UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
CENTRO
sÓCIo-ECoNôMICo
DEPARTAMENTC
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
ASPECTOS LIGADOS
A
NECESSIDADE
LIQUIDA
DE
CAPITAL
DE
GIRO
Gicele
Dutra
Florianópolis
1999
UNWERSEE
FEDERAL DE SANTA
CATARINA
CENTRO
SÓCIO-ECONÔMICO
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CCNTÁBEIS
ASPECTCS LIGADCS
A
NECESSIDADE
LÍQUIDA
DE
CAPITAL
DE
GIRO
›
Trabalho de Conclusão de
Curso
apresentado
ao
Departamento
de
Ciências Contábeis,do
Centro Sócio-Econômico,
da
Universidade
Federal
de Santa
Catarina,como
requisitoparcial
para
aobtenção do grau de
bacharelem
Ciências ContábeisAcadêmica:
GiceleDutra
Orientador:
Guilherme
Júlioda
SilvaElorianópolis
1999
I
ii
ASPECTOS LIGADoS
A
NECESSIDADE
LÍQUIDA
DE
CAPITAL
DE
GIRO
Acadêmica:
GiceleDutra
Esta monografia foi apresentada
como
Trabalho de Conclusãono
Curso de CiênciasContábeis
da
Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a notamédia
de atribuídapela banca constituída pelos professores abaixo nominada.
Florianópolis,
.Og
de de ..LÊl?L°.i.Prof.
Maria
De
izeHenäue
CasagrandeCoordenador de
Monografia
doCCN
Professores que
compuseram
a banca:Piesidzn ¢.Gui1hermz-J' ' ~‹1ISi1va
É
E
_yenílí
.¶7Ma
an
Í z' | mW_,__l\,,/,Í7Ê?éil1.'9.EQf. 9, lerAGRADECIIVIENTOS
A
Deus, queme
iluminouno
decorrer de todo o curso.Aos meus
pais, por toda a educação, amor,confiança
e apoio.Ao
meu
marido, queme
ajudou muitono
decorrerdo
curso, especialmente por suacompreensão
e carinho.Ao
meu
filho, pelacompreensão
dosmomentos
que estive ausente,dedicando-me
aos estudos.
Ao
professorGuilherme
Júlio da Silva,que
com
sua experiência e capacidade,me
orientou na execução destamonografia.
Aos
professores, colegas de curso, amigos e demais colaboradores, que contribuíramIV
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
... .iiiINTRODUÇÃO
... .. 01CAPÍTULO
ICARACTERIZAÇÃO
DO
TRABALHO
... ..O2
1.1 Considerações Iniciais ... ..O2
1.2 Objetivos ... .. O3 ‹ 1.2.1 Objetivo geral ... .. O3 1.2.2 Objetivos específicos ... .. 03 1.3 Metodologia da Pesquisa ... ..04
. 1.3.1 Metodologia aplicada ... ..O4
CAPÍTULO
IIREVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
... ... .. os2.1 Conceitos de Capital de Giro ... .. 05
2.2 Problemas
com
a Administraçãodo
Capital de Giro ... ..O7
2.3 Financiamento de Capital de Giro ... ..
O8
2.3.1 Risco-retomo na
composição do
financiamento ... .. O82.3.2 Políticas para o
financiamento do
capital de giro ... ..O9
2.4 Necessidade Líquida de Capital de Giro ... .. 12
2.4.1 Fontes de
financiamento
da necessidade líquida de capital degiro ... .. 15
2.4.2 Relação da variável
NLDCG
- Necessidade Líquida de Capitalde Giro
com
o Ciclo Operacional ... .. 172.5 Análise da Necessidade Líquida de Capital de Giro ... ..
20
CAPÍTULO
111ESTUDO DE CASO
... ..28
3.1 Histórico ... ... ... ..
28
3.2 Análise Horizontal e Vertical
do
Ativo Circulante eNão
Circulante e PassivoCirculante e
Não
Circulanteda Empresa
INDIL
... ..29
3.3 Variação
da
Necessidade de Capital de Giro daEmpresa
INDIL
... .. 313.3.1 Comentários sobre as causas das variações da necessidade de
capital de giro ... ._
32
3.4 Análise da
INDIL
... ..34
CoNCLUsÃo
... ..36
INTRODUÇÃQ
O
estudodo
capital de giro é fundamental para aempresa
e sua administraçãofinanceira. Para a empresa é muito importante, pois,
no dimensionamento do
capitalde
giroestão os riscos de liquidez e solvência.
No
tocante ao administrador financeiroo
assunto é de extrema relevância, pois, elepode
identificar os problemas de liquidezcombinando
diversos fatores de caráteroperacional e decisões-estratégicas,
tomadas
pela alta direção da empresa.As
decisões gerenciais relacionadascom
o capital de giro afetam ovolume
devendas, rentabilidade e risco, para a empresa.
'
O
capitalde
giro é para as empresasuma
parcelado
seu capital total, todavia tãonecessária quanto
o
capital fixo, pelodinamismo
de suas mutações.Adequá-lo às necessidades quantitativas e qualitativas
em
cada caso eem
cadamomento,
bem como
escolher deforma
eficiente e eficaz entre as inúmeras fontes e formas definancia-lo, poderá representar a diferença entre a liquidez e a insolvência,
ou
ainda entre olucro e o prejuízo.
O
presente trabalho abordará alguns aspectos que estão relacionados ao capital degiro,
como
a sua necessidade líquida etambém
a variável tesouraria, poisambos
constituem-seem
instrumentos indispensáveis parauma
eficiente administração financeira_Será apresentado
um
estudo de caso para a aplicação prática dos assuntosque
serão abordadosno
presente trabalho. _CARACTERIZAÇÃQ
no
TRABALHO
1.1
Considerações
IniciaisChama-se
capital de giro as contasque
compõe
o grupo do ativo circulante.Em
geral são representadas pelas seguintes contas: disponibilidades, investimentos temporários,
contas a receber, estoques de matérias-primas, mercadorias para revenda, produção
em
andamento
e produtos acabados.Deve-se distinguir capital de giro bruto, que são as contas
mencionadas
acima, decapital de giro líquido que é o ativo circulante
menos
o passivo circulante.O
passivocirculante é
composto
decompromissos
a curto prazo da empresa paracom
fomecedores,funcionários, fisco etc... V
De
acordocom
a lei 6404/76, o ativo circulante expressa os saldos das contasrealizáveis
em
até360
dias e o passivo circulante o saldo das contas exigíveisno
mesmo
prazo.
O
capital de giro é positivoquando
o ativo circulante for maior queo
passivocirculante,
ou
seja,quando
os bens e direitos conversíveisnum
prazo de atéum
ano for maiorque as dívidas e obrigações exigíveis
no
mesmo
prazo.Pode ser nulo,quando o
ativo circulantefor igual ao passivo circulante,
ou
seja,quando
os bens e direitos conversíveisnum
prazo deum
ano for igual as dívidas dentro
do
mesmo
prazo.Etambém
pode
ser negativo,quando
o ativocirculante for
menor
queo
passivo circulante,ou
seja,quandoos
bens e direitos conversíveis3
O
trabalho a ser realizado vai ser direcionado para as “Necessidades Líquidas deCapital de Giro” dentro de
uma
empresa.Segundo
Fleuriet,“quando, no ciclo financeíro, as saidas de caixa ocorrem antes das entradas de
caixa, a operação da empresa cria
uma
necessidade de aplicação permanente defundos, que se evidencia no balanço por
uma
diferença positiva entre o valor dascontas cíclicasdo ativo (duplicatas a receber, estoques de produtos em andamento,
produtos acabados, matérias-primas) e das contas cíclicas do passivo 0'ornecedores
de matérias-primas etc... ) ”.
FLEURIET
(I978:I4)Denomina-se
Necessidade de Capital de Giro(NCG)
esta aplicação permanentede
fundos.1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Mostrar os aspectos ligados a “Necessidade Líquida de Capital de Giro” dentro das empresas e a administração correta .desses fundos para conseguir-se
bons
resultados,bem
como
verificar sua aplicação através deum
estudo de caso.-
1.2.2 Objetivos ,específicos
-
Definir
capital de giro;-
Importânciado
capital de giro nas empresas;-
Definir
,necessidadede capital de giro;-
Demonstrar
as contas envolvidas na necessidade de giro;-
Pesquisar,na
bibliografia existente e acessada, a administração corretada
necessidade de capital de giro;
-
Análise da necessidade líquida de capital de giro;1.3
Metodologia
da
Pesquisa1.3.1
Metodologia
aplicadaO
presente trabalho será desenvolvidocom
baseem
seus objetivos,com
uma
pesquisa exploratória -e
um
estudo de-caso.Para sua elaboração, foi feita
uma
pesquisa bibliográfica. Esta pesquisabibliográfica -se constitue «de «coletas -de informações .contidaszem livros .
¬
Primeiro organizou-se os livros para leitura, e
com
a leitura fez-se a seleçãodo
materialque
será utilizado -na pesquisa.Durante a elaboração
do
trabalho verificou-se a importância de sua aplicaçãoprática, por isso fez-se umestudo.de.caso.
Tendo
em
vista o problema proposto, acredita-se que este seja o melhormétodo
para se chegar aos objetivos destaupesquivsa. .CAPÍTULO
11REv1sÃo
BIBLIOGRÁFICA
_ Neste
capítulo será
abordado
assuntos relativo a capital- de giro taiscomo:
conceito, formas de
financiamento
e tantos outros temas que se ache 'importante nesteestudo.
Em
seguida será apresentado o conceito de necessidade líquida de capital de giro ediversos assuntos relacionados a esse tema.
2.1 Conceitos
de
Capitalde Giro
Segundo
SAN
VICENTE
(1987:l20), “dentre as aplicações defimdos
poruma
empresa
uma
parcela ponderável destina-se aoque
altemativamente,podemos
chamar
deativo circulante
ou
capital de giro”.Segundo
omesmo
autor os ativos circulantescompõe
o capital daempresa que
circula até transformar-se
em
dinheiro dentro deum
ciclo operacionalque
vai variar deempresa
paraempresa dependendo do
seu ramo. 'Este ciclo operacional, basicamente corresponde desde a
compra
de -matériaprima
para a produção e
pagamento
de empregados, até os recebimentos das vendas dos produtosou
Caixa
Recebimentos
Compras
dedos clientes matéria-prima
i Contas . - Estoquezde a-receber ` Matéria-prima ~
Vendas
'Produção
» (a nrazol ^ Produto acabadoSAN VICENTE
(1987:l20)É
importante ressaltar .que os capital de.giro.,:de,ve ser mantido .para .sustentar asoperações
da
empresa. ' `.Segundo
BRAGA
(1987:l40), “...no
conceito econômico, o capital de girorepresentaoinvestimento adicional .que .a
empresa
deverá realizar,afim
de .darinício .ao ciclooperacional e capacitar-se para comercializar os bens
ou
serviços produzidos”.A
medidarguelas operaçõesda
empresa
vão .se desenvolvendo, os ciclos .operacionaisvão tomando-se
mais complexos. Assim, aempresa
vai precisar dispor de recursosque não
estejamcomprometidos
parafinanciar estes ciclos.Para
MARTINS
eNETO
(19sóz27ó),“qualquer que seja a definição adotada, o conceito de capital de giro
identifica o,s._r.ecurs.os .que ,giram .várias yezes em.._de1e1:mi.m1do _pe.r.íodo.
Ou
seja, corresponde auma
parcela de capital aplicada pela empresaem
seu ciclo operacional, caracteristicamente .de curto prazo, ea qual7
MARTHUR
(1.9s4z7o)afirma
quei
“o capital de giro também é caracterizado por sua proximidade de caixa ou
liquidez.
O
estoque de produtos acabados, quando vendido, se transformaem
contasa receber. Após 0 recebimento, ele se transforma
em
caixa. Os componentes docapital de giro normalmente tem alta liguidez e são a principal garantia contra a
insolvência técnica: a incapacidade da empresa
em
pagar pontualmente seuscompromissos
Este é
um
ponto importante a ressaltar pois, oscomponentes do
capital de girotem
facilidadeem
transformar-seem
dinheiro,porém
aumento
de liquidez, teoricamenteprovoca
queda
na taxa de retomo.2.2
Problemas
com
aAdministração do
Capitalde Giro
Os
itens quecompõe
o capital de giro daempresa
tem
um
determinadotempo
paratransformar-.se
em
dinheiro,.,e .envolvem .riscosem
_fac.e.das4latas.de venci1nento_das..dívidas .daempresa
a curto prazo. _.
É
importante administrarbem
estes prazos depagamentos
de acordocom
osrecebimentos das vendas
ou
Serviços,pre.stados, .poisaempresa
p_oderá.__ter muitos _de.sembolsosa curto prazo e
um
prazo maior de recebimentoque
terácomo
conseqüência, caso aempresa
não
possua recursos próprios,um
desequilíbrioem
suasfinanças
fazendocom
que aempresa
necessite de financiamento.
Outro
problema
envolvendo administração de capital de giro é o conflito entre liquidez e rentabilidade.Segundo
SAN
VICENTE
(1987: 127),“os ativos correntes representam
um
investimento indispensável parasustentar
um
dado volume de vendas.O
seu retorno direto,em
particularno caso de disponibilidades e investimentos temporários, é tipicamente
inferior ao dos ativos fixosindiretamente, contudo, contribuem para 0 objetivo
rentabilidade ao cumprirem a sua função de sustentação de
um
nível devendas”.
Com
a administraçãodo
capital de giro trabalha-se para manter a liquidezda
empresa,
mas
quanto mais se investe nestes ativos para manterum
volume
de operaçõesE
importante salientar que os investimentos feitosem
capital de gironão geram
unidades fisicas de
produção
e venda,mas
como
já foi dito, servem para manter o ciclooperacional da empresa.
Podemos
citar maisum
problema
em
relação a administração das contasque
envolve o capital demgiro, especificamvente disponibilidades e estoques.
O
grande dilema sãoos saldos excessivos
com
investimentos e os saldo insuficientescom
baixo custo.Na
contacaixa, exemplificando, há
uma
dúvida quanto ao saldo que deve-se manter, pois corre-.seo
risco de ficarcom
saldo excessivo enquanto podia-se investir e terum
retomo
maior.Pode
ocorrer
também
o
inverso: o dinheiro investidoem
ativos mais rentáveis e aempresa
necessitando deum
maiorvolume
de capital de giro.Em
relação a conta estogues oproblema
éque
aempresa
para manterum
nívelde
estoques para atenderuma
demanda
eventual arcacom
um
custo mais alto.Mas
se elamantém
um
estoquepequeno
corre o risco denão
ter mercadorias para atender ademanda
eperder seu cliente para a concorrência.
Para resolver estes problemas
com
custos de excesso e custo de insuficiência, aempresa
deve utilizar-se demodelos
representativosdo
con_iportament_o_decada
categoria echegar ao lote
econômico
de cadaum.
Entende-se por loteeconômico
o saldo que diminui ocusto
do
investimento feito _pe_laempresa
para
sustentar ovolume
de operações desejados.2.3
Financiamento de
Capitalde Giro
2.3.1 Risco-retorno
na
composição do
financiamentoO
custo deum
crédito a longo prazo é mais caro que o de curto prazo. Isto sedá
devido ao risco na duração
do
empréstimo.Além
do
credor terum
maior risco emprestandoum
capital por longotempo
eletambém
quer remunerar expectativas de flutuações nas taxasde juros, que .tendema
um
comportamento
crescente.Mas,
em
economias inflacionárias por exemplo,pode
acontecer de créditos decurto prazo .sair mais onerosos
em
relação à créditos de longo prazo. Isto poralgum motivo
como
a escassez de recursos para empréstimos de longo prazo, fazendocom
que o
setorempresarial procure os créditos de .curto prazo, consequentemente,
aumentando
ademanda
e9
As
contasque envolvem
o capitalde
giro são de curto prazo, enormalmente
asempresas se utilizam de créditos de curto prazo para financia-las.
Com
isto a empresa poderáobter, se
o
custo formenor
do
que os créditos de longo prazo, melhores resultados operacionais,mas
o
risco para aempresa
se elevará por dois motivos:~
1) as taxas de juros a curto
prazo
sãobem
mais
sensíveis as alteraçoes políticasconjunturais
do
que as taxas de crédito de longo prazo.Os
empréstimos de longo prazomantém
os encargos de juros fixo_por
um
período detempo
maior.Um
crédito de curto prazo absorvecom
mais freqüência as variaçõesna
taxa de juros;2)
uma
empresa
com
uma
política de crédito de curto prazo,tem
uma
certadependência as disponibilidades de crédito
do
mercado, euma
escassez desses recursospoderão abalar a liquidez da empresa e
também
atrasono
pagamento
aos seus credores.Dentro deste contexto entre risco
retomo
as decisoes definanciamento do
capitalde giro
tem
grande importância, pois, a maneira pela gual o capital de giro é financiadotem
impacto significativo sobre o risco e retorno da empresa.
2.3.2 Políticas
para
o financiamentodo
capitalde
giro
Antes de serem abordadas as políticas deve-se entender o conceito de capital de
giro através .de sua classificação
em
permanente
(fixo) e sazonal (variável).segundo
MARTINS
eNETO
('19sóz293),“a parte fixa do capital de giro é determinada pela atividade normal da empresa, e
seu montante e' definido pelo nível mínimo de necessidades de recursos
em
determinado período. 'O capital de _ giro sazonal, por sua vez,
e' determinado pelas
variações temporárias que ocorrem normalmente nos negócios da empresa. Por
exemplo, maiores vendas com determinados meses do ano ou grandes aquisições de
estoques antes de período de entressafra produzem variações temporárias no ativo
circulante, e são, por isso, denominadas. sazonais ou variáveis”.
-
Diferenciada a parte
fixa
e a parte variáveldo
capital de giro apresenta-se trêsopções para a administração
do
capital de giro:a) Política conciliadora
-›
A
política conciliadora entende que a partedo
ativocirculanteque é
permanente
pode
ser financiadacom
recursos de longo prazo e a parteQuer
dizerque
acontecendo oscilaçõesno
capital de giro, as necessidadestemporárias poderão ser financiadas, a
medida
queforem
ocorrendo, por recursos de terceiro a curto prazo e os investimentos de caráter permanente serão cobertos por fundos de prazocompatível,
ou
seja, longo prazo.Esta política permite que a empresa equilibre os prazos de vencimentos de seus
empréstimos de curto prazo
com
as necessidades variáveis definanciamento do
seu ativo circulante.Um
riscoque
a empresa corre utilizando esta política é que ocorrendo oscilaçõessazonais
em
níveis mais significativos, aempresa
poderá encontrar dificuldades de captar recursos circulantesno
mercado, o que viria a prejudicar a sua liquidez.Ou
caso obtivesse,poderia ser
com
custo elevado, o quecomprometia
sua rentabilidade.Verifica-se
no
gráfico abaixo a política conciliadora, conformeMAT
HUR
(I984:72).Financiamento de curto prazo
I
tivo --circulante - i Financiamento Ativo .permanente . fixo $ 1 Í1 V _ rTempo
MARTHUR
(1984:72)b) Política conservadora -›
O
que
aborda esta política é que se deveria financiartodas as necessidades financeiras projetadas
com
recursos a longo prazo e se utilizar dell
O
risco émínimo
nesta política,em
razão de a empresanão
necessitar captarrecursos a curto prazo , a não ser para atender as necessidades financeiras inesperadas.
O
custo seria mais alto pelo fato de serem utilizados recursos de longo prazo,que
são geralmente mais onerosos, etambém
da ociosidade desses recursos, trazendoum
pequeno
retorno.
Esta política quase
não
é utilizada pelas empresas.Abaixo
encontra-seo gráfico
que
representa a política conservadora segundoMATHUR
(1984:73):Financiamento de curto prazo Títulos ., . I1€gOClaV€lS Ativo circ lante A i Financiamento Ativo permanente
fixo
VTempo
MARTHUR
(19s4z73)c) Política agressiva
-›
Nesta política a maior partedo
ativo circulante éfinanciada por recursos de curto prazo. Até
mesmo
uma
partedo
ativo circulantepermanente
é financiada
com
recursos de curto prazo.Adotando
esta política aempresa aumenta
a sua rentabilidade, pois grande partedo
ativo está financiadacom
recursos mais baratos.Mas,
a empresatambém
aumenta
seurisco pelo endividamento a curto prazo.
Abaixo gráfico
que representa esta políticatambém
Financiamento ___ de curto prazo z” Ativo ,zfcirculante zf' zf' -f - -f zf 4 Financiamento
Ativos Ativo permanente
permanentes f1X0
$
Tempo
MARTHUR
(l984:75)É
muito dificil determinar qual das políticas apresentada é a mais adequada.Se
asnecessidades de caixa, o regime de cobrança e os níveis de estoque
forem
conhecidoscom
precisão,
o
executivo saberia quanto investirem
capital de giro.Com
osfluxos
de caixa pode-se saber o melhor perfil de vencimento para os empréstimos de curto prazo.Mas com
fluxos
incertos, deve-se procurar o equilíbrio entrerisco e retorno. Para se ter
um
nível de segurança desejado, maior será a tendência afinanciamento
de longo prazo,mas
quando
se deseja maioresretomos
a busca é por recursosde curto prazo.
A
escolha deuma
política definanciamento
para o capital de giro deuma
empresa
vai depender de,
como
se deseja equilibrar o risco e retorno.2.4 Necessidade
Líquida de
Capitalde Giro
Segundo
FLEURIET
(1978: 14),“quando, no ciclo financeiro, as saídas de caixa ocorrem antes das entradas de
caixa, a operação da empresa cria
uma
necessidade de aplicação permanentede fundos, que se evidencia no balanço por
uma
diferença positiva entre o valordas contas cíclicas do ativo e das contas cíclicas do passivo. Denomina-se
13
As
contas cíclicasdo
ativo são duplicatas a receber, estoques de produtosacabados, estoque de produção
em
andamento, estoque de matérias-primas etc.As
contas cíclicasdo
passivo circulante são fornecedores de matéria prima, obrigações fiscais a recolher etc.As
contas cíclicasdo
ativo e passivo quefazem
parte da “Necessidade Líquida deCapital de Giro”, são
na
realidade operacionais, pois estão ligadas às operaçõesda
empresa.Então, as
modificações
queocorrem
como
a redução de crédito de fornecedores,aumento
deestoques, dentre outras, alteram a curto prazo sua necessidade líquida de capital de giro
da
empresa.
F
leuriet divide necessidade líquida de capital de giroem
positiva e negativa. _Ele afirma
que
a necessidade líquida de capital de giroquando
positiva vairefletir
uma
aplicação permanente de fundos, a qual provavelmente é financiadacom
fundospermanentes utilizados na empresa. Esses fundos permanentes utilizados pela
empresa
são provenientes das contas não cíclicasdo
passivo,que englobam
as contas do patrimôniolíquido e algumas contas..do exigívelalongo prazo._z. . _ ._¬z_z z z
Sobre a necessidade líquida de capital de giro negativa ele
afirma
que
acontecequando o
passivo cíclico toma-se maiordo que
o ativo cíclico, e constitui-seuma
fonte de fundos para a empresa.As
saídas de caixaocorrem
depois das entradas de caixa.O
núcleo de assistência gerencialda
associação comercial deSão
Paulo (1980:5),num
trabalho realizado sobre capital de giro lista alguns aspectosque
podem
aumentar
o
capital de giro e reduzir a sua necessidade: -
“-
Vendas
de itensdo
imobilizado;-
Vendas
de itensdo
realizável a longo prazo;-
Lucros não distribuídos;- Aumento
de capital por integralizaçãoem
dinheiro;-
Vendas
à vista;-
Vendas
a prazocom
prazos menores;-
Redução
dos níveis de estoques;-
Redução
de disponibilidades bancárias;-
Cobrança
eficiente de títulos;-
Racionalização da produção;-
Racionalização das compras”.Da
mesma
forma, outros aspectos quediminuem
o capital de giro eaumentam
a sua necessidade:“-
Compra
de itensdo
imobilizado à vistaou
à curto prazo;u
-
Imobilizações financeiras;-
Prejuízos;-
Distribuição de lucros;~
Vendas
à prazocom
prazos maiores;-
Ausência de vendas à vista;- Compras
à vista;- Compras
à prazocom
prazos menores;'
-
Ineficiênciana
cobranças de títulos;-
Níveis elevados de estoques;~
Ciclo de produção muito longo;-
Localização dos fomecedores (distante);-
Localização dos consumidores (distante);-
Prazo de entrega de matérias-primas mercadorias muito longo;-
Lay-outda
fábrica deficiente”. 'Para
melhor compreensão
da Necessidade de Capitalde
Giroque
aconteceem
15
i ‹-~-
NECESSIDADE
DE
*ATIVO
cicuco
PAss1Vo
cicuco
CAPITAL
DE
GIRO
a z I
/
FLEURIET
(1978:14)2.4.1 Fontes
de
financiamentoda
necessidade líquidade
capitalde
giroA
empresa pode
financiar sua necessidade líquida de capital de giro utilizandouma
dessas fontes de recursos: E-
Capital circulante próprio;-
Empréstimos
e financiamentos bancários de longo prazo;~
Empréstimo
bancários de culto prazo e duplicatas descontadas.Segundo
MATARAZZO
(1998:346), a figura abaixo demonstra a localização da Necessidade líquida de Capital de Giro.EsToQUEs
FORNECEDORES
DUPLICATAS
A
RECEBER
OUTROS
ATIVOS
CIRCULANTES
MATARAZZO
(l998:346)O
ativo circulante representa todo o investimentoem
giro.A
parte dos fomecedoresseria o
financiamento
automáticoem
giro que aempresa pode
contar.E
o espaço vazio vairepresentar os
financiamentos
que a empresa precisa obter para financiar a áreado
ativocirculante correspondente.
_. Nesta outra
figura
abaixo,também
deMATARAZZO
(1998:346), nos mostraoutras fontes de
financiamento
da Necessidade líquida de Capital de Giro.________I
I I I I I I I I I I I I I I I I I I I II I I I I I I I I I I I I I I I I I I __..
í__~
Dupl. Descont.‹___
, , Fontes deEmPf~ Ba“°a“°S
FINANCIAMENTO
I 1 | | 1 1 | | 1
l
| | | |I
U
§›Financiamentos I
NECESSIDADE
<__
Bancários deDE
Longo
PrazoCAPITAL
DE
GIRO
_________________ _-I
PATRIMÔNIO
ATIVO
LÍQUIDO
PERNIANENTE
MATARAZZO
(1998:346)A
figura acima
mostra as outras fontes definanciamento
da necessidade líquida decapital de giro
conforme
já comentadas, que são duplicatas descontadas, empréstimosbancários curto prazo,
financiamento
bancários de longo prazo e partedo
patrimônio líquidoque seria o capital próprio.
O
esquema
definanciamento
da necessidade de capital de giro que é apresentadoa seguir, criado por
MATARAZZO,
permite aempresa
análises horizontal e vertical, e assim17
PL
CCP
menos
RLP
CCL
mais+
AP
NCG
maisELP
EBCP
NCG
=
Necessidade Capital GiroCCL
=
Capital Circulante LíquidoEBCP
=
Empréstimos
Bancários Curto PrazoCCP
=
Capital Circulante PróprioELP
=
ExigívelLongo
PrazoPL
=
Patrimônio LíquidoAP
=
AtivoPermanente
RLP
=
RealizávelLongo
Prazo2.4.2
Relação da
variávelNLDCG
- NecessidadeLíquida de
Capitalde Giro
com
o CicloOperacional
Para
MATARAZZO
(1998:348), “Necessidade de Capital de Giro refleteo
montante de que a empresa necessita
tomar
para financiar o ativo circulanteem
decorrênciadas atividades de comprar, produzir e vender”.
Já é conhecido que para se ter
o
valor da variável necessidade líquida de capital degiro basta diminuir o saldo das contas
do
ativo cíclicodo
saldos das contasdo
passivo cíclico.Mas
estas contas são operacionais, então estão ligados ao ciclo operacional da empresa.E
tem
influenciado
também
nesta variável osPMRE,
PMPC
ePMRV.
EntãoMATARAZZO
apresenta outraforma
de se encontrar a variávelNLDCG
que está relacionada ao ciclo de caixa.NLDCG==
CC
xVd
+
A
NLDCG
=
Necessidade Líquida de Capital de GiroCC
=
Ciclo de CaixaVd
=
Vendas
diáriasA
=
Ajuste=
Outros Ativos Circulantes Operacionais - Outros PassivosCirculantes Operacionais,
como
saldos desses ativos e passivos¬ sãopequenos, então são usados
como
ajuste daNCG.
O
ciclo de caixapode
ser calculado assim:CC
=
PMRE
+
PMRV
-PMPC
PMRE
=
PrazoMédio
de Rotação dos EstoquesPMRV=
PrazoMédio
de recebimento das vendasPMPC
=
PrazoMédio
Pagamento
dasCompras
`
"
" *O
prazomédio
de"rotação'*dos estoquesem uma
empresa
comercial, significao
tempo médio
que a mercadoriapermanece
na empresa.E
na indústria significao
tempo
de produção e estocagem.O
prazomédio
de recebimento das vendas representa otempo médio
entre asvendas e
o
recebimento.O
prazomédio
depagamento
dascompras
é otempo médio
entre o recebimentodas
compras
feitas pelaempresa
e o seu pagamento.De
acordocom
MATARAZZO
(1998:324), os prazospodem
ser calculados daseguinte maneira:
PMRE
=
x360
CMV
E
=
Estoques `19
PMRV=
D??
x 360
DR=
DuplicatasReceber
V
=
Vendas
PMPC
=
Ê- x360
F
=
FornecedoresC
=
Compras
As
mudanças na
política de estocagem,na
política de crédito e na política decompras
irão produzir efeitos imediatos sobre ofluxo
de caixa.Por
isso chama-se a atenção para oacompanhamento
e avaliação da variávelem
estudo, pois, éum
verdadeiroleme da
situação financeira da empresa.
Durante as etapas
do
ciclo operacional serão agregados vários custos,como
mostra o
esquema
abaixo apresentado porSILVA
(l996:340):Compra
de Matéria-prima
Estocagem
de Matéria-prima
Transformação
de Matéria-prima
agregando: mão-de-obra
diretacomponentes
outros custos fixos
z
Estocagem
de produto
acabado
Venda
de produto acabado
Dentro deste
esquema
pode-se observar que a cada etapa cria-se a Necessidade deCapital de Giro para manter as operações da empresa.
No
primeiromomento
a empresapode
financiar parte do seu giro
com
capital dos fornecedores, até a ocorrênciado
pagamento
das2.5 Análise
da
NecessidadeLíquida de
Capitalde Giro
Na
realidade, dentrodo
ciclo operacional daempresa
existe váriospequenos
ciclos, e cada
um
deles necessita deum
nível diferente de financiamento necessário.Estes pequenos ciclos
não
correspondem a determinados diasdo
calendário e simservem
para base de cálculo da Necessidade de Capital de Giro,que
paraMATARAZZO
édenominado
de Ciclo de Caixa Equivalente.Segundo
MATARAZZO
(1998:352) “Para o cálculo desse Ciclo de Caixa Equivalente deve-se converter os três prazos,PMRE,
PMRV,
PMPC,
auma
basecomum,
afim
de poder somá-los e subtraí-lossem
incorrerem
imprecisões”.O
normalmente
efetuado é utilizar a baseadequada
pelas vendas, então teremos oPMRE
ePMPC
equivalentes,ou
seja, convertidos a base das vendas.MATARAZZO
mostra os cálculos decomo
efetuar as conversões:PMREeq
=
%
CE
x
360-Fi~
V
CMV
O
PrazoMédio
deRenovação
de Estoque será multiplicado pelo percentual decustos de mercadorias vendidas sobre as vendas.
PMPceq
=
%
É
x
3605
V
C
O
PrazoMédio
dePagamento
dasCompras
será multiplicado pela percentagem decompras
sobre vendas.Assim,
MATARAZZO
apresenta a fórmulado
Ciclo de Caixa Equivalente:Cceq
=
PMREeq
+
PMRV
-
1›M1>Req
Onde, a Necessidade de Capital de Giro
pode
ser calculada da seguinte forma:NLDCG
=
CCeq
x
Vd
+
A
Onde:
NLDCG=
Necessidade Líquida de Capital de GiroCCeq
=
Ciclo de Caixa EquivalenteVd
=
Vendas
Diarias21
Através destes cálculos a empresa poderá fazer análises das operações, verificando
se está tendo resultados satisfatórios de acordo
com
os seus objetivos.Além
do modelo
definanciamento
de capital de giro apresentado,que
permiteanálises horizontal e vertical
da
empresa,MATARAZZO
apresenta outromodelo
daorigem
da necessidade de capital de giro,
onde
também
sepode
fazer análises:+
_.í._
CMC
V
X
PMRE
X
_
.í
A
~2
-v
X
+
. zPMPCI
+
`Para
OLINQUEVITCH
eSANTI
(1987 13 1),“A
variávelNLDCG
- NecessidadeLíquida de Capital de Giro constitui-se na principal determinante da situação financeira das
empresas.
O
seu valor revela o nível de recursos necessários para manter o giro dos negócios”. Portanto, é necessárioum
acompanhamento
euma
análise da necessidade líquidade capital de giro da empresa para saber-se da real situação financeira.
Como
visto anteriormente, a reclassificaçãodo
ativo circulante edo
passivo circulante sãonecessárias,
como afirmam
OLINQUEVITCH
eSANTI
as contas quefazem
parteda
variávelem
estudotem
relaçãocom
o nível de atividades da empresa.Assim, se estas contas
tem
relaçãocom
as atividades daempresa
pode-serelacionar a variável
em
estudoNLDCG-
Necessidade Líquida de Capitalde
Girocom
asvendas brutas que proporcionaram
um
parâmetro que vai indicar as necessidades de capitaispara o giro dos negócios e suas dimensões
em
relação ao nível de atividades.OLINQUEVITCH
E
SANT
Idefinem
este parâmetrocomo
ciclo financeiro,que pode
ser representado assim:Ciclo financeiro
=
x n° diasdo
período*Vendas
brutasNLDCG
=
ACC
-PCC
ACC
=
Ativo Circulante CíclicoPCC
=
Passivo Circulante CíclicoDeste
modo
pode
se obter osnúmeros
de dias das vendasque
a empresa destinaao financiamento das necessidades de capital de giro. Para ficar mais claro,
em uma
empresa
o
resultado desta fórmulaacima
apresentada será interpretado:Como
onúmero
de diasque
aempresa
destina seu faturamento para financiar as necessidades de recursos.OLINQUEVITCH
eSANTI
afirmam
quepodemos
desmembrar
o ciclo financeiroda seguinte maneira:
Hx
360:~x
360+ Estoque +360+ desp. antecipadas x360_ Fornecedores x360_~
x 360Vendas Vendas Vendas Vendas Vendas Vendas
Decompondo
o ciclo financeiro por contasque fazem
parte da variávelNLDCG-
necessidade líquida de capital de giro tem-se
uma
melhor
maneira de se fazer a análiseda
situaçao
econômico
financeirada
empresa.Para se aprofundar ainda mais na análise,
OLINQUEVITCH
eSANTI
afirmam
que não são apenas parâmetros financeiros que
detenninam
o ciclo financeiro,mas
também
fatores econômicos;
Por
isso pode-se fazerdesmembramentos
de cada conta quecompõem
ociclo financeiro,
OLINQUEVITCH
eSANTI
apresentam odesmembramento
dealgumas
dascontas
que
pertencem ao ciclo financeiro:`
Período a que se refere o volume das vendas brutas, exemplo vendas anuais período de 360 dias, vendas mensais
23
A
conta Estoques,que
dividida por vendas brutas e multiplicadapor 360
vairesultar
em
estoquesem
dias de vendas,pode
ainda serdesmembradas
em
dois componentes:ç
Estoques
_
Estoques
x
CMV
Vendas
brutasCMV
Vendas
brutas1) Divide-se a conta Estoques pelo
CMV
-
Custo das MercadoriasVendidas
emultiplica-se pelo
número
de diasdo
período da demonstração de resultados,tem
se o valordo
prazomédio
dos estoques2) Dividindo o
CMV
pelas vendas brutas vai indicar acomposição
dos custos.Nos
estoqueso
fator financeiro serámedido
pelo prazoem
que
os estoquespermanecem
na empresa
e o fatoreconômico
pelacomposição
dos custos.A
conta Duplicatas a Receber dividida pelas vendas brutas e multiplicadapor 360
resultará
no
prazomédio
de recebimentos e poderá serdesmembrada
também
em
doiscomponentes:
Duplicatas receber
_
Duplicatas receberx
Vendas
aprazo
Vendas
brutasVendas
aprazo
Vendas
brutas1) Duplicatas a Receber dividida pelas vendas a prazo e multiplicada pelo
número
de dias
do
período da demonstração de resultados, resultaráno
prazomédio
de vendas.2)
Vendas
a prazo por vendas brutas indica o percentual de vendas a prazo. Parao
analista externo
que
não tenha a informaçaodo
valor das vendas a prazo, considera se todasas vendas
da empresa
a prazo.A
conta fornecedores dividida por vendas brutas e multiplicada por360
tem-seo
conceito fornecedoresem
dias de vendas e sedesmembra
em
dois componentes:Fornecedores
_
Fornecedores
x
Compras
Vendas
brutasCompras
Vendas
brutas1) Fornecedores dividida por
compras
e multiplicado pelos diasda
demonstraçãode resultados resulta
no
prazomédio
decompras
2)
Compras
dividido por vendas brutas indica 0 percentual dascompras da
empresa
em
relação às suas vendas.Obrigações fiscais dividida por vendas brutas e multiplicada por
360
forneceo conceito de obrigações fiscais
em
dias de vendas epode
serdesmembrada
em
doiscomponentes:
Obrigações
fiscaisObrigações
fiscaisx
Imposto
faturadoVendas
brutasImposto
faturadoVendas
brutas1) Obrigações fiscais divida por imposto faturado que multiplicado pelos dias
da
demonstração de resultado,
fomece
o prazomédio
de recolhimento de impostos.2) Imposto faturado dividido pelas vendas brutas indica a parcela de impostos
incidentes nas vendas embutida
no
faturamento das empresas.Além
destesexemplos
de contasdesmembradas,
outrastambém
podem
serdesmembradas
como
despesas antecipadas e obrigações trabalhista.A
conta despesas antecipadas dividida por vendas brutas resultano
conceito dedespesas antecipadas
em
dias de vendas, epode
serdesmembrada
assim:Despesas
antecipadas_
Despesas
antecipadasX
Despesas
operacionaisVendas
brutasDespesas
operacionaisVendas
brutas1) Despesas antecipadas dividida por despesas operacionais,
onde
serão excluídasdas despesas operacionais as receitas e
ou
despesas financeiras, expressa o percentual degastos
que
são incorridos antecipadamente.2) Despesas operacionais dividido por vendas brutas expressa o quanto das vendas
está
comprometido
com
despesas decorrentes das operações.Em
quase toda a totalidade das empresas, apresentamem
seus balanços as contassalários a pagar e encargos sociais a recolher, que
OLINQUEVI
lCH
eSANTI
denominaram
de obrigaçoes trabalhistas.
Obrigações trabalhistas dividida por vendas brutas e multiplicado por
360
resultano
conceito de obrigações trabalhistasem
dias de vendas.E
pode
serdesmembrado
da25
Custo de
pessoalObrigações
trabalhistas _,_Obrigações
trabalhistasX
inclusive encargos..Vendas
brutasCusto de
pessoalVendas
brutasinclusive encargos
1) Obrigações trabalhistas dividida pelo custo de pessoal inclusive encargos
multiplicado pelos dias da demonstração de resultados expressa o prazo
médio
depagamento
das obrigações trabalhistas.2) Custo de pessoal inclusive encargos dividido pelas vendas brutas expressa a
composição
dos custos de pessoalem
relação ao faturamento da empresa.Com
adecomposição do
ciclo financeiro tem-seum
diagnóstico mais minuciosodo comportamento
da variávelNLDCG
-
necessidade líquida de capital de giroOs
problemas de administração financeira de curto prazoque
serefletem
nas contas quecompõem
estavariável
podem
ser visualizados, nos efeitos que causa aofluxo
de
caixa.Como
problemasdecorrentes
no
atrasos dos recebimentosou modificação
na política de crédito; reduçãoda
margem
brutada
rentabilidade eou
superestocagem; redução nos prazos decompras
ou
atrasos nos
pagamentos
a fornecedores; atrasos nos recolhimentos dos impostos eno
pagamento
e recolhimento das obrigações trabalhistas.2.6 Saldo
de Tesouraria
O
saldode
tesouraria éum
ponto importante a se ressaltar.Conforme
Fleuriet(l978:21)
demonstrado
anteriormente, dentro das contasdo
ativo circulante pode-se dividirem
ativo cíclico e ativo errático e as contasdo
passivo circulante divide-seem
passivo cíclicoe passivo errático.
Fazem
partedo
ativo errático as contas caixa, bancos, aplicações financeiras,outros créditos a receber etc... e
do
passivo errático as contas duplicatas descontadas,empréstimos bancários de curto prazo, instituiçoes financeiras, provisao para IR, outras contas a pagar etc...
O
saldo de tesouraria é a diferença destas contas.Através
da figura
a seguir apresentada porFLEURIET
(1978:21),o
saldo detesouraria representa
um
valor residual que corresponde à diferença entreo
capitalde
giro eaem
~EMPRÉSTIMOS
TEsoURAR1A
____...íf
0. »“.'. .vs ;;.f.¿-. ‹ lCAPITAL
_
__DE
GIRO
pE'
;;;;§;§ '-,'›.,'| 'úzr r .__________v444444_______<.PASSIVO
PERMANENTE
ATIVO
PERMANENTE
FLEURIET
(1978:21)Se
a empresa não possuir capital de giro suficiente para cobrir sua necessidade decapital de giro então
FLEURIET
afirma
que
o saldo de tesourariada empresa
será negativo, ese
pode
observar este fatoquando
o saldodo
passivo errático for maior queo
ativo errático,ou
seja,quando o
saldo das contas caixa, bancos, aplicações financeiras etc,não
for suficientepara cobrir os
compromissos
expressos nas contas empréstimo, provisão paraRduplicatas
descontadas, etc indicandoque
aempresa
financia sua necessidade de capital de giro e atémesmo
partedo
ativo permanentecom
fundos de curto prazo, tendocomo
conseqüênciaaumento do
risco de insolvência.OLINQUEVITCH
eSANTI
afirmam
que a existência de saldos negativos nestavariável
não
quer dizer que aempresa
estejacom
uma
situação financeira apertada, pois aempresa
pode
apresentar tesouraria negativacom
saldo alto na conta adiantamento de clienteou
na conta provisão de fériasou
13 salário e isto não indicauma
situação financeira diñcil.O
que se deve prestar atenção é na proporção da tesouraria negativaem
relação a27
Quando
a empresa possuir'um
saldo de tesouraria positivo quer dizerque
ascontas
do
ativo erráticotem
um
saldo superior asdo
passivo errático,ou
seja, as contasdo
ativo circulante que
fazem
parteda
variável tesouraria transforma-se-àem
disponívelmais
do
que suficiente para liquidar as contas
do
passivo circulanteque
também
fazem
parte destavariável.
É
importante ressaltar que se a empresa possuirum
saldo de tesouraria elevadonão
demonstra que ela estejabem,
mas
que
elapode
estar deixando o dinheiro ocioso eperdendo oportunidades de investimentos. Talvez sim, seja o
momento
de se avaliar os planose estratégias da
empresa
para que ela possa alcançar melhores resultados, pois é esteo
objetivo de toda a empresa.
Segundo
OLINQUEVITCH
eSANTI
(1993:41), “a situaçãoda empresa
seráverdadeiramente superavitária
quando
a referida folga expressarsaldo de aplicações financeirasou
de outros ativos de elevada liquidez eadequada
remuneração”.ESTUDO
DE CASO
No
capítulo precedente, foi desenvolvidoum
estudo sobre o capital de giro e anecessidade líquida de capital de giro. Neste capítulo será feito
um
estudo de caso daempresa
INDIL
- Industrialização e Distribuição de ProdutosBovinos
Ltda,onde
será analisada suanecessidade líquida de capital de giro. _
3.1 Histórico
INDIL
-
Industrialização e Distribuição de ProdutosBovinos
Ltda foi fundadaem
1976
como
abatedouro de bovinos.Os
bovinoseram
trazidosdo
Mato
Grossodo
Sul eø
Paraná.
Hoje
aempresa
também
importacame
da Argentina.A
INDIL
abate cerca de duas mil cabeças aomês
ecompra
mil carcaças resfriadasque equivalem a
1000
bovinos. Totalizandouma
média
devenda
de três mil bovinos ao mês. Produz-se charquesembalados
a vácuo, lingüiças etambém
cortes de bovinos a vácuo.A
empresa
acredita que a partir de Julho de 1999 tende a ocupar posição de destaquedo mercado
nacional, poiscom
a proibição de desossa nos açougues vai diminuira comercialização das
cames
não inspecionadas.Nos
últimos anos a empresavem
sofrendo muitocom
a inadimplência de seusclientes, até
mesmo
os mais antigos. Trazendocomo
conseqüênciaum
aumento
da necessidade29
Quando
aeconomia
estava estável aempresa
procuravacomo
forma
definanciamento
do seu capital de giro a importação decame,
com
prazo depagamento
para60
dias
vendendo
seu produtocom
prazo de recebimentoem
45 dias.Outras formas de
financiamento
de capital de giro que a empresa utiliza são:-
Desconto
de cheques-
Desconto
de duplicatas-
Empréstimos
bancárioscom
garantia real- Cheque
especialPraticamente seguindo esta
ordem
e,segundo
o administrador financeiroda
empresa, evitando ao
máximo
utilizar o cheque especialque
seria aopção
mais cara.A
INDIL
tem
como
controledo
seu capitalum
fluxo
de caixa diário,como
também
todoum
sistema de controle informatizado de contas a pagar, contas a receber,estoque e
também
toda a contabilidade informatizada.3.2 Análise Horizontal e Vertical
do
Ativo Circulante eNão
Circulante e Passivo Circulante eNão
Circulanteda
Empresa
INDIL
-
Industrialização e Distribuiçãode
Produtos Bovinos
Ltda.g (s
M1L)
1996
AH
1997
AH
1998
AH
Ativo circulante 2.783 1
00%
3.634130,57%
3.602129,42%
Ativo não circulante 2.883
100%
3.263113,18%
4.580140,63%
Ativo total 5.666
100%
6.897121,72%
8.182144,40%
Passivo circulante 1.619
100%
2.183134,83%
1.51093,26%
Passivo não circulante 4.047100%
4.714116,48%
6.672164,86%
5.666
($
MIL)
1996
AV
1997
AV
1998
AV
Ativo circulante 2.783
40,12%
3.63452,69%
3.60244,02%
Ativo
não
circulante 2.88350,88%
3.26347,31%
4.58055,98%
Ativo total 5.666
100%
6.897
100%
.8.182100%
Passivo circulante 1.619
28,57%
2.18331,65%
1.51018,46%
Passivo não circulante 4.047
71,43%
4.714
68,35%
6.67281,54%
Passivo total 5 .
666
100%
6.897100%
8.182100%
Todas
asempresas
almejam
uma
boa
rentabilidademas
também
um
grau de liquidez suficiente paramanter
o giro dos negócios.Com
a análise horizontaldo
período de 1996-
1998 o ativo circulante teveum
crescimento de 29,42%,mas
o
ativo não circulante teveum
crescimento de40,63%
demonstrando que a empresa neste período investiu maisem
ativosnão
circulantes.O
passivo circulante daempresa
nestemesmo
período, teveum
decréscimo de6,74%
e o passivo não circulanteum
aumento
expressivo de 64,86%.A
empresa
INDIL
-
Industrialização e Distribuição de ProdutosBovinos Ltda
neste período fez investimentos de longo prazo, provavelmente buscando maior rentabilidade.Com
a análise vertical confirma-seuma
parcela maior de ativo não circulantedo
que de ativo circulante
em
relação ao ativo totalda
empresa.O
mesmo
acontececom
o
êšš~HEEE
Egg
A8: as 5:E
Haga
ššša }EHHEBEBE
~HHHE
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É
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HEEE
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U
HERE
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Om°&N=flm.=mã_u€_ _|_ QWQHÊEH Rg Okmw 01 _NwmQflu Qu 0_vfl_vmmmOU0z wa OWQNÊNNV m_mObservações:
1 - Valores absolutos
(R$
mil)2 -
Todos
os n°foram
arredondados3 - Simbologia:
EX
=
ExercícioVL
=
ValorAH
=
Análise horizontalCMV/V
=
Custo mercadoria sobre vendasC/V =
Compras
sobre vendas4 -
Os
.cálculos estãono
anexo3.3.1
Comentários
sobre asCausas
das Variaçõesda
Necessidadede
Capitalde Giro
A
empresa
INDIL
no
período de 1996 à 1998 apresentouum
aumento
de41%
da
necessidade de capital de giro.Um
dos motivos desteaumento
é provavelmente a administração dos seus prazos.O PMPC
-
PrazoMédio
dePagamento
dasCompras
é muitomenor
que o
PMRV-
PrazoMédio
deRecebimento
dasVendas
que trazcomo
conseqüência a diminuiçãodo
capitalde
giro
aumentando
sua necessidade.Também
apresentou neste períodouma
ligeiraqueda no
percentual dos custos dosprodutos vendidos
em
relação as vendas, que ajudou a diminuir o investimentoem
estoque ereduzir o
PMREeq
-
PrazoMédio
deRenovação
de Estoque Equivalente para17%.
Esta
vantagem
praticamente foi anulada pela quedano
percentual de compras/vendas queprovocou
reduçãono
PMPCeq
- PrazoMédio
dePagamento
dasCompras
Equivalente, perdendo aí partedo
financiamentocom
que contavano
ano de 1996.Com
esta análisepode
se verificarum
descompasso
daempresa
na administraçãoVALORES
DAS
VARIÁVEIS
DA
EMPRESA
1Nn1L
_
1996
-1998
1996
2.006.598,0544
_(842.904,51)ANO
N
LDCG
vCF
T
1997 2.553.895,8134
(1.103.297,99) 1998 2.719.254,8844
(626.661,76)~/
NLDCG
=
Necessidade líquida de capital de girof
T
=
Tesouraria\/
CF
=
Ciclo financeiroW
Os
Valores das Variáveis estãoem
R$
\/ ciclo financeiro
em
dias\/ Cálculos estão
em
anexo
1›EcoMPoS1ÇÃo
Do
c1cLo F1NANcEIRo
1996
1997
1998
«ÊÊ-*Ê
X 360
=
7 7 5Vendas
~x360z
4132
33Vendas
Despesas anteclpadasX 360
_
-
0,2 0,1 0,1Vendas
Imposto recuperadoX
360
_
-
04
O 5 0 4Vendas
° ” ” Outras contasX
360
_
~
3 1 3Vendas
Fomecedores
X
360
_
~
7 6 3Vendas
Salano pagarX 360
_
~
0,8 5 0,4Vendas
TOTAL
CF
44
34
44
OBS.:
*Em
dias * Cálculosem
anexoDESMEMBRAMENTOS
DAS
CONTAS
DO
CICLO FINANCEIRO
1996
1997
1998
7 7 5 9 9 7_Eâ¶\£_
X 060
Vendas
brutas Estoque-2
x 360
CMV
__C_1Vl_
X 360
Vendas
brutas Duphcatas receberX
360
77%
75%
75%
4132
38
Vendas
brutas Duplicatas receberX
360
4132
38Vendas
prazo AEI1<1*1S__r>flX660
1 1 1Vendas
brutas 0Efl_1¶e=9s>§,6660
7 6 3Vendas
brutas~×3óo
9 11 4Compras
_C<m&
X 660
Vendas
brutasOBS.:
* Cálculosem
anexo80%
55%
60%
3.4 Análise
da
INDIL
-
Industrialização e Distribuiçãode Produtos Bovinos
Ltda.Analisando a
NLDCG
-
Necessidade Liquida de Capital de Giro da empresa,em
termos reais, verifica-seum
aumento
considerávelno
período de 1996-1998.Tendo
a variávelum
valor positivo, o ativo circulante foi maior que o passivocirculante, tendo a empresa que procurar fontes de recursos para financiar a necessidade de
capital de giro.
Verificando
o saldo de tesourariacom
resultado negativo nos três anos, significaque a