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A influência da partilha de conhecimentos e satisfação no trabalho sobre o desempenho das organizações de saúde

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

A INFLUÊNCIA DA PARTILHA DE CONHECIMENTOS E

SATISFAÇÃO NO TRABALHO SOBRE O DESEMPENHO DAS

ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE

Dissertação de Mestrado em Gestão dos Serviços de Saúde

Maria Lopes Cruz

Carmen Leal Carlos Marques

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

A INFLUÊNCIA DA PARTILHA DE CONHECIMENTOS E

SATISFAÇÃO NO TRABALHO SOBRE O DESEMPENHO DAS

ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE

Dissertação de Mestrado em Gestão dos Serviços de Saúde

Maria Lopes Cruz

Orientadora: Carmen Teresa Pereira Leal Coorientador: Carlos Peixeira Marques

Composição do júri:

Carla Susana da Encarnação Marques Carlos Duarte Coelho Peixeira Marques Galvão dos Santos Meirinho

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II Dedicatória

Dedico esta dissertação, tal como todos os trabalhos anteriores, às pessoas que mais me incentivam e apoiam neste meu percurso académico, os meus pais. Por sempre me apoiarem mesmo quando o mestrado e a dissertação se tornaram a prioridade e a família ficou para segundo plano. Sem eles nada disto seria possível, por isso dedico-lhes esta dissertação, que se tornou o meu segundo emprego ao longo deste último ano.

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III

Agradecimentos

A elaboração desta dissertação de mestrado não teria sido possível sem o apoio incondicional e as orientações da minha orientadora Carmen Leal. Sem ela este trabalho nunca teria sido alcançado, pois foi graças a ela que descobri a minha paixão pela investigação e pela gestão. Agradeço desde já a todas as pessoas que responderam ao meu instrumento de investigação e principalmente a todos os meus amigos e colegas profissionais de saúde que preencheram o mesmo e o partilharam junto dos seus pares.

Ao professor Carlos Marques, meu coorientador, que me guiou e orientou no âmbito da análise de dados da investigação.

Aos meus pais que me apoiaram de forma incondicional nesta aventura por terras desconhecidas, Trás-os-Montes, e que sempre acreditaram na minha capacidade de multitasking mesmo quando duvidava do mesmo.

Por fim, mas não menos importante, agradeço todo o apoio ao meu namorado João Órfão e aos meus amigos, que me acompanharam ao longo desta aventura, numa área tão distinta, que monopolizou tanto do meu tempo ao longo do último ano.

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IV Resumo

A presente investigação teve como intuito percecionar a influência da partilha de conhecimentos e da satisfação no desempenho organizacional nas organizações de saúde. O poder da partilha de conhecimento e da satisfação dos colaboradores é muitas vezes subvalorizado por parte das organizações, embora o seu efeito positivo no desempenho organizacional das mesmas já seja referenciado por diversos autores.

Esta investigação baseou-se numa análise bibliométrica e na análise dos dados recolhidos através da aplicação de um questionário que teve como publico-alvo funcionários de organizações de saúde, sendo técnicos de saúde ou não.

As hipóteses testadas pretendiam demonstrar a influência positiva da partilha de conhecimento e da satisfação no trabalho no desempenho organizacional e influência negativa na intensão de mudança nos colaboradores diminuindo a mesma.

Por fim, foi possível verificar como era esperado através da análise bibliométrica que esta área de investigação é bastante recente, sendo o número de artigos referente à mesma bastante diminuto. Por sua vez, a satisfação no trabalho desempenha um papel fundamental na diminuição da intensão de mudança, tendo a partilha de conhecimento um impacto positivo no desempenho das organizações de saúde.

Palavras-chave:

Partilha do conhecimento, satisfação no trabalho, desempenho organizacional, intenção de mudança, cuidados de saúde, análise bibliométrica

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V Abstrat

The current research has the popurpose of identifying the influence of knowledge sharing and job satisfaction on the healthcare organizational performance. Altouht the power of knowledge sharing and job satisfaction amongst employees is most of the times, underappreciated by organizations, there are currenctly several authors that reference its positive effect on the overall performance of them.

This research was based on a bibliometric analysis and on the study of the collected data trought the application of a form that had healthcare workers, being health technicians or not, as the target audience.

The tested hypotesis wanted to demonstrate the positive influence of knowledge sharing and job satisfaction on the organizational performance and the negative impact on the employee’s turnover intentions, reducing it substancialy.

To sum up, it was possible to verify, as expected, that trought a bibliometric analysis that this research area is quite recent, being the number of related scientific articles quite diminished. On its own, job satisfaction presents a main role on the reduction of turnover intention, having knowledge sharing a positive impact on the organizational performance.

Key-words

Knowledge sharing; job satisfaction, organisational performance, turnover intentions, healthcare, bibliometric analysis

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ÍNDICE GERAL

1. INTRODUÇÃO ... 8

1.1 RELEVÂNCIA E OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO ... 11

1.2. METODOLOGIA ... 12

1.2.1. TIPO DE ESTUDO ... 12

1.2.2. HIPÓTESE E QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO ... 13

1.2.3. POPULAÇÃO EM ESTUDO ... 15

1.2.4. INSTRUMENTOS DE MEDIDA ... 15

1.2.5. APLICAÇÃO E TRATAMENTO ESTATÍSTICO ... 16

1.3. ESTRUTURA ... 16 2. ARTIGO 1 ... 17 3. ARTIGO 2 ... 40 4. CONCLUSÃO………57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 59 ANEXOS ... 61

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Importância da gestão do conhecimento nas organizações (Serrano & Fialho, 2005)

... 8

Figura 2 – Modelo Conceptual ... 14

ÍNDICE TABELAS

Tabela 1 – Definições de Gestão do conhecimento ... 9

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8 1. INTRODUÇÃO

Segundo Bontis et al. (1999), o conhecimento e a informação são atualmente os drivers da vida da empresa, tendo uma maior relevância comparativamente à terra, capital ou mesmo ao trabalho.

Antes de definir gestão do conhecimento é importante definir à priori o que se entende por gestão e conhecimento de forma distinta. O termo “gestão” encontra-se comumente associado ao conceito de gerir, administrar, negociar (Selecções do Reader's Digest, 1992). Por sua vez, entende-se por conhecimento “a faculdade de conhecer; relação direta que se toma de algo;

informação; experiência; saber; instrução; perícias; pessoa com quem se tem relações” (Porto

Editora, 1992).

Atualmente, perante a nova Era do Conhecimento, em que o mesmo passa a ter um papel de destaque no desempenho organizacional, a gestão do conhecimento torna-se uma mais valia na criação de valor para a organização (Sousa, 2000).

Passado Presente Futuro

Gestão de PRODUTOS Gestão de PROCESSOS Gestão do CONHECIMENTO 1920__________1950___________1980_________2010

Figura 1 – Importância da gestão do conhecimento nas organizações (Serrano & Fialho, 2005)

Atualmente existe uma panóplia de definições de gestão do conhecimento, segundo Célio Sousa, Karl Erik Sveiby define gestão do conhecimento como a “arte de criar valor a partir dos ativos inatingíveis de uma organização” (Sousa, 2000). Já Garvin define gestão do conhecimento como “um conjunto de processos de criação, aquisição e transferência de conhecimento e o reflexo desse novo conhecimento no comportamento das organizações”. Serrano e Fialho (2005), definem gestão do conhecimento como “criação, identificação, integração, recuperação, partilha e utilização do conhecimento”.

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Devido à vasticidade de definições de gestão do conhecimento, encontra-se abaixo na tabela 1 a transcrição de algumas dessas definições.

Tabela 1 – Definições de Gestão do conhecimento

Nos últimos anos a gestão do conhecimento foi considerada uma estratégia relevante para as empresas conseguirem obter vantagens competitivas (Yang, 2010). Sendo o conhecimento um recurso estratégico essencial para a empresa para manter uma vantagem competitiva sustentável (Choi, Poon, & Davis, 2008).

Tal como reconhecido a nível empresarial, o conhecimento tem sido realçado também como uma mais valia para o indivíduo, sendo o conhecimento compartilhado visto como um símbolo de confiança e união no interior da organização (Yang, 2010). Assim sendo, segundo Bock e Kim (2002) a partilha de conhecimento tem sido considerada a parte mais relevante da gestão do conhecimento.

Bartol e Srivastava (2002) definem partilha de conhecimento como o ato de difundir informações relevantes entre funcionários em toda a organização. Segundo Šajeva (2014), partilha de conhecimentos define-se por “transferência, difusão e intercâmbio de

Autor Definição

Nonaka (1991) É a única fonte de vantagens competitivas e

sustentadas

Peter Drücker (1993)

Factor de produção número um, destronando a mão-de-obra e o capital para a segunda posição

Peter Drücker (1993) Recurso económico-chave e principal, senão

única, vantagem competitiva

Crawford (1994)

Capacidade de aplicar informações sobre uma determinada matéria a um trabalho ou resultado específico

Thomas Stewart (1997)

É o ingrediente principal de tudo o que compramos e vendemos e a matéria-prima com que todos trabalhamos

Bueno (2001)

O conhecimento em ação justifica a transformação económica dos processos de criação de valor

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conhecimentos, experiência, habilidades e informações valiosas de um indivíduo para outros membros dentro de uma organização”.

A mistura de conhecimentos partilhados em grupos de trabalho entre indivíduos permite-lhes aumentar as suas competências e simultaneamente gerar novos conhecimentos (Sveiby, 2001). Segundo Yang (2010), a partilha de conhecimento é uma atividade que acrescenta valor à cadeia de valor da organização. Sendo considerado por Dawson (2001) que o objetivo final da partilha de conhecimentos entre funcionários é a sua transferência para os ativos e recursos organizacionais, dando-se a criação de valor para a empresa.

Šajeva (2014) afirma que a partilha de conhecimento tem um efeito positivo sobre o sucesso e competitividade organizacional.

A maioria dos estudos na literatura da gestão do conhecimento sugerem que a gestão do conhecimento nas organizações reproduzem um impacto positivo o desempenho organizacional das mesmas (Yang, 2010).

Segundo Rowe, De Savigny, Lanata, & Victora (2005), existe um problema de desempenho inadequado nas organizações de saúde de países de baixa e média economia.

Durante vários anos, assumiu-se que o mau desempenho organizacional devia-se exclusivamente à falta de conhecimento e skills por parte dos funcionários, mas estudos longitudinais vieram reprovar a veracidade de tal paradigma (Rowe et al., 2005).

Segundo Rowe et al. (2005), existem vários fatores que interferem no desempenho dos profissionais de saúde, tais como: conhecimento, habilidades, motivação e satisfação no trabalho, remuneração, ou experiência.

De acordo com Ostroff (1992), a influência da satisfação no trabalho no desempenho no trabalho, é uma temática que ainda intriga os investigadores da mesma.

Segundo Jodlbauer et al. (2012), a satisfação no trabalho é um fator de destaque em contexto organizacional devido à sua influência sobre o contexto de trabalho.

A satisfação no trabalho tem sido relacionada com uma variedade de resultados benéficos para a organização, tais como: aumento da produtividade e motivação no trabalho. Por sua vez o

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aumento da insatisfação no trabalho tem sido relacionada com uma variedade de efeitos prejudiciais para a organização, tais como: maior intenção de mudança, absenteísmo, diminuição da satisfação dos clientes/pacientes (Jodlbauer, Selenko, Batinic, & Stiglbauer, 2012).

Assim sendo, uma maior satisfação no trabalho por parte dos empregados está relacionada com uma melhor performance organizacional e financeira (Fernandes, Fleury, & Mills, 2006). Segundo Bowling & Hammond (2008), a satisfação no trabalho foi identificada como potencial causa de determinados comportamentos no trabalho, tais como: desempenho no trabalho, absenteísmo e intenção de mudança de trabalho.

A intenção de mudança por parte de funcionários é considerada um problema para as organizações, pois a perda de profissionais talentosos pode contribuir para a diminuição da produtividade, eficiência e lucros (Huang, Lawler, & Lei, 2007).

Segundo (Huang et al., 2007), empresas com melhores características e ambientes de trabalho, possuem um melhor comprometimento organizacional e consequentemente uma menor taxa de intenção de mudança de trabalho.

1.1 RELEVÂNCIA E OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO

Segundo Yang (2010), as competências da organização podem ser desenvolvidas quando o conhecimento é combinado em processos únicos ao nível da empresa, tornando-se assim uma vantagem competitiva sustentável baseada no conhecimento.

Assim sendo, o sucesso presente e futuro das empresas na competição será baseado menos na alocação estratégica de recursos físicos e financeiros e mais sobre a gestão estratégica do conhecimento (Bontis et al., 1999).

A investigação “A Influência da Partilha de Conhecimentos e Satisfação no Trabalho sobre o Desempenho das Organizações de Saúde” tem como principais objetivos: percecionar a influência da partilha de conhecimentos no desempenho organizacional; percecionar a

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influência da satisfação dos funcionários no desempenho organizacional, além de percecionar se a partilha de conhecimentos influencia a satisfação no trabalho dos funcionários e vice-versa. A pertinência e relevância desta investigação baseia-se no facto desta temática de investigação até ao momento ter sido explorada de forma deficitária na área das organizações de saúde. Tal pôde ser comprovado através da extensa pesquisa bibliográfica e respetiva análise realizada antes da tomada de decisão do tema da dissertação.

1.2. METODOLOGIA

A metodologia é um conjunto de métodos que vai à procura do conhecimento, visando fornecer a orientação necessária para a realização da investigação, na obtenção e processamento de dados pertinentes ao problema que está a ser investigado (Fortin, 2009).

1.2.1. TIPO DE ESTUDO

Segundo Merriam (1988) um “estudo de caso qualitativo caracteriza-se pelo seu carácter descritivo, indutivo, particular e a sua natureza heurística pode levar à compreensão do próprio estudo”. Sendo considerado pela mesma, uma investigação sobre um fenómeno específico. Já segundo Yin (1994), a metodologia estudo de caso deve ser aplicada quando o investigador não consegue controlar os acontecimentos, não sendo exequível a manipulação das variáveis. O mesmo define estudo de caso como uma investigação que se baseia principalmente no trabalho de campo, analisando a amostra em estudo, neste caso uma instituição.

Assim sendo, a investigação será realizada de acordo com um tipo de estudo: estudo de caso, que é um estudo exploratório qualitativo (Yin, 1994). A escolha deste tipo de estudo deve-se ao facto de se pretender conhecer e compreender o funcionamento da instituição e a mesma, tal como avaliar a influência da partilha de conhecimento na satisfação laboral, intenção de mundança e performance organizacional.

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1.2.2. HIPÓTESE E QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO

Segundo Dias (2010), a hipótese comprova a validade das proposições da teoria que se integram no mundo do conhecimento e subsiste independentemente dos enunciados teóricos.

Com esta investigação pretende-se avaliar a veracidade das seguintes hipóteses: H1 “A Partilha

de Conhecimento influencia positivamente a Satisfação Laboral”; H2 “A Partilha de

Conhecimento influencia positivamente a Performance Organizacional”; H3 “A Partilha de

Conhecimento influencia indiretamente a Performance Organizacional através da Satisfação Laboral”; H4 “A Partilha de Conhecimento influencia indiretamente a Intenção de Mudança”

através da Satisfação Laboral”; H5 “A Partilha de Conhecimento influencia negativamente a

Intenção de Mudança”; H6 “A Satisfação Laboral influencia negativamente a Intenção de

Mudança”; H7 “A Satisfação Laboral influencia positivamente a Performance Organizacional”

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Assim sendo, é possível visualizar todas as hipóteses acima mencionadas na figura 1 – o modelo conceptual proposto para a investigação.

1.2.3. POPULAÇÃO EM ESTUDO

Segundo Fortin (2009), a população alvo é um grupo de pessoas ou entidades que reúnem características comuns, mas devido à dificuldade de conseguir analisar toda a população alvo, esta autora defende que só se vai estudar uma população acessível, isto é, é a que está limitada a um lugar, uma região, uma cidade, um hospital, etc. A definição de população permite delimitar com precisão o tema de estudo e assim obter dados junto de pessoas ou grupos homogéneos.

Neste caso, pretende-se desenvolver a investigação em várias instituições que prestem serviços de saúde, desde hospitais a instituições particulares de solidariedade social, podendo assim considerar que a amostra irá ser uma amostra não probabilística intencional. Tal deve-se ao facto da amostra, neste caso população alvo em que se aplicará a investigação, ser selecionada intencionalmente pelo investigador (Vicente, Reis, & Ferrão, 1996).

1.2.4. INSTRUMENTOS DE MEDIDA

Segundo Fortin (2009), o investigador terá que escolher o método apropriado para recolher a informação junto dos participantes, pois constituem aspetos importantes do processo de investigação. Cabe ao investigador determinar o tipo de instrumento de medida que melhor convém ao objetivo de estudo, às suas questões de investigação ou as suas hipóteses.

Assim sendo, o método por mim escolhido para a recolha de dados foi a realização de um inquérito online (Anexo A), de forma a abranger o máximo de funcionários de diversas organizações de saúde, mantendo o seu anonimato, tal como o anonimato das mesmas.

A aplicação deste inquérito teve como principal objetivo avaliar os principais tópicos: partilha de conhecimento, satisfação laboração, performance organizacional e intenção de mudança, tal como a forma como se relacionam e a influência que desempenham entre si.

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1.2.5. APLICAÇÃO E TRATAMENTO ESTATÍSTICO

Os dados obtidos através da investigação serão analisados com recurso ao programa informático estatístico Statistical Package for the Social Sciences para o Windows, versão 23.0 (IBM® SPSS® 23.0).

1.3. ESTRUTURA

A presente dissertação encontra-se estruturada em 4 partes distintas. A primeira parte é composta pela introdução que engloba onde é efetuada uma pequena revisão de literatura, os objetivos, as questões e hipóteses de investigação e por fim a metodologia da investigação. A segunda e terceira parte são constituídas por um artigo cada, ambos redigidos no âmbito da investigação em questão. O artigo The Influence of Knowledge Sharing on Healthcare

Organisations’ Performance foi publicado na TAKE Conference 2016 tendo à posteriori sido

selecionado para ser publicado no International Journal of Knowledge-Based Development num Special Issue que o mesmo vai fazer sobre a conferência. Por sua vez, o artigo Partilha de

Conhecimento e Cuidados de Saúde: Uma Análise Bibliométrica inicialmente iria ser

submetido nas jornadas XXVII Jornadas Hispano-Lusas. Alicante 2017, mas devido a incompatibilidades temporais será traduzido para inglês e submetido à TAKE Conference 2017. A segunda parte é constituída pelo artigo Partilha de Conhecimento e Cuidados de Saúde: Uma

Análise Bibliométrica tendo o mesmo como principais objetivos descrever como este campo de

investigação está organizado em termos de publicações, autores e fontes (revistas); discutir como a literatura aqui referida representa desafios (oportunidades e dificuldades) para a bolsa de estudos sobre a partilha de conhecimento no seio das organizações de saúde.

A terceira parte encontra-se constituída pelo artigo The Influence of Knowledge Sharing on

Healthcare Organisations’ Performance tem como principal objetivo, identificar a perceção

que os trabalhadores de organizações de saúde têm em relação à importância das práticas de partilha do conhecimento e da forma como estas se relacionam com o desempenho da organização. O foco secundário deste estudo prende-se com a verificação da (in)existência de efeitos mediadores de satisfação de trabalho e intenção de saída na relação entre a partilha do conhecimento e o desempenho organizacional.

Por fim, na quarta parte encontra-se a conclusão geral da investigação com base nas conclusões obtidas nos artigos, sendo referenciadas as limitações da investigação e sugestões para futuras investigações.

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2. ARTIGO 1

INOVAÇÃO E GESTÃO DO CONHECIMENTO

PARTILHA DE CONHECIMENTO E CUIDADOS DE SAÚDE: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA

Maria Lopes da Cruz, mariacruz.5@hotmail.com, Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro

Carmem Teresa Pereira Leal, cleal@utad.pt, CETRAD Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro

Carlos Peixeira Marques cmarques@utad.pt CETRAD Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro

RESUMO

Tendo em consideração a importância da Gestão do Conhecimento, tanto em termos académicos, como para as práticas de gestão das organizações, este trabalho tem como objetivo geral explorar e descrever a literatura científica publicada na base de dados ISI Web of Science. Como objetivos específicos apresentamos a) descrever como este campo de investigação está organizado em termos de publicações, autores e fontes (revistas); b) discutir como a literatura aqui referida representa desafios (oportunidades e dificuldades) para a bolsa de estudos sobre a partilha de conhecimento no seio das organizações de saúde. Foi utilizada uma abordagem sistemática, fazendo uso de um rigoroso protocolo e definição de etapas para executar a

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pesquisa e análise da literatura. Os resultados demonstram que se trata de uma temática ainda em fase incipiente de investigação dada a elevada polarização identificada, seja em termos de número de publicações por revistas ou por autores. Este artigo identifica caminhos de investigação que podem ser explorados de forma a dar maior consistência e aumentar substantivamente o conhecimento teórico e empírico nesta matéria.

ABSTRACT

Taking into account the importance of Knowledge Management, both in academic terms and in the management practices, this work aims to explore and describe the scientific literature published in the ISI Web of Science. As specific objectives we present a) describe how this field of research is organized in terms of publications, authors and sources (journals); b) discuss how the literature referred to presents challenges (opportunities and difficulties) for the scholarship on the sharing of knowledge within health organizations. A systematic approach was used, making use of a rigorous protocol and definition of steps to perform the research and analysis of the literature. The results show that this is still an incipient research topic due to the high polarization identified, either in terms of the number of publications by journals or authors. This paper identifies ways of research that can be explored in order to give greater consistency and to increase substantively the theoretical and empirical knowledge in this theme.

PALAVRAS-CHAVE

Partilha de Conhecimento, Cuidados de Saúde, Análise Bibliométrica.

KEY WORDS

Knowledge Sharing, Health Care, Bibliometric Analysis.

1. INTRODUÇÃO

Segundo Serenko, Bontis, Booker, Sadeddin, e Hardie, (2010), o conhecimento e a informação são atualmente os drivers da vida da empresa, tendo uma maior relevância comparativamente aos ativos físicos como a terra, o capital ou mesmo ao trabalho (Bontis, Dragonetti, Jacobsen, & Roos, 1999; Leal, Marques, & Marques, 2016). A maioria dos estudos sobre gestão do conhecimento sugerem que a sua aplicação nas organizações reproduz um impacto positivo no

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desempenho organizacional das mesmas (Brown & Duguid, 1991; Davenport & Prusak, 1998; Davenport, Jarvenpaa, & Beers, 1996; Drew, 1999; Farzin, Kahreh, Hesan, & Khalouei, 2014; Hooshyar, 2010; Lin, 2007; Mueller, 2012; Prieto & Revilla, 2004; Schwaer, Biemann, & Voelpel, 2012; Yang, 2010). Sendo o conhecimento compartilhado visto como um símbolo de confiança e união no interior da organização (Yang, 2010).

Sabendo que Rowe, De Savigny, Lanata, e Victora (2005) identificaram a existência de um problema de desempenho inadequado nas organizações de saúde de países de baixa e média economia, parece-nos pertinente fazer uma ponte entre a gestão do conhecimento, ou, mais especificamente, entre a disseminação do conhecimento e o desempenho desse tipo de organizações.

Nesse sentido, a realização deste estudo tem com principal objetivo analisar a temática “partilha do conhecimento e cuidados de saúde” no que se refere às publicações pertencentes à base de dados ISI Web of Knowledge tentando obter um quadro que seja capaz de identificar alguns aspetos fundamentais no que diz respeito à caracterização da evolução dos estudos já realizados nesta área a fim de tentar identificar aspetos relevantes ou eventuais gaps a investigar em estudos futuros. Para tal partimos das seguintes questões:

 Quando surgiu a primeira publicação acerca da partilha de conhecimento e cuidados de saúde?

 Quais os autores com mais publicações sobre partilha de conhecimento e cuidados de saúde?

 Quais os artigos mais citados sobre partilha de conhecimento e cuidados de saúde?  Quais são os países que mais publicam sobre estes temas?

De forma a responder a estas questões foi realizada uma análise bibliométrica que, de acordo com Dalpé (2002) pode fornecer uma enorme contribuição para a pesquisa existente numa determinada área de conhecimento. Segundo Pritchard (1969), a análise bibliométrica baseia-se na análibaseia-se quantitativa das comunicações escritas. Este artigo babaseia-seia-baseia-se na análibaseia-se quantitativa do número de artigos, excluindo outro tipo de publicações, referentes à partilha de conhecimento e cuidados de saúde.

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A análise bibliométrica pode ser realizada tendo em conta o número de citações, co-citações ou o conjunto de ambos. Neste artigo devido ao número diminuto de co-citações optou-se pela realização da análise bibliométrica tendo em conta as mesmas.

Assim sendo, o artigo encontra-se estruturado da seguinte forma: a primeira seção realiza uma pequena revisão bibliográfica acerca da temática, mais especificamente partilha do conhecimento e cuidados de saúde. A segunda seção apresenta a metodologia utilizada na investigação, a penúltima seção discute os resultados, e a última seção apresenta as conclusões e limitações desta pesquisa, tal como sugestões para investigações futuras.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 PARTILHA DO CONHECIMENTO

O conhecimento tem sido reconhecido como uma mais valia para o indivíduo, sendo o conhecimento compartilhado visto como um símbolo de confiança e união no interior da organização (Yang, 2010).

Bartol e Srivastava, (2002) definem partilha de conhecimento como o ato de difundir informações relevantes entre funcionários em toda a organização. Já Šajeva (2014), exprime uma definição um pouco mais desenvolvida do conceito, segundo ele a partilha de conhecimentos define-se por transferência, difusão e intercâmbio de conhecimentos, experiência, habilidades e informações valiosas de um indivíduo para outros membros dentro de uma organização. Segundo Jang, Hong, Bock, e Kim, (2002), a partilha de conhecimento tem sido considerada a parte mais relevante da gestão do conhecimento.

A partilha de conhecimento intraorganizacional refere-se ao grau de comunicação e à partilha de conhecimentos, experiências e ideias entre os funcionários de uma determinada organização (Yang, 2010). Esta é necessária de forma a prevenir a perda de informação e originar acumulação de conhecimento na organização (Yang, 2010).

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A mistura de conhecimentos partilhados em grupos de trabalho entre indivíduos permite-lhes aumentar as suas competências e simultaneamente gerar novos conhecimentos (K.-E. Sveiby, 2001). Segundo Yang (2010), a partilha de conhecimento é uma atividade que acrescenta valor à cadeia de valor da organização. Sendo considerado por Dawson, (2000) que o objetivo final da partilha de conhecimentos entre funcionários é a sua transferência para os ativos e recursos organizacionais, dando-se a criação de valor para a empresa.

Assim sendo, a partilha de conhecimento pode ser formal e informal (Šajeva, 2014). A mesma pode realizar-se através de diversas formas distintas, tais como: correspondência, comunicações escritas, face-a-face ou através de sistemas eletrónicos de conhecimento (Šajeva, 2014). Esta pode ocorrer de diferentes formas consoante o destinatário (ex. colega, superior), além de que pode dar-se entre pares, entre colegas da mesma equipa ou entre equipas de diferentes unidades da organização (Šajeva, 2014).

Sveiby e Simons, (2002) sublinham que a partilha do conhecimento pode ser maximizada quando os funcionários têm a colaboração através de três níveis da hierarquia organizacional: superiores imediatos, grupos de trabalho e da unidade de negócios. Segundo Šajeva (2014), a partilha de conhecimento tem um efeito positivo sobre o sucesso e competitividade organizacional (Andreeva & Kianto, 2012; Peltokorpi, Nonaka, & Kodama, 2007; Shahzad, Bajwa, Siddiqi, Ahmid, & Raza Sultani, 2016).

Contudo podemos concluir, tal como referido por Yang (2010) que um dos principais obstáculos para a gestão do conhecimento é a propensão das pessoas a acumularem conhecimento sem partilhar o mesmo.

2.2 CUIDADOS DE SAÚDE

A ciência está constantemente em evolução e como tal a indústria da saúde tem acompanhado essa mesma evolução. Atualmente a indústria de cuidados de saúde evoluiu para uma empresa que é sustentada por conhecimentos sofisticados e diversos tipos de recursos.

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Segundo (O’Leary, 1998), a área da gestão do conhecimento em cuidados de saúde pode ser entendida como a convergência de metodologias e técnicas formais para facilitar a criação, identificação, aquisição, desenvolvimento, preservação, disseminação e consequentemente a sua utilização para criação de valor.

As empresas de cuidados de saúde podem ser consideradas como ricas em dados, pois gerem elevadas quantidades de dados, tais como dados médicos, dados de ensaios clínicos, registos de hospitais, relatórios administrativos, entre outros.

No entanto, a indústria de cuidados de saúde é considerada carente na área do conhecimento porque raramente se dá o tratamento dos dados de forma a transformar os mesmos num recurso de apoio à decisão.

Atualmente com a evolução tecnológica surgiram facilidades no que diz respeito à migração de dados empíricos brutos e na sua transformação em conhecimento empírico sobre a organização de cuidados de saúde.

A aquisição de mais conhecimento acerca da sua própria empresa, pode significar uma melhoria das condições operacionais e da sua eficácia, pois faria com que os decisores de poder tivessem uma noção mais precisa da realidade vivida nas organizações de saúde.

3. METODOLOGIA

Este estudo apresenta uma natureza quantitativa, permitindo que o investigador aumente a sua experiência em torno de determinada circunstância ou problemática, podendo assim ser caracterizado como um estudo exploratório-descritivo (Abrams, 2009) com base em técnicas bibliométricas.

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Tabela 1 - Configuração da Pesquisa Palavras-chave Período Base de dados Domínios de investigação

Áreas de investigação Tipo de documento Tópico: knowledge sharing AND Tópico: healthcare 1900 a 2016 Web of ScienceTM Core Colletion Social Sciences; Arts and Humanities; Science; Social Science and Humanities. Todas as disponíveis na base de dados exceto,

environmental sciences or engineering industrial or mathematics interdisciplinary applications or computer science software engineering or industrial relations labor or food science technology or engineering environmental or computer science cybernetics or automation control systems or engineering electrical electronic or law or d or computer science theory methods or engineering multidisciplinary or construction building technology or mathematical computational biology Article

Os dados utilizados nesta investigação foram extraídos a 17 de abril de 2016 a partir do ISI

Web of Science. Através da tabela 1 é possível identificar os passos seguidos para a realização

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objetivos da investigação é descobrir o início da investigação na área da partilha de conhecimento no âmbito dos cuidados de saúde.

Os dados obtidos foram analisados através do software VOSviewer versão 1.5.7 para conceber e visualizar mapas bibliométricos. Tal análise teve o intuito de mapear os autores mais citados, as palavras chave mais empregadas. Foi também possível através desta análise a perceção de clusters inerentes aos artigos da base de dados.

4. RESULTADOS

Com o intuito de obter os dados pretendidos a pesquisa sofreu a incorporação de alguns filtros, assim sendo, inicialmente com a colocação dos tópicos “knowledge sharing” e “healthcare” obteve-se 1033 publicações, tendo esse valor diminuído aproximadamente 30,48% com a implementação do filtro de tipo de documento “Article” existindo apenas 718 artigos publicados acerca da temática. Tendo o valor diminuído para 603 com a aplicação dos restantes filtros visíveis na tabela 1, acima apresentada.

A aplicação da partilha de conhecimento no âmbito de cuidados de saúde é algo recente no âmbito da investigação. Tal pode-se comprovar com esta análise bibliométrica, pois a primeira publicação é datada de 1997, há 19 anos atrás, e nestes anos apenas foram publicados 603 artigos acerca desta temática.

Apesar do número de publicações não ter tido uma evolução constante, podemos verificar no gráfico 1 que, mesmo assim, houve uma evolução ao longo dos anos neste âmbito de investigação, tendo surgido um aumento mais visível no ano de 2010. Também podemos verificar que houve uma diminuição do número de artigos publicados nos últimos em 2011 comparativamente ao ano transato, tendo existido um aumento significativo em 2013 e em 2016, sendo o ano com maior número de publicações.

(26)

Gráfico 1: Número de artigos publicados por ano (Fonte: ISI 2016)

Através da tabela 2, podemos confirmar que tal como relatado anteriormente, houve um acréscimo do número de publicações acerca da temática em 2016, existindo ao momento da recolha dos dados mais 32 artigos publicados que no ano transato. Assim sendo, o ano em que se deu um maior número de publicações, sobre partilha de conhecimento e cuidados de saúde nesta base de dados, foi em 2016.

Tabela 2: Lista dos 10 anos com mais publicações por ordem decrescente

Ano Nº de Artigos Percentagem do número de

publicações (n=603) 2016 120 18.100 % 2015 88 13.273 % 2013 87 13.122 % 2014 82 12.368 % 2012 58 8.748 % 2010 47 7.089 % 2011 43 6.486 % 2009 27 4.072 % 2008 26 3.922 % 2006 22 3.318 %

(27)

Apesar do primeiro artigo ter sido publicado em 1997, a primeira citação só foi realizada 2 anos depois (1999) como pode ser verificado no gráfico 2. Ao contrário do número de publicações por ano, o número de citações teve uma evolução mais constante, tendo tido apenas um decréscimo no ano 2005 e, aparentemente, em 2016.

Gráfico 2: Número de citações por ano (Fonte: ISI 2016)

No total de 1999 até abril de 2016 foram realizadas 5088 citações dos 603 artigos obtidos com a pesquisa. Tendo por base o número de citações, existe uma média de 7,67 citações por artigo, obtendo assim um h-index de 32.

Através da análise bibliométrica dos artigos publicados, podemos verificar que existe um país que se destaca no número de publicações acerca da temática, partilha de conhecimento e cuidados de saúde, sendo este país os Estados Unidos da América. Os Estados Unidos da América publicaram 32.579 % do total dos artigos publicados, possuindo o maior número de publicações, seguido da Inglaterra que publicou 18.552 % dos artigos.

Na tabela 3, podemos verificar o top dos 10 países que possuem mais publicações acerca da temática, estando este liderado pelos Estados Unidos da América, como referido anteriormente.

(28)

Tabela 3: Lista dos 10 países com mais publicações por ordem decrescente

Países Número de publicações Percentagem do número de publicações (n=603) Estados Unidos da América 216 32.579 % Inglaterra 123 18.552 % Canadá 73 11.011 % Austrália 46 6.938 % Suíça 41 6.184 % Holanda 37 5.581 % Itália 31 4.676 % Alemanha 29 4.374 % França 21 3.167 % China 21 3.167 %

Apesar do destaque por parte dos EUA, é notória a predominância de publicações oriundas do continente Europeu relativamente aos restantes continentes, isto pode ser um indicador de eventual preocupação da Academia com questões de Gestão do Conhecimento no sector da saúde.

A tabela 4 elenca autores com mais publicações acerca da partilha do conhecimento e cuidados de saúde. Assim sendo, o autor com mais publicações é Legare com 9 artigos. É de notar que este autor apenas possui 1,513% dos artigos publicados, o que permite perceber que no que diz respeito ao número de publicações este dado não é significante, para além de que evidencia uma enorme dispersão no que diz respeito a este tema na base de dados construída.

(29)

Tabela 4: Lista dos 10 autores com mais publicações por ordem decrescente

Autores Número de publicações Percentagem do número

de publicações (n=603) Legar, F. 9 1.357 % Montori, V. M. 7 1.056 % Shah, N. D. 6 0.905 % Gagnon, M. P. 4 0.603 % Labrecque, M. 4 0.603 % Leblanc, A. 4 0.603 % Stacey, D. 4 0.603 % Wright, A. 3 0.452 % Yawn, B. P. 3 0.452 % Zhou, L. H. 3 0.452 %

A tabela 5 apresenta-nos os 10 artigos mais citados, tendo sido “Promoting informed decisions

about cancer screening in communities and healthcare systems” o trabalho mais citado com

181 citações, que representa 3,557% do número total de citações. Este resultado vem corroborar a indicação anterior acerca da polarização do número de trabalhos sobre a temática em análise.

(30)

Tabela 5: Lista dos 10 artigos com mais citações Título do Artigo Nº de citações Percentagem do número de citações (n=5088)

Promoting informed decisions about cancer screening in

communities and healthcare systems 181 3,557%

Sharing the true stories: improving communication between

Aboriginal patients and healthcare workers 106 2,083%

Integrated Personal Health Records: Transformative Tools for

Consumer-Centric Care 100 1,965%

Challenges in end-of-life care in the ICU: Statement of the 5th international consensus conference in critical care: Brussels, Belgium, April 2003: Executive summary

98 1,926%

Flexible guideline-based patient careflow systems 87 1,710% Just-in-time delivery comes to knowledge management 84 1,651% Leading organisational learning in health care 77 1,513% The role of networks of practice, value sharing, and operational

proximity in knowledge flows between professional groups 74 1,454% Evaluating re-identification risks with respect to the HIPAA

privacy rule 71 1,395%

Exploring patient involvement in healthcare decision making

across different education and functional health literacy groups 181 3,557%

No que concerne aos periódicos com mais publicações, o Bmc health services research, possui 21 artigos publicados de 595, sendo representativo apenas de 3.529%. Tal facto revela-nos que os artigos publicados acerca da temática se encontram publicados numa vasta gama de periódicos, mais uma vez destacamos a proliferação dos trabalhos. O conjunto das tabelas 5 e 6, trazem-nos ainda outra conclusão importante, apesar dos artigos mais citados estarem ligados à área, as revistas com mais publicações pertencem à área da Saúde.

(31)

Tabela 6: Lista dos 10 periódicos com mais artigos publicados

Título dos Periódicos Nº de

publicações

Percentagem do número de publicações (n=595)

Bmc health services research 22 3.318 %

Implementation science 19 2.866 %

Journal of advanced nursing 15 2.262 %

Journal of the american medical

informatics assotiation 12 1.810 %

International Journal of medical

informatics 11 1.659 %

Journal of clinical nursing 10 1.508 %

Plos one 10 1.508 %

Social science medicine 10 1.508 %

Journal of biomedical informatics 9 1.513 %

Medical teatcher 8 1.345 %

Através do software VOSviewer foi possível identificar as principais palavras-chaves utilizadas pelos autores e as relações entre as mesmas, como é observável na figura 1.

Como se pode observar na figura 1 as palavras-chave com maior prevalência são Sistema; Cuidados de Saúde e Serviço.

(32)

Figura 1: Palavras-Chave mais utilizadas e respetivas associações

Ainda na figura 1 é visível a existência de 3 clusters distintos, estando abaixo indicada a distribuição das palavras chave por clusters na tabela 7.

(33)

Tabela 7: Associação entre as palavras chave, cluster e número de citações das mesmas

Palavras-chave Cluster Citações

Sistema 1 93

Serviço 1 87

Sistema de Cuidados de Saúde 1 44

Custo 1 43 Barreira 1 42 Individual 1 32 Colaboração 1 27 Cuidados de Saúde 2 89 Partilha 2 65 Habilidade 2 43 Atitude 2 36 Estudante 2 34 Enfermagem 2 18 Funcionários 3 43 Benefício 3 43 Risco 3 39 Médico 3 37 Tempo 3 36 Mulher 3 35

A existência de clusters é também evidenciada na figura 2, onde se encontram apresentados os autores mais citados nos artigos que constituem a base de dados da pesquisa efetuada.

(34)

Figura 2: Autores mais citados pelos autores da base de dados

Como é visível na tabela 8, apesar de surgirem 3 clusters distintos na análise das palavras-chave mais utilizadas pelos autores, apenas existem os 2 primeiros clusters quando analisamos os autores mais citados pelos autores dos artigos da base de dados extraída através da pesquisa anteriormente descrita.

Tabela 8: Associação entre os autores mais citados, cluster e número de citações dos mesmos

Co-citações Cluster Citações

Pope c, 2000, Brit med j, v320, p114, doi

10.1136/bmj.320.7227.114 1 4

Stevenson fa, 2000, Soc sci med, v50, p829, doi

10.1016/s0277-9536(99)00376-7 1 4

Charles c, 1997, Soc sci med, v44, p681, doi

10.1016/s0277-9536(96)00221-3 1 3

Charles c, 1999, Soc sci med, v49, p651, doi

10.1016/s0277-9536(99)00145-8 1 3

O'connor a. m., 2003, Cochrane db syst rev, v1, doi

[10.1002/14651858.cd001431, doi 10.1002/14651858.cd001431] 1 3 Ong lml, 1995, Soc sci med, v40, p903, doi

10.1016/0277-9536(94)00155-m 1 3

Institute of medicine, 2001, Cross qual chasm new 2 4

Weick k., 1995, Sensemaking org 2 3

(35)

Assim sendo, uma vez mais, é denotada a diminuta predominância de citações por parte de determinado autor ou artigo.

5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA INVESTIGAÇÃO FUTURA

O conhecimento e a informação são atualmente os drivers da vida da empresa, tempo uma maior relevância comparativamente à terra, capital ou mesmo ao trabalho (Bontis et al., 1999).

Segundo Yang (2010), nos últimos anos a gestão do conhecimento foi considerada uma estratégia relevante para as empresas conseguirem obter vantagens competitivas. Sendo o conhecimento um recurso estratégico essencial para a empresa para manter uma vantagem competitiva sustentável (Choi, Poon, & Davis, 2008).

Segundo Avgar, Givan e Liu (2011), as organizações de saúde enfrentam vários tipos de pressões ao nível clínico, económico e organizacional, sendo o mesmo uma realidade transversal a países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Segundo Rowe, De Savigny, Lanata, & Victora (2005), existe um problema de desempenho inadequado nas organizações de saúde de países de baixa e média economia. Existem vários fatores que interferem no desempenho dos profissionais de saúde e que originam dificuldades na realização das suas competências, tais como: conhecimento, habilidades, motivação e satisfação no trabalho, remuneração, ou experiência (Rowe et al., 2005).

O comportamento humano é considerado por Bollinger e Smith (2001) a chave para o sucesso ou o fracasso das estratégias de gestão do conhecimento, pois a mesma dá elevada relevância à cultura organizacional, ao trabalho em equipa, à promoção da aprendizagem e da partilha de conhecimento. Nesse sentido e tal como afirmam Bontis et al. (1999), quando uma empresa tem uma boa base de conhecimento, tal significa que a mesma nos próximos anos pode começar a aproveitar essa base para criar ainda mais conhecimento, aumentando assim a sua vantagem competitiva sobre os seus concorrentes. Pois o conhecimento enquanto recurso após ser criado é disseminado por toda a empresa, tendo um efeito positivo no valor da mesma e

(36)

consequentemente aumentando a sua capacidade de responder a situações novas e incomuns (Choi et al., 2008).

Assim sendo, este artigo teve como objetivo analisar a produção científica no que diz respeito à partilha de conhecimento, mais especificamente, na área dos cuidados de saúde, pois, tendo em conta as dificuldades vivenciadas neste sector, a partilha de conhecimento seria uma mais valia.

Como pudemos analisar ao longo deste estudo, o número de artigos publicados acerca desta temática ainda é diminuto, sendo por isso uma área de interesse recente, uma vez que a primeira publicação registada nesta base de dados ocorreu em 1997.

Uma das conclusões mais pertinentes retiradas deste trabalho prende-se à polarização dos estudos publicados, seja em publicações por autor, seja em número de periódicos. Apenas se verificou uma diferença substancial no número de publicações quando analisados por país, assim os Estados Unidos da América destacaram-se dos restantes países, tendo publicado aproximadamente 34% do total de artigos.

Outro resultado interessante tem a ver com as áreas das revistas com mais publicações. Destacaram-se as revistas da área da Saúde, sendo que, nas 10 revistas que mais publicaram, nenhuma delas é da área da Gestão. Este indicador pode, por uma lado, evidenciar uma preocupação dos profissionais da Saúde com os assuntos da Gestão das suas organizações e, por outro, indicar um possível caminho para novas investigações centradas neste sector, uma vez que a Gestão do Conhecimento tem sido alvo de inúmeros trabalhos (Leal, Meirinhos, & Marques, 2016).

Este artigo foi elaborado com base numa análise bibliométrica e como tal apresenta algumas limitações, sendo estas as seguintes: a recolha de dados foi realizada apenas considerando os artigos publicados na base de dados ISI Web of Knowledge; a pesquisa limitou-se apenas a artigos que foram publicados entre os anos de 1995 a 2016 e em virtude destas limitações ficam excluídos à partida outros trabalhos que possam ter sido publicados em outras bases de dados ou em livros e revistas não indexados.

(37)

Em trabalhos futuros seria interessante passar de uma análise descritiva para uma análise estatística mais aprofundada, tentando determinar padrões no que se refere às publicações encontradas (por exemplo, através da obtenção de clusters). Seria ainda útil realizar estudos empíricos quantitativos que explorem a relação entre partilha de conhecimento e outras dimensões (por exemplo performance) nas organizações de saúde.

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40 3. ARTIGO 2

The Influence of Knowledge Sharing on Healthcare Organisations’ Performance

The Influence of Knowledge Sharing on Healthcare Organisations’ Performance Abstract

Knowledge sharing (KS) lies at the core of knowledge management and reflects employees’ willingness to share valuable expertise. The benefits of KS have been documented in many settings, but its effectiveness varies considerably among organisations.

This research sought, first, to identify healthcare workers’ perception of the importance of KS practices and the way they relate to organisational performance. Second, this study focused on verifying the (in)existence of the mediation effects of job satisfaction and turnover intention in the relationship between KS and organisational performance.

Two dimensions of KS were considered: informal (IKS) and formal (FKS). To model their effects on performance, job satisfaction and turnover intention were considered mediators. Measurements of these four latent variables were collected from a sample of Portuguese healthcare professionals and validated via confirmatory factor analysis. Path structural equation modelling was used to assess the direct and indirect relationships between the four variables. The results suggest that, while FKS increases job satisfaction, it also increases the perceived performance of healthcare professionals regardless of their satisfaction levels. Keeping sample limitations in mind, our preliminary conclusion is that investing in FKS is beneficial to healthcare services, favouring the retention of satisfied workers who value non-financial organisational performance.

Keywords: Knowledge sharing, job satisfaction, organisational performance, turnover

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1. Introduction

Healthcare workers are essential to the successful delivery of health interventions. However, inadequate job performance is a quite widespread problem in the sector. In regard to such contexts, Kim, Newby‐Bennett and Song (2012) report that knowledge sharing (KS) is a recognised way to improve organisational performance. According to Dwivedi, Bali and Naguib (2010), KS can be seen as systematically planned and managed activities involving groups of individuals sharing their knowledge-related resources, insights and experiences, in order to meet defined objectives. Healthcare is knowledge intensive, yet healthcare knowledge is largely underutilised because of various operational and functional barriers to knowledge flow and use, especially at the point in processes at which healthcare is given.

In healthcare contexts, knowledge can be shared by a wide range of multidisciplinary healthcare stakeholders. These include practitioners (e.g. specialists, physicians, nurses and therapists), administrators, policymakers, patients, care providers, support groups and community-based healthcare workers – who each engage in KS in a range of healthcare-related tasks.

In this sense, the present research sought, first, to identify healthcare workers’ perceptions of the importance of KS practices and the way they relate to organisational performance. Second, this study focused on verifying the (in)existence of the mediation effects of job satisfaction and turnover intention in the relationship between KS and organisational performance. These objectives resulted in two research questions:

 Do KS practices improve job satisfaction and reduce turnover intention?

 Do these relationships also have a positive influence on health services’ perceived performance?

This study aims to encourage discussion and to promote a better understanding of the importance of knowledge management (KM) practices that can contribute to better performance in health services. Decision-makers need to use their judgement when seeking to use limited resources more effectively to improve service outcomes and patronage. These healthcare managers have to consider the potential for knowledge – through acquisition, sharing and development – to lead to job satisfaction, workplace attachment, organisational commitment and employee retention and development. Last, we want to contribute to the existent literature

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by shedding more light on specific KS practices that contribute to staff retention and organisational performance in this particular industry.

The remainder of this paper is organised as follows. The next section identifies conceptual domains in health KM, more specifically in KS and its possible linkages to job satisfaction, employee retention and organisational performance. The third section presents the methodology used. The penultimate section discusses the results, and the last section draws conclusions from this research.

2. Literature review and hypotheses development 2.1 KM and KS in healthcare

Several studies of KM in healthcare organisations have been conducted to examine the need for, and methods of, KM (Dreher, 2009) and to identify factors affecting healthcare KM (Chen, Liu & Hwang, 2011). Other research has identified effective levels of KM implemented by team leaders and care providers (Cegarra-Navarro, Wensley & Sánchez-Polo, 2010). However, few recent studies have attempted to identify the relationship between KM – or its components, such as KS – and the outcomes of healthcare organisations. According to Lee, Kim and Kim (2014), achieving strong organisational performance is fundamental to pursuing effective KM. The cited authors stress that the success or failure of KM depends on how effectively staff share and use their knowledge. Thus, based on this line of reasoning, the present study focused on this specific aspect of KM: the sharing of knowledge.

Healthcare knowledge is generated at a significant rate and represented in a variety of modalities ranging from research-based publications to problem-based discussions and experience-based insights. It is widely recognised that health professionals need up-to-date health information from credible sources to improve these caregivers’ knowledge and provide evidence-based healthcare services. In addition, as shown by Nonaka (2000), developing KS habits within organisations is essential for the success of health institutions since KS increases intellectual capital, reduces costs and makes individuals and organisations more competitive. In spite of the importance of knowledge and experience-sharing practices, they are still sometimes reported as absent in healthcare contexts. In some countries, mainly in developing countries, healthcare professionals work by simply referring to their handouts and remembering

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their school training, due to factors such as poor health personnel initiation, poor management, no Internet service and a weak information-sharing culture among staff (Raj, Sharma, Singh & Goel, 2015).

Even though barriers to KS are most often identified in developing countries, some obstacles can also be seen in Portuguese organisations, specifically in the healthcare sector (Franco, Haase & Barbeira, 2015). Given that healthcare service quality and efficiency are dependent on workers’ motivation and commitment and that high levels of employee satisfaction lead to improved organisational performance, managers are responsible for finding ways to increase their staff’s job satisfaction, motivation and commitment. These most probably include formalising some KS practices and/or favouring informal KS (IKS). Therefore, the dissemination of an understanding of the importance of KS practices within organisations becomes clearly significant as a way to contribute to the well-being of both healthcare users and workers.

2.2 KS and job satisfaction

The link between KS and job satisfaction has recently been thoroughly explored (Trivellas, Akrivouli, Tsifora & Tsoutsa, 2015). As Jacobs and Roodt (2007, p. 230) affirm, KS must be understood as a ‘psychological need of people’. Cohen and Levinthal (1990) define KS as an important way for firms to gain competitive advantages from their knowledge. From another perspective, Cao and Xiang (2013, p. 595) report that ‘knowledge sharing is one of the most important knowledge-related behaviours, which directly influences other knowledge behaviours, such as knowledge integration [and] knowledge creation.’

Concerning ways of sharing knowledge, Choi and Lee (2002) have defined two types of strategic KM:

 Human strategies include, besides the acquisition of knowledge, IKS, which emphasises KS through interpersonal interactions and social networks, including occupational groups and teams. Informal knowledge mainly consists of networks, company culture, management style, organisational fairness and managerial support (Beugelsdijk, 2008; Hansen, 2002).

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 System strategies embrace codified knowledge, namely, knowledge that can be reused and that is easy to formalise and process. These strategies define the rules, procedures and circumstances involved in how people can behave to acquire and share knowledge with their colleagues. Usually, authors define the sharing of this type of knowledge as ‘formal knowledge sharing’ (FKS). Formal knowledge emphasises systems that include organisational structure, salary systems, job design and leadership (Cao & Xiang, 2013). FKS enables the transference of learning and knowledge from individuals to a large number of people by embedding KS capabilities into the structure and routines of organisations (King, 2009).

According to Spector (1997), job satisfaction is the most studied variable in organisational behaviour research. Besides the humanitarian perspective – in which caring about satisfied employees demonstrates that organisations treat their staff as fully developed human beings – there is the utilitarian perspective. This recognises that job satisfaction leads to behaviours beneficial to organisational goals and claims that measuring staff satisfaction is an important indicator of optimum organisational performance (Spector, 1997).

Still, according to Spector (1997), satisfaction can be assessed as a global feeling about a job or a set of attitudes regarding several facets of a job. The first approach, adopted in the present study, is usually useful when the purpose of research is to relate satisfaction to either its antecedents or its effects. Although job performance and withdrawal intention and behaviour are among the most studied effects of satisfaction, employees’ attitudes regarding KS have also been conceptualised as dependent on satisfaction, along with other job-related attitudes (de Vries, van den Hooff & de Ridder, 2006; Pei‐Lee & Hongyi, 2012; Wang & Noe, 2010). However, KS may also be involved in a set of job characteristics and human resource management practices that contribute to job satisfaction. In fact, as a component of KM (Lim, Ahmed & Zairi, 1999; Pooja & Renu, 2006) or as a facet of organisational culture (Trivellas et al., 2015), KS has been identified as an antecedent of job satisfaction. Trivellas et al. (2015) found that a KS culture has a direct effect on job satisfaction, thus justifying the following hypothesis:

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Figura 1 – Importância da gestão do conhecimento nas organizações (Serrano & Fialho, 2005)
Tabela 1  –  Definições de Gestão do conhecimento
Figura 2 – Modelo Conceptual
Tabela 1 - Configuração da Pesquisa   Palavras-chave  Período  Base  de dados  Domínios de  investigação
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Referências

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