Univereidade
de
Évora
RS
EV
Ana Clara
deOtiveira
GonçalvesTrindade
Dissertação pa,raaobtenção do gralr de Mestre em Ciências da Educação
-
variante Administração Escolar apresentada à Universidade de Évorat{§{
-\
.á]rr
Orientador: Professor
Doúor
José Carlos BravoNico
.l
6L1ár
Evora 2007
o
Envolvimento
da
Família
no Escola
e
no
Sucesso
Edacativo
das
Crionç(N:
o
cuso
dos
3.o
e
4.o
onos de
escolotidade
do
Agrapomento
Vertical
Áos Meus
Filhos:
Ncardo
e Nuno.Agradecimentos
Arealizaçáa deste
trúalho
sófoi
possível graças àcolúoração
econribuição,
deuÍna forma
ou
de
oúrq
de
muitas
pessoas,elúre
as
quais quero
agradecer particularmente.Ao
Professor
Doutor José Carlos Bravo
Nico,
pela
disponibilidade,
pelos comentários críticos e orientações dadas, bem como peloprivilégio
que me concedeu de poder beneficiar da zua orierúação.Ao
Orgão de Gestão do Agrupamento ondefoi
reatizado este estudo, em especialao
seu presidentgDr.
LeonardoVerdg
pela permissão e apoio no acesso às fontes de informação.A
todos os(as) professores(as), pais, encarregados(as) de educação, alunos(as) efuncionárias
dos
serviços administrativos
que
colaboraram
no
estudo.
Pelareceptiüdadg
colaboração
disponibilizada
no
processo
de
recolha
de
dados
ecompreensão
que
manifestaramno
seudesenvolvimentq
acreditandoque
o
mesmo poderia comportaÍ elementos de estudo relevantese
sem os quais,o
estudo não teria sido possível.Aos
meuspais e
ao
meumarido pelo
estímuloe
compreensão que sempre me proporcionÍfam.Em
especial, aos meusfilhos
pela compreensão, apoioe
pelo imensotempo
de ausência no seudia-adia.
Finalmente, a todos os meus amigos pelo apoio e achegas que contribuíram para o emiquecimento deste trabalho.
Resumo
Este
trúalho
pretende analisara
rela$a
entre
o
envoMmento da
família e
o sucesso educativo das crianças.A
hipótese principalfoi
construída pâra testar as teorias de Ana Henderson (1987), Daües (1989) e Epstein (20012').A
primeira parte desterabalho
é constituída pelo enquadramentotórico,
onde seúordam
a
problemá*rcada
relaÇaoescoldfamília da
participação
e do
zucesso einsucesso dos alunos.
A
segunda paÍte é constituída pelametodologi4
analise e interpretação dos dados e anárlise e discussão dos resultados, onde estiio incluídas as conclusões e as sugestões.O
estudofoi
feito
nas escolasdo lo Ciclo do
AgrupamentoVertical de
Colos, relativamente aos alunosdo
3o e 4o ano,no
anolectivo de
20O412005.A
amostrafoi
constituída por 67 pais e a recolha de informação
foi
feita atravrás de um questionário. O fiaÍameÍúo de dadosfoi
feito
de forma estaüsticautilizandoo
SPSS.Os resultados do preserúe estudo levam-nos a
concluir
que os pais têm uma fracaparticipacfio
na
escola
e
que
o
sucessoeducativo
dos
alunos
não
depende da participação dos pais na suavida
asadémicq não se confirmando a hipótese formulada para dar resposta à perguntainicial.
Concluímos ainda
qug
quantomaior é
a
distânciaenüe
a
casa dos alunose
a escola frequentada, melhores resultadose
menos retenções estes exibem aolongo
do seu percurso escolar.The
involvement
of the
family
in the
school and
in
the
educative
success
of
children:
the
case
of
3rd
and
4th
grades
of
'Agrupamento
Yertical
de
Colos'
Q004n005)
Abstract
This
work
intendsto
analysethe
relation betweeÍrthe
roleof
the
family
and the educational successof
children.The
main
aszumptionwas
built
to
test
the
theoriesof
Ana
Anderson
(1987), Davies (1989) and Epstein (2002).The
first
partofúe
essay includes thethmretical
framing where the subjectofúe
relation
schooUfamily
is
approached.The
secondpart
containsthe
methodology, analysis and interpretationof
data and the analysis and discussionof
the results,which
includes the conclusions and the srggestions.This
survey
was
madein
úe
Primary
Schoolsof
*Agrupamento
Vertical
de Colos", among studentsofthe third
and fourth grades in the school yearof
2004.12005.The
samplewas
madeof
sixty-seven parents andthe
datawas
gatheredby
aquestionnaire.
The
trdment
of
this
datawas
made statisticallyby
using
SPSS. The resultsof
this srrvey
take usto
úe
conclusionúat
parents have alow
participationin
school and
úat úe
educative zuccessof
students doesnot
dependon
úeir
parents' participationin
their
academic[ife.
So,úe
hypothesis formulatedto
answerthe
initial
question is not confinned.
We can also conclude
úat,
the longer the distance betweenúe
students' home and the schoolúey
attend
the betterthe rezults and less times theyfail
in their school life.O fuotvfinento da Faníüa na
Ewla
e no Srcesso Eúrcativo dos Crimças: o caso dos 3.o e 4.o utos deescolaridade doAgrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
Índice Geral
INTRODUÇÃO
ENQUADRAMENTO
TEORICOcApÍTuLo
I
-
RELAÇÃo
sscorA
/FAMÍLIA
I.
Breve Perspectiva Histórica da Relação Escola / Família2.
A
Educaçino das Crianças e a Comunidade3.
A Retação EscolaI
Fanilia
Contornos de uma Eventual Parceria
PáE-I
5 6 7 8 9CAPÍTULO
tr
-PARTICIPAÇÃO
l.
Conceito de Participação2.
AParticipação dos Pais (Modelos/
Tipologias)2. 1. Tipologia de Don
Daües
2.2. Modelo deSee§
2.3. Modelo de Henderson
2.4. Modelo de Sobreposição de Esferas
3.
A
Legislaçiio Porhrguesa Face àPariciparfio
dos Pais e Encarregados de Educafao na Escola4.
A
Participa@o dos Pais e Encarregados de Educação no Regulamento Interno e no ProjectoEducdivo
do Agrupamento de Escolas de ColosCAPÍTT.'LO
III
_ SUCESSO/
INSUCESSOl.
Sucesso1.1. O C,onceito de Sucesso Escolar e Sucesso Educativo
2.
Inzucesso2.1.
O Conceito de Insucesso Escolar e Inzucesso Educativol8
t9
22 22 24 25 25 35 47 48 48 49 49 28 Universidade deÉvora 2W7v
O Ewolvimento da Funíüa na F.sala e no Sucesp Edrcativo das Criuças: o cax) dos 3.o e 4.o utos de
escolaridade doAgrupamenb Vertical de Colos (2004/2005)
2.2.
AsCausas do Inzucesso Escolar2.2.1.
Causas Económicas e Culturais Relativas à Família dosAlunos
2.2.2.
Causas Sócio-cutturais conÊontadas com a Escola2.2.3.
Causas Relativas ao Sistema de Ertsino3.
Os Professores e o Sucesso / Inzucesso Escolar4.
AEscolae
o
Sucesso /InsucessoEscolarrN\IESTIGAÇÃO
5t
53 55 56 596l
63 64CAPÍTtrLo
ry
- Metodologial.ARelação
Enúe oEnvolümento
daFamília na Escola eo
Sucesso EducaÍivo das Crianças-
Modelo
de Análise2. Objectivos do Estudo
3. Opções Metodológicas e Plano de Investigação 4. Questões e Problemas Metodológicos
5. Justificação dos Métodos e Técnicas Utilizadas
6.
Carastenzação doMeio
7. Caraúenzaso
do Agrupamento Escolar 8. Definição da Amostra9. Tecnicas de Análise de Dados
CAPÍTLJLO
V
-
Análise e Interpretação dos Dados 1. Questionário2. Dados Recolhidos nas Escolas Relativos aos Alunos 3. Relação Entre Variáveis
CAPÍTLTLO
VI
- Análise e Discussão dos RestrltadosSíntese Conclusões e Sugestões Conclusões Sugestões 65 66 67 68 68 69
7t
72 72 109 110tt4
115tt7
74 75 89 94 Universidade deÉvoru2Cf,7 vrO hwolvimento da Funítia na Escola e no Strcesso Educativo das Crianças: o cu.so dos 3-o e 4.o utos de
escol.çidade do Agntpamento Vertical de Colos (2004/2005)
BIBLIOGRAFTA
A}IEXOS
AI.IEXO
I
- Carta de Apreentação ANIEXOtr
- Questionario aos Pais AI.üEXOItr
-Oficio
ao Orgão de GestãoAI{EXO IV
- Codificação das Variáveisr20
131t32
t34
t4t
143 Universidade de Evora 2007vll
O Erwolvimento da Foníliana
Ewla
e no Sucesso Edrcotivo das Crimças: o ca§o dos 3.o e 4-" anos deescolaridade do Agrupamento Vertical de Colos (20M/2005)
Índice
de
Quadros
Quadro
1-
Beneficios da participação das famílias na educação dos filhos.Quadro
2
-
Dimensões e indicadores do nosso estudo.Quadro
3
-
Distribuição dos pais ou encarregados de educação por faixa eÍiirra.Quadro
4
-Estado
ciül
dos pais ou encaregados de educação.Quadro
5
-
Grau de parentesco em relação ao aluno.Quadro
6
-Habilita@es
dos pais ou e,ncarregados de educação.Quadro
7
-
Situação no trabalho e profissões dos pais ou encarregados de educação.Quadro
8
-Pessoas com quem o aluno vive.Quadro
9
-Local
ondevive
o aluno.Quadro
10-Distância
entre a casa dos alunos e a escola.Quadro
11-
Ano de escolaridade frequentado pelos alunos em20Ml2005.
Quadro Í2
-
Locais onde a criança passa o tempoliwe
depois de sair daescola.
Quadro
13-
Cargos er(ercidos na Associação de Pais.Quadro
14-
O que a Associação de Pais representa paÍa os mesmos.Quadro t5
-
Frequ&rcia com que os pais ofereceramcolúoração
à escola.Quadro
16-
Areas em que os encarregados de educação ofereceramcolúoração
à escola.Quadro
17-
Tempo dedicado pelos pais no acompanhamento difuio dos filhos.Quadro
18-
Razões do não acompanhamento do educando.Quadro
19-Expectaivas
dos pais/
encarregados de educação ern relação aofuturo
dos educandos.Quadro
20-Escolas
dofurupamento
de Colos frequentadas pelos alunos do estudo. PátE 13 66 75 76 76 77 77 78 78 79 79 80 84 85 85 86 87 87 88 89viii
Universidade de Evora 2@7O Erwotvimcnto da FunÍliana Esola e no Suçesso Edttcotívo das Crimças: o caso dos 3-o e 4.o mtos de
escolmidade doAgrupmrcnto Vertical de Colos (2004/2A05)
Quadro 2L
-FaixaetáÍlados
alunos.Quadro
22-Número
de retenções anteriore§ dosalunos-Quadro
23-Número
de faltas dadas pelos alunos durante o anolectivo
20M1200s.Quadro
U
-
C-nefictente de Conelação deSpearman-Quadro
25-
TestetpaÍaavaihve\habilita@es
do encarregado de educação.Quadro
26-
Testet
paÍaa variável do sexo dos pais ou encaxregados de educação.Quadro
27-
Te$et
paÍL avatihvelapoio
dos alunos.Quadro
2t
-
Testet
paÍa a variável sexo do aluno.Quadro
29-
Síntese dos resultados dos pais ou encarregados de educação que mais contactaÍam pessoalmente (mais de 6 vezes)o
professor do seu educando.Quadro
30-
Síntese dos alunos que obtiveram melhores resultados.90 90 91 95 98 100 102
rc4
106 108 Univercidade da É.von 2W7lx
O Ewotvimento da Faníüa na
Ewla
e no Sucesso Edtrcativo dos Crimças: o ca§o dos 3-o e 4-o anos deescolwida& doAgrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
Índice
de
GráÍicos
Gúfpo
I
-Disüibúção
dos pais ou encarregados de educação em função do sexo.GráÍico
II
- Número de contac,tos pe§soais entre os pais ou encarregados de educação eo
Professor.GráÍico
III
-
Forma dos contactos pessoais entre os pais ou encarregados de educação e o Professor.Gráfico
IV
-Razões
do contacto do encarregado de educação com o professor.GúÍico
V
-
Contacto convocado pelo professor: assuntos tratados.Gráfrco
YI
-
Contactos nÍ[o pessoais entre professor e pais: meiosutilizados.
GúIico
VII
-
Membros da Associação de Pais.GnflÍico
YIII
-
Quantidade de vezes dedicadas a acompanhar / ajudar os educandos.GráÍico
D(
-
Classificação do acompanhamento do educando, ao longo do percuÍso escolar.GúÍico
X
-
Diüsão
dos alunos por sexo.Gráfrco
)il
-
Transição de ano deescolaridade-Gráfrco
XII
-
Alunos com Apoio Educativo.Gnífico
)ilII -
Aproveitamentofinal
dos alunos na área de Língua Portuguesa.GníÍico XIV
-
Aproveitamentofinal
dos alunos naáreado MatemáÍica.Gráfico
XV
-
Aproveitamerúofinal
dos alunos nafue,ade Estudo do Meio.PátS. 75 80 81 82 82 83 84 86 88 89
9l
y2 92 93 93 Universidade de Evora 2@7x
O Erwotvimento do Fmúlia no Esqla e no Sucesso Educativo dos Crianças: o c(No dos 3-" e 4-" anos de
escolaridade doAgrupamento Vertical de Colos Q0A4/2005)
Índice
de F'iguras
Figura
1-
Trajectória Inzucesso/Sucesso'PátE.
53
O Ewotvinento da Fonítia na Ercola e no Sucesso Eúrcatiw das Crimças: o caso dos 3.o e 4-o anos de
escoluidade doAgrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
Tábua
de
Abreviaturas
/
Siglas
EEs
-
Encarregados de Educação8.8.2,3
-Escola
Básicado
Segundo e Terceiro CiclosIEFP
-
InstifiÍo
do Emprego e Formação ProfissionalLBSE
-
Lei
de Bases do Sistema EducativoocDE
-
ugani?*rçáo paÍa a cooperação eDeenvolvimento
EconómicosProf.
-
profissãoSERE
-
Secretaria de EstadodaReformaEducaÍiva
SPSS
-
Statistical Package for the Social SciencesO Erwotvinento da Fmúlia na Esola e no Sucesso Eàrcativo das Crimças: o aaso dos 3.o e 4.o anos de
escolmidade do Agrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
-INTRODUÇAO
1
O Erwolvimento da Funíliana Escola e no Sacesso E&rcativo das Crianças: o caso dos 3.o e 4.o mos de
escolaridadedoAgrupamentoVerticaldeColos(2004/2005)
Introduçâo
A
criança éfrtrto
da mmunidade em quevive,
das relações com os pais, irmãos,vizinhos,
amigos
e
também
com
a
escola.Crê-se
que
a
escola ocupa
um
lugaÍ
importantg
deixando de serum
espaçofisico
fechado e isolado da comunidade em queo
seu
papel
e
o
papel
da
família
estavam bastantedefinidos
e
separados, mas permitindo, de forma evidente, uÍna necessidade de cooperação e de concertação erÚre os paise
professores. Casocontrário, a
escola caÂavçz
mais se isolará das restantes areasde
funcionamerúoda
criança,
o
que
terá
graves
sequelasao
nível
do
seu desenvolvimento e comportamento.por oufio
lado, como refereMartins
(1991), a origem social dos alunos, que por vezes vêm de zonas rurais, percorrendo grandes distâncias até chegar à escola, ficandosem
vorúade
de
estudar
ou
desenvolver
oÚras
actividades,
QUêneste caso
são impraticáveisdeüdo
à escassez de recursos tanto materiais como financeiros, pode serum factor
deinfluência
no
sucesso educativo. Se somarmosa
estes aspectosa
fraca qualidadedos
alojamentos, que nãoé
propícia
à
aquisição dehábitos culturais
e
de estudo necessários, os fracos recursos para satisfazer as necessidades básicas como a alimentação, o vestuário, êtc., a incapacidade de suportar os cu§tos dosliwos,
materiais, transportes, entre outros, facilmente concluiremos que ospaiq
normalmente com pouca instrução, se separam da escola com medo de serem discriminados'para colmatar este
problemq
as escolas deverão criar programas diversificados deenvolümento
dos pais e proceder à concretização de uma acção afirmativa em favor dospais em
desvarúagemde
participação. Caso contrário,o
envolvimento paÍental pode acentuar, em vez dediminuir,
o fosso entre as oianças de diferentes grupossociais-Nesta linha de aproximação dos pais à escola, também o Estado tem
feito
esforçospara que
a
mesma seja realmenteefuiva.
Com
a
reforma
do
Sistema Educativo, iniciada na sequência daLei
de Basesdo
Sistema Educativo,Lei
rf
46/86,de
14 de Outubro, introduziram-se profundas altera@es no sistema que abarcamniio
só aspectos de nomenclatuÍa mas também a estrutura,a
orgwização e os objectivos de ensino emportugal.
Mais
tarde,
foram
publicados vários dispositivos legais, principalmente
o2
O Ewolvimento da Fmtítia na Escola e no Sucesso Edrcativo das Crianças: o cct§o dos 3.o e 4.o arns de
escolaridade do Agrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
Decretelei
no Ils-Ng8.,de
4 deMaio
de 1998, que contem orientações paraum papelmais
activo
dos Pais
I
Frrc,arregadosde
Educaçãona vida
das escolas, sendo-lhes atribuídosdireitos,
deverese
novas responsabilidadesna
administraçãoe
gestão das escolas.E
assinr, neste contexto, que surgeo
interessepelo
envolvimento das famílias na escolq constituindo, este, o problema central do nosso estudo.Deste
modq
a questãofulcral
àvolta
daqual
desenvolvemostodo o
projecto de investigaçãofoi:
Será
que
as
crianças
cujos
pais
paúicipam
activamente
na
sua
vida
académica têm mais sucesso educativo?
Assirn, como eixo de anrâlise temos dois grandes objectivos:
.
Conhecer o grau e a qualidade da participação e colaboração dos pais ou encarregados de educação naüda
das escolas;.
VerificaÍ se
o
aproveitamento escolar
dos
estudantesdepende
da participação dos respectivos paisou
encaÍregados de educação navida
escolar.O
desenvolvimentodo
projecto de investigação procura encontrar respostas paÍa as questões atrás formuladas efoi estrutrado
em duas partes distintas e em capítulos, inter-relacionando-se entre si.Na
primeira
parte,
que
denominárnosde
enquadramentotórico,
o
primeirocapítulo
abordaráa
relação Escola
I
Família
numa
breve
perspectivahistórica,
a educação das crianças e a comunidade e a relação Escola / Família, os contornos de uma eventual parceria.No
segundo capítuIo, faremos referência à participação dos paisou
encarregadosde
educaçãona
escol4
segundo
vários
aspectos:o
conceito
de
participação;
a participação dos pais (modelos/
tipologias); a legislação porhrguesa face à participação3 Universidade de Évora 2@7
O Ewolvimento dq Famíliana Esula e no Sucesso Educativo dos Crianças: o caso dos 3.o e 4.o anos de escolaridade doAgrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
dos pais e encarregados de educação na escola; a participação dos pais e encarregados
de
educaçãono
RegulamentoInterno e no
ProjectoEducativo
do
Agrupamento de Escolas de Colos.O
terceiro
capítulo
irá
focar os
conceitos
de
sucessoe
insucessoescolar
eeducativo, e
as
eventuais relações entre estarealidade e os professores e as escolas.Na
segunda parte, no capítulo dametodologi4
descreveremos o modelo de análisedo
nosso estudo, os objectivos, as opções metodológicase plano
de investigação, asquestões e problemas metodológicos, a justificação dos métodos e técnicas utilizadas
g
porfin1
faremos acaraúerização doMeio
e do Agrupamento Escolar.No
capitulo cinco faremos a análise e interpretação dos dados.Finalmente, no capítulo seis apreseÍÍtaremos a analise e discussão dos rezultados e
as
considerações
finais
deste trabalho
com
algumas
sugestões,tanto
para
o Agnrpamento alvo do nosso estudo, oomo para futuras investigações.4
O Envolvimento da Fmtília na Esala e no Sucesso Educativo das Crioryas: o caso dos 3.' e 4.o anos de
escolaridade do Agrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
ENQUADRAMENTO TEORICO
5 Universidade de Evora 2007
O Ewotvimento da Fwnília na Escola e no Sucesso Educativo das Crimças: o caso dos 3.o e 4." anos de
escolaridade doAgrupamento Vertical de Colos (20M/2005)
CAPITULO
I
- Relação
Escola
lFamflia
-6
O Erwolvimento da Fmúlia na Esula e no Sucesso Eàrcativo dos Crimços: o cctso dos 3.o e 4.o onos dB
escoltidade do Agrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
1.
Breve
Per:spçctiva
Histórica
da Relação Escola
/
Famflia
A
interacção escola/famíliaé
uma
realidadeque hoje se coloca com
grandeacüdade.
Mas
a
importáncia
do
papel dos pais
na
educaçãodos filhos
não
é
um conceitonovo.
lâPlatáo
referia
a responsabilidade dos pais na educação dosfilhos
e advertia quetudo
o
que as crianças ouvemem
casapode influenciar
o
seu carácter.Também
os
grandespioneiros das
EscolasNovas
ou
da
Nova
Pedagogia, comoDecroly,
Freinet, Montessory
e
mesmoPiageg
tiúam
insistido
na
importância
da relação escola-família.Portugal
com
um
regime
político
ditatorial,
ferozrnente centralizador,
nãoadmitindo
a interrrençãodo
cidadão Íta "respúblicd'
foi
segregando uma"calhtra
de nãopwticipaçãd',
um
comportamento de exclusão que, como não podia deixar de ser,também na escola se
verificou.
O regime político daépoc4
como diz Davies(1989:26)
"(...)ptnha
o
sea
rcento tónico
ru
obediência,wbmissão, ordem,
respeitopelas
hiermEtias,
conformismos,etc.".
A
escola era percepcionada comoum
espaço onde os pais não tinham entrada, a não ser quando chamados (na maior parte das vezes o termo exacto seria"intimados")
a comparecer.Só
na
dérÂÁa de 7O,e
principalmente nade
80,
se levarama
cabo numerosas pesquisas sobre o impacto da família paÍa a realizacãlo escolar dos alunos.Epstein (1992), investigadora norte-americana pioneira neste
temq
recorda umaprimeira
perspectivadominante
no
passado segundoa
qual,
a
escola
e
a
família
preparavam a criança demodo
diferenciado para avida em
sociedade; numa segunda perspectiva, mais tarde, a escola e afamília
eram consideradas deforma
sequencial (a criança, primeiro na família e, só depois, na escola).É,
contudo, a perspectiva de Epstein que estabelece uma relação de sobreposição enúe a escola e afamíliq
com vantagem de atribuir um papel central ao aluno, deixando este de ser um ente passivo paÍa se assumir como actor principal do seu êxito escolar.Daí
que se devainsistir
na colaboração escola/famíliapor
se acreditar que estaparceiainfluenciará
positivamente a aprendizagem e o desenvoMmerúo do aluno.No
entanto, tambémo
sentido desta colaboraçãotem
sofrido algumas alterações. Nos anos 60 pedia-se aos pais para reforçar as aprendizagens escolares dos filhos. Nos7
O Erwolvimento da Fqnllia na Esula e no Sucesso Educativo das Crimças: o caso dbs 3." e 4.o anos de
escolaridade doAgrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
anos 70 falava-se da complementaridade recíproca eÍrtre a família e a escola. Na
última
década
pediu-se aos
professoresurna
colaboração estreita
com
a
família
para compreender melhoro
ambiente natural da criança e paÍa comprometer os pais na vida escolar.Os primeiros estudos publicados sobre esta temática
-escola/família-
surgiram emPortugal,
apenasm
d&ada de 80, e foram
realizadospor
uma equipade
professores portugueses,Ramiro
Marques e PedroSilva,
sob a direcção deDon
Davies.De
facto,"Antes
disso, ercrm poucas aspúlicações
científicrc
portuguesasEte acolhian
ras
suaspá§nas artigos
dessa natareza.Não ltovia,
türrbém, qualEter
disciplina,
nos carsos deformação
de professores, Ete dessegaarida
ao estudo deswproblemática.
Oasflrnto
era,nesw alhrra,
na mínimo,alvo
de contestação geralpor porte
dos vfuios interesses corporativos, nomeadanente sindicais e dapwte
de muitos professores havia uma desconfimtçagrmde
em relação às vantagens de umaaproximqão
da
escola àsfarnllia§'
(IMarques, 1993:4l).
Para Epstein (1997) e Davies (1994), a noção de parceria é o cerne dos programas de envolvimento das famílias e tem sido identificada como uma componente essencial tendo em
üsta
a melhoria do e,nsino e a igualdade de oportunidades.2.
A
Educação das
Crianças
ea
Comunidade
A
família
tem
assumido diversasformas
ao
longo de
diferentes
épocas econtextos
culturais,
estandosujeita
a
mutações contínuas. Segundoo
Dicionffio
daLíngua
Portuguew
Contemporânea,o
çonceito
defunília
significa
um
conjunto
de pessoasligadas
por
laços
de
consanguinidade (especialmenteo
casal
e
os
filhos), paÍentescoou
afinidade quevivam ou
nãona
mesma casa, constituindo"o primeiro
lugar
de todo eEtalquer
eútcação [assegurandoJpor
isso, a ligação entre o efectivo eo
cognitivo, assim comoa tranymisúo
dos valores e dnsnorma§'
@elors, etal-
1996'. 111).De acordo com Donati (1998), citado por
Volani
(2001), afamília
é a influência mais poderosâ paÍa o desenvolümento da personalidade e do carácter das pessoas, pois8
O Ewolvimento da Fantília na Escola e no Sucesso Educativo das Crianças: o ca§o dos 3.'e 4.o anos de
escolaridade do Agrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
enquanto agente
(ou
espaço) de socializzrçáo dos indivíduos, revela e ajuda a perceber, em parte, trajectórias sociais, bem como práticas presentes e expectativas futuras.Assim
sendo,a
família
desempeúa
um
papelcrucial
na educação. Epstein eConnors
(1994)
referem mesmo
que, ao
nível
educativo
e
nos últimos
30
anos,verificou-se que
os
ambientesfamiliares são
fundamentaispaÍa
o
desenvolvimentocognitivo
da
criança influenciando
o
aproveitamento
escolar,
as
atitudes,
os comportamentos e a motivação dos alunos.Sem
dúüda,
que os primeiros educadores são os pais. No entanto, este dever deeducar
é
da
competência
de
toda
a
comunidade humana,
entendendo-se por comunidada,"o
sistemaecoló§co
formado
pela
escola,
asfmnílias,
o
bairro,
as relações de vizfuhançn e as institttições locais com vocaçãopara trabalhwem
com ascrimças
e osjoverd'(Daües,I\flarques
eSilvq
1993: 59).Assirn, acreditamos que
o
acto educativo se integra numa concepção ecológica, comum
c,arárter espontâneo,g)obaliante
e comunitário. Ocupando a escolaum
lugar importante, deixando de ser um espaçofisico,
fechado e isolado da comunidade, em que o seu papel e o papel da família parecem bastante definidos e separados, mas permitindo de forma evidente, uma necessidade de cooperação e de concertação entre os pais e os professores. Casocontrário,
a
escola c,adavez mais
se isolará das restantes áreas de funcionamento da criança,o
que terá graves sequelas ao nível do seu comportamento, aproveitamento e desenvolümento.3.
A
Relação Escola
-
Famflia:
Contomos
de
uma
Eventual
Parceria
A
família
constitui
um
espaçopriülegiado
parao
desenvolümentoda
criançq pois é no seu seio que a criança adquire o seuprimeiro
despertar como pessoa e oinício
das suas rela@es com a sociedade.lfrna
vez que
a
população estudantilda
escola actualé
muito
heterogénea, os professores e asfamilias
têm raízes culturais,por
vezes, muito diferentes,o
que pode9
O Erwolvimento da Fonília na Escola e no Sucesso Educativo das Crianças: o ca§o das 3.o e 4.o anos de
escolaridade doAgrupanento Vertical de Colos (20M/2005)
provocaÍ nos alunos grandes problemas de adaptação, é necessário cada vez mais ter em conta a importância da continuidade cultural entre as escolas e as famílias.
A
este propósito, Lareau (1989), citadapor
Carracho (1999), realçao
papel dasculturas familiares
na
educação,referindo
que
estlrs'Tacilitü?,
ou
dificultam
o ajustamento das criwtçctsà
escola,trmsformondo,
ou ttão, os seus recursosculturais
emcqiíal
social.Por
isso,pwa
alguns alunos socialmente des/worecidos,Escola
eFamília
constituemdoisrrundos
de relações estranha§'(Carracho, 1999:l8).
Neste aspecto,
Bloom
(1982) considera que todos os pais, independentemente do seunível
sociocultural e económico, podem ser encorajados e ajudados, nomeadamente pelaescolq
amodificar
as suas características, de forma a influenciar positivamente o aproveitamento escolar dosfilhos.
Para isso, devem dialogar, encorajar,fixar
objectivos e criar um clima educativo positivo nas suas relações familiares.Com efeito, paÍaEsfiela
T.
(1993), as famílias devem"tomü
consciência que não podem demitir-se daswas
responwbilidodes educativas,face
à
vida
escolar dos seusrtho§'
(Estrela, 1993: 6).Relaüvamente à legislação, Stoer e Cortesão (1998), citados por Carvalho (2000), constatam que nos
últimos trinta
anos severificou,
apesar detudq
uma evolução, pois passou-se de uma situação que pÍomoviao'opai
indiferente ouopostd'
(antes de25
deAbril
de
1974)
para
o
*pai
responxiruel'
9u€,
num
primeiro momento,
era"colabordof'
e,
progfesSivamente, COmeçOua
Ser aCeite cOmO'opwceird'
de
plenO direito.Os "100
Compromissospara
amaPolítica de
Fmtília
pwa
2004/200e',
do Governo Português,estúelece
a necessidade dese'fomentar
e consolidor umacaltura
deprticipação
dasfonílias
rn
escold',
deforma a
acompanhar as que "q)resentem dificuldades ou sinais de disfunç.ão que se reflectemno
comportomentoda criança
naescold', bem como
a
prestaçãode apoio às
associaçõesde pais
relativamente
à formação parental e dinamizar novas modalidades de formação de professores, onde sedevem incluirtemas relacionados com as famílias.
Segundo
Villas-Boas (2001),
a
legislação contempla
duas
modalidades
de envolümento par€ntal.A
primeira, e mais zublinhada" é a que consiste no envolvimentocolectivo
ou
administrativo,
que se
manifesta afiavés
das
associagõesde
pais
e encarregados de educação.A
segunda éo envolümeÍúo
indiüdual,
a nível pedagógicoou
educativo, que é menosvisível
e menos contemplada nas leis de diversos países.A
O Ewotvimmto da Fanltia na Esqla e no Sucesso Educativo das Criwtças: o ca.so dos j.o e 4.o wtos de
escolwidade doAgrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
atrtora
anterior
consideraqug
apesarde
asleis
actuais favoreceremo
envolümento parenta! venifica-se que existem no terreno muitas dificuldades na sua implementaçãog
por
isso, as escolas continuam a manter com as famílias uma interacção baseada em métodos úadicionais.Também
Marques
(1997)
consideraque
estestipos
de envolvimento
são um elemento-chave paÍa a democracia e têm de se,r promovidos desde a legislação ao mais alto nível às parcerias ao nível da sala de aula.Mas,
segundoDiogo (1998),
a
escolae
a
família têm
objectivos
e
práticas diferentes, exercendoinfluências
separadas sobre as criançag relacionando-se apenas quando existem problemas. Este autor, citando Freud (1937), Praget e Inhelder (1969), considera que existe umasquência
de articulaçãoente
escol4família
e comunidade.Assirq
nos primeiros anos deüda,
a famíüa tem a obrigação de acompanhar a criançq preparando-4 entreoufias
dimensões,púL a
escola.A
partir
do
momento em que a criança enüa na escola, compete a esta instituição aresponsúilidade
da sua educação até que o jovem passe a serÍesponúvel
pela zua formação, em parceria estreita e activa com a família.Anna Henderson
(1987),
citada por Daües, Marquese
Silva(1993:24),
concluiuque,
"quordo os
pais
se
emtolvemna
eútcação
dos
filltos,
eles obtêm
melhorqtroveitwnentd. No
entanto, não existe só uma maneira de envolver os pais. Deverá haverum
lequevariado
de
possibilidades,conforrre
o
meio
em que
a
escola está inseridae
as
características especíÍicas dospais. Os
contactos devem ser intensos eincluir,
aÍém das reuniões gerais, encontros enüe professor epaig
comunicagão atravésda
cadernetada
esçolaou
cadernodo
aluno e
participação dospais
nas actiüdades escolaÍes, sempre que possível.Comer, citado
por
Davies, Marquese
Silva (1993: 25),
refere queé
necessánio"trabalhü
cuidodo
nente com os
pais
mé krmos
a
certezade
qrre osprimeiros
projectos
úo
bem rucedidas.O
sucessotraz
o
flicesso
e a
auto-confiwtça e,
comorestltado,
ospais
ficmt
motivadospwa
participwem
aindn
mais". Mas
criar
bons programas de envolvimento dos pais não éfárcil. Existem muitos obstáculos, tais como: problemas demográficos, situaçõesde
grande
pobrezae
de falta de
condições de habitação que implicam a prostituição, a droga e a mendicidade, levando assirq a umagrande ta:ra
de
abandonoescolar
antesde os jovens
completarema
escolaridade obrigatória. Existetarrbém
em Portugalum
hábito de os pais entregaÍem osfilhos
àsO Ewolvimento da Fontlia na Esala e no Sacesso Eàrcativo das Crianças: o ca§o dos 3-o e 4.o anos de
escoloidade doAgrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
escolas e demitirem-se
do
seu papelde
educadores, enquaÍrto que os professore.§ vão aceitando essa posição de passividade dos pais.Além
disso, os dooentesjulgam
que o§pais que
não
contactamoom
a
escol4 não
querem saberdo
pÍocesso educativo dosfilhoq
o
que nem
sempreé
verdadeiro.Por
fim,
mútas
das escolaslimitam
o
seurelacionamento com o exterior a reuniões no
início
do ano lectivo, duas ou três reuniões com a associação de pais durante o anoe
aralização
de festas com a presença dos pais.A
literatura
sobre a relação escola-famíliaé
consenzual aoconcluir
que a escolatem evoluído
mais lentamentedo
que asfamílias.
Estefacto
é
sublinhadopor
Puya (2003), ao afirmar que esta situação tem limitado a possibilidade de se criar uma relaçãoafectiva
efrcazentre professores, alunog famílias e comunidade. Este autor refere ainda outras limitações:'faln
de
tumpo, carências ecornmicas, Ttroblemasde
trutsportes, desconhecimentocomo
actuü,
de
segurutça
e
de
comunicação motivadas
pnr
dificutdades linguísticas epráticas
culturaisdiverws,
más recordaçõesdavido
escolar,receio
de
se imiscuírem nos
assuntosda
escola
e
afuda dificaldades em
conciliw
horffios
de trabalho com oshorffios
das reuniõestn
escold' (Puyg 2003:3).
A
investigação,sobre este
assunto, segundoa
Organization
For
Economic
Cooperation
And
Development
-
OCDE
(1997), revela que aprimeira
resistência à colaboração dos paig parte deles próprios, pois muitas vezes sentem-se incompetentes epouco inforrrados
paÍa
intervir
num meio
especializado,serúindo-se
excluídos socialmente pelos grupos dominantes.Para que
os
obstáculos atrásreferidos
possam ser ultrapassados,é
necessário mudar de atitude, e esta mudança passa pela formação contínua de professores e pela implantaçãoda
nova
reorganizaçãocurricular em que
a
participaçãodos pais
e
da comunidade está contemplada. Também Marques Q0O2),pro$e
que se deve investir naformação
de
professoreq
na
informação
e
educaçãodas famílias, nos
recurso§ disponíveis nas escolas e na criação de parcerias entre as escolas supe,riores e as escolas básicas.Nesta
perspectiva"Villas-Boas (2001) afirma que
qualquer
reforma
que pretenda de facto melhorar a escola terá necessariamente de contemplar a formação de pais e de professores.Segundo
Harry
(1992),a
escolaé
quem está em melhor posição para analisar ereflectir
sobre este tema, por isso competeJhe tomar a iniciativa. Nesta linha" no sentido detentar
responder aosnovos
desafios Gonçalves (1997), sugere que a relaçãoescola--família deve intensificar-se tendo o professor como
o setpivô.
O Etwolvimento da Fmtíliana Escola e no Sucesso Edttcotivo das Crianças: o caso dos 3." e 4.o anos de
escolaridade doAgrupamenta Vertical de Colos (2004/2005)
De
acordo
com
a
generalidadeda
investlgação realizad4
constata-seque
aparticipação das famílias no acompanhamento escolaÍ dos filhos traduz-se em
múltiplos
beneficios,quer
para
os
alunos (influenciando
positiva^rrenteo
seu
aproveitamento escolaÍ,a
assiduidadeà escolq
as
aspiraçõese
os
compoÍtamento§),quer paÍa
os professores(vêem
recoúecido
e
valonzaÃoo
seutrúalho),
quer paÍa as
escolas (promovendo uma imagem positiva da zua actividade).Vários
estudos demonstramainda muitos
beneficios paraas famílias de
várias fornras de envolvimentoe
participação,tais como
aumentodos
sentimentos de auto--estima e aumento da eficiência e motivação para continuarem a $raprópria
educação (Becher, citado por Marques, 1989).De factq no
estudo
da
Fundoção
Mattel
e
do
Institute
for
Mucacional
I*wdership,
coordenado por Epstein QO02), concluiu-se que estas acções üaduzem-seem
beneficios
para
crianças,
famílias,
professoreg
escolase
comunidade,
como podemosveriÍicar
no Quadrol.
Quadro
I
-Beneficios
da participação das famílias na educação dos filhos.Crianças PaiíFamílias Professores
- Atitudes e comportamentos
mais positivos. Maior confiança na escola.
- Melhoria da aúo-esüma e maior
realza$o profi ssional dos Drofessores.
- Maior assiduidade.
- Maior aproveitamento escolar
Maior confiança no desempenho do seu papel de
tutof
e pai ouEncanegado de Educaçáo.
- Maior real2açâo dos
estudantes.
- Relacionamentos mais fortes
com a comunidade lmelhor
repúação na comunidade.
- Maiortaxa de graduação.
- Mais inscrições na instrução pós-secundário.
Melhor reconhecimento e respeito pela ac'tMdade docente.
- lmagem mais positiva da
funçáo parental. do
Também Davies et
al.
(1997) refere queo
envolvimento dos pais é benéfico para os professores, que vêemo
seutrúalho
maisfacilitado
e a sua imagem mais valorizadaface às famílias
e
para as
escolas,que
passama
contar
com
maiores apoios
no desenvolümento da sua actiüdade.Neste âmbito, também Villas-Boas (2000) sublinha que existem beneficios paÍa os
alunos,
no
aproveitamento,
nas
atitudes
e
na
aprendizagemque
se
modifica
favoravelmente. Assirn, a autora entende que os pais enriquecem a imagem dos filhos,e
O Erwotvimento da Fmúlia na Escnla e no Strcesso Eúrcativo das Crtanças: o caso dos 3.o e 4.o anos de
escolqridade do Agrupamento Vertical de Colos QA04/2005)
aumentam
as
suas expectativas
face
à
escola
e
adquirem
novas
competências educacionais, influenciando positivamente as suas práticas educativasfamiliareg
poisisso
permite-lhes estabelecer relaçõesmais
calorosase
participativascom a
escola, estimulando-os como pessoas e cidadãos.Ainda
para Davies(1989),
as crianças melhoramo
seu aproveitamento escolar, quandoos pais se
envolvem
na
escola.E
são
as
criançasde famílias de
baixosrendimeÍfos
as que mais poderão ganharcom
o
seu envolvimento. Os programas de envolvimento atraeme
são mais acessíveis àsfamílias
da ooclasse média",pelo
que as escolase
os
professoresdevem
investir
seriamentede
forma
a
compensar
esta desvantageÍn, que pode aumentaÍ ainda mais e afastar a escola da igualdade.No
entanto,o envolümento
dos pais no processo educativo dosfilhos
não parece estar directamenteligado
ao seunível
sociale
cultural
Para demonstrar isso, Epstein (1987) realizou um estudo sobre o envolvimento dos pais e descobriu que o§ professores que envolvem os pais em actiúdades de ajuda aosfilhos,
em casa, consideram que eles desempenham bem essas actividades, independentemente de seremricos ou
pobres ou de terem muita ou pouca instrução.Os beneficios do envolvimento dos pais, segundo Epstein (2000), serão cada vez melhores
se as
escolas,as famílias
e
comunidadestrúalharem
conjuntamente na promoção do zucesso dos estudantes, pois as escolas não podem fazer tudosoziúas.
Para
levar os
paisao
envolvimentona
educação dosfilhos, eústem
programas especíÍicosque se
baseiamnuma
destastrês
úordagens:
comunicação escola/casa; envolümento interactivo; parceria.Na comnnicação escola/casa, os professores explicam o que os pais devem fazer para apoiar
a
aprendizagemdos
filhos.
Os pais
podem reforçartudo aqúlo
que
os professoresquerem
que
os
alunos
façam
em
casa:
vigrar os
trúalhos
de
casa, assegurando queo
aluno estudadiariamentg
contribuindo para queo
aluno te,lrhaum
bom
comportamento na escolae
desenvolva atitudes favoráveisà
aprendizagem.Por
outro lado, pede-se aos pais que transfiram para osfilhos
maneiras de ser, de conhecer, de comunicar e de pensaÍ, para que eles sejam pessoas bem sucedidas.lsto
passapor
levar osfilhos
a participarem em experiências de aprendizagens diversificadas(visitar
museus, comprarliwog
ler histórias), criar oportunidades de dialogo entre pais e filhos, conversaÍ sobreo
que sefez
na
escola, encorajando-osa
cumpriremos
deverese
a teremum
comportamento correstona
escola.Contribuirão
assim, para queos filhos
O Erwolvimento da Fa nília na Escola e no Sucesso Edacativo das Crianças: o ca§o dos 3.o e 4.' anos de
escoloidade do Agrupamento Vertical de Colos (20M/2005)
interiorizem atitudes facilitadoras de sucesso educativo,
tais
como: gosto pelotrúalho
bem feito, rotinas detrúalho,
tenacidade e ambição naiusta medida.Comer (1980), citado
por
Davies, Marquese
Silva
(1993), Íefere ainda que"os
alunos
cujospais acreditwn que
eles
úo
cqazes de
vencer
ru
escola têm
maisfacilidade
emadquirir
as atitudes necesúrias cta $tcesso na escola. Os alunos oriundosde
fanílias
deslavorecidos e pouco habituadasa
lidw
coma
anltura da escola tantbémpodem
adryirir
essas atitudes se os lnofessores as derem a conheceraospai§'@aües,
IVlarques e
Silvq
1993:3l).
Os
estudosde Clark
(1983), citado
por
Davies, Marques
e
Silva
(1993
32), também demonstram que "Ospais
dos melhores alunosencoraiavamlns a
ser
bemsucedidos
rut
escola, revelovun
expectativas elevadas,
definiam
regras
decomportunento,
reforçavan rotinas de
esmdoe
converwvam
com
osfilhos.
Pelocontrário, os
pais
das
fithos
com q)roveitqnento
escolaríraco
alheavam-se da educação dosfilhos, paJwvür, pottco
tempocom
elese
não
comtmicavwncom a
escold'.O
envolvimento
interactivo
baseia-seno
respeito mútuoe
sincero entre pais eprofessores,
trúalhando com
objectivos
semelhantes. Diferencia-sedo
anterior
por apreciar as culturasminoritárias,
dando &rfase às duas culturas(orltura
deorigem
ecultura dominantQ e sabendo usar arnbas, de acordo com as situações.
A
parceria
integra uma parte dos envolümentos anteriores.No
entanto, exige queos
professoresmudem
de
atitude
e
passema
encarü os pais como
educadoresigualmente
capazesde
intenrençõesfacilitadoras
do
sucesso educativo.A
educação passa a ser da competência de todos: pais, professoÍes e institui@es de apoio a criançase jovens. Assim, o ensino passa a basear-se num currículo enriquecido que acentua uma apretdizagem
activ4
o
domínio
de
competênciasbásicag
o
desenvolvimento do penmmento crítico e das capacidades de comunicação oral e escrita. Trata-se de adaptaro
Currículo Nacional, inüoduzindo
elementos dasculturas
minoritárias, adaptando a gestão de espaços curriculares de âmbito local ouregional
tendo ototal
controlo local sobre as actividades extralectivag comunicando com a família e pedindo a colaboração de empresag serviços de saride, etc.Vários
estudos demonstram aindamuitos
beneficios para asfamílias de
várias formas de envolvimentoe
participação,tais como
aumentodos
sentimentos deO Etwolvimento da Fmtília na Escola e no Sucesso Edrcativo das Crianças: o ca§o dos 3.o e 4." anos de
escolmidade do Agntpamento Vertical de Colos (2004/2005)
-estima e aumento da eficiência e motivação para continuarem
a
sua própria educação @echer, citado por MaÍques, 1989).Como podenros constatar, para além dos efeitos benéficos nas crianças, produzem--se também efeitos positivos na educação de adultos e no seu desenvolümento pessoal o que pode ter efeitos sociais e educacionais benéficos.
Epstein mosfiou
aindaque
famílias
que se envolvem
e
comunicamde
forma positiva com a escola e os professores, têm tendência para encarar o professor com maissimpatia, apoiar
mais os
filhog
os
professorese
as
escolas,a
ver
a
escolae
os professorescom
menos desconfiançae
a
aumentaÍos
sentimentos de pertença. Tudo istoconribui
também paÍa a socialização dos professores.As famílias envolvidas na
üda
da escol4reoúecidas
nas
zuasfun@es,
sentem--se disponíveis para oferecer as suas competências eo
seu tempo.Ao
se redescobúemnum novo
papel, podem sentir-se apreciadas, agradecidas, integradas, solicitada§ paÍa novas formas deintervir
na educação dos seus filhos, num processo derecoúecimento
social do seu papel de parceiros da escola.
Em
sumq
"aparticipação fus
funílias
e dos EEsrw
vidaescols
setrduz
em beneficios váriospora
o deseruvolvimento escolar das crianças,para
asfatnílias,
pata
os professores
e
m
escolas epcya o
desenvolvimentode
uma sociedade democrática(.)"
@iogo,
1998:35).
A
comunicaçãoentÍe
a
escolae
a
família é
importante
eurgentg
sendo a comunicação a chave de todo o processo de envolvimento dos pais na escola.Finatizando, toda a
literatura
que conzultámos, a propósitodo envolümento
dasfamílias na
escola (na aprendizagem dos alunos),é
consistente e unânime sobre esteponto:
há uma correlaçãopósitiva
e
clara entreo
envolümento
dos pais no processo educativo dosfilhos
e
o
aproveitamento académico destes. Neste sentido,tarnbérq
o estudofeito
e,mPortugal
por
Gonçalves(1997
106-107) demonstra, que"...
homte realmenteum
rendimento acentuadode
uma manetrageral...
"
e
"...
em termos deqretdizagem deran
grmdes pulos,
grudes
cvcmço§...".
Assim, "o
Ete
se observou em termos de resultadosÍoi
omaalteração significativa
rn
aÍitude dos alunosface à
escola e àqrendizagem (...)
a escola reagiu com muito interesse e ospais
sentiunEte
algo
estava
a
acontecer
e
seria
fimdmennl
que
contitruassea
aconteceF."
A
intervenção
de
Gonçalves,junto
dos
alunose
das respectivasfamílias,
"conseguiumilü
as
relaçõesfa
niliwes qroximmda
filhos
epais
atravésde
um
movimentoO Ewotvimento da Fmttliana Esula e no Sucesso Educativo das Crianças: o ca§o dos 3.o e 4-o anos de
escolwidade doAgrupamento Vertical de Colos (20M/2005)
itwerso
que
aproxima e une através do esforçopara
a resolação umproblema
comum-
üficutdades deqrendimgem.
Paisefilhos
estabelecem amanova relação em qlae umdetermnudo
estatuto de
poder
(o
do
wber)
é
substituídopor
ama
pwtilha
rye
qrorima
eügnifica
dois seres" (1997: 108).O Ewotvimento da Famtliana Escola e no Sucesso Eàrcativo dos Crianças: o caso dos j-o e 4-" anos de
escolaridade do Agrupamento Vertical de Colos (2004/2005)
CAPITULO
II
-
Participação
O Ewolvimento da Fonília na Esala e no Sucesso E&rcattvo das Crianças: o oa§o dos j.o e 4-o anos de
escolaridade doAgrupamento Vertical de Colos Q0A4/2005)
Possivelmente
a
participação
não
é
am
valor
ffiIrremo
de um
sistemasocial, mas
é
o
melhorinstrumento
para
rceder
a
outros
valoresfundmtenais
como
a iustiça,
a
criatividde,
a
igualdade,
a
tolerfurcia, a solidariedade --. ou seiaé o seu caldo de
atltivo.
(Adaptado de San Fabirtuq
1994:21)
A
participação dasfamílias,
paise
encarregadosde
educação, na educação dosfilhos
eno
funcionâmento da escolaé um princípio
democrático cons4grado ao maisalto nível,
desde
1976,na
Constituiçãoda
República
Portuguesae
posteriormente reforçado,em
1986,na
Lei
de
Basesdo
Sistema Educaüvo(LBSE).
Todaüa"
este envolvimento dasfamílias com a
escolaexigiu
a
oiaçáo
de estruturase
órgãos ondeessa participação pudesse te,r lugar.
Neste
capítuIo,
iremos
esclarecerqual
a
nossa
úordagem
ao
conceito
de participaçãoe
da
forma
como
foi
regulamentadae
materializadaa
participação
das famíüas nas estruturas das escolas.1.
Conceito
de
ParticiPação
A
participação, enquanto noção, encerra duas vertentes perfeitamente distintas, embora, muitas vezes,hajq
sobre si, uma noção univectorial.Comummente há a noção de que participar
é'tomar
part€',tirar
vantagenr, obter facilidades, usufruir daquilo que é proposto ou produzido por terceiros, obter beneficios materiais, económicos e sociais.Enfim,
é o aspecto egocêntrico do conceito.O Ewolvimento da Funítia na Escola e no Sucesso E&rcatiw das Crianças: o caso dos 3.o e 4-'anos de
escolaridade do Agntpamento Vertical de Colos (2004/2005)
Numa
organizaÉo, como
é
a
escola,os
seus membrosnão
podemdeixar
de participar. Existem é várias formas de participação(Limbos,
1986: 14).para
o
autor
61rásreferido,
a
participação
não devg
conceptualmente, ser entendidaruma üsâo
unilateral,
massim
nrma
perspecüvaglobú
onde se reunem tendências do comportaÍneÍúo humano, isto e, de um lado o proveito pessoal do outro, a partilha das aquisições e dos recur§os.A
palawa
participação, surge associadaà de
integração paratentar explicar
o fenómeno do funcionamento das organizações oII, se se quiser, para ajudar aidentificar
algumas teorias organzacionais. Outras vezes, quando sefala
de participação está-se a tentar falar de envolümento, implicação, etc.A
participação,púâ
Bernoux é*tomar parte deforma
activa e empenhm-se; pode ser, tunbém,ra
volta, opodef'(Bernoux,
dd:
307). Contudo, esta definição carece, dealgumas cagtelas, na medida em que, como salienta
Lima (1992:
127),"...seF umactor
social não é
condição suficientepwa
participu;
nem pertencer,tomw
porte
oa
serparte,
úo
sinóntmos departicipaf'.
O conceito de participação, para este autor, quandoassume
o
carácter valoraüvo, "assume umsignificdo
relativmtente precisono
quafuo da democracia comopmticipaçtio,
onde é associadaà
decisão, aogovefln,
àpartilha
depoder.
É
exactqnente neste domfuio mois expres§vo depwticipqão
que pdrecelegítimo
afirmw
que
alguru grapos
sociais não participa
n
no
governo
de
certas orgwriz.ações."Admitimos,
porérrq quea
participação poderá envolveralgrrs
riscose
que, porisso,
alguns eventuais participantes poderão optarpor
não participar, comoforma
de conseguir uma relativa independência.Ainda
segundoLima
(1992)
-
reportando-sea
uma ideia de Crozier
(1992), segundoa
qual, participar
é
perder
a
liberdade,é
perder
a
situaçãoconfortável
decrítico, é
também enfrentaro
risco de
se empenharemocionalmentg
é
finalmente, prestar-se àlimitação
de outrenr,à
limitação dogrupo
ou
da unidade às decisões dasquais
separticipa
-
"a participação ewolve risco e
que
os potenciaisputiciputtes
podem mesmorúa
estor interessados emparticipar
(...)
a passividade, ou me§mo a nãoparticipação, podem
represento
a
adop$o de
uma estraté§a
defensivae
neste sentido, se poderiaúrmar
Ete
tais indivíàtosparticipwiwn
nãoparticipando."
(Limq
1992:125).
O Erwolvimento da Fmtítiana Escola e no Strcesso E&tcativo das Criailças: o cct§o dos 3.o e 4.o anos de
escolwidade doAgrupomento Vertical de Colos (20M/2005)
Contudo, se
o
conceito de participação se sujeita a interpretaçõe§ variada§, AlvesPinto
(1995:
159) adverte paÍaa
exi§tênciqpor
vezes, 'ode um mal-entendido, qae setraútziria
emaúnitir
que
existem diferentes membrosde
umaorganização:
os
Etepoticipa
n e os clue nãopwticipmf'.
Posição, aliás, reforçada na definição de estratégia dadapor
CrozTer e Friedberg (1992), segundo osquaiq
"...o
comportdÍnento é activo. Se e sempre timitado e sujeitoa
construt§mentos, mtncc, é directwnentedetermindo;
mesÍno a passtvidode é sempre, de
certaforma,
o resultado de uma escolha..-"(Croáer
e
Friedberg
1992: 55-56).Ent![o, se para a anárlise estratégicq o comportaÍnento do actor é racional, cada um de nós, quen queira, quer não,
participa a todo
o
momento daúda
das organizações sociais a que pertence.Nós, ao
aszumirmos,a
perspectivade Alves Pinto,
segundoo
qual todos
os membros participam? cremosque
qualquer membro deuma
organzaqÃosocial
está consciente ou inconscientemente, a participar de acordo com a percepção que tenha das vantagensque
possa
vir a
obter
afiavés
da
estratégia.Por
oúro
lado,
quando determinada pessoa opta por uma estratégia de reüaimento, poder-se'á admitir que essa estratégia de retraimento possa ser substituídapor
uma
estratégia de cooperação, se,como refere Alves
Pinto
(1995
160), "as pessoas tivercnn a percepção de que, atravésdo
sua
mobilização noprojecto
conjunto,poderão
ir
desewoivendoo
ssttproiecto
pessoal'.
Fazendo
uma
síntesedos vários
autoresdiremos,
de uma forma
sucinta
e abrangente, que a participação é uma estratégia que consiste em promover a tomada dedecisão
em gnrpo,
melhorando
a
sua eficacia
pela
interacção eÍúre
os
diferentes membros desse grupo. Até porque, como refere Barroso (1995:31), "aputicipação
não é urnritual
que se reservapara
os grandes momentos.A pmticipação
é um modo de vida Ete permite resolverfavoravelmente atenúo
sempre existente entre oindiviútal
eo colectivo, apessoa e o grupo, na
organimçãd'.
Também o
XVII
Governo Constitucional, no seu programa governativo, eüdencia a necessidade da participação dos pais na vida da escola: "Apwticipação
democráticara
vida
das
ercolasé
uma das
grmdes conquistu do
País.A
legislação em
vigor
conseguiu trazer as