(O
\ ~UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SÀNTA
CATARINA
cgmao
DE
cnücms
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smmfi.
D‹gPAm'AM1;NTo
na
'rocoe1N§coL.o&1¿
GÃNÇER
DE
MAMÁ
Acfissómâ
¢
RELATO
D/0'msn
«Z
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO
DE
TOCOGINECOLOGIA
CÂNCER
DE
MAMA
ACESSÓRIA
RELATO
DO
CASO
Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina, apresentado ao Departamento de
Tocoginecologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina.
Doutoranda:
TacianaJamundá
Orientador: Prof. Dr. Edison Natal Fedrizzi
AGRADECIMENTOS
Aos
meus
pais, Cícero e Corporina, pelo carinho emotivação
eà
quem
tenho 0 privilégio
de
tê-loscomo
exemplo,fundamentos
deminha formação
humana
e profissional.~
Ao
professor Dr. Edison Natal Fedrizzi pela orientaçao, subsídio eatenção dedicada
na
elaboração deste trabalho.À
todos aqueles que, demaneira
diretaou
indireta,colaboraram
para
RESUMO
A
autora relataum
caso de carcinoma demama
acessória axilar,considerado raro entre os cânceres de
mama
(0,3-0,6%).A
pacienteapresentava nódulo palpável
em
região axilar esquerdacom
investigação pré-operatória conclusiva para carcinoma
(Mamografia,
Ultrassonografiacom
Doppler
ePunção
Aspirativa porAgulha
Fina). Foi submetida a tratamentocirúrgico conservador (mastectomia axilar esquerda mais linfadenectomia) e
radioterapia tendo apresentado
boa
evolução após o tratamento.A
mesma
continua
em
seguimento (hávdois anos),não
apresentandonenhuma
evidênciaSUMÁRIO
RESUMO
... ..IN
TRODUÇAO
... ..RELATO
DO
CASO
... ..Anamnese,
Exame
Físico e Diagnóstico...Exames
Complementares
e Estadiamento..Tratamento Cirúrgico ... .. Anatomo-patológico ... _.
Evolução
... ._DISCUSSAO
... ..ABSTRACT
... ... ..REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
...INTRODUÇÃO
O
câncer demama
é conhecido desde os primórdiosda
medicina e aprimeira referência escrita foi de
Edwin
Smith Surgical Papyrus escritona
época
das pirâmides egípciasno
antigo reino (3000 a2500
AC)(7°17).É
otumor
maligno mais frequente
na
mul1rer(24°16),acometendo
mulheresjovens,com
curva ascendente a partir dos vinte e cinco anos de idade(8)
,
com
a maioria doscasos se concentrando entre quarenta e sessenta anos(8° 16* 24) e totaliza
16%
dos12%
dos Óbitos por câncer entre as mulheres brasileirasm).É
uma
enfermidadedo
epitéliomamário,
multifocal e freqüentemente bilateral.A
evolução dosdistintos focos
não
é sincrônica e habitualmente se manifestacomo
um
tumor
único.
Cursa
primeiro poruma
etapa intraepitelial, a maioria das vezesassintomática. Posterionnente as células neoplásicas
rompem
amembrana
basal e
invadem
o estroma.Aparece
o sintomatumor
e se estabelece aspossibilidades de disseminação através
da
corrente linfática e/ou sangüínea.Através dos linfáticos
ocorrem
metástases para axila emamária
interna, esecundariamente para fossa supra clavicular e outros grupos ganglionares.
Através
da
corrente sangüínea seproduzem
as metástases a distânciam).A
presença de graus variáveis de tecidomamário
ectópico, desde rudimentoda
papila e aréola atémama
completa édenominada
demama
6
mamária
é revestida apenas por pele,mas sem
aréola é dita polimastia epolitelia
quando há
presençada
aréolaou
papila,em
geral rudimentares,acompanhadas
de escassaou
nula quantidade de tecido glandularm).A
incidência de
mama
acessória é de2-6%
das mulheresfl” 21° 22° 29)e
aproximadamente
duas vezes maiscomum em
mulheresdo que homensm),
sendo mais
fiequente
em
países on`entais(6° 21).Cerca
de65%
dasmamas
acessórias são únicas e
30%
duplas, ocasionalmente trêsou
maismamas
acessórias
ocorrem na
mesma
pessoaflo). Parece freqüenteuma
influênciahereditária(5° 19* 27) sugerindo
um
gen
autossômico dominantecom
expressãovariável(6). Está mais
comumente
presente ao longo da linhamamária
embriológica (da axila até a região i11guinal)(4”19”31),
mas
também
pode
ocorrerem
outras localizações incluindo a face, pescoço, ombro, flanco, quadril, coxa,nádega(3 1) e vulva(15 ” 18° 19).
O
tecidomamário
acessório está sujeito àsmesmas
patologiasdo
tecidomamário
nonnalu* 3* 5” 22* 26> 27).Há
relatos de neoplasias benignas, doenças
fibrocísticas
da
mama
e carcinoma pri1nário(7*14=22°26=29).Embora
a maioria dasneoplasias
do
tecidomamário
acessório consista de lesões malignas(21= 31) aincidência é rara
com
um
total de apenas 0,3 -0,6%
de toda a populaçãocom
câncer de mama(21°23).
Por
ser o carcinoma demama
acessória rarocom
poucos
casos relatadosna
literatura (22) o presente trabalho relataum
caso descrevendo os achadosclínicos, aspectos diagnósticos, tratamento e evolução de
uma
pacienteRELATO
DO
CASO
Anamnese,
Exame
Físico e DiagnósticoD.O.B, 59
anos, feminino, branca, casada,do
lar, natural deSão
Paulo eprocedente de Florianópolis,
uma
intemação anterior.Há
quinze dias da datada
consulta (l8.1l.94), a paciente notou nóduloem
mama
esquerda.Fez
avaliação clínica sendo solicitado ultrassonografia emamografia
bilateral eencaminhada
ao Serviço de Ginecologiado
HospitalUniversitário
(HU)
para investigação.No
momento
da
consulta, a pacientereferia ausência de dor
ou
trauma enegava
história familiar de câncer demama.
Nos
antecedentes Ginecológicos e Obstétiicos,menarca
aos 14 anos,menopausa
aos49
anos, GestaXI
Para VIII cesária IAborto
II, inícioda
atividade sexual aos 17 anos,sem
atividade sexual pós-menopausa,nunca
fezuso de anticoncepcional e
não
fazia terapia de reposição hormonal, últimacolpocitologia oncótica foi
há
um
ano e dentroda
normalidade enunca
tinha realizadomamografia
anteriormente.Ao
exame
fisico geralnão
apresentava particularidade e aoexame
mastológico foi constatado a presença de
mama
acessória axilar bilateral,sendo
que na
esquerda palpava-semassa
deaproximadamente
04cm
de diâmetrocom
limites imprecisos, índolor e de consistência endurecida.Mama
3
direita, esquerda e acessória axilar direita
sem
particularidades. Ausência delinfonodos suspeitos à palpação
na
fossa supra e infra-clavicular e axilarbilateralmente.
A
mamografia
e o estudo ultrassonográficocom
dopplermostraram
osseguintes resultados:
-
Mamografia
(l l.l 1.94): “Pelebem
delimitadacom
aspectoe espessura
normais. Tecido celular subcutâneo
com
aspecto anatômico. Areolas e regiõesretro-areolares
sem
alterações. Presença de parêquimamamário
einambas
as axilas. Nesta região, à esquerdaobservamos
área estrelada,com
microcalcificaçöes
numa
extensão deaproximadamente
3,0x2,0 cm.Vascularização bilateral comparável. Conclusão: Microcalcificações
em
mama
axiliar esquerda.ClD 174” (Fig. l e 2).
I
9
Fig.2 -
Mamografia
(incidência oblíquade
11.11.94)-
USG
(l l.l 1.94):O
estudo ultrassnográfico mostrou presença de áreaheterogênea, hipoecogênica,
com
pequenos pontos hiperecogênicos querepresentam micro-calcificações, limites
pouco
definidos, localizadapraticamente na axila esquerda.
Quando
estudadacom
mapeamento
defluxo
colorido
observamos aumento
significativodo
número
de vasos na regiãoquando comparado
com
o restante dasmamas.
Aspecto compatívelcom
CID
174. Ausência de outras alterações. Conclusão:
Área
com
microcalcificações na axila esquerda” (Fig.3 e 4).Fig. 3 -
Ultrassonografia de
ll. lll
No
mesmo
dia a paciente realizou Puilção Aspirativa porAgulha
Finado
nódulo
da
mama
acessória axilar esquerda cujo laudo histo-patológicoevidenciou “esfregaços
moderadamente
celulares apresentando váriosgmpamentos
frouxos de células amplas, poligonais, citoplasmahomogêneo,
núcleos irregulares, hipercromáticos
ou
de cromatinagmmosa
e nucléolosnotadamente evidentes. Conclusão: carcinoma ductal”.
Exames
Complementares
eEstadiamento
Foram
solicitadosexames
pré-operatórios e para o estadiamentocom
osseguintes resultados:
-
Hemograma
(28.l 1.94):hematócrito:
38%,
hemoglobina: 12,6leucócitos: 6.600
p/mm3
(segmentadcos -62%,
linfócitos -34%).
- Provas de
Função
Renal (28.11.94):uréia:
26
mg/dl, creatinina: 0,56 mg/dl- Provas de
Função
Hepática (23.1l.94):TGO:
8 u/1,TGP:
7 u/l,Gama-GT:
36
u/l, fosfatase alcalina: 27 u/l.-Tempo
deCoagulação
(28.l 1.94):20
segundos-
~@
(23.ll.94):triglicerídeos: 110 mg/dl,
HDL:
53 mg/dl,LDH:
126 mg/dl - Parcial de Urina: (23. ll. 94):normal/
urocultura: negativa-EQ
(28_l l .94): normal\
-
Radiogzafia do Tórax
(22. 1 1.94): normal-
USG
Abdominal
Total (22.l1.94): presença de colelitíase.Demais
12
Tratamento
CirúrgicoNa
data de 21.12.94 a paciente foi sulimetida a tratamento cirúrgicocom
congelação (Mastectomia axilar esquerda e linfadenectomia axilar). Foi
utilizado incisão axilar oblíqua imica,
obedecendo
as linhas de força (Fig.5),sendo realizado a ressecção da
mama
acessóriacom
margem
cirúrgica ampla,cujo anatomo-patológico de congelação mostrou limites negativos (ausência de
tecido neoplásico
próximo ou
nas margens).A
linfadenectomia axilar foi realizado nos três níveis sendo ressecado concomitante omúsculo
peitoralmenor
(Fig. 6).A
síntese foi realizadacom
sutura continua intradérmicacom
fio
mononylon
3.0, sendo a ferida operatória drenadacom
aspirador do tipoPorto-Vac.
'_""'
`¬n.'
---
t-_.l.`~
_. .
,.›.¬
4%* ,¿_ › '.'‹¿_
(J
Fig. 6 - Trans-operatório
(idenfificação do músculo
peitoralmenor
e cadeia linfonodal)Anatomo-patológico
O
laudo anatomo-patológico mostrou “na macroscopiasegmento
detecido
pesando
250
grmedindo
l6xl2,5x3 cm, exibindoem
uma
extremidade
fio
de sutura (reparo).Aos
cortes, as superficies são ein suamaioria amareladas, untuosas e brilhantes e
em
areaobservamos
superficieendurecida brancacenta que
mede
1,5xl,0cm
e dista 2cm
do
extremo mais próximo. Isolados 34 nódulosdo
tecido adiposo adjacente, sendonove do
l-l
na
proliferação de células ductais irregulares.Possuem
citoplasmarelativamente amplo, núcleos ovóides de
pleomorfismo
moderado,
cromatinagrosseira e nucléolo conspícuo. Tais elementos encontram-se
formando
múltiplas
camadas no
interior de ductos ectásicoscom
centro necrotico e constituindo cordõesno
estroma.Os
34
linfonodos isoladosnão
mostram
envolvimento neoplásico.
Margens
livres. Conclusão:mama
- carcinoma ductalinfiltrante;
moderadamente
diferenciado (GII) grau nuclear IIcom
áreas de carcinoma intraductal tipo comedocarcinoma.Margens
livres. Linfonodos(axiliares esquerdos): ausência de tecido neoplásico (0/34)”.
Evolução
Apresentou
boa
evolução pós-operatória, tendo recebido altano
dia23.12.94 (2° pós-operatório)
com
dreno de sucção Porto-Vac.No
retomo
em
07
dias a paciente estavaem
BEG,
sem
queixas, ferida operatória debom
aspecto e foi efetuada a retirada
do
dreno.Após
três dias foram retirados ospontos.
Em
16.01.95, iniciouno
Hospital de Caridade, tratamentocomplementar
com
radioterapiado
leito operatórioem
campos
bio-opostos (anterior e posterior)do
quadrante superior esquerdo e região axilar esquerda, tendorealizado 26 sessões,
num
total de 5.200 cGy. Evoluiucom
dermatite actínica,Fig.7 -
Edema
e dermatite actínicaem
mama
esquerda
~
ló
A
paciente realizouacompanhamento
trimestral nos dois primeiros anose após semestral.
Os
exames
complementares de reavaliação (laboratório,Rx
tórax, provas de função hepáticas,USG
emamografia)
foram realizadoscom
seismeses
de pós-operatório e posterionnente anual, sendo todosnormais. Foi submetida exérese da
mama
acessória direitaem
junho de 1995(tecido
mamário
normal).Após
um
ano de tratamento,com
regressão dosefeitos da radioterapia o resultado estético foi considerado muito
bom
(Fig 9 e10).
l7
Fig. 10 - Detalhe
da
região axilarum
ano após
0 tratamento.Na
última revisão (março de 1997) a pacientenão
apresentavanenhuma
queixa, apresentando ferida operátoria
com
ótimo aspecto,membro
superioresquerdo
sem edema
e déficit fimcional.Todos exames
complementares foramnormais.
A
mamografia pode
ser vista na figura ll e 12 evidenciandoDISCUSSAO
Axila é a região mais
comum
de ocorrermama
acessória (07) e abilateralidade
tem
uma
ocorrênciaem
30%
dos casos (10). Frequentemente a
identificação clínica de tecido
mamário
axilar éum
excesso de gordura axilar(10),
mas
na
ausência demamilo ou
lactaçãoo
diagnóstico é raramente feito e oachado
écomumente
atribuído a lipoma (22).Embriologicamente
na
sétimasemana
a linhamamária
é representadapor duas
bandas
alargadas de ectodermeque
se estende de cada ladoda
axilaaté a região inguinal.
Normalmente
apenasuma
pequena
porçãoda
linhamamária
persisteno meio da
região torácica.Se
algum
fiagmento
não
desaparecer
na
embriologia,uma
mama
acessóriapode
desenvolver-seem
qualquer lugar ao longo
da
linha mamária(2° 7, 1°* 15* 2* 29).Contudo há
váriosrelatos de
marna
acessória forada
linhamamária
como
na
região posteriorda
coxa
deum
homem
(7) ena
\/rrlva(15°l8°19).Quando
mama
acessória desenvolve-seno
sexo feminino, a glândularesponde às flutuações hormonais e alterações
na
puberdade, período pré-menstrual, gravidez e lactação
podem
ocorrer Ú* 9).A
mamografia
éo método
ideal para a detecção precocedo
câncermamário(2° 17° 2°” 3°).
Marnograficamente
amama
acessória axiliar é geralmente21
parênquima
normalmas
é localizadona
axila, separadodo parênquima da
região torácica. Isto é distinto
da
relativamente frequentecauda
de Spenceraxilar que representa
uma
extensão diretada
margem
externada
mesma
massa
do
tecido glandular (1).Na
mamografia
realizada pela paciente foi evidenciadornicrocalcificações
em
mama
acessória axiliar esquerda. Microcalcificaçõessão frequentemente encontradas
em
tumores malignos e muitas vezes representamo
único sinal evidente dosmesmos;
suas características são:pequenas (100 a
300
micra de diâmetro), irregulares e agrupadasna
áreatumoral; geralmente são
numerosas
epodem
se apresentarem
focos múltiplos;às vezes seu
número
épequeno
(cincoou
seis); sua detecçãono
entanto éfator determinante para biópsia(2°).
Apesar
de importante aUSG
tem
limitaçõesno
estudoda
mama,
não
elucidandoa
natureza benignaou
maligna demassas
sólidas.
É
menos
sensívelque
amamografia
na
detecção de câncer demama
em
estágio precoce e portanto,não
é solicitado rotineiramenteno
rastreamentode câncer (2).
A
USG
pode
evidenciar focos de microcalcificações eaumento
na
vascularização (Doppler) fornecendo informações importantescomo
asuspeita de
uma
lesão malignacomo
vistono
caso relatado.A
Punção
Aspirativa porAgulha
Fina(PAAF), fomece
gerahnenteo
diagnóstico de carcinoma de
mama
e esta constitui-se deuma
técnica segura esimples.
No
caso de tecidomamário
acessório oferece diagnóstico incluindo asmundanças
fisiológicas e lesões patológicas, e diferencia outras lesões,como
lipoma, linfadenite granulomatosa, lifomas e carcinoma metastátieo (10).
A
paciente apresentava urnamama
acessóriado
tipo polimastia ehá
relato
que
este tipona
axila é mais propensa a câncer(6* H)não
sendounânime
este conceito.
Matsuoka
et. al. relatararnum
caso de carcinoma demama
acessória e revisaram 33 casos. Eles reforçam a importância
em
consideraro
22
mama
(23) eLivesey relata
um
carcinoma demama
acessóriacom
metástasenum
nódulo subcutâneo torácicom).Desta
forma, diagnóstico e tratamentoprecoce sao imperativos
no manejo
de nódulos subcutâneosna
regiãoda
mama
e linha
mamária
embriológica 02° 31).O
carcinoma ductal infiltrante éo
tipo maiscomum
de câncermamário
ecomo
ocorreucom
a pacientepode
ser observadocomponentes
obviamenteintraductais.
Por
sua consistência endurecida eo
crescimento ocorrendocomo
nódulos muitobem
delimitados de consistência pétrea à palpação,podem
fixar-se através de infiltração às estruturas adjacentes
ou
à parede torácicasubjacente
marcando
a pele e retraindo omamilom). Quanto maior
aquantidade de carcinoma intraductal
na
lesãohá
menor
taxa decomprometimento
axilar emelhor
prognóstico.Por
outro lado, neoplasiascom
componente
intraductal extensotêm
maiores chances de exibir carcinomaintradultal à distância,
além
de focos multicêntricosda
neoplasia.O
risco derecidiva local é maior para neoplasias
com
comprometimento
intraductalextenso particularmente
quando
este édo
tipocomedocarcinoma
(26).O
tratamento de escolha para o carcinoma demama
inicial (S 3cm
) éo
conservador (setorectomia e linfadenectomia axilar).
A
radioterapia pós-operatória
sempre
deve ser realizada para prevenir recorrência local (25) e pelamulticentricidade
da
neoplasia (26).O
carcinoma se desenvolve cinco vezes mais freqüentementena
mama
da
mulher que teve previamente carcinoma damama
contralateraldo
que apopulação feminina
em
geral.O
risco é realmentemaior
se múltiploscarcinomas primários
foram
achadosna
primeira mamaus).Guerry
descreveum
carcinomada
mama
direitaque
foi feito seguimento por quase cinco anos e23
acessória localizado
no
grande lábio esquerdoda
vulva e concomitantementecarcinoma foi detectado
na
mama
esquerda. Indicandoque o
estímulo para carcinomamamário
pode
induzirmudanças
neoplásicasno
tecidomamário
aonde
querque
ele esteja situadofls).A
necessidade paraacompanhamento
da
paciente após cirurgia destanatureza é enfatizado.
Bodejo
ilustracom
um
caso:uma
mulher
de45
anosque
apesar de todos os avisosnão
realizouo
seguirnento pós-operatório, maistarde retornou grávida,
com uma
lesãomamária
extensa e linfonodospositivos(4).
O
seguimento posteriorda
paciente deve ser feito através derevisões clínicas trimestrais nos dois primeiros anos e após, semestrais nas
quais é realizado
exame
ginecológico e solicitadomamografia
bilateral,radiografia de tórax e provas de função hepática a princípio anualmente, mas,
na
suspeita de recidivada
doença, deve ser solicitadoem
qualquer época.Atenção
especial deve serdada
as queixas respiratórias, as dores ósseas,a
circunferência dosmembros
superiores, a palpaçaodo
figado,bem
como
aossinais de recidiva
na
área operadauó).Vários fatores influenciam
o
prognósticodo
câncer demama,
dentredeles destacamos: o
tamanho do tumor
primário, o tipo histológico, a presençaou
ausência de receptores hormonais eo comprometimento
linfonodal.Em
geral tumores
com
menos
de 2cm
são associados a prognóstico favorável.A
classificação histológica de carcinomas
mamários
é baseada exclusivamenteem
critérios morfológicos e muitos desses carcinomastem
padrões decomportamento
biológico diferentesdo
carcinoma ductal infiltrante, e éimportante que
em
cada caso selecionado para tratamento, leve-seem
consideração a implicação prognóstica das características histológicas.
Os
receptores hormonais
também
são consideradoscomo
um
dos parâmetros de24
Acredita-se
que
o estrogênio atuecomo
promotorda
carcinogênesemamária
possivelmente por sua influência sobre a produção
do
fator de crescimentoautócrino pelas células cancerosas.
O
número
de receptores para estrogêniodas células cancerosas
da
mama
pode
ser alto, intermediárioou
ausente, sendoproporcional ao grau de diferenciação celular e à potencial responsividade
do
tumor
para ablação antiestrogênica.Em
geral os câncerescom
altos níveis dereceptores estrogênicos
têm
melhor
prognósticodo que
aquelescom
níveisintermediários
ou
sem
receptores.O
estado dos linfonodos axilares éo
fatorprognóstico mais importante,
quando
são considerados isoladamente.O
número
de linfonodos axilarescom
metástases é, por si só, o mais importantefator quanto a recorrência e a sobrevida das mulheres
com
câncer demama.
Tem
sidodemonstrado
extensivamenteque
pacientescom
linfonodoshistologicarnente
não comprometidos
pela neoplasiatêm
menor
risco derecidiva e maior sobrevida
do
que aquelescom
linfonodos afetados pormetástases 96* 28).
O
tratamento precoceda doença
localizada,além
de possibilitartratamento conservador, é a
melhor
esperança de erradicação total e todas asmulheres
devem
ser monitorizadas para a identificaçãodo
câncermamário
em
fase precoce.ABSTRACT
The
author relates a case of carcinoma accessory axillary breast tissue,which
is considered rareamong
the breast cancers (0,3-0,6%).The
patientpresented palpable left axillary region nodule vvith conclusive preoperative
investigation to carcinoma
(Mammography,
Doppler-Ultrasonographyand
FineNeedle
Aspiration).The
patiente hasbeen
submited to conservative surgicaltreatment (left axillary
mastectomy and
axillaiy lyinphnode
dissection)and
postoperative radiation therapy
whom
presentedgood
evolution after thetreatment.
The
some
contínuos in progress fortwo
yearsand
it presentedany
evidence about local recidiveand
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0137 Ex.l . N.Cham- TCC UFSC TO 0137Autorí Jamundá, Taciana
Título: Câncer de mama acessória : rela IIIIII III IIIIIÍIIIIII II IIIIIIIII II
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