• Nenhum resultado encontrado

O treinamento concorrente para pessoas vivendo com HIV e a repercussão na adesão ao tratamento

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O treinamento concorrente para pessoas vivendo com HIV e a repercussão na adesão ao tratamento"

Copied!
59
0
0

Texto

(1)MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. O TREINAMENTO CONCORRENTE PARA PESSOAS VIVENDO COM HIV E SUA RELAÇÃO COM A AUTOIMAGEM. DANIELLE COUTINHO DE MEDEIROS. NATAL/RN 2014.

(2) DANIELLE COUTINHO DE MEDEIROS. O TREINAMENTO CONCORRENTE PARA PESSOAS VIVENDO COM HIV E A REPERCUSSÃO NA ADESÃO AO TRATAMENTO. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. Orientador: Prof. Dr. Paulo Moreira Silva Dantas. NATAL/RN 2014.

(3) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Prof. Dr. Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito.

(4) DANIELLE COUTINHO DE MEDEIROS. O TREINAMENTO CONCORRENTE PARA PESSOAS VIVENDO COM HIV E A REPERCUSSÃO NA ADESÃO AO TRATAMENTO. Aprovada em ___/___/___. BANCA EXAMINADORA: Presidente da banca:. Paulo Moreira Silva Dantas UFRN/ Departamento de Educação Física Membros da banca:. Eulália Maria Chaves Maia UFRN/ Departamento de Psicologia. Ronaldo Vagner Thomatielli dos Santos UNIFESP/ Departamento de Biociências NATAL/RN 2014 iv.

(5) DEDICATÓRIA. À minha família, pelo amor e incentivo em todas as minhas escolhas; e aos meus queridos alunos, voluntários da pesquisa, por encarar o protocolo de pesquisa com seriedade e contribuir para a ciência.. v.

(6) AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por traçar toda a minha trajetória e abrir todos os meus caminhos, dando-me paz de espírito e forças para eu seguir em frente, superando todos os obstáculos existentes nessa caminhada. Aos meus pais, irmãos e familiares, pelo incentivo, carinho e apoio em todas as etapas desse processo. Vocês são a minha fortaleza! Aos meus amigos e amigas, por compreenderem a minha falta em diversos momentos e finais de semana em que fui solicitada e não compareci por estar estudando, produzindo artigo ou até mesmo cansada pela rotina diária pesada. A todos da base de pesquisa AFISA, pelo companheirismo e por contribuírem, cada um de sua maneira, para um maior aprendizado. Em especial a Hunaway Albuquerque, Tatiane Lima, Rafaela Catherine e Jason Azevedo pelo trabalho em equipe e compartilhamento de conhecimentos sobre o HIV. À Juliany Araújo e Anny Melo pela colaboração dentro do projeto de extensão. E à Elys Costa, pelo apoio e incentivo em todos os momentos desde a graduação, especialização e agora no mestrado. Aos que não foram citados, recebam minha profunda gratidão, na certeza de que os momentos vividos na base de pesquisa e fora dela, bem como o incentivo dado durante todo este processo de aprendizado, foram tão relevantes quanto os que participaram da produção intelectual. Ao meu orientador, Paulo Dantas, pela confiança depositada em meu potencial como aluna, pela oportunidade que me foi dada de ser sua orientanda e por todo o aprendizado ao longo desse período. À CAPES pela bolsa de estudos que me proporcionou a condição de dedicação exclusiva ao mestrado. E agradeço, especialmente, aos meus queridos alunos, participantes da pesquisa, pelos maravilhosos momentos partilhados, pela confiança depositada em mim e pela contribuição dada ao meu trabalho e à ciência. Sem vocês, nada disso seria possível. Vocês moram no meu coração!. vi.

(7) RESUMO Os avanços da terapia antirretroviral promoveram o controle do sistema imunológico e supressão da carga viral, aumentando a expectativa de vida de pessoas vivendo com HIV/AIDS, porém seus efeitos colaterais são inevitáveis e causam diversos prejuízos físicos e psicológicos, destacando-se a lipodistrofia como um dos efeitos mais relevantes. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos produzidos pelo programa de treinamento concorrente nos aspectos físicos e psicológicos relacionados à lipodistrofia em PVHA. Para tanto, realizamos um estudo de corte longitudinal durante 16 semanas, envolvendo um programa de treinamento concorrente associado à orientação nutricional. Participaram do estudo 6 indivíduos:5 mulheres com idade média de 47,8±6,53 anos e 1 homem de 48 anos soropositivos, em tratamento com Terapia Antirretroviral de Alta Atividade (HAART), com lipodistrofia. Foram realizadas avaliações da composição corporal através da antropometria; o desenho da conformação corporal através do somatótipo; a resposta imunlógica e virológica que foi utilizado também como parâmetro de adesão ao tratamento e; avaliação da imagem corporal. O tratamento estatístico utilizado foi o descritivo, utilizando os valores de tendência central e seus derivados, e como critério de parametria, o teste de Shapiro-Wilk. Como inferência, utilizou-se o percentual de Mudança Corporal (%MC) e do Índice Médio de Mudança (%IMM), além da observação do espaço bi e tridimensional do somatotipo através do DDS (bidimensional) e o DES (tridimensional) com seus índices de dispersão, respectivamente IDS e IDES, utilizando como ponto de corte para determinação das diferenças DDS ≥ 2,0 e DES ≥ 1,0. Como resultado, foi apresentado reduções nas espessuras de dobras cutâneas e perimetrias, manutenção da massa muscular, aumento da contagem de linfócitos TCD4+ e manutenção da carga viral em parâmetros indetectáveis, além de diferença significativa para a análise da distância de dispersão entre somatotipos (DDS) na 1º semana (DDS = 2,63) e 16º semana (DDS = 2,96) de intervenção, quando avaliado pelas médias; e quando avaliado individualmente, diferença significativa tanto na DDS quanto na Distância espacial entre somatotipos (DES) nos casos 1, na 8º semana (DDS = 3,20 e DES = 1,01 ) e 16º semana (DDS = 2,73); e caso 3, na 1º semana (DDS = 9,25 e DES = 1,44 ) e 16º semana (DDS = 8,06 e DES = 1,37 ). Quanto à imagem corporal, observou-se a aproximação da imagem atual à imagem ideal (Imagem Atual Inicial = 6; Imagem Atual Final = 5; e Imagem Ideal Inicial e Final = 3). Assim, concluímos que o treinamento concorrente mostrou-se um método efetivo como terapia não medicamentosa para soropositivos em terapia com a HAART, atuando no controle da lipodistrofia, melhorando a percepção da imagem corporal e influenciando diretamente na adesão ao tratamento. Palavras-Chave: Terapia Antirretroviral de Alta Atividade; Dieta; Exercício; Composição Corporal; HIV.. vii.

(8) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida DNA: Acido Desoxiribonucléico RNA: Ácido Ribonucléico TARV: Terapia Antiretroviral HAART: Highly Ative Antiretroviral Therapy PVHA: Pessoas vivendo com HIV/Aids IP: Inibidores de protease ITRNN: Inibidores de Transcriptase Reversa Não-análogo de Nucleosídeo ITRN: Inibidores de Transcriptase Reversa Análogo de Nucleosídeo SREBP-1: Proteína de Ligação a Elemento Regulador de Esterol PPAR γ: Receptores Ativados por Proliferador de Peroxissoma Gama ∑ DC: Somatório de Dobras Cutâneas IDS: Índice de Dispersão entre Somatótipos DES: Distância Espacial entre Somatótipos %MC: Percentual de Mudança Corporal % IMM: Percentual do Índice Médio de Mudança IMC: Índice de Massa Corporal TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. viii.

(9) SUMÁRIO 1.. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 100. 2.. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 14. 3. OBJETIVOS ....................................................................................................... 155 3.1. OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 155 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 155 4.. MÉTODOS ...................................................................................................... 166 4.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 166 4.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................. 166 4.3. INSTRUMENTOS DE COLETA/ PROCEDIMENTOS ................................................. 17 4.3.1. Intervenções: Treinamento Concorrente e Orientação Nutricional ........ 177 4.3.2. Avaliação antropométrica (Artigo 1 e 2) ................................................. 18 4.3.3. Somatório de Dobras Cutâneas por Região Corporal (Artigo 1) ...... 188 4.3.4. Percentual de Mudança Corporal (%MC) e Percentual do Índice Médio de Mudança (%IMM) (Artigo 1) ......................................................................... 19 4.3.5. Diâmetro Corrigido por Região (Artigo 1) ............................................ 19 4.3.6. Somatotipo e Somatocarta (Artigo 2) .................................................. 19 4.3.7. Análise Comparativa entre Somatotipos (Artigo 2) ............................. 22 4.3.8. Distância de Dispersão entre Somatotipos (DDS) e Distância Espacial entre Somatotipos (DES)................................................................................... 22 4.3.9. Índice de Dispersão entre Somatotipos (IDS) e Distância Espacial entre Somatotipos (IDES) ........................................................................................... 22 4.10. Avaliação da Imagem Corporal ............................................................. 24 4.11. Avaliação dos Parâmetros Imunológicos e Virológicos .......................... 24 4.4. ANÁLISE ESTATÍSTICA .................................................................................... 25. 5.. ARTIGOS PRODUZIDOS ................................................................................. 26 5.1. Efeitos do treinamento concorrente e aconselhamento dietético na lipodistrofia e sua repercussão na adesão ao tratamento do HIV/aids: um relato de caso. ............................................................................................................. 26 5.2. Somatotipo e imagem corporal em pessoas vivendo com HIV/Aids........... 26. 6.. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES ................................................ 288. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 32 APÊNDICES ............................................................................................................. 36 ANEXOS................................................................................................................. 370 ix.

(10) 10. 1. INTRODUÇÃO O vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) surgiram na década de 80, tornando-se uma epidemia mundial1. Desde o primeiro caso identificado em 1981, esta síndrome eclodiu como a maior e mais devastadora pandemia de saúde pública dos nossos tempos, afetando aproximadamente 70 milhões de pessoas no mundo, ocasionando 425 milhões de óbitos2,3. A Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), um retrovírus com genoma RNA pertencente ao grupo dos retrovírus citopáticos não oncogênicos, causando imunossupressão profunda e, partindo dessa falência do sistema imune, ocasiona um quadro de infecções oportunistas caso o paciente comprometido imunologicamente entre em contato com o agente etiológico da doença. Outras consequências decorrentes desse quadro são os neoplasmas secundários e distúrbios neurológicos 4. O HIV diferencia-se em tipos 1 e 2, sendo o HIV-1 o mais patogênico e o mais prevalente no mundo e o HIV-2, mais endêmico na África Ocidental, disseminando-se pela Ásia3. A partir da infecção, o vírus é transportado pelo organismo através da corrente sanguínea e ataca as células CD4, danificandoas e, consequentemente, acarretando a redução da resposta imunológica do indivíduo1. Após o advento da terapia antirretroviral (TARV) em 1990 e, posteriormente, a terapia antirretroviral altamente ativa (HAART), com a inclusão de novas classes de medicamentos, os Inibidores de Protease, a AIDS assumiu um patamar de doença crônica, passível de tratamento eficaz para o seu controle. A introdução da HAART em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) promoveu o aumento da expectativa de vida e a redução da morbimortalidade associada ao HIV, devido a indução do controle virológico e aumento da resposta imunológica dos pacientes sob esse regime de terapia5,6,7. Em contrapartida, a HAART está associada ao surgimento de diversos efeitos adversos tais como distúrbios fisiológicos, físicos, antropométricos e metabólicos, incluindo lipodistrofia, dislipidemia, resistência à insulina e um.

(11) 11. estado inflamatório crônico de baixo grau, que pode induzir a uma menor qualidade de vida8,9,10. Diante desse contexto, a lipodistrofia se apresenta como foco desta pesquisa e se caracteriza pela distribuição anormal de gordura subcutânea, incluindo lipoatrofia (perda de gordura) nos membros superiores e inferiores, rosto e nádegas, e lipo-hipertrofia (acúmulo de gordura) no tronco, mamas, pescoço ou em outras áreas do corpo, podendo ocorrer separadamente ou em combinação em um indivíduo11,12,13. O mecanismo pelo qual a lipodistrofia se desenvolve parece ser multifatorial, incluindo efeitos de drogas inibidoras do HIV em diferenciação de adipócitos. e. alteração. das. funções. mitocondriais,. acarretando. uma. diferenciação prejudicada de pré-adipócitos para adipócitos maduros. Os Inibidores de Protease (IP) impedem a diferenciação de adipócitos através da expressão e localização alterada da Proteína de Ligação a Elemento Regulador de Esterol (SREBP-1) e Receptores Ativados por Proliferador de Peroxissoma Gama (PPAR- γ), que são essenciais para a adipogênese. Já os Inibidores de Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos (ITRNs) podem induzir a disfunção mitocondrial e apoptose de adipócitos por inibição de DNA mitocondrial polimerase- γ e depleção do DNA mitocondrial14,15,16. A consequência dessa diferenciação alterada de adipócitos acarreta a diminuição da produção de leptina e adiponectina, sendo a deficiência da leptina e hipoadiponectinemia correlacionada com a lipoatrofia e acúmulo de gordura. visceral. em. pacientes. infectados. pelo. HIV,. enquanto. a. hipoadiponectinemia também parece estar associada à resistência à insulina e dislipidemia. Por conseguinte, o excesso de gordura visceral e falta de gordura subcutânea, relacionam-se com deficiências na manipulação pós-prandial de ácidos graxos livres, hipertrigliceridemia e a resistência à insulina, a qual é parcialmente mediada por adipocitocinas 14,15,16. Essas alterações na distribuição da gordura são visíveis e acontecem em curto prazo, logo nos primeiros meses após o início da HAART, de maneira progressiva, após o início do tratamento medicamentoso, ocasionando modificações na conformação corporal. Essas mudanças físicas estão associadas a fatores de riscos preditores ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares..

(12) 12. Além disso, podem produzir um impacto negativo na relação entre o paciente e seu corpo, provocando prejuízos na percepção da imagem corporal decorrentes da desproporcionalidade de suas medidas, acarretando efeitos sociais e psicológicos danosos como sentimentos de vergonha, influência na escolha de roupas, prejuízos no aspecto psicossocial, desconforto corporal, baixa auto-estima e depressão17,18, podendo, eventualmente, levar à estigmatização das relações íntimas e interpessoais19,20 e apresentar-se como um fator contundente para a redução da adesão ao tratamento14,15 21. A adesão ao tratamento, por sua vez, refere-se ao cumprimento de todo o processo da medicação, obedecendo à ingestão dos medicamentos em horários e dosagens prescritas pelo médico, as quais devem ser superior a 95% para Inibidores de Protease (IP) ou pelo menos, 80% para Inibidores de Transcriptase Reversa Não-análogo de Nucleosídeo – ITRNN22,23 (para favorecer a supressão viral e o restabelecimento do sistema imunológico, garantindo a eficácia do tratamento e o curso clínico do HIV/AIDS 21,24. Na busca de alternativas para a minimização desses efeitos decorrentes da liposdistrofia, proporcionados pela HAART, são recomendadas estratégias não. medicamentosas,. incluindo. o. exercício. físico. e. alimentação. adequada24,25,26. De acordo com Ogalha (2011)27, o exercício em indivíduos infectados pelo HIV, desde que devidamente prescrito, é seguro e benéfico e ainda torna possível o retardamento da progressão da doença, podendo também melhorar respostas físicas, psicológicas e imunológicas em PVHA. Ademais, o exercício físico regular apresenta-se como uma forma de melhorar as disfunções metabólicas e imunológicas encontradas em PHVA e, concomitantemente, com terapias farmacológicas específicas e dietéticas, auxiliam na prevenção do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas secundárias. Outrossim, não aumenta a quantidade de vírus circulante. nem diminui a contagem das células CD4+ responsáveis pela. resposta imunológica e progressão da doença6,10. Um programa de exercícios bem orientado traz inúmeros benefícios nos âmbitos morfofuncionais, como a melhoria da composição corporal e aptidão física; psicológicos, como o resgate da autoestima e redução de ansiedade e depressão; metabólicos, como a melhoria no metabolismo da glicose, insulina, perfil lipídico e ácidos graxos; e imunológicos, promovendo o aumento do.

(13) 13. CD4+,. 9,17. , além de seus efeitos reforçarem uma melhor adesão ao. tratamento18. Dessa forma, permeando pelas estratégias não medicamentosas, surgiu a busca por protocolos de treinamento específicos que pudessem favorecer a minimização dos efeitos colaterais ocasionados pelo tratamento com os antirretrovirais, mais precisamente a lipodistrofia. E observando os efeitos do treinamento aeróbico e aos efeitos de um programa de treinamento resistido na melhoria da força e composição corporal. 28,29,30. , optou-se pela implantação de. um programa de treinamento que reunisse componentes aeróbios e resistidos numa mesma sessão de treinamento, o treinamento concorrente, na tentativa de unir os benefícios de cada método de treinamento. Diante desse contexto, essa pesquisa vem a contribuir para uma visão ampliada e maior entendimento sobre um programa de exercício físico planejado e bem orientado em PVHA, sob aspectos físicos e psicossociais..

(14) 14. 2. JUSTIFICATIVA Percebendo o universo de possibilidades relacionadas à pesquisa com HIV/AIDS, bem como os benefícios que podem ser oferecidos às PVHA por meio do exercício físico, culminou o interesse pela expansão do conhecimento sobre esse tema. Assim, surgiu a oportunidade de adentrar no projeto de extensão “Viver +”, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), totalmente voltado para PVHA e, a partir dele, conhecer a realidade e o dia a dia de um soropositivo. Através desse projeto também foi possível palpar os efeitos da Atividade Física nessa população, não somente em aspectos físicos, mas emocionais e psicológicos; presenciar a evolução nas interações sociais; perceber a recuperação de sua autoestima; participar de suas piores angústias e maiores emoções; e vê-los reacender a vontade e o desejo de viver, que havia sido perdido com a descoberta da doença. Tais vivências geraram a percepção da magnitude de um programa de exercícios físicos na vida dessas pessoas, impulsionando o encorajamento de pesquisar novas ferramentas para a melhoria. dos aspectos físicos,. psicossociais, qualidade de vida e bem estar dessa população. Partindo das comprovações científicas sobre os efeitos do exercício físico e os demais aspectos do HIV/AIDS supracitados, configura-se a necessidade de adaptar o treinamento físico e suas variáveis às necessidades peculiares de PVHA em HAART. Dessa maneira, protocolos de treinamento específicos devem ser testados para a avaliação de seus efeitos sobre as adversidades causadas pelos medicamentos. Dentre estes, o treinamento concorrente apresenta-se como um método completo, envolvendo exercícios aeróbicos e resistidos numa mesma sessão de treino3, mostrando-se, portanto, uma boa alternativa para uma estratégia de intervenção não medicamentosa destinada aos pacientes. Vislumbra-se, através desta intervenção, melhorias na composição corporal e forma física, no intuito de controlar a lipodistrofia, reduzindo os riscos de saúde a ela inerentes e, consequentemente, produzir efeitos positivos na relação das PVHA com o seu corpo, melhorando a percepção da imagem corporal e a adesão ao tratamento..

(15) 15. 3. OBJETIVOS 3.1.. Objetivo Geral Avaliar os efeitos produzidos pelo programa de treinamento concorrente. nos aspectos físicos e psicossociais relacionados à lipodistrofia em PVHA.. 3.2.. Objetivos Específicos. . Verificar a composição corporal de PVHA;. . Caracterizar a somatotipia em PVHA;. . Classificar a autoimagem de PVHA;. . Identificar os Parâmetros Imunológicos e Virológicos das PVHA;. . Comparar antes e pós intervenções as variáveis de estudo..

(16) 16. 4. MÉTODOS. 4.1. Caracterização da Pesquisa O estudo foi desenvolvido através de uma pesquisa experimental com corte longitudinal, em que as variáveis independentes foram manipuladas para medir seus efeitos sobre as variáveis dependentes com o propósito de determinar o grau de mudança produzido pelo treinamento concorrente, obtendo informações acerca do perfil lipodistrófico, imagem corporal e adesão ao tratamento de PVHA. A partir dos resultados dessa pesquisa surgiram dois artigos: Um relato de caso (artigo 1) e um relato de múltiplos casos (artigo 2). O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob protocolo 230/11. (Anexo 1). 4.2.. População e Amostra A amostra foi coletada de forma não probabilística intencional. Os. indivíduos receberam informações sobre a pesquisa e concordaram em participar do estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A população envolvida neste estudo são 6 pessoas vivendo com HIV/AIDS, sendo 1 do sexo masculino (artigo 1) e 5 do sexo feminino (artigo 2), com idade 47,8±6,53 anos. Os critérios de inclusão para o estudo foram: comprovar aptidão física através de atestado médico, apresentar contagem de linfócito TCD4+ superior a 300mm3, estar sob regime da HAART, manifestar quadro de lipodistrofia, ser participante do Programa “Viver +” da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e possuir pelo menos 80% de assiduidade ao treinamento proposto pela intervenção. Foram excluídos do estudo os participantes que não contemplassem pelo menos um desses itens ou desenvolvessem infecção grave durante a intervenção..

(17) 17. 4.3.. Instrumentos de coleta/ procedimentos Os artigos desenvolvidos a partir dessa pesquisa contaram com uma. intervenção de 16 semanas de um programa de treinamento físico caracterizado como treinamento concorrente, associado a uma orientação nutricional. Os protocolos de medidas utilizados nesses artigos foram: avaliação da composição corporal através das medidas antropométricas; avaliação da conformação corporal através do somatotipo, somatocartas, índice de dispersão do somatotipo (IDS) e dimensão espacial do somatotipo (DES); avaliação da imagem corporal através da escala de silhuetas de Stunkard; e avaliação do perfil imunológico e virológico através da contagem dos linfócitos TCD4+ e carga viral, respectivamente. 4.3.1. Intervenções: Treinamento Concorrente e Orientação Nutricional Partindo da premissa de que o treinamento concorrente é um programa de treinamento que envolve componentes aeróbicos e resistidos, foi elaborado um programa de treinamento durante 16 semanas envolvendo a condição cardiorrespiratória e os principais grupos musculares afetados pela lipodistrofia (membros inferiores, superiores, tronco e quadril) dos participantes. O treino aeróbico foi prescrito adotando uma intensidade entre 60% e 80% da frequência cardíaca máxima predita31, monitorada por um monitor cardíaco de marca Polar F1 e 30 minutos de duração total; e para o treino adotou-se séries entre 8-15 repetições32 (ACMS, 2003) levando em consideração os quadros de lipoatrofia e lipodistrofia existentes, com intensidade 8 na escala de percepção de esforço de Omni-res, validada por Robertson33 para avaliar intensidade de exercícios resistidos, e intervalo de descanso entre 60 e 90 segundos. As sessões de treinamento eram realizadas 3 vezes por semana sempre pela manhã, entre 8 e 10 horas. Associado ao treinamento também se adotou uma orientação nutricional, para fazer um acompanhamento dos resultados obtidos através dessa intervenção combinada. Primeiramente aplicou-se o recordatório alimentar de 24 horas como diagnóstico da ingestão dietética habitual da população. Em seguida, foi realizada a orientação nutricional, a qual consistiu na ênfase da.

(18) 18. necessidade de redução de gorduras saturadas e carboidratos simples, bem como incentivando o maior consumo de fibras. 4.3.2. Avaliação antropométrica Na avaliação antropométrica mensurou-se a massa corporal (kg), estatura (cm), perimetrias (cm) de tórax, cintura, braço relaxado, braço contraído, perna medial e coxa medial; as dobras cutâneas (mm) de supra-ilíaca, supraespinhal, subescapular, coxa média, perna medial, biciptal e triciptal, (ISAK)34 ; e dobra cutânea de tórax (Lohman)35; e os diâmetros ósseos do bi-epicôndilo umeral e bi-epicôndilo fêmural. Essas aferições foram utilizadas para calcular somatório. das. dobras. cutâneas. (ƩDC). por. regiões:. tronco. inferior. (supraespinhal e suprailíaca), tronco superior (subescapular e tórax), membros inferiores (coxa medial) e membros superiores (bíceps e tríceps); o percentual de mudança corporal (%MC), o índice médio de mudança (IMM) e os diâmetros corrigidos por região. Para tanto, utilizou-se fita antropométrica inelástica Sanny® e adipômetro Harpenden®. Já as medidas de estatura (cm), massa corporal (kg), dobras cutâneas (triciptal, subescapular, supra-espinhal e perna medial), os diâmetros ósseos (bi-epicôndilo umeral e bi-epicôndilo fêmural) e os perímetros do braço contraído e perna medial, foram utilizadas para calcular o somatotipo, o IDS, a DES e construir a somatocarta dos indivíduos. Todas as medidas foram preconizadas por Heath-Carter (1990)36 e aferidas de acordo com as normas e diretrizes da International Society for the Advancement Kinantrophometry (ISAK)34. Para essas avaliações, utilizou-se além dos instrumentos já citados, o paquímetro Sanny®. 4.3.3. Somatório de Dobras Cutâneas por Região Corporal (Artigo 1) O somatório de dobras cutâneas foi realizado em cada etapa do processo avaliativo, considerando as regiões acometidas pela lipoatrofia (membros superiores e inferiores) e lipo-hipertrofia (tronco) sendo divididos em região tronco superior, tronco inferior, membros superiores e membros inferiores. Dessa forma, os cálculos foram o seguinte: - Região Tronco Inferior = Ʃ das dobras cutâneas supraespinhal + suprailíaca);.

(19) 19. - Região Tronco Superior = Ʃ das dobras cutâneas subescapular + torácica; - Membros Inferiores = Dobra Cutânea da coxa medial; e - Membros Superiores = Ʃ das dobras cutâneas biciptal + tricipital. 4.3.4. Percentual de Mudança Corporal (%MC) e Percentual do Índice Médio de Mudança (%IMM) (Artigo 1) O percentual de mudança corporal (%MC) também foi calculado por região corporal a cada avaliação, e a partir dele calculou-se o índice médio de mudança (IMM). Para tanto, a primeira avaliação foi considerada o marco zero (0%). A partir da segunda, o percentual de mudança, para cada região corporal, foi calculado da seguinte forma: %MC2 = (Ʃ 2º avaliação/ Ʃ 1º avaliação) – 1; e %MC3 = (Ʃ 3º avaliação/ Ʃ 1º avaliação) – 1. Para transformar os dados em percentual, multiplicou-se os resultados finais por 100. E o %IMM foi calculado através da média do %MC2 e %MC3 (%MC2 + %MC3 / 2), também para cada região. 4.3.5. Diâmetro Corrigido por Região (Artigo 1) Os diâmetros corrigidos foram calculados na busca de entender a magnitude das mudanças da espessura da dobra e sua relação com a perimetria através da seguinte equação: Diâmetro corrigido = [Perimetria da região em cm – (∑ de Dobra da região correspondente em cm]]/π., onde: ∑ = somatória; π ≅ 3,14159265358979 4.3.6. Somatotipo e Somatocarta (Artigo 2) A somatótipo é uma técnica usada para avaliar a forma e a composição corporal dos indivíduos, sendo definida por três componentes: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia36,37. O cálculo desses três componentes foram realizados através das equações propostas por Carter36, em que:.

(20) 20. . Endomorfia = -0,7182 + 0,1451 (X) – 0,00068 (X)2 + 0,0000014 (X)3, sendo. X = somatório das dobras cutâneas tricipital, subescapular e. supra-ilíaca multiplicada pela estatura corrigida (170,18/estatura (cm)). . Mesomorfia = 0,858 (U) + 0,601 (F) + 0,188 (B) + 0,161 (P) – 0,131 (E) + 4,50, sendo U= diâmetro biepicondiliano do úmero em centímetros; F = diâmetro biepicondiliano do fêmur em centímetros; B = perímetro corrigido do braço em centímetros; P = perímetro corrigido da perna em centímetros; e E = estatura do indivíduo em centímetros. Para os cálculos de medidas corrigidas, subtraiu-se o valor do perímetro ao da dobra cutânea, ambos em centímetros. Para calcular a ectomorfia, levou-se em consideração o índice ponderal. que é expresso pela Estatura (cm) / √3 do peso corporal (kg). Dessa forma: . Ectomorfia = (Índice Ponderal x 0,732) – 28,58, quando o índice ponderal ≥ 40,75;. . Ectomorfia = (Índice Ponderal x 0,463) – 17,63, quando o índice ponderal < 40,75 e > 38,25; e. . -Ectomorfia = 0,1, quando o índice ponderal ≤ 38,25. A partir dos resultados de cada componente do somatótipo construiu-se. a somatocarta. Esta é composta por dois eixos, x e y, em que a coordenada x = ectomorfo – endomorfo; e a coordenada y = mesomorfo x 2 - (ectomorfo + endomorfo). A somatocarta é representada por um triângulo equilátero de lados curvos. (triângulo. de. reuleaux),. sendo. cada. vértice. representado. predominantemente por um dos componentes do somatotipo. O vértice superior está representado pela mesomorfia; o lateral direito pela ectomorfia; e o lateral esquerdo pela endomorfia. As duas coordenadas, x e y, são traçadas no triângulo, e a intersecção entre elas no centro do triângulo representa o ponto zero. A coordenada x atinge as dimensões entre +8 e -8, sendo o ponto -6 equivalente a endomorfia e o +6 à ectomorfia; e a coordenada y atinge as dimensões entre +18 e -10, sendo o ponto -6 equivalente a endomorfia e o +12 à mesomorfia..

(21) 21. Reunindo estas informações, a classificação do somatotipo é dada por três números sequenciais, sempre registrados da mesma maneira. Cada número representa a avaliação dos três componentes primários do físico e descreve as variações individuais relacionados à morfologia e composição corporal. O primeiro número se refere á endomorfia que corresponde à gordura relativa em físicos individuais, mas também se refere à magreza relativa; o segundo número, à mesomorfia, que corresponde ao desenvolvimento músculo-esquelético relativo por unidade de altura ou massa magra; e o terceiro número, à ectomorfia, correspondente a linearidade relativa 38. Dessa forma, o indivíduo pode ser classificado, de acordo com Carter and Heath36, como: . Central: os três componentes são iguais entre si e não diferem em mais de uma unidade;. . Endo-ectomórfico: o endomorfismo é dominante e o ectomorfismo é maior que o esomorfismo;. . Endomorfismo. balanceado:. o. endomorfismo. é. dominante. e. o. mesomorfismo e o ectomorfismo são iguais ou não diferem mais que 0,5; . Endo-mesomórfico: o endomorfismo é dominante e o mesomorfismo é maior que o ectomorfismo;. . Endomorfo-mesomorfo: o endomorfismo e o mesomorfismo são iguais ou não diferem mais que 0,5 e o ectomorfismo é menor. Nesse caso, o endomorfismo é prevalente;. . Mesomorfo-endomorfo: o mesomorfismo e o endomorfismo são iguais ou não diferem mais que 0,5 e o ectomorfismo é menor. Nesse caso, o mesomorfismo é prevalente;. . Meso-endomórfico: o mesomorfismo é dominante e o endomorfismo é maior que o ectomorfismo;. . Mesomorfismo balanceado:. o mesomorfismo é. dominante e o. endomorfismo e ectomorfismo são iguais ou não diferem mais que 0,5; . Meso-ectomórfico: o mesomorfismo é dominante e o ectomorfismo é maior que o endomorfismo:.

(22) 22. . Ecto-mesomorfo: o ectomorfismo e o mesomorfismo são iguais ou não diferem mais que 0,5 e o endomorfismo é menor;. . Ecto-mesomórfico: o ectomorfismo é dominante e o mesomorfismo é maior que o endomorfismo;. . Ectomorfismo. balanceado:. o. ectomorfismo. é. dominante. e. o. mesomorfismo e o endomorfismo são iguais e não diferem mais que 0,5; e . Ecto-endomórfico: o ectomorfismo é dominante e o endomorfismo é maior que o mesomorfismo.. 4.3.7. Análise Comparativa entre Somatótipos (Artigo 2) Para analisar os dados dos componentes somatotipológicos, no intuito de realizar comparações entre os somatotipos de cada avaliação, calculou-se a Distância de Dispersão entre Somatotipos (DDS), Distância Espacial entre Somatotipos (DES), Índice de Dispersão entre Somatotipos e Índice da Distância Espacial entre Somatotipos (IDES), conforme Guedes39. 4.3.8. Distância de Dispersão entre Somatotipos (DDS) e Distância Espacial entre Somatotipos (DES). A DDS consiste na medida da distância do espaço bidimensional entre dois somatótipos (A e B), levando em consideração a amplitude entre eles em relação a um somatótipo de referência. Dessa forma, quanto maior os valores de DDS, maiores as diferenças entre os somatótipos comparados. Assim, são consideradas diferenças significativas quando os valores forem maiores ou igual a 2 (DDS≥ 2). Seu calculo é expresso pela relação matemática: DDS = √3 (X1 – X2)2 + (Y1 – Y2)2 em que: X1 e Y1: coordenadas de localização no somatotipograma de um dos somatótipos a ser comparado; X2 e Y2: coordenadas de localização no somatotipograma do outro somatótipo a ser comparado; e √ 3: constante que transforma as unidades da coordenada X em unidades da coordenada Y..

(23) 23. A DES consiste em outro método de análise de comparação entre somatótipos, visando uma abordagem tridimensional aos componentes do somatótipo. De maneira similar ao DDS, quanto maiores os valores da DES, maiores as diferenças entre os somatótipos comparados. Nesse sentido, são consideradas diferenças significativas quando os valores forem maior ou igual a 1 (DES≥1) A análise de distância espacial entre os somatótipos (DES) é expressa pela relação matemática: DES =. (IA – IB)2 + (IIA – IIB)2 + (IIIA – IIIB)2 ,. em que os valores I,II e III são equivalentes à endormorfia, mesomorfia e ectomorfia, respectivamente; e os subíndices A, B e C se referem às avaliações a serem comparadas. Dessa forma, quanto maior os valores de DES, maiores são as diferenças entre os somatótipos comparados. 4.3.9.. Índice de Dispersão entre Somatótipos (IDS) e Distância Espacial entre Somatótipos (IDES). Admitindo-se a necessidade de garantir o conceito de integralidade entre os componentes do somatótipo, a variabilidade dos somatótipos individuais em relação ao somatótipo médio do grupo amostral considerado é estabelecida pelo índice de dispersão dos somatótipos (IDS), no caso da abordagem bidimensional e, por intermédio do índice de dispersão espacial dos somatótipos (IDES), no caso da abordagem tridimensional. Dessa forma, o IDS refere-se à média das DDSs estabelecida entre as informações apresentadas pelo somatótipo de cada sujeito pertencente à amostra e o somatótipo médio calculado: IDS =. Ʃ DDS n. O IDES é verificado da mesma maneira, levando em consideração a média do DES, sendo seu cálculo expresso por:.

(24) 24 IDES = Ʃ IDES n. Sendo assim, O IDS e IDES, em termos práticos, são similares ao desviopadrão: quanto menores forem os valores do IDS ou do IDES, menores as diferenças ocorridas entre os somatótipos individuais e o somatótipo médio calculado no grupo amostral. 4.10.. Avaliação da Imagem Corporal Para a avaliação da imagem corporal utilizou-se a escala de silhuetas. proposta por Stunkard (1983)40, a qual é composta por uma cartilha com nove diferentes representações de silhuetas, partindo da mais longilínea à mais robusta, de maneira que estas permeiam as mais variadas formas físicas baseadas nas classificações do índice de massa corporal (IMC). As participantes respondiam a cada avaliação como se viam atualmente (imagem atual) e como gostariam de estar (imagem ideal), sendo o resultado representado pela diferença entre a imagem atual e a imagem ideal e podendo variar entre -8 e +8. Partindo desses resultados, o indivíduo pode ser classificado como satisfeito com sua imagem corporal quando o valor obtido for igual a zero e insatisfeito quando for diferente de zero. No entanto, valores positivos indicam insatisfação da imagem corporal pelo excesso de peso; e valores negativos, insatisfação pela falta de peso. 4.11. Avaliação dos Parâmetros Imunológicos e Virológicos Os parâmetros imunológicos e virológicos foram avaliados através dos exames laboratoriais de contagem de linfócitos T CD4+ e da carga viral. A contagem de Linfócitos T CD4+ foi analisada através da técnica de Citometria de Fluxo– Facscalibur – Multitest e a carga viral pelo método Abbott al Time HIV1..

(25) 25. 4.4.. Análise estatística O tratamento estatístico utilizado foi o descritivo, utilizando os valores de. tendência central e seus derivados. Na busca de entender se as variáveis eram paramétricas ou não paramétricas se utilizou o teste de não parametria de Shapiro-Wilk. Como inferência, utilizou-se, para o artigo 1, o percentual de mudança corporal (%MC) e o índice médio de mudança (IMM) por região corporal; e para o artigo 2, a observação do espaço bi e tridimensional do somatotipo através do DDS (bidimensional) e o DES (tridimensional) com seus índices de dispersão, respectivamente IDS e IDES, utilizando como ponto de corte para determinação das diferenças DDS ≥ 2,0 e DES ≥ 1,0..

(26) 26. 5.. ARTIGOS PRODUZIDOS. 5.1. Efeitos do treinamento concorrente e aconselhamento dietético na lipodistrofia e sua repercussão na adesão ao tratamento do HIV/aids: um relato de caso, aceito na revista científica Scientia Médica PUCRS, classificada como B5 no qualis CAPES para área de Medicina II (Apêndice 1).. 5.2. Treinamento concorrente e orientação nutricional: análise do somatotipo e imagem corporal de pessoas vivendo com hiv/ aids após intervenção, que será submetida à Revista Brasileira de Medicina do Esporte, com fator de impacto – JCR 2014: 0,0647, classificada como B3 no qualis CAPES para a área de Medicina II (Artigo Principal da Dissertação)..

(27) 27.

(28) 28.

(29) 29.

(30) 30.

(31) 31.

(32) 32.

(33) 33.

(34) 34.

(35) 35.

(36) 36.

(37) 37.

(38) 38.

(39) 39.

(40) 40.

(41) 41.

(42) 42.

(43) 43.

(44) 28. 6.. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES Desde o ano 2007, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. (UFRN), juntamente ao Departamento de Educação Física, desenvolve um projeto de extensão destinado à PVHA. Esse projeto iniciou com o nome Pró Saúde e Atividade Física, atribuindo a prática de musculação como proposta de intervenção. Em sua fase inicial, gerou como produto final uma tese de doutorado e uma dissertação de mestrado, voltados para a relação entre o programa. de. exercícios. resistidos. em. parâmetros. morfofuncionais. e. bioquímicos da população em questão. Em um segundo momento, percebendo-se o universo de fatores associados entre a prática da Atividade Física e as PVHA, bem como sua ampla variabilidade peculiar a cada indivíduo desta população, optou-se por um estudo qualitativo, que deu origem a outra tese de doutorado, visando, desta vez, a reunião de várias práticas corporais como instrumento de reestruturação da imagem corporal. Em 2012, o projeto de extensão passou por um processo de transição e amadurecimento. de. ideias.. Partindo. dos. resultados. e. necessidades. observadas com as pesquisas anteriores, inseriu-se a orientação nutricional e novos protocolos de treinamento como intervenção. Além disso, também foram incorporadas avaliações bioquímicas específicas e avaliação da variabilidade cardíaca, além das já existentes, padronizando-as a cada oito semanas. Nessa nova fase, abrangendo não somente a atividade física, mas também a nutrição, conferindo um foco multidisciplinar, o projeto de extensão passou a ser chamado “Viver +”. Após cinco anos de projeto de extensão, muitos desafios já haviam se consolidado, e muitos ainda precisavam ser superados. Muitas portas já tinham sido abertas, mas as dificuldades ainda persistiam. A captação de pacientes, a manutenção deles dentro do protocolo de pesquisa e as limitações metodológicas foram constantes e se configuravam como os elementos mais desafiadores desta pesquisa..

(45) 29. Inicialmente, pensou-se em focar este estudo em aspectos voltados para os parâmetros imunológicos, no entanto o laboratório disponível para realização de parceria com o nosso projeto localizava-se na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), em São Paulo, tornando-se inviável por não haver pessoas capacitadas responsáveis pela coleta e envio do material para a análise. Após a constatação da impossibilidade de realização do projeto de pesquisa original, avaliamos as reais possibilidades existentes ao nosso alcance e, aproveitando o ensejo da lipodistrofia como tema em evidência nos últimos congressos relacionados ao HIV/AIDS, devido à cronicidade dos efeitos da HAART, surgiu a proposta definitiva desta dissertação: aplicar uma intervenção com um protocolo de treinamento específico, denominado treinamento concorrente; e verificar seus efeitos crônicos em relação às mudanças corporais ocasionados pela lipodistrofia. Essa pesquisa originou dois artigos: 1 estudo de caso, intitulado “Efeitos do treinamento concorrente e aconselhamento dietético na lipodistrofia e sua repercussão na adesão ao tratamento do HIV/aids: um relato de caso”, publicado na revista científica Scientia Médica PUCRS; e 1 estudo de múltiplos casos, intitulado “Treinamento concorrente e orientação nutricional: análise do somatotipo e imagem corporal de pessoas vivendo com hiv/ aids após intervenção”, submetido à Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Em ambos os estudos, houve a percepção de que a relação entre o aluno e o professor reflete na criação de um vínculo de confiança, interferindo, consequentemente, na adesão ao tratamento. Percebeu-se, ao decorrer da intervenção,. que. os. melhores. alunos,. em. termos. de. assiduidade,. desenvolvimento no treino e resultados apresentavam uma ótima relação bem como um vínculo forte de confiança com os professores que lhes treinavam. Ainda sobre a adesão, no estudo de caso, avaliando as mudanças corporais obtidas com o treinamento concorrente, pôde-se observar que a satisfação corporal do indivíduo ao final da intervenção o estimulou a permanecer aderente tanto ao tratamento medicamentoso quanto à Atividade Física como estratégia coadjuvante. Outro fator importante não discutido nos artigos, mas relatado pelos participantes do estudo foi a socialização. Para.

(46) 30. eles, estar num ambiente apenas com PVHA os permite trocar experiências e livrar-se do preconceito imposto pela sociedade. Adicionalmente, o estudo de múltiplos casos contribuiu para reforçar as mudanças corporais relacionadas à lipodistrofia produzidas pelo programa de treinamento concorrente através do somatótipo, que foi utilizado devido às dificuldades encontradas na visualização dessas modificações por meio da estatística convencional. Dessa maneira, o somatótipo pôde conferir mais claramente essas modificações corporais, expondo como resultado a conformação física de cada participante com melhorias, principalmente no que tange a adiposidade. Em relação à imagem corporal, também avaliada no estudo de múltiplos casos,. esta. fortaleceu. os. resultados. adquiridos. com. o. somatótipo,. comprovando as alterações físicas obtidas com o treinamento, mediante a identificação de progressos na percepção da imagem corporal após o protocolo de intervenção. Diante dos efeitos identificados pela intervenção do protocolo de treinamento concorrente em PVHA sob regime terapêutico com a HAART, surge como um novo desafio: a tentativa de aumentar o número da amostra, no intuito de permitir uma maior homogeneidade entre os dados; a busca pela possibilidade e viabilidade de explorar novas variáveis; a utilização de equipamentos mais sofisticados que permitam uma análise mais robusta dos dados; e o planejamento de outros protocolos de treinamento físico como intervenção. Sendo assim, as novas perspectivas para o doutorado direcionam os esforços para montar grupos controlados, reunindo vários protocolos de treinamento e práticas de atividades físicas específicas, visando comparar os efeitos morfofuncionais e metabólicos entre elas. Outro estudo futuro que se pretende investigar diz respeito ao efeito do treinamento no metabolismo energético das PVHA uma vez que a lipodistrofia está associada a inadequada utilização de substratos energéticos, conhecida como inflexibilidade metabólica, a qual caracteriza-se por uma menor utilização de lipídios em repouso, contribuindo para um perfil inadequado quanto à composição corporal e perfil lipídico41..

(47) 31. Por fim, a pesquisa em saúde é uma eterna busca de conhecimentos. Este estudo finaliza apenas uma pequena etapa desse conhecimento sobre o universo do HIV/Aids, produzindo novos questionamentos, que darão início a uma nova proposta de descobertas e benefícios para a melhoria da qualidade de vida desta população..

(48) 32. REFERÊNCIAS 1. Fechio JJ, Corona E, Brandão MRF, Alves LA. A influência da atividade. 2.. 3.. 4.. 5. 6.. 7.. 8.. 9.. 10.. 11. 12.. 13.. física para portadores do vírus HIV. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. 1998;3(2):43-57 Veljkovic M, Dopsaj V, Stringer W, Sakarellos•Daitsiotis M, Zevgiti S, Veljkovic V, Glisic S, Dopsaj M. Aerobic exercise training as a potential source of natural antibodies protective against human immunodeficiency virus-1. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. 2010;20(3):469-74 Lazzarotto AR, Deresz LF, Sprinz E. HIV/AIDS e Treinamento Concorrente: a Revisão Sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2010;16:149-54. Raso V, Casseb JSdR, Duarte AJdS, Greve JMDA. Uma breve revisão sobre exercício físico e HIV/AIDS. Rev bras ciênc mov. 2007;15(4):99110. Mars M. What limits exercise in HIV positive individuals?: review article. International SportMed Journal. 2003;4(3):1-13 Malita FM, Karelis AD, Toma E, Rabasa-Lhoret R. Effects of different types of exercise on body composition and fat distribution in HIV-infected patients: a brief review. Canadian journal of applied physiology. 2005;30(2):233-45 Yahiaoui A, McGough EL, Voss JG. Development of evidence-based exercise recommendations for older HIV-infected patients. Journal of the Association of Nurses in AIDS Care. 2011;23(3):204-19. Mutimura E, Stewart A, Crowther NJ, Yarasheski KE, Cade WT. The effects of exercise training on quality of life in HAART-treated HIVpositive Rwandan subjects with body fat redistribution. Quality of Life Research. 2008;17(3):377-85 Souza HF. Benefícios do treinamento aeróbio e/ou resistido em indivíduos HIV+: uma revisão sistemática. Rev bras med esporte. 2009;15(6):467-71 Lauriola V, Codella R, Lattuada G, Caumo A, Capitelli E, Lazzarin A, Luzi L. Effects of endurance exercise training on metabolic and inflammatory parameters in HIV-1-infected patients with secondary lipodystrophy and diabetes. Sport sciences for health. 2010;6(1):23-6 Ihenetu K, Mason D. Biochemical Manifestation of HIV Lipodystrophy Syndrome. International Journal. 2012;1(1):92-101 Vasimon HS, Jordao A, Paula F, Machado AA, Monteiro JP. Comparison of bioelectrical impedance with skinfold thickness and X-ray absorptiometry to measure body composition in HIV-infected with lipodistrophy. Nutr Hosp. 2011;26(3):458-64 Cabrero E, Griffa L, Burgos A. Prevalence and impact of body physical changes in HIV patients treated with highly active antiretroviral therapy:.

(49) 33. Results from a study on patient and physician perceptions. AIDS patient care and STDs. 2010;24(1):5-13 14. Bastard J-P, Caron M, Vidal H, Jan V, Auclair M, Vigouroux C, Luboinski J, Laville M, Maachi M, Girard P-M, Rozenbaum W, Levan P, Capeau J. Association between altered expression of adipogenic factor SREBP1 in lipoatrophic adipose tissue from HIV-1-infected patients and abnormal adipocyte differentiation and insulin resistance. The Lancet. 2002;359(9311):1026-31 15. Brinkman K, Smeitink JA, Romijn JA, Reiss P. Mitochondrial toxicity induced by nucleoside-analogue reverse-transcriptase inhibitors is a key factor in the pathogenesis of antiretroviral-therapy-related lipodystrophy. The Lancet. 1999;354(9184):1112-5 16. Wijk JPHv, Cabezas MC. Hypertriglyceridemia, Metabolic Syndrome, and Cardiovascular Disease in HIV-Infected Patients: Effects of Antiretroviral Therapy and Adipose Tissue Distribution. International Journal of Vascular Medicine. 2012;2012.10.1155/2012/201027 17. Eidam CdL, Lopes AdS, Oliveira OV. Prescrição de exercícios físicos para portadores do vírus HIV. Rev bras ciênc mov. 2005;13(3):81-8 18. Fillipas S, Oldmeadow LB, Bailey MJ, Cherry CL. A six-month, supervised, aerobic and resistance exercise program improves selfefficacy in people with human immunodeficiency virus: a randomised controlled trial. Australian Journal of Physiotherapy. 2006;52(3):185-90 19. Blanch J, Rousaud A, MartÃnez E, De Lazzari E, Milinkovic A, Peri J-M, Blanco J-Ls, Jaen Js, Navarro V, Massana G. Factors associated with severe impact of lipodystrophy on the quality of life of patients infected with HIV-1. Clinical infectious diseases. 2004;38(10):1464-70 20. Power R, Tate H, McGill S, Taylor C. A qualitative study of the psychosocial implications of lipodystrophy syndrome on HIV positive individuals. Sexually transmitted infections. 2003;79(2):137-41 21. Mendes EL, Andaki ACR, Brito CJ, Córdova Cu, Natali AnJ, Amorim PRS, de Oliveira LL, de Paula SrO, Mutimura E. Beneficial effects of physical activity in an HIV-infected woman with lipodystrophy: a case report. Journal of medical case reports. 2011;5(1):430 22. Glass TR, Margalida R, Amalio T, Laurent D, Chantal C, Heiner CB, Huldrych FGn, Martin R, Dunja N, Bernard H, Enos B, Gilles W, Manuel B, Catia M. Determinants of sustained viral suppression in HIV-infected patients with self-reported poor adherence to antiretroviral therapy. Plos One. 2012;7(1):e29186-e.10.1371/journal.pone.0029186 23. Phiri CM. Adherence and non-adherence to anti-retroviral treatment: Experiences of patients at a hospital in Soweto, Gauteng Province, South Africa. African Journal for Physical, Health Education, Recreation and Dance (AJPHERD) 2012;September 2012 (Supplement 2):36-46 24. Segatto AFM, Freitas Junior IF, Santos VRd, Alves KCP, Barbosa DA, Portelinha Filho AM, Monteiro HL. Lipodystrophy in HIV/AIDS patients.

(50) 34. 25.. 26.. 27.. 28. 29.. 30.. 31.. 32.. 33.. 34. 35. 36. 37.. with different levels of physical activity while on antiretroviral therapy. Revista Da Sociedade Brasileira De Medicina Tropical. 2011;44:420-4 Trevisol F, Alencastro P, Ribeiro P, Wollf F, Ikeda M, Barcellos N, Brandão A, Fuchs S. Association of Physical Activity with Lipodystrophy Syndrome in HIV-Infected Patients. J AIDS Clinic Res. 2012;3(177):2 Palmer AK, Duncan KC, Ayalew B, Zhang W, Tzemis D, Lima V, Montaner JS, Hogg RS. "The way I see it"•: the effect of stigma and depression on self-perceived body image among HIV-positive individuals on treatment in British Columbia, Canada. AIDS Care. 2011;23(11):145666 Ogalha C, Luz E, Sampaio E, Souza R, Zarife A, Neto MG, Netto E, Brites C. A randomized, clinical trial to evaluate the impact of regular physical activity on the quality of life, body morphology and metabolic parameters of patients with AIDS in Salvador, Brazil. JAIDS Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes. 2011;57:S179-S85 O'Brien K, Nixon S, Tynan AM, Glazier R. Aerobic exercise interventions for adults living with HIV/AIDS. Cochrane Database Syst Rev. 2010;8(8) O'Brien K, Tynan A-M, Nixon S, Glazier R. Effects of progressive resistive exercise in adults living with HIV/AIDS: systematic review and meta-analysis of randomized trials. AIDS Care. 2008;20(6):631-53 Santos WR, Paes PP, dos Santos AP, Machado DRL, Navarro AM, Fernandes APM. Impact of Progressive Resistance Training in Brazilian HIV Patients with Lipodystrophy. Journal of AIDS & Clinical Research. 2013 Garber CE, Blissmer B, Deschenes MR, Franklin B, Lamonte MJ, Lee IM, Nieman DC, Swain DP. American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise. 2011;43(7):1334-59 Balady GJ, Berra K, Golding L, Gordon N, Mahler D, Myers J, Sheldahl L. Diretrizes do ACSM para os Testes de Esforço e sua Prescrição. Rio de Janeiro: Guanabara. 2003;239 Robertson RJ, Goss FL, Rutkowski J, Lenz B, Dixon C, Timmer J, Frazee K, Dube J, Andreacci J. Concurrent validation of the OMNI perceived exertion scale for resistance exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise. 2003;35(2):333-41 Marfell-Jones M. International Standards for Anthropometric Assessment. New Zeland: 2006. Lohman T, Roche A, Martorell R. Anthropometric Standard Reference Manual Champaign, IL: Human Kinectics. 1988 Carter JL, Heath BH. Somatotyping: development and applications. 1990 Buffa R, Floris G, F Putzu P, Carboni L, Marini E. Somatotype in elderly type 2 diabetes patients. Collegium Antropologicum. 2007;31(3):733-7.

(51) 35 38. Singh S. Somatotype and disease - A review. The Anthropologist:. International Journal of Contemporary and Applied Studies of Man. 2007;3:251-61 39. Guedes DP. Manual prático para avaliação em educação física. 1º ed. 2006. 40. Stunkard AJ, Sã¸rensen T, Schulsinger F. Use of the Danish Adoption Register for the study of obesity and thinness. Research publicationsAssociation for Research in Nervous and Mental Disease. 1983;60:115 41. Vassimon HS, de Paula FJA, Machado AA, Monteiro JP, Jordão Jr AA. Hypermetabolism and altered substrate oxidation in HIV-infected patients with lipodystrophy. Nutrition. 2012;28(9):912-6.

(52) 36. APÊNDICES Apêndice 1..

(53) 37.

(54) 38.

(55) 39.

(56) 40. ANEXOS Anexo 1.

(57) 41. ANEXO 2. Anexo I- Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) Esclarecimentos: Este é um convite para você participar da pesquisa EFEITOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NOS PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS E VIRAIS DE PORTADORES DE HIV/AIDS, que é coordenada pelo Professor Doutor Paulo Moreira Silva Dantas. Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou conseqüência. Essa pesquisa procura avaliar o funcionamento do sistema imunológico (defesas do corpo) através de diferentes tipos de exercícios físicos, buscando uma melhor forma de aplicar o exercício físico de maneira segura e trazendo bons resultados no tratamento e controle da doença. Caso decida aceitar o convite, você será submetido(a) ao(s) seguinte(s) procedimentos: Primeiramente será realizada uma avaliação física completa incluindo Peso, Estatura, Índice de Massa Corporal (IMC), Relação Cintura-Quadril (RCQ) e dobras cutâneas para verificar o quadro da lipodistrofia e risco para doenças cardiovasculares; exames laboratoriais para avaliar o sistema imunológico (CD4 e carga viral) e o perfil metabólico (glicose, colesterol, triglicerídios e sensibilidade a insulina). Numa segunda etapa será realizado um programa de treinamento de musculação durante 16 semanas. E ao término desse período todas as avaliações acima serão refeitas para fazer uma comparação entre o antes e o depois do treinamento. Os riscos envolvidos com sua participação são mínimos já que os procedimentos realizados seguirão protocolos seguros e os profissionais envolvidos são devidamente qualificados. Você pode se negar a responder qualquer questionamento ou participar de qualquer avaliação que cause constrangimento.. Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: Programa de treinamento individualizado para o grupo de intervenção e Avaliação física completa periódica, ambos gratuitos, independente do grupo que participe. Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários..

(58) 42 Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa, receberá de volta, caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum prejuízo comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização. Você ficará com uma cópia deste Termo e toda a dúvida que você tiver a respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Danielle Coutinho de Medeiros, no Ginásio do Departamento de Educação Física da UFRN –– Campus CCS - UFRN) ou pelos telefones: (84) 9451 4927/ (84) 9953 6663/ (84) 3236 3034 Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN na Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova ou pelo telefone (84) 3215 3135. Consentimento Livre e Esclarecido Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa EFEITOS DO TREINAMENTO. DE. FORÇA. EM. PARÂMETROS. IMUNOLÓGICOS. PORTADORES DE HIV/AIDS Nome: ________________________________________________ Assinatura: _____________________________________________ Pesquisador Responsável Nome:__________________________________________________ Assinatura: ______________________________________________ Endereço e Fone: _________________________________________ Comitê de Ética e Pesquisa Endereço: Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova. CEP 59072-970 Fone: (84) 3215 3135. E. VIRAIS. DE.

(59) 43. ANEXO 3. FICHA DE AVALIAÇÃO FÍSICA Nome:_______________________________________________Avaliador:________________ DOBRAS CUTÂNEAS Data Data Data Tríceps Bíceps Subescapular Peitoral Axilar Média Supra Ilíaca Supra Espinhal Abdome Coxa Medial Panturrilha DIÂMETROS ÓSSEOS Biep Femural Biep. Umeral P.E. Radioulnar ANTROPOMETRIA Peso Estatura Ombro Peitoral Cintura Abdome Quadril Coxa Prox D Coxa Med D Coxa Dist D Coxa Prox E Coxa Med E Coxa Dist E Panturrilha D Panturrilha E Braço Rel D Braço Rel E Braço Cont D Antebraço D Antebraço E. Data. Data. Data.

(60)

Referências

Documentos relacionados

Além disso, muitos desses alunos não enfrentam apenas o preconceito, eles sofrem com os problemas relacionados à linguagem, pois apresentam em sua escrita e fala

• Quando o navegador não tem suporte ao Javascript, para que conteúdo não seja exibido na forma textual, o script deve vir entre as tags de comentário do HTML. &lt;script Language

Wilson Berckembrock Zapelini UM MODELO DE AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS DE PÓSGRADUAÇÃO BASEADO NO BENCHMARKING DE COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS: ESTUDO DE CASO NAS ENGENHARIAS DA UFSC

[r]

Acreditamos que o estágio supervisionado na formação de professores é uma oportunidade de reflexão sobre a prática docente, pois os estudantes têm contato

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Esta pesquisa discorre de uma situação pontual recorrente de um processo produtivo, onde se verifica as técnicas padronizadas e estudo dos indicadores em uma observação sistêmica

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,