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As alterações na capacidade motora, flexibilidade, após um programa de intervenção escolar em jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 21 anos

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

VERSÃO FINAL

Relatório de Estágio

“As alterações na capacidade motora, flexibilidade, após

um programa de intervenção escolar em jovens com idades

compreendidas entre os 13 e os 21 anos”

Mestrando: Mélanie Magalhães

Orientador: José Ferreirinha

Coorientador: João Varejão

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório de Estágio

“As alterações na capacidade motora, flexibilidade, após um programa

de intervenção escolar em jovens com idades compreendidas entre os

13 e os 21 anos”

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP

– ECHS,

como requisito para a obtenção do grau de Mestre em

Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do

artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de

Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação do

Professor José Ferreirinha e João Varejão.

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i

A

GRADECIMENTOS

Ao Professor supervisor José Ferreirinha pelo auxílio e supervisão ao longo de todo o ano, assim como pela ajuda na escolha do tema para o projeto de investigação e no tratamento estatístico dos respetivos dados.

Ao Professor orientador João Varejão pelo exemplo de profissionalismo e conhecimento, pelo auxílio e paciência em ajudar-me a identificar os erros e desta forma melhorar, bem como por toda a colaboração face às dificuldades sentidas durante o Estágio. Um grande obrigado pela ajuda no desenvolvimento da nossa autonomia profissional.

Aos meus colegas estagiários Mário Guedes, Nuno Queirós e Verónica Gonçalves pelo apoio e entreajuda ao longo do ano de Estágio, mas um especial agradecimento à Verónica Gonçalves por todo o carinho, amizade, companheirismo, dedicação e ajuda ao longo desta grande etapa.

A todos os professores que tive oportunidade de conhecer e aprender com eles, durante todo o processo de ensino-aprendizagem e que me inspiraram, de certa forma, para seguir a área da docência.

Aos meus pais e irmã por todo o apoio, dedicação e forte motivação para a continuação dos meus estudos, pois sem vocês, nada disto seria possível.

Á minha madrinha Lúcia Barroso e prima Stéphanie Magalhães pelo apoio e força na luta pelo alcance dos meus objetivos, bem como por toda a disponibilidade em ajudar-me no que fosse necessário.

Aos meus amigos e colegas que me acompanharam durante a vida académica, um muito obrigado por esta partilha de experiências e vivências, e pela amizade, que de certo modo marcará a vida de todos para sempre.

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ii

Í

NDICE AGRADECIMENTOS ... i ÍNDICE ... ii ÍNDICE DE TABELAS ... iv ÍNDICE DE ABREVIATURAS ... v RESUMO ... 1 INTRODUÇÃO ... 2

PARTE1.–RELATÓRIO DE ESTÁGIO ... 4

1. TAREFAS DE ESTÁGIO DE ENSINO APRENDIZAGEM ... 5

1.1. Unidades Didáticas ... 5

1.2. Planos de Aula... 9

1.3. Prática de Ensino Supervisionada ... 10

1.3.1. Instrumentos ... 10

1.3.2. Procedimentos ... 10

1.3.3. Relatório e Avaliação ... 11

1.4. Dança na Escola ... 13

2. TAREFAS DE ESTÁGIO DE RELAÇÃO ESCOLA-MEIO ... 13

2.1.Estudo de Turma ... 13

2.1.1. Instrumentos ... 14

2.1.2. Procedimentos ... 14

2.1.3. Relatório e Conclusões ... 14

2.2. Atividades na Escola ... 15

3. TAREFAS DE ESTÁGIO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE ... 16

3.1. Ação de Formação ... 16

3.1.1. Tema desenvolvido ... 16

3.1.2. Estratégias de Apresentação ... 17

3.1.3. Relatório ... 17

4. Bibliografia ... 18

PARTE 2. – ESTUDO DESENVOLVIDO ... 20

RESUMO ... 21

ABSTRAT ... 22

INTRODUÇÃO ... 23

(6)

iii

1.1. Participantes ... 26

1.2. Instrumentos ... 26

1.3. Procedimentos ... 26

1.4. Tratamento dos dados ... 26

2. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 27

3. CONCLUSÕES... 29

4. BIBLIOGRAFIA ... 29

(7)

iv

Í

NDICE DE

T

ABELAS

Tabela 1- Ficha de Registo anedótica em ordem ao tempo (Aranha, 2007). ... 10 Tabela 2- Critérios de Avaliação (Aranha, 2008). ... 12 Tabela 3- Ficha de Registo (Aranha, 2008)... 12 Tabela 4- Estatística descritiva de todas as variáveis observadas no pré e pós-teste e valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao 8º Ano... 27 Tabela 5- Estatística descritiva de todas as variáveis observadas no pré e pós-teste e valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao 11º Ano. ... 27 Tabela 6- Análise da significância das diferenças observadas entre os grupos (8º e 11º ano) através do teste de KrusKall Wallis. ... 28

(8)

v

Í

NDICE DE

A

BREVIATURAS

(9)

1

R

ESUMO

O presente Relatório de Estágio tem como finalidade explorar as atividades desenvolvidas ao longo do processo de Estágio, decorrido no ano letivo 2012/2013, no âmbito do 2º ano do Ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O Estágio é o último degrau da formação inicial que nos prepara para a longa viagem da profissão da docência. Neste contexto, as atividades desenvolvidas consistiram, nomeadamente: na prática de ensino supervisionada – onde fui responsável por todas as atividades, planeamento, realização e avaliação do ensino, em duas turmas; elaboração do estudo de turma – com o intuito de perceber o tipo de relação existente entre os alunos; atividades da Escola – Corta-Mato Escolar, Torneio de Tênis de Mesa, Torneio de Basquetebol (“Compal Air”), Caminha à Senhora da Graça (Encontros de Basto), Desporto Escolar, Bastinhos Escola Clube de Andebol e Clube de Teatro Educação para a Saúde; ação de formação/estudo desenvolvido – realização de um estudo científico sobre o efeito da aplicação de um programa de intervenção escolar, no desenvolvimento da capacidade motora flexibilidade, em jovens com idades compreendidas entre os 13 e 21 anos.

O Estágio revelou-se, de facto, o momento para pôr em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do percurso académico e um ponto determinante na minha formação, enquanto futura professora. Todavia, este não deve ser visto como o ponto final da minha formação, mas sim como o início de um longo trajeto de crescimento profissional.

(10)

2

I

NTRODUÇÃO

O presente relatório insere-se no âmbito da unidade curricular Estágio, do 2º Ano de Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A elaboração deste relatório de estágio é o culminar de todo um trabalho realizado ao longo do ano letivo de 2012/2013 na Escola Básica e Secundária de Celorico de Basto. Desta forma, o Estágio Pedagógico teve a supervisão e a orientação do Professor José Ferreirinha e do Professor João Varejão.

O Estágio é um espaço pertinente para a construção significativa do processo de formação de professores. Fomenta a construção de conhecimentos, a aquisição de saberes e promove uma atualização de informação.

Segundo Oliveira, Aguiar, Petroni e Silva (2005), o estágio supervisionado é definido como um processo de transição profissional, que procura ligar duas lógicas (educação e trabalho) e que proporciona ao estudante a oportunidade de demonstrar conhecimentos e habilidades adquiridos, treinar as competências que já detém sob supervisão de um profissional da área, ou seja, orientado para a construção do exercício profissional, onde lhe é dado a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos nas diversas disciplinas do Curso.

De acordo com Ildefonso (2013), um dos principais objetivos do estágio e da supervisão é transformar um estagiário inexperiente num profissional auto-reflexivo, capaz de se confrontar com as suas escolhas e ações e de optar pelas melhores soluções, no sentido de ultrapassar as dificuldades com que se depara.

O estágio é visto não só como um momento em que os alunos podem refletir sobre a prática pedagógica, mas também como uma oportunidade de realizar uma síntese dos conteúdos das matérias de ensino, das teorias de aprendizagem e das experiências pessoais. Este é um processo de reflexão-ação-reflexão, que ultrapassa a experiência restrita do momento da aula (Oliveira et al., 2005; Barbieri e Krug, 2011). Este relatório encontra-se dividido em duas partes. A primeira parte é relativa ao Relatório de Estágio e está organizada da seguinte forma: Introdução; Tarefas de Estágio de Ensino Aprendizagem; Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio; Tarefas de Estágio de Extensão à Comunidade e Bibliografia. A segunda parte refere-se ao Estudo Derefere-senvolvido, As alterações na capacidade motora, flexibilidade, após

um programa de intervenção escolar em jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 21 anos, que está organizado nos seguintes pontos: Resumo; Introdução;

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3 Metodologia; Apresentação e Discussão dos Resultados; Conclusões; Bibliografia e por último, Anexos.

(12)

4

(13)

5

1. T

AREFAS DE

E

STÁGIO DE

E

NSINO

A

PRENDIZAGEM

1.1.

Unidades Didáticas

Segundo Aranha (2004), a primeira decisão do professor passa pela seleção dos objetivos para posteriormente planear a atividade pedagógica, através dos programas ou da elaboração das unidades didáticas. O planeamento das aulas tem de ser organizado e avaliado constantemente, de forma a perceber se existe coerência na tomada dessas opções.

A unidade didática (U.D.) é referente a uma modalidade ou atividade física correspondente a cada bloco ou conjunto de aulas dessa mesma modalidade/atividade física. As aulas correspondem ao que foi previamente planeado na U.D. e constituem uma sequência lógica e contínua, de forma a assegurar a realização dos objetivos pré-definidos (Aranha, 2004).

A elaboração das U.D. surgiu como uma necessidade de adaptar o processo de ensino-aprendizagem às necessidades e especificidades de ambas as turmas com que trabalhei, nomeadamente: 10º ano - Curso Profissional de Técnico de Restauração e Bar; e 11º ano - Curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente. A caracterização da população alvo era o primeiro ponto da U.D. Outro objetivo era analisar diferentes tipos de condicionantes, tais como: os recursos humanos, espaciais, materiais e temporais, assim como a avaliação diagnóstica e o programa profissional de Educação Física, de forma a criar uma ferramenta prática de utilização.

Inicialmente era feita uma pesquisa relativamente à modalidade em questão, no que diz respeito à história, regras, conteúdos específicos, exercícios e, posteriormente, era feita uma análise, tendo em consideração os resultados obtidos na avaliação diagnóstica, de forma a adaptar os conteúdos da modalidade às caraterísticas e nível da turma, assim como aos recursos disponíveis.

Os objetivos foram estabelecidos tendo em consideração três domínios, nomeadamente: o sócio-afetivo; o cognitivo e o psicomotor (objetivos comportamentais terminais).

Os conteúdos foram distribuídos de acordo com o número de aulas disponíveis para a respetiva modalidade ou atividade física e referenciados numa tabela de estruturação e sequencialização de conteúdos, face às dificuldades dos alunos e de forma a promover a igualdade de sucesso nas aprendizagens.

A planificação das unidades didáticas contemplou ainda a definição de momentos e estratégias de avaliação, respeitando as orientações da Área Curricular de Educação Física.

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6 O processo de ensino-aprendizagem era controlado por três momentos de avaliação, nomeadamente: a avaliação diagnóstica – obtida inicialmente; a avaliação formativa – obtida em todas as aulas; e a avaliação sumativa – obtida no final (Aranha, 2004).

Portanto, como foi referido anteriormente, a unidade didática foi fulcral para nos guiar antecipadamente no processo pedagógico, tendo em conta as características da turma relativamente à modalidade em questão. Desta forma, forneceu aos professores e alunos a informação das distintas etapas, do processo de ensino-aprendizagem, de forma a cumprir os objetivos e conteúdos da respetiva modalidade numa sequência lógica e contínua.

No que se refere às U.D. abordadas ao longo do ano, como é normal, em algumas tive um melhor desempenho comparativamente com outras.

No início do ano comecei a lecionar a modalidade de Futebol com o 10º ano (Curso Profissional de Restauração e Bar). Esta era sem dúvida uma das modalidades onde eu me sentia menos à vontade e temia que o ensino não funcionasse como desejado. Para além desta dificuldade, havia ainda uma agravante, a turma era constituída maioritariamente por raparigas, cujo interesse e empenho pela modalidade era quase nulo, salvo raras exceções. Portanto, foi sem dúvida um desafio trabalhar com eles no sentido de os ajudar a superar as dificuldades e motivá-los para levar as coisas avante.

Após terminar a lecionação da modalidade de Futebol, passou-se para a Ginástica. Nesta, os alunos mostraram logo imensas dificuldades, era também uma modalidade pouco apreciada por estes e o número de aulas disponível era bastante reduzido. Assim, optei por dividir os diferentes conteúdos por aulas, ou seja, uma aula para o solo e duas para os restantes aparelhos, de maneira a permitir que tivessem mais tempo para consolidar os conteúdos, através de mais exercícios com progressões pedagógicas. Esta estratégia resultou, pois ajudou-os a melhorar em alguns conteúdos de menor complexidade, como por exemplo os rolamentos mas, por outro lado, não resultou muito bem nos conteúdos de maior, onde a principal dificuldade estava na ligação da corrida de balanço com a chamada. Estes requeriam sem dúvida uma abordagem mais exaustiva, visto a maioria dos alunos nunca os ter executado.

Posteriormente, foi abordada a modalidade de Patinagem, onde a escassez de material era uma realidade e, por esse motivo, decidi diminuir o número de aulas. Os alunos demonstraram muitas dificuldades, pois a maior parte nunca tinha tido contacto com a Patinagem. Desta forma, a estratégia utilizada foi dispor os alunos em grupos de dois para se ajudarem mutuamente e escolher exercícios com progressões

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7 pedagógicas para promover a sua evolução. Tal como referi anteriormente, dei a oportunidade aos alunos de realizarem os exercícios a pares caso necessitassem de ajuda para “deslizar”. Aqueles que se sentiam mais à vontade fariam sozinhos e o seu par faria reforço muscular até à minha chamada para trocarem de funções. Apesar de esta não ser uma modalidade muito apreciada inicialmente pelos alunos, com o avançar das aulas mostraram-se cada vez mais interessados e dispostos para a prática.

Depois passou-se para a Dança, onde a vertente abordada foi a Aeróbica. Através da avaliação diagnóstica pude constatar que quase nenhum aluno a tinha praticado, metade da turma tinha-la como modalidade preferida, enquanto a outra metade não. Os alunos ao longo desta U.D. foram evoluindo progressivamente e, ao contrário do que seria de esperar, mostraram-se empenhados e motivados, tanto que no final da mesma conseguiram apresentar coreografias criadas por eles.

De seguida, foi lecionado o módulo de Atividades Físicas-Contexto e Saúde, onde diversas atividades desportivas foram abordadas em cada aula, com o objetivo de promover o contato dos alunos com diferentes modalidades, nomeadamente o yoga, karaté, dança, aeróbica, ginástica localizada e o desenvolvimento das capacidades motoras. Ao longo da U.D., os alunos mostraram-se motivados e disponíveis para a prática.

Por último, foi lecionado o módulo de Aptidão Física durante uma atividade pertencente aos Encontros de Basto, mais propriamente numa caminhada. Esta atividade ia de encontro aos objetivos do módulo. Os alunos mostraram-se empenhados com a exceção de duas alunas que não participaram.

Em relação à turma de 11º ano (Curso Profissional de Gestão do Ambiente), comecei com Ginástica, uma modalidade onde já estava mais à vontade para lecionar, pois para além de estar mais motivada, também dominava melhor. Os alunos mostraram-se empenhados, interessados e motivados, o que ajudou sem dúvida o processo de ensino-aprendizagem.

Finda a lecionação da modalidade de Ginástica, dei início à modalidade de Voleibol, onde os alunos mostraram, através da avaliação diagnóstica, ter muitas dificuldades na sustentação da bola no ar e desconheciam algumas das regras do jogo. Desta forma, optei por realizar em todas as aulas exercícios em grupos de dois e no final das aulas jogo formal, para melhorarem os gestos técnicos. Mantive exercícios a pares nos aquecimentos, de passe e manchete, pois são os elementos base do jogo para a sustentação da bola no ar e, com o avançar das aulas, os alunos no geral mostraram uma melhoria.

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8 Posteriormente foi abordada a modalidade de Patinagem onde pude verificar, através da avaliação diagnóstica, que a maioria dos alunos nunca tinha tido contacto com a Patinagem e dessa forma sentiam imensas dificuldades na realização dos respetivos conteúdos. Metade dos alunos, “à priori”, gostava da modalidade e outra metade não. Optei pela realização de exercícios com progressões pedagógicas, exercícios em circuito para aumentar o tempo de atividade motora e dei a oportunidade de realizarem os exercícios a pares, caso necessitassem de ajuda para “deslizar”. Aqueles que se sentiam mais a vontade fariam sozinhos e o seu par faria reforço muscular até à minha chamada para trocarem de funções. Em suma, os alunos, apesar de não se empenharem ao máximo, conseguiram evoluir ao longo das aulas.

De seguida foi lecionado o módulo de Dança, que me deu imenso prazer abordar e é uma das modalidades onde me sinto completamente à vontade. Ao contrário do 10º Ano, em que a vertente lecionada foi a Aeróbica, no 11º Ano, como os conteúdos programáticos também eram diferentes, optei por dar um estilo das Danças Sociais, nomeadamente o Chá-chá-chá e uma aula onde dei uma coreografia de dança. Através do estudo de turma pude ter conhecimento que metade da turma tinha a modalidade como uma das preferidas e a outra metade não. Na avaliação diagnóstica pude constatar que quase nenhum dos alunos tinha dançado o Chá-chá-chá. As minhas estratégias mostraram-se adequadas e muito eficazes, pois contribuíram para uma evolução notória dos alunos, para o aumento do tempo de atividade motora, bem como para o desenvolvimento dos níveis de motivação e predisposição para a prática, permitindo que alguns começassem a gostar de Dança. As estratégias quanto ao Chá-chá-chá foram as seguintes: para a aquisição de todos os conteúdos, separei a turma numa fila apenas de rapazes e outra de raparigas, frente a frente, para permitir que aprendessem respetivamente o passo correspondente ao seu género; após apreenderem os passos juntavam-se em pares (homem, mulher) para a realização dos passos básicos com uma sequência pré-definida por mim; para a avaliação tiveram de se juntar em pares, de forma a criar uma sequência diferente da que eu lhes tinha dado; optei também por dar uma aula para a roda do casino, pois era uma forma de dançarem com toda a gente, visto que a troca de pares era constante. Quanto à aula da coreografia de dança, a estratégia adotada foi pegarem em alguns dos passos utilizados e criarem outros novos, de forma a apresentar no final do módulo uma nova coreografia como avaliação.

Por último, foi lecionado o módulo de Atividades Físicas - Contexto e Saúde, que se inseriu numa atividade pertencente aos Encontros de Basto, mais propriamente

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9 numa caminhada. Esta atividade ia de encontro com os objetivos do módulo. Os alunos mostraram-se empenhados com a exceção de uma aluna que não participou.

1.2. Planos de Aula

No âmbito de cada aula foi elaborado previamente um plano de aula que contemplava a identificação da Escola, do professor (estagiário), a data e hora da aula, o tempo horário, ano, turma, o total de aulas já lecionadas, o número total de aulas a lecionar naquela U.D., os objetivos específicos da aula, a função didática, os conteúdos que fazem parte da aula e os objetivos operacionais, de acordo com os objetivos específicos (Aranha, 2004).

As regras de conduta foram aplicadas em todas aulas, aproveitando o facto de ter modalidades coletivas para impô-las ao mesmo tempo durante o jogo.

No final de todas as aulas foi realizado um balanço de aula a relatar os aspetos que correram bem e/ou menos bem, se houve dificuldades, se as estratégias adotadas eram as mais adequadas e o que alterávamos. Este é um processo que segundo Leite (2010), constitui um suporte para o reajustamento na planificação das próximas aulas, visto que permite tirar conclusões de forma a tomar melhores decisões na planificação futura, na organização do ensino e na minha intervenção pedagógica.

A dita planificação foi elaborada de forma a ir ao encontro com as expectativas da turma, ou seja, criar situações que desafiassem e motivassem os alunos para despertar um interesse geral e, assim, aumentar o tempo de atividade motora e aprendizagem, promovendo ao mesmo tempo a igualdade de sucesso, tendo em conta as dificuldades específicas dos alunos. Outro aspeto que também foi tido em conta e vai ao encontro daquilo que foi dito anteriormente é que, pelo facto de estarem a realizar algo que os motiva, isto levará a uma diminuição do número de situações de comportamentos desviantes e fora da tarefa. Esta planificação procurou respeitar a sequência de conteúdos delineada na U.D., assim como a evolução dos alunos, no sentido de atuar em conformidade com este aspeto também e tendo em conta os objetivos definidos.

Um aspeto importante a salientar relativamente aos planos de aula é que este não era um documento obrigatório para cumprir forçosamente, pois se os exercícios não estivessem adequados e a funcionar, era preferível dar privilégio a outros, no sentido de promover as aprendizagens dos alunos, visto que nem todas as estratégias são corretas nem erradas, mas sim corretamente aplicáveis.

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10

1.3.

Prática de Ensino Supervisionada

1.3.1. Instrumentos

Tabela 1- Ficha de Registo anedótica em ordem ao tempo (Aranha, 2007).

Tempo Acontecimentos (descrição)

0’00’

De acordo com Aranha (2007) esta ficha de registo refere-se à recolha de informação de forma sistemática dos acontecimentos, previstos ou não, que vão acontecendo e que se devem anotar. Esta recolha de informação tem como objectivo obter o maior número possível de informação, que irá funcionar como suporte nas decisões tomadas no momento de classificação e avaliação dos parâmetros a seguir apresentados. O registo é em ordem ao tempo para saber quanto tempo durou cada acontecimento descrito.

1.3.2. Procedimentos

Segundo Aranha (2007), a prática de ensino supervisionada refere-se à recolha de informação de forma sistemática, relativamente as ocorrências imprevistas que vão acontecendo e vamos anotando. Esta recolha de informação é feita então com o objetivo de obter o maior número possível de informação, que posteriormente irá funcionar como suporte para respetiva avaliação/classificação, tendo em consideração 10 parâmetros descritos de seguida. Por ser em ordem ao tempo, permite-nos saber quanto durou cada um dos acontecimentos descritos.

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11

1.3.3. Relatório e Avaliação

Como referi anteriormente, para a avaliação e classificação de cada estagiário observado, de acordo com Aranha (2008), temos de ter em consideração os 10 parâmetros de avaliação, abaixo descritos:

 1º Parâmetro – Introdução da Aula: informa os alunos, de forma clara e sem perda de tempo, das regras de segurança e normas a cumprir, dos objetivos e conteúdos da aula e relaciona-os com aulas anteriores da U.D., sem se observar dispersão dos alunos;

 2º Parâmetro – Mobilização dos alunos para as atividades: intervém de forma sistemática e correta com os alunos, de modo a ajudar na superação das capacidades das tarefas propostas e incentivando-os ao mesmo tempo.  3º Parâmetro – Organização, controlo e segurança das atividades: organiza

a aula de maneira a garantir a segurança, cumprindo os objetivos definidos, circulando e posicionando-se no espaço de aula de forma correta, intervindo sistematicamente na execução dos alunos e ajudando-os a eliminar fatores perturbadores de eficácia da aula.

 4º Parâmetro – Gestão dos recursos: cumpre os objetivos da aula adaptando-os oportunamente aos imprevistos, tendo em vista o aumento do tempo de atividade motora e gere o tempo de aula entre os períodos de instrução/demonstração, organização e transição, do material e dos grupos constituídos.

 5º Parâmetro – Instrução/Introdução das atividades: explica e demonstra as tarefas de forma oportuna e recorre, quando necessário, a alguns alunos e/ou auxiliares de ensino, para ajudar na transmissão de matéria e economizando o tempo.

 6º Parâmetro – Regulação das atividades: intervém de forma sistemática e eficaz às ações dos alunos durante as tarefas propostas, corrigindo, estimulando e estruturando o seu comportamento, mantendo os níveis de motivação e empenho elevados.

 7º Parâmetro – Linguagem utilizada: utiliza uma linguagem clara e acessível à compreensão de todos, utilizando termos técnicos adequadamente.

 8º Parâmetro – Sequência da aula: aula contínua, coerente, sem quebras de intensidade e com tarefas adequadas às dificuldades dos alunos.

 9º Parâmetro – Conclusão da aula: finaliza a aula de forma tranquila, realiza um balanço de aula dando o feedback do desempenho dos alunos e faz extensão de conteúdos para a próxima aula.

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12  10º Parâmetro – Concordância com o plano/adaptabilidade na aula: a aula decorre normalmente como estava prevista no plano de aula e, perante situações imprevistas, integra novas estratégias, adaptando-se ao contexto sem perder os objetivos definidos e o essencial da aula.

Tendo em conta estes 10 parâmetros, é feita uma avaliação/classificação utilizando uma escala de 0 a 3 pontos, tendo em consideração os critérios de avaliação ilustrados na tabela 2.

Tabela 2- Critérios de Avaliação (Aranha, 2008).

A aplicar em cada parâmetro. 0 pontos Não executa.

1 ponto Executa de modo genérico, inconsistente, inoportunamente, inconsciente, com perda de tempo e insegurança.

2 pontos Executa adequadamente com consistência, oportunidade, consciente, sem perda de tempo e seguro.

3 pontos Executa de modo excelente, sistemático, consistente, oportuno, consciente, sem perda de tempo e seguro.

Devido à especificidade desta tarefa, bem como à sua ponderação na classificação final do estagiário, nesta avaliação pode atribuir-se qualquer pontuação entre uma unidade e outra sempre que o estagiário se encontre numa fase de transição, ou seja, ultrapasse o ponto anterior mas não complete o seguinte.

Posteriormente, foi atribuído uma nota (0 a 3 pontos) relativamente a cada parâmetro registado na tabela 3, onde o total de pontos será convertido numa nota de 0 a 20 valores, de acordo com a tabela de prática de ensino supervisionada.

Tabela 3- Ficha de Registo (Aranha, 2008).

Parâmetros Pontos 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º

(21)

13 8º 9º 10º Total pontos

1.4.

Dança na Escola

A Dança é sem dúvida a modalidade onde me sinto mais à vontade, visto ser aquela em que tenho mais domínio. Por esta mesma razão, a minha intervenção pedagógica neste âmbito estaria facilitada. Porém, as duas turmas onde a lecionei não eram de todo turmas fáceis.

Em ambas as turmas os alunos no geral não se mostravam muito empenhados. Desta forma, não criei grandes expetativas inicialmente, pois sabia de antemão que muitos elementos não estavam muito motivados e previa que as coisas não fossem funcionar como eu desejava.

Contudo, as coisas acabaram por funcionar e até superam as minhas expetativas, pois no final conseguiram apresentar coreografias interessantes. Numa das turmas, a vertente lecionada foi a Aeróbica, enquanto na outra optei pelas Danças Sociais (Chá-chá-chá) e uma coreografia de Dança. Os alunos trabalharam em equipa, envolveram-se de forma empenhada nas tarefas, mostraram-se motivados e até consegui que quem não gostava de Dança, passasse a gostar.

Em suma, a Dança acabou por despertar os alunos para a prática e permitir que estes se envolvessem de uma forma que não manifestaram em qualquer outra das modalidades. Poderá ter sido pelo facto de eu dominar mais esta área e estar mais motivada para a mesma, permitindo obter resultados tão positivos.

2. T

AREFAS DE

E

STÁGIO DE

R

ELAÇÃO

E

SCOLA

-M

EIO

2.1.

Estudo de Turma

O objetivo do Estudo de Turma é ajudar o professor a conhecer melhor os seus alunos relativamente às relações que estabelecem uns com os outros, o clima da turma, os respetivos hábitos alimentares e, por outro lado, contribui para detetar possíveis casos mais problemáticos de discriminação. Rodrigues e Ferreira (1998) afirmam que este estudo de turma proporciona a identificação de estratégias para os problemas que tenham sido detetados, permite compreender melhor as atitudes e

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14 comportamentos da turma e contribui para a dinamizar a participação de todos nas atividades de ensino.

2.1.1. Instrumentos

O Estudo de Turma foi realizado através da aplicação de um questionário individual e de outro questionário sociométrico.

A avaliação dos dados pertinentes para as conclusões pedagógicas conta com 7 aspetos, tais como: Caracterização da turma; Saúde/Hábitos de Higiene; Rotina diária; Nutrição; Vida escolar e Disciplina de Educação Física.

2.1.2. Procedimentos

Os questionários foram preenchidos no dia 26 de setembro, início do primeiro Período, na aula de Educação Física. Desta aula foram retirados dez minutos, no início da mesma, para o preenchimento dos inquéritos. Os alunos foram informados relativamente aos objetivos do estudo, do caráter sigiloso dos dados e da importância da veracidade das respostas.

2.1.3. Relatório e Conclusões

O estudo de turma permite ter uma maior noção relativamente aos focos de atenção que, de certa forma, possam influenciar o processo ensino-aprendizagem, de maneira a que se possa planear, organizar e orientar o controlo (avaliação) da aprendizagem que se pretende alcançar. Sendo assim, este permite-nos criar estratégias pedagógicas para intervir da melhor formar em relação à nossa população-alvo.

O objetivo fundamental é então ajudar na intervenção pedagógica. Portanto, as estratégias adotadas passaram pela formação de grupos heterogéneos e homogéneos, no caso de haver rejeição de géneros; aos alunos com problemas de saúde foi dada uma atenção especial, por isso a intensidade dos exercícios foi controlada nesse sentido; nas modalidades preferidas dos alunos, as aulas tiveram muita atividade motora e foram motivadoras e diferentes para não diminuir as expetativas dos alunos; os alunos menos motivados foram mais incentivados; foi feita uma sensibilização dos alunos quanto aos cuidados que devem ter ao nível da higiene e nutrição, no sentido de criarem hábitos de vida saudáveis e gosto pela prática desportiva.

(23)

15 Em suma, o objetivo fundamental do estudo de turma é conhecer os alunos, de modo a dinamizar a sua participação nas atividades de ensino. Este estudo da turma proporcionou a identificação de estratégias para os problemas que foram detetados.

2.2. Atividades na Escola

Ao longo do ano foram realizadas várias atividades no seio da comunidade educativa, desenvolvidas pela nossa área disciplinar, onde participamos de forma ativa. A nossa função passou por ajudar e colaborar na organização desses mesmos eventos.

O objetivo das atividades passou por promover o convívio desportivo entre os alunos; contribuir para o conhecimento e respeito de regras; desenvolver o Fair-Play; combater o abandono escolar e promover o sucesso escolar; proporcionar aos alunos atitudes e estilos de vida saudáveis; combater o sedentarismo; contribuir para que os alunos adquiram o gosto pelo atletismo, basquetebol, tênis de mesa e pelas atividades ao ar livre; ocupar os tempos livres com atividades desportivas, ou seja, fomentar nos alunos o gosto pela prática de atividades físicas e desportivas. Quanto a mim, estas atividades permitiram desenvolver e testar as minhas competências ao nível organizacional.

A minha função durante o Corta-Mato Escolar, no Torneio de Tênis de Mesa, Torneio de Basquetebol (“Compal Air”) e Caminhada à Senhora da Graça (Encontros de Basto) centrou-se no apoio e colaboração para o desenrolar das respetivas atividades. De salientar ainda que por trás destas atividades existe uma etapa, na qual o trabalho é ainda mais exigente que as próprias atividades em si. O planeamento e organização dos recursos logísticos e humanos requerem sem dúvida uma particular atenção, para que posteriormente as coisas possam funcionar e ter o esperado sucesso. No entanto, nem sempre uma planificação cuidada é sinónima de sucesso garantido.

Conforme referi anteriormente, a minha participação no corta-mato escolar centrou-se na organização da atividade, nomeadamente, na distribuição dos dorsais nas mesas do secretariado, na divulgação da atividade através de cartazes promocionais, no aquecimento dos atletas participantes através de uma coreografia e na distribuição dos lanches. Relativamente ao ténis de mesa, ao torneio do “Compal air” e à Caminhada à Senhora da Graça (atividade desenvolvida no âmbito dos Encontros de Basto), a minha função passou por assegurar e controlar as atividades, bem como a divulgação dos eventos.

(24)

16 O Desporto Escolar foi outra das atividades onde participei ao longo do ano, nomeadamente no auxílio da lecionação dos treinos e na gestão dos recursos materiais.

Quanto ao Bastinhos Escola Clube de Andebol, a minha ação centrou-se essencialmente no auxílio da lecionação dos treinos, no registo das presenças dos atletas, na elaboração dos sumários e na gestão dos recursos matérias e logísticos.

Outra atividade desenvolvida ao longo do ano foi a participação direta no Clube de Teatro Educação para a Saúde, com início em outubro de 2012 e término em maio 2013. O Clube de Teatro foi desenvolvido numa turma do 8º Ano pertencente à Escola Básica e Secundária de Celorico de Basto, cujo tema era a obesidade e anorexia, dois dos problemas que atormentam a vida dos nossos adolescentes. A minha participação centrou-se essencialmente na elaboração de coreografias e respetivo treino das mesmas com os alunos, para a posterior apresentação da peça de teatro no final do ano letivo. Esta atividade deu-me um gozo especial e foi sem dúvida de grande importância, pois ajudou-me a crescer profissionalmente e também permitiu que vivenciasse novas experiências.

Este tipo de eventos/atividades são fundamentais para dinamizar a Escola e dar a oportunidade aos alunos para participarem e ficarem motivados, assim como para promover maiores proximidades na relação entre professor-aluno e entre os discentes. Foi notório o clima de convívio saudável, envolvência, entusiasmo, espírito de partilha, bem como o comportamento exemplar que a maior parte dos alunos assumiu e marcou de certa forma pela positiva.

A principal ilação que retiro através da participação em todas estas atividades é que tudo se consegue, mas para isso é necessário muito esforço, dedicação, persistência e principalmente trabalho em equipa.

3. T

AREFAS DE

E

STÁGIO DE

E

XTENSÃO À

C

OMUNIDADE

3.1. Ação de Formação

3.1.1. Tema desenvolvido

As aulas de Educação Física dispensam pouco tempo para o treino específico das capacidades motoras, de forma a criar adaptações significativas nos alunos. A preocupação central foca-se essencialmente no seguimento do programa, de forma a abordar todas as modalidades propostas em vez de se preocuparem também com o

(25)

17 desenvolvimento das capacidades motoras a longo prazo. Portanto, o estado de condição física dos alunos não evolui apenas pela insuficiente frequência de estímulos (poucas horas semanais de aula), mas também pela insuficiente especificidade dos estímulos, ou seja, tempo dedicado especificamente ao treino de uma ou outra capacidade.

A Educação Física tem como objetivo proporcionar níveis adequados de aptidão física aos seus educandos (Coledam, Arruda e Oliveira, 2012). Portanto, a ação do exercício, bem como a prática correta de exercícios direcionados podem agir de maneira positiva em relação ao grau de flexibilidade de um indivíduo, como também a falta de exercícios pode contribuir para o encurtamento muscular, ou falta de flexibilidade (Maio, Silva, Silva e Elicker, 2011). Assim, torna-se fulcral o treino de flexibilidade a partir da infância, para que não haja perda e se possa garantir uma boa elasticidade na vida adulta (Rassilan e Guerra, 2006).

Atualmente, o baixo nível de aptidão física é apontado como um dos fatores relacionados com o aparecimento de problemas de saúde em idade cada vez mais precoce (Orsano, Lopes, Andrade e Prestes, 2011; Rodrigues, 2000). Desta forma, torna-se indispensável o seu desenvolvimento, pois permite uma maior mobilidade nas atividades diárias e desportivas, diminui o risco de lesões, favorece o aumento da qualidade e quantidade de movimentos e uma melhoria da postura corporal (Badaro, Silva e Beche, 2007; Conceição et al., 2008).

Surgiu então a ideia de tentar perceber se um programa de treino (no meio escolar, durante um determinado espaço de tempo) provocaria melhorias ao nível da capacidade motora flexibilidade.

3.1.2. Estratégias de Apresentação

Algumas das estratégias passaram por criar uma apresentação apelativa com um fundo que tornasse o texto perceptível. Várias imagens foram utilizadas de forma a tornar a apresentação mais atrativa e houve o recurso a esquemas e organogramas com o objetivo de organizar e simplificar a perceção da informação.

O discurso durante a preleção foi claro, de forma pausada e audível, utilizei uma linguagem cuidada e acessível à compreensão de todos, evitei ler o slide e preferi explicar por palavras minhas para, de certa forma, criar empatia com o público e não tentei fixar o olhar em alguém especificamente, mas sim olhar para todos em geral.

(26)

18 A ação de formação foi uma forma de desenvolvermos uma investigação e termos uma maior noção relativamente ao tema desenvolvido. Outro aspeto a salientar é que o meu tema foi ao encontro de outros estudos apresentados no Congresso.

De acordo com o que é apresentado pela literatura, a Flexibilidade parece diminuir com o avançar da idade. A Flexibilidade deve ser trabalhada desde a infância na Educação Física, pois são notórios os benefícios que acarreta, para além de melhorar a qualidade de vida e promover uma maior autonomia na vida adulta.

4.

Bibliografia

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(27)

19

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obtenção do grau de Mestre em Ensino da Educação Física nos Ensinos

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Humano, 5 (1).

 Tirloni, A., Belchior, A., Carvalho, P., Reis, F. (2008). Efeito de diferentes tempos de alongamento na flexibilidade da musculatura posterior da coxa.

(28)

20

(29)

21

As alterações na capacidade motora, flexibilidade, após um programa de

intervenção escolar em jovens com idades compreendidas entre os 13 e

os 21 anos

R

ESUMO

Este estudo investigou o efeito de um programa de exercícios na flexibilidade em contexto escolar de 38 alunos com idades compreendidas entre os 13 e 21 anos, pertencentes a uma turma do 8º ano e a outra turma do 11º ano. Ambos os grupos foram submetidos a um programa de exercícios de flexibilidade (10 minutos) durante as aulas de Educação Física com duração de 10 semanas. O 8º ano com dois estímulos semanais e o 11º ano com apenas um. Foi avaliado o peso e a estatura e realizado o teste “sentar e alcançar” no início e após o término do programa. As diferenças entre pré e pós-teste em cada um dos grupos foram analisadas através do teste de Wilcoxon e as diferenças entre grupos através do teste de Kruskal Wallis, com o nível de significância de p <0.05. Concluiu-se que a flexibilidade diminui com o avançar da idade e são necessários pelo menos dois estímulos semanais para provocar um aumento significativo no desenvolvimento da flexibilidade. Desta forma, apenas se verificou um aumento significativo da capacidade de flexibilidade no 8º ano.

(30)

22

Changes in motor skills, flexibility, after an intervention program in school

youth aged 13 to 21 years

A

BSTRAT

This study investigated the result of a flexibility exercise schedule, in school context, of 38 students aged between 13 and 21, belonging to an 8th grade class and to an 11th grade class. Both groups were submitted to a flexibility exercise schedule (of 10 minutes) during the Physical Education classes for 10 weeks. The 8th grade class was given two weekly stimuli and the 11th grade class was given only one weekly stimuli. The weight and the height were properly calculated and the test “sit and reach” was executed in the beginning and in the end of the schedule. The differences between pre and after-test in each group were analyzed through the test of Wilcoxon and the differences between the groups were analyzed through the test Kruskal Wallis, with a level of significance of p<0.05. It was concluded that with the aging process it is necessary at least two weekly stimuli to promote a significant increase in the development of flexibility. Therefore, only the 8th grade class demonstrated a significant increase of the flexibility capacity.

(31)

23

I

NTRODUÇÃO

É consensual a ideia de que o tempo destinado à Educação Física é insuficiente para criar adaptações significativas nas capacidades motoras dos alunos. A preocupação central foca-se essencialmente no seguimento do programa, de forma a abordar todas as modalidades propostas em vez de se preocuparem também com o desenvolvimento das capacidades motoras a longo prazo. A Educação Física tem como objetivo proporcionar níveis adequados de aptidão física aos seus educandos (Coledam, Arruda e Oliveira, 2012). Portanto, a ação do exercício, bem como a prática correta de exercícios direcionados podem agir de maneira positiva em relação ao grau de flexibilidade de um indivíduo, como também a falta de exercícios pode contribuir para o encurtamento muscular, ou falta de flexibilidade (Maio, Silva, Silva e Elicker, 2011). Segundo Tirloni, Belchior, Carvalho e Reis (2008), o encurtamento é caracterizado pela perda da extensibilidade dos tecidos moles (músculos, tecido conetivo e pele), ou seja, redução parcial do comprimento de uma unidade músculo tendinosa saudável, resultando numa limitação na mobilidade articular.

Importantes características da saúde e performance são melhoradas na infância como resultado de atividades físicas. A flexibilidade é o único requisito motor que atinge o seu auge na infância, até os 10 anos, piorando posteriormente se não for devidamente trabalhada. Por esta razão, torna-se fulcral o treino de flexibilidade a partir da infância para que não haja perda e se possa garantir uma boa elasticidade na vida adulta (Rassilan e Guerra, 2006).

Segundo Silva e Martins (2010), a flexibilidade é uma qualidade física responsável pela realização voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de provocar lesões. O seu desenvolvimento parece atuar positivamente sobre a saúde e melhoria da qualidade de vida (Silva, Santos e Oliveira, 2006). Atualmente, o baixo nível de aptidão física é apontado como um dos fatores relacionados ao aparecimento de problemas de saúde em idade cada vez mais precoce (Orsano, Lopes, Andrade e Prestes, 2011; Rodrigues, 2000). Desta forma, torna-se indispensável o seu desenvolvimento, pois permite uma maior mobilidade nas atividades diárias e desportivas, diminui o risco de lesões, favorece o aumento da qualidade e quantidade de movimentos e uma melhoria da postura corporal (Badaro, Silva e Beche, 2007; Conceição et al., 2008).

Silva (2003) refere que a flexibilidade diminui com o aumento da idade e o período da puberdade é onde se verifica maior diminuição dos graus de flexibilidade.

(32)

24 Ulbrich et al. (2007) retratam que há um aumento da flexibilidade para as meninas e a diminuição para os meninos com o avanço do período pubertário. No entanto, a diminuição da flexibilidade observada nos meninos pode ocorrer antes mesmo do pico da velocidade de crescimento, estabilizando-se logo após esse período.

Nos fatores que mais favorecem a redução dos níveis de amplitude articular destaca-se o envelhecimento, devido às mudanças músculo-esqueléticas e fisiológicas relacionadas com a idade (Badaro et al., 2007). Minatto, Ribeiro, Junior e Santos (2010) acrescentam que fatores endógenos, tais como o género, a idade, o somatótipo e a individualidade biológica, influenciam a flexibilidade.

Portanto, a flexibilidade até à puberdade diminui, aumentando posteriormente até atingir o topo, voltando a diminuir na idade adulta (Minatto et al., 2010). Existe assim um gradual declínio de valores equivalentes com diminuição apenas aquando da puberdade, ou mesmo aumento da flexibilidade durante o processo de crescimento (Farinatti, Nóbrega e Araújo, 1998).

Quanto ao género, as mulheres possuem maior flexibilidade comparativamente com os homens (Minatto et al., 2010).

Esta não se apresenta de modo uniforme nas diferentes articulações e nos movimentos corporais, sendo comum que num determinado indivíduo a sua amplitude máxima seja boa para determinados movimentos e limitada para outros, representando o que se convencionou denominar especificidade da flexibilidade (Araújo, 2008).

Segundo Maio et al. (2011), a fase púbere caracteriza-se pelo fenómeno chamado “pico do crescimento”, em que nas raparigas se inicia por volta dos 9 anos e nos rapazes aos 11 anos. Este pico de crescimento dura em média quatro anos e meio, tem continuidade na adolescência e no final deste pico o crescimento dá-se a um ritmo bem mais lento.

Neste seguimento, Badaro et al. (2007) afirmam que a faixa etária onde se verificam melhores resultados no treino da flexibilidade é entre os 10 e 16 anos, apesar da melhor mobilidade de algumas articulações corresponder a uma idade mais avançada.

Assim sendo, uma das tarefas a realizar para mudar os comportamentos e hábitos de risco que afetam a saúde do indivíduo é incrementar a atividade física e o exercício regular na vida das pessoas. Neste sentido, urge educar a população para a saúde, encorajando-a e preparando-a para que inclua atividade física no seu quotidiano (Vasconcelos e Maia, 2001).

Segundo Coledam et al. (2012), a verificação da eficácia de programas de intervenção realizados durante as aulas de Educação Física escolar pode auxiliar os

(33)

25 professores de Educação Física a planearem as suas aulas, com o objetivo de melhorar o desempenho motor dos seus alunos.

Assim, torna-se importante perceber se um programa de treino (no meio escolar, durante um determinado espaço de tempo) poderá provocar melhorias ao nível da capacidade motora, flexibilidade.

Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar se os estímulos semanais de 10 minutos do treino de flexibilidade são suficientes para desenvolver a capacidade motora flexibilidade, no 8º e 11º anos de escolaridade.

(34)

26

1. M

ETODOLOGIA

1.1.

Participantes

A amostra foi constituída por 38 alunos com idades compreendidas entre os 13 e 21 anos, pertencentes a uma turma do 8º ano e a outra do 11º ano (Curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente), da Escola Básica e Secundária de Celorico de Basto.

1.2.

Instrumentos

Para a avaliação do peso foi utilizada uma balança digital Biocomfort Modell:

BS205. Os alunos estavam descalços, com apenas uma peça de roupa no tronco e

outra nas pernas. Para a estatura foi utilizada uma fita métrica fixa a uma parede, sendo que os alunos estavam descalços e a adotar uma postura ereta.

Por último, a flexibilidade foi avaliada através do teste sentar e alcançar modificado, de acordo com o protocolo proposto por Hopkins e Hoeger (1992).

1.3.

Procedimentos

A avaliação do peso e estatura e o teste “sentar e alcançar” foi realizada no pré e pós-teste (1ª e última sessões do programa, respetivamente).

O programa de intervenção teve a duração de 10 semanas, tendo sido os alunos do 8º ano sujeitos a dois estímulos semanais e os do 11º ano apenas a um estímulo semanal de 10 minutos, dedicados ao desenvolvimento desta capacidade.

Os programas de treino da flexibilidade foram realizados com os alunos agrupados dois a dois, mantendo duas vezes cada posição, no limite da dor (desconforto), durante 15”. Enquanto um executava, o outro controlava ou ajudava. Os programas de treino 1 e 2, constituídos por cinco exercícios de flexibilidade estática e passiva cada um, foram intercalados em cada aula.

1.4.

Tratamento dos dados

A análise dos dados foi tratada no software estatístico SPSS, versão 20.0 (Statistical Package for the Social Sciences) para Windows.

Na análise descritiva foi efetuada a caracterização dos dados através da média, desvio-padrão, valores máximos e mínimos. Na estatística inferencial, para

(35)

27 análise da significância das diferenças observadas entre pré e pós-teste em cada um dos grupos, utilizamos o teste não paramétrico de Wilcoxon e para as diferenças entre grupos o teste de Kruskal Wallis. Para a observação das correlações entre as diversas variáveis em estudo recorreremos ao coeficiente de correlação “rho” de Spearman. O nível de significância selecionado para todos os testes foi de p <0.05.

2. A

PRESENTAÇÃO E

D

ISCUSSÃO DOS

R

ESULTADOS

A caracterização dos dados obtidos é apresentada na Tabela 4 (8º ano) e na Tabela 5 (11º ano). Conforme se pode observar e no que diz respeito ao 8º ano, observamos que as diferenças entre pré e pós-teste, no teste de Flexibilidade, são significativas (p=0,001). No entanto, no 11º ano o mesmo não se verifica, isto é, as diferenças entre pré e pós-teste no teste da mesma capacidade não são significativas.

Tabela 4- Estatística descritiva de todas as variáveis observadas no pré e pós-teste e

valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao 8º Ano.

a

- Wilcoxon teste

* - Diferença significativa para p ≤ 0,05

Tabela 5- Estatística descritiva de todas as variáveis observadas no pré e pós-teste e

valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao 11º Ano.

a

- Wilcoxon teste

* - Diferença significativa para p ≤ 0,05

A Tabela 6 ilustra a significância das diferenças observadas entre grupos (8º e 11º ano) através do teste KrusKall Wallis. O que se verifica então é que as variáveis peso e flexibilidade no pós-teste são significativas.

Variável Média Desv.

Padrão Min Máx p a Altura 1,63 0,07 1,53 1,78 n/a Peso Pré 54,37 11,98 37,50 80,80 n/a Pós 54,37 11,98 37,50 80,80 Flexibilidade Pré 26,06 4,67 14,00 34,00 0,001* Pós 29,83 5,04 20,30 38,70

Variável Média Desv.

Padrão Min Máx p a Altura 1,68 0,08 1,54 1,80 n/a Peso Pré 63,80 13,11 38,50 91,20 n/a Pós 63,80 13,11 38,50 91,20 Flexibilidade Pré 21,90 7,65 7,00 35,00 0,074 Pós 24,33 7,67 11,70 38,30

(36)

28

Tabela 6- Análise da significância das diferenças observadas entre os grupos (8º e 11º

ano) através do teste de KrusKall Wallis.

Variável Pb Peso 0,024* Altura 0,064 Flexibilidade Pré 0,336 Pós 0,022* b

- KrusKall Wallis teste

* - Diferença significativa para p ≤ 0,05

Por último, e analisada a correlação entre todas as variáveis, observamos que apenas no 11º ano há uma associação entre a altura e a flexibilidade no pré-teste (r= 0,455; p= 0,034) e entre o peso e a mesma capacidade também no pré-teste (r= 0,756; p= 0,000).

Este estudo teve como objetivo analisar se os estímulos semanais de 10 minutos de treino eram suficientes para desenvolver a capacidade motora flexibilidade no 8º e 11º anos de escolaridade.

O que se constata é que o desenvolvimento da flexibilidade apenas teve um aumento significativo no 8º ano. O facto do 8º ano ter tido dois estímulos semanais e o 11º ano apenas um parece ter influência, ou seja, os nossos resultados sugerem que pelo menos dois estímulos semanais são suficientes para provocar um aumento significativo no desenvolvimento da flexibilidade. No entanto, um estímulo parece já não ter influência significativa, apesar dos valores terem melhorado do pré-teste para o pós-teste.

Um dos fatores que parece ter tido influência negativa nos resultados do 11º ano é o facto te ter havido uma interrupção de 4 semanas no seu plano de treino. Portanto, os dados também podem sugerir que o aumento da flexibilidade não foi tão notório nesse grupo por não ter havido intervenção durante todo esse tempo.

Apesar das circunstâncias especiais acima referidas, os resultados no teste de flexibilidade do presente estudo corroboram outros estudos que demonstram piores resultados com o aumento da idade (Silva, 2003; Rassilan e Guerra, 2006).

Desta forma, evidencia-se a possibilidade de aumentar a flexibilidade de crianças por meio de pequenas modificações nas aulas de Educação Física escolar (Minatto et al., 2010) pois, tal como demonstrado no presente estudo, dois estímulos semanais parecem ter influência positiva sobre o desenvolvimento da flexibilidade.

(37)

29 Torna-se assim imprescindível a aplicação de programas de intervenção durante as aulas de Educação Física, com uma duração adequada, para que haja tempo hábil no desenvolvimento da flexibilidade e na aplicação dos demais conteúdos. Este estudo justifica-se pela necessidade de obter indicadores referenciais confiáveis sobre a flexibilidade podendo, assim, contribuir para uma base de trabalho de investigações científicas, bem como na elaboração e preparação das aulas de Educação Física.

3. C

ONCLUSÕES

A flexibilidade parece diminuir ou desenvolver-se com maior dificuldade com o avançar da idade, tendo nós verificado melhores resultados no desenvolvimento da flexibilidade no grupo com média de idades inferior, ou seja, na turma de 8º ano.

Um programa de treino de flexibilidade, de intervenção escolar, realizado nas aulas de Educação Física traz benefícios e aumenta a flexibilidade dos intervenientes, sendo preciso pelo menos dois estímulos semanais para provocar aumento significativo no desenvolvimento desta capacidade motora.

4. B

IBLIOGRAFIA

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17. Vasconcelos, M. A., e Maia, J. (2001). Atividade física de crianças e jovens–haverá um declínio? Estudo transversal em indivíduos dos dois sexos dos 10 aos 19 anos de idade. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 1(3), 44–52.

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31

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Anexo 1

Programa de Treino 1 1 2 3 4 5 Programa de Treino 2 1 2 3 4 5

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33

Imagem

Tabela 1- Ficha de Registo anedótica em ordem ao tempo (Aranha, 2007).
Tabela 2- Critérios de Avaliação (Aranha, 2008).
Tabela 4- Estatística descritiva de todas as variáveis observadas no pré e pós-teste e  valor de p para o teste de Wilcoxon, relativamente ao 8º Ano

Referências

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