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PELA CONTRIBUIÇÃO
PREWADA
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DIWSSÃO
JBREDECEMOS
AOS AMIGOS FABIOLAE
MARCO
ANTONIOPELA AJUDA
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IVOI II III IV V VI VII VIII v SUMÁRIO RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..O1 INTRODUÇÃO . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . ..O2
CASUISTICA E
HTODOS
. . . . . . . . . . . . . . . ..O5RESULTADOS . . . . . . ..O6 DISCUSSÃO . . . . . . . . . ..12 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..16 ABSTRACT . . . . ..17 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..L . . . . . . . . . . . . . . . . ..19 \ I
1'
IESUMU
Determinou-se a pressão arterial (PA) em 463 crian- cas consideradas saudáveis incluindo 309 crianças em idade escolar ( 6 ã 12 anos) e 174 adolecentes (13 ã 18 anos), do
Colégio de Aplicação da UTSC, em Florianopolis, no periodo de março ã Junho de 1989. Os niveis pressõricos foram avaliados
conforme a tabela do Task Force. _
Das 483 criancas avaliadas, O8 (1,6S%) apresentaram hipertensão arterial (HA) e 15 (3.1%) PA "borderline“.
No grupo dos hipertensos havia 7 (79,9%) adolescen- tes e apenas 1 (20,1%) crianças em idade escolar.
No grupo de PA 'borderline' 12 (80%) eram adolescen- tes e 3 (20%) eram crianças em idade escolar. .
Entre os hipertensos detectaram-se alguns fatores de risco tais como obesidade em 3 (37.5%) dos mesmos e história
familiar de- HA em 5 (62,5%). Um dos pacientes obesos tinha
concomitantemente história familiar de HA. -
Os dados obtidos permitem que, em concordância com outros autores, ressalte-se a importância da medida da PA em crianças bem como a necessidade de no minimo 3 medidas de PA
em dias diferentes para o diagnóstico de HA; patologia esta
que pode causar seqüelas irreversíveis em diversos sistemas do organismo.
INTROIXÍÇÂO
V
Ao se propor
um
tema que aborda a incidencia de Hi-pertensão Arterial
na
infancia e adolescência, faz-se necessa-rio definir Pressão Arterial (PA) e ressaltar alguns aspectos
a respeito da Hipertensão Arterial (HA).
Pressão Arterial é a pressão existente no interior
das artérias ou em suas paredes pois conforme o princípio de
Pascal. qualquer pressão aplicada a
um
fluido dentro deum
vaso, transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido e
às paredes do vaso que o contém. A diferença de pressão exis-
tente no interior
da
árvore vascular leva o sangue a circularnos vasos sanguíneos dos locais de maior pressão para os de
menor pressão, perfundindogos tecidos adequadamente, desde que
esta pressão seja mantida
num
nível mínimo. A perfusão adequa- da dos tecidos permite que suas funções metabólicas sejam rea- lizadas, recebendo O3 e outros ›componentes químicos e elimi-nando
produtos deste metabolismo como CO2, secreções, excre-ções, calor, etc., através do sangue. Neste sentido as reper-
cussões da PA alta sobre o organismo em geral só se fazem a
longo prazo e não existe
um
limite claro acima do qual as re-percussões conhecidas começam a ocorrer e abaixo' do qual não
ocorreriam. Sabe-se no entanto que,
quanto
maior a PA (seja asistõlica ou a diastólica) maior é a ocorrência de complica-
ções (10).
Os principais determinantes da PA säo o Débito Car-
díaco (DC) e a Resistencia Vascular Periférica (RVP) e estes,
por sua vez, são determinados por fatores genéticos. O DC
depende também do volume sanguíneo, débito sistolico, freqüen- cia cardíaca, volume sistõlico cardíaco e pressão de enchimen-
/
APA
sistolica depende do volume máximo de ejecão,da contração do ventrículo esquerdo e da distensão da aorta. A frequencia cardíaca, a
RVP
e a tensão da aortadeterminam a PA diastólica.
A PA sofre influência de condições fisiológicas e de fatores extrínsecos ao individuo. Entre os fatores intrínsecos
podem ser mencionados: estado de vigília e de sono, sonho, va- riações posturais, digestão, respiração, fala, bexiga cheia,
apnéia respiratória, dor, 'stress' emocional. Dos fatores ex~ trinsecos ou ambientais ressalta-se: reflexo de defesa, exer-
cicio fisico,.temperatura ambiente, fumo e dieta.
Sendo assim, o nivel de PA não e fixo ou imutável
para qualquer individuo. Ao contrario. varia constantemente ao longo do tempo,
nas
vinte e quatro horas do dia e em cada fasedo ciclo cardíaco. Portanto,
nenhum
individuo temuma
PA massim
uma curva
de pressões ou tantasquantas
forem medidas in-termitentemente. (10)
, .
A PA de
um
indivíduo deveria ser caracterizada pordados que permitissem inferir o valor clinico da medida desta variavel. Para tanto o ideal seria a medida continua da PA ou,
no mínimo, dentro de
um
periodo de tempo finito.No que- concerne â
HA
em criancas os parametros denormalidade ainda não
estão bem definidos, principalmentequanto
à historia natural da crianca hipertensa. As criancashipertensas poucas vezes apresentam sintomatologia florida por
suportarem bem os niveis pressoricos elevados. No entanto em
alguns
casos pode-se constatar historia previa de cefaléiaó
É de
grande
importancia a pesquisa deHA
em pedia-tria pois acredita-se que
uma
grande percentagem de adultoshipertensos se apresentavam nesta condição 'Já
na
infancia.Obesidade, componente familiar. diabete, e nefropatias devem
ser considerados como fatores de risco
na
instalação daHA
(1.11)- .
As patologias que mais comumente estão relacionadas com
HA
são: glomerulopatias, insuficiência renalaguda
e cro-nica, hipertensão renovascular, causas endocrinas, tumores e
outras
(11).VEstudos demonstram incidência de 1 a 3% de hiperten-
sos da população pediátrica. Deve-se ressaltar que tanto o au-
mento crônico e constante da PA como elevações intermitentes,
mas freqüentes produzem consequências adversas, principalmente
para o sistema cãrdio-vascular, podendo causar alterações re-
tinianas e renais (1).
Neste contexto, coloca-se a importancia deste traba-
lho em sua proposição de apontar a incidencia de I-IA
na
infan-cia e adolescencia com o objetivo de evitar maiores transtor-
nos
na
vida adulta. 'CZGUUSTYCAITIUHTHXMÊ
Foi estudado aleatoriamente um grupo de 309 crianças em idade escolar (dos 6 aos 12 anos) e um outro de 174 adoles-
centes (dos 13 aos 18 anos) do Colégio Aplicação da UFSC em Florianópolis, dando um total de 483 crianças, sendo estas consideradas saudáveis (Tabela I).
As medidas de PA foram feitas no próprio Colégio em horário de .aula teorica, nunca após esforço fisico. De cada aluno foram obtidas trés medidas de PA em dias diferentes.
Para determinação dos niveis pressõricos foram uti- lizados tensiometros (em ne de 3 unidades) com escala numérica
em mmHg. O método utilizado para as medidas de PA foi do tipo auscultatório. Este método requer o uso de estetoscôpio e do
tensiõmetro. Os seguintes parametros foram considerados: (1)
paciente mantido por alguns minutos em repouso e em local cal- mo antes da determinação da PA; (2) medidas realizadas em mem-
bro superior direito com o paciente em posição sentada; (3)
utilização de manguito de. borracha adequado. Isto é, que en- volva o braço em 3/4 do seu diâmetro e no minimo 2/3 de sua
extensão; (1) palpação da artéria braquial com posterior colo-
cação da Vcompãnula do estetoscopio sobre a artéria palpada e
insuflação do manguito; (5) liberação da passagem de ar atra-
vés da pera de borracha em velocidade uniforme e lenta; (6)
detecção da PA sistõlica ao se ouvir o som da fase I de koro- tkoff, indicando a descompressão súbita da artéria braquial, e
da PA diastólica quando ausculta-se o ruido da fase IV de Ko- rotkoff. A PA diastólica é desta forma analisada porque a fase V de Korotkoff geralmente não esta presente em crianças.
'
Para complementar a investigação foi utilizado um protocolo (em anexo) constituido de itens necessarios para analise: idade, sexo, cor, peso, estatura, fatores de risco, além das trés medidas de PA, e as tabelas do Task Force.
RESTITAZDS
Foram analisadas 183 crianças, sendo 309
na
idade escolar e 174 adolescentes. (TABELA I)6 - 12 13 - 18 TOTAL
NÚMERO 309 1 71 1 83
X 63, 97 36, O3 100
TABELA I n Distribuição quanto â :faixa atêria na amostra exa-
minada no Colëgio de Aplicação da UFSC em Florianó-
polis, de março a Junho de 1989.
Dentro das á83 crianças analisadas, 243 eram do sexo masculino e 240 do sexo feminino. (TABELA II)
SEXO MASCULINO SEXO FEMININO TOTAL
NÚMERO 213 2^1O 183
X 50, 32 49, 68 100
TABELA II u Distribuição quanto ao sexo nas 483 crianças exa-
minadas no Colégio de Aplicação da UFSC em Floria- nópolis, de março a Junho de 1989.
Constatou-se qua havia 476 leucodérmicos e apenas 5
melanodèrmicos na amostra. (TABELA III)
LBÚCODÉRMICOS
HLANODÉRMICOS
TOTALNMERO
178 5 183X 98, 9 1, 1 100
TABELA III I Distribuição quanto a raça na amostra examinada no Colégio de Aplicação da UFSC em Florianopolis, de março a Junho de 1989.
Das crianças_pesquisadas, 160 apresentavam PA abaixo do percentil 90, consideradas portanto com PA normal. Foram
detectadas 15 crianças com PA "borderline" e 8 com HA na amos-
tra (TABELA IV).
ABAIXO
PERCBTTUAL ENTRE PERCHTFUAL ACIMA PERCENTUAL' 90 90 - 95
` 95
NMERO
460 15 8× 95,25 3,1 1.65
TABELA IV I Incidência de PA "borderline" e HA na amostra ana-
' lisada no Colégio de Aplicação da UFSC em Floria-
OBSERVAÇÃO: As crianças analisadas nao apresentavam nenhum
_ sintoma ou sinal de nefropatia (assintomáticos).
Em relaçäo às 8 crianças hipertensas, 7 estavam na
faixa etária entre 13 d.17 anos e apenas 1 com 12 anos (TABELA
V).
126 13 - 178 TOTAL
NÚMERO 1 7 8
×i 12, 5 av, 5 1oo
TABELA V I Distribuição quanto a idade entre as B crianças hi-
pertensas encontradas na amostra examinada no Cole- gio de Aplicação da UFSC em Florianopolis, de março a Junho de 1989.
Das 8 crianças hipertensas, 6 eram do sexo masculino
e 2 do sexo feminino (TABELA VI).
SEXO MASCULINO SEXO I-'EJININO TOTAL
NUMERO 6 2 8
× 75 25 10
TABELA VI I Distribuição quanto ao sexo nas 8 crianças hiper-
tensas da amostra examinada no Colégio de Aplica- ção da UFSC em Florianópolis, de março a Junho de
Entre os hipertensos havia 7 leucodermicos e apenas
1 meianociêrmicó. ('rAB1-:LA VII). V
LEUCODBRHICOS MELANODÊRHICOS TOTAL
NHERO
7 1 899 87, 5 12, S 100
TABELA VII I Distribuição quanto ã raça nas 8 crianças hiper-
tensas encontradas na amostra examinada no Colé- gio de Aplicação da UFSC em Florianópolis, de março a Junho de 1989.
Dos fatores de risco analisados detectou-se obesida- de em 2 dos hipertensos e componente familiar em 4 sendo que 1
tinha obesidade e componente familiar (TABELA VII).
OBESIDADE COMP. FAMILIAR OBESIDADE +
COMP. FAMILIAR
NÚMERO 2 4 1
× 25 50 12,5
TABELA VIII I Incidência dos fatores de risco nos 8 hiperten-
sos analisados no Colegio de Aplicação da UFSC em Florianópolis. de março a Junho de 1989.
Análise dos .níveis pressórlcos das 8
crianças consideradas
160 |55 150 HSÕ
Ho Il nas ×o i- não zn 5, ns <IQO °“ us no 105 IOO 95$9o
A
mas
M0
:ÊQãõ
4%
‹>~ às eo ALTURA 'P 550GRAFICO 1 I Medidas das PA dos 6 adolescentes do sexo masculino
.hlpertensas conforme os gráficos do
TASK
FORCE
--O , Õ -oe . Q
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0 oGb
e 95 _9¡ÍøøøøøøøvnnnønøøøøøF"'.'_'_-_'--.ÊO ~`.¡øflÍfiflflfløøøøøflfliÍ'-_'..""-_-'___'95 _ So EJ 0 i I f I L |3 I'-I I5 I6H
I8 p -ul - .. o "' _. Q O š -QQ
É
A És o ...a o ~ -› 35 50 _ \-U L. | Q _ I, | |'5 |q 15 I6 H- I. 18 168 R2. 1'-16 mo 101, 61 68 3'-t 80 GH 181: 86examinados no Colégio de Aplicação da UFSC em Floria- nópolis, de marpo a Junho de 1989.
I OBSERVAÇÃO: Cada cor corresponde a uma criança e seus respecti-
I50" I'-K HO 05 130 l-Z5
5
e›T‹íucA 3.ã
5-E
.- 4:Q
l0o '55 F' À -ú -1 Iv I -ú Õ o _&LÍ||`ÍÍIIIIj|||`|
l2.3*45648'3|ou12.‹3
85 SO %5(30
L) 8% ÓTÕL -as DA(60
1 (Â- 55 50 NJURA ?E50 GRÁFICO 2 nI OBSERVAÇÃO: Cada cor corresponde a uma criança e seus respecti-1 4 ø .- ¢ _ -I - -n -v E_I I I I I I I I I I I I f I L
Medidas das PA de 1 adolescente e de 1 criança do se-
xo feminino examinadas no Colegio de Aplicação da
U1-'SC em Florianópolis. de março a Junho de 1989
=r+ 88 $B un \\6 L22. \2.S ›3
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Q5 30 '-P5 50.
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5 Hz wa |5¶ 16° 165
DISCUSSÃO
A medida da PA
durante
o exame fisico da criança nãoe
uma
rotina em nosso meio e sabe-se que nos paises desenvol-vidos apenas recentemente 0 pediatra tem se conscientizado de
que a
HA
na
população pediátrica è relativamente comum. (13).Se no adulto a
HA
Euma
entidade clinica bem defini-da, o mesmo não ocorre
quando
se tenta definir Í-IA no grupo pe-diátrico. Do ponto de vista estatístico, a avaliação da PA de-
ve ser feita através de comparação com gráficos de normalida-
de. Em nosso meio ainda náo. se dispõe de
curvas
pressóricas confiáveis embora estejam emandamento
vários levantamentosestatiscos (12,14%). _
Sendo assim o nosso referencial de normalidade está
baseado
em gráficos realizados em outros paises. Criado em1977, o estudo inicial do
TASK
FORCE ("Report of task Force on blood pressure control in children") (15) apresentava curvaonde correlaciona sexo e idade de crianças de O a 18 anos.
Desenvolveu-se a partir deste estudo
uma
definição deHA
comosendo
um
valor de PA sistölica e/ou diastólica acima do per- centil 95 para idade e sexo medida em très ocasiões. PressãoArterial no limite superior da normalidade PA "borderline" se- ria aquela medida de PA encontrada entre o percentil 90 e 95.
A partir dai classifica-se
HA
em leve a moderada e severa.HA
leve a moderada, ë aquela em que a PA excede o percentil 95
porém não tão alta
quanto
aHA
severa e sem envolvimento deum
Órgão alvo;
HA
severa è aquela com PA excedendo o percentil 95além de 15
mmHg
ou com alguma elevação da PA com sinais de en-volvimento de
um
órgão alvo. I›
Estudos
posteriores, indicando outros fatores quepodem levar a diferenças nos valores pressoricos considerados "normais"
na
infancia e adolescência de diferentes populaçõestais como peso, estatura, influências genéticas, ambientais, socio-economicos, dietéticos e constitucionais levaram a
uma
reformulação dos gráficos do estudo do TASK
FORCE
em 1987 queconfronta a PA com peso e estatura (15).
Quando
analisados comparativamente ao grupo TASKFORCE, das 483 criancas estudadas 8 (1,65%) apresentaram I-IA 15
(3.1%) PA "borderline". Esta incidencia corresponde aquela en-
centrada na literatura (1 a 3%) (1,125). fz importante salientar
que
31 (6,*!1%) dascriancas
apresentaram pressões acima dopercentil 95
na
primeira medida, normalizando-as nas medidas subseqüentes. Todos estes individuos eram assintomáticos.Deve-se frisar que o conceito de excepcionalidade da
HA,
na
infância e adolescência tem sido combatido com base nosnovos estudos populacionais. (13) -
Segundo
Munoz
e cols os valores medios das PA sisto-licas e diastolicas
aumentam
constantemente com a idade. nosdois sexos. sendo significativamente mais elevadas
nas
meninas (11): em contraposição Roberti afirma em recentes estudos que3 1I1Cifiël'lCi8 Õ â 111351118 em BIIIÍDOS OS SCXOS (lí). Em IIOSSO 18VâI'1'-
tamento
houve
um
nítido predomínio de criancas hipertensas do sexo masculino (75%) e de adolescentes [67,5'/-).Em hipertensos adultos esta bem estabelecido que os
fatores
raciais interferem nos registros pressoricos (9). Napopulação pediátrica ainda
hã
muita controvérsia. Castro ecols observaram que a pressão sistólica era significativamente
mais elevada em negros (4). Em nossa amostra havia 98,96% de
leucodërmicos e apenas 1,04% de melanodërmicos (dos quais 1
era hipertenso), o que não nos permite
uma
análise estatisticadeste dado.
Estudam-se fatores de risco para
HA
na
populaçãopediátrica. A históra familiar de hipertensão arterial sistê-
mica tem sido correlacionada ao achado de niveis tensionais mais elevados .jã
na
primeira semana de vida (12,17). Em nossoestudo
50%
dos hipertensos tinham pais ou avós hipertensos, 25% eram obesos e 12,5'/~ tinha obesidade e componente familiarassociados. ,Recentemente Kellog e cols publicaram
um
estudorealizado
num
grupo de adolescentes normotensos nos quais ametade tinha história familiar positiva para
HA
e estes mem-bros tinham
uma
PA média superior aos que apresentavamuma
historia familiar (-) e a incidência deHA
neles era mais fre-qüentemente encontrada do que no grupo controle (7).
É sabido que a obesidade tem importância relevante
na
instalação emanutenção
da HA. Crianças que se tornam obe-sas
durante
a adolescencia tem maior propensão ãHA
assim comoapresentarão
um aumento
de PAna
proporção doganho
de peso(9,12). A cor-relação entre obesidade e
HA
ocorre devido o au- mento de pesoatuar na
função cardíaca comaumento
do volume sanguíneo que vai ao coração e conseqüentementeaumento
da re-sistència vascular periférica.
aumento
da força contrãtil do ventrículo esquerdo e aumento daPA
(2,5)..o
A presença da
HA
na
população pediátrica, mesmo as- sintomãtica, ê muito significativa. Deve-se controlar e inves-tigar os niveis pressõricos periodicamente. Após constatação
da
HA
devemos realizaruma
anamnese, exame fisico cuidadoso eproceder a alguns exames laboratorias complementares de inves-
tieação. Embora não seja objetivo deste trabalho gostariamos
de enfatizar que
uma
extensa investigação da hipertensão deve ser realizada se a PA permanece alta após très medições. A ro-tina de investigação inclui urinálise, eletrolitos, creatini-
na, uréia, urocultura. proteinúria. raio-x tórax, ECG, ecocar-
diograma e fifundoscopia, além da
USG
abdominal, urograrfia ex- cretora, uretrocistrogra-fia miccional e o teste do captoprilque permite o diagnóstico do componente renovascular da HA.
(12) _
Devemos ressaltar que a depeito da investigação ci-
tada,
um número
considerável de crianças pode não apresentar causa definida para HA, ficando evidente que aHA
essencial,tida como excepcional
na
infancia, representana
verdade por-centagem importante dos casos de
HA
(13).Salientamos então que a medida da PA
na
criança deve ser incluida no exame clinico rotineiro e precocemente inves-tigada, bem como conhecida a sua real prevalência.
4
ooncwsâo
'1 I É- de fundamental importância a avaliação da PA na popula-
ção pediátrica.
2 I Para o diagnostico de HA deve-se fazer no minimo 3 medidas
de PA em dias diferentes uma vez que, de acordo com os da-
dos obtidos neste levantamento embora 6,41% dos pacientes apresentassem PA sistõlioca e diastólica acima do percen-
tual 95 em uma única medida, este número foi reduzido para 1,65% após a realização de 3 medidas.
3 I A HA guarda relação com o fator obesidade e com componente familiar.
1 I A HA ë mais freqüente em adolescentes.
RECOMIÉHNÇZD
Recomenda-se estudar
melhor a incidência de HA,buscando
instituir no setor de saúde pediátricauma
rotina demednda da PA como forma de prevenir transtornos na.idade adul-
AB¶'.RA(fl`
It was determined the BP of 183 children, considered healthy, including 309 children at school age (6 to 12 years
old)
and
174 teenagers (13 to 18 years old) at Colégio de Aplicação of UFSC in Florianópolis, frommarch
to June. 1989.The
pressure levels were analysed according to the table of"task force".
From the 483 children examined, 8 (1,65%) presented
hypertension. while 15 (3,1%) presented "borderline" BP.
In the
hypertensiove
group there were 7 (?9,9%)teenagers
and
only 1 (20,1%) child at school age.In the "Border11ne" BP group 12 (80%) were teenagers
and
3 (20%) were children at school age.Some risk factors were detected among the
hypertensives, as obesity in 3 (375%) of them
and
familialhistory of
hypertension
'in 5 (625%). One of the obesepatients had, concomitantly, familial history of hypertension.
The Obtained data allow, also according to other
authors, to emphasize the importance of measuring the BP in
children, as well as the necessity of, at least, 3
measurements of BP in different
days
for diagnosinghypertension; for this
pathology can
cause irreversible.REFERENCDMÊBUBIJOGRÁFYCAS
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17 I ZINNER. S.H. Familial Aeeregation of blood pressure in
APBNDICE
PROTOCOLO
Pressao Arterial de escolares e adolescentes de
uma
escola de Florianópolis - Santa Catarina.
IDENTIFICAÇÃO: I DADB: SEXO: COR: PISO: ESTATURA: FATORES DE RISCO: HISTORIA FAMILIAR: OBESIDADE: NEFROPATIA: DIABETES: MEDIDAS DA PA: 1! MEDIDA: 2! MEDIDA: 3! MEDIDA: