• Nenhum resultado encontrado

A contribuição de fatores psicossociais na praxis administrativo-organizacional da Universidade Federal de Santa Catarina

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A contribuição de fatores psicossociais na praxis administrativo-organizacional da Universidade Federal de Santa Catarina"

Copied!
140
0
0

Texto

(1)

Cuaso DE Pós~GRADuAçAo ADMINISTRAÇÃO

I

AREA DE CoNcENTRAçÃo: ADM1N1s¶RAçÃo PUBLICA

A PRESENÇA DE EATDRES Psxcossocms NA PRA×1s ADN1N1sTRATzvo-DRGANIZACNAAL DA UN¡vERs1DADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

EDM1 ¡_soN AZEVEDD LI MA

(2)

A PRESENÇA DE; FATORES RsIcOssOcIAIs RA

RRA×Is ADMINIsTRATIvO»OROANIZAOIONAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

EDMILSON AZEVEDO LIMA

ESTA OISSERTAÇÃO FOI JULGADA AEEOUADA PARA A OB1TÉNÇAO DO TÍT`ULO

DE MESTRE EM ADMINIsTRAçÃO

(AREA DE coNcENTRAÇÃOz ADMINISTRAÇÃO PUBLICA), E APROVADA EN SUA FORMA FINAL PELO CURSO OE POS~ORAOUAÇAO.

o . Antonio Niocoló Grillo

COORDENADOR DO CURSO

APRESENTADA PERANTE A BANCA EXAMINADORA CONPOSTA OOS

PROFESSORES:

E

Pfof. ?eoooro Rogério Všhl, Doutor*

PRES!DENTE

/CE?/4°“^“

Éá;ê<í-&

Rfof. Neison Cološsi, M. So.

O

(3)

A

Laodicëa, minha esposa, pelo es-

pirito de sacrifTc¡o,compreensao

e estímulo sem os quais este tra balho jamais teria sido conclui-

do,e aos meus filhos Walériae Wal

ber.

A

José e Alzira, meus pais,pelo es tlmulo 5 minha escolaridade.

(4)

/š_<ê-«3_â×_1;-ã-§_U:Lë_ffl_I_9_§

Ao concluir este trabalho, Quero externar meus agradecimentos aos professores Nelson Colossi e Teodoro Ro

gério Vahl, pela orientação e incentivo; a Coordenação do Curso de Mestrado em Administraçao pelo apoio institucio-

nal; aos dirigentes dos órgäos de apoio administrativo 'da

UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina › pelo forneci mento dos dados necessários a elaboraçao da pesquisa.

Aos professores Berilo Ramos Borba, José Neutel Correia Lima e Aloisio Santos de Andrade da Universidade F3 deral da Paraiba, pelo estímulo e apoio, que ao longo do

desenvolvimento do curso, me.dispensaram. '

Aos professores Carlos Fragoso Filhos Lauro Gues~

ser da UFPB e UFSC. por suas contribuições na metodologia

aplicada neste trabalho, desde a realização do projeto de

pesquisa até o relatorio final desta dissertaçao.

Aos professores e funcionários do Curso de Pós~ Graduação em Administração da UFSC, especialmente aoseu Se cretário, Sr. Nery Antônio Quintino, pela amizade com que

me distinguiu.

A professora Liliana R. Konning,porsua mufiëncia e dedicação durante o periodo em que ne ensinou a língua-Francessa.

Aos demais colegas. do curso, pela amizade e com

panheirismo, bem como aqueles que, direta ouindiretamente, contribuiram para a realização deste trabalho. a todos o

preito de minha mais elevada estima.

(5)

é\f3_8_f§_§_ã_I¶-í_ê_ê_ê_9

Este trabalho é o resultado de um árduo, mas sa-

tisfatório caminho que percorri durante trinta meses, no

Curso de Pós-Graduação em Administração da Universidade Fe deral de Santa Catarina.

A teoria das organizações, na verdade, era para mim uma disciplina a mais nos currícula dos cursos de admi

nistraçëo. Mas, quando mais tarde, pertencendo ao corpo docente do Departamento de Administraçao da Universidade Federal da Paraiba, e sentindo a necessidade de conhecer de perto a teoria das organizações, foi que verifiquei sua

importancia.

Todavia, somente no curso de p6s~graduação tomei

conhecimento, mais profundamente, da vasta bibliografia existente sobre a teoria administrativa. Nesta ommiao con

tei com o apoio do Prof. Nelson Colossi, que me incentivou

a desenvolver um estudo nesse campo cientifico.

Como resultado, elaborei esta monografia, na ten- tativa de contribuir para o desenvolvimento da pesquisa na

área da teoria das organizações, candidatando-me,assim,ao

(6)

.FÊ__*§--§-_'!__'í*__9

U objetivo deste trabalho é identificar a presen- ça de fatores psicossociais no desenvolvimento das ativida des administrativas da LhiwnsidamaFederalck2Santa Catarina. No primeiro capitulo, analisou~se, sucintamente,

a importancia das organizaçoes como um instrumento que in fluencia significativamente a vida humana assmfiatiwm Apre sentou-se, também, a relevância de um estudo, teórico-prá-

tico, que investigasse empiricamente as principais idéias

ou caracteristicas dos psicossociaiszda corrente adminis~ trativa (Escola de Relações Humanas e Comportamentalista). Por ultimo, mostrou-se os objetivos e a metodologia desen-

volvida neste estudo.

No segundo capítulo, enfatiZou~se as principais ideias psicossociais da teoria administrativa. Baseou-se, para tanto, nos fundamentos teóricos de autores como Elton

Mayo, Cris Argyris, McGregor, Barnard, March e Simon,entre

outras ilustres personagens do pensamento administrativo. No terceiro capitulo, examinou~se os dados da pes quisa realizada nos orgãos de apoio administrativoda UFSC,

identificando-se_ali a presença de Fatores psicossociais.

Finalmente, no quarto capítulo, enunciou~se, com

base na correlação entre o teórico e o prático, as conclu~

sões deste estudo, efetuando-se algumas recomendações para

(7)

_RÉsuMÉ

L'objectif de ce travail est d'identificierla prá sence de Facteurs psycho-sociaux,dans le developpement des

activitees administratives de 1'Universite Federale de San

ta Catarina.

Dans le premier chapitre, on a analyse succinte-

ment l'importance des organisations comme um instruwent qui

influencia signi£icativament la vie humaine associative.

On a presente. aussi, le releve d'une etude tneorique-pra- tique, qui Passe des recherches empiriques des principales idees ou caracteristiques psycho-sociales de chaine admi-

nistrative (Eco1e de Rapports Humains, et de Behaviorismel

Finalement, onza montre les objectifs et la methodologie developpee dans cette etude.

Au dexiëme chapitre, cn a enfonce les principales idees psycho-Sociales de la teorie administrativa. Onsƒest base, dans les Foundaments theoriques des auteurs comme El

ton Mayo, Cris Argyris, McGregor, Barnard. March et Simon,

entre d'autres illustres personnages de la pensee adminis- trative.

Au troisiëme onapitre, on a examine les donnees de la recherche realisee dans les organismes d'appui admi- nistratif de l'UFSC, en y s'identiFiant la presence de Fac teurs psycho-sociaux.

(8)

concluions de cette étude basée dans la correlation entre

le théorique et la Dratique. en s'effectuônt quelquer sug- gestions pour l'UFSC et pour des études postérieuree.

(9)

SUMÁRIO

INTRQDUÇAQ . . . . . . . . . . . . . . . .. I 1.1. RELEVANCIA Dn ESTUDO . . . .. 4 1.2. OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 8 1.3. METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. IU FUNDAMENTAÇAQ TEÔRICA . . . . . . . . .. 13

2.1. A CONCEPÇÃO SOCIALƒADMINISTRATIVA DO HOMEM .. 15

2.2. O CUIDADO CDM AS RELAÇÕES SUPERIDR*SLBM¶fiNAU]. 18

2.3. A ENFASE NA EFICIÊNCIA E NA EFETIVIDAOEORGANI~

ZACIUNAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 20

2.4. A NECESSIDADE DE INCENTIVOS MISTOS . . . . . . . . .. 22

2.5. A INFLUENCIA DDS GRUPOS INFDRNAIS . . . . .. 24

2.6. A BUSCA DE IDENTIDADE DE INTERESSES INDIVIDUD-

ORGANIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 26

.o

2.7. A PREUCUPAÇÃU CUM AS QUESTÕES DA CHEFIA E DA

LIDERANÇA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 29

2.8. O CONTROLE ADMINISTRATIVO COWJINSTRUMENTO FLE-

(10)

3.1, A CONCEPÇÃO SOCIAL~ADMINISTRATIVA DO HOMEM NA

UFSC . . . . . . . . . . ..

3.2. D RELACIONAMENTO SUPERIDRÂHBDWXNAUJNA

WÊC

..

3.3. A QUESTÃO DA EFICIENCIA E DA EFETIVIDADE NA

Ufisc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

3.4. A NECESSIDADE DE INCENTIVOS NISTOS NA UFSC ..

3.5. A INFLUENCIA DDS GRUPOS INFORNAIS NA UFSC ...

3.6. A BUSCA DE IDENTIDADE DE INTERESSES INDIVIDUO- UFSC . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

3.7. AS QUESTÕES DA CHEFIA E DA LIDERANÇA NAUFSC .

3.8. O CONTROLE ADMINISTRATIVO NA UFSC . . . . . . ..

CoNcLusoEs . . . . . . . . ..

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - . . . . . . . . . ..

Awêxos . . . . . . . . . . . . ... . . . . ..

ANEXQ5 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ._

(11)
(12)

E comum, na sociedade moderna, considerar ou utili

zar as organizações como instrumento importante no desenvol vimento de suas instituições política, social, econômica e cultural. Assim. a sociedade contemporânea tem sido carac~

terizada como uma sociedade organizacional e sua população

como homens de organização. Com efeito, um dos aspectos que

a distingue historicamente de outras é a predominancia, ca-

da vez mais acentuada, do trabalho em grupos organizados em

instituições.

A tendência organizacional da sociedade manifesta- se em todas as fases da vida do homem. A organização, nas palavras de JAMES D. MUONEY, "ë a forma de toda associação

~

humana para a realizaçao de um fim comum e sua tecnica po- de ser descrita como a de correlacionar atividades específi

~

cas ou funçoes num todo coordenado" (In: WAHRLICH, 1977, p.

21). Assim, toda associação humana que tenha um Fim comum,

deve procurar correlacionar suas atividades com as técnicas

de organização, com o propósito de fnantê-las coordenadas. Além disto, segundo salienta FARIAS (1978, p. 51), "a ação

~

de organizar tem um cunho de sistematizaçao, para conseguir

. ~ 4 , -. ~

a interaçao necessaria a obtençao do objetivo ou meta do em preendimento".'

Logo, para que se possa compreender qualquer asso-

cíagao organizatíva, deve~se entender, em primeiro lugar, a

atividade e o relacionamento entre as pessoas que a inte-

gram. pois a ação de organizar sistematiza o ligamento de

atividades, pessoas, materiais,poderes e responsabilidades. De acordo com o exposto. caberiam as quoâtõggq

(13)

O que.ëcnganizaçëo? O que é teoria das organizações? Sabe se que para falar da teoria Faz-se necessário antes abordar a ciência, pois o fim principal da ciência é a teoria. isto é, encontrar explicações gerais para eventos naturais." O

conjunto de proposições que explica o relacionamento entre estes eventos é ohamado de teoria.

U termo organização é derivado de organismo que,

segundo o_dicionärio, significa qualquer coisa que se asse- melha a um ser vivo em sua complexidade de estrutura ou Fun

ção. Em outras palavras, e "a ação ou efeito de organizar,

A

de por em estado de funcionar; estado do que se acha

orga-~

nizado; disposiçao de alguma coisa para poder funcionar" (AULETE, Caldasl. Assim. seguindo este raciocínio, pode-se concluir que o termo organização retere-se ao estaoelecimen

to de efetivas relaçoes de autoridade entre trabalho e pes-

SOES.

Por outro lado, na sua forma mais simples,uma "teo ria pode ser nada mais do que uma pressuposiçao, uma especu

H. Q-4 fD\ |›.a. 93

lação ou Uma teoria mais complicada pode ser uma so ma de fatos que tem sido acumulados num certo assunto; uma

l

analise de um conjunto de fatos em suas relações ideais uns

com os outros, um conjunto de principios gerais ou abstra-

'U P1 ›-1.

C3O P"\ 'U '-51

`O

tos ou um geral, mais ou-menos plausível, ofereci A

do para explicar os fenomenos" ÍRUMMEL, 1972, p. 15).

Desta maneira, pode~se pensar emxflnconceito de teo

ria das organizações que melhor represente o seu verdadeiro sentido, ou seja, o sentido de sua tese. E, embora, segundo DWIGHT WALDD (In: WAHRLICH, 1977, p. xiii). "a teoria

(14)

admi-nistratíva pode não se ter ainda desenvolvido plenamente,po

A

de estar mesmo na sua ínfancía¶ não se pode afirmar que ela não possua,pe1o menos, uma certa gama de proposições que ex

pliquem a realidade dos fenomenos administrativos. Muito pe lo contrário, é grande o numero de teorias existentes neste campo do conhecimento humano.

Assim, a organizaçao é uma coletividade com limi~

tes de ação relativamente identificaveis, que possui uma or dem normativa, uma escala de autoridade, um sistema de comu

nicaçao e um sistema de recrutamento. Caracteriza ~se por

ocupar atividades que, em geral, se relacionam com uma meta ou conjunto de fins. Em síntese, uma "sociedade em miniatu

ra", como dizem os psicossociais.

Conseqdentemente, a teoria das organizaçoes busca

encontrar explicações gerais para estes eventos organizacio nais, especificamente aqueles que dizem respeito à estrutu- ra, ao pessoal, aos objetivos, aos padrões e ao relaciona ~ mento.

1.1. RELEVÂNCIA DO ESTUDO

O que consubstancia hoje a Teoria Administrativa,

originou-se em alguns movimentos desenvolvidos por pensado-

res. cientistas e executivos que, com suas idéias, empresta

ram ë administração um cunho cientifico. U primeiro destes

movimentos se iniciou com os estudos de TAYLOR. por volta

(15)

A seguir, ELTON MAYO, criticando a parcialidade das recomen dações desta escola sugeriu uma nova Forma de solucionar os problemas administrativos, dando inicio ao movimento ou ãEs

cola de Relações Humanas. A partir daí, muitos outros cien tistas também contribuíram paraa evolução da administração, deslocando seu enfoque meramente operacional para aplicação das ciencias comportamentais - especialmente a psicologia e

a sociologia -aos problemas administrativo-organizacionais.

Naturalmente. o pensamento administrativo continua evoluin- do com inumeras outras contribuições. E. embora esta evolu

ção não ocorra de um movimento para outro, mas sim de uma

maneira dinãmica, interativa e iterativa. é comum, com a fi nalidade técnico-didática, expõ-la seqüencialmente - Clássi

ca, Relações Humanas, Comportamentalista, Estruturalista e

Sistemica.

Por esta razão, o estudo da teoria administrativa constitui um fator de grande importancia na direção de qual quer atividade organizacional. E uma atividade que desper- ta no estudioso melhor peroepção da realidade administrati- va. Além disto, pode oferecer contribuições fundamentais para a compreensão do que seja administrar.

Todavia, a existência de inúmeras obras que tratam deste assunto, pode tornar árdua esta tarefa e, às vezes,

até mesmo desestimulante. A par disso, sabe -se que existe

um interesse muito maior pelo estudo e desenvolvimento de

técnicas de organização, do que pela pesquisa de seus funda mentos teóricos. A este respeito, WAHRLICH (1977, p. 4] ob servavque:

(16)

"o numero de pessoas atraídas para a pes quisa da teoria das organízaçoes ë muito pequeno. E, um dos motivos ë que se ob- tem mais pronto resultado pondo-seenxexe cuçao as tecnicas de organizaçao do que

estudando-se sua teoria".

Desta forma, pode-se afirmarqLm o conhecimento da teoria das organizações é matéria indispensável para aumen- tar a bagagem intelectual de todas as pessoas, principalmen

te de executivos, estudantes e professores de cursos de ad-

ministração. E, por esta razao, é acentuadamente oportuno

qualquer trabalho cientifico que procure compatibilizar a

teoria com a prática organizacional.

Contudo, seria por demais extenso estudar-se a pra tícidade da

gens, mesmo

risticas de

teoria administrativa em todas as suas aborda- considerando-se. apenas, determinadas caracte- cada uma delas. Verificar-se-ia que, ainda no-

je, predominam na praxis administrativo-organizacional das instituições, idéias,

tas abordagens. Assim social [movimento das

tal, por tratar-se de

conceitos e modelos propostos por es- sendo, optou~se pela corrente psicos- Relações Humanas e Comportamentalis~

uma corrente do pensamento administra tivo preocupada com as reações, frustrações, realizações e relações do homem dentro da organização, e, além disso, por constituir uma unidade Fundamental para a análise da teoria

das organizações.

_ Entretanto, como a teoria sem a pratica constitui uma especulação improficua, buscou-se juntar a uma pesquisa

(17)

camente a corrente psicossocial), uma investigaçao empírica

que analisasse na prática, no contextocm uma organbmçao con

creta, a presença ou não dos postulados teóricos. Em ou-

tras palavras. julgou-se necessário analisar a incidencia

dos aspectos relevantes da teoria numa estrutura administra tiva, para uma maior ilustração do tema.

Para tanto, escolheu-se como campo experimental, a

estrutura administrativa da Universidade Federal de Santa Catarina, por seu pioneirismo e reconhecida experiência no campo da administração universitária, especialmente no que

se refere ä prática administrativo~organizacional.

Assim, o aspecto mais relevante deste estudo encon tra-se justamente na pesquisa empírica desenvolvida, pois

nas palavras de RENSIS LIKERT (1975, p. 10), "a aceítaçao costumeira e antiga de uma coisa nao a torna verdadeira". Além disso, segundo afirma WHITE (In: WAHRLICH, op. cit.

p. 33,'

"a busca de regras de ação ampla,

vali-~

das em qualquer situaçao, ë uma necessi-

dade primacial para o desenvolvimento da

~

administraçao publica ou privada".

Como resultado, espera-se, em primeiro lugar, que

os dados aqui analisados possibilitem a executivos da área

1

universitária, subsídios que sirvam como elemento de análi-

se para o desenvolvimento de estratégias de mudanças organi

zacionais e, além disso, forneçam a professores,alunos,pro fissionais e outros estudiosos de área, contribuições para

(18)

traçao universitária, segundo o enfoque psicossocial. Por conseguinte, espera-se, tambem, queos resultados possam ser vir para compreensão e análise dos demais tipos de organiza

ções existentes, universitárias ou nao.

Por outro lado, como estudante de uma universidade

que tem como uma de suas metas melhorar o desempenho de seus recursos humanos, o autor do presente trabalho não poderia

deixar de lado a oportunidade de efetuar um estudo que le~ vasse em consideração o elemento humano na organização.

Pelas razões acima enumeradas, constata-se a reles vancia do estudo aqui desenvolvido, considerando, principal mente, sua contribuição a pesquisa experimental no campo da teoria administrativa.

1.2. OBJETIVOS

U Estado de Santa Catarina. pela dedicaçao e ester ço de seu povo, conseguiu que o então Presidente da Repu~ blica Juscelino Kubitschek de Oliveira, no dia 18 de dezem-

bro de 196U, sancionasse a Lei n° 3.849, criando a Universi

dade Federal de Santa Catarina,comsede emsua Capital - Flo-

rianõpolis.

4

O desejo de evoluir e competir com as demais unida des de ensino superior existentes no país Fez com que a UFSC procurasse, a cada dia, aperfeiçoar seu campo de conhe cimento científico e administrativo,eFetuando convenios com outras universidades nacionais e estrangeiras, intercambian

(19)

do técnicas, numa tentativa de promover o aperfeiçoamento de seus recursos humanos e, conseqüentemente. de sua pró- pria administração.

Assim, a UFSC detém hoje, no panorama científico

nacional, um lugar inquestionável de destaque. Da mesma forma, pode-se salientar o pioneirismo e acentuada experiên

cia desta Instituição no campo administrativo. Daí porque o seu Programa de Pos Graduacao em Administraçao. desenvol- ver um Curso de Mestrado em Administração Universitária.

Por esta razao,o estudo aqui desenvolvido pode ser vir como modelo para outras instituiçoes universitárias.

Portanto, em termos gerais 1 o presente trabalho vi

sa analisar a prática administrativo-organizacional da Uni- versidade Federal de Santa Catarina I à luz das idéias ou ca racterísticas psicossociais da teoria administrativa.

Assim sendo, os objetivos deste estudo, em termos

específicos, sao os seguintes:

a) estudar a abordagem da teoria administrativa,

que consubstancia a corrente psicossocial,e sin |-4. Q: fU\ ,-4. Ú-3 U)

tetizar suas principais ou caracteristi-

cas;

b) investigar os aspectos humanistas da pratica ad

ministrativo-organizacional da UFSC;

c) correlacionar a teoria humanista da organização (tratada no item a), com a prãtica desenvolvida

_ ,.. ~

nos orgaos de apoio administrativo da Universi- dade; e

d) apresentar as conclusoes deste trabalho, basean do-se no item c, e, se possivel, fazer algumas sugestoes.

(20)

Para desenvolver o trabalho proposto foi utilizada a metodologia que se apresenta a seguir.

1.3. METODOLOGIA

D presente estudo utilizou um "design" descritivo. D método de abordagem Foi o estudo de caso. A população des

te trabalho é composta pelos órgãos de apoio administrativo da Universidade Federal de Santa Catarina, que tem a seguin te estrutura:

Il Departamento do Pessoal

al Divisão de Seleção e Aperfeiçoamento

bl Divisão de Legislação e Controle de Cargos e

Empregos

II) Departamento de Contabilidade e Finanças al Divisão de Contabilidade

bl Divisão de Administração Financeira

III] Departamento de Serviços Gerais

al Divisão de Material

a') Seção de Compras

bl Divisão do Patrimonio

cl Divisão de Serviços Auxiliares ~

IV] Departamento de Administraçao Escolar

al Divisão de Programação Escolar

bl Divisão de Registro Escolar

(21)

V) Prefeitura do Campus Universitário

VI) Departamento de Assuntos Culturais

al Divisão de Extensão Cultural

VII] Departamento de Assuntos Estudantis

al Divisão de Assistencia e Orientação

D] Divisão de Atividades Estudantis

VIII) Biblioteca Universitária (1)

IX] Nucleo de Processamento de Dados (2)

X) imprensa Universitária (3)

_ Toda a população foi pesquisada, tratando-se, por-

tanto, de uma pesquisa de dados censitários.

_

A coleta de dados Foi realizada em uma só etapa, utilizando-se uma entrevista planejada [anexo II), efetuada pelo próprio autor, contendo questões gerais e específicas de interesse exclusivo desta pesquisa.

A análise dos dados foi executada em duas etapas. Na primeira, procedeu-se à análise de conteudo. Na segun-

da. processou-se uma análise em termos de porcentagem, para

uma melhor visao em termos de quantidade. O objetivo prin-

cipal deste trabalho Foi examinar, à luz da literatura exis tente, a evolução histórica das teorias organizacionais e

ú

(1) Õrgao suplementar da administração da UFSC. Outros õr-

gaos suplementares deixaram de compor a pesquisa por

fugirem ao proposito deste trabalho. (2) Idem.

(22)

dela extrair as principais características da corrente psi-

cossocial e buscar, na prática administrativa da Universida

de Federal de Santa Catarina, a existência destes fatores. Antes da realização da entrevista planejada, reali zou-se um estudo piloto, utilizando-se professores e alunos

do curso de pós-graduação em administração da UFSC, vincula dos tanto à área especí?ica da pesquisa (teoria administra- tiva), como» vinculados a própria universidade pesquisada,

efetuando-se algumas entrevistas para testar o modelo. No

segundo momento incorporou-se algumas questões adicionais

aos instrumentos já elaborados.

Observa-se que a estratégia aqui utilizada objeti-

va, por um lado, sistematizar os conceitos e idéias da cor-

rente psicossocial e os dados da pesquisa e, porcmmro, apra sentar e propor algumas mudanças organizacionais, baseadas

nos princípios e idéias dos psicossociais da corrente admi-

nistrativa.

(23)

2.

(24)

O conhecimento administrativo nao estacionou nos

clássicos, evoluiu como conhecimento científico que é. Es tudos Foram desenvolvidos no intuito de investigar a in-

Fluência da organização Formal sobre a produtividade empre sarial. Constatou-se, porém, que importantes variáveis acer oa do comportamento humano não foram observadas pelos clás

sicos.

Assim, surgiu no início da década de 30 um movi- mento de cunho oomportamentalista que se desenvolveu. se-

gundo FARIAS (l978, p. 25-8), em duas etapas:

"a primeira concentrou-se no estudo do comportamento e da atitude do supervi

sor em suas relaçoes com a satisfaçao

no trabalho, por parte do empregado, e no comportamento dos grupos de trabalho, em seus aspectos de atividades infor-

, z

mais, com variaveis de produtividade. A segunda, dedicou-se ao estudo da motiva

çao, com base na anälise das necessida-

des individuais e de sua capacidade pa-

. ~ ^ _

ra atrair a cooperaçao espontanea dosin

dividuos em prol dos objetivos da orga-

nização". _

Contudo, considera-se as organizações como sendo impulsionadoras do desenvolvimento social, e, como tal,com postas de pessoas. constituindo assim. uma "unidade funda-

mental para a analise da teoria da organização" ÉKAST & RU

ZENZWEIG. 1976, p. 2351.

Este movimento, fundamentado em conceitos da psi- oologia e sociologia, traz novas contribuições a teoria ad

(25)

ministrativa e advoga significativas modificações nos con- ceitos e princípios adotados pelos clássicos. Enfocam,

prioritariamente, os fatores psicossociais da organização, buscando melhor conhecer o homem I a Fim de integrá~lono am

ciente de trabalho.

Desta forma, dentre as principais características

ou idéias dessa corrente do pensamento administrativo, das tacam-se as seguintes:

~

a) a concepçao social~adminístrativa do homem; b) o cuidado com as relaçoes superior-subordinado;

c) a ênfase na eficiência e na efetividade organi zacional;

d) a necessidade de incentivos mistos (4);

e) a influência dos grupos informais;

f) a busca de identidade de interesses individuo-

organização;

~ ~

g) a preocupaçao com as questoes de chefia e de liderança; e,

h) 0 controle administrativo comoinstrumento fle

ã 1

xlvel e adaptativo.

A seguir, cada uma destas caracteristicas serão analisadas, sucintamente, a luz da literatura adminístrati va existente a respeito.

»

2.1. A CONCEPÇÃO SOCIAL-ADMINISTRATIVA DO HOMEM

A concepção da natureza-humana que se assenta no

(26)

edificio teórico do movimento da administração cientifica, considera o homem como "um ser eminentemente racional e

~ ~

que ao tomar uma decisao conhece todos os cursos de acao

disponíveis, bem como as consequencias da opçao por qual- quer um deles" (MUTTA, 1974, p. 5). Desta maneira os re-

sultados são maximinizados pela escolha da melhor alterna- tiva de ação. Além disso,os teóricos daadministraçao cien

tifica desenvolveram uma tese acerca da motivacao do traba lhador. que se fundamenta no conceito de Homo Economicus,

advogando que uma vez selecionado cientificamente, ensina- do o melhor método de trabalho e condicionando a remunera-

ção do trabalhador e sua eficiencia, este passaria a produ

zir o mãximo de acordo com sua capacidade fisica. Logo.

visto por este prisma, o valor do homem pode ser considera

do como meramente econômico.

Contudo, as pesquisas de Hawthorne, constataram

que o homem necessitava, antes de tudo, ajustar-se ã orga-

nização para melhor desempenhar seu trabalho. Assim, emer

giu um novo movimento denominado de relações humanas, que

reagiu ã abordagem clássica proposta anteriormente, dando ênfase a elementos emocionais do homem, no intuito de me- lhor conhecer o seu comportamento, e objetivando integrã-

lo na organização. '

Dai surgiu o conceito de Homo-social que, segundo MOTTA (1974, p. 19), pode ser sintetizado da seguinte ma- neira:

"a) o homem à apresentado como\unser cu

N

(27)

redu-zido a esquemas simples e mecanicis

tas;

b) o homem ë, a um so tempo, condicio- nado pelo sistema social e pelas de mandas de ordens biologicas;

c) em que pesem as diferenças indivi duais, todo homem possui necessida- des de segurança, afeto, aprovaçao social, prestígio e auto- realiza-

) rw

çao".

Todavia, este movimento evoluiu e, a partir da de cada de 50, novos conceitos foram introduzidos no pensa-

mento administrativo com base em variáveis que passaram a

enfocar, prioritariamente, o comportamento humano na orga- nização. Esta nova visão "rejeita o modelo simplista. do Homo-Economicus ... não adota a posiçao limitada da Escola

de Relaçoes Humanas, que apenas introduz o elemento huma-

no, dotado de sentimentos e motivos, mas vai alëm, dando

especial atençao E propriedade humana da adaptabilidade" (MOTTA, 1974, p. 331.

Surge assim, o conceito de Homem Administrativo,

afirmando que os homens se comportam racionalmente apenas com relação a um conjunto de dados de determinada situa-

ÇBO.

Assim sendo, considerando enx conjunto o conceito social e o conceito administrativo do homem, respectivamen

te da corrente de relações humanas e do seu estágio mais avançado, pode-se definir a concepção social -administra tiva do homem, como apresentando as seguintes

(28)

caracte-f n

risticas

homem motivado para o exercício das atividades

organizacionais, por incentivos materiais e so ciaís;

homem influenciado para a tomada de decisoes, simples ou complexas, tendo em vista a necessi

dade da organização;

homem consciente que as decisoes tomadas (ou a

serem tomadas) afetam de maneira positiva‹n1ne gativa o comportamento dos grupos (ou pessoas)

que integram a organização, dentro ou fora de-

la;

homem consciente de que outros homens ou (gru-

pos) podem influenciar de maneira direta ou in

direta no comportamento das decisoes, quer da

chefia, quer dos grupos existentes na organiza

95°; G,

homem disposto a estimulare participar das ati

vidades dos grupos existentes na organização. Portanto, para os psicossociais, a concepção so-

cial-administrativo do homem é representada pelo homem mo- tivado para o trabalho; disposto a tomar decisões e a assu mir responsabilidades; consciente da influencia que sofre

sob a decisão dos demais integrantes da organizaçëoze, dis posto a participar das atividades grupais.

o

2.2. 0 CUlDADO COM AS RELAÇÕES SUPERIOR-SUBORDINADO

Nos primórdios da produçao industrial, as rela- çoes entre superior-subordinado davam~se em termos do

(29)

se-nhor que manda e do servo que obedece. ParaREIS (1978, p.

81), "o relacionamento ocorria pelo poder da força ou pela

sintomãtica aplicação das leis rígidas". Na Escola de Ad-

ministração Científica o papel do supervisor (ou chefe) ba seava-se no controle, isto é, "ver se os trabalhadores en- tendiam e aplicavam as instruções que lhes eram atribuídas pela administraçao" (TAYLOR. 1978, p. 1131.

Contudo, a influência dos psicólogos e sociólogos

no campo da administracao trouxe uma melhor visão do com- portamento humano nas organizações, enfocando a necessida- de de um interrelacionamento mais efetivo e ao mesmo tempo

maleável, incluindo-se o cuidado com o relacionamento supe

rior-subordinado. Segundo MCGREGUR (1950, p. 49),

~ ~ ,

"a funçao do dirigente de empresa nao e

singular ou invariavel, mas sim, um com plexo de diferentes funçoes. O grau de

~

maleabilidade nas funçoes dos dirigen-

tes que seria mais indicado para exer-

cer influëncia no comportamento ë limi-

~ 4 z 4

tado nao so pelas atitudes e ideias teo

4

ricas do proprio dirigente mas,de igual modo, pela expectativa dos subordina-

dos". '

Assim, é evidente que as relações superior-subor- dinado moditiquemfse devendo, portanto, tornarem-se maleá- veis de acordo com as mudanças de atitudes, pois estas ba- seiam-se no condicionamento social e é comum entre os su-

bordinados e seus superiores. Alem disso, "ämedida que se

(30)

chega ao limite fisico de seu tempo e energia, e estende

ao mãximo sua capacidade mental e adaptatívidade pessoal. Estas sao razoes poderosas que o impossibilitem de

dispen-~

sar atençao adequada a um numero crescente de subordinados

imediatos" (NEWMAN, 1976, p. 2391.

Diferentes objetivos tem~se alcançado pelo poder diretivo da comunicação interpessoal e pelo interesse efe- tivo demonstrado pelos administradores em solucionar os an

....› _

seios de seus funcionários, por mais rudimentares que pos-

sam parecer. E, portanto. sabe~se que, hoje, a manutenção

de boas relações com as pessoas é uma atividade importante

na organização, que deve ser preservada e cultivada.

Concluindo, pode-se afirmar que com o aparecimen- to dos psicossociais no campo da administração, verificou- se a necessidade de uma melhor visao do comportamento huma no nas organizações. Eles enfocaram a carenciade umarmior

relacionamento superior-subordinado, ao afirmar quecahomem é influenciado por atitudes e idéias dos dirigentes e que estes levam em consideração as expectativas de seus smmrdi nados, provocando um livre transito de comunicação entre superior-subordinado e subordinado-superior. Constatando~ se assim, uma preocupação com a manutenção de boas rela- ções entre as pessoas, especialmente entre superior-subor- dinado para que haja uma confiabilidade mútua entre todos os participantes.da organização..

2.3. A ENFASE NA EF|c|ENcxA E NA EFET¡v|DAnE oRsAN|zA-

c:oNAL '

D termo eficiência, embora tenha adquirido vários

(31)

21 sentidos, para a administração pode ser considerado,em ter

mos dos psicossociais, como sendo a relação ente o que 5

conseguido e o que pode ser conseguido.

A Administraçao Científica preocupou-se em buscar

constantemente uma maior eficiencia para a solução dos pro blemas de produção empresarial enfrentados pelos adminis- tradores. Para FAYUL, a eficiência estaria na aplicação

dos seus princípios gerais de admínístraçao, com a finali~

dade de maximizar os resultados a serem obtidos no proces-

so administrativo. Para TAYLOR, a eficiencia estaria na

descoberta da maneira certa de realizar uma determinada ta

1efa‹m1ae×ecução de uma atividade, maximizando os resulta- dos.

Contudo, confunde-se, com freqüencia, eficiencia

com efetividade. Mas, na realidade, eficiência diz respei

to a maneira ou à técnica com que o serviço é executado, enquanto a efetividade se relaciona com os resultados al-

cançados pela execuçëo desses serviços. Entretanto, quan- do um objetivo chega a ser conseguido, diz-se que a ação

é efetiva, mas quando conseqüências nao desejáveis sëomais importantes que o fim procurado, a ação é efetiva, porém, ineficiente. Por outro lado, se as conseqüencias nao espe radas são triviais ou sem importancia, a ação é eficiente. Além disso, se o objetivo não é atingido, mas se as conse qüências não desejáveis satisfazem desejos ou motivos, que

não são a causa da ação, a ação é eficiente, mas não efeti va. Desta maneira, pode-se concluir, nas palavras de

(32)

BAR-NARD t1971. p. 501, quez

"uma acao ë efetiva se ela cumpre seu ob

jetivo específico ... ë eficiente se sa

tisfaz os motivos dessa meta, seja ela efetiva ou nao, e se

oprocessonão

cria insatisfaçoes equivalentes ... ë inefi- ciente se os motívos nao são satisfei-

tos, ou se as ínsatisfaçoes equivalen-

tes aparecem, mesmo que ela seja efeti-

va".

Portanto, pode-se dizer que os psicossociais enfa tizam a efetividade de uma ação, levando em consideração seus aspectos comportamentais. Além disso, pode -se dizer que uma ação é eficiente se os motivos são satisfeitos, ou se não aparecem insatisfações equivalentes, mesmo que ela

não seja efetiva. Em síntese, ela é eficiente se satisfaz os motivos dessa meta, seja ela efetiva ou näo, e se o pro cesso não cria insatisfações equivalentes.

2.4. A NECESSIDADE DE INCENTIVOS MISTOS

A Administração Científica procurou motivaros tra

balhadores através da adoção de incentivosmonetarios,pois de acordo com TAYtUR (1970, p. 30l, "E preciso dar ao tra- balhador o que ele mais deseja - altos salarios". Enfati-

zava, assim, que se os operários aumentassem seus ganhos fi

nanceíros, resolveriam as demais necessidades, isto é, ou- tras necessidades poderiam ser adquiridas pela compra. Mas.

(33)

econõmica do homem não ajudava a explicar o comportamento humano, por estabelecer uma relaçao lógica muito elementar entre causa (condições Físicas) e eFeito ícooperaçaol. As

sim, ROETHLISBERGER e DICKSUN chamam a atenção para outras

variáveis e afirmam:

"uma organizaçao industrial ë mais do

que uma multiplicidade de úufivimxm agin

do apenas em relaçao a seus interesses

À

A z `

ø z v0 Â

economicos. Esses individuos tem tam- bëm afetos e sentimentos, uns em rela-

~ ~

çao aos outros e, em suas relaçoes diâ-

rias, tendem a estabelecer padroescm in zegração" (Inz CHI/\vENATo,1s77, p. 1541.

Além disto, BARNARD (1971, p. 441 observa que "o

› n G 1 o

individuo possui certas propriedades que se acham compreen didas na palavra pessoa. Estas sao atividades ou comporta mento decorrentes de fatores psicolõgicos, aos quais E so-

mado o limitado poder de escolher, que resulta em proposi-

to". Desta maneira, conclui-se que, segundo este enfoque,

as pessoas agem motivadas por suas necessidadesde viver em sistemas cooperativos como participantes e, não apenas,por

incentivos pecuniârios.

Contudo, o problema dos incentivos monetários é "fundamental nas organizaçoes formais ... incentivos ina-

~ o

` ~

~

dequados significam a dissoluçao da organizaçao ou mudança

no seu proposito" ICULOSSI, 1978, p. 87). Portanto, para o trabalhador, O salário ou remuneração constitui o incen- tivo pessoal mais destacado que a organização tema lhe ofe recer. Embora, além deste, ele possa dar valor também a

(34)

status ou ao prestígio que sua posiçäolhe proporcione, bem como pode dar grande valor às relações com o grupo ao qual pertence. A afirmação de MARCH e SIMON (1972, p. 841, com plementa o raciocínio desenvolvido até aqui, quando assim se expressa:

~ 4 ~

"a motívaçao para produzir e uma funçao

da natureza do conjunto de alternativas

1 evocadas, das conseqüências percebidas das alternativas evocadas e, ainda, dos objetivos individuais".

Portanto, para os psicossociais, os membroscm uma organização são pessoas que necessitam, além de incentivos

materiais, de outros que lhes possam proporcionar status e

prestígio de acordo com sua posiçao na organização, para

que se sintam motivados para o desenvolvimento de suas ati

vidades no local de trabalho. Por conseguinte, os partici pantes de uma determinada organização necessitam de incen- tivos mistos.

2.5. A INFLUENCIA DOS GRUPOS INFORMAIS

A Administraçao Cientifica desconneceu o ser numa

no como elemento social, ignorando, desta Forma, os grupos primários. A Escola de Relações Humanas, ao contrário, da va ênfase a estes grupos. Para ela, a organização infor-

mal á de vital importância para a administração.

O conceito de grupo informal foi utilizadopeltaãs cola de Relações Humanas para definir os pequenos grupos

(35)

que emergem dentro da organização quando as interações in- formais entre um determinado número de indivíduos começam a intensificar-se e a tomar corpo. MOTTA (1974, p. 19] de

fine a organização informal como sendo:

"um conjunto de individuos

suficiente-

mente pequeno, de forma que possam comu nicar~se entre si direta e freqflentemen

te".

1

De acordo com este conceito, as pessoas entram em contato permanente com outras pessoas, podendo agirlmms so bre as outras, mesmo quando a interaçao não faz parte da

organização formal, nem seja por ela dirigida. Além dis-

so "o contato pode ser acidental ou incidental em relaçao

äs atividades organizadas" tsARNARD, 1s71, p. 1291. A prifl cipal caracteristica deste tipo de organização é que as in

terações ocorrem e se repetem sem nenhum propósito especi- fico consciente de conjunto. Assim, as pesquisas pertinen

tes mostraram a sua importancia para o estudo das organiza

ções.

Segundo BARNARD (1971, p. 130), "a organizaçao in formal apresenta duas caracteristicas de suma importancia:

estabelece certas atitudes, entendimentos, costumes, habi-

tos, instituíçoes e cria a condição sob a qual pode nascer

f

,.. '

II

a organizaçao formal . Logo, conclui-se que a organização

informal pode provocar o aparecimento da organização for-

mal e que aquela não pode persistir ou tornar~se extensiva sem oaparecimento desta.

(36)

os administradores das organizações formais, tanto no seu

Comportamento, hábitos e costumes. como na maneira de to- mar decisões. pode-se deduzir que os objetivos e padrões

organizacionais podem ser modificados, tanto pelo comporta mento de administradores como por influência de grupos in-

formais.

Portanto, para os psicossociais, a organização in formal pode agir positiva ou negativamente na organização formal, dependendo da ação das pessoas, isto é, pode in- fluenciar, significativamente, nos seus dirigentes e, por- tanto. na propria organização Formal.

2.6. A BUSCA DE IDENTIDADE DE INTERESSES IND|VfDUO-0R-

GANIZAÇÃO

As pesquisas de Hawthorne trouxeram nova dimensão

aos objetivos organizacionais que,segundoTannenbaum[l975, A

p. 571, "pos em evidencia a identidade de interesses de to

das as pessoas". Por esta razão, os críticos sociais con- temporãneos preocupam-se, cada vez mais, com o relaciona-

'.I

,›'

mento entre o homem e a organização.

"O termo homem da organizaçao tornou-se

comum desde que WHYTE denunciou as pres

soes que visam a obter oconformismo dos

executivos de nivel mëdio. Esses execu

tivos não so trabalham para a organiza

ção, como pertencem a ela. São os Eni-

cos, dentre os de nossa classe media,

(37)

sicamente, para dedicar-se inteiramente ã vida organizacional, e sao eles que

constituem o cerebro e a alma de nossas instítuiçoes" ÍTANNENBAUN, 1978, p. 55- 55}.

Desta forma, é de fundamental importância para a organização que se procure adequar as necessidades dos in~

divíduos as demandas da organização, para que se possa evi tar as frustrações, os fracassos e os conflitos. Na reali

dade, salienta MCGREGUR (1960, p. 77-8) que:

"a organização alcançarã mais satisfato

A

- ríamente os seus objetivos economicos

se proceder de forma relevante as neces sidades e aos objetivos dos seus pro- prios membros. Evidentemente,desde que

haja um esforço comum sincero neste sen

tido, consegue-se freqüentemente chegar

~ .-

a uma soluçao de integraçao que atenda as necessidades do pessoal e da organi-

zaçao". '

Assim, pode-se afirmar que o alto grau de rotati- vidade dos empregados de uma organização vincula-se à moti vação, isto Q, do grau de satisfação que a função lhe ofe-

¡.

race. Para MARCH SIMON (1972, p. l3B~9). 0 desejo do par-

ticipante (empregado) em retirar-se da organização, está afeto aos seguintes princípios:

~

"a) quanto_maior a satisfaçao do indiví

`. ~

duo com a funçao, menor a percebida

desejabilidade de retirada;

(38)

víduo com a previsibilodade da fun-~

çao ... e a compatibilidade das exi

gëncias do serviço con1asexigëncias

de outros papëís por ele representa

dos ... mais elevado o nível de sua

satisfaçao;

c) quanto maior a compatibilidade das

, . ~ ,

praticas de supervisao com a 1nde~

pendência do emprego, menor o con-

flito entre a autoeimagem deste e os característicos da funçao;

d) quanto maior a quantidade das recom pensas oferecidas pela organização (em termos de status ou dinheiro), menor o conflito entre o corpo e a

auto-imagem do indivíduo;

e) quanto maior a participacao do indi

,. _ , ~ z , ~

viduo na tixaçao de atribulçoes, me nor o conflito entre a funçao e a auto~imagem".

Desta maneira. "as necessidades da organizaçao e

dos participantes, tendem a completar-se, isto ë, os parti

' 0

~

cipantes tendem a fazer o que 5 melhor para a organizaçao, a fim de satisfazer as suas necessidades, e a organizaçao,

~.a_

ao procurar`Éatisfazer as suas necessidades, satisfara a deles" (ETZIUNI. In: CULDSSI, 1978, p. 223).` Além disto, não basta que a organização seja reformulada. E necessá-

rio também que o individuo esteja apto a aceitar e superar os desafios da mudança. Desta maneira, segundo ARGYRIS

(1975, p. 15), "ambas as partes tem que ceder um pouquinho

(39)

2.7. A PREocuPAçÃo com As Qussrões DA cHEF1A E DA Ling RANÇA

No início da década de 20, a natureza da adminis-

traçao baseava~se, predominantemente, em princípios meca- nicistas, uma vez que se consimnava asç pessoas comollmins

trumento ou máquina que poderiam ser utilizadas por seus

chefes. Na década de 30, este conceito tomou novo rumo em decorrência. principalmente. dos resultados da pesquisa de

Hawthorne, onde Mayo e seus colaboradores mostraram que o

estudo das relações humanas era uma das tarefas mais impor tantes para a administração. Segmdoacentua LOBOS (1978,

p. 178), "na teoria das relaçoes humanas, a função do li»

~

der era facilitar a realízaçao cooperativa de objetivos pe

los seguidores, ao mesmo tempo em que dariaoportunidadepa

ra seu desenvolvimento e crescimento pessoal". Com efeito, o movimento da administração cientifica acentuava um inte- resse pela eficiência da tarefa, enquanto o movimento de relações humanas acentuava um interesse pelas relações

in-a

ter-pessoais. Como decorrência da discórdia entre as

duas correntes, Foram estimulados estudos sobre a lideran-

'.D

A '

ça nas organizações.

Us primeiros estudos desenvolvidos por cientistas

0

sociais procuravam encontrar correlacionamento entre a sis

temática administrativa utilizada pelo lider, as atitudes e grau de lealdade de seus subordinados e a produtividade da organização. No entanto, segundo declara LIKERT (1975,

(40)

"num estudo que efetuem em l937,eu acha

va que o moral e a produtividade esta- vam Íntima e definitivamente re1aciona~

dos; que quanto mais estimulante o ãni~

mo que se respirasse numa firma, maior a produtividade. Pesquisas feitas de

1937 para ca demonstraram que tal racio

cínio E extremamente simplista para o

problema".

Na realidade. muitas pesquisas foram realizadas por diversos cientistas sociais mas. até hoje. ainda não existe um consenso com relação ao moral e a produtividade. Sabe-se, apenas, que a liderança tem um papel importante no

desenvolvimento das tarefas I principalmente no que se refe

re à integração do indivíduo na organização.

Segundo PENTEADO (1973. p. 4), "a constataçao de

ser a liderança alguma coisa capaz de somente acontecer em

sociedade, levou à complementaçao de seu conceito". Assim. considera-se a liderança como sendo:

_-

"um processo de influência nas ativida~

des de um individuo ou de um grupo, nos esforços para a realizaçao de um objeti

vo em determinada situaçao. Fundamen- talmente, a liderança inclui a realiza

ção de objetivos, com pessoas e atraves destas. Portanto, um lider deve ocupar se de tarefas e relaçoes humanas" CLU~

aos, 1976, p. 1771.

à

Conclui-se, portanto, que a chefia é ocupada por

alguém investido de autoridade delegada por um superior

(41)

forma especial de poder, desta se distinguindo pelo elemen

to influencia. '

2.3. O CONTROLE ADMINISTRATIVO COMO INSTRUMENTO FLEXÍ-

VEL E ADAPTATIVO

A função controle, segundo a Escola Clássica, res

ponsabiliza-se por verificar, em determinadas fases da pro dução, se tudo (o pessoal e‹3material] corre de acordo com

os planos traçados e as normas estabelecidas. Enfatiza, também que seu objetivo fundamental é assinalar as Faltas e os erros a fim de repara-los. Observa-se, portanto, seu

caráter rigido e punitivo, sendo resultante ou legitimado pela autoridade formal.

Segundo os psicossociais I por sua natureza mecani

cista, o controle pode provocar tensões no ambiente de tra balho, pois em geral o funcionário comum tende a encarar o controle como instrumento de punição.

Assim, segundo ARGYRIS (1975, p. 72-3),

, "o controle administrativo deve partir

S I

de uma estrategia idealizada no sentido

de organizar o esforço humano rumo ao alcance de objetivos especificos ... de cresce E medida em que se sobe na ca-

deia de comando onde o indivíduo ë

ca-z ~

" paz de monobrar os requisitos da funçao

que exerce na organização".

(42)

ve ser. sobretudo. flexível. para poder executar suas.fun-

ções e principalmente proporcionar ao sistema administrati

vo uma retroalimentaçäo. Logo. o controle administrativo

pode levar a administração a mudar, até mesmo, seus oojeti

vos inicialmente propostos. total ou parcialmente.

ÀDesta maneira. conclui-se que, para os “psicosso- cía¡s“, o controle administrativo deve ser utilizado pelo dirigente como instrumento que proporcione, em primeiro lu

gar, informações e reinformações de todo o sistema, tanto

no que concerne ao pessoal, como ao material, Por outro la

do, deve servir de instrumento aliviador de tensão e con-

flito no sistema organizacional e, portanto, ter caráter flexível e adaptativo no que se refere ao planejado e ao executado.

ø

.a .P '

(43)
(44)

Na presente pesquisa Foram realizadas vintee três entrevistas planejadas, com as chefias dos órgãos de apoio

administrativo (5) da Universidade Federal de Santa Catari

na, que representam 95,83% da população total. Os dados coletados foram tratados de acordo com um plano previamen-

te traçado, isto é, cada característica foi analisada sepa radamente. Os resultados Foram organizados de acordo com o proposto na fundamentação teórica.

Procurou-se estudar a UFSC, numa tentativacm iden

tificar a presença de fatores psicossociais na sua prática administrativo~organizacional. no intuito de oferecer ele- mentos ou instrumentos de análise para~ um Futuro melhora- mento de suas atividades. Esta preocupaçäo ocorreu em vir

tude da ciência administrativa não ser uma ciência gratui-

ta, porque ela tem um alvo pragmático: buscar mn melhora- mento da processualistica administrativa, visando maior de sempenho.

Da população pesquisada, 78,26%sëo casados,l3,04%

z \› o\°

solteiros e 8 divorciados. A faixa etária entre-2Úe 40 anos atinge 69,57, podendo-se. assim, considerar que a ad-

ministraçaoufhtermediária da universidade pesquisada é re- lativamente jovem, predominando o sexo masculino, que atin ge 73,91% '

o\° Quanto ao tempo de serviço, verificou-se que 65

(5) Órgãos administrativos, para efeitodestapesquísa, são os departamentos administrativos, dívísoes, seçoes e orgãos suplementares.

(45)

da população situam-se entre 5 a 20 anos dg atividade, con tando o tempo de serviço. tanto na Universidade. como fora

dela. Assim, até a aposentadora. mesmo os mais antigos,

têm, ainda. oportunidade de promoção, uma vez que consta-

tou-se, também, que a Universidade consegue manterlflnbaixo indice de rotatividade de pessoal, pois da população pes- quisada, 50% tem mais de ll anos de atividade na organiza-

ção. Ubservou-se, ainda, que a Universidade possui um bai

xo índice de rotatividade interna de pessoal, pois a análi se revelou que o tempo de serviço do pessoal, em um só se-

tor, distribui~se da seguinte forma: 43,48% têm entre

4a

8

anos; 21,74% entre 7 a 9 anos; 17.39% entre 13 a 15 anos e

o restante 17,39% u aproximadamente 3 anos.

A análise revelou, ainda, que 95% dapopulaçäo pes quisada, pertencem a clubes e associações de classes(6) co

U)É o\° U1 o\°

mo sócios e. destes, fazem parte das diretorias. Us restantes não pertencem a nenhum tipo por não gostarem de

participar deste tipo de vida associativa. A participação em associações é mais freqüente nas sociedades que se rela

cionam diretamente com a própria universidade.

Neste estudo não se conseguiu atingir a população

total, em virtude de um dos possíveis entrevistados ter ale gado falta de tempo para responder as perguntas do plano de entrevista, por encontrar-se muito atarefado nos afaze-

(6) Associações de Classes vinculadas diretamente ã UFSC: Associação dos Volantes, Associação dos Servidores

(46)

res do órgao, bem como por estar em fase de elaboração de

dissertação de mestrado.

Nos tópicos seguintes procurar-se-ã adotar a mes- ma sistemãtica empregada na fundamentação teórica. para Fa cilitar a compreensão e a análise do presente trabalho.

3.1. A CONCEPÇÃO SOCIAL-ADMINISTRATIVADOI40MEM NA UFSC

A análise revelou que uma parte da população pes- quisada entende que a motivação é uma Forma de satisfação

que se faz sentir durante e depois da realização de uma de

terminada atividade. Para outra, a motivação é o conjunto dos elementos que podem promover a'satisfação de uma pes-

soa. Por outro lado. para unsaé motivação para o trabalho

é a propria remuneração, enquanto que para outros, além da

remuneração existem outros elementos, entre eles: relacio- namento humano e ambiente físico. Além disto, alguns afir mam que se faz necessário mostrar para os funcionários que

eles são importantes para a universidade, porque as pes-

soas sentem-se mais valorizadas quando seu trabalho é valo

.Ó'

¡

rizado, isto é, quando o produto do seu esforço é reconhe-

cido pela organização onde trabalha.

1

A análise ainda revelou que 4,35% dapopulação pes

quisada não têm nenhuma motivação; 28,09% estão pouco moti vados;"39,l3%'regularmente motivados;e 30,43% muito motiva

dos. Esta situação revela-se, freqüentemente, pelos se-

(47)

nários, o tratamento dispensado ao subordinado que não é bastante motivador, pelo distanciamento existente entre os diversos escalões e, pelo próprio tipo de atividade de- senvolvida na universidade, que se revela de caráter roti- neiro.

Para uma pequena parte da populaçao pesquisada,to

mar decisões é simplesmente procurar resolver ou promover

a solução de um determinado problema. Para uma heção maior dessa população, tomar decisões é uma capacidade gerencial de planejar. direcionando a solução do problema para uma melhor definição do rumo que se deve seguir para o atingi- mento do objetivo organizacional. Além disso, a análise mostrou, ainda, que para a maioria, assumir responsabilida de é tomar sobre si os encargos de um determinado cargo ou função que lhe foi ou é delegada. Para o restante da popu

lação. responsabilidade implica, ao mesmo tempo, em assu-

mir os riscos da tomada de decisão.

De acordo com os entrevistados, 95,65% dos chefes

dos setores de apoio administrativo estäo dispostos-a to- mar decisões, mas desde que elas sejam rotineiras e obede- çam aos regpTementos e às determinações dos superiores. Os 4,35% restantes, apresentam-se com uma indisposição pa-

ra a tomada de decisões. por acharem que não é saudável as

sumir responsabilidade, isto é, não gostam cm tomar deci-

sões por causa da responsabilidade que'se tem que assumir.

Além disto, constatou-se, ainda, que 28,09% dos subordina-

dos não estäo dispostos a tomar decisões, porque acreditam ser competência dos chefes decidir, por ser esta a sua Fun

(48)

ção. Para a maioria, 73,91% dos entrevistados, os subordi nados estão dispostos a tomar decisões do tipo rotineira,

consultando os seus chefes quando o assuntocmlproblema sai da rotina. Afirmam, ainda, que os subordinados são leva-

dos a consultar por falta de conhecimento técnico da ativi

dade que se desenvolve no setor de trabalho.

\. (D |-' â OJ O

o\°

Para os entrevistados dos chefes dos ór-

gãos de apoio da universidade estao dispostos aassumir res

ponsabilidades, porque quando se gosta de um determinado tipo de atividade. tende~se a assumir os seus riscos. Des

tes, uma pequena fração procura manter-se em um processo

de rotina, saindo dela apenas quando da ausencia do chefe imediato, por sentir-se responsável pelo desenvolvimento

ú \I o\°

das atividades do setor. Ds 8 restantes, não estäo dis

postos a assumir responsabilidades, porque consideram que

as decisões são de cunho individual e não se pode assumir uma ação ou tomar uma atitude sozinho, deve-se procurar di vidir com outras pessoas, pois, segundo eles, é mais apro- priado que as decisões sejam tomadas em grupo. '

Por outro lado. para uma parte dos entrevistados, 28,09%, os subordinados não gostam de assumir responsabili dades por medo, deixando esta função para a chefia. Outros

alegam que não se pode assumir uma incumbência quando não

há uma contrapartida iinanceira por ela. Os 73,91% restan

tes acreditam existir uma consciência quanto a assumir res

1

_- .

ponsabilidade. mas ela só é assumida quando atribuída pela

autoridade superior.

(49)

entrevistados foram unanimes em afirmar que todas as deci- sões tomadas nos setores são muito importantes para a uni- versidade porque, se não forem tomadas, as atividades ge-

rais serão prejudicadas. Além disto, quandoperguntados eo

bre a importância das responsabilidades que assumem, tam-

bém foram unânimes em responder que são muito importantes, tanto para 0 setor onde atuam. como para a universidade cd

mo um todo. porque provocam melhores condições no desenvoi

vimento das atividades organizacionais.

Quanto ë importância das responsabilidades assumi das pelos subordinados, constatou-se que 25% acham que têm pouca importância, 5 o\° acham que não têm nenhuma importan-

cia e 70% acham que é bastante importante, tanto para o se tor como para a universidade. Alega-se, no entanto. que existe sempre uma ligação geral, isto é, qualquer ativida- de desenvolvida ou decisão tomada no setor. movimenta todo o sistema.

Pela análise, pode-se constatar, ainda, que 30% dos entrevistados acreditam que as responsabilidades assu-

LIT o\°

midas pelos subordinados têm pouca importancia, acham

CD o\°

que não temynenhuma importância e acreditam que são mui

to imporantes, tanto para o setor especificamente, como para a universidade. Além disso, alguns aindaafirmam que dando-se importância às decisões do pessoal subordinado, faz-se com que esse pessoal se sinta util. Outros alegam que tanto as decisões dos subordinados como as dos chefes

são importantes para a universidade.

Com relação a influência de terceiros nas

(50)

U1 C)

sões, a análise revelou que % dos chefes da universidade

não gostam de receber influências nas suas decisões. prefg rindo decidir sem participação de terceiros, muito embora, estas decisões se fundamentam, basicamente, em instrumen-

tos previamente elaborados (portarias, regimentos, estatu-

tos, planose programas). Para os demais, a influência de

terceiro é benéfica, porque, segundo eles, numa organiza~

ção não se trabalha sozinho e as opiniões,informações e so licitações das pessoas, querde subordinados, superiores ou outros elementos alheios à organização, devem ser sempre

pesadas e medidas. Por outro lado, entre aqueles que não

gostam e nem aceitam ser influenciados no processo decisõ~

rio, encontram-se metade jovem (6) e metade considerada,

nesse trabalho, acima da faixa etária jovem. Além disso, aqueles que dizem receber influências, afirmam analisar as

f

conseqöencias, procurando sempre ver e defender a causa da

universidade, sem se importar muito com os elemmtos ahmios a organização.

Quanto às decisões dos superiores, constatou - se

existir pouquíssimo participação dos subordinados e quando isto ocorreT*restringe~se unicamente ao setor de trabalho

dos subordinados, isolando~se das decisões os assuntos que

dizem respefto aos demais setores que compõem os órgãos.

Ubservou-se, ainda. que 65,22% dos chefes prefe- rem o trabalho em grupo e, para alguns destes, nos dias

à~ .

(6) Consíderou~se como população jovem, aquela que se en-

(51)

atuais não se pode trabalhar sozinho. por não existir con- dições, devido às técnicas ou métodos de trabalho existen-

tes, e porque o esforço grupal sempre prevalece sobre o ea

forço individual, tanto pela maior quantidadede idéias sur gidas. quanto pela maior integração que ocorre no ambiente

de trabalho. Com relação aos 34,78% restantes, as opiniões divergem: alguns afirmam preferir trabalhar sozinhos, por- que isto Faz parte do próprio temperamento, outros porque o trabalho individual Faz com que se possa pensar e agir melhor do que quando se trabalha em grupo.

Por outro lado. verificou-se que para a maioria

dos entrevistados, os subordinados gostariam de trabalhar em grupo pelos seguintes motivos:

a) por proporcionar uma maior gama‹k:ínformaçoes;

b) por proporcionar uma melhor interaçao;

c) por provocar um maior e melhor relacionamento;

d) Por ser necessario que se conheça as diversas informaçoes ou experiencias existentes;

e) por proporcionar soluçoes para as dificufdades

que possam surgir conx maior facilidade e com

menor risco; e -›'

f) por fazer com que os integrantes síntam~se co-

mo elemento do sistema.

Portanto. observa-se uma presença bastante acen- tuada dos fatores psicossociais nesta caracteristica, que

.'~ .

podem ser verificados no quadro I,a seguir,comprovando-se, assim, uma preocupação com o elemento humano que desempe- nha suas atividades administrativas na universidade.

(52)

Referências

Documentos relacionados

6 Usou-se como referência para os fatores contextuais, o que foi considerado no SIMAVE, nas Avaliações Contextuais, aplicadas através de questionários aos alunos do

O caso de gestão a ser estudado irá discutir sobre as possibilidades de atuação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e Educação Inclusiva (PROAE) da

Não obstante a reconhecida necessidade desses serviços, tem-se observado graves falhas na gestão dos contratos de fornecimento de mão de obra terceirizada, bem

Nessa perspectiva, o objetivo geral deste trabalho é o de analisar a proposta curricular do Curso de Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Pública, oferecido

intitulado “O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas” (BRASIL, 2007d), o PDE tem a intenção de “ser mais do que a tradução..

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação

Dessa forma, diante das questões apontadas no segundo capítulo, com os entraves enfrentados pela Gerência de Pós-compra da UFJF, como a falta de aplicação de

Muito embora, no que diz respeito à visão global da evasão do sistema de ensino superior, o reingresso dos evadidos do BACH em graduações, dentro e fora da