SAMANTA
PHILIPPI
CECCONI
«
A
IMPLEMENTAÇÃO
DE
U1vIA
CÉLULA MULTIFUNCIONAL
EM
SERVIÇOS
DE
TELEvENDAsz
ESTUDO DE CASO
DA
MULTIBRAS
S.A
ELETRODOMÉSTICOS
FLORIANÓPOLIS
A
IMPLEMENTAÇÃO
DE
UMA
CÉLULA MULTIFUNCIONAL
EM
sERvIÇOs
DE
TELEvENDAsz
ESTUDO DE CASO
DA
MULTIBRAs
s.A
ELETRODOMÉSTICOS
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado à
disciplina Estágio Supervisionado
-
CAD
5236,como
requisito parcial para Obtenção
do Grau
de Bacharelem
Administração de Universidade Federal de Santa Catarina
Catarina, área de concentração
em
MarketingProfessor Orientador: Carlos
W.
Mussi
FLORIANÓPOLIS
A IMPLEMENTAÇÃO
DE
UMA
CÉLULA MULTIFUNCIONAL
EM
SERVIÇOS
DE
TELEvENDASz
ESTUDO DE CASO
DA
MULTIBRAS
S.A
ELETRODOMÉSTICOS
Este trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado
adequado
e aprovadoem
sua formafinal pela Coordenadoria de Estágios
do
Departamento de Ciências da Administração daUniversidade Federal de Santa Catarina,
em
Prof. Sinesio
Stefano Dubiela Ostroski
Coordenador
de Estágios
Apresentada
àBanca
Examinadora
in~a~
Prof.
Dr. Carlos
W.
Mussi
Ê
rientado
Pl'0f.LUIZ
f S,Msc
“øfld-tr.-^*~| bl' .~~""' \Prof.
Alt;
'roamia
r¡éve,Msc
paciência e dedicação, e a todos aqueles, que
alguma
formacontribuíram direta
ou
indiretamente para a realização dessa pesquisa.LISTA
DE
GRÁFICOS
... ..LISTA
DE
FIGURAS
... ..LISTA
DE
TABELAS
... .. ... .. 1INTRODUÇÃO
... .. 1.1 Características da organização ... .. 1.2Problema
... .. 1.3 Objetivos ... .. 1.4 Justificativa ... .. 2FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
... .. 2.1 Definição de Marketing ... .. 2.2Marca
... ..2.3
Manter
aRede
de Relacionamento de Clientes Existentes2.3.1 Conceito de
CRM
... ..2.4 Evolução
da
Comunicação no Atendimento
... ..2.4.1 Telemarketing ... ..
2.4.2 Centrais de Atendimento ... ..
2.5 Conceito de Call Center ... ..
2.6 Qualidade
no Atendimento
... ..2.6.1 Pontos de Qualidade nas Televendas ... ._
2.7 Processo de Satisfação dos Clientes ... _.
2.7.1 Identificação dos Clientes Vitais ... ..
2.7.1.1 Ouvir os Clientes ... ..
2.7.1.2 Ponto de Vista da
Empresa
... ..2.7.1.3 Ponto de Vista dos Clientes ... ..
3.1.2
Método
e instrumentos de coleta de dados ... _.3.1.3 Análise e interpretação de dados ... ..
3.1.4 Delimitação da pesquisa ... ..
4
ANALISE
DA
ORGANIZAÇÃO
... ..4.2
A
Empresa
eSeu
Contexto ... ..4.2.1 Concorrência ... ..
4.3 Portfolio de Produtos ... ..
4.4
Mercado
... ..4.5
Conhecendo
o Televendas ... ..4.5.1
Desafios do
Televendas ... ..4.6 Informações
do
Mercado
de Linha Branca (Eletros) ... ..4.7 Pesquisa
com
Clientes ... ..4.7.1 Pesquisa Supervisor ... ..
5
IIVIPLEMENTAÇÃO
DA
CELULA
5.1. Implementação da Célula Multifuncional ... ..
5.l..l
Dimensionamento da
Célula ... ._5.1..2 Investimentos ... ..
5.l..3 Custos ... ..
5.1.2 Análises
do
Projeto Testecom
Clientes Norte e Nordeste5.2 Resultados Obtidos ... ..
5.2.1 Beneficios da Célula Multifuncional ... ..
6
coNcLUsoEs
E
RECOMENDAÇÕES
... ..6.1 Limitações
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
... ..Gráfico 1
-
Volume
de Produtos Comercializados (Jan/95 a Jan/03)Gráfico 2
- Volume
de Produtos Comercializados Multibrás ... ..Gráfico
3-
Comparativo2002 (Volume
deCompras)
... ..Gráfico 4
-
Marcas
da Multibrás ... ..Gráfico 5 - Comparativo
2002 (Volume
deCompras)
... ..Gráfico 6
-
Floor Share ... ._Gráfico
7-
Forçada
Marca
... ..Gráfico
8-
Rentabilidade (Lucratividade) ... ..Gráfico
9-
Produtos Multibras ... ..Gráfico
10-
Supervisor deVendas
Televendas ... ..Gráfico 1
1- Atendimento
... ..Gráfico
12-
Pontos de insatisfação ... ..Gráfico
13-
Atendimento ligações receptivas ... ..Gráfico
14-
Ligações efetuadas pelo supervisor ... ..Gráfico
15-
Dificuldade para obom
atendimento ... ..Gráfico
16 - Administraçãodo
tempo
... ..Gráfico 17
-
Atividades Operacionais ... ..Gráfico
18-
Retorno ao cliente ... ..Gráfico 19
-
Análise consolidada ... ..Gráfico
20
-
Resultados obtidos ... ..Gráfico
21 -Média
decompra
por clientes ... ..Gráfico
22
-Volume
total de produtos vendidos ... ..Figura 1
-
Bases para oFuncionamento
do Call Center...Figura 2
-
Principais funçõesdo
Call Center ... ..Figura 3
-
AnáliseMix
deCompras/ Marcas
... ..Figura 4
-
AnáliseAtendimento
Atual ... ..Tabela
l-
Análise dosnúmeros do
Televendas (Jan/99 a Dez/02)...Tabela
2-
Resultados Obtidos da Pesquisacom
Clientes (Abril/03)Tabela
3-
Análise projeto piloto ... ..O
presente estudo desenvolveu a implementação de célula multifilncional ecomo
suaaplicabilidade
pode
incrementar a qualidade de serviços prestados aos clientesdo
televendasda “Multibras
S.A
Eletrodomésticos”. Esta célula visa absorver ademanda
dos supervisoresde vendas
no
que diz respeito a soluções de algumas atividadescomo
devoluções, problemascom
produtos por exemplo,num
espaço detempo
menor
ecom
maior assertividade.Além
do
levantamento bibliográfico, foram realizadas análisesdo
atualdesempenho do
setor,pesquisas
com
revendedores e supervisores de vendas da empresacom
objetivo de identificar quais as maiores dificuldades vivenciadas por elesno
dia a dia das negociações.Os
resultadosdo
trabalho serviram para o balizamento das conclusões,onde
foramidentificados, o efetivo
aumento no
volume
mensal de vendasdo
setor e os efeitospercebidos pelos consumidores.
As
conclusões decorrentes deste estudo respondem, demodo
satisfatório aosobjetivos
do
trabalho, pois foi possível conhecer a realidadedo
setor de televendas e oimpacto
da
açãoempregada na
retenção e satisfação dos clientes.1
INTRODUÇÃO
Em
meados
dos anos 50, nos Estados Unidos, algumas revistas e jomais publicavamanúncios
com
evidênciasem
telefonescomo
mídia de resposta paracompra
de produtos eserviços. Tais ligações
eram
recebidas por telefonistasem
posições de trabalho comuns,que
registravam a solicitação dos clientes.
Na
década de 70, as vendas por telefonecomeçaram
a terum
respaldo considerável,onde
cerca de 7 milhões de consumidores americanos recebiam
chamadas
dealguém
que desejavafazer perguntas, ofertar
ou
vender algo.Ao
final da década a negociação por telefonerepresentava
um
grande. nicho demercado
nos Estados Unidos, praticamente inexplorado e jácom
uma
rentabilidade deaproximadamente
6 milhões de dólares anuais.Diante desta realidade surgiu a necessidade de se aprimorar o atendimento por telefone e
com
isso iniciou-se a utilização de estruturas especializadas e organizadas para estefim
nas empresas,também
conhecidascomo
centrais de atendimentoou
call centers.No
Brasil,como
ocorrecom
várias outras tecnologias, a utilização de call centers é fiutodo
sucessoem
outros mercados,como
o dos Estados Unidos.Sua
utilização teve início nos anos80 e seu crescimento tecnológico
vem
ocorrendonuma
progressão muito maiorque
lá,aproximando
bastante as tecnologias utilizadas nos dois mercados. Largamente utilizadocomo
um
canal de vendas nos diversos tipo de empresa, a MultibrasS.A
Eletrodomésticostambém
faz1.1 Características
da
organizaçãoCriada
em
maio
de 1994,como
resultadoda
fusão e integração daBRASTEMP,
CONSUL
eSEMER,
empresasdo Grupo
Brasmotor, aMULTIBRÁS
S.A. Eletrodomésticostomou-se a maior indústria
da
linha branca naAmérica
Latina. Hoje é subsidiária da WhirlpoolCorporation, maior fabricante de eletrodomésticos mundial, e representa a
América
Latina.A
Multibrás é a únicaempresa do
Brasil que fabrica,com
as marcasBIUXSTEMP
eCONSUL,
todos os produtos de linha branca: refrigeradores, freezers horizontais e verticais,fogões, lavadoras de roupa, secadoras, lava-louças,
fomos
de microondas, condicionadores edepuradores de ar.
Com
amarca Brastemp
oferecetambém
eletrodomésticos portáteiscomo:
batedeiras, cafeteiras, liqüidificadores e multiprocessadores.
Atua
em
patamares intemacionais dequalidade e de produtividade, de acordo
com
as exigênciasdo mercado
global.A
empresa
emprega, hoje, cerca de 6 mil pessoasem
suas unidades localizadasem
SãoPaulo;
Rio
Claro,no
Estado deSão
Paulo; Joinville,no
Estado de Santa Catarina;Manaus, no
Estado
do
Amazonas;
La
Tablada,na
Argentina; e Santiago,no
Chile.As
possibilidades de mantermercados ou
descobrir outros através de formas diferenciadassão extremamente atrativas diante de realidades
como
as colocadas por Kotler (2000),que
afirmaque, diante das atuais conjunturas de concorrências, muitos
mercados
já atingiram a maturidade,ou
seja, nãohá
mais muitos clientesnovos
entrandono mercado
na maioria das categorias.Nesses mercados, atrair
um
novo
cliente poderia custar até cinco vezes maisdo
que manterum
jáexistente.
A
célula multifuncionalvem como
uma
inovação dentrodo
call center,tomando
o1.2
Problema
Quais os resultados que
podem
ser decorrentes da implementação de célulamultifuncional na área de televendas
da
Multibras S.A Eletrodomésticos, considerando-se arealidade vigente
em
2003?
1.3 Objetivos
O
objetivo geral deste trabalho é “Viabilizar célula multifilncional na área de televendasna
Multibrás S.A., considerando-se a realidade vigenteem
2003”.Para que a forma de estruturação das informações seja adequada, os objetivos específicos
são:
a) Identificar a realidade de
desempenho do
televendas na Multibrás S.A;b) Avaliar os diferenciais de satisfação de clientes atendidos; c) Avaliar o grau de satisfação dos clientes
no
sistema vigente;d) Desenvolver a implantação de célula multifuncional
no
televendas.1.4 Justificativa
Houve
um
efetivoaumento
na expectativa deconsumo
das famílias brasileiras no últimoesta conclusão são provenientes de pesquisa realizada pela Pythia Research, empresa
especializada
em
estudos de mercado.A
pesquisa foi realizadaem
setembro,com
uma
amostra de750
pessoas, nas principais capitaisdo
país.Os
dados são revelados trimestralmente.Na
áreade eletrodomésticos, a pesquisa apurou
que
cresceu onúmero
de familias que pretendem adquirirum
fogão,uma
geladeira,um
microondasou
outro do gênero (Fonte: RevistaPropaganda
&
Marketing)
Com
omercado
em
ascensão e o custo para conquistarou
reconquistar clientes éextremamente caro, todas as possibilidades de capilaridade de
mercado
gerauma
grandepossibilidade crescimento.
O
estudo na Multibrás focou seu trabalhoem
identificar os problemas, dar sugestões eapós aprovado, implantar melhorias significativas para o
melhor
atendimentodo
setor deTelevendas, visando
aumento
da participaçãodo
mesmo
na companhia,aumentando
arentabilidade
do
setor e satisfação dos clientes.O
objetivo através da implementaçãoda
célulamultifuncional foi obter
um
atendimento diferenciado,aumentando
a velocidade dos negócios2
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Para aprofundar o estudo voltado à melhoria
do
televendas naEmpresa
MultibrásS/A
Eletrodomésticos precisa-se conhecer a opinião de vários autores que tratam
do
assunto. Dentrodeste seguimento adota-se
uma
linha fundamentada de conceitos para aprimorar o projeto.2.1 Definição de Marketing
Intimamente ligado à dinâmica social, o marketing surge e se desenvolve à
medida
queuma
determinada sociedade evolui deum
estudo deeconomia
artesanal auto-suficiente paraum
sistema sócio-econômico
que
compreenda
a divisãodo
trabalho e, posteriormente, aindustrialização.
A
acepção da palavra marketing evoluiudo
verbo,que
significa "agindono
mercado", para o substantivo, guardando ainda a essência
do
seu significado de "ação exercidano
mercado".
Levitt (1990),
em
seufamoso
artigo "Marketing Myopia", publicadoem
1960,afirmou
que o primeiro negócio de qualquer organização é continuar
no
negócio, sendo para issonecessário gerar e manter consumidores.
A
visão de queuma
indústria éum
processo desatisfação de consumidores, e não
um
processo de produção de bens, é vital para todos osempresários.
Uma
indústriacomeça
com
oconsumidor
e suas necessidades e nãocom
uma
patente,matéria-prima
ou
talento para vendas. Para Levitt (1990), a diferença entre marketing e vendaspreocupação
do vendedor
em
converter seu produtoem
dinheiro. Já o marketing focaria asnecessidades
do
comprador, preocupando-secom
a idéia de satisfazer as necessidadesdo
consumidor
com
o produto.Em
1985, aAmerican
Marketing Association(AMA)
apud
Cassotti (1995) fezuma
revisão de 25 altemativas para se definir marketing,
no
intuito de chegar auma
definição aceitauniversalmente. Marketing foi então definido
como
"o processo de planejar e executar aconcepção, o preço, a
promoção
e distribuição de idéias, produtos e serviços para criar trocasque
satisfaçam os objetivos de indivíduos e organizações". Esta definição coloca o marketing
como
um
processo atravésdo
qual a organização identifica as necessidadesdo consumidor
e planejaprodutos, serviços e programas adequados a ele.
Muitos autores
têm
argumentado,no
entanto, que o marketing, além de sua característicafuncional, é
também
uma
filosofia organizacional. Kotler, (1998, p. 15) afirmam que,o marketing é muito mais do que
uma
função isolada - éuma
filosofia queorienta toda a organização.
A
meta do marketing é satisfazer o consumidor deforma lucrativa, através da criaçao de relacionamentos de valor". Porém,
nenhum
departamento de marketing atinge essa meta sozinho. Precisa relacionar-secom
os outros departamentos da empresa emesmo
associar-se aoutras organizações para proporcionar
um
valor superior aos seus consumidores.De
acordocom McKenna
(1993, p.20), reforça os conceitos expostos acimaafinnando
que "hoje o marketing não é
uma
função; éuma
forma de fazer negócios" e "na década de 1990,as dimensões críticas da organização - incluindo todos os atributos
que
definem
como
aempresa
faz negócios -
acabam
sendo as funções de marketing: por isso, o marketing é trabalho de todosdentro
da
organização ".Ainda
Dias et al. (2003), enfatiza que marketingpode
ser entendidocomo
funçãoempresarial geradora de valores para o cliente e de vantagens competitivas duradouras para a
são o produto, preço,
comunicação
e distribuição. Isto porque estas quatro variáveisformam
abase
da
solidezdo
marketingcomprometido
com
a melhoria contínuano
atendimento a seusclientes e
como
retribuição a fidelidade e oretomo
financeiro previamente esperado para aempresa.
2.2
Marca
Segundo Aaker
(1998),uma
marca
sinaliza aoconsumidor
a origem do produto e protege,tanto o
consumidor
quanto o fabricante, dos concorrentesque
oferecem produtosque pareçam
idênticos.
A
marca
écomposta
deum
conjunto inseparável deum
nome
eum
símbolo. Suporta,com
seus atributos, o conteúdo emocional de imagens que despertano consumidor
e se constituinuma
realidadeeconômica
e social de primordial importânciano
sistema deeconomia
de mercado.Ainda
pode-se definir amarca
como “um
conjunto de valores queformam
a estrutura deuma
marca. Estes valoresdevem
ser sempre entendidos e lembrados àmedida
que novasestratégias e produtos são desenvolvidos”.(ABA, 1994, p.15).
A
administração deuma
marca
exigeum
compromisso
constante de aprimoramento emanutenção, pois é ela que
mantém
amemória do
produto namente
do consumidor.É
arecordação das impressões extraídas das experiências
que
oconsumidor
vivenciouno
momento
do
usodo
produtoou
serviço.Os
produtos são feitos nas fábricas,mas
as marcas são realmentefeitas
na
mente do
consumidor. Logo, amarca
somente consegue manter-se caso seja sustentadapor
um
verdadeiro valor agregado.Este valor se encontra
no
produto ena
sua constante revisão para a melhoria da qualidade, seu valor de utilização, sua adequação à evolução dos gostos, necessidades e desejos dosconsumidores. Neste contexto, a administração de marketing
tem
como
objetivo detectar quais são os valores agregados, os atributos mais valorizados porum
segmento de consumidores.É
importante destacar
que
estespodem
alterar-se ao longo dotempo
devido ao fato de que cada progresso de produto eleva o nível de exigência dos consumidores e suscita novas expectativas.A
marca
está estreitamente ligada ao produto e às constantes inovações necessárias para que esteproduto continue a satisfazer a estas novas expectativas dos consumidores.
Um
problema
enfrentado pelamarca
é a não percepção da evoluçãodo
produto por partedo
consumidor. Isto é freqüentemente observadoem
empresas que investem muitoem
pesquisase desenvolvimento de novas tecnologias,
mas
nãoconseguem
comunicar de forma eficaz estasinovações para seu mercado.
A
evoluçãodo
produto, muitas vezes, não é percebida de formaclara pelo consumidor,
não chegando
a representarum
diferencial damarca
em
questão, secomparada
às concorrentes.O
aspecto damarca
é que, renovando o produto constantemente, deve-secomunicar
aos consumidores para advertir e convencê-los desta diferença.O
nome
éum
indicador essencial da marca, serve de base tanto para os esforços deconhecimento,
como
de comunicação.O
fatodo
nome
poder gerar associaçõesque
servem paradescrever a
marca
o faz ser importante para fonnar a essênciado
conceito da marca.O
símbolo deuma
marca
é o elemento centraldo
brand
equity (valor da marca) além de ser a característicadiferencial chave
da
marca. Assim, o símbolo cria o conhecimento, as associações euma
apreciação
ou
sentimentos que afetam a lealdade e a qualidade percebida da marca. Existeclassificação variada para os símbolos,
podendo
ser desde formas geométricas, embalagens,logotipos, pessoas, cenas até personagens de histórias
em
quadrinhos (Aaker, 1998).E
o sloganpode
ainda propiciaruma
associação adicionalcom
a marca,removendo alguma
ambigüidadedo
Uma
marca,do
ponto de vista do consumidor,pode
ser definidacomo
um
conjuntoespecífico de atributos
que
proporcionam aoconsumidor
não somente o serviço básico próprio dacategoria
do
produto,mas também
uma
série de serviços suplementares, que constituemelementos de diferenciação entre as marcas, e que
podem
influenciar as preferências dosconsumidores (Lambin, 2000).
Um
aspecto muito importanteem
pesquisas relacionadas aocomportamento do
consumidor
é a identificação das verdadeiras razões quedecidem
a efetivacompra
dos produtos.Alguns
estudos têm-se preocupadoem
conhecer quais são os atributosque
efetivamentedeterminam
a aquisição de bens e serviços.É
importante salientarque
nem
todos os atributostêm
amesma
importância aos olhosdo
consumidor.
A
importância deum
atributo paraum
indivíduo reflete os valoresou
as prioridadesque este indivíduo relaciona a cada
vantagem
oferecida pela marca, sempredependendo
dasnecessidades às quais ele busca satisfação.
2.3
Manter
0 Relacionamento de Clientes ExistentesÊ
comprovadamente
mais lucrativo manter os clientes atuaisdo
que atrairnovos
clientes,aliás, cinco vezes mais.
É
nesse princípio que o marketing trabalha, para atingir esse público, já conquistado, a empresa deve fortalecer seu relacionamentocom
os clientes, fazendocom
que
omesmo
se sintacompromissado
com
a organização da qual “faz parte”.Para Swift (2001) manter relacionamentos fortes
uma
ferramenta essencial é a oferta deserviços de qualidade, já
que
o preço por si só não é característica de retenção,mas
sim detambém
importante que os serviçostenham
consistência,ou
seja, que não sejam marcados por oscilações na sua eficiência, a qualidade dos serviços deve ser amesma
em
qualquer tempo.2.3.1 Conceito de
CRM
Gerência de Relacionamento
com
Clientes éuma
abordagem
empresarial destinada aentender e influenciar o
comportamento
dos clientes, pormeio
de comunicações significativaspara melhorar as compras, a retenção, a lealdade e a lucratividade deles.
Conforme
Ventura (2002) Marketing de Relacionamento éum
conjunto de estratégias quevisam o entendimento e a gestão
do
relacionamento entreuma
empresa e seus clientes, atuais epotenciais,
com
o objetivo de aumentar a percepção de valor damarca
e a rentabilidade daempresa
ao longodo
tempo.Conforme
Swift (2001) a tecnologia utilizada (técnicas avançadas de transformação eapresentação gráfica de dados) agilizam a utilidade
da
tomada
de decisão administrativa. Elaaumenta
o poder de contatocom
os clientes,empregados
que trabalhamcom
informações,fimções
de marketing evenda
eempregados
administrativos,com
inteligência de informaçõessobre negócios melhores
em
relação a seus clientes atuais e potenciais.O
CRM
deve ser integrado a toda empresa,no que
ela fazcom
aqueles aos quais trabalhae
com
os que ela transaciona (o contato é transacional -um
pedido decompra
é preenchidocom
Para Batista (2000)
apud
Dias et al. (2003),“o conceito de
CRM
refere-se ao desenvolvimento deuma
estratégia derelacionamento e à implementação de processos operacionais baseados
em
infra-estrutura computacional e de telecomunicações, visando adquirir , servir e reter
clientes.”
Observou-se
em
todos os conceitosuma
preocupação constateem
definir estratégias derelacionamento
com
clientesempre
visando identificar suas necessidades ecomo
melhor
atendê-los.
As
empresasacabam
por optarcom
o melhorcaminho
paraum
futuro de sucessono
mercado, lembrando que, a longo prazo, a organização para gerar mais
compras
e maissatisfação, investindo na utilização de incentivos para que haja
um
contatodo
clientecom
a organização. Esse contato precisa ser feito através de dados históricos, através de transaçõesdetalhadas,
comunicações
focalizadas e categorizadas dos clientes,ou
seja,com
um
efetivoSistema de
CRM.
2.4 Evolução da
Comunicação no Atendimento
O
emprego do
telefone integrado aos objetivos da empresa atravessou diversos estudos,que
correspondem
aoaumento
da sofisticação dosmodelos
mercadológicos, ao incremento dacompetitividade,
da
globalização e à busca deuma
gestão de qualidade.Esses principais estudos, utilizando o telefone
como uma
ferramenta para a empresa,2.4.1 Telemarketing
De
acordocom
Mancini (2001), o registro mais remoto que setem
doemprego
dotelefone de forma empresarial data de 1880, apenas quatro anos após sua invenção.
Neste ano,
segundo
o autor,um
fabricante de doces resolveu vender seu produto portelefone.
Formou
uma
equipecom
mais de 100 pessoas, que passaram a cadastrar e contatarclientes.
Ao
processo de utilizar o telefone, foidenominado
“televendas”.O
autor acrescenta que o conceito de televendas engloba os procedimentos mais simples queenvolvem
o telefone,apresentando
um
produtoou
serviço paraum
clienteem
potencial, visando efetivar a venda. Essafoi a primeira função incorporada à tecnologia
do
telefone, logo após sua invenção.A
disseminação deste conceito, ainda praticado
em
muitos lugares, foi rápida, pois oferece muitasvantagens:
um
vendedor
telefonando, atende mais clientesem
vários lugares,em
menos
tempo
ecom
menores
custos.Com
métodos
e técnicas ainda precários, o usodo
aparelho expandiu-se e passou aabranger,
além
de vendas,também
cobrança e supervisão, concluiMancini
(2001).Freitas (2000) acrescenta que
em
1950, algumas revistas e jomais publicavam anúnciosindicando o telefone,
como
canal de resposta, para acompra
de serviços, para elaborarum
mailing list e fortalecer a
imagem
corporativado
anunciante.Em
1970,com
o sucesso obtido pelos setores pioneiros, a Ford resolveu arriscar e investiu na primeiracampanha
maciça demarketing por telefone.
A
empresa capacitou 15 mil donas-de-casa que, de suas própriasresidências, efetuaram
20
milhões de ligações para definir omercado
potencial de compradoresSegundo
Mancini (2001), estudos realizados nosEUA
na
década de 70,comprovaram
quepraticamente
50%
dos americanos que recebiam contatos por telefone, para vendasou
pesquisas,ouviam
as propostas e ofertas. Assim, chega-se à década de 80,com
o “nascimento” oficial dotermo “telemarketing”, que aportou
no
Brasil juntocom
a chegada das multinacionaisamericanas.
Para Stone e
Wyman
(1992), telemarketing aplica a tecnologia para otimizar omix
dascomunicações
de marketing daempresa
para atingir o cliente.Segundo
Freitas (2000), desdeentão o telemarketing
tem
sidouma
das ferramentas mais importantesdo
marketing.O
autor dizainda
que
as vendas atravésdo
telemarketingno
Brasiltêm
crescidoem
tomo
de40%
ao ano.De
acordocom
Bretzke (2000), o telemarketing passa adesempenhar
um
papelimportante
no
processo devenda
eassume
parte das funções anteriormente atribuídas à venda: identificação de suspects e prospects.A
autora acrescenta queuma
das principaismudanças no
setor de vendas de
uma
empresa
é segmentar o telemarketingem
a) Suspects: são pessoas sobreos quais se
tem
informaçãoou
acesso,mas
não se sabe ainda o potencial de adquirir o produto que se pretende oferecer; e b) Prospects: aquele que aindanão
é cliente,mas
sobre o qual setem
Ferta.
Uma
lista de prospects énormalmente
uma
tabelaou
base de dados contendo, pelomenos,
nomes
e ínfonnações de contatocomo
parte integranteda
força de vendas,além
da parte importante da estratégia de comunicação.2.4.2 Centrais de
Atendimento
As
centrais de atendimentoganham
cada vez mais força amedida
que omercado
toma-semercado, levou-se a estruturação de células de atendimento
em
suas empresas visando atenderatodos os seus clientes.
A
partir da criaçãodo Código
de Defesado
Consumidor, que obrigou atodas as empresas a terem
0800
para oconsumidor
poder reclamar, sugerir e falarcom
a empresa,as centrais precisaram evoluir e assim sendo, o conceito de centrais de atendimento evoluiu para
o
modelo
de Call Center, integrando a infonnática.Modemo,
é estruturado sobreuma
plataforma totalmente flexível.De
acordocom
Calegari (2002)quando
se trata de interaçãocom
clientes através decentrais de atendimento, os agentes de atendimento, freqüentemente
chamados
deCSRs,
sãolinha a frente e muitas vezes o único contato
que
o clientemantém
com
a empresa. Essesrepresentantes obrigatoriamente
devem
serbem
treinados e preparados para realizar sua funçãocom
competência eretomo
positivo àimagem
e aos negócios da empresa para qual trabalha.Além
de ofereceruma
resposta rápida aos questionamentos dos clientes, os profissionais dascentrais de atendimento
também
coletam informações.Os
dados coletadosgeram
um
materialrico para a realização da “inteligência dos negócios” e
pode
ser usado para a criação deuma
nova
estratégia mercadológica.
2.5 Conceito de Call Center
Quando
aempresa
ultrapassa o estudo do marketing tradicional, ela aterrissano
território das tecnologiascom
focono
cliente.O
Call Center, portanto, já éum
conceito ampliadodo
telemarketing, pois sua estrutura,
na
verdade, faz parte da própria missão da empresa.Sakamoto
quantidades
com
o objetivo de apoiar processos de vendas, marketing, serviços ao cliente, suporte técnicoou
outra atividade específica.De
acordocom
Mancini
(2001), o Call Center surgeno
momento
em
que
a organizaçãosente necessidade
não
só de atender àsdemandas
do mercado,mas
também
de antecipar-se a elas,ultrapassando as expectativas
do
cliente.O
Call Center deixa de ser apenasuma
resposta (ações reativas) ao que a fatiade mercado onde atua exige e passa a oferecer vantagens adicionais, buscando a
plena satisfação da clientela e
uma
proximidade permanentecom
ela. (Mancini,2001, p. 18)
Segundo
Costa (1999), o conceito de Call Center já existehá
algum
tempo,com
centrosde atendimento funcionando
há
anos.No
entanto, conforme o autor, ao longo da década de 90,houve
um
crescimento acelerado desse tipo de atividade, impulsionado pelo aparecimento denovas tecnologias e pelo acirramento
da
concorrência, que forçou as empresas a concentrarem-sena fidelização de sua base de clientes.
A
tendência é a expansãodo
uso dos Call Centers.Segundo Doyle
e Carolan (1999), osetor ainda está
na
sua infância eem
crescimento acelerado.Nessas áreas são definidas
uma
série de atividades visando atender e satisfazer os clientes,trazer
novos
clientes a base e recuperar clientes perdidos para fidelizá-los. Paraque
isso ocorra demaneira organizada, geralmente os call center utilizam células de atendimento internas, cada
uma
com
funções definidas e focadas.O
fator principal nessas células é a multifuncionalidade entreelas,
podendo
os integrantes operarem
todas elas,tomando
assim, células versáteis deatendimento seja para vendas, marketing, cobrança de inadimplentes, suporte técnico, pesquisas,
etc.
Segundo Doyle
e Carolan (1999), células multifuncionais são o grande suporte parauma
área focadaem
uma
atividade específica,uma
vezque
supri todas as atividades forado
corebusiness
do
setor.Com
elas, o atendimento setoma
mais eficiente, mais rápido e auxiliano
processo de fidelização.
O
Call Center,segundo Azevedo
(2002), é por essênciauma
atividade do setor deserviços, que
fimciona
como
um
elo entre aempresa
e sua base de clientes.A
autora acrescentaque as inovações tecnológicas nesse setor
têm
sido muito grandes, provocandouma
reestruturação
ampla no
funcionamento dessas organizações.Os
Call Centers são centros integrados de contato entre empresas e consumidores,estabelecidos de forma remota e/ou virtual, através
do
uso da tecnologia.No
Brasil, os sistemas atuais de Call Center surgiramcom
a evolução das antigas centraisde atendimento ao cliente.
De
acordocom
Azevedo
(2002) a lógica é semelhante,porém
adiferença está
na
infra-estrutura,no
espaço fisico disponível, e principalmente, na tarefa dosatendentes.
Seu
funcionamentotem
como
base os recursos mostrados na Figura 1.Figura l - Bases para o Funcionamento do Call Center
CALL
CENTER
Fonte: Adaptado de Azevedo (2002).
O
mercado do
Call Centeraumenta
gradativamente a cada ano.Figura 2 - Principais funções do Call Center.h
CALL CENTER
Vender pnodutos e serviços adicionais. aumentando a participacao de sua
empresa no cliente.
Prestar suporte a produtose serviços complexos. reduzindo o custo de atençao ao
cliente.
Fomecer produtos complementares e pennanentes. o que aumenta a fidelidade
dos clientes ao produto básico.
Melhoiara qualificação dos clientes potenciais. reduzindo o custo de venda.
Reduzir a necessidade de utilizar descontos para vendera novos clientes.
aumentando a lucratividade.
Realizar pesquisas com os clientes. baixando os custos de obtenção de dados.
Fonte: Adaptado de Peppers and Rogers Group (2001).
De
acordocom
Bretzke (2000), o Call Center vistocomo
um
canal de relacionamentodo
CRM.
No
contextodo
Call Center estão inseridas inúmeras características, dentre as quaisestratégicas e tecnológicas.
Nos
próximos tópicos2.6 Qualidade
no Atendimento
A
medida
que omercado
exige padrões de atendimento cada vez mais elevados, asexigências
em
termos de qualidadeevoluem
aceleradamente, e os clientes sentem-se no direito dereceber
sempre
omelhor
e mais eficiente serviço.Cobra
(1990)define
a qualidadecomo
propriedade, atributoou
condição das coisasou
das pessoas, capaz de distingui-las das outras e de lhes determinar a natureza. Desta maneira, éatravés da qualidade de atendimento que
uma
empresa consegue se destacar de sua concorrência.Porém,
quando
a qualidade da concorrência é equivalente, ocaminho
da diferenciação passa pelabusca
da
excelência,que
significa, o mais alto grau, acima de tudo o melhor.A
criatividade deve estar presente na execução de todo e qualquer serviço ao cliente, éuma
arma que
deve ser utilizadacomo
fator diferenciador.A
qualidademáxima
retarda a ação daconcorrência.
De
acordocom
Cobra
(1990, p.l00) “Ouvir o que os clientestêm
a dizer sobre o serviçoda empresa
éuma
prática sadiaque
deve ser feitacom
muita freqüência”. Tanto a empresaquanto os clientes estão interessados
na
melhoria da qualidadedo
atendimento.2.6.1 Pontos de Qualidade nos Televendas
Uma
comunicação
eficiente ao telefone traz oaumento
da satisfação tanto dos clientescomo
das metas organizacionais. Para Reisner Consultores Associados (2003), explorar conceitos básicos relacionados àcomunicação
eficiente ao telefone é conscientizar os participantes sobre osfatores que
podem
influenciar a qualidade da informação transmitida ao cliente.Pontos Principais
a) Aperfeiçoar a comunicação;
b) Transmitir a
boa
imagem
da
empresa;c) Usar a pronúncia ideal ao telefone;
d) Saber usar a
voz
para transmitiruma
mensagem
adequadamente;2.7 Processo de Satisfação dos Clientes
Hoje, o processo de satisfação de clientes é
uma
ferramenta que deve ser aplicada portodas as empresas, para identificar as necessidades dos clientes e medir o seu grau de satisfação
com
o atendimento.Segundo
Rossi (1998),um
Processo de Satisfação de Clientes écomposto
das seguintesfases:
a) Identificar os Clientes Vitais;
b) Ouvir os Clientes (Necessidades e Expectativas);
c) Selecionar as Necessidades Críticas;
d) Plano de Ação.
2.7.1 Identificação dos Clientes Vitais
Para identificar os clientes vitais, deve-se estabelecer critérios de priorização que
podem
ser, por exemplo:
a)
Volume
deCompras;
b) Potencial de
Compras
do
Cliente;c) Regularidade de Compras.
Deve-se
também
atribuir pesos de importância relativa para cadaum
dos critérios demenos
importantes; peso 2 para aquele ou aqueles considerados importantes e peso 3 para osmais importantes.
A
escala de pesos visa, portanto, distinguir, dentre os critérios, qualou
quaisdeles são mais importantes
do
que os outros.O
passo seguinte é estabelecer a correlação de cada clientecom
os critérios depriorização.
A
escala de correlaçãopode
ser:a) 5
=
O
Clientetem
uma
forte correlaçãocom
o critério;b) 3
=
O
Clientetem
uma
média
correlação;c) 1
=
O
Clientetem
uma
baixa correlação.A
soma
de tais pontuações sobre o grau de correlação dos clientescom
o peso de cadacritério permitirá identificar quais os clientes que são mais importantes. Quanto maior for o
número
final, maior importância terá o cliente para a empresa.2.7.1.1 Ouvir os Clientes
Com
os avanços da tecnologia, os comentários dos clientespodem
ser canalizados atravésde vários veículos de comunicação.
O
cliente équem
decide qual é o canal que melhor se adaptaàs suas necessidades.
Na
maioria das vezes os clientes esperam apenas pequenos gestos, ações emanifestações que
mostrem
para ele que a empresa o valoriza, que ele é importante e está sendo2.7.1.2 Ponto de Vista da
Empresa
Segundo
Rossi (1998) para cada cliente deve-se listar todas as necessidades que seentende ser
do
cliente.O
funcionário deve se imaginar no lugardo
cliente ao executar essa etapado
processo.Depois de listadas as necessidades,
devem
sertambém
listadas, as expectativasque
eleimagina que o cliente
tem
com
relação ao atendimento de cadauma
das necessidades. Porúltimo, deve atribuir o grau de importância
que
cada necessidadetem
para o cliente intemo.2.7.1.3 Ponto de Vista dos Clientes
Se a
empresa
adotauma
postura voltada para o cliente, a opinião dele é a que deveprevalecer quanto às suas necessidades e à importância relativa atribuída a cada
uma
delas.O
objetivo dessa etapa é ouvir a opinião dos clientes. Isso deve ser feito através de reuniões
com
eles.
Ao
finalda
reunião deve-se tercomo
resultado a lista das necessidades, das expectativas eograu de importância que os clientes intemos
dão
para cada necessidade.Conforme
Rossi (1998)A
fase de selecionar as necessidades mais críticas para os clientesconsiste
em
compilar as informações recebidasem
grupos de necessidadescomuns,
2.7.2 Plano de
Ação
Ações
Reativas: se as melhorias introduzidas estão abaixo das expectativas dos clientes, significa quealgum
nível de insatisfação existe, sendo, portanto, necessário reagir imediatamentepara eliminar as causas da insatisfação.
Ações
Pró-ativas: se as melhorias introduzidas correspondemou superam
as expectativasdos clientes significa
que
eles estão satisfeitosou
até muito satisfeitoscom
o atendimento.Nesse
caso, as ações
do
atendimento deveriam se concentrarem
manter o nível de satisfação, tentandoaté antecipar a identificação de necessidades dos clientes.
O
Processo de Satisfaçãodo
Cliente éuma
oportunidade para se desenvolver habilidadesde focar todas as atividades
no
atendimento das necessidades dos clientes, buscando se possível3
METODOLOGIA
DA
PESQUISA
-A metodologia aponta o
caminho
a ser seguido, norteando as açõesdo
pesquisador,através das fontes e ferramentas disponíveis. Neste capítulo será descrita a metodologia aplicada
à pesquisa.
3.1 Tipo de Pesquisa
Toda
e qualquer classificação se faz mediantealgum
critério,com
relação às pesquisas,éusual a classificação
com
baseem
seus objetivos gerais.Assim
segundo Vergara (2000),classifica-.se estudo exploratório-descritivo.
Segundo
Gil (2002) as pesquisas exploratóriastêm
como
objetivo principal oaprimoramento de idéias
ou
a descoberta de intuições.Na
maioria dos casos, essas pesquisasenvolvem
levantamento bibliográfico, entrevistascom
pessoasque
tiveram experiências práticascom
problema
pesquisado e análise de exemplos.Quanto
aosfins
também
se classificacomo
descritiva, pois foram descritascom
clareza aspercepções e expectativas dos envolvidos acerca da melhora
no
atendimentono
setor detelevendas.
3.1.2
Método
e instrumentos de coleta de dadosSegundo Samara
&
Barros (1997), “a pesquisa exploratória utilizamétodos
bastanteamplos
e versáteis,compreendendo
o levantamento de fontes secundárias, levantamento dePara a elaboração e desenvolvimento deste estudo, foi necessário buscar informações
em
fontes bibliográficas específicas para áreas comercial e atendimento a clientes.
Foram
feitas análises decorrentesda
observação in loco e da coletas de infonnações pormeio
de pesquisas realizadascom
clientes e supervisores de vendas.Por tim foi utilizada
também
como
fonte de dados a análise documental, realizada nasrevistas de circulação
mensal da
companhia, eno
material disponibilizado pela Eletros (Agenteregulador
do segmento
de linha brancano
país).3.1.3 Análise e interpretação de dados
Esta análise de dados
tomou
como
base o estudo feitona
estrutura organizacionaldo
televendasda
MultibrasS.A
Eletrodomésticos,confiontando
o sistema vigentecom
a baseteórica referencial apresentada
no
Capítulo 2.Baseado
em
relatos práticos, fomecidos pelas entrevistas coletadas,em
periódicos organizacionais e observação participativa, identificou-se deficiênciasno
sistema vigente dotelevendas e oportunidades de melhoria
no
atendimento e serviços prestados aos clientes.Por
fim,
acrescentou-se à pesquisauma
análise crítica e proposições de melhoriascom
intuito de otimizar o processo de atendimento,buscando
a maior satisfação dos clientes econseqüente
aumento no volume
mensal de vendasdo
setor.3.1.4 Delimitação da pesquisa
O
estudo foi desenvolvido naEmpresa
Multibrás S.A.,no
setor de televendas tratando damelhoria
no
atendimento aos clientes.Posteriormente foi realizada
uma
fundamentação paraum
melhorembasamento
teóricosobre qualidade
no
atendimento ao cliente, atendimento telefônico e relacionamentocom
clientes.Na
busca dos objetivos específicos foi realizadoum
diagnóstico junto aos clientes esupervisores de vendas, através de pesquisas.
Foram
sugeridas altemativas para minimizar estes problemas, sendo apresentadoum
4
ANALISE
DA ORGANIZAÇÃO
4.1
A
Empresa
eSeu
ContextoA
históriacomeça
em
1945,quando
o país se colocava diante da necessidade deconsolidar sua indústria, e chega até os dias de hoje,
quando
um
novo
e urgente desafio seimpõe
-
o da globalização.Entre 1945 e 1950, o Brasil alcançou a
marca
dos 50 milhões de habitantes ecomandado
pela industrialização, tinha
na
urbanização acelerada seu símbolo mais forte.A
expansão dasatividades industriais e o crescimento das cidades interferiam
em
todos os níveis da vida socialecultural, desde o
mercado
de trabalho e a formação profissional até os costumes familiares ehábitos de
consumo.
A
entradaem
operaçãodo
primeiro alto-fomo daCompanhia
Siderúrgica Nacional deVolta
Redonda
em
1946, davanovo
impulso à indústria mecânico-metalúrgica.E
a maior ofertade eletricidade nos anos 50,
com
a inauguração,na
Bahia, da Usina Hidrelétrica PauloAfonso
e,em
Minas
Gerais, da Usina Três Marias, possibilitariatambém
iniciar a implantação da indústriade eletrodomésticos, voltada diretamente para os grandes centros urbanos.
As
reservas cambiaiseram
boas, garantindo o suprimentoestemo
de bens deconsumo,
suspensos durante aSegunda
Guerra Mundial.
Também
diminuíram as restrições às importações demáquinas
e equipamentos.No
dia 25 de julho de 1945, na atualAvenida
Duque
de Caxias, São Paulo, era fundadaaCompanhia
Distribuidora Geral Brasmotor. Para ocupar o cargo de Diretor-Presidente foi eleitoFechados
os acordoscom
aVolkswagen
alemãem
1950, foram recebidos os primeiros veículos prontos, tendo a Brasmotor direitos exclusivos de distribuição damarca
em
todo o país.Já
em
fevereirodo
ano seguinte começaria amontagem
de automóveisKombi
no
Brasil.No
ano de1954
aempresa
decidiu desenvolveruma
produçãoautônoma
deeletrodomésticos e
com
marca
original. Surgia a Brastemp, “Brás” de Brasil e “temp” detemperatura.
A
linha de produtos tendeu a ampliar-secom
a multiplicação e constante renovação dosmodelos
de refrigeradores, fogões, lavadora, freezers e aparelhos de ar-condicionado.Nessa
área, o suporte tecnológico seria garantido por
meio da
associação e da estreita colaboração entrea Multibrás e a Whirpool.
A
holding,que
a partir de janeiro de 1961, por decisão da assembléiageral de acionistas, passava a ter
nova
denominação, Brasmotor S.A., poderia então se dedicarintegralmente à alta gerência dos negócios.
No
ano de 1973,com
amarca
Brastemp, a Brasmotor detinha17%
do mercado
derefrigeradores,
30%
do
de fogões de luxo e73%
das lavadoras de roupa.A
grande expansãodo
Grupo
Brasmotor ocorreu a partir de1976
com
a incorporação daConsul, e da sua afiliada, a
Empresa
Brasileira de CompressoresEmbraco, ambas
instaladasno
Distrito Industrial de Joinville.
No
período de 1976, dispondo da mais completa linha de eletrodomésticosdo
país, aBrastemp
detinha16%
do
mercado
de reírigeradores, ll%
do
de fogões,85%
do
de lavadoras deroupa e
15%
do
de condicionador de ar.Com
as novas incorporações, oGrupo
Brasmotormelhorou
sua posição geralno
setor e,em
1979, ampliou para60%
na participaçãono
segmentode refiigeradores.
Na
década de 50, foi fundada a Indústria de Refrigeração Consulcom
uma
produçãoNo
ano de 1956, a Consul lançouno mercado
seus primeiros refrigeradores elétricos.Em
1965 lançou
um
refrigerador de paredes mais finas,melhorando
a eficiênciado
isolamentocom
lã de vidro. Inaugurou a fábrica II
em
1971 e nessemesmo
ano, lançou seu primeiromodelo
decondicionador de ar e criou a
Embraco
SA
destinada a produzir compressores hennéticos.A
fábrica I da
Embraco
foi inauguradaem
1975com
capacidade de produção de 42.000compressores por
mês
em
um
tumo.Em
1976, oGrupo
Brasmotor, através da Brastemp ecom
participação da Whirpool,incorporou tanto a
Cônsul
quanto aEmbraco.
Em
1984, adquiriu o controle acionário daSemer
SA. Incorporada à Brastemp, atradicional
empresa
paulista fabricante de fogões populares.Na
comemoração
de seus 45 anos de atividade, a Brasmotor inauguravaem
1990em
RioClaro, interior de
São
Paulo,uma
modema
fábrica destinada a produzir lavadoras, secadoras eprodutos diversos de lavanderia.
Na
Zona
Franca deManaus,
aBrastemp
daAmazônia
inauguravaem
1992uma
unidadeindustrial especialmente preparada para a produção de forno de microondas e posteriormente ar
condicionado.
A
partir de 1993, a Consul inaugurou sua Fábrica III para produzir até6300
refrigeradoresdia, funcionando a plena carga.
A
Embraco
inaugurou a sua Fábrica II e partiu para suaintemacionalização
comprando
fábricas na Itália e na China.Já
no
ano de2001
a unidade de SãoBemardo
do
Campo
fecha suas portas transferindoassim alinha de secadoras para a unidade de Joinville fabricar.
A
unidade de Joinville possui 3.500 funcionários, sendoque
a fábrica trabalhacom
trêstumos,
onde
a produçãomantém-se
em
alta paramelhor
atender ao seumercado que
é o da linha4.2 Concorrência
O
cenário atual brasileiro secompõe
de grande corporações mundiais disputandoum
mercado
local, tendo nele instaladas fábricas dimensionadas para os respectivosmercados
locais.Hoje
existem vários players intemacionais que entraramno
setor adquirindo empresasnacionais
ou
instalando unidades produtivas de porte tantona
Argentinacomo
no
Brasil.O
mercado
doméstico de linha branca se divideem
4 grandes marcas principais: Consul,Brastemp, Electrolux,
Bosh
Continental,GE
Dako, quedominam
cerca de85%
do
mercado,enquanto
que
os outros15%
sãocompostos
por marcasmenores
como
, Muller,LG,
Springer ,Gree,
Venax
entre outros.Face ao poder
que
as marcas representam atualmente, o posicionamento correto de seuconceito na
mente
dos consumidores é fator imprescindível para sobrevivêncianum
mercado
cada vez mais competitivo e veloz
em
termos de tecnologia. Porém, esta tarefanão
é fácil, poisrequer
um
conhecimento prévio e constantemente atualizadodo
que o cliente considera importante e valioso nos produtos e serviços oferecidos.O
mercado
brasileiro de aparelhos não-portáteis, conhecidos
como
“linha branca” retratabem
a necessidade de posicionar amarca
namente
dos consumidores potenciais afim
de gerar vendas.A
diferença principal entre estes fabricantes são as estratégias de marketing e oposicionamento que
buscam
em
suas ações de comunicação.A
Multibrás S.A., fabricante dasmarcas
Consul
eBrastemp
investe milhões de reaisem
propaganda,promoções
e ações quefazem
com
que estas marcas estejamsempre
presentes namente do consumidor
com
um
posicionamento muito claro.
A
Electrolux por sua vez, não investe tão fortementeem
mídia,mas
existe a
vantagem
depoderem
divulgar amarca
abrangendo a linha completa de produtos, já queas quatro empresas oferecerem todos os produtos
componentes da
linha branca deeletrodomésticos não-portáteis,
como
refrigeradores, fieezers, micro-ondas etc.Deste
modo,
toma-se mais fácil a associaçãona mente do consumidor
dos atributosanunciados aos vários produtos
que
aempresa
oferece.A
marca
é lembrada sempre que o clienteprocurar qualquer produto da linha branca.
4.3 Portfolio de Produtos
O
parque industrial diversificado e as alianças estratégicas, garantem à Multibrás S.A.Eletrodomésticos oferecer
um
dos maisamplo
e sofisticado portfolio de produtos acabadosdo
mercado
brasileiro.Este portfolio confere à Multibrás S.A. Eletrodomésticos o reconhecimento
do
mercado
como
aempresa
brasileira líderem
design, inovação e soluções personalizadas dentro da linhabranca.
No
total, as duas marcas conferem a MultibrásSA
Eletrodomésticos, a participação de365%
do mercado
brasileiro, e assegura a liderançado
mercado no
segmento de linha branca,empregando, ao todo, 8.500 colaboradores.(Multibrás - 2003)
Hoje
a Multibrás SA
Eletrodomésticos possui quatro plantas, sendo: a)Unidade
Joinville: Refiigeração / Secadora;b)
Unidade São
Paulo: Cocção;c)
Unidade
Rio Claro: Lavanderia;Este
amplo
portfolio está sustentadonuma
estratégia de parcerias e aliançascom
outrosfabricantes nacionais e intemacionais a Multibrás S.A. Eletrodomésticos o minimizar
investimentos fabris, ampliar seus diferenciais de produtos e alavancar sua estrutura de
distribuição.
O
portfolio écomposto
por aproximadamente 7.600 itens produzidos e 3.000 itenscomprados,
que
estão distribuídos entre as seguintes tipologias:a) Eletro, Eletro-eletrônicos;
b) Injetados/ Extrudados;
c) Estruturas Mecânicas;
d) Circuito de refiigeração.
Quando
as marcas são analisadas separadamente temos a seguinte composição:A
Brastemp
possui a mais completa e diversificada linha de eletrodomésticos eeletroportáteis para cozinha e lavanderia,
além
de ser pioneiraem
inovações: foi a primeira alançar o refiigerador
com
isolamentoem
poliuretano, o refrigeradorcom
sistema frost free, ofogão autolimpante, o freezer vertical e a lava-louças.
Em
1990, acampanha
da Agência Talentmarcou
época. Divulgadosem
revistas e na televisão pela dupla ArthurKohl
eWandi
Doratiotto,os slogans “Brastemp não
tem
comparação" e"Não
é assimnenhuma
Brastemp" viraram expressões de uso nacional, transformando amarca
em
sinônimo de qualidade.Os
produtos fabricados e comercializados pelamarca
são: lavadora, refrigerador, freezeer,fogão,
fomo
de microondas e condicionador de ar.A
marca
ainda possuiuma
linhachamada
Linha Professional Quality
composta
por: batedeiras, liqüidificadores, cafeteiras e processador,Na
marca
Consul, confiança, tradição, praticidade, segurança e preços acessíveis sãocaracteristicas típicas da
marca
que está presenteem
mais de 50%
dos lares brasileiros.A
Consul
lançouno mercado
os primeiros refiigexadores elétricos, substituindo o antigosistema à absorção pelo
novo
por compressão.A
trajetóriada marca
não parou por ai. Ela foi se diversificando ao longodo
tempo
com
a entrada denovos
produtosem
sua linha,como
condicionador de ar,combinado
bíplex, secadorade roupas, fi'eezer vertical e horizontal, lavadora semi-automática, fogões autolimpante, entre outros.
4.4
Mercado
A
economia
brasileira viveu,na
última década,um
duplo desafio:num
plano maisabrangente, a
exemplo
de todos os outros países, viveu a transiçãorumo
auma
economia
globalizada;
num
plano mais localizado, a transição da instabilidade para a estabilidade.“Ainda
que seja questionável fazer qualquer
afirmação
em
termos conclusivos, não sepode
negarque
aestabilidade foi
uma
conquistamemorável”
(Fonte: Eletros). Considerando-seque
o cenário dosanos 80 e início dos
90
combinava, estagnação, elevada inflação crônica e crise das dívidas-
intema e
extema
-
dificilmente poderia-se imaginaruma
transição tão rápida para a estabilidade.Tal fato toma-se ainda mais relevante ao levar-se
em
consideração que a segundametade
dadécada de 80 foi
marcada
poruma
sucessão de planos de estabilizaçãomal
sucedidos, oque
O
mercado
de produtos eletroeletrônicos deconsumo,
como
não
poderia deixar de ser,teve de se adaptar às novas exigências impostas pela crescente competitividade da
economia
globalizada.
No
que diz respeito aomercado
intemo, a grandemudança
ocorrida refere-se àtomada
deconsciência
do consumidor
deuma
série de direitos praticamente desconhecidos durante o período de vigência deuma
economia
fechada.Nesse
sentido, vai setomando
cada vez mais difícil repassar aoconsumidor
a conta daineficiência, antes mascarada pelos efeitos da inflação e compensadas, pelo
menos
em
parte,com
os lucros
não
operacionais obtidos através da ciranda financeira.Pelo lado
do
produtor, oaumento
de produtividade tomou-seuma
necessidadefundamental às empresas nacionais, razão pela qual muitas
implementaram
programas dequalidade
que
as habilitassem a produzir artigoscom
padrões semelhantes aos estrangeiros,com
os quais seriam obrigados a concorrer
numa
economia
com
grau de abertura muito maiordo
queaquela
com
a qualhaviam
se acostumado.As
novidadesem
eletrodomésticos e eletroportáteis nãoparam
de chegar ao mercado.É
um
setor que cresce ano a ano, seguindo o desenvolvimento da gastronomiado
país e crescenteconsumo
de aparelhos que tragam tecnologia e conforto aos ambientes domésticos.Em
um
mercado
bastante competitivo, a segmentação de linhas e produtos é cada vezmais ampla. Para garantir
um
bom
desempenho,
os fabricantes investemem
pesquisa e tecnologiapara criar novas funções e agregar valores aos produtos já existentes.