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Custo aluno no município de Goianinha/RN e sua relação com as notas do IDEB E SAEB

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CAIO FELIPE DE CARVALHO LISBOA

CUSTO ALUNO NO MUNICÍPIO DE GOIANINHA/RN E SUA RELAÇÃO COM AS NOTAS DO IDEB E SAEB

NATAL/RN 2019

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CAIO FELIPE DE CARVALHO LISBOA

CUSTO ALUNO NO MUNICÍPIO DE GOIANINHA/RN E SUA RELAÇÃO COM AS NOTAS DO IDEB E SAEB

Monografia apresentada à Banca Examinadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: Prof. Camila Catarine de Araújo Azevedo

NATAL/RN 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas – CCSA

Elaborado por Shirley de Carvalho Guedes - CRB-15/404 Lisboa, Caio Felipe de Carvalho.

Custo aluno no município de Goianinha/RN e sua relação com as notas do IDEB E SAEB / Caio Felipe de Carvalho Lisbôa. - 2019.

52f.: il.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis, Natal, RN, 2019.

Orientadora: Profa. Ma. Camila Catarine de Araújo Azevedo.

1. Contabilidade - Monografia. 2. Gastos públicos - Educação - Monografia. 3. Financiamento da educação - Monografia. 4. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - Monografia. 5. Sistema de Avaliação da Educação Básica -

Monografia. I. Azevedo, Camila Catarine de Araújo. II. Título.

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CAIO FELIPE DE CARVALHO LISBOA

CUSTO ALUNO NO MUNICÍPIO DE GOIANINHA/RN E SUA RELAÇÃO COM AS NOTAS DO IDEB E SAEB

Monografia apresentada à Banca Examinadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em

BANCA EXAMINADORA

Prof. Ms. Camila Catarine de Araújo Azevedo – Orientadora

Prof. Ms. Djones Derkyan Teixeira dos Santos – Membro

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A Rudemberg, meu pai, meu exemplo maior de dedicação, trabalho e perseverança, que me ensinou que o conhecimento é o nosso bem maior. Você me deu base segura para explorar o mundo e para buscar sempre o melhor de mim.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que me permitiu superar todos os obstáculos e chegar até aqui.

A minha mãe, que sempre acreditou em mim e que sempre apoiou minhas decisões, você me ajudou a permanecer resistente.

Ao meu pai, pela educação e por todas as lições, solidificaram a pessoa que me tornei.

Ao meu irmão, pela amizade e parceria. E bom saber que sempre haverá alguém ali. A Julliany, por todo amor dedicado, por ter estado do meu lado em todos os momentos e por sempre me motivar a seguir em frente.

A toda a minha família, por sempre ter acreditado no meu potencial. Em especial a minha avó Odete, pela demonstração diária do amor puro e verdadeiro. A minha tia Ângela, pelo exemplo de persistência, a minha prima Tallita, por sempre ter confiado em mim e estar sempre presente. A minha tia Teresa Cristina, pelos sábios ensinamentos, aprendi bastante com você.

À minha orientadora Camila Azevedo, pela paciência, pela disponibilidade em sempre me atender e por sempre ter acreditado em mim.

À professora Danielle da Rocha e Edzana Roberta que em suas aulas despertaram em mim o interesse pela disciplina de custos.

A professora Adriana Backes que sempre esteve disposta a me aconselhar e de forma sincera e amigável.

A todos os demais professores do corpo docente do Departamento de Ciências Contábeis, que compartilharam seus conhecimentos, com todo empenho.

A coordenação do curso e a toda a equipe, que sempre esteve disponível para me guiar e tirar minhas dúvidas.

Aos amigos que fiz na universidade ao longo dessa jornada e que tornaram a faculdade um ambiente ainda mais proveitoso. em especial a Charlie Sidon, Samuel Monteiro, Renato Bessa, Fernando Barreto e Jessica Meireles. Obrigado pela amizade e pelo apoio, vocês me ajudaram muito.

As grandes amizades que construí ao longo desses anos, vocês me deram entusiasmo para chegar até aqui.

Aos demais componentes dessa trajetória, que de uma forma ou de outra contribuíram para que eu permanecesse forte na minha jornada.

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar a relação dos índices de rendimento apurados pelo Inep através da Prova Brasil, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), e o custo aluno anual de duas escolas rede pública de ensino do município de Goianinha/RN, nos anos de 2015 e 2017. Para esta análise, calculou-se o custo total do governo para manter cada aluno na escola, por meio das informações divulgadas no Portal da Transparência do referido município e também dos dados extraídos do site do Qedu. Esses valores foram distribuídos em centros de custos e a partir dos valores obtidos foi possível fazer uma relação desses dados com os resultados do Ideb e Saeb. O estudo é classificado como pesquisa descritiva e exploratória. Quanto aos procedimentos, se classifica como bibliográfica, e quanto à abordagem, o estudo foi constituído em cima de bases qualitativas e quantitativas. Os resultados demonstram que a nota do Saeb teve relação positiva com o custo aluno em ambos os anos, pois a escola que apresentou maior custo aluno apresentou maior Saeb. Demonstram também que a taxa de aprovação pode independer do custo. E por fim a nota do Ideb pode não ter relação com o custo aluno.

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ABSTRACT

This research aims to analyze the relatioship between the academic outcomes calculated by Inep through Prova Brasil, the Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) [Basic Education Development Index], the Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) [Basic Education Evaluation System], and anual cost per student of two schools from Goianinha/RN city, in 2015 and 2017. For this analysis, the total cost of government to keep each student in school was calculated, using the information disclosed on the website the Transparency Portal of Goianinha city and also from data extracted from the Qedu website. These values were distributed in cost centers and from the values obtained it was possible to calculate the correlation of these data to the Ideb and Saeb results.The study is classified as descriptive and exploratory research. About the procedures, it is classified as bibliographic, and about the , and as for the approach, the study was constituted on qualitative and quantitative bases. The results demonstrate that Saeb grades had a positive relatioship with the cost per student. It also demonstrate that the rate of approval may come at undeterminated cost. And finally, Ideb grade may or may not have relationship to the cost per student.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Informações das escolas em 2015 ... 31 Tabela 2 – Informações das escolas em 2017 ... Erro! Indicador não definido.31 Tabela 3 – Custo e avaliações de desempenho em 2015Erro! Indicador não definido.34 Tabela 4 - Custo e avaliações de desempenho em 2017Erro! Indicador não definido.34

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LISTA DE FIGURAS

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

1.1 CONTEXTO E PROBLEMA ... Erro! Indicador não definido.13 1.2 OBJETIVOS ... Erro! Indicador não definido.14 1.2.1 Geral ... Erro! Indicador não definido.14 1.2.2 Específicos ... Erro! Indicador não definido.14 1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ... Erro! Indicador não definido.14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... Erro! Indicador não definido.16 2.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ... Erro! Indicador não definido.16 2.2 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO ... 17

2.2.1 Receita pública ... Erro! Indicador não definido.18 2.2.2 Despesa pública ... Erro! Indicador não definido.19 2.2.3 Orçamento público ... Erro! Indicador não definido.20 2.2.4 Crédito público ... 21

2.3 GASTO PÚBLICO E EFICIÊNCIA ... 21

2.4 FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO ... 22

2.5 RECURSOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA ... 24

2.5.1 FUNDEB ... 24

2.5.2 PNAE ... 24

2.5.3 Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE ... 25

2.6 AVALIAÇÕES DA APRENDIZAGEM ... 26

2.6.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb ... 27

2.6.2 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb ... 27

2.6.3 Prova Brasil ... 28

2.6.4 Provinha Brasil ... 28

3 METODOLOGIA ... Erro! Indicador não definido.29 3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA ... Erro! Indicador não definido.29 3.2 UNIVERSO E AMOSTRA ... 30

3.3 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS ... Erro! Indicador não definido.31 3.3.1 Centros de custos ... 32

3.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO ... 33

4 RESULTADOS ANALISADOS ... 34

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REFERÊNCIAS ... 37 APÊNDICES ... 40

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTO E PROBLEMA

A finalidade do serviço público é satisfazer a prosperidade pública, e as atividades desenvolvidas pelo Estado devem ser colocadas à disposição da coletividade, a fim de satisfazer as necessidades da comunidade. Mauss e Souza (2008) afirmam que os gestores públicos têm como meta principal a geração do “Valor Público”, cumprindo um papel eminentemente social. Este valor envolve serviços prestados à população e também o seu nível de satisfação em relação a esses serviços. Assim, as entidades públicas têm como missão investir bem os recursos dos contribuintes e através deste investimento dar retorno à população.

O IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) mostrou em 2015 que o Brasil está entre os países com as cargas tributárias mais elevadas do mundo, o que deveria refletir em uma alta qualidade dos serviços públicos disponibilizados, mas que não acontece. Em se tratando de educação, os dados são ainda mais preocupantes. Os gastos com alunos no Brasil são muito inferiores comparado aos países desenvolvidos com cargas tributárias semelhantes. O resultado disso é o baixo índice de rendimento em avaliações aplicadas aos alunos, principalmente os da educação de base. Esses resultados revelam a ineficiência do governo quanto ao manejo dos recursos destinados a essa esfera fundamental que cabe a ele suprir. Custos que além de baixos, são alocados de maneira inadequada geram resultados insatisfatórios quanto aos serviços prestados à população e, segundo Carvalho Filho (2016), impossibilitando aos contribuinte de desfrutar de uma contraprestação estatal efetiva.

O governo, por meio do Inep, criou algumas medidas para a avaliação da aprendizagem dos alunos das instituições públicas. Para a educação de alunos da educação de base, é aplicada Prova Brasil de dois em dois anos, e conforme o seu resultado, é gerado o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e também Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resultados mostram que a educação ofertada ainda é muito deficitária.

Dessa forma, este trabalho se propõe a analisar a relação entre o montante dos custos investidos com a educação fundamental em duas escolas do município de Goianinha e o desempenho dos alunos pelas notas do Ideb e Saeb, nos anos de 2015 e 2017. Para isso, será feito um levantamento dos custos envolvidos anualmente por aluno, definindo os

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centros de custo necessários para que a aula aconteça, e logo após, comparar com os resultados das avaliações de desempenho divulgadas pelo site do Inep.

1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Geral

O objetivo geral do trabalho é analisar se os custos em duas escolas de educação básica da área urbana do município de Goianinha/RN apresentam relação com as notas do Ideb e Saeb.

1.2.2 Específicos

A fim de alcançar o objetivo proposto, tem se os seguintes objetivos específicos:  Levantar os custos diretos para execução de suas atividades

 Dividir os custos totais em centros de custos pedagógicas, sociais e administrativas;

 Definir o custo aluno de cada uma das duas escolas;  Levantar as notas do Ideb e Saeb.

1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

A busca da sociedade por melhor qualidade de serviços públicos, aliado ao fato do Brasil ser um país conhecido por suas altas cargas tributárias, pressiona os gestores públicos a um maior controle e organização financeira de suas atividades. Contudo, para que se possa fornecer um serviço público de maior eficiência, deve-se haver uma redução dos custos sem afetar a qualidade do serviço, mas, para que isso seja possível, é preciso um controle dos custos e reconhecimento daquilo que gera ou não valor para a organização.

A educação é uma mola propulsora para o desenvolvimento de um país, uma vez que gera valor à população trazendo benefícios a curto e longo prazo, além de ser um direito de todos, previsto na constituição federal e no pacto das Nações Unidas.

Contudo, no cenário brasileiro, esse serviço não tem gerado resultados satisfatórios, e é urgente a necessidade de um olhar mais atento por parte dos governos, para que iniciativas

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sejam tomadas a fim de melhorar os resultados das avaliações de desempenho dos alunos da rede pública de ensino, em especial, o ensino de base. Para que isso aconteça, é necessária uma melhor gestão de recursos, de forma que os custos com educação sejam alocados de maneira eficiente, cumprindo com o propósito ao qual foi destinado.

O Brasil aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE) que elaborou 20 metas que visam garantir a educação de qualidade e uma gestão democrática dos recursos.

Considerando que é necessário haver eficiência nos gastos públicos, sobretudo no que diz respeito à educação, este trabalho visa ser de grande contribuição para estudos no âmbito de custos aplicado à educação pública, visto a existência de poucas pesquisas nessa temática. Além disso, contribuirá para a investigação da relação dos custos por aluno no âmbito municipal e sua relação com o desempenho nas notas do Ideb e Saeb, podendo ser replicado para outros cenários, e fomentando investigações de pesquisadores a respeito do tema.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Administração Pública é a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados sob regime de direito público destinado a atender de modo direto e imediato as necessidades da coletividade. Para a Paludo (2012) administração pública compreendetoda a engrenagem administrativa, a estrutura e os recursos, os agentes e os órgãos, os serviços e atividades. Sendo assim a administração pública é compreendida em unidades executoras e o serviço público.

Cretella Júnior (1966), por sua vez, afirma que a “administração é o complexo de órgãos aos quais se confiam funções administrativas, é a soma das ações e manifestações da vontade do Estado, submetidas à direção do chefe do Estado.”

Meirelles (1984, apud KOHAMA, 2012, p. 9) conceitua a Administração Pública como sendo todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. Sendo assim, o Estado brasileiro gerencia as atividades as quais lhe são impostas por meio dos órgãos da Administração, que existem para que o Estado possa executar os dispositivos da Lei, atendendo ao interesse público.

Conforme Kohama (2012), a administração pública é exercida pelos órgãos de administração direta ou centralizada e pelos órgãos de administração indireta ou descentralizada. Desta forma é possível atender as necessidades da população de maneira mais eficiente, dada a dimensão territorial do país.

De acordo com Slomski (2001), essa administração tem a estrutura de uma pirâmide onde a Presidência da República é quem dirige todos os serviços. A administração direta é composta pelos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, no âmbito Federal, e do Gabinete do Governador e Secretarias do Estado, no âmbito estadual e na administração municipal. Na administração indireta há o deslocamento das atividades para uma entidade criada

pelo Estado ou cuja criação é por ele autorizada. Slomski (2001, p. 17) cita como integrantes da “administração indireta as autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia”.

Segundo o artigo 37 da Constituição Federal de 1988, a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deverão seguir os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

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eficiência. Criados com o objetivo de orientar os administradores públicos para terem um comportamento especial em torno da administração pública.

Para o presente estudo, destaca-se dois desses princípios: O princípio da Publicidade, que de acordo com a Constituição Federal atribui o dever da divulgação e transparência de todos os atos administrativo, tornando público, do conhecimento de todos. E o princípio da eficiência que traz à discussão a importância da utilização dos custos visto que este pode identificar os desperdícios e os custos que agregam valor ao produto. Uma vez que o trabalho investiga o custo do Estado por aluno e relaciona esse custo com seu o índice de desempenho, destaca-se a importância da divulgação de forma transparente destes custos e das demais informações das instituições de ensino em questão, a fim de que se possa fazer a mensuração correta e medir os níveis de eficiência dos recursos aplicados.

2.2 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

De acordo com Dallari (2009), o objetivo principal do Estado é o de atender as necessidades da sociedade, e para isso faz uso de recursos humanos, físicos e financeiros e oferece serviços à sociedade. A manutenção dessas atividades gera o que se chama de Atividade Financeira do Estado que está pautada na utilização dos recursos públicos, os quais precisam ser obtidos por meio da receita pública, criados por meio dos créditos públicos, planejados e geridos através de um orçamento e são dispendidos por meio da despesa pública. Para que isso ocorra de maneira eficaz e eficiente deve-se haver uma gestão fiscal.

Conforme afirma Borges (1998):

A atividade financeira consiste, em síntese, na criação, obtenção, gestão e dispêndio do dinheiro público para a execução de serviços afetos ao Estado. É considerada por alguns como o exercício de uma função meramente instrumental, ou de natureza adjetiva (atividade-meio), distinta das atividades substantivas do Estado, que visam diretamente a satisfação de certas necessidades sociais, tais como educação, saúde, construção de obras públicas, estradas etc. (atividades-fins).

Pode-se então dizer que a atividade financeira do estado visa satisfazer as necessidades públicas. Para que o estado possa suprir essas carências é preciso de recursos, os quais partem da arrecadação do governo em forma de tributos que serão distribuídos para a prestação dos serviços públicos. A esses recursos, chama-se de receita pública (JUND, 2008).

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Para a satisfação dessas necessidades públicas o estado implica gastos públicos, que precisam ser cuidadosamente apropriados e gerenciados através do orçamento público. Se por acaso as receitas arrecadadas não forem suficientes para suprir os gastos públicos o estado precisa aderir a empréstimos, também chamados de créditos públicos, a fim de atingir o equilíbrio entre receitas e despesas. O conjunto que envolve esses quatro fenômenos, quais sejam, receitas públicas, despesas públicas, orçamento público e crédito público chama-se atividade financeira do Estado (JUND, 2008).

2.2.1 Receita pública

O conceito de receita pública, quanto à ótica orçamentária, na visão de Jund (2008), é determinado por todo o recebimento ou ingresso de recursos arrecadados pela entidade, com o fim de ser aplicado em gastos operacionais e de administração, ou seja, todo recurso obtido pelo Estado para atender as despesas públicas. São tributos recolhidos baseado no seu poder posicional regulado por normas do direito público.

Slomski (2001) complementa, ao afirmar que os serviços prestados pela Administração Pública são mantidos pela receita pública, que está relacionada à arrecadação. Sendo assim, receita pública se refere aos recolhimentos feitos aos cofres públicos, ou seja, todos os créditos a que o governo tenha direito de arrecadar, em virtude de leis gerais e especiais, de contratos e quaisquer títulos a favor do Estado.

Sobre receita pública, Andrade (2012, p. 57) afirma que:

Define-se como todo e qualquer recolhimento aos cofres públicos em dinheiro ou outro bem representativo de valor que o governo tem direito de arrecadar em virtude de leis, contratos, convênio e quaisquer outros títulos, de que seja oriundo de alguma finalidade específica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertençam. É, pois, o conjunto de ingressos financeiros, provenientes de receitas orçamentárias ou próprias e receitas extraorçamentárias ou de terceiros, que produzirão acréscimos ao patrimônio da instituição, seja União, estados, municípios ou Distrito Federal, suas autarquias e fundações.

Quanto à sua função, Baleeiro (1969) diz que “atividade financeira consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu àquelas outras pessoas de direito público”. Assim, as receitas públicas, entendidas pelo total de dinheiro recolhido direta e indiretamente pelos entes da federação, custeiam as despesas públicas.

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Desta forma, compreende-se que para cumprir seu objetivo, que é a prosperidade pública, o Estado utiliza de sua Receita Pública para a manutenção de sua organização, para o custeio de seus serviços, para a segurança de sua soberania, com as iniciativas de fomento e desenvolvimento econômico e social, e com seu patrimônio.

Quanto à classificação, Kohama (2012) diz que as receitas públicas estão divididas em orçamentárias e extraorçamentárias.

As receitas orçamentárias são as constantes no orçamento público, consignadas na Lei de Orçamentos anuais. Pertencem de fato ao Estado e aumentam a situação líquida do patrimônio financeiro da Instituição. Em sua classificação econômica, as receitas orçamentárias estão divididas em receitas correntes e receitas de capital.

As receitas extraorçamentárias, por sua vez, se referem a recursos de terceiros que transitam pelos cofres públicos. Não integram o orçamento público, mas alteram a composição do patrimônio financeiro, sem modificar a situação líquida da organização (QUINTANA et al., 2011)

2.2.2 Despesa pública

Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos com a finalidade de saldar gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, objetivando à realização e ao funcionamento dos serviços públicos. A despesa faz parte do orçamento e corresponde às autorizações para gastos com as várias atribuições governamentais (JUND, 2008).

Lima e Castro (2003) definem Despesa Pública como: “o conjunto de dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos.”

Kohama (2012) diz que a despesa pública nada mais é do que o consumo da Receita Pública. Complementa dizendo que são gastos destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais, à satisfação dos compromissos da dívida pública, ou ainda a restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de caução, depósitos, consignações e etc.

Da mesma forma que as receitas, as despesas também se classificam em orçamentária e extraorçamentária. A despesa orçamentária é aquela que integra o orçamento, e por isso é previamente autorizada pelo Poder Legislativo, devendo ser efetivada somente quando houver crédito orçamentário correspondente. A despesa extraorçamentária, por sua vez, não consta na

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Lei do Orçamento, e correspondem às diversas saídas de numerário decorrentes do levantamento de depósitos, cauções, pagamentos de Restos a Pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receitas, dentre outros valores que se revistam de características simples de transitoriedade, recebidos anteriormente e que, na oportunidade, constituíram receitas extraorçamentárias (QUINTANA et al., 2011)

Quanto ao critério para o enquadramento das despesas, sob a ótica orçamentária, a chamada classificação legal, com base no art.12 da Lei 4.320/1964, que distingue as despesas públicas em correntes (custear serviços públicos) e de capital (realização de investimentos). As despesas correntes relacionam-se à remuneração de serviços com vistas à manutenção de utilidades públicas promovidas pelo Estado, configurando as ditas despesas produtivas. As despesas de capital, por sua vez, vinculam-se à aquisição ou produção de bens, criando utilidades e aumentando a capacidade de produção do País, razão pela qual se qualificam como reprodutivas.

2.2.3 Orçamento público

No Brasil, o planejamento orçamentário se difunde por uma tríade de leis segundo o artigo 165 da Constituição Federal:

I - Plano Plurianual;

II - Lei de Diretrizes Orçamentárias; III - Lei Orçamentária Anual,

O Plano Plurianual consiste no principal mecanismo de planejamento dos atos do gestor público, tem por característica abranger todos os objetivos e metas que serão desenvolvidas em todo o mandato do dirigente. Conforme dispõe o artigo 165 da Constituição, o PPA “...estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas para administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.”

A Constituição Federal, no artigo 165 dispõe que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelecerá as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte; orientará a elaboração do Orçamento; dispõe sobre alteração na legislação tributária;

Por fim a LOA compreenderá: o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das estatais.

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A integração entre elas é de suma importância para o orçamento público. A tripartição do planejamento orçamentário pressupõe que a Lei Orçamentária Anual deva respeitar as Diretrizes Orçamentárias, consonando ambas com o Plano Plurianual.

Assim, a tríade é importante para o planejamento e execução das atividades exercidas pela administração pública, garantindo a transparência dos gastos públicos e dos investimentos feitos pelo governo. Por consequência, o uso adequado desses recursos garante a eficiência pública.

2.2.4 Crédito público

O quarto e último fenômeno relacionado à atividade financeira do Estado é o crédito público.

De acordo com o site oficial do Senado:

Crédito público é a capacidade de o governo cumprir obrigações financeiras com quem quer que seja, inclusive e principalmente com os próprios cidadãos. É a capacidade que tem os governos de obter recursos da esfera privada nacional ou de organizações internacionais, por meio de empréstimos. Essa capacidade é medida sob diversos ângulos: capacidade legal, administrativa, econômica, mas, principalmente, na capacidade de convencimento, medida pela confiabilidade que o candidato ao empréstimo desperta nos potenciais emprestadores.

Para Figueredo (1909) os órgãos públicos procuram através do empréstimo, “o recurso preciso para a realização dos melhoramentos exigidos pelo progresso moral e material de uma sociedade que acompanha os movimentos modernos”. Sendo assim havendo crédito público o estado poderá recorrer a um empréstimo público a fim de suprir suas necessidades do momento, dessa operação de crédito resultara a dívida pública.

Podemos definir então que o crédito público é a capacidade que o Estado tem de obter bens ou dinheiro através de empréstimo, e que essa operação de crédito é definida como empréstimo público, e a sua contratação acarretará a dívida pública.

2.3 GASTO PÚBLICO E EFICIÊNCIA

De acordo com Chaves (2007) os gastos públicos são os instrumentos de atuação dos governos. Mediante sua utilização, os governos definem as prioridades em relação à prestação

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de serviços públicos básicos e aos investimentos a serem realizados. Os gastos públicos são, portanto, a evidenciação das políticas de gestão efetuadas pelos governos.

Riani (2009) acrescenta que o gasto público é a principal peça de atuação do governo. É sobretudo uma escolha política dos governos no que se refere aos diversos serviços que prestam a sociedade.

Dentro da seara dos gastos públicos existem dois normativos legais de fundamental importância na formação do orçamento anual: A Constituição Federal, que disciplina os percentuais de gastos e cotas mínimas para setores importantes como saúde e educação, e o diploma legal que trouxe parâmetros limitadores de gastos, que se denomina Lei de Responsabilidade Fiscal ou Lei Complementar 101/2000.

Negreiros e Vieira (2014) ressaltam a relevância dos gastos públicos no setor público, trazendo discussões a respeito da contabilidade de custos como ferramenta de respaldo para avaliar o desempenho do setor em determinada área, bem como a eficiência dessa alocação de recursos.

A questão do uso eficiente de recursos públicos tem ganhado importância nas discussões referentes às boas práticas de gestão fiscal. Um gasto eficiente e eficaz é sinônimo de um gasto com qualidade, o qual só é possível por meio de uma Administração Pública orientada para os resultados e principalmente à melhoria de seu desempenho. Para isso é necessário capacitar gestores e gerentes dos sistemas de informação e passar a adotar sistemas de avaliação de resultados e de custos.

Eficiência pode ser entendida pelo alcance das metas e objetivos estipulados com o maior grau de qualidade e ao menor custo possível. O conceito de eficiência no setor público funciona da mesma forma que no setor privado, deve-se procurar o maior grau de benefício ao menor grau de custo possível e, ainda, deve-se evitar que ocorram desperdícios (SOUZA et al., 2015).

Sendo assim, surgiu a necessidade de conceder para o Estado um sistema de custos que permitisse um gerenciamento eficaz e sistemático da utilização dos seus recursos (CHING; SILVEIRA; FREIRE, 2011). Contudo, considerando-se a transparência dos gastos públicos, bem como cortes de gastos, os usuários da informação como o todo, buscam esclarecimentos a respeito da destinação dos recursos financeiros utilizados pelos entes públicos, assim como sua eficiência. Isso reforça a necessidade de uma gerência competente dos gastos públicos para alcançar métodos mais eficientes de atingir êxitos nos resultados, consequentemente ganhos sociais.

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2.4 FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO

A educação é dever do Estado e direito fundamental e essencial do cidadão, que paga seus impostos, contribuído para a receita pública. O ensino básico, conforme determina a Constituição Federal, é obrigatório e gratuito a todos os brasileiros, e a educação como transformadora de realidades, deve ser universal, gratuita, democrática, comunitária e de elevado padrão de qualidade.

Compreende-se que a qualidade na educação formará alunos mais qualificados e consequentemente profissionais com maiores chances no mercado de trabalho, que poderão contribuir com o crescimento pessoal e econômico da empresa e do país. Assim, uma educação de qualidade não interessa somente aos administradores públicos, mas também às empresas e à comunidade em geral (Paro, 2007).

Estudos do Banco Mundial e da UNESCO revelam que nenhum país conseguiu um desenvolvimento sustentável sem investir substancialmente em educação e em saúde. A Europa, o Oriente Médio, os Estados Unidos e outros países industrializados investem mais em educação pública que os países da América Latina, da África e da Ásia central. Em 1999, por exemplo, o Brasil gastou apenas 5% do PIB na educação pública, desempenho inferior aos 6,9% do Zimbabue, (Banco Mundial, 2006).

Um país em desenvolvimento deve pautar seus princípios em uma educação justa e solidária. O investimento em educação é uma ferramenta fundamental para o combate de problemas relacionados à pobreza, marginalização e desigualdades sociais. Contudo, para que isso aconteça, é necessário que os recursos públicos sejam aplicados de forma eficiente.

De acordo com Silva e Almeida (2012), os gestores municipais procuram justificar o fraco índice das avaliações de desempenho educacionais relacionando-os com a limitação dos recursos recebidos. Em compensação, os pesquisadores argumentam que o fraco índice de desempenho do ensino público municipal deve-se a ineficiência na aplicação dos recursos.

A fim de melhorar a qualidade das instituições de ensino no que diz respeito aos recursos aplicados, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação iniciou em 2005, o Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi), para que seja possível mensurar o custo aluno anual nas escolas públicas. Por compreender a importância dessa iniciativa da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, e pela sua função de elaborar diretrizes para uma educação de qualidade, o Conselho Nacional de Educação firmou, em 2008, parceria com a Campanha, para

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considerar o CAQi como uma estratégia de política pública para a educação brasileira, no sentido de vencer as históricas desigualdades de ofertas educacionais em nosso país.

Em outras palavras, o CNE entende que a adoção do CAQi representa um passo decisivo no enfrentamento dessas diferenças e, portanto, na busca de uma maior equalização de oportunidades educacionais para todos. O valor do CAQi é calculado a partir dos insumos essenciais ao desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem que levam gradualmente a uma educação de qualidade.

2.5 RECURSOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

Os recursos da educação provêm da arrecadação de impostos, através do percentual de 25% determinado na Constituição Federal, e são repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) e pela Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE).

2.5.1 FUNDEB

Consiste em um Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, que tem como base arrecadação de Impostos de Estados e Municípios, na qual foi instituído pela Emenda Constitucional nº 53/2006, regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, que veio em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - Fundef, na qual perdurou durante os anos de de 1998 a 2006.

A partir desses fundos, o governo desenvolveu alguns programas de educação: 2.5.2 PNAE

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) fornece, por meio de recursos financeiros, alimentação aos alunos da educação básica das escolas públicas e filantrópicas. É dever cumprir as necessidades nutricionais dos alunos durante sua continuidade em sala de aula, corroborando para o crescimento, a aprendizagem, o desenvolvimento e o rendimento escolar dos estudantes, além de propiciar a formação de hábitos alimentares saudáveis. O

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FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) é responsável pela execução desta política educacional.

Os recursos do PNAE compõem uma das variáveis do centro de custo social deste estudo.

De acordo com o portal do FNDE o governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais os valores financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino. O valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino.

Quadro 1 – Valor repassado por dia letivo para cada tipo de aluno

MODALIDADE VALOR ($)

Creches 1,07

Pré-escola 0,53

Escolas indígenas e quilombolas 0,64

Ensino fundamental e médio 0,36

Educação de jovens e adultos 0,32

Ensino integral 1,07

Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral

2,00 Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contraturno

0,53 Fonte: Elaboração própria conforme dados do PNAE

Ainda segundo o portal, o repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O Programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público. 2.5.3 Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE

De acordo com o portal do FNDE, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), foi criado em 1995 e visa a prestação de assistência financeira a escolas públicas, em caráter

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suplementar, a fim de contribuir para a infraestrutura física e pedagógica das instituições, de forma de fortaleça o desempenho escolar, além da participação social e autogestão.

Conforme Resolução nº 6, de 27 de fevereiro de 2018, os repasses dos recursos dar-se-ão em duas parcelas anuais, devendo o pagamento da primeira parcela ser efetivado até 30 de abril e o da segunda parcela até 30 de setembro de cada exercício às EEx, UEx e EM que cumprirem as exigências de atualização cadastral até a data de efetivação dos pagamentos.

O programa engloba várias ações que possuem finalidades e públicos-alvo específicos, embora a transferência e gestão dos recursos sigam os mesmos moldes operacionais do PDDE. Neste estudo, utilizou-se os dados do PDDE para cálculo do centro de custo administrativo, na variável despesas com manutenção. A figura 1 mostra a tabela disponibilizada pelo site oficial do FNDE, mostrando como é feito o cálculo para o repasse às instituições, que varia conforme a modalidade de ensino, a localidade da instituição e a quantidade de alunos.

Figura 1 - Forma de cálculo dos recursos

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Os recursos do PDDE estão divididos nas categorias de custeio e capital. A parcela dos recursos do PDDE que pertence à categoria de custeio destina-se a cobrir despesas relacionadas à aquisição de material de consumo (materiais de expediente, limpeza, construção, etc.) e contratação de serviços (manutenção hidráulica, elétrica, jardinagem etc.). Já a parcela de capital deve ser empregada na aquisição de materiais permanentes (eletrodomésticos, computadores, mobiliário, etc.).

2.6 AVALIAÇÕES DA APRENDIZAGEM

As condições oferecidas pelas instituições de ensino podem influenciar os índices de aproveitamento escolar de seus alunos. Existem fatores que interferem no resultado de aprendizagem, são eles: o sistema educacional incompatível para o aluno e a disposição dos recursos. A fim de mensurar a qualidade do ensino básico no Brasil, o Ministério da Educação, em parceria com o Inep, criou índices de avaliação da aprendizagem: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Tal mensuração é feita por meio da aplicação de provas. Com isso, é possível verificar se os gastos com a educação estão sendo de fato eficientes, gerando resultados satisfatórios e cumprindo o que se propõe, que é disponibilizar educação de qualidade.

2.6.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb

O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) criou em 2007 o Ideb, instituído para medir a qualidade do ensino e estabelecer metas para a melhoria dele. Esse indicador nacional possibilita que a população monitore a qualidade do aprendizado nacional e se mobilize na busca de melhorias. Seu cálculo é realizado a partir da taxa de aprovação escolar, obtida a partir do Censo Escolar, e o fator Saeb, para instituições de ensino (PORTAL INEP, 2019).

O Ideb reúne conceitos importantes para a qualidade da educação que são o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações, ele também estabelece metas que são diferenciadas para cada escola e rede de ensino. Esse indicador estatístico nada mais é do que uma política pública pela melhoria da qualidade da educação, ele apresenta um raio x da educação em todas as esferas. A série histórica dos resultados do Ideb se iniciou em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas que servem como um rumo traçado para a evolução

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dos índices, com o objetivo de alcançar a média dos países desenvolvidos o Ideb pretende alcançar a média de seis pontos até o ano de 2022.

2.6.2 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb

De acordo com o portal do INEP, O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante. Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais.

Tal sistema permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências. As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

2.6.3 Prova Brasil

De acordo com o portal do Inep:

A Prova Brasil é aplicada censitariamente aos alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental público, nas redes estaduais, municipais e federais, de área rural e urbana, em escolas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados na série avaliada. A Prova Brasil oferece resultados por escola, município, Unidade da Federação e país que são utilizados no cálculo do Ideb.

2.6.4 Provinha Brasil

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A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica do nível de alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras. Essa avaliação acontece em duas etapas, uma no início e a outra ao término do ano letivo. A aplicação em períodos distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realização de um diagnóstico mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado.” Diante dos conceitos introduzidos, a proposta deste trabalho é analisar se os custos em duas escolas de educação básica da área urbana do município de Goianinha/RN apresentam relação com as notas do Ideb e Saeb.

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3 METODOLOGIA

De acordo com Silva e Menezes (2005) a função da metodologia é mostrar o caminho a ser percorrido pelo pesquisador na execução do estudo, ajudando-o a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo.

3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA

Este estudo será classificado de acordo com a tipologia proposta por Beuren (2006). Do ponto de vista contábil, a tipologia de delineamento da pesquisa se agrupa em três categorias: Objetivos, procedimentos e abordagem do problema.

Quanto aos objetivos uma pesquisa pode ser classificada como: descritiva, explicativa ou exploratória. Neste estudo a pesquisa se classifica como descritiva, uma vez que, de acordo com Chemin (2012) uma pesquisa descritiva tem o objetivo de descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou estabelecer a relação entre variáveis. A pesquisa descreveu a relação entre o custo aluno e as notas Ideb e Saeb da amostra estudada, que são 2 escolas municipais de Goianinha/RN. Além de descritiva, a pesquisa também se classificada como exploratória. De acordo com Gil (2010), a pesquisa exploratória é elaborada no intuito de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato.

Quanto aos procedimentos, a pesquisa é classificada como bibliográfica porque embasa seus pressupostos na bibliografia disponível a respeito do tema. Na fase da elaboração do referencial teórico da pesquisa, foi realizado o levantamento de estudos em livros, monografias e periódicos, para que fosse possível embasar o estudo. A pesquisa abrange administração pública (no que diz respeito à eficiência e custos), índices de avaliação de desempenho e planos e programas do governo aplicáveis ao ensino básico. Para Gil (2002, p. 45), “a principal vantagem de pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”.

Quanto à abordagem do problema, o estudo foi constituído em cima de bases qualitativas e quantitativas. É quantitativa, porque utiliza instrumentos estatísticos para a coleta e a forma de tratamento que se dá à pesquisa (RAUPP; BEUREN, 2012). A análise qualitativa, por sua vez, foi utilizada para realizar análises aprofundadas do tema estudado, interpretando dados obtidos no estudo quantitativo.

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3.2 UNIVERSO E AMOSTRA

Conforme Marconi e Lakatos (2010), a delimitação do universo consiste em explicitar que pessoas ou coisas serão pesquisadas, enumerando suas características comuns.

A pesquisa foi desenvolvida na prefeitura de Goianinha – RN, e o universo do estudo corresponde às 17 escolas municipais de Goianinha, e amostra utilizada corresponde a duas escolas municipais da área urbana que atendem alunos do ensino fundamental, que são estas: Escola Municipal João Mandu da Silva e Escola Municipal Dona Mariquinha.

Conforme as informações obtidas in loco na Secretaria Municipal de Educação de Goianinha, em 2015 e 2017 havia 17 escolas municipais, porém destas 17, o site do Qedu só disponibiliza informações dos índices de avaliação de desempenho de 11 destas escolas, situadas nas áreas rurais e urbanas. O quadro 2 mostra as 11 escolas municipais as quais o Portal da Transparência do Município de Goianinha divulga as informações.

Quadro 2- Escolas com informações divulgadas no Portal da Transparência

ESCOLA ÁREA

E.M. Zuza Grande Rural

E.M. Adalia Dias Rural

E.M. Luiz Gonzaga Barbalho Neto Rural

E.M. Professor Pedro Alexandrino Da Silva Rural

E.M. Alberto Torres Galvao Rural

E.M. Joao Lucio De Lima Rural

E.M. Joao Carvalho Barbalho Rural

E.M. Dep. Maria Do Céu Pereira Fernandes Rural

E.M. Joao Mandu Da Silva Urbana

E.M. Dona Mariquinha Urbana

E.M. Profa. Nazaré De Andrade Duarte Urbana

Fonte: Elaboração própria

Para que fosse possível fazer um comparativo e análise, optou-se por fazer um recorte e utilizar somente as escolas da área urbana, que totalizam em três: E.M. Maria do Céu, E.M. João Mandu e E.M. Dona Mariquinha.

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Dessas três, apenas a E.M. João Mandu e a E.M. Dona Mariquinha puderam ser comparadas, uma vez que apresentavam as mesmas fases e modalidades de ensino em comum: anos iniciais do ensino fundamental e educação especial, em ambos os anos, como mostram as Tabelas 1 e 2:

Tabela 1 – Informações das escolas em 2015 E.M. João Mandu E.M. Dona Mariquinha FUNCIONÁRIO s 20 38 Matrículas Anos iniciais 244 397 Educação Especial - -

Fonte: Dados da pesquisa

Tabela 2 – Informações das escolas em 2017 E.M. João Mandu E.M. Dona Mariquinha FUNCIONÁRIO s 28 35 Matrículas Anos iniciais 228 352 Educação Especial 43 14

Fonte: Dados da pesquisa

3.3 COLETA E TRATAMENTO DE DADOS

O portal da transparência de Goianinha disponibiliza informações a respeito dos salários dos professores, coordenadores e demais FUNCIONÁRIO s. A coleta de dados a respeito dos custos de merenda foi feita a partir do cálculo de recurso direcionado por aluno e sua classificação através de informações fornecidas pelo site do PNAE, a coleta de dados referente a custos com manutenção foi feita através do site do PDDEREX1 (Programa Dinheiro Direto na Escola - Unidades Executoras), que fornece o repasse por ano e por escola. A escolha dos dados foi feita considerando os custos necessários para que a aula aconteça.

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Informações a respeito do número de alunos e quantidade de funcionários foram obtidos do site do Qedu.

Conforme os objetivos propostos, a pesquisa busca relacionar o custo aluno mensal das instituições e as avaliações de desempenho do Ideb e do Saeb. Sendo assim, foi possível consultar esses índices no portal do Qedu.

A coleta de dados se deu de setembro a novembro de 2019 referente aos anos de 2015 e 2017, dado que o Portal da Transparência de Goianinha só divulgou informações a partir de 2015, o que limitou os períodos estudados, não sendo possível analisar anos anteriores

3.3.1 Centros de custos

Para calcular o custo aluno anual das duas escolas, subdividiu-se os custos em 3 centros de custo: custos sociais, custos administrativos e custos pedagógicos.

Considerou-se como custo aluno, todo gasto necessário para que a aula aconteça. A fim de calcular o custo aluno anual, subdividiu-se os custos em 3 centros de custos, que são eles: pedagógicos, custos sociais e custos administrativos. O quadro 3 apresenta os centros de custos e como se deu a sua atribuição:

Quadro 3- Subdivisão dos centros de custos

Centros de Custos Subcentros de Custos Cálculo

Custos pedagógicos Mão-de-obra dos professores Remuneração

Custos Sociais Merenda

Mão-de-obra da cozinha

Aquisição de Alimentos Remuneração Custos Administrativos Mão-de-obra da administração

PDDE

Remuneração Manutenção da escola Fonte: Dados da pesquisa

Os custos pedagógicos compõem a mão-de-obra dos professores, no caso, o salário divulgado no portal da transparência.

Os custos sociais foram divididos em: mão-de-obra de pessoal da cozinha(merendeiras) e auxiliares de serviços gerais, somado ao valor da merenda repassado pelo PNAE.

Os custos administrativos compõem: mão-de-obra do pessoal necessário para as atividades administrativas da escola (vigia, auxiliar de secretaria, diretor, vice-diretor,

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coordenador) somado ao recurso disponibilizado pelo PDDE, utilizado para a manutenção da escola, como: compra de material de expediente, material de limpeza, compra de eletrodomésticos, manutenção hidráulica.

Para o cálculo de mão de obra de todos os funcionários, extraiu-se o valor mensal de proventos através do portal da transparência, e em seguida multiplicou-se por 12 meses. Não considerou 13° e férias devido a não haver no portal da transparência o registro desses pagamentos.

Após calculados os 3 centros de custos das escolas, tem-se o custo total aluno ano. O total desse valor foi dividido por 12, para encontrar o custo aluno mensal. Em seguida foi feita uma comparação deste valor com a nota do Ideb e do Saeb.

3.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO

A principal limitação do trabalho foi em relação à amostra restrita. Não foi possível obter mais informações de todas as escolas do município. Além disso, por serem ambientes diferentes, achou-se que era mais adequado para fins de comparação, não confrontar as informações das escolas de áreas rurais com as informações das áreas urbanas. Além disso, também não foi possível a determinação da depreciação dos bens das escolas em virtude de não possuírem controle acerca do imobilizado as instituições.

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4 RESULTADOS ANALISADOS 5

Após cálculo e apropriação dos custos, foi possível encontrar os valores do custo aluno mensal das duas escolas nos períodos analisados. A Tabela 3 e a Tabela 4 evidenciam o valor do custo aluno mensal e também os resultados das avaliações de desempenho em 2015 e 2017, respectivamente.

Tabela 3 – Custo e avaliações de desempenho em 2015 E.M. Dona

Mariquinha E.M. João Mandu

Custo aluno 198,40 156,51

Nota Saeb 5.70 4.71

Taxa de aprovação 77% 85%

Nota Ideb 4.4 4.0

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com a Tabela 3, em 2015, a E.M. Dona Mariquinha apresentou um custo aluno de R$ 198,40 mensal. Quanto à nota do Saeb, o resultado foi 5.70, a taxa de aprovação 77% e a nota do Ideb 4.4. A escola E.M. Joao Mandu, por sua vez, apresentou um custo aluno de R$ 156,51 mensal. Quanto à nota do Saeb, o resultado foi 4.7, a taxa de aprovação 85% e a nota do Ideb 4.0.

Tabela 4 - Custo e avaliações de desempenho em 2017 E.M. Dona

Mariquinha E.M. João Mandu

Custo aluno 200,84 171,91

Nota Saeb 5.6 5.02

Taxa de Aprovação 78% 94%

Nota Ideb 4.4 4.7

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com a Tabela 4, em 2017, a E.M. Dona Mariquinha apresentou um custo aluno de R$ 200,84 mensal. Quanto à nota do Saeb, o resultado foi 5.60, a taxa de aprovação 78% e a nota do Ideb 4.4. A escola E.M. Joao Mandu, por sua vez, apresentou um custo aluno

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de R$ 171,91 mensal. Quanto à nota do Saeb, o resultado foi 5.02, a taxa de aprovação 94% e a nota do Ideb 4.7.

Conforme as tabelas, percebe-se que em ambos os anos a E.M Dona Mariquinha apresenta o custo aluno maior do que o da E.M. João Mandu. As notas do Saeb da E.M. Dona Mariquinha também são maiores em ambos os anos, se comparadas às notas da E.M. João Mandu, evidenciando que a média de proficiência dos alunos em português e matemática foi consideravelmente superior a escola João Mandu. Com isso, pode-se verificar que a relação entre custo aluno e Saeb da E.M Dona Mariquinha foi positiva em ambos os anos, se comparada com a E.M. João Mandu.

A respeito da taxa de aprovação, em ambos os anos, a E.M Dona Mariquinha apresenta menor taxa em relação à E.M João Mandu, embora seu custo aluno seja maior. O que quer dizer que a taxa de aprovação não é influenciada.

Em relação à nota do Ideb, a E.M Dona Mariquinha também apresentou valor maior comparado à E.M. João Mandu em 2015. O que poderia indicar uma relação entre o custo aluno e o Ideb.

Já em 2017, a E.M. Dona Mariquinha apresentou Ideb menor em relação à E.M. João Mandu, embora seu custo seja maior. Ou seja, em 2017 a relação custo aluno e nota do Ideb da E.M. Dona Mariquinha não é positiva, se comparada à E.M. João Mandu. Esse fato pode desconsiderar a relação entre o custo aluno e a nota do Ideb.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo inicial desta pesquisa pautou-se em analisar se os custos em duas escolas de educação básica da área urbana do município de Goianinha/RN apresentam relação com as notas do Ideb e Saeb em 2015 e 2017.

Para alcançar os objetivos incialmente os objetivos estabelecidos foi feito um levantamento dos custos diretos para execução de suas atividades escolares. Posteriormente, estes custos foram subdivididos em três centros de custo: pedagógicos, sociais e administrativos. Com isso, encontrou-se o custo aluno de cada uma das duas escolas. Além disso, foi feito um levantamento das notas do Ideb e Saeb, com as informações extraídas do site do Qedu.

Em posse de todas essas informações foi possível atender os objetivos propostos inicialmente. Os resultados demonstram que a nota do Saeb teve relação positiva com o custo aluno em ambos os anos. Demonstram também que a taxa de aprovação pode independer do custo. E por fim a nota do Ideb pode ter relação ou não com custo aluno.

Para investigar os fatores que levaram essa diferença sugere-se para futuros estudos que possam avaliar quais os critérios de aprovação que cada escola utiliza, quais as análises subjetivas e técnicas feitas pela equipe pedagógica, dado que a nota do Ideb depende da taxa de aprovação, e assim elevar a discussão para questionamentos a respeito de quais os métodos mais adequados para o governo avaliar a eficiência do ensino.

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APÊNDICE A - CUSTOS COM PESSOAL DA E.M. DONA MARIQUINHA (2015)

NOME CARGO PROVENTOS

SOCIAIS R$ 2.948,31

FUNCIONÁRIO 1 A.S.G.- 40h R$ 892,81

FUNCIONÁRIO 2 A.S.G.- 40h R$ 918,14

FUNCIONÁRIO 3 MERENDEIRA R$ 788,00

FUNCIONÁRIO 4 MERENDEIRA R$ 919,01

FUNCIONÁRIO 5 AUX.SERVICOS GERAIS R$ 1.138,23

FUNCIONÁRIO 6 MERENDEIRA R$ 891,07 TOTAL R$ 35.379,72 ADMINISTRATIVOS R$ 21.977,97 FUNCIONÁRIO 7 PORTEIRO(A) R$ 814,20 FUNCIONÁRIO 8 VIGIA R$ 1.253,32 FUNCIONÁRIO 9 VIGIA R$ 1.102,81 FUNCIONÁRIO 10 AUX.SECRETARIA R$ 919,01 FUNCIONÁRIO 11 AUX.SECRETARIA R$ 945,21 FUNCIONÁRIO 12 AUX.SECRETARIA R$ 788,00 FUNCIONÁRIO 13 SECRET.ESCOLAR R$ 2.366,11 FUNCIONÁRIO 14 SECRET.ESCOLAR R$ 1.835,02 FUNCIONÁRIO 15 SECRET.ESCOLAR R$ 1.835,02

FUNCIONÁRIO 16 COORD. PEDAGOGICO R$ 2.302,77

FUNCIONÁRIO 17 VICE DIRETOR(A) - C R$ 2.518,31

FUNCIONÁRIO 18 DIRETOR(A) - C R$ 5.298,19

TOTAL R$ 263.735,64

PEDAGÓGICOS R$ 52.427,24

FUNCIONÁRIO 19 PROFESSOR PN-II R$ 2.694,24

FUNCIONÁRIO 20 PROFESSOR PN-II R$ 3.031,02

FUNCIONÁRIO 21 PROFESSOR PN-I R$ 1.776,30

FUNCIONÁRIO 22 PROFESSOR PN-II R$ 2.694,24

FUNCIONÁRIO 23 PROFESSOR(A) PN-II R$ 1.727,08

FUNCIONÁRIO 24 PROFESSOR PN-II R$ 2.918,76

(42)

FUNCIONÁRIO 26 PROFESSOR(A) PN-II R$ 1.727,08

FUNCIONÁRIO 27 PROFESSOR PN-II R$ 2.797,16

FUNCIONÁRIO 28 PROFESSOR PN-II R$ 2.797,15

FUNCIONÁRIO 29 PROFESSOR PN-II R$ 3.031,02

FUNCIONÁRIO 30 PROFESSOR(A) PN-II R$ 1.727,08

FUNCIONÁRIO 31 PROFESSOR PN-II R$ 3.031,02

FUNCIONÁRIO 32 PROFESSOR(A) PN-II R$ 1.727,08

FUNCIONÁRIO 33 PROFESSOR PN-II R$ 2.581,99

FUNCIONÁRIO 34 PROFESSOR(A) PN-II R$ 1.727,08

FUNCIONÁRIO 35 PROFESSOR PN-II R$ 2.797,15

FUNCIONÁRIO 36 PROFESSOR PN-II R$ 3.536,20

FUNCIONÁRIO 37 PROFESSOR PN-II R$ 2.099,26

FUNCIONÁRIO 38 PROFESSOR PN-II R$ 2.797,16

FUNCIONÁRIO 39 PROFESSOR PN-II R$ 2.904,74

TOTAL R$ 629.126,88

TOTAL DE CUSTOS

(43)

APÊNDICE B – CÁLCULO DO PNAE NA E.M. DONA MARIQUINHA (2015)

Índice Modalidade Quant. alunos Percentual (%) Receita mensal

1,07 Creches 0 0% R$ - 0,53 Pré-escola 0 0% R$ - 0,36 fundamental 406 104% R$ 146,16 0,32 EJA 0 0% R$ - 0,33 especial 0 0% R$ - 2 integral 0% R$ - Total de alunos 406 R$ 2.923,20 PNAE Anual R$ 29.232,00

(44)

APÊNDICE C – CÁLCULO DO CUSTO ALUNO NA E.M. DONA MARIQUINHA (2015) PESSOAL R$ 928.242,24 PNAE Anual R$ 29.232,00 PDDE R$ 9.120,00 CUSTOS TOTAIS R$ 966.594,24 CA ANUAL R$ 2.380,77 CA MENSAL R$ 198,40

(45)

APÊNDICE D - CUSTOS COM PESSOAL DA E.M. DONA MARIQUINHA (2017)

NOME CARGO PROVENTOS

SOCIAIS R$ 4.310,20 FUNCIONÁRIO 1 A.S.G.- 40h R$ 1.077,55 FUNCIONÁRIO 2 MERENDEIRA R$ 1.077,55 FUNCIONÁRIO 3 MERENDEIRA R$ 1.077,55 FUNCIONÁRIO 4 A.S.G.- 40h R$ 1.077,55 TOTAL R$ 51.722,40 ADMINISTRATIVOS R$ 18.825,34 FUNCIONÁRIO 7 PORTEIRO(A) R$ 968,07 FUNCIONÁRIO 8 VIGIA R$ 1.405,50 FUNCIONÁRIO 9 VIGIA R$ 1.249,17 FUNCIONÁRIO 11 SECRET.ESCOLAR R$ 2.242,73 FUNCIONÁRIO 15 SECRET.ESCOLAR R$ 2.156,48 FUNCIONÁRIO 12 AUX.SECRETARIA R$ 1.139,69 FUNCIONÁRIO 13 AUX.SECRETARIA R$ 1.077,55

FUNCIONÁRIO 17 COORD. PEDAGOGICO R$ 2.760,28

FUNCIONÁRIO 19 DIRETOR(A) - B R$ 5.825,87

TOTAL R$ 225.904,08

PEDAGÓGICOS R$ 52.242,04

FUNCIONÁRIO 19 PROFESSOR PN-II R$ 3.924,77

FUNCIONÁRIO 20 PROFESSOR PN-I R$ 2.182,34

FUNCIONÁRIO 21 PROFESSOR PN-II R$ 5.560,09

FUNCIONÁRIO 22 PROFESSOR(A) PN-II R$ 2.070,22

FUNCIONÁRIO 23 PROFESSOR PN-II R$ 2.825,83

FUNCIONÁRIO 24 PROFESSOR PN-II R$ 3.633,22

FUNCIONÁRIO 25 PROFESSOR PN-II R$ 3.633,21

FUNCIONÁRIO 26 PROFESSOR PN-II R$ 3.924,77

FUNCIONÁRIO 27 PROFESSOR PN-II R$ 3.924,77

FUNCIONÁRIO 28 PROFESSOR(A) PN-II R$ 2.070,22

FUNCIONÁRIO 29 PROFESSOR PN-II R$ 3.633,22

(46)

FUNCIONÁRIO 31 PROFESSOR PN-II R$ 2.943,58

FUNCIONÁRIO 32 PROFESSOR PN-II R$ 2.579,14

FUNCIONÁRIO 33 PROFESSOR PN-II R$ 3.633,22

FUNCIONÁRIO 34 PROFESSOR PN-II R$ 3.633,22

TOTAL R$ 626.904,48

TOTAL DOS CUSTOS (PESSOAL)

R$

(47)

APÊNDICE E – CÁLCULO DO PNAE NA E.M. DONA MARIQUINHA (2017) Índice Modalidade Quant. Alunos Percentual(%) Receita Mensal

1,07 Creches 0 0% R$ - 0,53 Pré-escola 0 0% R$ - 0,36 fundamental 391 100% R$ 140,76 0,32 EJA 0 0% R$ - 0,33 Especial 0 0% R$ - 2 Integral 0% R$ - Total de Alunos 391 R$ 2.815,20 PNAE Anual R$ 28.152,00

(48)

APÊNDICE F – CÁLCULO DO CUSTO ALUNO NA E.M. DONA MARIQUINHA (2017) PESSOAL R$ 904.530,96 PNAE Anual R$ 28.152,00 PDDE R$ 9.660,00 CUSTO TOTAL R$ 942.342,96 CA ANUAL R$ 2.410,08 CA MENSAL R$ 200,84

Referências

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