as páginas associadas à revista (Sábado, GPS) reúnem 280 595 gostos. A análise só se centrará na página Sábado.

• Lux: A escolha desta publicação acontece devido ao facto de pertencer ao seg-mento chamado “social” ou “cor-de-rosa”, uma área do jornalismo onde muitos conteúdos, supostamente, são procurados nas redes sociais. No Facebook, as pá-ginas associadas à revista (Lux, Revista LuxWoman, Lux Gourmet) reúnem 256 369 gostos. A análise só se centrará na página Lux.

• BFM TV: É o canal de notícias mais visto em França e tem uma atualização permanente online. No Facebook, as páginas associadas ao canal (BFM TV, Bourdin Direct, BFM Sport, BFM Tech, BFM People, BFM Business, BFM Aca-démie, Première édition, BFM Paris, BFM Politique) reúnem 2 350 504 gostos. A análise só se centrará na página BFM TV.

• Canal 24 Horas: Um dos principais canais noticiosos de Espanha, pertencente à RTVE. No Facebook, a página da estação reúne 6601 gostos.

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15

Apesar de terem sido escolhidas estações de televisão estrangeiras e não ter sido esco-lhida, especificamente, nenhuma estação de televisão portuguesa, não afeta a análise. Os con-teúdos analisados serão aqueles que cada meio publica nas suas páginas nas redes sociais e não aquilo que é emitido noutros suportes como a televisão.

A análise de conteúdo terá como objetivo primordial perceber se as informações que são veiculadas pelos diversos meios de comunicação social são resultado da informação que circula nas redes sociais ou é produzida pelo próprio OCS.

Cada ligação partilhada será registada numa folha de cálculo criada propositadamente para esta investigação. A folha contará todos os dados essenciais para esta investigação: a data e hora da publicação, o título e uma ligação direta para a mesma, se a notícia teve como fonte uma rede social e, se teve, qual foi, se a notícia é assinada e o número de partilhas, gostos e comentários gerados com aquela notícia em específico, para além de outros aspetos úteis à in-vestigação.

O acesso aos dados será feito a partir da Graph API8 do Facebook. Apesar de estar prevista a análise do período de análise homólogo de 2016 e 2015, o facto é que a plataforma limita o acesso aos dados dos últimos três meses, inviabilizando por completo essa análise. No entanto, esse obstáculo não retira importância à investigação. Bem pelo contrário: abre a possi-bilidade de uma investigação futura, dando um ponto de partida.

8 API é a sigla para Application Programming Interface (Interface de programação de aplicação). É um

conjunto de regras que permite a comunicação entre plataformas sem intervenção humana ou entre plataformas e os utilizadores (ex.: partilhar uma publicação de um jornal, através do seu site, na rede social Facebook usa a API desta plataforma). (Stack Exchange Inc, 2016)

(25)

16

Capítulo II

- Procedimentos: Análise das páginas nas redes sociais

O levantamento dos dados aconteceu a partir de 01 de outubro, usando a ferramenta Graph API.

Tal como já foi referido no Capítulo I, os dados foram registados numa folha de cálculo com os seguintes campos:

• OCS: Designação do órgão de comunicação social;

• Data da publicação: Data em que, originalmente, aquele conteúdo foi parti-lhado na rede social;

• Título ou descrição: Título do artigo partilhado ou a descrição que acompanha o conteúdo;

• URL: Endereço curto, gerado na ferramenta Google Shortner, e que redireciona para o artigo ou publicação.

• É notícia?: Este campo, de resposta “Sim” ou “Não”, permite avaliar ser o artigo ou conteúdo partilhado é uma notícia com todo o texto noticioso ou só com um elemento multimédia. Se só tiver um elemento noticioso (um vídeo), este campo é marcado com “não” pois não pode ser alvo de análise.

• Condicionado?: Indica se o artigo ou conteúdo tem algum tipo de condiciona-mento no acesso (paywall, por exemplo).

• Tema: Temática onde o conteúdo se insere. Os artigos, nesta investigação, po-dem ser classificados desta forma:

o Local: conteúdos de âmbito local ou regional, independentemente do país.

o Nacional: conteúdos de âmbito nacional.

o Nacional ES: conteúdos de âmbito nacional espanhol (apenas para o OCS espanhol)

o Nacional FR: conteúdos de âmbito nacional francês (apena para o OCS francês)

o Internacional: conteúdos de âmbito internacional (para OCS portugue-ses)

o Internacional ES: conteúdos de âmbito internacional espanhol (para o OCS espanhol)

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17

o Internacional FR: conteúdos de âmbito internacional francês (para o OCS francês)

o Desporto: conteúdos desportivos, independentemente da nacionalidade o Política

o Política ES o Política FR

o Fait-divers: notícias estranhas, curiosidades,…

o Famosos: Notícias sobre famosos e o mundo cor-de-rosa o Ciência

o Arte e Cultura: cinema, artes, música o Opinião

o Vídeo: quando o conteúdo apenas apresenta um vídeo o Podcast: quando o conteúdo apenas se apresenta como audio

o Galeria: quando o conteúdo apenas se apresenta com uma foto ou um conjunto de fotografias

o Ativação de marca: conteúdo de divulgação do próprio OCS ou do grupo a que pertence

o Conteúdo patrocinado: conteúdo criado por atores externos ao OCS ou que o OCS é pago para publicar

o Entrevista

• Fonte é OCS?: Quando a notícia tem como base algo escrito por outro OCS externo (televisão, rádio, jornal ou site).

• Fonte é uma rede social? Indica a notícia teve ou não as redes sociais como fonte, indicando nos campos seguintes (Facebook, Instagram ou Twitter) qual a rede social.

• Texto é assinado? Indicar qual a assinatura do texto: o Sim: Um jornalista assinou a notícia

o Sim (OCS): A peça assinada como “Redação” ou com o nome do OCS. o Sim (Agência): A peça é assinada com o nome da agência noticiosa que

divulgou a notícia (Ex.: “Agência Lusa” ou “Reuters”). o Não: A notícia não é assinada

• N.º de partilhas: Número de partilhas do conteúdo a partir da página do OCS em análise

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• N.º de reações: Número de gostos e reações que o conteúdo recebeu na página do OCS em análise.

• N.º de comentários: Número de comentários que o conteúdo receber na página do OCS em análise.

• Ligação para outro OCS?: Quando o conteúdo publicado por um OCS na sua página ou, mesmo, o artigo em análise remetia para outro OCS.

À aplicação, foi pedida que listasse todas as publicações das páginas dos OCS em aná-lise. A ordem para a recolha de dados foi esta:

1. Correio da Manhã 2. Jornal de Notícias 3. Expresso 4. Público 5. Blitz 6. Lux 7. BFM TV 8. Canal 24 Horas

Ao todo, foram registadas 628 partilhas9 efetuadas por estes OCS nas suas páginas de

Facebook.

9 Aquando a análise do Canal 24 Horas, a Graph API do Facebook listou também os comentários dos

espectadores na página. Estes comentários não foram registados.

OCS Nº de Partilhas Correio da Manhã 58 Jornal de Notícias 58 Público 45 Expresso 73 Sábado 29 Blitz 182 Lux 67 BFM TV 32 Canal 24 Horas 84 Total 628

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19

Para efeitos desta análise, apenas serão analisados os artigos publicados nos domínios principais dos OCS analisados10. Todos os restantes subdomínios ou de projetos editoriais dos jornais11 não serão tidos em conta.

Assim, ignorando todas as componentes não analisáveis (Vídeos, Podcasts, Galerias, conteúdos de ativação de marca e patrocinados), obtemos um total de 384 conteúdos analisá-veis.

2.1 – Resultados

2.1.1 – Correio da Manhã

A escolha do Correio da Manhã justifica-se pelo facto de ser a publicação mais lida do país (circulação de 94.035 exemplares no terceiro trimestre de 2017 (Asoociação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação 2017)) e, apesar de se inserir no segmento de “infor-mação geral” ou generalista, tendo adotado o estilo de tabloide:

Assumindo-se como um jornal que procura “despir” do seu conteúdo da “informação das cargas ideológicas impostas na época”, este diário procura noticiar o dia-a-dia de forma aberta, tentando abstrair-se de “qualquer preconceito social ou político.” (Oliveira 2013: 10)

O Correio da Manhã tem uma forte componente multimédia com um website constan-temente atualizado e enriquecido com galerias, vídeos (na sua maioria produzidos pelo canal de televisão do jornal (CM TV)) e subscrição digital do jornal.

O jornal tem uma forte orientação editorial “sensacionalista” ou um “jornalismo popu-lar”:

[…] considera-se jornal popular, um jornal com temas variados que procuram agradar o seu leitor através de estratégias de marketing, querendo alcançar o leitor de classe média/baixa.

Quando falamos de uma notícia que cariz popular, falamos de uma notícia que é tratada de forma diferente do que seria num jornal de referência. Os jornalistas assim como todos os profissionais seguem-se por um código deontológico, porém o interesse de um jor-nal popular não é exatamente igual ao de um de referência, os conteúdos noticiosos

10 www.cmjornal.pt; www.jn.pt; www.publico.pt; www.expresso.pt, expresso.sapo.pt ou

leitor.ex-presso.pt; www.sabado.pt; www.blitz.pt ou blitz.sapo.pt; www.lux.iol.pt; www.bfmtv.com ou www.bfmtv.fr; e rtve.es

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20

num jornal popular são mais vocacionados para o interesse do leitor e as suas preocu-pações do dia-a-dia. (Duarte, 2014)

Assim, com um tipo de jornalismo vocacionado “para o interesse do leitor e as suas preocupações”, é normal existirem, nas páginas do Correio da Manhã, notícias sobre aquilo que acontece nas redes sociais de famosos, polémicas que se iniciam nas redes sociais ou, sim-plesmente, fazer referência àquilo que é partilhado nessas plataformas.

Ao todo, na semana de 25 a 30 de setembro de 2017, o Correio da Manhã, na sua página oficial fez 58 partilhas:

Gráfico 1 - Partilhas efetuadas na página do jornal Correio da Manhã, de 25 a 30 de setembro de 2017

1 Local 3 Nacional 7 Internacional 4 Desporto 2 Política 1 Fait-divers 9 Famosos 3 Ciência 1 Arte e Cultura 0 Opinião 0 Entrevista 0 Vídeo 26 Podcast 0 Galeria 0 Ativação de marca 2 Conteúdo Patrocinado 0 3 7 4 2 1 9 3 1 0 0 0 26 0 0 2 0 0 5 10 15 20 25 30 Núm er o de pa rt ilha s

Correio da Manhã

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Tendo em conta que, para esta investigação, não eram analisados vídeos e outros conte-údos multimédia ou promocionais, apenas restam 31 conteconte-údos analisáveis, ou seja, que são um link para um website e contêm uma notícia escrita. Como foi referido anteriormente, apenas serão analisados os conteúdos publicados nos endereços principais das publicações analisadas, sendo que conteúdos externos à publicação serão ignorados. E é o que acontece com cinco partilhas efetuadas pelo jornal no período analisado.

Título da partilha Motivo da exclusão

“Dormir na famosa suite de John Lennon” Link para notícia da revista Máxima, do mesmo grupo proprietário do Correio da Ma-nhã.

“Cláudio Ramos conta como fez sexo no avião... com um árabe”

É publicado um pequeno excerto no site do Correio da Manhã mas, para ler o resto da notícia, o utilizador tem de ir ao site da publi-cação online Flash!.

“Quais são os novos contraceptivos?” Link para notícia da revista Máxima, do mesmo grupo proprietário do Correio da Ma-nhã.

Ronaldo tem nova 'bomba' que custou mais de 2,5 milhões

É publicado um pequeno excerto no site do Correio da Manhã mas, para ler o resto da notícia, o utilizador tem de ir ao site da publi-cação online Aquela Máquina.

Milionário português forçado a teste de ADN

É publicado um pequeno excerto no site do Correio da Manhã mas, para ler o resto da notícia, o utilizador tem de ir ao site da publi-cação online Vidas.

Tabela 3 - Partilhas efetuadas na página de Facebook do Correio da Manhã excluídas da análise.

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Data Título da partilha

30/09/2017 Exibe vagina em frente à Mona Lisa

30/09/2017 Imagens mostram avião da Air France a perde peças durante voo

30/09/2017 Bruno e Pinto da Costa unidos em Alvalade

30/09/2017 Jovem de 24 anos conta como é viver com uma doença rara

30/09/2017 Preso sete anos por violar jovem

29/09/2017 Pinto da Costa vive romance com médica

29/09/2017 Vieira enfrenta sócios em plena crise

28/09/2017 Pais de Maëlys pedem a suspeito de rapto para revelar o que sabe

28/09/2017 Guerra de surdos entre PS e PSD

28/09/2017 Mãe cozinha filha bebé no churrasco

28/09/2017 Saiba a razão de nunca ter visto fotos de Bin Laden morto

27/09/2017 Apanhados 700 mil cigarros no Aeroporto de Lisboa

27/09/2017 Tem sexo com o marido da filha e tenta atropelá-lo para esconder o caso

26/09/2017 Declarado estado de emergência em Vanuatu devido a erupção de vulcão Mo-naro

26/09/2017 Vídeo porno de vingança de sexo com mulher obesa gera polémica no Face-book

26/09/2017 Recupera consciência após 15 anos em estado vegetativo

26/09/2017 Homem que raptou e matou enteada diz-se arrependido

26/09/2017 Jovem universitário encontrado morto em Faro

25/09/2017 Bêbado invade casa para beber acompanhado

25/09/2017 Rui Moreira sem medo de não ter maioria absoluta no Porto

25/09/2017 Homem filmado a tentar afogar mulher começa a ser julgado

25/09/2017 Homem de 42 anos detido em Tábua por ter atropelado companheira

25/09/2017 Detido suspeito de tentativa de abuso sexual de criança Fafe

25/09/2017 Diabéticos e bombeiros com vacinas gratuitas

25/09/2017 Mãe suspeita de maus tratos a criança que caiu de 3.º andar

Tabela 4 - Partilhas da página do Correio da Manhã alvo de análise.

Há a crença que as notícias partilhadas no Facebook têm o objetivo de “caça de cliques” e são escritas a partir de acontecimentos que são partilhados nas redes sociais e, depois, os jornais apenas noticiam esses acontecimentos.

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23

Ora, das notícias analisadas, apenas uma teve como fonte uma rede social: “Vídeo porno de vingança de sexo com mulher obesa gera polémica no Facebook”. A notícia, que é assinada pelo jornalista Pedro Zagacho Gonçalves, fala de uma situação de um vídeo de cariz sexual, partilhado num grupo do Facebook e que não foi eliminado, apesar dos pedidos para a remoção do conteúdo em causa. A notícia é acompanhada de uma galeria de fotografias com imagens da publicação dentro do grupo referido.

Apesar de a notícia ter por fonte aquilo que aconteceu no Facebook (e é por isso que está incluído na rede social), nota-se que a notícia foi bastante trabalhada, ou seja, a notícia teve uma fonte intermediária (uma agência, por exemplo) até porque tem declarações do “Face-book”, não indicando a pessoa ou departamento que proferiu tais declarações.

Quanto às restantes partilhas:

• Há o registo de apenas uma notícia classificada como de “Famosos” (“Pinto da Costa vive romance com médica”) e que é assinada pelas jornalistas Rute Lou-renço e Rita Silva Resendes;

• Sete notícias classificadas como sendo de “Fait-divers” (“Exibe vagina em frente à Mona Lisa”, “Imagens mostram avião da Air France a perde peças du-rante voo”, “Jovem de 24 anos conta como é viver com uma doença rara”, “Tem sexo com o marido da filha e tenta atropelá-lo para esconder o caso”, “Vídeo porno de vingança de sexo com mulher obesa gera polémica no Facebook”, “Re-cupera consciência após 15 anos em estado vegetativo” e “Bêbado invade casa para beber acompanhado”) sendo que apenas duas são assinadas por jornalistas; • Duas notícias classificadas como sendo de “Desporto” (“Bruno e Pinto da Costa unidos em Alvalade” e “Vieira enfrenta sócios em plena crise”), ambas assinadas por jornalistas;

• Quatro notícias classificadas como sendo de “Internacional”, sendo que duas estão assinadas por jornalistas do Correio da Manhã (“Mãe cozinha filha bebé no churrasco” e “Saiba a razão de nunca ter visto fotos de Bin Laden morto”), uma assinada por uma agência noticiosa (“Declarado estado de emergência em Vanuatu devido a erupção de vulcão Monaro”) e uma não assinada (“Pais de Maëlys pedem a suspeito de rapto para revelar o que sabe”);

• Três notícias classificadas como sendo de âmbito “Local”, sendo que duas estão assinadas por jornalistas do Correio da Manhã (“Preso sete anos por violar

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24

jovem” e “Mãe suspeita de maus tratos a criança que caiu de 3.º andar”) e uma assinada por uma agência noticiosa (“Rui Moreira sem medo de não ter maioria absoluta no Porto”);

• Sete notícias classificadas como sendo de âmbito “Nacional”, sendo que três estão assinadas por jornalistas do jornal (“Homem que raptou e matou enteada diz-se arrependido”, “Jovem universitário encontrado morto em Faro” e “Dia-béticos e bombeiros com vacinas gratuitas”), três assinadas por agências notici-osas (“Apanhados 700 mil cigarros no Aeroporto de Lisboa”, “Homem de 42 anos detido em Tábua por ter atropelado companheira” e “Detido suspeito de tentativa de abuso sexual de criança Fafe”) e uma não assinada (“Homem fil-mado a tentar afogar mulher começa a ser julgado”);

• Uma notícia classificada como sendo de âmbito de “Política” (“Guerra de sur-dos entre PS e PSD”) e que é assinada pela jornalista Cristina Rita.

Há a ressalvar que não foi possível determinar se duas das notícias em análise tiveram como fonte uma rede social (as notícias “Vieira enfrenta sócios em plena crise” e “Diabéticos e bombeiros com vacinas gratuitas”) devido ao sistema de paywall no website do jornal.

Todas estas notícias valeram ao jornal 1419 partilhas, 10 912 reações e 776 comentários. A notícia com o título “Jovem universitário encontrado morto em Faro” foi, entre as notícias analisadas, a mais partilhada (375 partilhas) e a que obteve maior número de reações (2 700). A notícia mais comentada foi “Pinto da Costa vive romance com médica” (202 comentários).

2.1.2 – Jornal de Notícias

A escolha do Jornal de Notícias entende-se pelo facto de, apesar da sua abrangência nacional, ser visto como um jornal do Norte do país. Aliás, na altura da sua fundação, o jornal começou por ser um “diário portuense dedicado aos acontecimentos noticiosos ocorridos no norte do país, sendo mais tarde, alargado a todo o território nacional” (Marques 2014: 4).

Tem uma circulação de 53 130 exemplares no final do 3º bimestre (Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação 2017).

Recentemente, o site do Jornal de Notícias sofreu uma remodelação gráfica aquando as alterações orgânicas do grupo ao qual pertence (o próprio grupo sofreu um renaming de “Global Notícias” para “Global Media” e que agrupa outros meios de comunicação como o Diário de Notícias, o portal N-TV ou a rádio TSF).

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Não é incomum o jornal apelar à participação do leitor e, portanto, poderá haver conteúdos vindos das redes sociais a surgirem nas páginas dos jornais.

Ao todo, durante a semana de 25 a 30 de setembro de 2017, o Jornal de Notícias fez 58 partilhas na sua página de Facebook:

Gráfico 2 Partilhas efetuadas na página do jornal Jornal de Notícias, de 25 a 30 de setembro de 2017

Numa primeira análise, nota-se uma aposta nas notícias locais e regionais e também uma aposta em conteúdos multimédia como o vídeo ou as galerias.

9 9 5 8 3 5 6 0 2 1 0 5 0 4 0 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Local 9 Nacional 9 Internacional 5 Desporto 8 Política 3 Fait-divers 5 Famosos 6 Ciência 0 Arte e Cultura 2 Opinião 1 Entrevista 0 Vídeo 5 Podcast 0 Galeria 4 Ativação de marca 0 Conteúdo Patrocinado 1 Núm er o de pa rt ilha s Título do Eixo

Jornal de Notícias

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Aplicando as regras desta investigação, temos de excluir 12 partilhas efetuadas pelo jornal.

Título da partilha Motivo da exclusão 6 destinos em conta para ir no feriado de 5

de outubro

Link para a publicação Volta ao Mundo, do mesmo grupo proprietário do Jornal de Notí-cias

10 cidades europeias com viagens baratas Link para a publicação Dinheiro Vivo, do mesmo grupo proprietário do Jornal de Notí-cias

Como interpretar as autárquicas? Artigo de opinião de Felisbela Lopes

12 roteiros essenciais para descobrir o Alentejo e o Algarve

Link para a publicação Evasões, do mesmo grupo proprietário do Jornal de Notícias ▶ Vídeo: Casal concorre em listas

oposito-ras nas eleições autárquicas

Reportagem em vídeo

Miguel Lopes: O tradutor e as crianças contra as politiquices

Rubrica

Debate com os candidatos à presidência da Câmara de Viseu

Vídeo gravado em direto

Debate com os candidatos à Câmara de Guimarães

Vídeo gravado em direto

▶ Vídeo: Meio dia em 60 segundos:

Assal-tos com recurso a explosivos em caixas de Multibanco

Reportagem em vídeo

As maneiras mais estranhas de ganhar di-nheiro

Link para a publicação Dinheiro Vivo, do mesmo grupo proprietário do Jornal de Notí-cias

Debate com os candidatos à Câmara de Aveiro

Vídeo gravado em direto

17 alimentos mais viciantes de sempre Link para a publicação Men’s Health, do mesmo grupo proprietário do Jornal de Notí-cias

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27 Assim, mantêm-se 46 partilhas analisáveis:

Data da Partilha Título da partilha 30/09/2017 Egito proíbe notícias sobre homossexuais

30/09/2017 Guardia Civil encerra ″call center″ de apoio ao referend

30/09/2017 Herman José sobre Maria Vieira: ″Não é ela que escreve os textos. Ela

não tem mais de 50 palavras no vocabulário″

30/09/2017 França cria ″alerta photoshop″

30/09/2017 Homem encontrado carbonizado num incêndio em Paços de Ferreira

30/09/2017 Villas-Boas castigado com oito jogos por insultar árbitro

30/09/2017 Conceição responde a Jesus: "Pensei que nem valia a pena ir a Lisboa"

29/09/2017 Pesado de mercadorias incendiou-se no Túnel da Gardunha na A23

29/09/2017 Dois mortos em acidente na A41 perto da Feira

29/09/2017 Passos: "Nunca tivemos de cancelar comícios nem reagendar à pressa"

29/09/2017 É desta forma que Kim Kardashian confirma que está à espera do seu terceiro filho

29/09/2017 PSP rejeita constrangimentos no Sporting-F.C. Porto em dia de eleições

29/09/2017 Michelle Obama: ″Qualquer mulher que votou contra Hillary Clinton,

votou contra a sua própria voz″

29/09/2017 Cientistas do Louvre investigam ″Mona Lisa″ nua de Da Vinci

29/09/2017 Atriz Diana Nicolau sofre acidente de mota

29/09/2017 Taxa de desemprego em julho ficou abaixo dos 9%

28/09/2017 Braga vence frente ao Basaksehir

28/09/2017 Criança de três anos dispara contra outras duas nos EUA

28/09/2017 BCP, Caixa e Novo Banco criam plataforma para resolver crédito mal-parado

28/09/2017 Rússia emite mandado de prisão internacional contra Grigory Rodchen-kov

28/09/2017 Avião alemão pirateado nos anos 70 regressou a casa

28/09/2017 Cartão de Cidadão muda a partir de segunda-feira. Conheça as mudanças

27/09/2017 Governo pede à UE que investigue os preços dos combustíveis

27/09/2017 Mulher morre afogada num tanque de rega em aldeia da Guarda

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27/09/2017 Suspenso julgamento de pais de menina que caiu de andar em Lisboa

27/09/2017 Católica nega acusações de fraude de Rui Moreira

27/09/2017 ▶ Vídeo: Madonna sobre Obama: ″Continuo a ter sonhos eróticos″

27/09/2017 Subsídio proposto a enfermeiros representa 14,4 milhões de euros anuais

27/09/2017 Revelados os compositores do próximo Festival RTP da Canção

27/09/2017 Salários continuam a crescer abaixo dos níveis pré-crise e podem man-ter-se

27/09/2017 Homem filmado a tentar afogar a mulher nega em tribunal intenção de matar

27/09/2017 Balsemão vai ser conselheiro do presidente da Assembleia-Geral da ONU

26/09/2017 Pinto da Costa responde a Fernando Gomes

26/09/2017 Sarah Jessica Parker será guia turística em Nova Iorque

26/09/2017 Centenas de apoiantes de Medina em ″incrível descida″ de rua de Lisboa 26/09/2017 Milhares no funeral do bispo Manuel Martins

26/09/2017 Águias preparadas para a ″final″ de Basileia

26/09/2017 Nicolau Breyner ″teve um final de vida tristíssimo, amargurado" 26/09/2017 Marcelo em Angola destaca ovação ″impressionante″ dada a Portugal 26/09/2017 Facebook com problemas técnicos sobretudo na Europa

26/09/2017 Portugueses vão pagar 1,94 euros pela segurança em aeroportos

26/09/2017 EUA aprovam lei para distribuir informação na Coreia do Norte

25/09/2017 Marca Leixões em hasta pública para pagar dívida a antigo técnico

25/09/2017 Homem detido em Tábua por suspeita de ter atropelado companheira

25/09/2017 ″Príncipe do ilhéu da Pontinha″ detido pela GNR da Madeira Tabela 6 - Partilhas da página do Jornal de Notícias alvo de análise

Analisando o conteúdo das notícias partilhadas verifica-se que apenas três notícias têm como fonte uma rede social:

• “Atriz Diana Nicolau sofre acidente de mota”

Classificada como sendo do domínio de “Famosos”, esta notícia diz que a atriz partilhou na rede social Instagram uma foto com internos da “unidade hospita-lar onde se encontra”. A notícia é assinada pela jornalista Ana Filipe Silveira e está publicada na secção “Pessoas” do jornal.

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É classificada como sendo do domínio de “Fait-divers”. Relata o facto e no con-tinente europeu, a plataforma Facebook estar indisponível em alguns países tanto no site para desktop como nas aplicações móveis. A notícia não cita uma publicação em concreto mas sim uma situação que estaria a ocorrer nesse mo-mento na plataforma. A notícia, por si, nem deveria ser considerada como tal pois não obedece aos critérios de uma notícia completa (entenda-se Lead e corpo de notícia): só tem dois parágrafos. É mais correto dizer aproxima-se mais de um apontamento que uma notícia. No entanto, parece ser uma notícia “em atu-alização”, ou seja, não está completa e está à espera de mais detalhes. O artigo não é assinado.

• “″Príncipe do ilhéu da Pontinha″ detido pela GNR da Madeira”

É classificada como sendo do domínio de “Local”. A notícia em questão cita o encerramento de instalações num ilhéu existente ao largo do arquipélago da Ma-deira e a detenção de Renato Barros, autoproclamado “príncipe do ilhéu da Pon-tinha”, que se opôs a esse fecho e foi detido pela GNR. Há referência que a agência Lusa tentou contar Barros sem sucesso e que este fez uma publicação na rede social Facebook onde afirma ter sido detido pela GNR. O artigo não é as-sinado.

Assim, apenas três notícias tiveram origem em publicações efetuadas em redes sociais. Quanto às restantes partilhas:

• Duas notícias estão classificadas como “Arte e Cultura” sendo que uma está assinada pelo jornalista Alexandre Oliveira Vaz (“Revelados os compositores do próximo Festival RTP da Canção”) e outra não está assinada (“Cientistas do Louvre investigam ″Mona Lisa″ nua de Da Vinci”);

• Oito notícias estão classificadas como sendo de “Desporto” estando uma assi-nada pelo jornalista Miguel Pataco (“Conceição responde a Jesus: "Pensei que nem valia a pena ir a Lisboa"), uma assinada pelo OCS (“S. C. Braga vence frente ao Basaksehir”) e as restantes não estão assinadas (“Villas-Boas castigado com oito jogos por insultar árbitro”, “PSP rejeita constrangimentos no Sporting-F.C. Porto em dia de eleições”, “Rússia emite mandado de prisão internacional contra Grigory Rodchenkov”, “Pinto da Costa responde a Fernando Gomes”, “Águias preparadas para a ″final″ de Basileia” e “Marca Leixões em hasta pú-blica para pagar dívida a antigo técnico”);

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• Três notícias estão classificadas como sendo do domínio de “Fait-divers” es-tando uma assinada pela jornalista Ana Filipe Silveira (“▶ Vídeo: Madonna so-bre Obama: ″Continuo a ter sonhos eróticos″”), uma assinada pelo OCS (“Avião alemão pirateado nos anos 70 regressou a casa”) e a última não está assinada (“França cria ″alerta photoshop″”);

• Duas notícias estão classificadas como sendo do domínio de “Famosos”, es-tando ambas assinadas (Ana Filipe Silveira: “Michelle Obama: "Qualquer mu-lher que votou contra Hillary Clinton, votou contra a sua própria voz"”; Alexan-dre Oliveira Vaz: “Sarah Jessica Parker será guia turística em Nova Iorque”); • Cinco notícias estão classificadas como sendo do domínio “Internacional”,

sendo que nenhuma delas está assinada (“Egito proíbe notícias sobre homosse-xuais”, “Guardia Civil encerra ″call center″ de apoio ao referendo”, “Criança de três anos dispara contra outras duas nos EUA”, “Salários continuam a crescer abaixo dos níveis pré-crise e podem manter-se” e “EUA aprovam lei para distri-buir informação na Coreia do Norte”);

• Oito notícias estão classificadas como sendo do domínio “Local”, sendo que duas estão assinadas (Roberto Bessa Moreira: “Homem encontrado carbonizado num incêndio em Paços de Ferreira” e Salomão Rodrigues: “Contramão faz dois mortos na A41”) e as restantes não têm qualquer assinatura (“Pesado de merca-dorias incendiou-se no Túnel da Gardunha na A23”, “Mulher morre afogada num tanque de rega em aldeia da Guarda”, “Suspenso julgamento de pais de menina que caiu de andar em Lisboa”, “Homem filmado a tentar afogar a mulher nega em tribunal intenção de matar”, “Centenas de apoiantes de Medina em ″in-crível descida″ de rua de Lisboa”, “Homem detido em Tábua por suspeita de ter atropelado companheira”);

• Oito notícias estão classificadas como sendo do domínio “Nacional”, sendo que apenas um está assinada (Ilída Pito: “Governo pede à União Europeia que inves-tigue preços dos combustíveis”) e as restantes não estão assinadas (“Taxa de desemprego em julho ficou abaixo dos 9%”, “BCP, Caixa e Novo Banco criam plataforma para resolver crédito malparado”, “Sindicato dos Enfermeiros man-tém greve em outubro”, “Subsídio proposto a enfermeiros representa 14,4

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mi-31

lhões de euros anuais”, “Balsemão vai ser conselheiro do presidente da Assem-bleia-Geral da ONU”, “Milhares no funeral do bispo Manuel Martins” e “Portu-gueses vão pagar 1,94 euros pela segurança em aeroportos”);

• Três notícias estão classificadas como sendo de domínio de “Política” estando uma assinada (Rafael Barbosa e Tiago Rodrigues Alves: “Católica nega acusa-ções de fraude de Rui Moreira”) e as outras duas não são assinadas (“Passos: "Nunca tivemos de cancelar comícios nem reagendar à pressa"” e “Marcelo em Angola destaca ovação ″impressionante″ dada a Portugal”).

Todas estas notícias valeram ao jornal 972 partilhas, 10 404 reações e 925 comentários. A notícia que recebeu mais partilhas foi “Dois mortos em acidente na A41 perto da Feira” (409). Já a notícia que gerou mais reações foi “Conceição responde a Jesus: "Pensei que nem valia a pena ir a Lisboa"” (1400). Em termos de comentários gerados, a notícia “Homem filmado a tentar afogar a mulher nega em tribunal intenção de matar” foi a mais comentada (161).

2.1.3 – Expresso

Pertencente ao grupo Impresa, o Expresso compete no segmento dos jornais semanários com uma circulação no 3.º bimestre de 89 838 exemplares (Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação 2017).

O jornal foi fundado em 1973 e, atualmente, é constituído por quatro cadernos impressos (“Primeiro Caderno” (o jornal propriamente dito), revista “E”, “Economia” e “Emprego”) para além de uma edição diária digital (“Expresso Diário”) e uma newsletter (“Expresso Curto”). A inclusão dentro de um grupo de média como o grupo Impresa leva a que hajam sinergias entre os vários OCS, levando à partilha de conteúdos entre, por exemplo, a estação de televisão SIC e o Expresso ou o Expresso e a revista Visão.

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Gráfico 3 - Partilhas efetuadas na página do Expresso, de 25 a 30 de setembro de 2017

Aplicando as regras definidas para esta investigação temos que anular excluir 32 parti-lhas por serem ligações a outros OCS do grupo Impresa e outras 14 que, apesarem de ser pu-blicações do próprio jornal, estão classificadas como de temas que não são analisáveis.

Título da partilha Motivo da Exclusão LOL, estou a brincar: quando Lá Em Casa

Mando Eu escreveu a partir do passado sobre este Sporting-FC Porto

Ligação ao projeto editorial Tribuna Ex-presso, um projeto do Expresso e da SIC Notícias 1 Local 0 Nacional 11 Internacional 7 Desporto 11 Política 8 Fait-divers 5 Famosos 1 Ciência 2 Arte e Cultura 3 Opinião 8 Entrevista 4 Vídeo 9 Podcast 1 Galeria 0 Ativação de marca 2 Conteúdo Patrocinado 0 0 2 4 6 8 10 12 Núm er o de pa rt ilha s

Expresso

Imagem

Tabela 1 - OCS a analisar
Tabela 2 - Número de partilhas efetuadas pelos OCS nas suas páginas de Facebook de 25 a 30 de setembro de 2017
Gráfico 1 - Partilhas efetuadas na página do jornal Correio da Manhã, de 25 a 30 de setembro de 2017 1Local3Nacional7Internacional4Desporto2Política1Fait-divers9Famosos3Ciência1Arte e Cultura0Opinião0Entrevista0Vídeo26Podcast0Galeria0Ativação de marca2Cont
Tabela 3 - Partilhas efetuadas na página de Facebook do Correio da Manhã excluídas da análise
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