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Pressão arterial de escolares e adolescentes de uma Escola de Florianópolis - Santa Catarina: comparação com dados do Task Force.

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(1)

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(2)

UIIYERSIDHDE ÍEDEIRL DE SIITI GITIIIIR BEITIO DE GIEIÇIHS IE_8IUIE

IEPIITRIEITO IE FEDIITIII

PRESSJY) ARTERIAL

DE

ESCOLARES

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DE

UMA

ESCOLA

DE

FLORIANOPOLIS

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SANTA

ARINA

OOMPARKFÃO

COM DADOS DO

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1¶.7TORE&

REJANE GOMES

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MARIA CRI.-ST INA SCFHHJTFAÚSEN 1?/3 51-.l-VÁ

ORIENTADORESI

NILZETE

LIBERJUO .BRESO1-INJQI

Am:-ANDO

Joss

POL..LI×××

NEVTON

DJALMA

VALLE P-E-`R§.ÍRA××K×

ÁDGUTORANDOS

DA DÉCIMA

PRIMEIRA

FASE DO CURSO

DE

MEDICINA

na NE.F`RO.Z.0GI.5TA

PEDIÃT

RA DO

HOSPITAL INFANTIL

JOANA

DE

(WSMAO

E

HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO

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NEFROLOGISTA

.PEDIAT RIA

DO

HOSPITAL INFANTIL

JOANA

DE

GUSMÃO

zum:

PROFESSOR ADJUNTO DA

DISCIPLINA

DE

PEDIÁFRIÀ

E

ÇHEFE

DO SERVIÇO

DE

NEFROLOGIA

DO

HOSPITAL INFANTIL

JOANA

DE

GUSMÃO

I

(3)

AIIGIIIIEBIIEITOS

~EIMS

AOS NOSSOS ORIENTADORIIS

PELA

COLABORAÇÃO

E

AUXILIO

PARA A

REALIZIXÍÃO

DE$`E TRABALHO

AGREDECEHOS

A

DRA. LUCIA

REGINA

G. M,

SANTOS

PELA CONTRIBUIÇÃO

PREWADA

NA

DIWSSÃO

JBREDECEMOS

AOS AMIGOS FABIOLA

E

MARCO

ANTONIO

PELA AJUDA

E

INCENT

IVO

(4)

I II III IV V VI VII VIII v SUMÁRIO RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..O1 INTRODUÇÃO . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . ..O2

CASUISTICA E

HTODOS

. . . . . . . . . . . . . . . ..O5

RESULTADOS . . . . . . ..O6 DISCUSSÃO . . . . . . . . . ..12 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..16 ABSTRACT . . . . ..17 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..L . . . . . . . . . . . . . . . . ..19 \ I

(5)

1'

IESUMU

Determinou-se a pressão arterial (PA) em 463 crian- cas consideradas saudáveis incluindo 309 crianças em idade escolar ( 6 ã 12 anos) e 174 adolecentes (13 ã 18 anos), do

Colégio de Aplicação da UTSC, em Florianopolis, no periodo de março ã Junho de 1989. Os niveis pressõricos foram avaliados

conforme a tabela do Task Force. _

Das 483 criancas avaliadas, O8 (1,6S%) apresentaram hipertensão arterial (HA) e 15 (3.1%) PA "borderline“.

No grupo dos hipertensos havia 7 (79,9%) adolescen- tes e apenas 1 (20,1%) crianças em idade escolar.

No grupo de PA 'borderline' 12 (80%) eram adolescen- tes e 3 (20%) eram crianças em idade escolar. .

Entre os hipertensos detectaram-se alguns fatores de risco tais como obesidade em 3 (37.5%) dos mesmos e história

familiar de- HA em 5 (62,5%). Um dos pacientes obesos tinha

concomitantemente história familiar de HA. -

Os dados obtidos permitem que, em concordância com outros autores, ressalte-se a importância da medida da PA em crianças bem como a necessidade de no minimo 3 medidas de PA

em dias diferentes para o diagnóstico de HA; patologia esta

que pode causar seqüelas irreversíveis em diversos sistemas do organismo.

(6)

INTROIXÍÇÂO

V

Ao se propor

um

tema que aborda a incidencia de Hi-

pertensão Arterial

na

infancia e adolescência, faz-se necessa-

rio definir Pressão Arterial (PA) e ressaltar alguns aspectos

a respeito da Hipertensão Arterial (HA).

Pressão Arterial é a pressão existente no interior

das artérias ou em suas paredes pois conforme o princípio de

Pascal. qualquer pressão aplicada a

um

fluido dentro de

um

vaso, transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido e

às paredes do vaso que o contém. A diferença de pressão exis-

tente no interior

da

árvore vascular leva o sangue a circular

nos vasos sanguíneos dos locais de maior pressão para os de

menor pressão, perfundindogos tecidos adequadamente, desde que

esta pressão seja mantida

num

nível mínimo. A perfusão adequa- da dos tecidos permite que suas funções metabólicas sejam rea- lizadas, recebendo O3 e outros ›componentes químicos e elimi-

nando

produtos deste metabolismo como CO2, secreções, excre-

ções, calor, etc., através do sangue. Neste sentido as reper-

cussões da PA alta sobre o organismo em geral só se fazem a

longo prazo e não existe

um

limite claro acima do qual as re-

percussões conhecidas começam a ocorrer e abaixo' do qual não

ocorreriam. Sabe-se no entanto que,

quanto

maior a PA (seja a

sistõlica ou a diastólica) maior é a ocorrência de complica-

ções (10).

Os principais determinantes da PA säo o Débito Car-

díaco (DC) e a Resistencia Vascular Periférica (RVP) e estes,

por sua vez, são determinados por fatores genéticos. O DC

depende também do volume sanguíneo, débito sistolico, freqüen- cia cardíaca, volume sistõlico cardíaco e pressão de enchimen-

(7)

/

APA

sistolica depende do volume máximo de ejecão,

da contração do ventrículo esquerdo e da distensão da aorta. A frequencia cardíaca, a

RVP

e a tensão da aorta

determinam a PA diastólica.

A PA sofre influência de condições fisiológicas e de fatores extrínsecos ao individuo. Entre os fatores intrínsecos

podem ser mencionados: estado de vigília e de sono, sonho, va- riações posturais, digestão, respiração, fala, bexiga cheia,

apnéia respiratória, dor, 'stress' emocional. Dos fatores ex~ trinsecos ou ambientais ressalta-se: reflexo de defesa, exer-

cicio fisico,.temperatura ambiente, fumo e dieta.

Sendo assim, o nivel de PA não e fixo ou imutável

para qualquer individuo. Ao contrario. varia constantemente ao longo do tempo,

nas

vinte e quatro horas do dia e em cada fase

do ciclo cardíaco. Portanto,

nenhum

individuo tem

uma

PA mas

sim

uma curva

de pressões ou tantas

quantas

forem medidas in-

termitentemente. (10)

, .

A PA de

um

indivíduo deveria ser caracterizada por

dados que permitissem inferir o valor clinico da medida desta variavel. Para tanto o ideal seria a medida continua da PA ou,

no mínimo, dentro de

um

periodo de tempo finito.

No que- concerne â

HA

em criancas os parametros de

normalidade ainda não

estão bem definidos, principalmente

quanto

à historia natural da crianca hipertensa. As criancas

hipertensas poucas vezes apresentam sintomatologia florida por

suportarem bem os niveis pressoricos elevados. No entanto em

alguns

casos pode-se constatar historia previa de cefaléia

(8)

ó

É de

grande

importancia a pesquisa de

HA

em pedia-

tria pois acredita-se que

uma

grande percentagem de adultos

hipertensos se apresentavam nesta condição 'Já

na

infancia.

Obesidade, componente familiar. diabete, e nefropatias devem

ser considerados como fatores de risco

na

instalação da

HA

(1.11)- .

As patologias que mais comumente estão relacionadas com

HA

são: glomerulopatias, insuficiência renal

aguda

e cro-

nica, hipertensão renovascular, causas endocrinas, tumores e

outras

(11).V

Estudos demonstram incidência de 1 a 3% de hiperten-

sos da população pediátrica. Deve-se ressaltar que tanto o au-

mento crônico e constante da PA como elevações intermitentes,

mas freqüentes produzem consequências adversas, principalmente

para o sistema cãrdio-vascular, podendo causar alterações re-

tinianas e renais (1).

Neste contexto, coloca-se a importancia deste traba-

lho em sua proposição de apontar a incidencia de I-IA

na

infan-

cia e adolescencia com o objetivo de evitar maiores transtor-

nos

na

vida adulta. '

(9)

CZGUUSTYCAITIUHTHXMÊ

Foi estudado aleatoriamente um grupo de 309 crianças em idade escolar (dos 6 aos 12 anos) e um outro de 174 adoles-

centes (dos 13 aos 18 anos) do Colégio Aplicação da UFSC em Florianópolis, dando um total de 483 crianças, sendo estas consideradas saudáveis (Tabela I).

As medidas de PA foram feitas no próprio Colégio em horário de .aula teorica, nunca após esforço fisico. De cada aluno foram obtidas trés medidas de PA em dias diferentes.

Para determinação dos niveis pressõricos foram uti- lizados tensiometros (em ne de 3 unidades) com escala numérica

em mmHg. O método utilizado para as medidas de PA foi do tipo auscultatório. Este método requer o uso de estetoscôpio e do

tensiõmetro. Os seguintes parametros foram considerados: (1)

paciente mantido por alguns minutos em repouso e em local cal- mo antes da determinação da PA; (2) medidas realizadas em mem-

bro superior direito com o paciente em posição sentada; (3)

utilização de manguito de. borracha adequado. Isto é, que en- volva o braço em 3/4 do seu diâmetro e no minimo 2/3 de sua

extensão; (1) palpação da artéria braquial com posterior colo-

cação da Vcompãnula do estetoscopio sobre a artéria palpada e

insuflação do manguito; (5) liberação da passagem de ar atra-

vés da pera de borracha em velocidade uniforme e lenta; (6)

detecção da PA sistõlica ao se ouvir o som da fase I de koro- tkoff, indicando a descompressão súbita da artéria braquial, e

da PA diastólica quando ausculta-se o ruido da fase IV de Ko- rotkoff. A PA diastólica é desta forma analisada porque a fase V de Korotkoff geralmente não esta presente em crianças.

'

Para complementar a investigação foi utilizado um protocolo (em anexo) constituido de itens necessarios para analise: idade, sexo, cor, peso, estatura, fatores de risco, além das trés medidas de PA, e as tabelas do Task Force.

(10)

RESTITAZDS

Foram analisadas 183 crianças, sendo 309

na

idade escolar e 174 adolescentes. (TABELA I)

6 - 12 13 - 18 TOTAL

NÚMERO 309 1 71 1 83

X 63, 97 36, O3 100

TABELA I n Distribuição quanto â :faixa atêria na amostra exa-

minada no Colëgio de Aplicação da UFSC em Florianó-

polis, de março a Junho de 1989.

Dentro das á83 crianças analisadas, 243 eram do sexo masculino e 240 do sexo feminino. (TABELA II)

SEXO MASCULINO SEXO FEMININO TOTAL

NÚMERO 213 2^1O 183

X 50, 32 49, 68 100

TABELA II u Distribuição quanto ao sexo nas 483 crianças exa-

minadas no Colégio de Aplicação da UFSC em Floria- nópolis, de março a Junho de 1989.

(11)

Constatou-se qua havia 476 leucodérmicos e apenas 5

melanodèrmicos na amostra. (TABELA III)

LBÚCODÉRMICOS

HLANODÉRMICOS

TOTAL

NMERO

178 5 183

X 98, 9 1, 1 100

TABELA III I Distribuição quanto a raça na amostra examinada no Colégio de Aplicação da UFSC em Florianopolis, de março a Junho de 1989.

Das crianças_pesquisadas, 160 apresentavam PA abaixo do percentil 90, consideradas portanto com PA normal. Foram

detectadas 15 crianças com PA "borderline" e 8 com HA na amos-

tra (TABELA IV).

ABAIXO

PERCBTTUAL ENTRE PERCHTFUAL ACIMA PERCENTUAL

' 90 90 - 95

` 95

NMERO

460 15 8

× 95,25 3,1 1.65

TABELA IV I Incidência de PA "borderline" e HA na amostra ana-

' lisada no Colégio de Aplicação da UFSC em Floria-

(12)

OBSERVAÇÃO: As crianças analisadas nao apresentavam nenhum

_ sintoma ou sinal de nefropatia (assintomáticos).

Em relaçäo às 8 crianças hipertensas, 7 estavam na

faixa etária entre 13 d.17 anos e apenas 1 com 12 anos (TABELA

V).

126 13 - 178 TOTAL

NÚMERO 1 7 8

×i 12, 5 av, 5 1oo

TABELA V I Distribuição quanto a idade entre as B crianças hi-

pertensas encontradas na amostra examinada no Cole- gio de Aplicação da UFSC em Florianopolis, de março a Junho de 1989.

Das 8 crianças hipertensas, 6 eram do sexo masculino

e 2 do sexo feminino (TABELA VI).

SEXO MASCULINO SEXO I-'EJININO TOTAL

NUMERO 6 2 8

× 75 25 10

TABELA VI I Distribuição quanto ao sexo nas 8 crianças hiper-

tensas da amostra examinada no Colégio de Aplica- ção da UFSC em Florianópolis, de março a Junho de

(13)

Entre os hipertensos havia 7 leucodermicos e apenas

1 meianociêrmicó. ('rAB1-:LA VII). V

LEUCODBRHICOS MELANODÊRHICOS TOTAL

NHERO

7 1 8

99 87, 5 12, S 100

TABELA VII I Distribuição quanto ã raça nas 8 crianças hiper-

tensas encontradas na amostra examinada no Colé- gio de Aplicação da UFSC em Florianópolis, de março a Junho de 1989.

Dos fatores de risco analisados detectou-se obesida- de em 2 dos hipertensos e componente familiar em 4 sendo que 1

tinha obesidade e componente familiar (TABELA VII).

OBESIDADE COMP. FAMILIAR OBESIDADE +

COMP. FAMILIAR

NÚMERO 2 4 1

× 25 50 12,5

TABELA VIII I Incidência dos fatores de risco nos 8 hiperten-

sos analisados no Colegio de Aplicação da UFSC em Florianópolis. de março a Junho de 1989.

(14)

Análise dos .níveis pressórlcos das 8

crianças consideradas

160 |55 150 HS

Õ

Ho Il nas ×o i- não zn 5, ns <IQO °“ us no 105 IOO 95

$9o

A

mas

M0

Qãõ

4%

‹>~ às eo ALTURA 'P 550

GRAFICO 1 I Medidas das PA dos 6 adolescentes do sexo masculino

.hlpertensas conforme os gráficos do

TASK

FORCE

--O , Õ -oe . Q

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examinados no Colégio de Aplicação da UFSC em Floria- nópolis, de marpo a Junho de 1989.

I OBSERVAÇÃO: Cada cor corresponde a uma criança e seus respecti-

(15)

I50" I'-K HO 05 130 l-Z5

5

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I OBSERVAÇÃO: Cada cor corresponde a uma criança e seus respecti-1 4 ø .- ¢ _ -I - -n -v E_I I I I I I I I I I I I f I L

Medidas das PA de 1 adolescente e de 1 criança do se-

xo feminino examinadas no Colegio de Aplicação da

U1-'SC em Florianópolis. de março a Junho de 1989

=r+ 88 $B un \\6 L22. \2.S ›3

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VOS DÍVBIS PPGSSÓPI COS.

5 Hz wa |5¶ 16° 165

(16)

DISCUSSÃO

A medida da PA

durante

o exame fisico da criança não

e

uma

rotina em nosso meio e sabe-se que nos paises desenvol-

vidos apenas recentemente 0 pediatra tem se conscientizado de

que a

HA

na

população pediátrica è relativamente comum. (13).

Se no adulto a

HA

E

uma

entidade clinica bem defini-

da, o mesmo não ocorre

quando

se tenta definir Í-IA no grupo pe-

diátrico. Do ponto de vista estatístico, a avaliação da PA de-

ve ser feita através de comparação com gráficos de normalida-

de. Em nosso meio ainda náo. se dispõe de

curvas

pressóricas confiáveis embora estejam em

andamento

vários levantamentos

estatiscos (12,14%). _

Sendo assim o nosso referencial de normalidade está

baseado

em gráficos realizados em outros paises. Criado em

1977, o estudo inicial do

TASK

FORCE ("Report of task Force on blood pressure control in children") (15) apresentava curva

onde correlaciona sexo e idade de crianças de O a 18 anos.

Desenvolveu-se a partir deste estudo

uma

definição de

HA

como

sendo

um

valor de PA sistölica e/ou diastólica acima do per- centil 95 para idade e sexo medida em très ocasiões. Pressão

Arterial no limite superior da normalidade PA "borderline" se- ria aquela medida de PA encontrada entre o percentil 90 e 95.

A partir dai classifica-se

HA

em leve a moderada e severa.

HA

leve a moderada, ë aquela em que a PA excede o percentil 95

porém não tão alta

quanto

a

HA

severa e sem envolvimento de

um

Órgão alvo;

HA

severa è aquela com PA excedendo o percentil 95

além de 15

mmHg

ou com alguma elevação da PA com sinais de en-

volvimento de

um

órgão alvo. I

(17)

Estudos

posteriores, indicando outros fatores que

podem levar a diferenças nos valores pressoricos considerados "normais"

na

infancia e adolescência de diferentes populações

tais como peso, estatura, influências genéticas, ambientais, socio-economicos, dietéticos e constitucionais levaram a

uma

reformulação dos gráficos do estudo do TASK

FORCE

em 1987 que

confronta a PA com peso e estatura (15).

Quando

analisados comparativamente ao grupo TASK

FORCE, das 483 criancas estudadas 8 (1,65%) apresentaram I-IA 15

(3.1%) PA "borderline". Esta incidencia corresponde aquela en-

centrada na literatura (1 a 3%) (1,125). fz importante salientar

que

31 (6,*!1%) das

criancas

apresentaram pressões acima do

percentil 95

na

primeira medida, normalizando-as nas medidas subseqüentes. Todos estes individuos eram assintomáticos.

Deve-se frisar que o conceito de excepcionalidade da

HA,

na

infância e adolescência tem sido combatido com base nos

novos estudos populacionais. (13) -

Segundo

Munoz

e cols os valores medios das PA sisto-

licas e diastolicas

aumentam

constantemente com a idade. nos

dois sexos. sendo significativamente mais elevadas

nas

meninas (11): em contraposição Roberti afirma em recentes estudos que

3 1I1Cifiël'lCi8 Õ â 111351118 em BIIIÍDOS OS SCXOS (lí). Em IIOSSO 18VâI'1'-

tamento

houve

um

nítido predomínio de criancas hipertensas do sexo masculino (75%) e de adolescentes [67,5'/-).

(18)

Em hipertensos adultos esta bem estabelecido que os

fatores

raciais interferem nos registros pressoricos (9). Na

população pediátrica ainda

muita controvérsia. Castro e

cols observaram que a pressão sistólica era significativamente

mais elevada em negros (4). Em nossa amostra havia 98,96% de

leucodërmicos e apenas 1,04% de melanodërmicos (dos quais 1

era hipertenso), o que não nos permite

uma

análise estatistica

deste dado.

Estudam-se fatores de risco para

HA

na

população

pediátrica. A históra familiar de hipertensão arterial sistê-

mica tem sido correlacionada ao achado de niveis tensionais mais elevados .jã

na

primeira semana de vida (12,17). Em nosso

estudo

50%

dos hipertensos tinham pais ou avós hipertensos, 25% eram obesos e 12,5'/~ tinha obesidade e componente familiar

associados. ,Recentemente Kellog e cols publicaram

um

estudo

realizado

num

grupo de adolescentes normotensos nos quais a

metade tinha história familiar positiva para

HA

e estes mem-

bros tinham

uma

PA média superior aos que apresentavam

uma

historia familiar (-) e a incidência de

HA

neles era mais fre-

qüentemente encontrada do que no grupo controle (7).

É sabido que a obesidade tem importância relevante

na

instalação e

manutenção

da HA. Crianças que se tornam obe-

sas

durante

a adolescencia tem maior propensão ã

HA

assim como

apresentarão

um aumento

de PA

na

proporção do

ganho

de peso

(9,12). A cor-relação entre obesidade e

HA

ocorre devido o au- mento de peso

atuar na

função cardíaca com

aumento

do volume sanguíneo que vai ao coração e conseqüentemente

aumento

da re-

sistència vascular periférica.

aumento

da força contrãtil do ventrículo esquerdo e aumento da

PA

(2,5).

(19)

.o

A presença da

HA

na

população pediátrica, mesmo as- sintomãtica, ê muito significativa. Deve-se controlar e inves-

tigar os niveis pressõricos periodicamente. Após constatação

da

HA

devemos realizar

uma

anamnese, exame fisico cuidadoso e

proceder a alguns exames laboratorias complementares de inves-

tieação. Embora não seja objetivo deste trabalho gostariamos

de enfatizar que

uma

extensa investigação da hipertensão deve ser realizada se a PA permanece alta após très medições. A ro-

tina de investigação inclui urinálise, eletrolitos, creatini-

na, uréia, urocultura. proteinúria. raio-x tórax, ECG, ecocar-

diograma e fifundoscopia, além da

USG

abdominal, urograrfia ex- cretora, uretrocistrogra-fia miccional e o teste do captopril

que permite o diagnóstico do componente renovascular da HA.

(12) _

Devemos ressaltar que a depeito da investigação ci-

tada,

um número

considerável de crianças pode não apresentar causa definida para HA, ficando evidente que a

HA

essencial,

tida como excepcional

na

infancia, representa

na

verdade por-

centagem importante dos casos de

HA

(13).

Salientamos então que a medida da PA

na

criança deve ser incluida no exame clinico rotineiro e precocemente inves-

tigada, bem como conhecida a sua real prevalência.

(20)

4

ooncwsâo

'

1 I É- de fundamental importância a avaliação da PA na popula-

ção pediátrica.

2 I Para o diagnostico de HA deve-se fazer no minimo 3 medidas

de PA em dias diferentes uma vez que, de acordo com os da-

dos obtidos neste levantamento embora 6,41% dos pacientes apresentassem PA sistõlioca e diastólica acima do percen-

tual 95 em uma única medida, este número foi reduzido para 1,65% após a realização de 3 medidas.

3 I A HA guarda relação com o fator obesidade e com componente familiar.

1 I A HA ë mais freqüente em adolescentes.

RECOMIÉHNÇZD

Recomenda-se estudar

melhor a incidência de HA,

buscando

instituir no setor de saúde pediátrica

uma

rotina de

mednda da PA como forma de prevenir transtornos na.idade adul-

(21)

AB¶'.RA(fl`

It was determined the BP of 183 children, considered healthy, including 309 children at school age (6 to 12 years

old)

and

174 teenagers (13 to 18 years old) at Colégio de Aplicação of UFSC in Florianópolis, from

march

to June. 1989.

The

pressure levels were analysed according to the table of

"task force".

From the 483 children examined, 8 (1,65%) presented

hypertension. while 15 (3,1%) presented "borderline" BP.

In the

hypertensiove

group there were 7 (?9,9%)

teenagers

and

only 1 (20,1%) child at school age.

In the "Border11ne" BP group 12 (80%) were teenagers

and

3 (20%) were children at school age.

Some risk factors were detected among the

hypertensives, as obesity in 3 (375%) of them

and

familial

history of

hypertension

'in 5 (625%). One of the obese

patients had, concomitantly, familial history of hypertension.

The Obtained data allow, also according to other

authors, to emphasize the importance of measuring the BP in

children, as well as the necessity of, at least, 3

measurements of BP in different

days

for diagnosing

hypertension; for this

pathology can

cause irreversible

(22)

.REFERENCDMÊBUBIJOGRÁFYCAS

n DILLON, J.M. Investigation and management of hypertension

in children. Pediatric Nefrologz. 1:59. 1987.

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(24)

APBNDICE

PROTOCOLO

Pressao Arterial de escolares e adolescentes de

uma

escola de Florianópolis - Santa Catarina.

IDENTIFICAÇÃO: I DADB: SEXO: COR: PISO: ESTATURA: FATORES DE RISCO: HISTORIA FAMILIAR: OBESIDADE: NEFROPATIA: DIABETES: MEDIDAS DA PA: 1! MEDIDA: 2! MEDIDA: 3! MEDIDA:

Referências

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