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A competência do enfermeiro especialista em enfermagem em pessoa em situação crítica como membro dinamizador na unidade cuidados intensivos

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4º Mestrad o de E nf ermag em em Gestão de Un id ades de Sa ú de Re latór io/Estág io

Mestre em Enf ermag em

Orientad or: Prof esso r Rau l Cord eir o

A COMPETÊNCIA DO ENFERMEIRO

ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM EM PESSOA

SITUAÇÃO CRÍTICA COMO MEMBRO

DINAMIZADOR NA UNIDADE CUIDADOS

INTENSIVOS

T elma Sof ia Ch in arr o Dias

Abril

2016

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Escola Superior de Saúde de Portalegre – Instituto Politécnico de Portalegre

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Instituto Politécnico de Portalegre

Escola Superior de Saúde de Portalegre

4º Mestrad o de E nf ermag em em Gestão de Un id ades de Sa ú de Re latór io/Estág io

Mestre em E nf ermagem

Orientad or: Prof esso r Rau l Cord eir o

A COMPETÊNCIA DO ENFERMEIRO

ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM EM PESSOA

SITUAÇÃO CRITICA COMO MEMBRO

DINAMIZADOR NA UNIDADE CUIDADOS

INTENSIVOS

T elma Sof ia Ch in arr o Dias

Abril

2016

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AGRADE CI ME NT O

Apro ve ito est e momento para ag rade cer a todos aq ueles q ue de alg uma f orma me ajudaram a ultrap as sar e ste d esaf io.

Ao Prof essor Doutor Raú l Cor de iro, meu orient ador n este traba lho, p ela sua d ispo nibilid ade.

À Enf ermeira Natér cia Caramujo, d a GCL -P PCI RA d o Ho s pita l Es p ír ito Santo É vora - E PE, pel a partilh a de s ab eres .

A toda a eq u ipa da Unidad e de Cuid ados Intens ivos Po liva lente, enf ermeiros, méd ic os e ass istente s oper ac io na is, p ela dis pon ib ilidad e, solid arie dad e e p artic ipaç ão n a con cretiza ção deste tra ba lh o. Po is sem a vo ssa co la boraç ão e ste trabalho nã o teria sentido.

Aos meus pa is p elo i nce ntivo q ue me deram para abraç ar este desaf io, mesmo saben do q ue isso iria sig n if icar alg umas ausênc ias.

Ao Ricard o Ferna nd es pela prese nça, c ompreens ão , és o meu porto de abrig o.

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“O êxito da vida não se mede pelo camin ho q ue v ocê c onqu isto u, mas sim pe las d if icu lda d es qu e s upero u no caminho. ”

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5 RES UMO

Como e leme nto pr imordia l, n os cu id ad os de saú de, o enf ermeiro é o prof issio na l, q ue po r mais tempo d ese nvo lve at ivida des ju nto do do ente, tornand o -o as sim re spons á ve l, por des e mpenhar um pa pe l f undame ntal na pre venç ão das inf eções assoc ia das ao s cuida dos de sa úde, mas também o torna pote ncialme nte ve íc ulo de transm is são das mesma s.

A hig ie nizaçã o das mãos é ide ntif icad a mund ialme nte como uma medid a bás ica, mas f und amental, no contro le d e inf eções as soc iad as ao s cu id ado s de saúd e, log o é c ons idera da como u m dos pilares d a p revençã o e do controle de inf eções nos ser viços de sa ú de.

O doente cr ítico é u m doente de alto ris co, vu l n erá ve l por e star sujeito a vár ia s técn icas in va siva s, por sua ve z o mesmo, é suscet íve l às inf eções cru zada s.

Com o intu ito de d im inu ir e/ou e limin ar essas mesmas inf eçõ es, cabe ao s enf ermeiros, a realiza ção de momentos de obser vaçã o, monitor izaç ão do s momentos de ad esã o às boas pr átic as e m resultad o do obs e rva do, para a lém do melhorame nto e m momentos de f ormação, po is a prát ic a da e nf ermag em, não se ndo est anq ue , exig e ao long o do seu perc urso, um pr ocesso c ont ínu o de apre nd izag em e a tualiza ção p ara q ue o s cuidad os sejam d e e xce lên cia.

Cabe a o Enf ermeir o Espe cialista em Enf ermag em Méd ic o -cirúrg ica, a respons ab ilidade de conc eber estratég ia s q ue visem a r eduç ão da s inf eçõe s q ue poderã o ocorrer na prestaç ão de c uid ados.

Pala vras -c ha ve: Enf ermeiro; Un id ade Cuidad os Intensivos;

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6 ABS TR ACT

Pla ying a lead ing role in he alth care, the nurse is th e prof essiona l who spend s most time with the p atie nt, thus becom ing respon sible f or a f undamental r ole th e pre vention of inf ections re lated to h e althc are, an d, on the other ha nd, a pot entia l so urce of inf ection.

Hand h yg iene is id entif ied wor ld wide as a basic but f undamenta l measure in the co ntrol of inf ection re late d to hea lthcare.

Crit ica lly ill pat ients are hig h risk patient s, vu lnera ble beca us e they are subjected to in vas ive tech niq ues. Bes ide s, the y ar e pro ne to cros se d inf ection s.

Aime d at re duc ing a nd/or e limin ating th ose inf ection s, it is up to th e nurse to watch a nd monitor g ood pr actic e, based on the re s ults a nd a lso to impro ve rout ines in train ing sess io ns. Nursing , as an e ver -e vo lving act ivit y, demands lif elong learn ing and upd ating , as a means of provid ing an hea lthcare s er vice of exc ellence.

T he nurse who spe cia lizes in medic al - surg ic a l nursing is respon sible f or devising strateg ies that a im at the re duction of inf ectio n that mig ht occu r as hea lthc are is pro vide d.

Ke ywords: Nurs e, Intens ive Care Un it; Sk ills, Inf ection Control; Han d Hyg ien e

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7 Ab re vi aturas

DGS – Direção Geral da Saúde

GCL-PP CIRA - Grup o de Coord enaç ão Loca l do Prog rama de Pre venç ão e Contro lo d e Inf eções e de Res istê nc ia ao s Antim icrob ia nos

HELI CS - Ho sp ital in Europe Link f or Inf ection Contro l throug h Sur ve illanc e HES E-E PE – Hospital Espírito Santo Évora- Entidade Pública Empresarial IACS – Infeção Associada aos Cuidados de Saúde

IH – Infeção Hospitalar IN – Infeção Nosocomial

OE – Ordem dos Enfermeiros

OMS – Organização Mundial de Sa úde

PPCI RA - Prog rama de Pre venç ão e Co ntrolo de Inf eções e de Resistênc ia aos Ant imicr ob ian os

SAB A - So luç ão A ntissé tic a de B ase A lc o ólica UCIP - Unidad e Cu id ados Inten sivos P oliva lente

VE – Vigilância Epidemiológica

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Escola Superior de Saúde de Portalegre – Instituto Politécnico de Portalegre 8 Índice f INT RODUÇÃO ... 11 1. EQUADRAMENTO TEORICO ... 14

1.1. INFE ÇÃO E M CUIDA DOS INT E NSIV OS ... 14

1.2. COMPETÊNCIAS ... 19

2. CARATERI ZAÇÃO DO CONTEXTO ... 24

2.1. CA RAT E RIZA ÇÃO DA UNIDA DE CUIDADO S INT ENSIVO S POLIVA LE NT E ... 24

2.2 CA RAT ERI ZA ÇÃO DO GRUPO DE COORDE NA ÇÃ O LOCAL DO PROGRA MA DE P REV E NÇÃO E CO NT ROLO DE INFE ÇÕES E DE RESI ST ÊNCIA AOS ANT I MICROBIA NOS ... 28

2.3. CA RAT ERI ZA ÇÃO DA POP UL AÇÃO ALVO ... 30

2.4. ANÁLISE SW OT ... 31

3. INTERVENÇÕES ... 34

3.1. OBJET IVOS DA S INT ERV ENÇÕE S ... 34

3.2. MET ODOLOGIA DAS INT E RV ENÇÕES ... 35

3.3. CO MP ET ÊNCIA S/INT ERV ENÇÕE S PLA NE ADAS ... 36

3.4. DISCUSSÃO DE RESULTADOS ... 41

3.5. CRONOGRA MA DE A CT IVIDA DE S ... 44

4. ANÁLISE REFLEXIVA DO CONTRIBUTO VALIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ... 45

CONCLUSÃO ... 50

BIBLIOGRA FIA ... 52

APÊ NDICE S ... 58

APÊ NDICE I - Plano de Formação “Precauções básicas do controlo de infeção” ... 59

APÊ NDICE II - Ação de Formação “Precauções básicas do controlo de infeção” ... 62

APÊ NDICE III – Plano de Formação “Higiene das mãos” ... 76

APÊ NDICE IV – Ação de Formação “Higiene das mãos” ... 77

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ANEX O I – Folha de presença das Ações de Formação e respetiva

A va liação ... 98 ANEX O II - Formulários de Obser vaçã o Rea lizad os no mês de f evere iro de 2016 ... 109

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10 INDÍCE DE QU ADROS

Quadro 1 - Aná lise SW OT realiza da á eq uipa mu ltid isc iplinar da UCIP d o HES E-E PE ……….……… ..…. 32 Quadro 2 - Res ult ad os da eq uip a mu ltid iscip linar da UCI P da Obser vaçã o d e

f evereir o de 2 016 …..…….………..…42

Quadro 3 - Comparação de resu ltad os d as Ade sões do s três momentos de obser va ção ...………..…...…43

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11 INTRODUÇ ÃO

No âmbit o da rea liza ção d o 4º Curso de Mestrad o em Gestão de Un ida des de Saú de, no ano le t ivo d e 2 015/20 16 d a Esc ola Super ior S aúd e

do Instituto P o lit écn ico de P ortaleg re , na unid ade curricu lar d e

Estág io/Relatório, de acordo com o plane amento do curso, pretend o descre ver todas as atividade s dese n vo lvidas n o estág io n a realizaç ão d o presente r elatório, p ara o q ual f oi so l ic itada a res pet iva a utoriza ção. T end o um carácter prático realizou -s e na UCI P e no GLC-PP CI RA do Hosp ita l Esp irito Sa nto É vor a - EP E, n o per ío d o de s etembro de 2015 a f evereir o 2016. T endo c omo n a orie ntaçã o o E xmo . Prof essor Doutor Raul Corde iro.

T endo como princ ip al obje tivo, a r ef le xão so bre o e xerc íc io prof issiona l, no q ual são enf atiza dos, os cu ida dos de enf ermag em e a melhor ia da n oss a prática, va lidaç ão d e competê ncias a dq uiridas, para a lém de ser instr umento de a va liaç ão do re f erido. T endo em conta Lo pes (19 99), objetivo dest e relatór io é a rea liza ção de uma a utocr ít ica e auto aprec ia çã o , para q ue s e f aça a análise do trabalh o des en volvid o, comparan do os resu ltado s desejad os e os o btid os e procur ar a ra zã o do des vio entre e les.

Ao e lab orar este relatór io, pret en d i d escre ver as competênc ia s

adq uir idas e a sua valida ção , tendo em vista ident if icar q uais no enf ermeiro espec ia lista em enf e rmag em em pesso a em s ituaç ão cr í t ic a como membr o din amizador do Grupo de Coord enaç ão Loca l do Prog rama de Pre ven ção e Contro lo de inf eções e de Res istên cia ao s Ant imicro bianos ( G CL-P PCI RA) n a Un ida de Cu idado s In tensivos P oliva le nte (UCI P).

O estág io aprese nta -se como uma comp onente f ormativa, es senc ia l para q ue se adq uira conhec imentos, cap ac ida des e hab ilidad e s prof ission ais. Enten de-se ass im, o estág io como um espaç o e um temp o de e xce lê ncia para o des en volvimento de compet ê ncias cog n itivas, instrumenta is, de relaç ão interpe ssoa l e cr ític o ref le xivas, mas simulta neame nte, constit ui -s e em f onte de dif iculd ades e prom otor de sentime ntos de ins e g urança e st ress nos f ormandos, (L on g arito, 200 2). É nest es q ue se interpe lam os sa beres, se q uestion a a teor ia e se promo ve uma an á lise cr ít ic o -ref le xiva sobre a pr átic a.

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12 Esc larec e ndo as p ráticas a p artir d e conce itos teór ic os apren didos, encontra ndo re spost as às q ue stões q ue emerg em da prática, são momento s de apren dizag em f undamenta is, conf orme ref ere Carva lha l (20 03), na medid a em q ue apropr ia saberes, dese n vo lve competên cias, c ontacta com a realid ade e est imu la a ca pac ida de ref le xiva. Pod emos entã o con cluir q ue a enf ermag em f undamenta a s ua at ivida d e na s imb iose entre a compo nente teórica e a prát ica , permitin do um de sen vo lvimento harmonioso e ntre o

“saber”, o “saber fazer ”, “saber ser ”, proporcionando a aquisição de

competênc ia s f unda mentais n a prát ica p rof ission a l.

A Ordem dos Enf ermeiros s alie nta q ue o enf ermeiro espe ci alista é aq uele q ue apresent a ,

“Um conhec im ento apr ofundado num dom ínio es pec ífic o de e n f e r m a g e m , t e n d o e m c o n t a a s r e s p o s t a s h u m a n a s a o s p r o c e s s o s d e v i d a e a o s p r o b le m a s d e s a ú d e , q u e d e m o n s t r a n í v e is e l e va d o s d e j u l g a m e n t o c l í n ic o e t o m a d a d e d e c is ã o , t r a d u zi d a s n u m c o n j u n t o d e c o m p e t ê n c ia s c l í n ic a s e s p e c i a li za d a s r e l a t i v a s a u m cam po de inter venç ão espec ializado.” ( O E, 2007: 17)

Ass im sendo, c onst itui -se c omo obje t ivos Gerais:

 Desenvolver competências específicas em enfermagem na área de Gestão.

 Maximizar a intervenção na prevenção e controlo da infeção perante a pes soa e m situaç ão cr ít ic a e ou f alênc ia org ânic a, f ace à comple xidad e da sit uação e à n eces si da de de r espost as em tempo útil e adeq uad as.

E os Objetivos esp e c íf icos:

 Demonstrar conhecimentos específicos na área da higiene hosp ita lar q ue lh e p ermitam ser ref eren cia para eq uip a q ue cuida da pesso a em situ ação critic a, na pre venç ão e controlo da inf e çã o;

 Estabelecer os procedimentos e circuitos requerendo na pre venç ão e c ontro lo da inf e ção f ace às vias d e transmis são;

 Fazer cumprir os procedimentos estabelecidos na prevenção e cont rolo de inf e ção;

 Monitorizar, registar e avaliar medidas de prevenção e cont rolo implementa das.

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13 Send o um dos objetivo s estratég ico do P lan o Nac io na l para a seg uranç a dos do entes 2 015 -2020, “Prevenir e controlar as infeções e as resistências aos antimicrobianos”. Este Plano, refere que cada serviço prestador de cuidado s é um sistema muito comple xo e instá ve l, q ue req uer uma f orte e permanent e cap acid ade de ada ptaçã o à multiplic ida de d e pat olog ias, de ato s e de perc ursos d iag nóstic os e tera pêut ic os, req uerendo, p or este motivo uma g estão atenta e in ovador a dos n umerosos as petos huma nos, técn icos e org anizac iona is a ss ociados à presta çã o de cu id ado s de saúde. Preten de assim ating ir uma taxa de pre valênc ia de inf eção h osp it alar de 8% , na persecu ção d esta meta uma das açõe s n este per íodo d e tempo é monitor izar das inf eções as soc iadas aos cu id ado s de saúde, e o cons u mo de antib iót ico em meio hos pit alar , bem como a res istên cia a a ntibiótic os.

A esco lh a do s lo cais de est ág io, recaiu nest a instit uiç ão como pre viamente de line ei na p la nif ica ção do meu projeto, e on de t ive a oportun id ade de de s en vo lver compet ênc ias de membro dina mizad or na UCIP e compreen der a su a articu laç ão entre o GCL-PP CIRA com os s erviço s de intern amento e a m ic robiolog ia . O controlo de inf eção

“integra-s e nos r equisitos dos pr ogram as de acr editação e c e r t if ic a ç ã o d o s h o s p it a is , s e n d o e s t a p r o b l e m á t ic a o c u p a u m a p o s iç ã o d e d e s t a q u e n o s m o d e lo s d e g e s t ã o d a s u n id a d e s d e s a ú d e a t u a is e e x i g i n d o v i g i l â n c i a e p i d e m io l ó g ic a d a i n f e ç ã o d e m o d o a a t u a r n o s e n t id o d e p r e ve n ç ã o d a in f e ç ã o c r u za d a , s e n d o e s t e u m i n d ic a d o r r e l e va n t e p a r a a q u a l i d a d e d o s c u id a d o s . ( M ª G o r e t i, 2 0 1 3 : 3 )

No q ue r espe ita à org anizaç ão estrutur al deste r elatório, s eg uem -se à presente introd ução , um enq uadramento teórico, uma car acterização d a inst itu ição com a de scriçã o da org ânica da un ida de de cu id a dos, bem como as comp etênc ias de enf ermag em. Será também f eita uma ap rec ia ção cr ít ic a e ref lexiva das a t ivid ades rea lizad as ao long o do estág io e das competênc ia s def inid as. A mes ma será realiza da f azen do uma autoaná lise e autoa va liaçã o , conf orme pedid o no plane amento e par a terminar surg em as consideraç ões f inais on de d emonstr o os contr ibuto s do estág io.

É de rea lçar a ind a q ue este trabalh o f oi elab orado d e ac ordo com o Reg ulamento de est ág io de nature za prof ission al , para a lém de ter realizad o seg undo as n ormas de e la boraç ão e apr esentaç ão de tra ba lhos e scrito s em vig or na Esc ola Su p erior d e Saú de d e P ortaleg re .

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14 1. EQU ADR AM E NTO TEORICO

1.1. INFE ÇÃO E M CUIDA DOS INT E NSIV OS

A Un ida de C uidad os Intensivos (UCI) como o próprio nome sug ere, tem como f unção cuid a r doentes em estado cr ít ico, com p ossibilida de de recupera ção, e xig ind o permanente ass ist ênc ia médic a e de enf ermag em, são caracter izad as pe la utilizaçã o de um va sto eq uip amento te n ológ ico do q ual f az parte os dis pos itivos de mon itor izaç ão hemod inâm ica, o nde se desta ca os métodos in vasivo s.

O cuidar n a UCI é tecn icista e mecâ nic o, despro vid o, muita s ve zes, d o s sentime ntos do doen te e seus f amiliares (Vila, 20 02).

Compree nde -s e q ue, dentro de uma realid ade de p roduçã o d e tecno log ias de re la ç ões na UCI, é o es p aço so cial f rio, tecn icista, em q ue o misto de imag in ário é comple xo, ao mesmo tempo ambiva le nte, seria importante promo ve r a apro xima ção d as f amílias, ao in vés de mantê - la s af astadas, para per mitir a recu peraç ão do estad o de sa úde dos do entes junt o com os seus vín cu lo s interp esso ais.

Ao q ue parece, o s aber cu idar tem da do orig em ao estre itamento dos

vínc ulos interp ess oais para min imiz ar as co nd içõ es de sof rimento

f ísico/menta l, ao me smo tempo em q ue cuidam, a d istân cia, por meio da s estratég ias imp lem entada s pe lo s enf ermeiros d entro d e uma lóg ica de org aniza da na UCI.

“A r elaç ão estabelecida entre o s aber e o fazer diante do pr oc ess o d e in t e r n a m e n t o n a U C I s u g e r e q u e o c u id a d o d e e n f e r m a g e m e s t e j a in s e r i d o n u m a c o m p le x a t e ia , p r e e n c h i d a d e d if ic u ld a d e s p e s s o a is , p r o f is s io n a is e n e c e s s i d a d e s in s t it u c io n a is . O c o n h e c im e n t o d e s s a r e a l i d a d e é u m n o v o v e l h o d e s a f i o a s e r r e p e n s a d o p e lo e n f e r m e ir o , p a r a q u e p o s s a p o s s i b i l i t a r a c o n s t a n t e c o n s t r u ç ã o / r e c o n s t r u ç ã o d a p r o f is s ã o d e e n f e r m a g e m e m t e r m o s d e p r á t ic a s , s a b e r e s e r e l a ç õ e s .” ( Soares ,2014:80)

No e ntanto, tem -se obser va do q ue e sse s aspe to s são desc ons idera do s ou pouco va lor iza do s, q uando o cuida d o se dá nu m ambie nte de cuid ado s inten sivos on de a te cno log ia e o te cn icis mo predominam.

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15 “A vivênc ia em UCI possibilita afirm ar que essas unidades poss uem a lg u m a s c a r a t e r í s t ic a s p r ó p r i a s , c o m o a c o n v i v ê n c i a d iá r i a d o s p r o f is s io n a is e d o s s u j e i t o s d o e n t e s c o m a s s it u a ç õ e s d e r is c o ; a ê n f a s e n o c o n h e c im e n t o t é c n ic o - c i e n t í f ic o e n a t e c n o l o g i a p a r a o a t e n d im e n t o b i o ló g ic o , c o m v is t a s a m a n t e r o s e r h u m a n o v i v o ; a c o n s t a n t e p r e s e n ç a d a m o r t e ; a a n s i e d a d e , t a n t o d o s s u j e i t o s h o s p it a l i za d o s q u a n t o d o s f a m il i a r e s e p r o f is s io n a is d e s a ú d e ; a s r o t i n a s , m u i t a s ve ze s , r í g i d a s e i n f l e x í ve is ; e a r a p i d e z d e a ç ã o n o atendim ento.” (Nasc imento, 2014:251)

De acor do com Per e ira et a l (200 0), a t ecno log ia ap lic ada n os cuidad os prestado s a doente s cr ític os permite o prolong amento d a sobre vida, est e f enómeno muito p osit ivo por um la do, por outro, é um dos f atores determin antes d o a umento do risco d e Inf eção Nosoc omia l (IN). Estes doente s aprese ntam condições c lín icas predis pon entes a inf eções, muitos deles já se enc ont ram inf etados ou c olo nizado s ao sere m admitid os na unidad e e, a abs oluta maior ia, é su bmetida a proc ed imentos invas ivos.

O “Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos

Antimicrobianos”, surgi da unificação dos “Programa Nacional de Controlo de Infeção” e “Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos”, através do Despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da S a úde n -º 2902/2 013 de 2 2 de f evere iro, se n do prog rama de saúde prior itár io.

De ac ordo c om o Prog rama de Pr e ve nção e Co ntrolo d e Inf eção e Res istên cias aos Ant ib iót icos , as inf eçõe s assoc ia das ao s cu idados de sa úde dif icu ltam o tratamento adeq uad o do d oent e e são ca usa de sig nif icativa morbi lidad e e mortalidad e, bem como de cons umo acresc ido de recurs os hosp ita lares e c omu nitár ios.

Seg undo a W orld Hea lth Org anizat ion (W HO) uma f onte de inf eção poderá s er uma pes soa , um objeto ou uma substâ ncia a p artir da q ual um ag ente inf ecioso pa ssa par a um ho sp ede iro su scet íve l. Cons id era a in da ag entes inf ecios os q ualq uer micr org anismo , como b actér ia s, f ung os, vír us, proto zoár ios, p ass ív eis d e pro vo car do en ça.

“As infeções associadas aos cuidados de saúde ( IACS) são atualmente cons idera das um prob lema maior p ara a seg urança dos utentes d e inst itu ições de c uid ados d e sa úde, s en do q ue a mon itor iza ção e pr e ven ção

destas d e ve s er u ma prior ida de na s polít icas de sa úde”. (Lopez et al,

2006:3),

De ac ordo c om Direção Gera l d a S a úde, as IACS sã o uma inf eção adq uir ida p elos ute n tes em conseq uê nc ia dos cu id ado s e pr oced imentos de

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16 saúde prestad os, q ue po de m, também, af etar os prof issio nais de s aúd e durante o e xerc íc io da sua at ivida de. Como ref ere Araú jo (201 1) esta inf eção, vu lg armente denom ina da de in f eção nosocom ia l (IN) e/ou inf eção hosp ita lar , assume c ada ve z ma ior impor tância no mun do e in clu i -se e ntre as complica ções mais f req uentes da hospita lizaç ão, pode n do manif estar -se durante a a ss istên cia terapê utic a, ou após o per íod o de intername nto, q uando a inf eção é pass íve l d e ass oc iaç ão ou corre laçã o co m intername ntos anteriores e/ou pr o ced imentos ho sp italares rea lizado s . Como ref ere Mª Goreti (201 3:3) a d ef iniçã o de IA CS so f reu alteraçõe s ao long o do tempo, sobretud o n as u ltim as du as d écad as co meçando por def inir -se por inf eçã o hosp ita lar (IH), pass ando a inf eção noso comia l (IN), mais tarde em Portug al f oi def inid a como in f eção relac io nad a a cuidad os de saú de como def in içã o mais abr ang ente , já q ue en vo lve tod os o s n íveis de presta çã o de cu ida dos.

As inf eções po dem ser da comu nidad e ou ass ociada s aos cuidado s de saúde. De ntro das IACS temos as inf eç ões hosp ita lare s e as i nf eções não hosp ita lares ( Cu ida dos co ntin uad os, la res, centros d e sa úde o u clin ic as priva das). São con sid eradas como uma inf e ção q ue oc orre num ute nt e durante a prestaç ã o de cu id ado s no hosp ita l, ou em q ualq uer outra inst itu ição pre stador a de cuid ado s de sa úde, a q ual não est ava prese nte ou em incu baçã o no mo mento da admissão . Estão também inclu ídas as inf e ções adq uir idas n o hos pit al e q ue só se ma n if estam no pós-a lta, bem como, as inf eções a dq uir idas pelos prof iss ion ais , relac ion ada s com a prestaçã o de cuidado s (ocup ac ion ais). (W HO 2002)

As IACS t êm como c onseq uên cias:  Agravamento do estado de saúde,  Aumento do internamento;

 Aumento da mortalidade/morbilidade ;  Custos económicos adicionais elevados ;

 Aumento da resistência dos m icrorganismos aos antibióticos;  Qualidade de vida dos doentes para os seus familiares;

De ac ordo c om a Org anizaçã o Mund ia l de Sa úde (O MS, 20 07), um em cada q uatro doe ntes interna dos numa UCI tem um risco acre scid o de adq u irir

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17 uma IACS, sab endo - se ain da, q ue esta estimat iva pod e dup licar nos pa íse s menos des en volvid o s.

A O MS cons id era q ue as I ACS af etam milh ões de p esso as por todo o mundo sen do con siderada uma e pide mia silen ciosa q ue se apresentam caracter ístic as q ue as tornam uma comp onente cr itica em q ualq uer prog rama de seg uranç a do d o ente, pe la d imens ão do pr ob lema ( P in a, Silva & Ferre ira, 2011). Co ntrib uem p ara o aumento da re sistên cia aos ant ib ió ticos, aume nta a morbilid ade e mortalidad e dos doe nte s e g eram aumentos adic ion ais nos orçamentos hosp ita lares. A E CDC em 2 013 ref ere q ue as I ACS pro vo cad as por batér ias mu ltirre sistent es repres enta m um desaf io para a s inst itu içõe s d e saúde a n íve l mund ial, sobretu do porq u e se reconhec e q ue f req uentemente poder iam s er e vitad as com hig iene ade q uada, o uso r acion al de antibiótic o s e outras med ida s de controlo amb ienta l.

As IACS estão a ssoc ia da s ao tem po de intername nt o hosp ita lar prolong ado e ta xas de morbilida de e mortalidad e aumenta da s, inf laciona nd o também os custos a n ível so cioeco nómic o e f amiliar. As UCI são os ser viços com maior pr oba bilidad e pa ra a oc o rrência de IA CS e resis tê nc ia à antib iot erap ia, se n do os prof iss ion ais de saú de co nf rontado s com a g ravidad e do e stado clín i co d os do entes e com a sua s uscet ib ilid ade para a aq uis ição d e IACS. Bonte n (2011 : 5)

De a cordo com d ad os dos Centers for Dis eas e Pre vent ion and Contro l

(CDC), a IN var ia nos h osp ita is entr e os 8% e os 1 2 %. Em Portug al

aprese nta na últ ima décad a uma ta xa d e pre va lê nc ia d e infeção q ue ro nd a os 9% -10%, ou seja 9 a 10 doentes em cada 100 adq u irem em média IN nos hosp ita is portug ues e s. Esta inf eção co nd ic ion a o aumento d a demora média g loba l em 3,1 4,5 dias, o prolong ament o da demora Hosp it alar entre 9,5 -13,4 d ias, em rela ç ão à mortalida de e xiste um o acrésc imo d a mortalidad e (4,3% a 7,4%). Estes ind icad ores demon stram a relevânc ia d os mesmos para a g estão e a q ualidade e seg urança dos cuidad os de saúde em todo o mundo.

Seg undo Sa x et a l (2007), co ns idera as mãos como o princip al ve ícu lo d e transmiss ão do ag ente inf ecios o, log o a mais importante f onte de IACS através de cont acto direto, admit e -s e q ue, a hig ienização das mão s represent a um dos eleme ntos b ase p ara proteg er os d o entes co ntra a s inf eções a ssoc ia das a cuidad os de saú d e e da c olon i zaç ão dos do entes c om micr org anismo s mult irres istente s .

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18 O f ator mais rele va nte é as mãos da eq uipa mu ltid isc ip linar. A hig ie nizaçã o das m ãos é a pr átic a prioritár ia em todo s o s prog ramas de pre venç ão e co ntrole de inf e ção hos pit alar, em virtu de d e ser uma pr átic a q ue redu z cons ide r a ve lme nte as ta xas d essas inf e ções nos o comia is, q ue são causa das a pós a e ntrada do p ac iente n o ambie nte hos pit alar.

A hig iene d as mãos é um f ator importante na presta ção d e cuid ados a o doente a prese ntand o uma ele vada re lação custo - ben ef íc io. Entre outras ações, pre con iza a hig ie ne das mã os como uma das med ida s com maior impacto n a reduç ão das IACS, na dimin uiç ão da r esistê nc ia aos antim icrob ia nos e n a redução d os cust os iner entes a esta s problemátic as, tendo P ortug al ader ido ao des af io Clean Care is Saf er Care, a OMS divu lg ou o docume nto W HO Guid elin es on Han d Hyg iene in Hea lth Car e.

Vários estud os apon tam os seg uintes f a tores de risco à IH e m UCI co mo sendo os mais pre pond erantes como o t empo de permanê nc ia na UCI super ior a 48 hora s, a vent ilação me cân ica, a ca teteriza ção de aces s os ve nos os, da artér ia pu lmonar, a lg a liaç ão e a pr esen ça d e prof ila xia p ara úlc era de stres s. Que vão d e enc ontro c om Bartolon i (20 13) q ue ref ere q ue a UCI con stitu i uma das área s cr ít icas de um hosp ita l sen do um ambie nte reser vatór io de p atog énico s , no q ual o s pacientes sã o ma is susc et íve is a adq uir irem inf eção de vido à prese nça de d ispo sit ivo s méd icos imp lant ado s como sond as, cat ete r, drenos entre o utro s.

Por esta razão a ado ção de medidas pr event ivas são imp er ativas, uma ve z q ue as c ond içõ es inerente s a est e tipo d e pa ciente e tratamento sã o revestidas d e f a tores altament e desf avor áve is e ine vitá ve is.

É importa nte se c o nhecer o c omporta mento da inf e ção e m UCI como f orma de se f undam entar o plane amento das rot in as n o ser viço, com vistas à sua pre ve nçã o. CDC (1999) ref ere q ue o ambie nte hosp ita lar se torn a prop ício para a oc orrência de inf eções o portun istas q uand o aprese ntar uma diversidad e de micr org anismos d istribu ídos nas su perf ícies de disp osit ivo s médic os não de vida mente des inf etados.

Para S antos (20 04 :6 9),

“Ex iste um a nec ess idade que ocorr am um a m udanç a c onsc iente e r a d ic a l n o c o m p o r t a m e n t o e d e a t it u d e d e t o d o s o s p r o f is s i o n a is d e s a ú d e , d o s c o n s u m id o s d o s c u i d a d o s d e s a ú d e , d o s p e s q u is a d o r e s , d a in d ú s t r i a f a r m a c ê u t ic a , d a a d m in is t r a ç ã o h o s p it a l a r e d o p r ó p r i o g o v e r n o e d e m u i t o s o u t r o s e n vo l v i d o s n o p r o c e s s o d e c o n t r o l o d a r e s is t ê n c ia bacter iana no c ontexto da IH.”

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19 T êm sido pub licad as várias rec omend açõ es prát icas para imp lementa çã o e esta be lec imento d e prioridad es n a pr evenç ão das I ACS. Pois e xig e uma atitud e d inâm ica c om enf oq ue centra lizad o na f ormação cont inu a, na super visã o e na imp lementa ção d e estra tég ias de bo as práticas como a su a

monitor izaç ão se n do competê ncias do Enf ermeiro Espec ia lista em

Enf ermag em em Pessoa em S ituaç ão Cr it ica.

1

.2. COMPETÊNCIAS

O Enf ermeiro Espe cia lista em Enf ermag em em Pessoa em Situa çã o Crit ica uma da s co mpetênc ias é ma ximizar a int er venç ão na pr e ven ção e controlo de inf eção perante a pess oa em situação cr itic a e/ou f alênc ia org ânica, f ace à co mple xid ade da s itu a ção e à n eces sidade de res postas em tempo útil e adeq ua das e nas comp etên cias com uns do d omín io da me lhor ia continua da q ualida de como n as comp etênc ias d o dom ín io da g estão do s cuidado s. (OE, 2010)

Enten de-se por com petênc ia como um n íve l de d esempe nho prof ission a l demonstrad or de um a aplic ação ef etiva d o conh ecim e nto e da s capac id ades, como ref ere Fleur y (2001), nesta p ersp etiva, o co nce ito de competênc ia é pensa do c omo um c onjunto de c onh eci m entos, h ab ilid ades e atitud es, isto é, conjunto d e cap aci dades human as q ue justif icam um alt o desemp enh o, acred itand o -se q ue os melhores d ese mpenhos e stão f undamentad os na

inte lig ência e per sona lidad e d as p essoas. Em o utra s pa la vra s, a

competênc ia é p erc ebida como um con junto de recurso s, q ue o ind ivídu o detém.

Na enf ermag e m o conce ito de competên c ia tem vindo a ser a bordad o por vár io s autores, c onf erin do ao d esemp en ho prof iss iona l a ref le xão merec ida, desresp eit and o o atual esta do de co isa s e reve lan do um caminh o a percorrer por ca da e nf ermeiro e por to dos no e xerc íc io da p r of issão, c o ntribu in do para a competên cia co letiva.

É no co nte xto de soc ia lizaç ão prof issio na l q ue prop icia o

desen vo lvimento de competênc ia s, o q ua l, por sua ve z, f orne ce ao ind ivídu o uma serie de ref erenc ia is id entitár io s, q ue permitem ao desen vo lver d e process os de f ormação cont ín ua, redef in indo a su a ident ida d e, crian do a s ua autonom ia. (Abre u, 2001). A aq uis içã o de competên cias su rg e como uma necess id ade de f aze r f ace à evolução d os conte xt os so ciais e prof issiona is,

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20 obrig and o a uma atualização s istemá t ic a dos conh ec imento s, com vist a à va lorização pes soa l e prof ission al, à otimiza ção dos recursos e à maximizaçã o dos res ultad os.

T endo em c onta as c ompetênc ia s comuns q ue sã o part ilhad as ind epe nde ntemente da aérea de e spec ia lidad e demonstra d as atra vés da capac id ade de con ceção, g estão e super visão d e cuid a dos e exerc ício prof issio na l no âmb ito da f ormação, in vestig ação e as sess o ria. B em como, as competên cias e spec íf ic as q ue dec orrem das resposta s humanas a os process os de vida, aos prob lemas d e saúde e d o c amp o de int er venç ão def inid o para cada aérea de esp ecialid ade, demonstra das através de um ele vado g rau de ad eq uação dos cu ida d os às nec ess ida des de s aúd e d as pesso as. No q ue concern e ao Enf ermeiro Esp ecialista na Pess oa em Situ ação Cr itica, são as seg uinte s: cuida da pesso a a vivenc iar process o s comple xos de do enç a cr ític a e ou f alênc ia org ânica; din amiza a resposta a situaç ões de c atástr of e ou emerg ência multi - vít ima, da c on ceção à aç ão e maximiza a inter ven ção na pre vençã o e controlo da inf eção perante a pe sso a em situ ação cr ít ica e ou f alênc ia org ânica, f ace à comp le xidade da situ açã o e à nece ssidad e de r esposta s em tempo útil e adeq ua das. ( OE, 2011)

Pelo q ue se prec oniza seg und o Le ite (2006) q ue o enf ermeiro Espec ia lista seja c a da ve z ma is um prof issio na l ref le xivo, ca pa z de mob ilizar todo um mana ncia l de inf ormação cie nt íf ica, técn ic a, tecno lóg ica e relac io na l, alicerç ad o nos sabere s pro vi dos da e xp eriê nc ia em situaçã o. É o process o cont ínu o de dese n vo lvime nto, emerg em várias nece ssidad es f ormativas q ue imp licam uma busc a in interrupta pe lo sa be r, saber ser ou

estar e s aber f a zer. Ass im Pac heco (200 4:45) d iz q ue “a especialização dos

prof issio na is d e sa ú de tem um va lor acr escido, uma ve z q u e ao p ossu írem conhe cime ntos pr ofundos e b em f undamentado s, contr ib uem em g rand e

parte para um ate nd ime nto mais d ir ig ido e espec íf ico.”

As competê nc ias es pec íf ic as, como ref ere a OE

“São as c om petênc ias que dec orr em das respos tas hum anas aos p r o c e s s o s d e v i d a e a o s p r o b le m a s d e s a ú d e e d o c a m p o d e i n t e r ve n ç ã o d e f i n i d o p a r a c a d a á r e a d e e s p e c ia l i d a d e , d e m o n s t r a d a s a t r a v é s d e u m e le v a d o g r a u d e a d e q u a ç ã o d o s cuidados às nec ess idades de saúde das pes soas .” (O E, 2010:3)

O enfermeiro especialista apresenta “um conhecimento aprofundado num domínio específico (…) que demonst ra níveis elevados de julgamento clinico e tomada de dec is ão, tradu zidos n um conjunto de comp etênc ias c linica s

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21 especializadas relativas a um campo de intervenção especializado.” (OE, 2007:2) ,

Ao f req uentar ao 4º Mestrad o em Gest ão de un ida des d e saúde t i ve o

intu ito em a dq uir ir competênc ia s d o enf ermeiro g est or seg undo o

reg ulamento n.º 1 01/201 5 q ue def ine o perf il das c ompetênc ias d o enf ermeiro g estor que int eg ra, cumulat ivam ente, as comp etênc ias comu ns e espec íf icas pre viam ente adq uir ida s e enf orma um conjunto de competênc ia s q ue visam pro ver o e nq uadramento reg u lador para o e xerc íc io das mesmas.

Te m co mo Competências acrescida s

,

“as c om petênc ias que perm item responder de um a form a dinâm ic a a n e c e s s id a d e s e m c u id a d o s d e s a ú d e d a p o p u la ç ã o q u e s e v ã o c o n f ig u r a n d o , f r u t o d a c o m p l e x if ic a ç ã o p e r m a n e n t e d o s c o n h e c im e n t o s , p r á t i c a s e c o n t e x t o s , c e r t if ic a d a s a o l o n g o d o p e r c u r s o p r o f is s i o n a l e s p e c i a l i za d o , e m d o m í n io s d a d is c i p li n a d e E n f e r m a g e m e d is c i p l i n a s r e l a c i o n a d a s .” (DR,2015:5949)

E como “Enfermeiro Gestor”

“é o enf erm eir o que detêm um conhec im ento efetivo, no dom ínio da d is c i p l in a d e e n f e r m a g e m , d a p r o f is s ã o d e e n f e r m e ir o e d o d o m í n io e s p e c í f ic o d a g e s t ã o e m e n f e r m a g e m , t e n d o e m c o n t a a s r e s p o s t a s h u m a n a s a o s p r o c e s s o s d e v i d a e a o s p r o b l e m a s d e s a ú d e , g a r a n t e o c u m p r im e n t o d o s P a d r õ e s d e Q u a l i d a d e d o s C u i d a d o s d e E n f e r m a g e m n o q u e c o n c e r n e a o e n u n c i a d o d e s c r i t i vo « A O r g a n i za ç ã o d o s C u i d a d o s d e E n f e r m a g e m » , s e n d o o m o t o r d o d e s e n vo l v im e n t o p r o f i s s i o n a l ( t é c n ic o - c i e n t í f ic o e r e la c i o n a l) d a s u a e q u i p a , d a c o n s t r u ç ã o d e a m b i e n t e s f a vo r á v e is à p r á t ic a c l í n ic a e d a q u a l i d a d e d o s e r v iç o p r e s t a d o a o c i d a d ã o , é o g e s t o r d e p e s s o a s , d a s e g u r a n ç a d o s c u id a d o s , d a a d e q u a ç ã o d o s r e c u r s o s , d a f o r m a ç ã o , d o r i s c o c l í n ic o , d a m u d a n ç a , d a s r e l a ç õ e s p r o f is s io n a is , d o s c o n f l it o s , e n t r e o u t r o s ;” (DR,2015:5949)

De acor do com o a rt ig o 5.º no ponto 1,

“As com petênc ias do dom ínio da gestão s ão as s eguintes:

a ) G a r a n t e u m a p r á t ic a p r o f is s i o n a l e é t ic a n a e q u ip a q u e l i d e r a ; b ) G a r a n t e a im p l e m e n t a ç ã o d a m e l h o r i a c o n t í n u a d a q u a l id a d e d o s c u id a d o s d e e n f e r m a g e m ; c ) G e r e s e r v iç o / u n i d a d e e a e q u ip a o t im i za n d o a s r e s p o s t a s à s n e c e s s i d a d e s d o s c l ie n t e s e m c u id a d o s d e s a ú d e ; d ) G a r a n t e o d e s e n v o l v im e n t o d e c o m p e t ê n c i a s d o s p r o f is s io n a is d a e q u i p a q u e l i d e r a ; e ) G a r a n t e a p r á t ic a p r o f is s i o n a l b a s e a d a n a e v i d ê n c i a .” ( D R , 2 0 1 5 : 5 9 4 9 )

Quintan s (200 8 :9) no sector d a s aúde, as org aniza ções e s eus prof issio na is alc anç am o prestíg io e o seu poder na ca pac idade de g erar e

controlar o conh e cimento. S alie nta n do ainda q ue a estratég ia de

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22 do conh ecime nto e xplíc ito atra vés de e vid ênc ias c ient íf ic as e económic as, q ue se assoc iam c om outras sit uaçõ e s sing u lares e car acter íst ica s dos prof issio na is d a áre a ho s pita lar. T ambém na áre a da sa úd e a g estão d o conhe cime nto p ode re ve lar -se de g ran de importânc ia, seg undo Co la uto & Beure n (20 03) c ita dos p or Ferre ira & P inh eir o (200 9), a g estão d o conhe cime nto na s or g anizaç ões d e sa úd e permite id entif icar e monitor izar o s seus at ivos inte lect uais, capa zes de g erar conh ecime nto na org anizaçã o e asseg urarem vantag em competit iva p ara a mesma.

A contr ibu içã o do enf ermeiro esp ecialista n a org anizaçã o de sa úd e hosp ita lar dep end e das suas caract er íst icas ind ividu ais, competênc ia s prof issio na is e do sistema de r ecompe n sas e contr ibu içõ es da org an izaç ão. O seu conhec imento é visto , entã o como um recurso chave nas tomadas de dec isão, de f orma a promo ver a suste ntabilida de d a org an ização. A ss im, a g estão de pe ssoa s é f undamental para o dese n vo lvimento d o conh ec imento , e as habilida des pesso ais d e vem se r maxim izad as , co m o intuito de reverterem em recur sos e in vest imentos com bons res ulta dos .

Com ba se n o reg u lamento d os p adrõ e s de q ua lida de dos cuidad os de enf ermag em especia lizad os em enf ermagem em pessoa em s ituação cr ítica,

“Na procura permanente da excelência no exercício profissional, face aos múltiplos conte xt o de atuação, à comple xidad e das situaçõ es e à necess id ade de ut ilizaçã o med ida s in va sivas, o e nf ermeiro es pec ia lista maximiza a intervenção na prevenção e controlo da infeção.” (OE, 2011:7)

T endo em conta os elementos desc ritos no reg u lamen to, f ace à pre venç ão e c ontro lo da inf eção:

“1 - a partic ipaç ão na c onc eç ão de um plano de pr evenç ão e c o n t r o l o d e i n f e ç ã o a t u a l i za d o c o m b a s e n a e v id e n c i a c i e n t if ic a ;

2 – a par tic ipação na definição de estr atégias de prevenção e

c o n t r o l o d e i n f e ç ã o a i m p le m e n t a r n o s e r v iç o / u n id a d e ; 3 - a l i d e r a n ç a n a im p l e m e n t a ç ã o d o p l a n o d e i n t e r v e n ç ã o e c o n t r o l o d e i n f e ç ã o n o m e a d a m e n t e n o q u e r e s p e i t a a o e s t a b e l e c im e n t o d e p r o c e d im e n t o s e c ir c u it o s , r e q u e r i d o s n a p r e v e n ç ã o e c o n t r o l o d a i n f e ç ã o , f a c e à s v i a s d e t r a n s m is s ã o n a p e s s o a e m s i t u a ç ã o c r it ic a ; 4 - a c a p a c i t a ç ã o d a s e q u i p a s d e p r o f is s i o n a is n a á r e a d a p r e v e n ç ã o e d o c o n t r o lo d a i n f e ç ã o a s s o c i a d o a o s c u i d a d o s à

p e s s o a em situaç ão c rític a.” ( O E, 2007:8)

Como se enco ntra descrito no dom ín io d a g estão do enf ermeiro g estor no A4 q ue g arante o desen vo lvimento de competênc ias d os prof issio na is d a eq uipa q ue lidera. Pro viden cia oport unidad es de f ormação co nt ín ua e

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23 desen vo lvimento pro f ission al e pes soa l, fornece f eedb ack con strutivo, g ere o desempe nho prof iss iona l e c onstró i o tra balho em eq u ipa. Utiliza f erramentas

de comu nicaçã o, ad voc acia, n eg ocia ção, co ach ing e super vis ão . A

competênc ia asse nta num corpo de co n hec imento n o dom ín io da g o verna ção

clín ica, int elig ênc ia emocio na l e formação. Otimiza e promove o

desen vo lvimento de competênc ia s . Promove a f ormação e o desen vo lvimento

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24 2. C AR ATE RI Z AÇ ÃO DO CONTEX TO

Seg undo B enn er (2 001), a teor ia s er ve de g uia para a prática, send o a prática um alvo de t ransf ormações atra vés da inf luên cia de t eorias, porém é na prát ica q ue as c ompetênc ias se f omentam, pe lo q ue o desen vo lvimento das competê ncias p ropostas será f eito em conte xto de ens ino c lín ico. No process o de dese nvo lvime nto de c ompetênc ias e nq uanto Enf ermeiro Espec ia lista, o est ág io con stitu i uma f orma enf ermeiro s espec ialistas aprof undarem o co nhec im ento e aq u is içã o de competê nc ias num dom ínio espec if ico de enf ermag em, resultando em uma compreens ão da pess oa e dos pro cess os sa ú de/doe nça a q ue esta mais e xp osta e pe lo amplo

entend iment o das respostas huma nas em s ituaç ões espec if icas e

inter ve nçõ es d e e le va do n íve l de ad eq uação às n eces sidad es do ind ividuo , potenc ia ndo o s g anh os em saúd e. (Leite, 2006)

2.1. CARAT ERIZ A ÇÃO DA UNIDA DE CUIDADOS INT ENSI VOS POLIVA LE NT E

A UCI P inic io u a s ua ativid ade em f evereiro de 19 94. Est e projeto f oi impu ls ion ado e lid e rado p or do is Méd icos intern istas do HES E -E PE, q ue juntos ass umiram a direç ão de ser viç o , sendo q ue em jun ho de 200 9 f oi nomead o como d iretor o Dr. Antón io Dia s q ue mantém o carg o até aos dia s de hoje. A UCIP d o HES E -E PE tem com o objetivos:

A) Pro viden ci ar ao doe nte cr ítico, cu idad os de saúde d if erenc ia dos,

g arantind o padr ões ele vado s de d esem penh o técn ico -c ie nt íf ico e de ef icaz e ef icie nte g estão de rec ursos, or ientado s em três vertentes:

1-Preser var a V ida Human a atra vés da prot eção e s up orte temporário de f unç ões vitais, para d o entes do f oro méd ico,

cirúrg ico e traum atológ ico, com situaçõe s clín icas q ue

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25 2-Pro vide nc iar cu id ados e spec ia liza do s de rea bilitaçã o aos doente s intern ado s na UCIP no in í cio do pro cess o de recupera ção d a sua doenç a cr ít ica.

3-Para aq ue les doe ntes q ue f oram admitid os na UCI P para tratamento int ens ivo, mas q ue duran te o process o de sse tratamento se ver if icou terem s itu açõe s clín ica s irre vers íve is, ou em relação a o s q uais, p or ess e motivo, f oi dec id ido suspe nder o u nã o implementar n o va s medidas d e su p orte artif icia l de f unçõ es vitais, a UCI P tem como m is são pro videnc iar ao doe nte um proc esso de morte sem sof rimento, e aos se us f amiliare s cuid ado s de co nf orto.

B) Ela borar e imp lem entar s istemas, c o njuntamente com o utros ser viç os d o hos p ital, q ue permitam me lh orar a ass istê nc ia a o doe nte cr ítico f ora da UCI P.

C) E xp lorar c aminhos a travé s d a f ormação cont ínua para pre ve nir o desen vo lvimento da doenç a cr ít ica.

D) Pro viden ciar um am bie nte ac adém ico p rop íc io à f ormação pós-g raduada em cu id ad os inte ns ivos.

A Unidad e Cu ida dos Intensivo s é uma unida de de cu ida dos in depe nde nte de outros s er viç os de int ernament o, lo caliza ndo -s e no p is o 2 no ed if íc io Esp írito Sant o.

É uma unidad e de tipo aberto, com a lotação de 5 c amas, se ndo uma da s camas num q uarto d e iso lame nto.

T em uma sala d e trabalho, na q ua l se e n contra todo o stock de f armácia, banca das d e traba lho para a pre paraç ão da med icaç ão, lavatório para a le varem do mater ia l, frig orif ico p ara a medic ação, a pare lh o de le itura d e g ases no sang ue, para a lém de o utro materia l de c onsumo c lín ico , necess ário à prep ar ação d e terapê utic a.

Uma sala de des pej os onde s e enco ntra o lixos e roupa s uja, arrumação e limpe za d e arrasta deir as. Um san itár io do pess oa l.

Uma copa. Um armazém, onde se e nco ntra a roupa limp a, outro materia l de con sumo c lín ico , sering as inf usora s, bombas inf usora s q ue não se

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encontram em f uncionament o, um ventilador e u m monitor d e

multiparâmetros de reser va e a unid ad e EPS (g era dor de energ ia para a UCI).

Um g abinete ún ic o para o pess oa l médico e de enf ermag em. A bancad a como posto de obse rva ção d os doe ntes pelo pess oa l de enf ermag em, e de realiza ção d os reg istos d os cu id ados de enf ermag em nas f olhas d e enf ermag em. E uma banca da a e ntrada com a f unção adm in istrativa. Um ve stiár io d e todo o p essoa l da un ida de.

T em Apoio mai s dir eto com os seg uintes serviç os de ima g iolog ia, do lab oratór io, f armácia .

A UCI é con stitu íd a por 5 unidad es. Ad mite cliente s de am bos os se xos ( M/F) q ue nec ess ite m de ventilador e/o u cuid ados intens ivo s. As patolog ias mais f req uentes sã o de or ig em card íaca, bron cop ulmo na r, into xicaç ões, politraumat ismo, sta tus pós cir urg ia e c hoq ue. A maior ia d os doent es são en viado s de dif erentes ser viç os, como o SU e o BO. T ambém, surg em solic itaçõ es de o utro s hosp ita is.

Ef etuam -se e vac uaç ões d e d oente s par a outros hosp ita is, s e mpre q ue se ver if ica q ue a unida de não dispõe me ios adeq uados para res olver a situaçã o clín ica do d oente. Ou q ue não necess ite m de cuida dos d if erenc i ado s, send o transf eridos par a a á rea de res idê nc ia.

Na transf erência do s doentes, são sempre acompan had os por divers a s inf ormações q ue sã o neces sárias par a a continu idad e de cuid ados. E ssa inf ormação é a f olha de vent ilaçã o mecâ nic a, da medic ação, de enf er mag em, nota a lta e os e xame s complementares d e diag nó stic o.

As vis itas s ão d iária s, das 15h ás 1 5h:3 0m e das 19h ás 1 9 h:30m; mas apen as 3 visit as por doente s.

O método de trabalho é o Método Ind ividu al. A Enf ermeira respons á ve l atribu i d oente s aos enf erme iros de f orma in divid ua lizad a, te ndo em co nta as necess id ade s do do ente e as caracter ís ticas do s enf ermeiro s, através d um pla no d iár io de distr ibuição d e doe ntes.

Na UCI a va lia -s e ca rg a horária d e traba lho em enf ermag em depe nde nd o da g ravidad e do do ente ut ilizan do T ISS e NAS, é elabor ado no turno d a noite, e verif ica -s e a carg a de trabalho n as ult imas 24 horas.

A pro ven iên cia d os doente s é f eita atra vé s d o S er viço de Urg ênci a e/ou por transf erência de outras unida des e xistentes no hosp ita l, assim como do ext erior à inst ituiçã o. A a dmiss ão d o d oente na UCIP é se mpre da ú nica e

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27 exclus iva respo nsa b ilid ade do méd ico d e serviço, de vend o este transmitir sempre essa inf ormação à eq uip a de e nf ermag em. Cabe ao enf ermeiro q ue f icará respo nsá vel pelo do ente a a dmitir, a ver if icaçã o e prepar ação da unidad e, de acor do c om a cond içã o clín ic a do do ente.

Seg undo os dad os f acu ltados pe lo d iret or de ser viço d a UCI do HES E -EPE, d urante o a no de 201 5, f oram admitidos 1 72 do entes o q ue representa uma reduç ão de 13, 2% em relaç ão a 2 014. O se xo mas cu lino predom ino u com 61,6% do total, a média de id ade s foi de 69,7 ano s e cerca de 32% dos doente s tin ham id ad e ig ual ou su perior a 80 anos.

Dado s esses q ue demonstraram, q ue a maioria d os d oentes eram pro ven ie ntes do ser viço de urg ênc ia 46 ,4%, do bloco op eratório 18%, do s ser viç os de med ic in a 8,7% e dos out ros hosp ita is adm itiu -se un icament e 5,2%.

O controlo da inf eç ão nosoc omia l na UCIP , continua a ser alvo de uma apertad a vig ilânc ia epidemiológ ica du rante todo o an o, para ta l está integ rada o HE LICS-UCI. Prog rama este q ue incid i na monitor izaç ão d a inf eção a n íve l d as UCI, pret end e -se criar in dic ador e s úteis para a ide ntif icaç ão e c o mparação de pro b lemas, como a r esistê nc ia a os

antib iót ico s, pre valê nc ia de m ic rorg anismos e pid emio log ic ame nte

importante s, perf il d e cons umo de antim icrob ia nos, e ntre ou tros. Cons id era para vig ilâ nc ia as inf eções adq u iridas nas UCI, tais co mo pneumon ia , bacteriemia, traq ueobronq uite e inf eção urin ária.

O prog rama HELICS - UCI a dota o pr otoco lo eur ope u par a reg isto d e inf eção utilizan do as def in içõ es d os Cent ers f or Dis e ase Contro l a nd Pre vent io n (CDC) e tem como f ina lidad e de e xp ortar inf ormação para uma base de da dos euro peia para as inf eçõe s mais rele vantes. V isa contr ibu ir a n ível nac io na l, para a a va liaç ão d a inc idê nc ia d a Inf eção Noso comial na s UCI.

Hosp ita l in Euro pe Link f or Inf ection Contro l throug h Sur ve illanc e (HELI CS), tem c omo objet ivos: estab e lec er um s istema de co nsu lta, a

colaboraç ão e c oorden açã o entre redes nac io na is de V ig ilâ nc ia

Epidem io lóg ic a (V E ) existentes o u a criar, obter um n ível de bas e de comparaçã o d e resu ltado s loca is e ident if icar f atores de r isc o pass íve is d e inter ve nçã o e melhor ia.

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28 2.2 CARAT ERIZ AÇÃO DO GRUPO DE COORDE NA ÇÃO LOCAL DO PROGRA MA DE P REV E NÇÃO E CONT ROLO DE I NF E ÇÕES E DE RESI ST ÊNCIA AOS ANT I MICROBIA NOS

Os primórd ios d a pre venç ão e contr olo de inf eção, es senc ia is a o pensame nto moder n o sobre pr estaçã o de cu ida dos, sug iram através de trabalhos d ese n vo lvido s por S emmelwe iss, L ister e Floren ce Nig hting a le (DGS, 2007 :5). A inf eção hospit alar foi abor dad a pela primeira ve z em Portug al em 193 0 pe la DGS, cont udo s ó em 1986 f oi re comen dado o co ntrolo de inf eção , pe la Dir eção -Gera l d os Hos pita is, seg u ind o as recomend açõe s do Conse lh o da Eur opa. No an o de 198 8 f oi inst itu íd o o pr o jeto de co ntrolo de inf eção , com o o bjetivo de c onh ecer a dime nsã o do prob lema , e promo ver as medidas nece s sária s para a pr evenç ão d a inf eçã o, atra vés d a ide ntif icaç ão e modif icação de prátic as de risco. Em 1993 a Direcçã o - Gera l dos Hos pita is, através da Circu lar Normativa nº4/93 , demonstrou a importân cia de instit uciona lizaç ão das CCI nos ho sp itais. (DGS, 2007 :5)

De acor do com a DGS o anter ior pro g rama nacion al de controlo de inf eção f oi cria do p o r Despa c ho d o Diret or -Geral da Saú de d e 14 de ma io d e 1999, para su bstitu ir o projeto em 1988. Em 2004, aq uele prog rama f oi enq uadrad o n o P la no Nac ion al de Sa úde. P or o utro lad o, o Desp ach o Ministerial n.º 141 78 /2007 determinou a criaç ão d e com issõ e s de c ontro lo d e inf eção n as u nidad e s púb licas de presta ção d e cu id ados de saúde integ radas nas red es h osp ita la r, de cu ida dos con tinua dos e d e cu id ados de s aúd e primários e n o secto r privad o.

Na s eq uênc ia do Despac ho Min isterial n.º 20 729/2 008, pub licado n o Diário d a Re p úb lica , 2.ª série, n.º 152 , de 7 de ag osto, f oi aprovado o

anterior prog rama nacio na l de p revençã o das re sistên cias aos

antim icrob ia nos e, p elo Desp acho Ministeria l n.º 1576 9/201 0, nomeado o se u coorde nad or nacion al. O prog rama ref erido ant eriorme nte tem como objetivo a redução da e merg ência de mic rorg anismos com resistê nc ia aos antim icrob ia nos, n o meadamente atra vé s do u so jud ic ios o de ant ib iót icos, enq uanto o anterior prog rama naciona l de controlo de infeção visa va a pre venç ão d a inf eçã o e da transm issã o c ruzada d e microrg an ismos.

Na rea lidad e, controlo de inf eção e pre venç ão de res is tências ao s antim icrob ia nos sã o duas f aces da m esma moeda, com estratég ias de

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29 inter ve nçã o comuns e/ou compleme ntar es, o q ue justif ica a f usão dos do is prog ramas.

Por esta ra zã o, o correu a f usão d os do is anter iore s prog ramas, “Programa Nacional de Controlo de Infeção” e “Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos”, através do Despacho n -º 2902/2 013 de 2 2 de f evereiro, criand o um novo prog ra ma, denomin ad o “Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos”, a que foi dado carácter de programa de saúde prioritário.

O Grupo de Coor den ação L oca l do Prog rama de Pre venç ão e Contro lo d e Inf eções e de Res istência ao s Ant imic robianos (G C L-P PCI RA) surg e, na seq uênc ia d o De spa cho n.º 15 423/2 013 de 26 d e no vembr o de 20 13, p ara substit uir a s Com issões d e Co ntrolo de Inf eção e as Comiss ões d e antib iót ico s

T endo GCL -P PCI RA do HE SE - EP E os ob jetivos ce ntrais do P PCIRA, q ue são a reduç ão da taxa de inf eção as sociada a os cuidad os de saúd e, a promoção d o uso c orreto de ant imicro bia nos e a d iminu ição da ta xa d e microrg anismo s co m resistênc ia a ant imicro biano s. Me lho rando, ass im, a q ualidad e dos cu idados pre stado s e promovend o a seg urança dos utilizad or es e prof iss ion ais.

As competê ncias e respon sab ilidad es no âmbito do co ntrolo de inf eção e resistê nc ia a os a ntimicrob ian os e stá d escrita em reg ulamento intern o d o GCL-PP CIRA, no ent anto têm como princ ipais competê ncias:

a) Super vis io nar as pr áticas de pre venç ão e contro lo de inf eç ão e utilizaçã o de ant imic robianos;

b) Garantir o cumpr ime nto obrig atór io do s prog ramas de vig ilâ ncia epidemiológ ica de inf eção ass ociada a cuidad os de s aúd e e de resistê nc ias ao s ant imicrob ian os;

c) Implementar a ud itorias clín ica s/não c lin ic as inter nas;

d) Garantir prát icas loca is de iso lament os para co ntenç ão de ag entes multirres ist entes, asseg urand o a g estão racion al dos recursos f ísicos e xistentes de ac ordo c om a g estão de priorid ades de risc o;

e) Promo ver e corrig ir prática s de pre ve nç ão e co ntrolo de inf eção, nomead amente no q ue se ref ere à higien e das mãos, ao uso de eq uipame nto de prot eção ind ividu al e de controlo amb ienta l;

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30 f ) Promo ver a f ormação no âmbito d a prevençã o e contro lo de inf eção e d as res istê ncias aos a ntim icrob i an os;

g ) Ela borar e re ver proced imentos, instruções de trab alh o,

manua is, protoco los ou outros document os, no âmbito da pr evenç ão e contro lo de inf eçã o e das res istê ncias aos ant imicr ob iano s.

GCL-PP CIRA é um órg ão de apo io técn ico à presta ção de cuidado s q ue depe nde h ierarq u ica mente do Co nse lho de Admin istração d o HES E -EP E, de acordo com a d ele g ação de competê nc ia s do mesmo n a áre a da pre vençã o e controlo de inf eção. T em como missão melhor ar a q ualida d e e a seg urança dos cuidad os presta dos no hosp ita l, atravé s de uma abord a g em integ rada e multidis ciplin ar.

O GCL-PP CIRA d o HE SE - EP E as sum e uma vis ão c oinc idente com o PPCI RA, no q ua l s e marca um camin ho de red ução d a taxa de inf eção assoc iad a aos cu id ados de s aúd e , e da taxa de micro rg anismos co m resistê nc ia a an t imicrobianos , atra vés de med id as d e pro moção d o us o correto de a ntimicro bia nos e med id as de controlo de inf eção.

Os seus objet ivos s ã o os seg uintes:

 Redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde;  Promoção do uso correto de antimicrobianos;

 Diminuição da taxa de microrganismos com resistência a antim icrob ia nos.

Para ating ir os obje tivos são ap oiados em q uatro linhas es tratég ias de

atuaçã o, send o e las a org anizaçã o, desen vo lviment o in divid ua l e

org anizac iona l, reg is to e monitor izaç ão e por f im inf ormação e comun icaç ão.

2.3. CA RAT ERI ZA ÇÃO DA POP UL AÇÃO ALVO

Para a participaç ão neste proje to, f oi sele ciona da a eq uipa

mult idis ciplin ar da UCI P HE SE- E PE. A pop ulação a lvo deste estu do f oi

constit u ída pe los enf ermeiros do re spetivo ser viço, p or serem os

prof issio na is d e sa ú de com ma ior n úmer o de c ontacto s d iár ios com o doe nte cr ítico. T endo os me smos , as id ades c ompreend id as entre 25 e os 55 an os.

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31 A eq uipa mu ltidiscip linar e xistent e na UCI, f ace ao g rau de exig ênc ia e de d if erencia ção d o s cuidad os pre sta d os, esper a -se um e le vado g rau de competênc ia, c onh e cimento s e prec ios is mo.

Send o a eq uipa co ns titu ída p or:

 7 Enf ermeiros E spe cia listas em E nf ermag em em Pesso a

em Situa ção Cr ít ica;

 3 Enf ermeiros Es pec ia lidad e de Reab ilita ção;

 12 Enf ermeiros Gen eralistas ;

 7 Méd ic os ( 4 de les p ertencem ao staf f da UCI);

 7 Ass istente s opera c ion ais ;

 1 Secretár ia d e p iso.

 1 Fis ioter ape uta ;

 Ser viço re lig ioso .

2.4. ANÁ LIS E SW OT

Com objetivo de de line a r o trabalh o , é importante compree n der de q ue maneir a o ambiente de cu ida dos de s aúd e pode inf lue nc iar o plan eament o e desen vo lvimento d o projeto . Par a complementar a identif icação da situação utilizei o instrume nto de aná lise SW OT, capa z de apo iar a tomada d ecisão , minim iza ndo a inc idênc ia de erro s, n o dec urso d e aç õe s mal p lanea das (Bic ho, et al., 20 06 )

Seg undo S ilva ( 201 0:3), ref ere q ue SW OT é “Análise SW OT termo em

ing lê s q ue s ig nif ica Forç as (Stre n g ths), Fraq ueza s (W eak nesses),

Oportunidad es (Op portun itie s) e Ame aças (T hreats) é uma f erramenta utilizada para f azer aná lise de amb ie n te, send o us ad o c omo bas e par a g estão e pla neamento estratégico.” A mesma autora citando Mendes (2009) explica como se realiza esta análise, “é feita por meio de uma matriz de dois eixos (o eixo d as variá veis interna s e o das var iá ve is e xt ernas), ca da um deles compo sto po r duas var iá ve is: pontos f ortes e po ntos f racos da organização; oportunidades e ameaças do meio externo.” (Silva, 2010:5)

“O recurso a este instrumento possibilita a identificação por parte de uma org anizaç ão de f orma integ rada, dos princ ip ais aspetos q ue caraterizam a sua pos içã o estraté g ica num determina do momento, tanto a n ível intern o, como e xterno (amb ie nte)” (Bicho, et al., 2006: 12).

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32 É imp ortante a ut iliza ção da matr iz S W OT, ao conhec er o amb ient e, evidenc ia ndo -s e as oportun ida des e ameaças, an alis and o as f orças e f raq ueza s, se consig a encontrar as estratég ias mais ade q uadas para a solução do prob lem a q ue é enc ontrado e q ue s e prete nda reso lver. Com o refere OE “colocando em confronto a análise interna e externa, desenh a-se a g estão estratég ica e é com base nela q ue a org anizaç ão po de antec ipar -s e às mudança s e preparar -se para agir nos ambientes externos e internos” . (OE,2008:4 3)

“Dentr o dos fator es pos itivos estão inc luídas as f orç as, p o t e n c i a li d a d e s e v a n t a g e n s , q u e c o n s is t e m e m e l e m e n t o s f a v o r á ve is e in t e r n o s a o p r ó p r io s is t e m a , e n q u a n t o a s o p o r t u n i d a d e s s ã o d e p r o v e n iê n c ia e x ó g e n a . C o m o f a t o r e s n e g a t i v o s e n c o n t r a m - s e a s f r a q u e z a s , d e b i l i d a d e s e d e s v a n t a g e n s , d e c a r á c t e r i n t e r n o , s e n d o a s a m e a ç a s o u c o n s t r a n g im e n t o s , f a t o r e s e x ó g e n o s p a s s í v e is d e p r e j u d ic a r o sistem a” (Ruivo, et al., 2 0 1 0 : 1 4 )

Em seg uid a, a esq uematização da a n álise SW OT realiza da à eq uipa multidis ciplin ar da UCI P (q uadro 1).

 Equipa Multidisciplinar dinâmica;

 Capacidade d e d e s e n vo l v e r t r a b a l h o ;  Colaboração do GCL-PPCIRA;  Falta d e m o t i va ç ã o e d e s e n s i b i li za ç ã o d e a l g u n s m e m b r o s d a E q u i p a M u l t id is c i p li n a r ;  Resistência à mudança;  Carga horária;  Programa d e p r e v e n ç ã o e c o n t r o l o d e i n j e ç ã o e d e r e s is t ê n c i a a o s a n t i m ic r o b i a n o s j á e m c u r s o n o H E S E - E P E;  Disponibilidade pela responsável

d a U C I P p a r a a m a n u t e n ç ã o d o p r o g r a m a ;

 Disponibilidade d a E q u ip a

M u l t id is c i p li n a r p a r a f u t u r a s f o r m a ç õ e s ;

 Diminuição de infeção associadas a o s c u i d a d o s d e s a ú d e ;

 Crise económica;

 Fornecim ento inadequado do produto d e H i g i e n e d a s M ã o s p e l a f a r m á c i a ;  Uso de equipamentos e proteção

i n d i v i d u a is a d e q u a d o s ;

Referências

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