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Cuidado domiciliar : uma maneira de assistir em enfermagem

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(1)

É

com

muita satisfação que emito este parecer sobre o primeiro trabalho

de

conclusão

de

curso

de graduação

realizado

na

área de

cuidado

domiciliar, o qual tive a honra dc

orientar. Trabalho este que foi realizado por Sibely Mello de

Almeida

com

diligência e

responsabilidade.

A

apresentação

do

trabalho segue as orientações inclusas no “Roteiro

para avaliação

do

aluno da Vlll unidade curricular”.

O

mesmo

ocorre

com

as etapas

apresentadas. Entretanto, saliento que

embora

a aluna não tenha incluído o

cronograma

de

estágio. o período de realização

do

mesmo

consta da página 29.

Chamo

a atenção para a

forma

como

foram descritos os objetivos (final e operacionais), forma esta que

toma

claro

para o aluno o que deve ser feito

com

a finalidade de atingir os objetivos propostos,

além

de

conferir mais objetividade e consistência ao trabalho.

Um

outro aspecto a ser destacado diz

respeito aos conceitos descritos

no

capítulo 3.

onde

a aluna utiliza conceitos de diferentes

autores. Destaco os conceitos de saúde, família e cuidado domiciliar.

No

capítulo 4 é

apresentada a forma

como

o trabalho foi planejado e realizado. Nesta parte. destaco o excelente seminário sobre “Ética e cuidado domiciliar” , ministrado pelo professor

do

Departamento de

Saúde

e Sociedade da Universidade de Linköping

-

Suécia, realizado

em

parceria

com

a Pós-Graduação

em

Enfermagem

da

UFSC

e o

Núcleo

de Estudos

em

Filosofia da Saúde

-

NEFIS.

A

partir

do

capítulo 5 são apresentados os resultados

do

projeto, onde Sibely caracteriza a clientela (capítulo 5), descreve a revisão dos instrumentos

do processo de

enfermagem

e as rotinas e procedimentos elaborados (capítulo 6), e, a

descrição

do

processo de cuidar

no

domicílio (capítulo 7), realizada de

forma

reflexiva,

sempre voltada para os objetivos propostos e conduzida pelos conceitos

do

marco

conceitual e pelos princípios éticos. Assim, que só

me

resta parabenizar a Sibely pela

realização deste trabalho e agradecer a dedicação das supervisoras, Jane e Bernadete, as

contribuições da Profa. Ilca L. Keller

Alonso

como

membro

da Banca. 0 apoio da Equipe

do

Projeto

UNIMED

Lar, o co-patrocínio da

UNIMED

de Florianópolis,

em

especial ao

Dr.

Almir

Gentil e Drs. Nicolau Texeira e Hidelbrando Scofano. E, ainda pela gentil

participação

do

Prof. Per-Erik Liss, que dipôs a vir da Suécia para nos auxiliar a

compreender os aspectos éticos vinculados a esta

nova

maneira de assistir

em

enfermagem.

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(2)

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(3)

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IDADO

DOMICILIAR:

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E Ac. 24 554 972493 735 33 X.

CURSO

DE

GRADUAÇÃO

EM

UFSC Bsccsm CCSM Lx --›

DEPARTAMENTO

DE

ENFERMAGEM

ENFERMAGEM

NEIRA

DE

ASSISTIR

EM

E

SIBELY

MELLO

DE

ALMEIDA

FLORIANÓPOLIS

zooo

(4)

CUIDADO

DOMICILIAR:

UMA

MANEIRA

DE

ASSISTIR

EM

ENFERMAGEM

Relatório de Trabalho de Conclusão de Curso da

UFSC,

apresentado à

disciplina de

Enfermagem

Assistencial Aplicada.

Acadêmica:

Sibely Mello de

Almeida

Orientadora: Prof:

Maria

Bettina

Camargo

Bub Supervisoras: Jane Lúcia dos Santos

Bemadete

K.

Erdtmman

Banca Examinadora:

Prof: Ilca L. Keller Alonso

1=LoR1ANÓPoL1s

(5)

Ao

Meu

Senhor

Jesus...

“O

Senhor, tu

me

sondaste e

me

conheces.

Tu

conheces

o

meu

assentar e

o

meu

levantar, de longe entendes

meu

pensamento

(...),

Eu

te louvo

porque

de

um

modo

terrível

e maravilhoso fiii forrnado, maravilhosas são as tuas obras, e

a minha alma

o

sabe muito

bem

”...

Salmos

139: 1-2,

14

Ao

meu

Pai

e

minha

Mãe...

“Obrigada

Pai,

por

tudo

que

fez

por

mim.

Obrigada

por

sua demonstração

de persistência e trabalho.

Obrigada Mãe,

pelos carinhos, pela atenção, pelas noites

em

claro

quando

ficava

doente,

por

estar

comigo

em

todos os

momentos

de

minha

vida.

Muito Obrigada

por

muitas vezes vocês terem que abrir

mão

dos seus sonhos

para

poder

realizar os meus.

Apesar

de

não

conseguir expressar todos os dias,

saibam

que eu os

amo

muito ”./

Ao

meus

irmãos...

Obrigada

Duda

(Anderson), pela atenção, pela paciência

em

esperar usar

o

computador

e

por

me

ensinar que as vezes é

melhor

calar.

Júnior,

por

sua existência e pelo seu sorriso, que é lindo ”.

Aos meus

amigos...

Obrigada,

a

todos vocês que

caminharam

comigo.

A

vocês

que souberam

me

entender,

me

escutar

quando

precisei, que

me

deram

força e

ânimo

nos

momentos

de

cansaço,

que

dividiram

comigo

momentos

de tristeza e de alegria

A

minha

orientadora Bettina... “

Obrigada, pela dedicação, apoio,

compreensão

e ensino.

Com

você

compreendi

o

verdadeiro

papel

da

enfermagem,

com

você aprendi que

não

dá pra

perder tempo, que é preciso criar oportunidades

As

minhas

supervisoras

Jane

e Bernadete...

“Obrigada, pelo companheirismo, paciência, ensino e amizade.

Aos

clientes e famílias...

“Obrigada, pela acolhida

em

seus lares e contribuição

para

meu

crescimento

profissional.

A

Equipe

UNIMED

Lar...

Obrigada, pela amizade, paciência e apoio.

Pela demonstração de

competência

(6)

passos, prestar atenção

no

que

faço

e

no

que

fazem

os que

por

mim

também passam

ou

pelos quais

passam

eu...

Que

eu

não

me

iluda

com

o

ânimo

e

o

vigor

dos

primeiros trechos,

porque

chegará

o

dia

em

que os

pés

não

terão tanta força e se ferirão

no

caminho

e se cansarão

mais

cedo...

Todavia,

quando o

cansaço houver,

que

eu

não

me

desespere e acredite que ainda terei

forças

para

continuar, principalmente

quando

houver

quem

me

auxilie...

É

oportuno que,

em

meus

sorrisos, eu

me

lembre de que existem os que choram, que,

assim,

meu

riso

não

oƒenda

a

mágoa

dos

que

sofrem:

por

outro lado,

quando

chegar

a

minha

vez de chorar, que eu entenda

o

sentido

do

sofrimento, que

me

nivela, que

me

igala,

que torna todos os

homens

iguais...

Quando

eu tiver tudo, ƒarnel e coragem,

água

no

cantil, e

ânimo

no

coração, bota nos

pés

e

chapéu

na

cabeça

e, assim,

não

temer

o

vento e

o

frio,

a

chuva

e

o

tempo.

Que

eu

não

me

considere

melhor

do

que aqueles que ficarão atrás,

porque

pode

vir

o

dia

em

que

nada

terei

mais

para

minha

jornada

e aqueles, que ultrapassei

na

caminhada,

me

alcançarão e

também

poderao

fazer

como

eu

fiz

e

nada

de fato fazer

por

mim, que ficarei

no caminho

sem

concluí-lo...

Quando

o

dia brilhar, que eu tenha vontade

de

ver

a

noite

em

que

a

caminhada

será

mais

fácil e

mais

amena:

quando

for noite,

porém

e

a

escuridão

tomar

mais

difícil

a

chegada,

que eu saiba esperar

o

dia

como

aurora,

o

calor

como

benção...

Que

eu

perceba

que

a

caminhada

sozinho

pode

ser

mais

rápida,

mas

muito

mais

vazia...

Quando

eu tiver sede, que encontre

a

fonte

no

caminho,

quando

eu

me

perder, que ache

a

indicação,

a

seta,

a

direção...

Que

eu

não

siga os que desviam,

mas

que

ninguém

se desvie seguindo os

meus

passos...

Que a

pressa

de

chegar

não

me

afaste

da

alegria

de

ver as ƒlores simples

que

estão

a

beira

da

estrada, que eu

não

perturbe

a

caminhada

de ninguém,

que

eu entenda

que

seguir faz

bem,

mas

que as vezes, é preciso ter-se

a

bravura de voltar atrás e

recomeçar

e

tomar

outra direção...

Que

eu chegue sim, mas, ainda

mais

importante, que eu

faça

chegar

quem

me

perguntar,

quem

me

pedir conselho, e

acima

de tudo

me

seguir

confiando

em mim

./

(7)

Este trabalho é o resultado

do

prática assistencial da 8”

Unidade

Cunicular

do

Curso de

Graduação

em

Enfermagem

da Universidade Federal de Santa Catarina.

Tem

como

objetivo final prestar assistência de

enfermagem

requerida por indivíduos,

familiares, dentro

do

contexto domiciliar, aplicando os conhecimentos teórico-práticos.

Foi realizado

em

duas instituições de Florianópolis:

UNIMED

Lar, projeto piloto da

cooperativa

UNIMED

e a Clínica

Enfermagem

Domiciliar

no

período de

28

de

março

a 07 de julho de 2000.

Empregaram-se

conceitos de diferentes autores para guiar as ações envolvidas

no

processo

de cuidar.

As

idéias de

Dorothea

E.

Orem

e

Wanda

A

Horta, foram aplicadas na definição de ser

humano

e enfermagem. Para saúde e ambiente os conceitos de Lennart Nordenfelt; família

foui utilizado

o

conceito de Ingrid Elsen et all e finalmente o processo de cuidar foi

baseado

no modelo

apresentado por Benedet e Bub.

Foram

estudados 19 clientes, traçando seu perfil, analisando os diagnósticos médicos mais

freqüentes e fazendo a relação dos cuidadores populares encontrados.

Implementou-se

o

processo de

enfermagem

completo

em

dois clientes.

Foram

identificados

os diagnósticos de

enfermagem

e feita

uma

relação

com

as Necessidades

Humanas

Básicas

afetadas.

Apresento

minhas

percepções quanto a assistência domiciliar, mostrando as habilidades na

(8)

1JNTRoDUÇÃo

...

..oó

2 -

OBJETIVOS

... ._ 14 2.1.0bjetivo final ... .. 14 2.2.0bjetivos operacionais ... .. 14 3 -

MARCO

CONCEITUAL

... .. 15 4 -

CONSIDERAÇÕES

METODOLÓGICAS

... .. 21

4. 1 .Caracterização dos Locais de Estágio ... .. 21

4.l.1.UNIMEDLar

... .. 21

4.1.2.Clínica

Enfermagem

Domiciliar ... ..

28

4.2 .População

Alvo

... _.

29

4.3. Estratégias de

Ação

... ..

29

5

-

CONHECENDO

A

CLIENTELA

... ..

32

6 -

REVISANDO

E

CONSTRUINDO

OS

INSTRUMENTOS

... _.

37

6.1. Instrumentos

do

Processo de

Enfermagem

... ..

37

6.2. Rotinas e Procedimentos ... ..

39

7

-

IMPLEMENTANDO O

CUIDADO

DOMICILIAR

... .. 41

7.1. Habilidades ... .. 41

7.2.

Minha

experiência na

UNIMED

Lar ... ..

42

7.3.

O

Processo de Cuidar ... .Í ... .. 43

(9)

8.2. Participando de Eventos Científicos ... .. 61

9

-

AVALIAN

DO

O

PROCESSO

ASSISTENCIAL

... ..

62

9.1. Percepções da experiência vivida ... ..

62

9.2.

Os

conceitos

do

marco

e

o

cuidado domiciliar ... ..

66

9.3.

O

Processo de cuidar e

o

experienciado ... ..

67

9.4.

A

ética e o cuidado domiciliar ... .. 68

10

-

BIBLIOGRAFIA

... _.

70

11

-

ANEXOS

... ..

72

12

-

PARECER

FINAL

DO

ORIENTADOR

SOBRE

O

RELATÓRIO

DA

73

(10)

/9

g

\

Na

minha

vida acadêmica, nos

campos

de

estágios,

pude

observar

o

papel

do

(a)

enfermeiro (a) dentro

do

contexto hospitalar.

Um

dos

aspectos

que

mais

chamava

a atenção

era

o

fato dos (as) enfermeiros* (as) estarem quase

sempre

envolvidos

em

tarefas

burocráticas,

o

que

prejudicava o planejamento

de

uma

assistência individualizada e

humanizada

para os (as) clientes.

A

partir destas observações, passei a refletir sobre as

dificuldades

que

teria

quando

profissional, para assistir esses (a) clientes

da

maneira para

qual (as) professores (as)

me

ensinavam.

~

Um

outro aspecto observado nas instituiçoes hospitalares, foi a grande quantidade

de

regras e rotinas a

que

os (as) clientes e seus familiares tinham

de

submeter-se. Este fato,

~

aliado ao

momento

de

extrema fragilidade

provocada

pela situaçao

de

saúde prejudicada,

ao

ambiente e pessoas desconhecidas, e à dependência,

levou-me

a questionar

como

seria se

este (a) cliente pudesse receber os cuidados

na

sua própria residência

onde o

ambiente e

pessoas são conhecidas, as regras e rotinas são estabelecidas por ele (a) e seus familiares?

Que

beneficios isso poderia trazer para ele (a) e sua família?

z

.

Nessaocasião

tomei

conhecimento de

uma

modalidade

'de Assistência

chamada

de

“Home

Care

”,

que

traduzida significa

“Cuidado

1_Qomiciliar”. Isto ocorreu

em

1999,

quando

participei

do

I Simpósio Mineiro

de

Enfermagem,

em

Belo

Horizonte,

MG.

'

\

| .

Atualmente, já é conhecido 'por “estudos realizados

nos

E: U.A,

que os

clientes se

recuperam'

mais rapidamente

e

vivem

mais longamente

no

domicí_lio

do

que

nas

(11)

Apesar

do

cuidado

no

domicílio ser

uma

atividade desenvolvida

mais de

2000

anos, por médicos, familiares e escravos, só recentemente

tomou-se

uma

atividade familiar

à enfennagem. “Assim,

para

a

consolidação

da

prática de

enfermagem

dentro

do

contexto domiciliar são necessários alguns esclarecimentos sobre os termos cuidado e cuidado

domiciliar, e ainda identificar as vantagens e desvantagens,

para

os envolvidos nesta

modalidade

de cuidado ”. Lacerda (1985, p. 16)

De

uma

maneira genérica o “cuidado” é definido por Ferreira (1986)

como:

“atenção,' preocupação; cautela; diligência; desvelo; zelo; encargo; responsabilidade..

Lacerda (1996), pesquisando na literatura escrita por enfermeiros (as), encontrou

muitos termos que

definem

o cuidado, dentre eles: cuidado popular, cuidado profissional,

processo de cuidar, natureza

do

cuidado, atributos

do

cuidado,

componentes do

cuidado,

entre outros.

O

cuidado popular é a prática exercida por pessoas

que vivem

ao nosso redor.

Essa prática é influenciada por nossas crenças, valores e toda nossa experiência ao longo da

vida.

Desde que nascemos somos

cuidados e cuidamos dos outros, isso já é algo intrínseco

do

ser

humano.

Leininger (1985) diferencia o cuidado

em

dois sistemas: o primeiro

denominado

de Sistema Popular, refere-se ao sistema

não

profissional, local

ou

indígena,

que oferece serviços de cuidado

ou

cura tradicionais

em

casa.

O

segundo é o Sistema

Profissional. Este sistema refere-se aos serviços de cuidado

ou

cura organizados e

interdependentes, que são identificados

com, ou

oferecidos por, profissionais da saúde.

Para Lacerda (1996, p.l8), “o cuidado profissional é aquele que vai

além

das práticas populares, e tem

como

característica

o

exercício

baseado

em

conhecimentos

cientificas e técnicos

Fazendo

parte

do

sistema de cuidado profissional está o cuidado de enfermagem, que para

Watson

citado por

George

(1993, p.255) é “o atributo

mais

valioso que

a

(12)

O

processo de cuidar é constituido por três dimensões: pessoal, social, e

profissional.

A

dimensão pessoal

do

cuidado (ou privada), consiste

em

um

relacionamento

mais íntimo envolvendo a família e amigos.

A

social (ou pública) inclui o cuidado de

estranhos.

E

finalmente, a profissional, implica na responsabilidade

do

(a) cuidador (a)

em

usar conhecimentos e habilidades

no

sentido de ajudar o outro,

Waldow

(1998).

O

processo de cuidar é a forma

como

se

o

cuidado.

É um

processo interativo,

entre cuidador (a) e ser cuidado.

Waldow

(1998),

define

o processo de cuidar

como

o

desenvolvimento de ações, atitudes e

comportamentos

baseados

em

conhecimento

científico, experiência, intuição e pensamento critico, realizadas para e

com

o

(a) cliente

com

o objetivo de promover, manter e/ou recuperar sua saúde.

Para tanto, o (a) cuidador (a) deve ter conhecimento

do

outro ser. Isto significa

que é preciso identificar e entender as necessidades

do

outro e atendê-las de forma

adequada.

O

(a) cuidador (a) deve

também

ter a habilidade de alternar ritmos,

modificar

seu

comportamento quando

necessário e aprender

com

seus erros.

A

paciência ajuda a

permitir que

o

outro recupere seu ritmo,

sem

forçá-lo.

A

confiança

na capacidade

do

outro

para reabilitar-se, incentivando-o e encorajando-o a recuperar sua independência e

autonomia.

A

Humildade

em

reconhecer que é possível aprender

com

o outro.

E

finalmente

é necessário ainda

o

(a) cuidador (a) tenha esperança de que o outro recupere suas

capacidades durante

o

processo de cuidar,

Waldow

(1998).

A

atividade de cuidar de pessoas

que

necessitam de

algum

tipo de atenção especial

como

idosos, crianças, doentes crônicos, ocorre predorninantemente

no

domicílio, e

não

é

nova. Esta atividade

tem

sofrido transformações ao longo da história, adquirindo nuanças diferentes, de acordo

com

as características predominantes

em

cada sociedade, território e

época. Estas transformações sofreram

o

irnpacto de dois grandes movimentos.

O

primeiro

deles foi o crescimento da'

demanda

por

mão

de obra, durante a revolução industrial,

seguido pelo surgimento e desenvolvimento das grandes instituições hospitalares

como

asilos e manicôrnios, para pessoas que deveriam ser vigiadas e isoladas. (Albuquerque,

(13)

Porém,

nos anos sessenta, muitos questionamentos dirigidos as práticas

institucionais conduziram a valorização

do

contexto familiar

como

o local para o cuidado de

saúde. Nesta época, observou-se a tendência à desospitalização,

como

parte das políticas de

saúde,

em

vários países

do mundo.

Na

Suécia,

em

1962

a

Dra

Barbro Beck-Frits apresentou sua tese de doutorado

relatando sua experiência

com

o cuidado domiciliar na cidade sueca de Motala. Atualmente a

Dra

Barbro é

um

dos

nomes

mais famosos da literatura mundial sobre cuidado domiciliar.

Uma

experiência de sucesso na área

do

cuidado domiciliar é a

da

clínica

LAH

(Lsarettansluten Hemsjukvard), vinculada ao Hospital Universitário da Universidade de

Linköping

-

Suécia. Este hospital possui 1.600 leitos e está rodeado pelos prédios

onde

funcionam as faculdades de medicina, enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional e

biomédica.

A

clínica

LAH

funciona orientada aos seguintes objetivos: prestar assistência de

saúde integral; manter

o

(a) cliente junto à familia, manter laços sociais e economizar

recursos.

O

cuidado domiciliar é classificado

em

três tipos: cuidado de problemas agudos,

cuidado paliativos, e de reabilitação.

Os

médicos

do

LAH

têm

a tarefa de visitar o serviço

de emergência

ou

as clínicas

do

Hospital e verificar se há clientes

com

indicação de entrar

em

regime de cuidado domiciliar.

Em

caso afirmativo, este cliente

tem

alta hospitalar e

continua recebendo cuidados

médico

e de

enfermagem no

domicílio.

Os

(as) clientes

que

tem

condições de ir ao posto de saúde não

recebem

os cuidados

do

LAH,

mas

sim nos

ambulatórios.

A

clínica

LAH

possui ainda,

uma

unidade de intemação para clientes que

necessitam ficar intemados para iniciar reabilitação

ou

dar inicio ao tratamento recomendado.

A

equipe

do

LAH

é

composta

por:

0

06

médicos;

0

30

enfermeiras;

0 25 técnicos de enfermagem;

0

02

secretárias;

(14)

0

O9

fisioterapeutas;

0

09

terapeutas ocupacionais.

No

Brasil, a assistência domiciliar

começou

em

1919,

com

a criação de

um

Serviço de Enfenneiras Visitadoras

no Rio

de Janeiro.

Em

1968, outro serviço de atendimento domiciliar surgiu, dessa vez

no

Hospital

do

Servidor Público Estadual,

São

Paulo, por iniciativa

do médico Lubar

Gonçalves Lima. Este

médico

a partir de experiências

no

exterior, adaptou para o Brasil

o modelo

criado

no

Hospital de Pequim. (Lacerda,

1996)

Apesar da

constituição de 1988 ampliar os direitos à saúde

-

“Saúde, direito de

todos e dever

do Estado

” (art.96)

-

nos últimos anos a

complexa

crise

econômica

financeira dos sistemas de saúde

da

maior parte dos países

do mundo,

aliada aos custos crescentes

da

assistência médico-hospitalar,

tem

priorizado a assistência extra-hospitalar buscando a

otimização da assistência e eficácia

no

atendimento ao (a) cliente.

É

neste contexto

que

o

Ministério da

Saúde

em

1994 propõe a reestruturação

do modelo

assistencial, através

do

“Programa Saúde

da Família”.

Em

1996, o

“Programa Saúde

da Família”

não

é mais

uma

proposta substitutiva das práticas tradicionais,

mas

surge

como

ação paralela ao

SUS.

Não

é dirigida apenas para a população pobre, respeitando

o

princípio de eqüidade.

Propõe

o

desafio de

um

trabalho

em

equipe

com

enfoque multidisciplinar.

O

Ministério

tem o

papel de

promotor

desta estratégia.

São

3.250 equipes

em

todo

o

Brasil, distribuidas

em

mais de 1.150 municípios.

Cada

equipe cuida de aproximadamente mil famílias. Oliveira (1998, p.06) citando Andreoni (1994) refere: “Nesta

mesma

época, surge, entre outros,

0

Programa

de Assistência Domiciliar fl).A.D),

da

Universidade de

São Paulo

(USP), que previa

um

Plano

Assistencial Global,

com

orientação

do

indivíduo

para

o

auto cuidado e

ou preparo

da

família

na

complementação

desta assistência ”.

Na

cidade de Londrina/PR, surge

o

Programa

de Intemação Domiciliar (PID),

uma

proposta

da

Autarquia

do

Serviço Municipal de Saúde, aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual

de

Londrina, Associação

Médica

de Londrina e pelos principais hospitais da cidade.

O

atendimento é publico, o

número

de profissionais é de 35, assim distribuidos:

\"\ \. .\

(15)

0 O5 médicos;

0 O5 enfermeiros, sendo 01 coordenador;

0 12 auxiliares de enfermagem; 0 05 fisioterapeutas; 0

02

psicólogos; 0

02

auxiliares administrativo; 0 Ol assistente social; 0 01 nutricionista; 0 O1 motorista.

Comparando

a equipe de saúde da clínica

LAH

de Linköping

com

a

do Programa

de Intemação Domiciliar (PID), verificamos que na primeira

o

número

de enfermeiros (as) é

cinco vezes maior, e, na clínica

LAH

aparece a figura

do

terapêuta ocupacional, profissional

fundamental para a recapacitação

do

indivíduo para as atividades básicas

da

vida diária

(ABVDs),

este é praticamente desconhecido

no

Brasil, veja o

QUADRO»

1 abaixo:

QUADRO

1 - Relação

do número

de profissionais na

LAH

e PID.

LAH

x PID Médico (a) 6: 1,2 Enfermeiro (a) 6:1 Auxiliar de enfermagem 2:1 Fisioterapeutas 1,8:l Terapêuta Ocupacional 9:0

Fonte: Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfamagem - Levantammto dos Serviços de Intanação

domiciliar do Municipio de Londrina - PR e material didático (transparências), fornecidas pela Orientadora e Prof.

Maria Benina C. Bub.

Um

outro aspecto

que

chama

a atenção nas equipes brasileiras de cuidado

domiciliar é a presença

do

motorista.

Na

Suécia, esta funçao é exercida pelos

membros

da

equipe de saúde, devidamente licenciados.

O

cuidado domiciliar é hoje

uma

tendência mundial

que

se viabilizou, pelas

vantagens, entre elas o

menor

risco de infecções graves, o maior conforto para o (a) cliente,

(16)

Um

dos caminhos para a avaliação da viabilização da assistência domiciliar é a

avaliação de alguns aspectos importantes,

como:

(1) infra estrutura

do

domicilio, a (2)

segurança da localização e o (3) acesso geográfico, são todos aspectos importantes.

É

necessário entretanto

o

consentimento

do

(a) cliente e familiar, e, estabelecer

um

tempo

para

que

a família assimile as informações e pondere sobre o aceite

ou

recusa desse serviço.

E

por

fim

a existência de

um

ou

mais cuidadores ativos, sejam eles informais

-

familiares

ou

voluntários não remunerados,

ou

formais, contratados exclusivamente para serem treinados

para os cuidados e o

acompanhamento do

(a) paciente. (Ribeiro, 1999).

Entretanto, estes critérios

sem

o embasamento

em

princípios éticos

podem

não ser

suficientes para garantir

um

cuidado de

boa

qualidade,

onde

o (a) cliente e sua família se

constituem na única finalidade.

Sem

os princípios éticos

ficamos

vulneráveis a inversão dos

objetivos

do

cuidado domiciliar,

onde

a redução de custos passa a ser

o

único e real

objetivo.

Neste sentido é

que

apelamos para os princípios

da

ética

Biomédica

de Childress

E

Beatuchamp

(1979) descritos por Caponi e

Bub

(1999).

0 Beneficência

-

É

a obrigação de ajudar os outros, sempre

que

for necessário, é fazer as

coisas

em

beneficio

do

(a) cliente.

0

Não-

Maleficência

-

Implica

em

o profissional não prejudicar intencionalmente

o

(a) cliente e evitar situações que

possam

significar

um

risco desnecessário para o

mesmo.

0

Autonomia

-

É

o respeito

que

devemos

ter

com

o (a) cliente reconhecendo que ele é o

dono

de suas ações e de suas decisões. Deve-se agir de forma a não lirnitar suas ações e

escolhas.

0 Justiça

-

Implica

em

conceder o direito que todos

tem

de receber cuidados de saúde

quando

for necessário, tendo, sempre as

mesmas

oportunidades para gozar desses beneficios.

Neste

momento

surgem

questionamentos , preocupantes sobre

o

cuidado

domiciliar prestados por empresas privadas que

defendem

a bandeira da redução de custos.

(17)

sendo realmente avaliados?

Como

se encontra a relação beneficio

do

(a) cliente

x

redução

de custos?

Por

outro lado quais seriam os aspectos administrativos necessários ao cuidado

domiciliar?

Que

novas habilidades são exigidas aos profissionais

da

equipe de saúde?

Como

articular os sistemas de cuidado profissional e popular (cliente, familia e cuidadores) de forma a atingir os objetivos

do

cuidado domiciliar?

Dentro deste contexto é que apresento

minha

experiência vivida nas duas

instituições de Florianópolis

em

que

prestei cuidado domiciliar;

UNIMED

Lar, projeto

piloto realizado por iniciativa desta cooperativa médica,

com

a supervisão

da

enfermeira

Jane Lúcia dos Santos e, a clínica

Enfermagem

Domiciliar,

com

a supervisão

da

enfenneira

(18)

2.lObjetivo Final:

Prestar assistência

de

enfermagem

requerida

por

indivíduos e familiares, dentro

do

contexto domiciliar, aplicando os conhecimentos teórico-práticos.

2.2

Objetivos

operacionais:

2.2.1 Planejar

o

cuidado domiciliar considerando os

elementos adrninistrativos

da

assistência;

2.2.2 Executar

o

cuidado domiciliar

ao

(a) cliente junto a

seus familiares;

2.2.3 Avaliar o cuidado prestado

\

\ \

(19)

A

_

A

utilização

de

um

marco

conceitual proporciona,

não

somente, maneiras

de

ver

os seres

humanos

envolvidos

numa

situação de

enfermagem,

como também

serve

como

uma

espécie

de

baliza teórica

que

orienta as ações envolvidas

no

processo

de

cuidar.

Para

Vietta (1986, p.l34) citado por

Lacerda

(1986),

o

marco

conceitual “oferece

um

modelo

fundamental de

definições construídos

à

base

de

conceitos

que

se relacionam

no

seu conjunto

sob

a

orientação

de

um

paradigma

lógico.

A

relação lógica

que

os conceitos

guardam

entre si constituem

o

esquema

de

referência

ou

marco

conceitual ".

Os

conceitos são veiculos de idéias

que envolvem

imagens; refletemzas impressões

que

temos

despertadas pelo ambiente (George, 1993).

Os

conceitos criam

imagens que

são

abstratas por natureza, eles

tendem

a possuir diversos significados.

E

foi

como

propósito

de

expressar

melhor

estes significados e

imagens

sobre os diferentes elementos envolvidos

na

prática assistencial

que

busquei conceitos

de

diferentes. autores para constituir

o

marco

conceitual

que

apresento a seguir.

i I

l

' I

f , 7

As

idéias

de Dorothea

E.

Orem

e

Wanda

A.

Horta

inspiraram"-me

na

elaboração dos

conceitos

de

Ser

Humano

e

Enfermagem.

O

conceito de Ingrid Elsen et al utilizei para a

` .

definição

de

família. Já os conceitos

de Saúde

e

Ambiente

propostos,

foram fundamentados

no

conceitos de Lennart Nordenfelt (1995). E, finalmente,

o

processo

de

cuidar foi

baseado

(20)

SER

HUMANO

Para

Dorothea

E.

Orem

e

Wanda

A

Horta os seres

humanos

são seres únicos.

Diferem dos outros seres vivos por sua capacidade de refletir acerca de si

mesmos

e de seu

ambiente, de simbolizar aquilo que vivenciam, e de usar criações simbólicas (idéias,

palavras)

no

pensamento, na comunicação e

no

direcionamento de esforços

com

a finalidade

de agir

em

beneficio de si

mesmos

ou

dos outros.

Busca

a satisfação de suas próprias

necessidades e desejos.

Quando

estimulados e ensinados

podem

adquirir a capacidade de tomar-se seu próprio cuidador.

Possuem

necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais. Suas ações

e

comportamentos

são influenciados por hereditariedade,

meio

ambiente, cultura e experiências.

FAMÍLIA

Para Elsen et al, (1989, p.3), família é definida

como

sendo:

“Uma

unidade dinâmica constituída

por

pessoas que se

percebem

como

família,

que convivem

por

um

espaço

de

tempo,

com

uma

estrutura e organização

em

transformação, estabelecendo objetivos comuns, construindo

uma

história de vida.

Os

membros da

família estão unidos

por

laços consangüíneos,

de

interesse

ou

afetividade.

Tem

identidade própria, possui, cria e transmite crenças, valores e conhecimentos comuns, influenciados

por

uma

cultura e nível sócio-economico.

A

família tem direitos e

responsabilidades, vive

num

ambiente

em

interação

com

outras pessoas e famílias, escola,

posto de saúde e outras instituições

em

diversos níveis de aproximação.

A

família

define

objetivos e

promove

meios

para

o crescimento de desenvolvimento de seus

membros

e

da

própria

comunidade

”.

SAÚDE

Para Nordenfelt (1993) citado por

Bub

(1999, p.24) a saúde “é considerada

uma

relação de equilíbrio entre habilidades

da

pessoa

e seus objetivos vitais,

dadas

certas

(21)

circunstâncias”. Entretanto, devido a grande influência na

enfermagem

brasileira da Teoria das Necessidades

Humanas

Básicas, de

Wanda

de Aguiar Horta, decidimos realizar algumas

modificações

no

conceito de saúde proposto por Nordenfelt (1987, 1993 e 1995).

A

primeira

modificação

foi a troca

do

termo habilidade por capacidade, pois

entendemos que,

um

dos domínios da

enfermagem

(principalmente

no

cuidado domiciliar) é

o cuidado das pessoas

com

incapacidades. E, a segunda foi a vinculação de saúde

com

satisfação das necessidades básicas. Assim, ser saudável depende da capacidade de

satisfazer necessidades básicas e realizar os planos individuais.

Dentro desse contexto faz-se necessário definir

o que

é

uma

incapacidade.

De

acordo

com

a Classificação Intemacional das Lesões, Incapacidades e Deficiências (ICIDH), publicada pela Organização Mundial da

Saúde

(OMS,

1980

citado por

Bub

&

Nordenfelt, 1999),

uma

incapacidade é

alguma

restrição

ou

perda (resultante de

um

distúrbio

ou

lesão)

da

capacidade para realizar atividades da

forma

ou

na

média do

que é

considerado normal para

um

dado

ser

humano

(Bub

&

Nordenfelt, 1999).

É

caracterizada

por excessos

ou

deficiências na realização das atividades,

pode

ser temporária

ou

permanente, reversível

ou

irreversível e progressiva

ou

regressiva.

Como

conseqüência de

uma

incapacidade, a pessoa

tem

dificuldades

ou fica

impossibilitada para realizar a atividades básicas da vida diária

-

ABVDs,

fundamentais para

a capacidade de suprir as necessidades

humanas

básicas e ações de auto - cuidado.

AMBIENTE

Os

seres

humanos

sempre

vivem

em

algum

tipo de

meio

ambiente. Para

Nordenfelt (1993, citado por Bub, 1999) o

meio

ambiente é dividido

em

fisico, cultural e

psicológico e nos influencia fisicamente e mentalmente, afetando particularmente a nossa

saúde.

É

também

considerado

como

plataforma para nossas ações e a base para o

estabelecimento de nossos objetivos

na

vida.

O

ambiente

também

inclui a família, o

(22)

ENFERIVIAGEM

Para Horta (1979, p.29) a

enfermagem

“é

a

ciência e

a

arte

de

assistir

o

ser

humano

no

atendimento

de

suas necessidades básicas, de torna-lo independente desta

assistência,

quando

possível pelo ensino

do

auto cuidado de recuperar,

manter

e

promover

a

saúde

em

colaboração

com

outros profissionais".

O

estado

da

arte

na enfermagem

é

alcançado

quando

o profissional alia a técnica

com

o

potencial criativo, satisfazendo

o

(a) cliente e a própria equipe (DalBen, 1998).

PROCESSO DE CUIDAR

É

considerado a essência da prática profissional

da

enfermagem

(George,1993).

É

um

processo

que

proporciona ordenamento e direcionamento ao cuidado realizado pelo (a) enfermeiro (a). Auxilia os profissionais a

tomarem

decisões, preverem e avaliarem as

atitudes a serem tomadas.

O

objetivo principal

do

processo de cuidar é guiar as ações de

enfermagem

a

fim

de

que

se possa atender as necessidades individuais

do

(a) cliente. Através deste processo é

possível identificar as respostas

do

(a) cliente as situações de saúde e atender suas

necessidades afetadas. (Benedet e Bub, 1998).

“Para

que

o

processo

possa

guiar as ações

de enfermagem

é necessário que

esteja

baseado

num

suporte teórico que oriente

a

coleta de informações sobre

a

saúde

do

cliente, permita

0

estabelecimento de diagnósticos, auxilie

no

estabelecimento

de

prioridades

para

a

tomada

de decisões,

fundamente

os cuidados e forneça os

parâmetros

)

para

a

avaliação' . ( Benedet e Bub, 1998, p.20).

Como

já foi citado anteriormente,

o

Processo de Cuidar foi baseado

no modelo

apresentado por Benedet e

Bub

(1998).

As

autoras

propõem

um

processo de cuidar,

baseado

na

Teoria das Necessidades

Humanas

Básicas de

Wanda

A. Horta e na Classificação Diagnóstica da

NANDA.

Este processo é constituído pelas quatro etapas,

(23)

Histórico

de

Enfermagem

É

o roteiro sistematizado para o levantamento de dados sobre a situação de saúde

do

ser

humano, que

toma

possível a identificação de seus problemas (Horta, 1979).

O

histórico de

enfemiagem contém

informações subjetivas e objetivas utilizando

como

instrumentos a entrevista, a observação e o

exame

fisico.

Diagnóstico

de

Enfermagem

Freqüentemente recebe outras denominações

como:

problemas

do

(a) cliente, lista

de necessidades afetadas, etc.

O

diagnóstico de

enfermagem

é

um

julgamento clinico sobre

as respostas

do

indivíduo, família,

ou comunidade

aos problemas de saúde/processos vitais reais

ou

potenciais.

O

diagnóstico de

enfermagem

proporciona a base para seleção das intervenções de enfermagem, visando

o

alcance de resultados pelos quais

o

(a) enfermeiro (a) é responsável

(NANDA,

1990).

'

Intervenção

de

Enfermagem

Compreende

o planejamento, a prescrição e a implementação das ações de enfermagem.

O

planejamento envolve estratégias para prevenção, minimização

ou

correção das respostas

do

(a) cliente identificadas

no

diagnósticos de enfermagem., exige o

estabelecimento de prioridades para saber qual das necessidades

humanas

básicas deve ser

atendida primeiro.

Após

planejadas, as ações de

enfermagem

serão

documentadas

através

da prescrição de enfermagem, que deve conter a data, hora de sua elaboração e assinatura

do

enfermeiro (a).

Após

as ações serem planejadas e prescritas, serão implementadas, isto é,

(24)

Avaliação

de

Enfermagem

Esta é a última parte

do

processo de enfermagem,

compreende

a verificação das

mudanças

na situação de saúde

do

(a) cliente frente às ações de enfennagem, determina a

(25)

E

v

4.1Caracterização dos

locais

de

estágio

Este trabalho foi desenvolvido

em

dois serviços

que

prestam cuidado domiciliar.

O

primeiro é a

UNIMED

Lar, pertencente a

UNIMED

de

Florianópolis,

uma

cooperativa

médica

situada à rua D. Jaime

Câmara

94. E,

o

segundo, é a Clínica

Enfermagem

Domiciliar, situada à

ma

Felipe Schimidt 215, sala 211, Florianópolis/ SC.

4.1.1

UNIMED

Lar

Este serviço está sendo oferecido a clientes

da

UNIMED

de forma

experimental, desde primeiro

de dezembro de

1999.

Quando

elaborado

um

projeto piloto pelas

UNIMEDS

brasileiras,

com

os seguintes objetivos: .

0 Diminuir custos

de

clientes crônicos para a singular

(UNIMED

de

Florianópolis); 0

Promover

um

meio

seguro e

de

suporte para

doenças

crônicas e pessoas dependentes;

0 Restaurar e

manter

o nivel mais alto e possível

de

independência funcional;

0 Preservar a

autonomia

individual;

N

~

0

Maximizar

e retardar a progressão,

quando

possível,

de

condiçoes

médicas

crônicas; 0

Promover

o

conforto e dignidade para

o

cliente terminal e sua família;

0 Estabilizar e retardar a progressão,

quando

possível,

de

condições

médicas

crônicas;

0 Prevenir

doenças

introgênicas

ou

agudas, identifica-las e trata-las rapidamente

quando

OCOII 61';

/

(26)

0 Diminuir riscos de infecção hospitalar;

0 Reintegrar

o

cliente

no

seu

meio

familiar e social;

0

Formar

cuidadores.

Para a implantação deste projeto foram

mapeados 50

clientes de alto custo, dos

quais 17 foram selecionados inicialmente. Destes, apenas 10 atenderam os critérios

exigidos pelo serviço.

Os

(a) clientes atendidos pelo projeto piloto são esclarecidos quanto a proposta

do

serviço.

Como

se trata de

um

projeto experimental, todos os custos são arcados pela

UNIMED,

ficando o

(a) cliente isento de qualquer forma

pagamento

por esta modalidade

de assistência.

O

primeiro relatório seria enviado para a Diretoria

em

abril de 2000,

porém

devido a

intercorrências foi apresentado de forma expositiva

no

dia

02

de

maio

de 2000,

posteriomiente enviado. Esta foi apenas

uma

apresentação parcial,

afim

de informar o

andamento do

projeto.

Porém

somente

em

agosto deste ano é

que

esta modalidade de

assistência será divulgada.

Atualmente já foram atendidos pelo

programa

vinte e

um

clientes.

A

UNIMED

Lar funciona das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00; de

Segunda

a Sexta

-

Feira.

Nos

finais de

semana

e feriados, o serviço

SOS

UNIMED

fomece

o apoio emergêncial.

A

equipe multidisciplinar atua

com

o

auxílio de

um

rádio

HT.

Sua

composição, quantidade, carga horária semanal e salário, estão descritos

no

QUADRO

2.

(27)

QUADRO

2

- Composição, funções, carga horária e salário da equipe de saúde

da

UNIMED

Lar, 2000. Florianópolis/ SC.

Profissional Quantidade Carga Horária Semanal Salário

Médico Diretor 01 --- --

Médico Assistente 02 20 hs (sendo 01 médico para

cada período) R$2.100,00 Enfermeira 01 40hs R$1.200,00 Técnico de Enfermagem 02 40hs R$550,00 Fisioterapêuta 02 40hs R$1.100,00 Psicologa 01 40hs R$1.100,00 Assistente Social 01 40hs R$1.100,00 Motorista 01 40hs R$504,00

Fonte: Projdo UNIMED Lar

As

funções de cada

um

desses profissionais segue abaixo:

Médico

Assistente

0 Realizar avaliação clínica inicial;

0 Identificar patologias incapacitantes e associadas; 0 Fazer o planejamento terapêutico;

0 Atender as intercorrências (doenças agudas e subagudas);

~

0 Realizar pequenos procedimentos (punçao, sonda enteral, etc);

0 Definir a necessidade de atendimento domiciliar; 0 Orientar

o

cuidado sobre a

doença

e evolução;

0 Fazer

acompanhamento médico

com

periodicidade

adequada

para cada caso; 0 Definir o

momento

da alta

no

programa;

0 Elaborar relatório estatístico mensal de atividades.

Enfermeira

0 Planejar e avaliar a assistência de enfermagem;

(28)

Planejar e executar atividades de desinfecção e esterilização de materiais;

Controlar a reposição de materiais e equipamentos;

Realizar relatórios diários individualizados de toda assistência prestada;

Zelar pela limpeza e

ordem

do

material de equipamentos e de dependências privativas

do

serviço;

Ministrar

medicamentos

via oral e parenteral;

Realizar e orientar os familiares nos curativos;

Realizar pequenos procedimentos (sonda enteral, sonda uretral,

enteroclisma,nebulização, etc..)

Realizar cuidados especiais (troca de bolsa de colostomia, citostomia, cânulas de traqueostomia, orientação de insulinoterapia, cuidados

com

sondas

em

geral);

Realizar orientações quanto as medidas de higieno - dietéticas e relaciona-las

com

medicação e assistência

como

um

todo;

Fazer controle de acondicionamento e destino

do

lixo hospitalar (pérfuro-cortantes);

Acompanhar

o médico

na primeira visita domiciliar e todas as demais

que

se

fizerem

necessárias;

Atender intercorrências

conforme

avaliação dos demais

membros

da equipe; Elaborar relatório estatístico mensal de atividades;

Programar

as visitas domiciliares de técnico de enfermagem.

Técnico

de

Enfermagem

Visitar semanalmente os pacientes;

Avaliar escaras de decúbito e fazer os primeiros curativos orientando familiares e

cuidadores;

Orientar familiares e cuidadores

no

preenchimento das fichas de controle de sinais vitais,

eliminações e ingestão'

Administrar

medicamentos

injetáveis

quando

necessário (sob orientação

do

médico);

Manter

atualizados os prontuários

no

arquivo

do

setor;

Atender intercorrências conforme avaliação dos demais

membros

da

equipe;

(29)

Fisioterapeuta

Realizar avaliação fisico-disfuncional dos

comprometimentos

cardiorespiratórios,

aparelho locomotor e neurológico, assim

como

planejamento e prática da reabilitação

das

mesmas,

propiciando o maior grau de independência possível;

Orientar familiares e cuidadores

no

preenchimento das fichas de controle de sinais vitais,

eliminações e ingestão;

Manter

atualizados os prontuários

no

arquivo

do

setor;

Atender intercorrência conforme avaliação dos demais

membros

da equipe; Coleta de material para

exames

quando

necessário.

Psicólogo

Avaliação

no

domicílio

em

pacientes para verificar necessidades de suporte terapêutico;

Preenchimento da

ficha

de Avaliação Psicológica;

Suporte terapêutico

no

domicilio à pacientes e familiares,

com

utilização de Terapia

Breve;

Anotação no

prontuário dos atendimentos domiciliares

em

ficha

específica de avaliação Psicológica;

Apoio

à equipe na

abordagem do

paciente;

Planejamento e coordenação de grupos de auto-ajuda para cuidadores e familiares

próximos ao paciente;

Aplicação de avaliação nos grupos

com

colaboração de relatório grupal, à ser realizado

bimestralmente;

Relatório

Mensal

de Atendimento Domiciliar e Grupal para a coordenação

do

programa;

Apoio

em

atividades/eventos afins

do

setor, caso necessário.

Registrar diariamente

em

planilha de visita diária dados referentes às visitas, e entregarà

Auxiliar Administrativo.

Assistente Social

Entrevistar os familiares;

(30)

0 Realizar contato

com

médicos dos clientes para orientação

do

atendimento domiciliar;

0 Negociar

com

empresas e os familiares os gastos adicionais como:

locomoção

dos

equipamentos hospitalares, medicamentos;

0 Orientar os familiares quanto as

normas do programa

e burocracias à admissão e

desligamento

do

mesmo;

0 Orientar pessoalmente

ou

por telefone os familiares interessados no programa;

0 Elaborar relatório estatístico mensal de atividades.

Motorista

0 Fazer translado de equipe e seus recursos; 0 Atender

programa

domiciliar

como

todo;

0

Manter

o veiculo

em

perfeitas condições de uso;

0 Controlar gastos de combustível mensal (via planilha)

A

operacionalização

do

serviço ocorre de acordo

com

o seguinte

esquema

I~

lg

l__... _ ,_,.%.E,,_n_,___

I;

_

Fonte: Projao UNIMED LarFig.l - Modelo operacional

O

medico

assistente, após constatar que o (a) cliente nao mais necessita de

intemação hospitalar, encaminha a solicitação de cuidado domiciliar a

UNIMED

Lar.

A

partir este

momento

toda a equipe

do

UNIMED

Lar é acionada para avaliar se o (a) cliente

em

questao

tem

condiçoes

em

ser cuidado

no

domicilio. Esta decisão é

tomada

através da

avaliação

do

(a) cliente, de sua moradia e da conversa prévia

com

seus familiares.

Se o (a) cliente preencher os critérios de admissão, sera

montada

toda a estrutura

para fornecer o cuidado domiciliar,

em

um

prazo

médio

de

24

horas. Durante a

permanência

do

(a) cliente

no

programa, este receberá os cuidados da equipe multidisciplinar, determinados pela prescrição

do médico

(Anexo

1).

(31)

Em

caso dúvida relacionada ao diagnóstico médico, alteração

do

quadro clínico

ou

tratamento

do

(a) cliente será

comunicada

ao

médico

assistente, o qual determina a

condução do

caso.

Em

situações emergência,

onde o médico

assistente por qualquer motivo não possa comparecer à residência

do

(a) cliente, será acionado

o

sewiço de

atendimento pré-hospitalar.

A

equipe de saúde,

acompanhada

por

uma

ambulância

UTI,

fomecerá os cuidados necessários ao (a) cliente, inclusive transferindo-o para

um

ambiente

hospitalar, se assim o (a) cliente necessitar.

Os

critérios de inclusão para

o programa

são:

0 Ter plano de saúde família

do

tipo pré pagamento;

0 Ser paciente crônico

com

cinco

ou

mais intemações ao ano;

0 Ser cliente restrito ao leito

ou

cadeiras de rodas;

0 Ter

um

familiar responsável para dar continuidade e realizar as orientações e cuidados

necessários;

0 Ser avaliado pela equipe de serviço;

0 Ter sido liberado pelo

médico

que

acompanha

o usuário,

ou

ter havido comunicação

prévia por parte

da

equipe

médica

do programa

ao

médico

do

paciente.

0

Na

existência de casos excepcionais, estes serão avaliados pela equipe.

Para

que

os (as) clientes

possam

dispor de

Cuidado

Domiciliar, deverão preencher

os seguintes critérios:

0 Possuir

um

médico

responsável pelo tratamento (médico assistente),

o

qual fará a

solicitação, por escrito, à equipe

do programa

UNIMED

Lar, traçando

o

plano de tratamento;

0 Condições clinicas, não necessitando de internação hospitalar;

0 Condições ambientais e fisicas

do

local de moradia aptas a receber

o

paciente e/ou o

material necessário para o atendimento

do

mesmo;

0 cliente e seus familiares

devem

estar de acordo

com

a “intemação familiar”,

0 Família deve estar

em

condições de atuar ativamente

no

cuidado

do

(a) cliente, ao nível

domiciliar;

0

Programa

deve estar apto a para adaptar e dispor de recursos

humanos

e materiais,

(32)

0 Análise e

comparação

dos beneficios da “internação domiciliar”

com

os beneficios de

uma

intemação hospitalar, considerando a recuperação

do

cliente, controle de infecção,

custos, etc.

As

visitas profissionais ao domicílio ocorrerão de acordo

com

a necessidade

do

(a) cliente, considerando o tipo, gravidade e evolução da patologia.

A

assistência de enfemragem, se dá primeiramente

com

a visita inicial,

onde

a

enfermeira colhe através de

um

instrumento

(Anexo

2) o histórico.

Em

seguida são listados

os problemas identificados

(Anexo

3). E, para

o

controle e avaliação

da

assistência é

registrada a evolução

do

(a) cliente

(Anexo

4).

4.1.2 Clínica

Enfermagem

Domiciliar

A

Clínica

Enfermagem

Domiciliar foi fundada

em

1996, por quatro enfermeiros.

Com

0 decorrer

do

tempo

esta sociedade se desfez e hoje

tem

uma

única proprietária a enfermeira

Bemadete

K. Erdtmann.

Os

(as) clientes são idosos, na sua maioria

com

doenças crônicas, e adultos portadores de câncer.

O

encaminhamento

de clientes é realizado principalmente por médicos e alguns farmacêuticos, através de contato telefônico.

O

(a) cliente recebe a visita

da enfermeira responsável,

que

realiza as técnicas

conforme

as necessidades

do

(a) cliente.

Quando

há necessidade de cuidados por períodos prolongados, a enfermeira planeja

a assistência para o período que for necessário.

Os

procedimentos realizados

com

mais

freqüência são injeções endovenosas, intramusculares e curativos.

Não

possui

uma

equipe fixa.

Atende

seus clientes

quando

solicitada e realiza,

em

média, 05 atendimentos por dia.

Tem

como

objetivos e princípios básicos:

I-

Oferecer assistência de

enfermagem no

domicílio

do

cliente e farnília para que o

mesmo

(33)

II

-

Prestar cuidados inerentes da

enfermagem

com

justiça, competência, honestidade e

responsabilidade, respeitando os preceitos éticos.

III- Orientar cliente e família sobre questões que

abrangem

educação

em

saúde.

IV -

Prestar serviços de educação

em

saúde à comunidade, Organizações públicas e

ou

privadas, estabelecimento de ensino etc.

V

-

Realizar pesquisa na área da saúde, buscando

o

amadurecimento profissional

em

prol

da comunidade.

VI -

Servir

como

ponto de apoio entre cliente e seu

médico

ou

outro profissional da saúde, atuando dentro de

um

sistema de referência e contra referência.

Horário de Atendimento:

Uma

enfenneira titulada, está sempre de plantão e

pode

ser

contactada através

do

telefone durante vinte e quatro horas por dia, inclusive sábados,

domingos

e feriados.

O

atendimento de

enfermagem

abrange toda população, independente

de faixa etária e nosologia.

4.2

População

alvo

A

população alvo foi constituída pelos clientes das duas instituições

onde

realizei

meu

estágio ,

UNIMED

Lar e a Clínica

Enfermagem

Domiciliar,

porém

foram selecionados

dois clientes para a realização

do

processo de

enfermagem

integral. Apresentarei a seguir

o perfil

da

clientela atendida pela

UNIMED

Lar e o processo de

enfermagem

dos clientes

selecionados,

como

foi proposto

em

meu

projeto.

4.3 Estratégias

de

Ação

Algumas modificações

se

fizeram

necessárias.

O

prirneiro estágio foi prolongado

devido a necessidade de

um

período maior de adaptaçao, dificuldade

em

alcançar alguns

objetivos

no

prazo estabelecido e aproveitar a farta

demanda

UNIMED

Lar.

No

período de

27

de

março

à

06

de julho de 2000, foram realizadas

252

horas de

estágio na

UNIMED

Lar, supeivisionada pela Enfenneira: Jane Lúcia dos Santos e 19

horas,

na

Clínica de

Enfermagem

com

supervisão da Enfermeira: Bernadete K. Erdtmann.

(34)

Conhecer

a realidade dos

campos

de estágio escolhidos

(UNIMED

Lar

e Clínica

Enfermagem

Domiciliar);

Traçar

o

perfil da clientela quanto à idade, sexo profissão, condição sócio-ecônomica, estado civil, nível de escolaridade, renda salarial e condições

do

domicilio.

Revisar e reformular os instrumentos utilizados

no

cuidado domiciliar (formulário para

histórico e diagnóstico de enfermagem, folha de controles, folha de orientações e

prescrições de enfermagem, formulário para avaliação e evolução de enfermagem)

Auxiliar na elaboração de

normas

e rotinas e procedimentos de

enfermagem

considerados prioritários,

como

curativos e prevenção de úlceras de pressão,

em comum

acordo

com

a supervisora UNl1\/IED Lar.

Desenvolver habilidades para assegurar a qualidade

do

cuidado;

Participar de evento científico relacionado ao

tema

proposto (l°

Fórum

de

Home

Care,

RS)

Realizar visita

em

Centro de

Saúde

que tenha o

Programa Saúde da

Família;

Realizar reuniões semanais

com

orientadora e supervisora;

Avaliar os resultados

do

cuidado sobre a situação de saúde dos (as) clientes, tendo

como

ponto de referência a quantidade e a qualidade dos diagnósticos de

enfermagem

estabelecidos;

Registrar

no

“Diário de

Campo”

todos os fatos importantes ocorridos, percepções e

sentimentos durante a prática, para posterior avaliação.

Avaliar os resultados

do

cuidado sobre a situação de saúde dos (as) clientes, tendo

como

ponto de referência a quantidade e a qualidade dos diagnósticos de

enfermagem

estabelecidos;

Avaliar a operacionaldade dos instrumentos utilizados;

Avaliar a adequação

do marco

conceitual elaborado;

Desenvolver e manifestar atitudes coerentes

com

os princípios_éticos durante o cuidado

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