• Nenhum resultado encontrado

Experiências de professores com o uso do aplicativo VoiceGuard: reflexões e mudanças de comportamento vocal

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Experiências de professores com o uso do aplicativo VoiceGuard: reflexões e mudanças de comportamento vocal"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

768

Experiências de professores com o uso do aplicativo VoiceGuard: reflexões

e mudanças de comportamento vocal

Renata Coelho Fonteles1, Christina César Praça Brasil1,Raimunda Magalhães da Silva1, José Eurico Vasconcelos Filho2, Jéssica Soares de Oliveira Reis1 e Mariana Rodrigues de Araújo3

1

Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva , Universidade de Fortaleza , Fortaleza, Brasil. renata_fonteles@hotmail.com, cpraca@unifor.br, rmsilva@unifor.b, jessicasoares92@hotmail.com

² Núcleo de Aplicação em Tecnologia da Informação. Universidade de Fortaleza, Brasil. euricovasconcelos@unifor.br

³ Graduação em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza, Brasil. marianarodrigues992@hotmail.com

Resumo. As tecnologias móveis contribuem para o cuidado com a saúde vocal. O estudo objetivou avaliar a

experiência de uso do aplicativo VoiceGuard por professores com base nas reflexões e mudanças de comportamento vocal. Realizou-se pesquisa qualitativa com 40 professores de seis escolas públicas. Utilizaram-se questionários e roteiro para grupo focal, aplicando-se a análise de conteúdo na modalidade temática. A Semiótica e as teorias de mapeamento de jornada de usuários respaldaram a interpretação dos achados. Dentre as temáticas do mapa de experiência dos participantes, a temática “reflexões e mudanças de comportamento a partir do uso do aplicativo” mostra que os pensamentos se referem auto gestão vocal; os sentimentos se alinham ao amparo do aplicativo aos docentes; e as mudanças de comportamento levam a redução dos riscos vocais. Estes aspectos devem ser considerados nas estratégias de promoção da saúde vocal, valorizando as experiências dos usuários para aferir seu alcance e eficácia.

Palavras-chave: Voz; Professor; Promoção da Saúde; Tecnologia.

Teachers' experiences with VoiceGuard application: reflections and changes in vocal behavior

Abstract. Mobile technologies contribute to vocal health care. This study aimed to evaluate teachers´

experience of using VoiceGuard application based on their reflections and changes in vocal behavior. A qualitative research was carried out with 40 teachers from six public schools. Questionnaires and a focus group script were used for data collection, applying the content analysis in the thematic modality. Semiotics and user´s-mapping theories supported data interpretation. Among the themes of the participants' experience map, the theme "reflections and changes in behavior from the use of the application" shows that the thoughts refer to voice self-management; feelings are aligned with the support the application offers to teachers; and behavior changes lead to vocal risk reduction. These aspects must be considered in the strategies for vocal health promotion, valuing the users´ experiences to gauge their reach and effectiveness.

Keywords: Voice; Teacher; Health Promotion; Technology.

1 Introdução

As alterações vocais em professores causadas pelas questões relacionadas ao trabalho levam esses profissionais ao afastamento e à incapacidade para o desempenho das suas funções. Apesar de representar um grave problema de saúde, os acometimentos vocais ainda não são reconhecidos pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) como doença relacionada ao trabalho (Alves, Robazzini, Marzialle, Felippe, & Romano, 2009).

Mestre & Ferreira, (2011) investigaram aspectos relacionados à saúde dos professores, associando-os ao exercício da profissão, quais sejam: acometimentassociando-os na saúde, impactassociando-os dassociando-os distúrbiassociando-os da voz na vida pessoal e profissional, conhecimentos sobre voz, busca por cuidados e tratamento, e a ocorrência de absenteísmo. Os investigadores compararam 944 professores com um grupo controle

(2)

769

de 290 participantes, cujas profissões não requeriam uso vocal. Foi constatado que, na realidade brasileira, cada vez mais os distúrbios psíquicos e vocais são as principais causas dos afastamentos dos professores ao trabalho. Isto também foi confirmado no estudo de Brasil, (2015), realizado junto a professores de 60 escolas públicas municipais de Fortaleza, Ceará, Brasil.

Apesar de não haver legislação pertinente que considere o nexo de causalidade das laringopatias com o trabalho e, mesmo sem respaldo legal para afirmar sobre incapacidade laborativa em profissionais da voz, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que a disfonia pode estar associada ao trabalho, havendo diversos fatores de risco reconhecidos pela legislação vigente. Ainda há muito para evoluir nos estudos sobre esse tema para que, em um futuro próximo, possam ser incluídos os diagnósticos que contemplem as laringopatias relacionadas ao trabalho na lista de doenças ocupacionais, para alcançar um bom índice de notificação em busca de um melhor dimensionamento do problema, para buscar o (re)direcionamento das políticas nacionais de saúde pública e, finalmente, para oferecer um melhor respaldo às decisões periciais (Silva, 2013).

Uma revisão bibliográfica realizada por Przysiezny & Przysiezny, (2015) mostrou que os DVRT são frequentes no contexto atual, sendo reconhecidas como as causas do afastamento ao trabalho ou da reabilitação vocal. O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador lançou o protocolo sobre os Distúrbios da Voz Relacionados ao Trabalho (DVRT), com o objetivo de “orientar os profissionais da rede SUS (Sistema Único de Saúde), de serviços privados, serviços de saúde das empresas e serviços especializados de segurança e medicina do trabalho (SESMT) a identificar, notificar e subsidiar as ações de vigilância dos casos de DVRTs e de seus determinantes” (Brasil, 2018, p. 7).

A voz é uma das ferramentas primárias e mais imediatas que o ser humano dispõe para interagir com a sociedade, uma vez que esta é uma caraterística própria do indivíduo (Behlau, 2004). A produção da voz está relacionada a fatores biológicos e genéticos, mas também culturais e psicossociais. Além disso, a personalidade, o estado emocional e a forma de expressar as emoções estão diretamente associadas às características vocais (Brasil, Silva, Brilhante, Melo, & Batista, 2018).

A disfonia consiste em uma voz alterada, com sinais de funcionalidade inadequada das pregas vocais ou sinais de desequilíbrio do trato vocal. Uma voz pode ser considerada disfônica se apresenta rouquidão, aspereza, soprosidade ou quaisquer outras alterações que modifiquem o som natural da voz (Park & Behlau, 2009). A docência é uma das profissões com maior incidência de distúrbios na voz, sendo estes, em grande parte, decorrentes de condições de trabalho e da excessiva demanda vocal dos professores. Esses fatores predispõem ao uso inadequado da voz, uma vez que o professor precisa lançar mão de comportamentos de risco, tais como: elevada intensidade vocal para chamar a atenção do aluno, competição com o ruído ambiental e carga horária excessiva de trabalho. Soma-se, ainda, à realidade do professor a rotina familiar e social, as quais não se dissociam do uso vocal (Xavier, Santos, & Silva, 2013).

Ferracciu, Santos, Teixeira, & Almeida, (2015) afirmam que, apesar da alta incidência de patologias vocais nos docentes, percebe-se a falta de conhecimento dessa população sobre os cuidados, a prevenção de distúrbios e o uso adequado da voz. Esse fato é bastante relevante, pois a voz é uma das principais ferramentas de trabalho dos professores e estes, na maioria das vezes, só procuram cuidados quando as queixas e sintomas já estão em estágio avançado.

Nesse cenário, observa-se a utilização de tecnologias móveis para a promoção e o cuidado com a saúde da população. Uma das vantagens dessas tecnologias consiste no fato de serem dispositivos inteligentes e pessoais, atingindo usuários, terapeutas e cuidadores, desde as fases de prevenção, perpassando pela terapia e chegando a internação (Whittaker, 2012; Sherry & Ratzan, 2012). As tecnologias eHealth (eletronic health) ampliam a sua abrangência nos cuidados com a saúde e consistem em um conjunto de ferramentas que a realidade dos sistemas de saúde online torna possíveis. Albergam, também, de forma integrada, informações e tecnologias da comunicação que

(3)

770

permitem a entrega eficiente de serviços de saúde, por meio de processos, ferramentas e sistemas (Lopes, 2016). Nesse âmbito, as tecnologias mobile health (mHealth) ocupam um lugar destacado, pois estas ampliam o acesso às informações e vencem as barreiras de tempo e espaço.

Pensando nesses recursos tecnológicos e nas diversas possibilidades que oferecem ao campo da promoção da saúde vocal, uma equipe multidisciplinar da Universidade de Fortaleza constituída por fonoaudiólogos, designers, engenheiros e cientistas da computação, por meio de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) e o Laboratório de Inovação Tecnológica, conceberam e desenvolveram, de janeiro de 2015 a novembro de 2016, o aplicativo VoiceGuard (Carlos, Magalhães, Vasconcelos Filho, Silva, & Brasil, 2016). Este aplicativo tem como principal objetivo promover apoio individualizado na gestão do uso da voz, oferecendo ferramentas diversas, dentre as quais se destacam a medição do ruído ambiental, o lembrete para a hidratação durante o uso profissional da voz, dicas sobre o que é bom e o que não é bom para a voz, testes para verificar risco vocal, além de relatórios sobre a rotina diária de uso vocal (Carlos, Magalhães, Vasconcelos Filho, Silva, & Brasil, 2016).

A partir da existência do VoiceGuard e após a sua validação junto a professores do ensino fundamental, no Brasil, e do ciclo básico de ensino, em Portugal, verificou-se que o aplicativo estimulou reflexões sobre melhorias na atenção à saúde vocal dos professores e das políticas públicas voltadas a esses profissionais, buscando melhores condições de trabalho e qualidade de vida. Assim, sentiu-se a necessidade de avaliar a experiência dos usuários com a ferramenta, a partir do “mapeamento de experiência” (Kalbach, 2017), que faz parte do “mapeamento de jornada de clientes”, uma estratégia para verificar o nível de satisfação e adesão do público-alvo a um produto ou processo. Na área da saúde, mapear a jornada dos usuários de produtos e serviços é uma ação cada vez mais demandada e reveste-se da mais elevada importância, uma vez que possibilita verificar como as pessoas utilizam e lidam com um determinado produto ou serviço, como se sentem e se comportam nessa trajetória (Atlassian, 2017).

Esta pesquisa justifica-se pela necessidade de avaliar a experiência de uso do VoiceGuard por professores, por ser este aplicativo parte de uma metodologia de promoção da saúde vocal amparada pela tecnologia mHealth. A relevância deste estudo consiste em contribuir com a atualização contínua do VoiceGuard, tendo como base as experiências dos usuários, o que favorece a oferta de uma fermenta mHealth de qualidade aos professores, otimizando a promoção da saúde vocal, o autocuidado e o uso continuado do aplicativo.

Diante do exposto, o objetivo deste estudo consistiu em avaliar a experiência de uso do aplicativo VoiceGuard por professores com base nas reflexões e mudanças de comportamento vocal.

2 Metodologia

O presente estudo constitui um desdobramento de uma tese de doutorado sobre saúde vocal de professores do ensino fundamental e faz parte de um projeto guarda-chuva aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade e Fortaleza (UNIFOR) sob o parecer nº 1.666.807.

A investigação foi desenvolvida de junho a novembro de 2018, com a participação de 40 professores do ensino fundamental, de ambos os sexos, de seis escolas públicas da rede municipal de ensino de Fortaleza, Ceará, Brasil. A proposta metodológica corresponde a uma pesquisa de natureza aplicada, metodológica e qualitativa, uma vez que buscou a avaliação da experiência dessa população com a utilização do aplicativo VoiceGuard, o qual foi desenvolvido em laboratório e o conteúdo foi preliminarmente validado por um grupo de fonoaudiólogos (juízes) em pesquisa anterior (Carlos, Magalhães, Vasconcelos Filho, Silva, & Brasil, 2016).

(4)

771

As seis escolas municipais inclusas nesta pesquisa localizam-se uma em cada Distrito de Educação de Fortaleza, tendo sido selecionadas a partir dos seguintes critérios: ter Ensino Fundamental I e/ou II, ter o maior número de alunos e de professores no respectivo Distrito de Educação, ter número de professores igual ou superior a vinte. Em cada escola selecionada, foram convidados todos os professores a comporem a amostra do estudo, obtendo-se, ao final, 40 (quarenta) participantes que permaneceram nas três etapas.

A execução deste trabalho foi previamente alinhada com a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza, a partir da apresentação do estudo e da obtenção da anuência pela Secretária de Educação. Em junho de 2018, as escolas também receberam uma carta de anuência, que foi entregue pessoalmente pela pesquisadora aos respectivos diretores para que conhecessem e autorizassem o desenvolvimento do estudo.

Na primeira etapa, em agosto de 2018, realizou-se uma oficina de apresentação do estudo e do aplicativo em cada uma das escolas participantes, a qual teve duração média de 1 hora. Nessa ocasião, a pesquisadora reuniu os professores que tinham interesse em participar da pesquisa em uma sala de aula e fez uma exposição sobre a pesquisa e o aplicativo VoiceGuard. Logo após, os interessados preencheram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e responderam individualmente o questionário sobre o perfil socioeconômico e as condições de saúde, o qual era composto por questões objetivas e subjetivas sobre os seguintes aspectos: identificação, formação e vida profissional, condições de saúde e percepções sobre a voz. Na sessão condições de saúde, havia um item específico para verificar as expectativas desses profissionais em relação ao uso de aplicativos para a promoção da saúde. Após esse momento, cada participante, sob orientação de uma das pesquisadoras, fez o download do aplicativo em seus celulares, foram orientados a fazer uso da ferramenta e receberam os contatos dos pesquisadores para o esclarecimento de dúvidas, caso necessário.

O período de utilização do aplicativo pelos professores e o acompanhamento mensal pela pesquisadora constituiu a segunda etapa do estudo, o que aconteceu de agosto a outubro de 2018. Após um mês do primeiro contato com os participantes, a pesquisadora voltou a cada uma das escolas, em data e horário pré-agendados com os diretores e professores, para aplicar o questionário de acompanhamento mensal da experiência, o qual era composto de questões subjetivas, explorando os seguintes aspectos: dúvidas em relação ao manuseio do aplicativo, mudanças de vida/ comportamento vocal com a utilização da ferramenta e sugestões de melhoria. A aplicação desse instrumento teve a duração média de 30 minutos com cada participante.

Na terceira etapa (outubro a novembro de 2018), transcorreu a avaliação da experiência dos professores com a utilização do aplicativo VoiceGuard, por meio da aplicação de um questionário composto por questões abertas. A pesquisadora aplicou o instrumento individualmente com cada participante, procedimento este que teve duração média de 40 minutos. Ainda na terceira etapa, em outro dia previamente agendado, foi realizado um grupo focal (GF) em cada escola, com duração média de 2 horas, para aprofundamento das informações obtidas no questionário de avaliação da experiência dos usuários.

Vários autores (Minayo, 2014) concordam que os GF são espaços de discussão, onde os envolvidos dialogam sobre um tema específico sob a coordenação de um facilitador, responsável por mediar e estimular o debate, e de um moderador, o qual oferece apoio e auxilia do facilitador na condução do grupo. Na presente investigação, coube à pesquisadora o papel de facilitadora e a uma bolsista de Iniciação Científica o papel de moderadora. Essa técnica favorece a interação entre os participantes e a opinião do grupo é o que deve ser levado em consideração. Nesse processo, deve-se valorizar a troca de ideias, as descobertas e as participações mais comprometidas, o que proporciona descontração entre os envolvidos na hora de responder às questões norteadoras (Trad, 2009).

(5)

772

No que se refere a análise dos Questionários de Acompanhamento Mensal e da Avaliação da Experiência do Usuário, além dos GF, os dados foram transcritos com base nos registros escritos dos participantes, nas gravações em áudio e vídeo, além das anotações da pesquisadora, visando a uma maior fidedignidade e riqueza de detalhes dos registros.

Os dados obtidos por meio desses instrumentos, após as transcrições, foram tratados com base na Análise de Conteúdo na modalidade temática (Minayo, Deslandes, & Gomes, 2013). Este método possibilita verificar em detalhes diversos tipos de comunicação, com o objetivo de obter um maior conhecimento sobre o assunto em pauta dentro de um contexto mais específico. Para isso, contemplaram-se as seguintes etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, por meio da inferência e da interpretação dos dados (Minayo, 2014).

Para proteger as identidades dos participantes, os mesmos foram denominados pela letra “P”, que remete à “professor”, seguida de números que correspondem a quantidade de participantes. Dessa forma, “P1” significa professor número 1 e assim sucessivamente.

A interpretação dos achados respaldou-se na Semiótica (Santaella, 2008) e nos preceitos do “mapeamento de experiência” (Kalbach, 2017), os quais possibilitaram verificar as experiências dos professores e as contribuições que o VoiceGurd pode trazer para o comportamento vocal e a melhoria da qualidade de vida dos participantes.

A Semiótica é a ciência que estuda os signos e os processos de significação na natureza e na cultura. É a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens e processos comunicativos possíveis, pois considera qualquer fenômeno como um sistema sígnico de produção de sentido. Santaella, (2008) aponta que existem várias abordagens teóricas sobre a compreensão humana que são contempladas pela Semiótica. Porém, para o presente estudo, foram adotadas as teorias que possibilitaram um melhor entendimento sobre os elementos que devem ser considerados para a Interação Humano Computador. Nesse contexto, foi adotada a Teoria Semiótica, a partir da visão de Charles Sanders Pierce (Barbosa & Silva, 2010), a qual facilitou que os investigadores verificassem os significados que os professores atribuíram à experiência de uso do aplicativo VoiceGuard.

Já os preceitos teóricos do “mapeamento de experiência” apresentados por Kalbach, (2017) repousam em dois pontos de vista: as pessoas envolvidas e os tipos de experiências focadas. Esse mapeamento se direciona a uma atividade humana geral, em determinado domínio, separando as experiências das soluções; ajudando, assim, a mudar os pensamentos dos desenvolvedores de produtos ou estratégias em direção aos resultados desejados que as pessoas buscam. Nesse intuito, os mapas de experiência reconhecem que as pessoas interagem com o produto ou participam de uma determinada ação e essa interação modela seus comportamentos.

Para se verificar o percurso de uma pessoa em um determinado processo de relacionamento ou interação com um produto, mapas de experiência podem ser constituídos, devendo albergar os seguintes elementos: fases do comportamento, ações e etapas realizadas; objetivos ou necessidades; pensamentos e perguntas; emoções e estado de espírito; pontos críticos; artefatos físicos e dispositivos; e oportunidades (Kalbach, 2017). Apesar desses elementos, o autor aponta que existem muitas possibilidades de elaboração de mapas de experiência, indo de estruturas simples a complexas.

A associação dessas teorias subsidiou os pesquisadores na organização e na análise dos dados, uma vez que a utilização do aplicativo pelos professores em sua rotina diária levou a significações e ressignificações sobre a saúde vocal, além de novos comportamentos em relação à voz. A compreensão desses aspectos foi facilitada por meio do seguimento e da planificação das experiências.

Além do perfil socioeconômico, profissional e condições de saúde dos participantes, identificados a partir da análise feita por meio do SPSS versão 20.0, as temáticas que constituem o mapa geral da experiência dos participantes com o VoiceGuard são as seguintes: motivações para a utilização do

(6)

773

aplicativo; reflexões e mudanças de comportamento a partir do uso do aplicativo; potencialidades e fragilidades da experiência; e sugestões e melhorias.

No presente artigo, a temática evidenciada refere-se a “reflexões e mudanças de comportamento a partir do uso do aplicativo”, a qual será discutida e detalhada nos resultados.

3 Resultados e Discussão

A temática “reflexões e mudanças de comportamento vocal” desdobra-se em pensamentos, sentimentos e mudanças de comportamento advindas do uso do aplicativo pelos professores, mostrando que os pensamentos relacionados à utilização da ferramenta levam os professores a auto gestão vocal; os sentimentos alinham-se à sensação de amparo que o VoiceGuard traz aos docentes; e as mudanças de comportamento autoreferidas levam à identificação de ações que primam pela redução de fatores nocivos à voz, a partir da utilização do aplicativo.

Vygotsky, (2002) afirma que todas as atividades cognitivas do indivíduo ocorrem de acordo com a sua história social e experiências vividas. Portanto, as habilidades cognitivas e as formas de estruturar pensamentos recebem uma forte influência dos hábitos praticados, de acordo com as culturas que os envolvem. Assim, as interações de um indivíduo ou grupo com um determinado produto devem compor os mapas de experiência para a verificação da adesão ao recurso desenvolvido.

Para isso, alguns dos elementos a serem considerados, segundo Kalbach, (2017), dizem respeito aos pensamentos dos usuários emergentes dessa interação; aos sentimentos que o produto provoca nessas pessoas; e como estes pensamentos e sentimentos são capazes de mobilizar mudanças de comportamento.

A utilização do aplicativo VoiceGuard, como ferramenta de promoção da saúde vocal, gerou pensamentos positivos nos professores, principalmente, no que diz respeito à liberdade de utilização da ferramenta e ao estímulo ao autocuidado, o que se traduz na autogestão da voz, conforme expresso a seguir:

O bom do aplicativo é que a gente só não usa se não quiser... hoje em dia, todo mundo é ligado direto no celular [...] Todo dia, ao usar o aplicativo, fazia o meu teste para saber como estava minha voz, ele lembrava a hora beber minha água e, o melhor, na hora que o ruído se elevava, ele apitava e eu parava de falar, porque sabia que tinha chegado no limite do barulho. (P32).

O uso de dispositivos móveis já é uma realidade no cotidiano das pessoas. As informações para a saúde, nesse tipo de dispositivo, têm um caráter extremamente dinâmico, a exemplo dos alarmes e lembretes que reforçam as estratégias de promoção da saúde, diante da aprendizagem significativa que propiciam. Assim, as vantagens e os benefícios dessa tecnologia são inúmeros, o que inclui o contexto da promoção da saúde (Oliveira & Alencar, 2017).

O relato de P32 mostra que os testes e os recursos visuais e sonoros facilitaram a utilização do aplicativo VoiceGuard e trouxeram maior autonomia para que o usuário cuidasse da sua voz. Assim, destaca-se que essa constatação alinha-se aos achados obtidos em um estudo que utilizou métodos de avaliação da engenharia semiótica, os quais possibilitam verificar a forma de comunicação de um sistema ou tecnologia com o usuário, o que, segundo Silva & Gibertoni, (2017), é uma estratégia muito pertinente quando se busca analisar a experiência do usuário com uma aplicação “gamificada”.

O acesso às informações e a implementação dos conhecimentos adquiridos, a partir da utilização do aplicativo na prática, teve destaque nos relatos dos professores:

Eu gostei [do aplicativo] porque vi que tinha o que eu posso fazer e o que eu não posso fazer com a minha voz [...] Foram informações simples, mas, até então,

(7)

774

desconhecidas para mim; a partir daquele momento, comecei a me cuidar melhor. (P17)

O melhor de tudo é a praticidade [do VoiceGuard], baixou instalou e pronto. A partir daquele momento, já consegui visualizar uma maneira melhor para cuidar da minha voz [...] (P26).

A satisfação dos usuários com as informações obtidas e a possibilidade de colocar em prática o que o aplicativo apresenta perpassam por conceitos do mapeamento de experiências e da Semiótica. A partir do mapeamento da jornada dos usuários com o aplicativo, foi possível observar o engajamento dos professores com a ferramenta (Atlassian, 2017), como relatam P17 e P26, ao mencionarem novos aprendizados, possibilidades de monitoramento da voz e implementação de novos comportamentos. A Semiótica explica esse processo de significação, ao mencionar a fase da comunicação em que a mensagem da tecnologia chega ao usuário, gerando uma interação. Ao proporcionar uma boa interação, a experiência pode ser considerada satisfatória (Salgado, 2007). Os sentimentos despertados pelo uso do aplicativo mostram que os sentidos atribuídos à ferramenta estão alinhados à satisfação, à liberdade, à segurança e às possibilidades que a ferramenta oferece ao enfrentamento de muitas dificuldades que os professores vivenciam com relação ao uso da voz. Evidencia-se, portanto, a satisfação com o VoiceGuard, a partir da sensação de amparo ao uso profissional da voz, diante da disponibilização de informações, dicas sobre cuidados e orientações:

Para mim, foi uma surpresa alguém desenvolver um aplicativo direcionado aos professores. A maioria das pessoas que aparecem aqui para fazer pesquisa é sempre voltada aos alunos, o professor é sempre esquecido. Pode até ser que agora as coisas mudem. Eu sei que os professores são os que mais sofrem com isso, mas infelizmente nem todo mundo aqui tem o conhecimento de mudar ou tem condições de ir atrás de cuidados. Muitas vezes, uma informação simples, como traz o VoiceGuard, já ajuda. (P34).

As pesquisas evidenciam que a maioria dos professores utilizam a voz de forma inadequada por diversos motivos, fato que justifica a elevada prevalência alterações vocais nessa população. Nesse sentido, as intervenções no campo da saúde do professor devem considerar a necessidade de participação desses profissionais nas ações voltadas à proteção e à promoção da saúde, como sujeitos capazes de contribuir com o conhecimento para o avanço da compreensão do impacto do trabalho nas condições de saúde e doença e de intervir para transformar a realidade (Ferracciu, Santos, Teixeira, & Almeida, 2015).

Diante dessa questão e das falas dos participantes deste estudo, observa-se a importância de uma tecnologia como o VoiceGuard para os professores e para as políticas públicas, ao ser vista pelos usuários como uma ferramenta de amparo e suporte à implementação de cuidados com a voz. É válido destacar, ainda, que a maneira como os professores usam e cuidam da voz pode contribuir para a promoção da sua saúde vocal ou provocar alterações, mostrando a importância de despertar a atenção deles, dos profissionais da saúde e das autoridades competentes para esse assunto (Silva, 2013). Assim, nesta temática, também evidenciaram-se possibilidades de mudanças de comportamento, a partir do uso o VoiceGuard, quando os relatos dos participantes convergiram para a adoção de medidas para a redução de fatores nocivos à voz.

Estudos sobre ações de promoção da saúde vocal demonstram que estas levam as pessoas a refletirem sobre os hábitos de vida e a origem dos problemas vocais, trazendo a oportunidade de buscarem soluções e a adoção de comportamentos que ajudem na manutenção dessa função. Estas estratégias levam-nas ao melhor uso sistemático da voz e ao reconhecimento da sua importância no contexto da vida cotidiana e no trabalho (Kasama, Martinez, & Navarro, 2011).

(8)

775

Os participantes deste estudo, revelaram que, a partir do conhecimento adquirido sobre saúde vocal, sobre os benefícios e malefícios à voz, obtidos a partir do VoiceGuard, alguns comportamentos foram modificados, como exemplificam as falas a seguir:

[...] Sempre usei [pastilhas]... Me dava uma sensação de dormência e eu conseguia até engolir melhor. Hoje [depois do uso do VoceGuard], já sei que não posso mais fazer isso, e não faço mais. Agora, aprendi a comer uma maçã no lugar da pastilha. (P3).

Eu nunca imaginei que fosse andar com uma garrafa de água, após o uso do aplicativo... Ele sempre alarma na hora da água e, como sei que ele vai alarmar, e vou ter que fazer o registro da água, eu agora prefiro andar com a garrafa. Porque antes eu sempre esquecia. (P18).

[....] hoje, quando começo a dar aulas, já ligo o sinal-ruído. Quando vejo que meu tom [intensidade] de voz está aumentando e ele alarma, já reduzo a voz [a intensidade], respiro um pouco e continuo [...] (P33).

As mudanças de comportamento relacionadas a saúde vocal citadas pelos participantes P3, P18 e P33 constituem aspectos de elevada importância para o uso da voz. Ademais, mostram a adesão dos usuários à ferramenta, mais uma vez, certificando a jornada de experiência positiva dos professores (Atlassian, 2017), por meio da interação significativa propiciada pelo artefato tecnológico, validando os preceitos da Semiótica.

Ao mencionar a conscientização sobre o efeito paliativo das pastilhas, P3 mostra que o conhecimento oferecido pelo aplicativo transformou a sua prática por meio da compreensão. A literatura aponta que a sensação de alívio temporário aos incômodos vocais que as pastilhas e outros elementos (cristais de gengibre, sprays) oferecem mascaram sintomas, levando ao mau uso e abuso vocais (Ferracciu, Santos, Teixeira, & Almeida, 2015).

Na fala de P18, a hidratação continuada torna-se hábito na sua rotina de trabalho, o que foi mediado pelo uso do VoiceGuard, por meio do dispositivo “hora da água”. Segundo Fillis, Andrade, González, Melanda, & Mesas, (2016), a ingestão de água durante o uso profissional da voz, seguindo uma frequência temporal, é uma das ferramentas mais poderosas de proteção aos desgastes no aparelho fonador.

O relato de P33 também faz menção a outro aspecto de extrema importância para a saúde vocal do professor, que é a competição com o ruído ambiental. Neste estudo, observa-se que a ferramenta “sinal-ruído” o VoiceGuard auxiliou na percepção do nível de ruído que representa risco para a voz, possibilitando o professor, reduzir a intensidade vocal a partir do aviso dado pelo alarme sonoro (Carlos, Magalhães, Vasconcelos Filho, Silva, & Brasil, 2016).

4

Conclusão

A realização desta pesquisa possibilitou avaliar a experiência de uso do aplicativo VoiceGuard por professores do ensino fundamental, a partir do mapeamento de experiência dos usuários e da Semiótica. O uso dessas teorias em associação auxiliaram a verificar a compreensão de como o usuário interagiu com a ferramenta, a forma como a comunicação foi estabelecida entre a tecnologia e o usuário e quais aspectos geraram valor para os participantes.

Destacaram-se, neste recorte da investigação, as reflexões dos professores sobre a saúde vocal, a partir dos pensamentos e sentimentos que emergiram a partir da utilização da tecnologia; além das mudanças de comportamento que levaram a redução dos fatores de risco para a voz.

A educação em saúde vocal é uma prática que deve ser centrada na problematização do cotidiano, na valorização da experiência de indivíduos, de grupos sociais e na leitura das diferentes realidades.

(9)

776

Nesse sentido, é importante instrumentalizar os professores para que assumam a responsabilidade sobre sua saúde. Assim, o elevado nível de satisfação e as mudanças de comportamento incorporados na rotina diária dos professores, verificadas por meio da avaliação da experiência desses profissionais com o VoiceGuard, mostra que o uso de recursos como este aplicativo deve ser estimulado, uma vez que se verifica a sua contribuição nos processos de educação em saúde vocal e na adoção de hábitos vocais saudáveis.

Referências

Alves, L. A., Robazzini, M. L. C., Marzialle, M. H. P., Felippe, A. C. N., & Romano, C. C. (2009). Alterações da saúde e a voz do professor, uma questão de saúde do trabalhador. Revista Latino- Americana de Enfermagem, 17(4), 566-572.

Atlassian. (2017). Mapeamento da jornada. Disponível em: https://br.atlassian.com/team-playbook/plays/journey-mapping.

Barbosa, S., & Silva, B. (2010). Interação Humano-Computador. Rio de Janeiro: Elsevier.

Behlau, M. (2004). O melhor que vi e ouvi III. Atualização em Laringe e Voz. Rio de Janeiro: Revinter. Brasil, C. C. P. (2015). A voz da professora não pode calar: sentidos, ações e interpretações no

contexto da integralidade em saúde. 2015. 232 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Universidade Estadual do Ceará, Universidade Federal do Ceará e Universidade de Fortaleza – Associação Ampla, Fortaleza.

Brasil. (2018). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Distúrbio de voz relacionada ao trabalho-DVRT. Brasília.

Brasil, C. C. P., & Silva, R. M. (2016). A voz da professora na integralidade em saúde. Fortaleza: Edições UFC.

Brasil, C. C. P., Silva, R. M. da, Brilhante, A. V. M., Melo, A. K., & Batista, M. H. (2018). Entrelaçamento voz e emoção na percepção docente sob a ótica da fenomenologia de Merleau-Ponty. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 22(66), 865-876.

Carlos, Magalhães, Vasconcelos Filho, Silva, & Brasil. (2016) Concepção e Avaliação de Tecnologia m Health para promoção da saúde vocal. Revista Ibérica de Sistemas e Tecnologias da Informação, 19 (9).

Ferracciu, C. C. S., Santos, L. V. A., Teixeira, L. R., & Almeida, M. S. (2015). Estratégias de enfrentamento e perfil de participação e atividades vocais em professoras da rede pública de ensino com e sem distúrbio de voz. Revista CEFAC, 17(4), 1184-1194.

Fillis, M. M. A., Andrade, S. M. de, González, A. D., Melanda, F. N., & Mesas, A. E. (2016). Frequência de problemas vocais autorreferidos e fatores ocupacionais associados em professores da educação básica de Londrina, Paraná, Brasil. Caderno Saúde Pública, 32(1), e00026015. Epub February 12, 2016.

Kalbach, J. (2017). Mapeamento de Experiências. Rio de Janeiro: Alta Books.

Kasama, A. T., Martinez, E. D., & Navarro, V. L. (2011). Proposta de um programa de bem estar vocal para professores: estudo de caso. Distúrbios da Comunicação, São Paulo, 23 (1), 35-42.

(10)

777

Lopes, A. R. (2016). Avaliação da qualidade de serviços da eHealth online na perspectiva do utilizador. Coimbra: Dissertação de Mestrado em Engenharia Informática apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Mestre, L. R., & Ferreira, L. P. (2011). O impacto da disfonia em professores: queixas vocais, procura por tratamento, comportamento, conhecimento sobre cuidados com a voz, e absenteísmo. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 16 (2), 140-141.

Minayo, M. C. S. (2014). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec.

Minayo, M. C. S., Deslandes, S. F., & Gomes, R. (2013). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 33. ed. Petrópolis: Vozes.

Oliveira, A. R. F., & Alencar, M. S. M. (2017). O uso de aplicativos de saúde para dispositivos móveis como fontes de informação e educação em saúde. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, 15 (1), 234-245.

Park, K., & Behlau, M. (2009). Perda da voz em professores e não professores. Rev. soc. bras. fonoaudiol., São Paulo, 14(4), 463-469.

Przysiezny, P. E., & Przysiezny, L. T. S. (2015). Distúrbio de voz relacionado ao trabalho. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, 81(2), 202-211.

Salgado, L. C. C. (2007). CommEST – Uma ferramenta de apoio ao método de Avaliação de Comunicabilidade. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Santaella, L. (2008) Semiótica Aplicada. São Paulo: Cengage Learning.

Sherry, J. M., & Ratzan, S. C. (2012). Measurement and evaluation outcomes for m-health communication: don't we have an app for that? J Health Commun, Washington, 17(1), 1-3. Silva, M. S. (2013). Considerações periciais acerca da voz enquanto instrumento de trabalho. Revista

Especialize online, 4(2), 1-13.

Silva, L. G. Z. da, & Gibertoni, D. (2017). Avaliação de Comunicabilidade de um Aplicativo Gamificado. SIMTEC - Fatec Taquaritinga, 4 (1).

Trad, L. A. B. (2009). Grupos focais: conceitos, procedimentos e reflexões baseadas em experiências com o uso da técnica em pesquisas de saúde. Physis, Rio de Janeiro, 19 (3), 777-796.

Whittaker, R. (2012). Issues in m-health: findings from key informant interviews. J Med Internet Res, Pittsburgh, 14(5), 129: e129. Published online 2012 Oct 2.

Vygotsky, L. S. (2002). Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: Copyright, Edição eletrônica.

Xavier, I. A., Santos, A. C., & Silva, D. M. (2013). Saúde vocal do professor: intervenção fonoaudiológica na atenção primária à saúde. Revista CEFAC, 15(4), 976-985.

Referências

Documentos relacionados

autor, as manifestações populares carnavalescas como os cordões, ranchos e blocos eram estratégias e artimanhas utilizadas pelos populares como meio de resistência,

A versão reduzida do Questionário de Conhecimentos da Diabetes (Sousa, McIntyre, Martins & Silva. 2015), foi desenvolvido com o objectivo de avaliar o

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

[r]

dias após a data da prescrição, conforme o artigo 2º da portaria n.º 193/2011, de 1 de julho, ou renováveis (3 vias da receita médica) por um período máximo de 6 meses

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar

(2009) sobre motivação e reconhecimento do trabalho docente. A fim de tratarmos de todas as questões que surgiram ao longo do trabalho, sintetizamos, a seguir, os objetivos de cada