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Técnicas de Maquiagem, Visagismo e Imagem Pessoal

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Academic year: 2022

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ESP. LUCIMARA FERREIRA DE MORAES

Técnicas de Maquiagem, Visagismo e

Imagem Pessoal

GRADUAÇÃO

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Técnicas de Maquiagem, Visagismo e Imagem Pessoal

ACESSE AQUI O SEU LIVRO

NA VERSÃO DIGITAL!

Esp. Lucimara Ferreira de Moraes

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FICHA CATALOGRÁFICA

CDD - 22 ed. 646.7 CIP - NBR 12899 - AACR/2

ISBN 978-65-5615-157-1 Impresso por:

Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679 Fotos: Shutterstock

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

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NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

DIREÇÃO UNICESUMAR EXPEDIENTE

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ.

Núcleo de Educação a Distância. MORAES, Lucimara.

Técnicas de Maquiagem, Visagismo e Imagem Pessoal.

Lucimara Ferreira de Moraes.

Maringá - PR.: Cesumar, 2020.

136 p.

“Graduação - EaD”.

1. Maquiagem 2. Visagismo 3. Imagem Pessoal. EaD.

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BOAS-VINDAS

Reitor

Wilson de Matos Silva

Neste mundo globalizado e dinâmico, nós trabalhamos com princípios éticos e profissionalismo, não somente para oferecer educação de qualidade, mas também, acima de tudo, gerar a conversão integral das pessoas ao conhecimento.

Baseamo-nos em quatro pilares:

intelectual, profissional, emocional e espiritual.

Assim, iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil, nos quatro campi presenciais (Maringá, Londrina, Curitiba e Ponta Grossa) e em mais de 500 polos de educação a distância espalhados por todos os estados do Brasil e, também, no exterior, com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. Por ano, produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil exemplares.

Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de excelência, com IGC 4 por sete anos consecutivos e estamos entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil.

A rapidez do mundo moderno exige dos educadores soluções inteligentes para as necessidades de todos. Para continuar relevante, a instituição de educação precisa ter, pelo menos, três virtudes:

inovação, coragem e compromisso com a qualidade.Por isso, desenvolvemos para os cursos híbridos, metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor do ensino presencial e a distância.

Tudo isso para honrarmos a nossa missão, que é promover a educação de qualidade

nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento

de uma sociedade justa e solidária.

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e o visagismo me acompanham como um presente divino. Desde criança, sem condições financeiras e sem produtos – na época, não havia tanto mercado para isso –, me maquiava olhando revistas e questionando tamanhos de pálpebras e sobrancelhas, porque a mesma cor e técnica ficava bonita em uma modelo de capa de revista e na outra não. Portanto, meus trabalhos profissionais me direcio- naram para área da beleza. Nessa cami- nhada, me desenvolvi como maquiado- ra em uma multinacional que me abriu portas para outras possibilidades; assim me formei em Estética e Cosmética pela Unicesumar, em 2016, e sou pós-gradua- da em Gestão Estratégica de Negócios.

Montei meu próprio espaço de beleza, o primeiro no estado do Paraná em ino- vação de coworking na área. Sou profis- sional na área da beleza desde 2002 e, desde então, fiz inúmeras especializa- ções com qualificações em maquiagem, micropigmentação em sobrancelhas e estética facial. No decorrer da faculda- de, conheci terapias complementares, mudando meu olhar em relação a várias áreas da minha vida. Assim, decidi ir em busca do propósito que me impulsiona:

ministrando cursos de empreendedoris- mo na área da beleza! Além de cursos de especialidades como maquiagem e mi- cropigmentação, atuo como palestrante motivacional. E como disse, sigo o pro- pósito que impulsiona minha vida, que é tocar pessoas por meio do ensinar e mo- tivar; sendo assim, aqui estou, realizando meu sonho de criança, escrevendo um livro e falando para uma grande plateia!

Portifólio disponível em: https://www.ins- tagram.com/lucimaramoraes_/

Aqui você pode conhecer um pouco mais sobre mim, além das informações do meu currículo.

MEU CURRÍCULO

MINHA HISTÓRIA

Sou a Lucimara Moraes, mas muitos me chamam de Lu! Quero compartilhar um pouco da minha história de vida e como me tornei professora. Sempre gostei muito de ler e, quando criança, meu sonho era escrever livros, falar em público para grandes plateias e atuar na área do Direito, tanto que minha pri- meira opção de vestibular foi o curso de Direito, além de cursinhos para concur- sos públicos. A maquiagem, contudo,

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REALIDADE AUMENTADA: Sempre que encontrar esse ícone, esteja conectado à internet e inicie o aplicativo Unicesumar Experience. Aproxime seu disposi- tivo móvel da página indicada e veja os recursos em Realidade Aumentada.

Explore as ferramentas do App para saber das possibilidades de interação de cada objeto.

PODCAST: professores especialistas e convidados, ampliando as discussões sobre os temas.

PÍLULA DE APRENDIZAGEM: uma dose extra de conhecimento é sempre bem-vinda. Posicionando seu leitor de QRCode sobre o código, você terá acesso aos vídeos que complementam o assunto discutido.

PENSANDO JUNTOS: ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar e transformar. Aproveite este momento!

EXPLORANDO IDEIAS: com este elemento, você terá a oportunidade de explorar termos e palavras-chave do assunto discutido, de forma mais objetiva.

EU INDICO: enquanto estuda, você pode acessar conteúdos online que ampliaram a discussão sobre os assuntos de maneira interativa usando a tecnologia a seu favor.

Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos online. O download do aplicativo está disponível nas plataformas: Google Play App Store

IMERSÃO

RECURSOS DE

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APRENDIZAGEM

CAMINHOS DE

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Princípios da Maquiagem

TÉCNICAS DE MAQUIAGEM, VISAGISMO E IMAGEM PESSOAL

Técnicas de Maquiagem

Procedimentos de Biossegurança

Avanços da Aplicação das Maquiagens 1

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PROVOCAÇÕES INICIAIS

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INICIAIS

PROVOCAÇÕES

Você já parou para pensar porque uma maquiagem simples fica tão elegante para algumas mulheres e em outras mulheres a impressão que se tem é que não parecem estarem maquiadas?

Isso se dá pelo fato de que cada ser humano tem suas próprias características e personalidade. O que influencia totalmente na construção de maquiagem, tornando cada uma única!

Que tal pesquisar duas mulheres em idades diferentes, uma de 40 anos e outra de 20 anos, em média, usando o mesmo estilo de maquiagem, seguindo e reproduzindo o passo a passo, juntamente com os mesmos produtos.

Você notou que, na mulher de 20 anos, a maquiagem teve um resultado mais básico e quase impercep- tível, ficando muito natural?

Percebeu que, na mulher de 40 anos, a mesma maquiagem simples a transformou em uma celebridade elegante?

Tudo isso que você percebeu nessa construção é fundamentada mediante estudos em visagismo e co- nhecimentos em técnicas específicas de maquiagem. O visagismo é o estudo desenvolvido por meio de fundamentos matemáticos e análise comportamental humana. As técnicas específicas de maquiagem foram construídas ao longo da história, juntamente com a criação de produtos para uso, de acordo com cada estereótipo.

Para você, que será um profissional na área de estética, é de suma importância ter conhecimento sobre estudos que avaliem formatos de rosto em suas diversas variações, juntamente com cada personalidade e seu estilo de vida.

Agora que você já conhece a importância de se dominar os conhecimentos apresentados, que tal mer- gulhar e se aprofundar nesse universo de maquiagem?

TÉCNICAS DE MAQUIAGEM, VISAGISMO E IMAGEM PESSOAL

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INICIAIS

PROVOCAÇÕES

Suponha que você, já sendo um(a) esteticista formada(a), atuando como profissional na área da maquia- gem, passe pela seguinte situação:

Maria está casando sua filha Marcela, e contrata seus serviços de maquiagem social para comemorar esse dia tão especial. Entretanto, especifica que quer uma sombra em tons escuros de preto e azul. Você identifica, por meio das técnicas de visagismo e maquiagem, que as pálpebras da Maria estão flácidas devido a sua idade, deixando seu olhar pesado e caído. Você, com sua experiência como maquiador(a), entende a importância da elegância em maquiagem de mãe de noiva, sabendo dos tons indicados para esta situação. Entende também que a maquiagem precisa estar de acordo com personalidade, ocasião e comunicação.

Diante desta situação, quais seriam as condutas que você tomaria como Profissional?

Bom, primeiramente, você deverá orientar sua cliente com relação aos desconfortos diante de se usar uma maquiagem que não irá realçar sua beleza, assim como não valorizará a ocasião em que está co- locada como mãe de noiva, que se trata de um momento histórico que ficará gravado para posteridade em memória e em fotos e vídeos.

Ainda assim, você deverá dispensar atenção no cuidado com sua abordagem quanto ao desejo de Maria, afinal, sonhou por anos para esta ocasião. Você deverá passar total confiança no momento de definir qual maquiagem será mais adequada à ocasião, beleza e personalidade de Maria. Lembrando que são indispensáveis as orientações com relação à técnica e cor escolhida, pois ela tem o poder de comunicar tristeza, cansaço ou envelhecimento, assim como dar alegria, jovialidade e elegância.

Esta disciplina abordará questões importantes, como os conceitos básicos de visagismo aplicados no uso da maquiagem em variações de formatos de rosto, assim como na composição da imagem pessoal, téc- nicas de maquiagem para diferentes estereótipos de rostos, colorimetria, texturas de produtos, materiais de uso e sua higienização, para que você, como profissional, possa resolver com excelência situações como essa que apresentamos.

Ficou entusiasmado(a)? Convido você para mergulhar e se aprofundar nesse universo de conhecimento.

Vamos lá?

TÉCNICAS DE MAQUIAGEM, VISAGISMO E IMAGEM PESSOAL

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OPORTUNIDADES

DE

APRENDIZAGEM

Princípios da Maquiagem

Esp. Lucimara Ferreira de Moraes

Nesta unidade, você terá a oportunidade de observar que maquiagem, visagismo e imagem pessoal são conteúdos presentes na sociedade há muitos anos, fazendo parte de nosso cotidiano, conforme o contexto his- tórico de cada época e os recursos disponíveis. As alterações que os pro- dutos e as técnicas sofreram com o tempo proporcionaram, para algumas maquiagens, o status de formulações inteligentes, pois veremos que, com os avanços tecnológicos, os cosméticos passaram a ter outras funções, além do embelezamento, como o de prevenir e tratar problemas de pele.

Discutiremos exemplos destas inovações, como o filtro solar agregado à base, entre outras opções que o mercado oferece. A partir daí, falaremos sobre as tendências da maquiagem na atualidade, com embasamento no conhecimento sobre visagismo, colorimetria e ferramentas profissionais que resultam no embelezamento pessoal.

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UNICESUMAR

Olá, estudante! Bom, primeiramente, quero sa- ber: você já ouviu falar sobre visagismo? Já parou para pensar como e onde esse termo se aplica na maquiagem e na imagem pessoal? Qual a impor- tância da compreensão desse conceito na prática de maquiagem, juntamente com uso de diferentes pincéis aliados a uma imensidão de texturas e cores de produtos?

Desde o início dos meus atendimentos como maquiadora, já me vi em situações em que essas informações fizeram total diferença, tanto em tê-las (adquiri com o decorrer do tempo), como por não tê-las, lá no início da minha carreira!

Vou compartilhar com você um de meus aten- dimentos que esboça bem sobre o que estamos

Agora que você já está um pouco mais ambientado(a) com o tema, proponho um exercício:

diante do espelho, observe o formato de seu rosto, estrutura e comprimento de lábios e sobrance- lhas, formato e tamanho de seus olhos. Desenvolva em você ou em alguém de seu contato pessoal uma maquiagem básica, acompanhando tendências de maquiagem nos dias de hoje, utilizando variedades de pincéis, cores e texturas de produtos, valorizando seu embelezamento pessoal.

Como se saiu no exercício?

Conseguiu visualizar simetrias e assimetrias?

Acredita que uma maquiagem básica em seu rosto pode ser muito diferente em outro formato de rosto?

Registre suas impressões no diário de bordo.

DIÁRIO DE BORDO

discutindo. Atendi uma senhora de mais ou me- nos 50 anos, e durante a conversa de pré-agen- damento, observei que ela possuía traços bem definidos, tais como sobrancelhas espessas de fios grossos, maxilar proeminente – o que dá um formato mais quadrado ao rosto – e um corte de cabelo reto e curto, conjunto que proporciona um aspecto forte para sua imagem pessoal.

Pude então colocar em prática as tendências de maquiagem da época, atreladas a meus pro- dutos e pincéis que melhor se adequavam para atendê-la. Escolhi cores e texturas de produtos que realçassem sua beleza, valorizando suas ca- racterísticas naturais, usando meu conhecimento sobre visagismo.

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UNIDADE 1

Vamos juntos imaginar uma situação: uma pessoa procura por um serviço de maquiagem social e alerta que suas últimas experiências têm sido desagradáveis, pois sente muita co- ceira nas pálpebras e logo sua maquiagem se torna um desastre. Qual seria a conduta do profissional que irá atendê-la diante desta situação?

Bom, agora que você sabe a importância de possuir conhecimento sobre a formulação da maquiagem, você, com certeza, irá orientá-la ao uso de uma maquiagem hipoalergênica ou que não contenha materiais como chumbo, níquel, cobalto e cromo, que são os maiores

Essas impressões que você teve acontecem pelos diferentes formatos de rostos, profundidade, ta- manho de olhos, nariz, boca e, até mesmo, maçãs e testa. Graças à evolução da maquiagem, hoje somos presenteados(as) com pincéis e produtos mais específicos para os formatos de rostos, valo- rizando o embelezamento de cada um.

Bom, anteriormente, tivemos um primeiro con- tato com técnica de maquiagem, passando por co- res, texturas, pincéis e como esse conhecimento se relaciona com visagismo no embelezamento pessoal.

Nesse momento, aprofundaremos questões que envolvem Princípios de Maquiagem.

É importante falarmos sobre a História da Ma- quiagem como base para esta unidade, lembrando que se trata de um estudo feito por meio da pró- pria história e cultura da humanidade, pois con- tém registros históricos datando 30.000 a 10.000 a. C. (VITA, 2009).

O ser humano sempre sentiu em si a neces- sidade de se sobressair em grupo social no qual está integrado. Ser admirado, receber a atenção dos outros é inerente à raça humana, desde os seus primórdios, conforme pesquisa feita pela historiadora Ana Carlota R. Vita, em seu livro História da maquiagem, da cosmética e do pen- teado. Este comportamento veio se transfor- mando e se comunicando por meio do embele- zamento estético e pinturas faciais e corporais.

Na idade primitiva, a pintura estava relaciona- da com a magia, guerra, passagem de fases impor- tantes da vida, festividades e estabelecimento hie- rarquias sociais. Na sociedade primitiva, fazia-se uso da própria natureza como fornecedora de itens para confecção de maquiagens, tanto para homens quanto para mulheres, sem distinção.

A maquiagem era confeccionada de forma totalmente artesanal, tendo como matéria-pri- ma açafrão, henna, terra vermelha, Kohl (carvão), fuligem, índigo, frutas silvestres, cera de abelhas, minerais e pedras que eram macerados, moídos ou diluídos e feito misturas para serem usadas posteriormente, tanto em face como em regiões do corpo, comunicando, dessa forma, o momento que o indivíduo vivenciava.

É muito importante que você, que está iniciando sua profissão como tecnólogo em Estética e Cosmé- tica e maquiador, entenda os moldes em que a ma- quiagem foi criada e como teve influência sobre os seres humanos. As primeiras produções de cosméti- cos e maquiagens, por exemplo matérias-primas uti- lizadas para embelezamento facial, eram altamente nocivas à saúde, podendo causar até mesmo a morte, tais como sulfito de antimônio e carbonato básico de chumbo. Por meio de dados históricos, percebemos a importância de se conhecer os princípios ativos e as formulações de cosméticos e cosmecêuticos uti- lizados na maquiagem.

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UNICESUMAR

Você sabe o que significa Visagismo?

É um termo derivado da palavra francesa visage, que significa “rosto”. O termo foi criado, em 1936, pelo grande cabeleireiro e maquilador francês Fernand Aubry (1907-1976), que dizia que o visagismo é uma arte e que o visagista é um escultor do rosto humano. Refere-se à arte de embelezar ou transformar o rosto, utilizando cosméticos, tinturas e o corte de cabelo.

Portanto, é aplicado ao trabalho do maquilador e do cabeleireiro e à maquilagem artística do rosto. Em geral, o visagismo é uma atividade profissional, mas, na realidade, toda mulher que se maquila exerce o visagismo, embora num nível amador (HALLAWELL, 2010).

Registros datados de 4.000 a.C. nos deixam provas de uso de maquiagem e cuidados estéticos na Mesopotâmia, evidenciando que a Babilônia e a Assíria foram pioneiros na arte de embelezamento.

Entretanto, foi no Egito que a rotina diária com rituais de embelezamento se torna evidente. Devido a altas temperaturas e ao clima extremamente seco do local, foram desenvolvidos cosméticos para hidratação da pele e proteção dos olhos, com pinturas sobre as pálpebras e ao redor dos olhos, para minimizar os efeitos das radiações solares.

Desta forma, esta cultura pro- porcionou grande contribuição para a evolução da maquiagem e cosmética, pois os ingredien- tes usados nessas preparações até hoje são empregados em vá- rios produtos de beleza (VITA, 2009).

Com a civilização nos ca- minhos do desenvolvimento, pinturas e ornamentos usa- dos até então para distinção e destaques dentro de um grupo seleto da sociedade, em situa- ções de guerra, passagem de fases importantes da vida, fes- tividades ou para estabeleci- mento de hierarquias sociais, começam a ganhar atenção entre as culturas e o belo passa a ser apreciado.

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UNIDADE 1

Com a transição da Pré-His- tória para a Antiguidade, estes conceitos foram se tornando ainda mais fortes. A Antiguida- de foi caracterizada pelo surgi- mento de organizações socioe- conômicas e cada uma possuía sua própria cultura. Sendo as- sim, técnicas diferenciadas de embelezamento surgiram como elemento diferenciador e repre- sentativo do indivíduo frente à sociedade.

Figura 2 - Pinturas comemorativas

Na Antiguidade, a beleza tinha fortes ligações com a espirituali- dade e religião, cultuando o cor- po como habitat divino, acredi- tando que a beleza era referência da divindade. Isto era almejado por todos os nichos de classes, porém os itens de beleza tinham alto custo para sua produção ou aquisição, dessa forma, era pos- sível distinguir classes por meio do uso de maquiagens e cosmé-

ticos (D´ALLAIRD et al., 2017). Figura 3 - Pinturas usadas em um ritual

No antigo Egito, os olhos eram mais valorizados, acreditava-se que além do embelezamento, a limpeza os conectava à espiritualidade, ajudando a afastar o mal. Os produtos não eram usados somente para afastar os maus espíritos, mas também como repelente de insetos e desinfetante, reduzindo infecções oculares, como a mesdemet, primeira sombra preta feita de galena, minério de chumbo (D´ALLAIRD et al., 2017).

Na Idade Antiga, tinha-se como marco de beleza a pele clara feminina, lábios avermelhados, assim como as maçãs levemente ruborizadas. Culturas como a grega, assíria, babilônica, entre outras, tinham os rituais de beleza como rituais rotineiros, levando horas para se embelezarem, o que era feito tanto por homens como por mulheres (VITA, 2009).

Inicia-se a Idade Média, fase que acontece entre os séculos V a XV d.C., o marco dessa transição foi o Cristianismo, o que foi determinante na mudança de padrões de beleza e comportamento (VITA, 2009).

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UNICESUMAR

“Na Idade Média a maquiagem chegou a ser condenada pelo clero. As mulheres que se pintavam eram acusadas de não aceitarem a aparência que Deus havia lhes dado, e maquiar-se, portanto, representava um ato de revolta contra as decisões divinas” (CEZIMBRA, 2009, p. 11). Por conta da crença religiosa (o Cristianismo), muito do que havia sido descoberto até então no Ocidente foi relegado a um plano inferior, pois a Igreja queria apagar tudo que derivasse de outras crenças, entre elas o paganismo – dessa forma toda uma sociedade foi mudada! A interferência religiosa teve forte influência na mudança de pensamento, o que, consequentemente, alterou comportamento de homens e mulheres, modificando hábitos em relação à higiene, arte, moda e beleza (VITA, 2009).

O padrão de beleza do período antigo se estende para Idade Média, mantendo a pele clara, porém agora acompanhada pela testa raspada, veias acentuadas com índigo e ausência das sobrancelhas (VITA, 2009).Por influência do Cristianismo, foi imposta uma forma de pensar em que o corpo humano, em especial o feminino, estaria intimamente ligado ao pecado. Essa postura religiosa impôs a abolição de todo e qualquer produto ou ato de embelezamento que remetesse à vaidade, enaltecendo a beleza e, dessa forma, levando à lascívia e ao pecado (VITA, 2009).

A pele clara era sinônimo de status e riqueza, pois se diferenciava de classes inferiores que traba- lhavam ao sol, ou seja, isso mostra que, da Anti- guidade para a Idade Moderna, houve mudança de pensamento e comportamento, mas a beleza

Claro que a cultura de um povo não se muda da noite para o dia e, com certeza, mesmo que escon- dido, mulheres ainda mantinham seus rituais de beleza; de forma mais sutil, a maquiagem e a pele alva se mantinham na realeza. A palidez da pele era considerada objeto de desejo, isso fazia com que muitas mulheres cometessem atos de deses- pero, tais como o uso de sanguessugas, fazendo sangria para alcançar tal cor.

Figura 4 - Mulher sem uso de maquiagem

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UNIDADE 1

Vemos que a crença e a forma de pensar têm total domínio sobre o comportamento humano.

Ainda hoje, vemos mulheres, no Brasil, em determinadas denominações, que não se depilam e não cortam seus cabelos. Ao mesmo tempo, percebemos que a vaidade e a beleza andam junto aos seus conceitos, sejam eles exagerados ou escassos; o fato é que o ser humano está sempre se preocupando com o cuidado com o belo.

Figura 6 - Mulher da realeza, com pele clara, maçãs coradas e lábios levemente corados

O período da Idade Média foi marcado por pressão religiosa, dominação do clero sobre as classes sociais, mudança de pensamento, julgo feminino e corte da vaidade. Um período de extremismo religioso que proporcionou toda uma alteração no comportamento de uma sociedade por séculos.

No final do século XVIII, o Parlamento inglês recebeu a proposta de uma lei que tentava impor sobre as mulheres uma penalidade por adornarem-se, o que era visto como bruxaria. Tal termo desobrigava

os maridos de suas responsabilidades, já que haviam casado com uma “máscara falsa”, o que mostra o forte poder que a maquiagem e embelezamento têm sobre a comunicação, tanto de quem se comunica como de quem é comunicado.

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UNICESUMAR

Você sabe o que significa proporção áu- rea?

“O conceito de proporção áurea é fun- damental para a estética porque se trata de uma proporção considerada perfeita.

Áurea quer dizer dourada, o que signifi- ca perfeita. A proporção áurea é mate- mática e geometricamente perfeita e foi descoberta por matemáticos gregos da Antiguidade”.

Fonte: Hallawell (2010, p. 35).

Enfim, por volta do ano 1.300 d.C., chega o Renascimento! Movimento que restaura valores da arquitetura, arte e beleza, batizando a Idade Média como a “Idade das Trevas”. Foi um período de profunda renovação na cultura e na arte euro- peia, em que os artistas passaram a exprimir em suas obras um olhar livre dos dogmas da Igreja Católica. Uma época cheia de pompas e luxos, em outras palavras, foi uma fase de transição do sis- tema feudal para o capitalismo, quando a cultura lembrava os tempos de Roma e Grécia.

Neste movimento que foi tão importante para a sociedade, ainda se mantinha a prefe- rência pelo aspecto de pele clara, porém agora com mais acesso a cosméticos. Fazia-se uso de pinturas à base de chumbo e pó feito de arsênio para empalidecer a fisionomia, assim como o uso de batom rosa claro, realçando a aparência pálida. Essa prática, com certeza, diferenciava as classes sociais e econômicas, sendo óbvio o uso da maquiagem por aqueles que tinham meios para pagar por cosméticos sintéticos (D´AL- LAIRD et al., 2017).

Aqueles com menor poder aquisitivo para se cuidarem buscavam na natureza seus artífices a fim de enaltecer sua beleza, como frutos silvestres mace- rados para se obter o ruge e o batom (VITA, 2009).

A preocupação com a beleza era tamanha que, nessa época, em 1558, foi lançado o primei- ro livro sobre etiqueta, chamado Galateo, mos- trando a preocupação que a sociedade naquele momento tinha sobre “perfeição”, considerando também a influência da arte na história, como as obras de Leonardo da Vinci (1452-1519), que desenvolveu o conceito da proporção áureas –

proporções perfeitas presentes em suas obras. Figura 7 - Mulher seguindo padrão de beleza da rainha Catarina de Médicis

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UNIDADE 1

Cabelos soltos e o uso da maquiagem se popularizou graças à rainha Catarina de Médicis, famosa pelo uso das “moscas”, que simulavam uma pinta no rosto feitas com tecido, usados tanto por homens quanto por mulheres (VITA, 2009).

Produtos para deixar a pele com aspecto pálido se mantiveram em uso, diferentemente da Idade Média. Neste momento, as mulheres buscavam as bochechas rosadas e, para marcar e ressaltar as maçãs do rosto, o ruge era bastante comum. Além dele, o batom e o Kohl ainda eram muito usados, porém com composições mais avançadas e melhor desenvolvidas, para não causar danos à pele. O hábito de raspar as sobrancelhas se mantinha também, porém desenhava-se em cima delas para fazê-las arqueadas e com olhar mais instigante (VITA, 2009).

Figura 8 - Maquiagem seguindo padrão de beleza da rainha Elizabeth

Foi a Rainha Elizabeth, conhecida como a “rainha virgem”, que tornou-se referência, por utilizar ma- quiagens exageradas. Por não possuir dotes de beleza considerados para a época, carregava no uso de produtos para cobrir suas sardas, já que era ruiva e com sardas em toda face e corpo. Seus lábios eram muito vermelhos, a pele muito branca com aplicação de ruge em suas maçãs, e as sobrancelhas ruivas eram raspadas para serem desenhadas de forma arqueadas (VITA, 2009).

Como dizem: tudo é passageiro e transitório, assim também foi a pele alva que, por um breve momento, deixou os palcos da beleza em meados do reinado de Carlos II, dando espaço ao uso de cosméticos mais pesados e bases mais escuras. Nesse período, muitas pessoas tinham a pele pálida em decorrência de permanecerem muito tempo dentro de suas casas devido a doenças ou epidemias, mudando o significado de que a pele clara é sinônimo de status e riqueza. A aparência

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UNICESUMAR

Com a entrada do século XVII, a maquiagem está cada dia mais elaborada e crescem os truques para as mulheres realçarem a pele, tais como vi- nho tinto passado no corpo, colorindo os seios (que ficam quase à mostra, em decotes profun- dos). Entretanto, a pele branca como a neve volta a ser preferência, com as veias azuis acentuadas pelo índigo. As faces voltam a ser um pouco rosadas nas bochechas, mas as bases brancas de alvaiade (carbonato de chumbo altamente tóxico) ainda acentuam o toque “aristocrático” da mulher. Um dos motivos para a maquiagem ter se tornado aos poucos mais pesada para ambos os sexos foi a falta de medicação e de práticas sanitárias adequadas.

A varíola, doença particularmente virulenta que deixava marcas profundas na pele das pessoas, era comum. A vaidade trouxe produtos que con- seguiam disfarçar bem as marcas que a doença deixava no rosto (VITA, 2009).

Percebe-se aqui o uso de maquiagem não so- mente como item de embelezamento, mas tam- bém para correções. Essas correções de sequelas de varíolas são muito parecidas com as que usa- mos ainda hoje para correção de sequelas de acne na maquiagem.

Neste período, a maquiagem acompanha o estilo de vida de uma sociedade regada a luxo e poder, em que o exagero impera em todos os sentidos. A igreja via como luxúria esse desejo possessivo por moda e beleza. Buscava interferir neste comportamento, porém não obteve sucesso, pois até o alto clero estava contaminado com os vícios da moda.

Passamos ao século XVIII, marcado por re- finamento, elegância e, claro, muito luxo. Foi nesta época que o pó facial ganhou grande destaque, o tão famoso “pó de arroz”, por meio das técnicas de empoamento que se resume a cobrir tudo com pó facial (feito de arroz ou farinha de trigo) – cabelos, rosto e colo, tudo

por parte de mulheres como por homens que, por sua vez, abusavam de maquiagens fortes, claro que dentro das tendências daquela épo- ca, pois eram obcecados por moda, perucas e maquiagem (VITA, 2009).

Figura 9 - Maquiagem representando o exagero no empoa- mento de “pó de arroz” na face e perucas

Maria Antonieta foi uma rainha conhecida por sua loucura pela moda; podemos por assim di- zer que foi a primeira consumista compulsiva da história. Enquanto dentro da normalidade as mulheres tinham um item de cada maquiagem ou apenas um item no geral de maquiagem, a bela rainha tinha seu próprio perfumista e maquiador morando em seu castelo, criando cosméticos ex- clusivos, entre eles nove tonalidades de ruge, o que na época causava uma certa inveja na sociedade feminina que se contentava com uma única cor.

Seguindo a lei de demanda e procura, a técnica

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UNIDADE 1

nhar o padrão de beleza da época, que causou problema de abastecimento de farinha de trigo, resultando em insatisfação e ódio por parte do povo. O luxo e glamour eram tão grandes que mesmo com a falta de alimentos, aristocratas continuavam com festas e vestidos de pompa, fazendo uso da maquiagem excessiva empoando farinha de trigo em suas perucas e faces (VITA 2009).

É nesta passagem que encon- tramos a famosa frase da ra- inha Maria Antonieta: "S’ils n’ont plus de pain, qu’ils man- gent de la brioche” (“Se não têm pão, que comam brioches”).

A sociedade fazia uso de tudo que já havia sido descoberto desde a Renascença por mu- lheres e homens, porém duas novidades estavam sendo tes- tadas com sucesso: a cochoni- lha como padrão para o ruge nas faces e o pó facial feito de subnitrato de bismuto, branco como a cal. O vinho tinto aos poucos foi sendo substituído por um produto a base de vi- nho e anilina vermelha, que coloria a pele de rosa claro.

Vale lembrar que, no final século XVIII, existiam opi- niões diferentes sobre ma- quiagem por conta de sua composição com itens tóxicos, causadores de doenças de pele, assim como o uso de maquia- gem exagerada era associada

Figura 10 - Mulher da realeza maquiada seguindo tendência da época, eviden- ciando os extremos de uma sociedade

à prostituição e bruxaria, tanto que o parlamento britânico aprovou duas leis relacionadas ao uso indevido de maquiagem. Uma que determinava que, caso a mulher usasse batom, seria levada a julgamento pela prática de bruxaria e outra que permitiria a anulação do matrimônio caso a noiva usasse batom antes das núpcias (D´ALLAIRD et al., 2017).

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UNICESUMAR

O século XIX traz o romantismo, deixando o exagero no século passado, e a maquiagem se torna imperceptível. Mantinha-se o uso do pó de arroz, mordiam os lábios para deixá-los rosados e as maçãs ficavam com aspecto saudável por beliscadas quando ninguém olhava, o ruge era usado com prudência, afinal, moça de família não usa o rosto pintado. Essa era foi influenciada pela rainha Vitória, sem mui- tos apegos à beleza, fechada em conceitos puritanos e cavalheirismo, o que não permitia mulheres de

“classe” se expor ao ar livre sozinha, interferindo na tonalidade da pele, que continua clara como a neve.

Figura 11 - Mulher ao estilo vitoriano, mas suave em sua maquiagem

A vaidade e os cuidados com a beleza ainda conti- nuavam, porém agora com esse olhar vitoriano de comparativo: “aquele tipo de mulher” referindo-se a dançarinas, atrizes ou quem trabalhava na vida noturna fazendo uso de maquiagens fortes.

Ao final do século XIX, os pós já não conti- nham o tóxico chumbo e havia disponíveis cos- méticos com variações de uso e, na maquiagem, variações de cores, passando a ser consumidos por vontade e não por obrigatoriedade de moda imposta por uma sociedade.

Em meados de 1900, começa a surgir a indústria

culo XX, batizando com consagrados nomes ainda hoje no setor de embelezamento e cosméticos, como Cyclex Cosmetic, Shiseido, Maybelline, Elizabeth Arden, Helena Rubinstein, Max Factor e Avon.

O que imperou neste século foi a busca por uma beleza saudável e natural, trazendo joviali- dade, que acelerou a produção de cosméticos na época. Assim, a indústria de cosmético crescia absurdamente, a maquiagem teve seu momento revolucionário influenciado pelos palcos de teatro e telas de hollywood.

A primeira guerra transforma o universo femi- nino, afinal, agora as mulheres trabalhavam fora e tinham seu próprio dinheiro para se esbaldar em

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UNIDADE 1

Nesse início, a maquiagem permeou caminhos em tons sóbrios e monocromáticos, porém, com a crescente indústria de cosméticos, a aquisição se tornou algo fácil ao consumo; assim, vários estilos foram criados com o uso de maquiagem, passando pelo estilo burlesco, em que olhos, lábios e unhas ganham destaque. Aqui, os batons tiveram destaque especial, em diferentes cores, realçando cada mo- mento deste século, posicionando-se como símbolo de sexualidade e maturidade.

Tivemos, ainda, o estilo vamp, que se parecia muito com a maquiagem egípcia. Neste estilo, era desenvolvida a ma- quiagem nos olhos com deli- neado em henna de cor intensa em um formato amendoado; o nome se dá por conta da seme- lhança com os olhos de morce- gos (D´ALLAIRD et al., 2017).

A evolução da maquiagem é formada pela crescente indús- tria de cosméticos, juntamente com a indústria cinematográ- fica, as quais regem comporta- mentos e tendências, lançando novos estilos, tornando-se qua-

se que parceiros de caminhada Figura 12 - Maquiagem evidenciando o batom, simbolizando sensualidade e maturidade

no quesito moda e beleza.

A maquiagem, que antes era tão pálida, ganha novos ares, em decorrência das praias que as atrizes frequentavam; desta forma, novas cores de pós foram lançadas, buscando tons mais escuros e bronzea- dos. Vieram também as melindrosas, com maquiagem que se tratava de desenhar os lábios em formato de coração, eliminando o formato natural. O rímel deixa os cílios duros como os de uma boneca, as faces recebiam o ruge com certo exagero, tornando tudo muito vermelho, e as sombras negras se en- carregaram de escurecer as pálpebras.

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UNICESUMAR

Querido(a) estudante, depois de ver tantas informações sobre ma- quiagem, percebendo sua importância desde eras primitivas, já se perguntou como nasceu a profissão de maquia- dor?

Assim como a primeira, tam- bém a Segunda Guerra Mun- dial teve seu impacto no mun- do da beleza, período em que as mulheres foram fortemente influenciadas pelas atrizes de Hollywood, em que a imagem que se vendia era a de luxo e be- leza, para se contrapor à realida- de da guerra. Max Factor foi um divisor de águas na evolução da maquiagem, além de exímio químico, era também visagista e maquiador.

Figura 13 - Maquiagem tendência as melindrosas

Figura 14 - Atriz que influenciou gerações, Audrey Hepburn

A profissão do maquiador surgiu entre as décadas de 30 e 40. Com a indústria cinematográfica em constante crescimento, o setor de cosméticos e maquiagem, automaticamente, cresceu na mesma ve- locidade, daí nasceu a necessidade de um profissional que possa estar nos sets de gravação maquiando os grandes nomes do cinema.

Max, judeu nascido na polônia, foi inventor dos cílios postiços, gloss, bases, pancake – que foi sucesso absoluto no clássico filme “O Vento Levou”, em 1939 – e também responsável pela harmonia de cores na maquiagem, entre outras inovações, como texturas, aderências, fixação e embalagens – impossível falar de maquiagem sem falar de Max Factor. O mundo vivia uma época de revolu- ção industrial nos cosméticos, produtos lançados constantemente, assim como novas marcas se consolidando no mercado, como a Revlon, dona de uma vasta gama de cores de esmaltes e batons, entre outros produtos que se tornaram autoridade no segmento até os dias de hoje.

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UNIDADE 1

Desde o início já havia preocupação na qualidade do produto fabricado, tanto que a potência Shiseido estabeleceu, desde 1921, cinco princípios para fabricação de seus produtos: qualidade, coexistência e a coprosperidade, respeito ao consumidor, estabilidade corporativa e sinceridade (VITA, 2009).

Enquanto os cosméticos fervilhavam na Europa e Estados Unidos, no Brasil as mulheres tinham acesso apenas ao pó de arroz, batom e ruge. O Brasil ainda era desprovido da era industrial, além do preconceito de ter a maquiagem associada às dançarinas de cabaré. Somente em 1950, as brasileiras tiveram acesso a uma gama maior de produtos de beleza. Com toda a evolução acontecendo, as maquia- gens já não eram mais as mesmas para todo tipo de mulher. Max Factor teve sua máxima contribuição ao personalizar as maquiagens para cada perfil de celebridade que maquiava, buscando a perfeição por meio da valorização da beleza peculiar individual. Os produtos passaram a ter várias cores que se harmonizassem com o tom da pele, os ruges passaram a ser conhecidos como blushes.

Por influência do pós-guerra, nasce o estilo Pin-up, com maquiagens marcando lábios em vermelho e olhos definidos pelo delineador de uma forma muito sensual.

Essa época foi tomada por muita dificuldade, pois os padrões de beleza impostos pela indústria cinematográfica eram altamente rígidos, assim a tecnologia corria para satisfazer a demanda de se ter uma melhor definição de imagem. É na década de 50 que Max Factor desenvolve um calibrador de beleza, podemos dizer que era um manual de visagismo, pois consistia em examinar a face e fazer

Figura 15 - Maquiagem tendência Pin-up

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UNICESUMAR

Os anos 60 foi a década de revolução comportamental, uma geração nascida entre o pós-guerra, cheias de nova ideias, ditando sua própria personalidade e criando seu próprio estilo. Claro que cinema e revistas de moda influenciavam ou acompanhavam este comportamento. Assim, houve a maquiagem de olhos pretos marcados, com lábios pálidos, formando uma maquiagem dramática. Este estilo foi conhecido como Twiggy, nome de uma adolescente britânica e super modelo que se tornou ícone neste visual, o qual simbolizava mulheres jovens, modernas e que criavam tendências.

Essa década foi marcada pela aceleração na pro- dução de cosméticos no sentido de melhorias quanto a texturas e cores, assim como embalagens coloridas e inovadoras. A maquiagem dos anos 60 foi marcada pelo uso de delineadores líquidos, cílios postiços com sombras coloridas, blushes fortes e lábios claros, quase brancos.

Figura 16 - Maquiagem tendência Twiggy

Figura 17 - Maquiagem evidenciando delineador líquido

Na década de 70, destaca-se o estilo Punk, com maquiagens exóticas e pretas; em contrapartida vem os Hippies com uma maquiagem quase im- perceptível. Aliás, essa década, ao contrário da anterior, destaca-se pelo uso de maquiagens sua- ves para o uso diário, que inclusive dispensa os cílios postiços. As maquiagens noturnas, porém, mantêm o glamour dos embalos de sábado à noite, com direito à sombra azul-cintilante, delineador

negro ao redor dos olhos e uma camada generosa de rímel, acompanhada pelo batom vermelho cin- tilando de brilho para finalizar.

Em 1976, com toda essa corrida de lançamentos de maquiagens, surge a marca The Body Shop, pioneira em vender produtos de beleza natural, com responsabilidade social sustentável.

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UNIDADE 1

Como falamos aqui, nada é eterno e sim temporal. A déca- da de 80 traz à tona exageros, e assim como a moda e beleza, a maquiagem traz tons de degra- dê de cores luminosas, dando uma falsa impressão natural.

O frenesi foi tanto que, ao final desta década, parou-se a corri- da para o estereotipo de beleza perfeita, e a liberdade de esco- lha e estilo passaram a vigorar.

Aqui, a maquiagem deixa de ter um padrão e cada mulher usa o que melhor lhe convém, com auxílio de profissionais na área que, nesta época, já contava com dezenas. Com a simplicidade em alta, entra para este mundo os tons pastéis.

Figura 18 - Maquiagem década de 80

Figura 19 - Maquiagem em tons pastéis

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A exigência era maior junto à tecnologia. Na virada do século, maquiadores buscaram, na tecnologia, o desenvolvimento de produtos e texturas, para a naturalidade nas maquiagens. No fim dos anos 90, surgiu a tecnologia de alta definição ou HDTV para televisão. Dessa forma, foi necessário buscar produtos e técnicas de maquiagem que propor- cionassem a leveza conforme exigência da nova tecnologia de alta definição (CEZIMBRA, 2015).

O ano de 2000 enfim chegou, e com ele a cons- tatação de que o belo é definido pelos olhos de quem vê, sendo a beleza um conceito que se muda a todo momento, a cada era, a cada década, de acordo com a cultura em que se vive. É claro que a televisão, mídias sociais e a própria sociedade têm influência nos altos padrões que vêm sen- do impostos, os quais levam ao frenesi humano pela busca do perfeito. Graças a essa tecnologia, o consumidor tem acesso a mais informação, co- nectividade e maior escolha, gerando mudanças constantes, novas tendências a cada dia. Palavras que direcionam e ditam tendência na maquiagem neste século são autenticidade e ousadia – é ser você! Seja de lábios vermelhos e pele totalmente clean, ou de olhos negros e dramáticos.

Assim vivemos o século XXI: refletindo o que é belo, entendendo que a beleza é uma forma de nos comunicarmos com o mundo, com cada indivíduo sendo comunicador e ou receptor desta informação, o que, de acordo com a vivência e cultura de cada

Na obra Visagismo: harmonia e estética, de Philip Hallawell, você poderá se aprofundar nas métricas da proporção áurea, o que permitirá disfarçar e/ou corrigir pontos que não valorizam, ao mesmo tempo em que pode se realçar e valorizar outros.

Philip Hallawell expressa, por meio deste livro, como proporcionar harmo- nia à maquiagem, utilizando-se do conhecimento e técnicas sobre cor, luz e sombra, o que proporciona realismo e naturalidade.

um, é lido de formas diferentes. Assim é a maquia- gem, elemento essencial para comunicação; a esse contexto se dá o nome de Visagismo, forma de se comunicar através do ser humano como um todo.

Desde a Idade Média e Renascença, o Visagismo ganhou espaço por meio dos estudos na matemáti- ca, física óptica e filósofos, surgindo as medidas da Proporção Áurea, que busca a perfeita simetria por meio de medidas perfeitas. Atualmente, esse conceito de visagismo está intimamente ligado com o interior do indivíduo, com sua personalidade, proporcio- nando um estilo único. No visagismo, conceitos de harmonia e de estética são regidos por fundamen- tos de linguagem visual, que visam uma conexão do indivíduo com o meio social. Estes são baseados em conhecimentos da matemática, física óptica e da psicologia, sendo guias que permitem ao visagista na área de embelezamento trabalhar com maior liber- dade e exercer sua criatividade e sensibilidade. Tais características são norteadas por estudos desenvolvi- dos ao longo dos anos, sendo a linguagem visual uma das formas do ser humano expressar sua inteligência emocional, usando o visagismo como ponte entre o interpessoal (relacionamentos) e intrapessoal (ligan- do consigo mesmo) (HALLAWELL, 2010).

É de extrema importância o estudo sobre o vi- sagismo na maquiagem, com esse conhecimento, por meio da maquiagem, o indivíduo alcança a comunicação desejada de acordo com sua per- sonalidade e o momento vivido.

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UNIDADE 1

REALIDADE

AUMENTADA

Círculo Cromático

Neste conceito, o visagismo estuda a proporção das cores que me- lhor se identifica para cada temperamento, tendo a cor o mesmo parâmetro para revelar aspectos do temperamento de um indivíduo (HALLAWELL, 2010).

São destacados dois fundamentos importantes que embasam a maquiagem no visagismo: a luz e as cores. A a cor faz parte da luz, porque as ondas de luz vibram em três faixas energéticas. Parte da maquiagem se baseia em conservar, aumentar ou diminuir volu- me das partes diversas do rosto, valorizando a beleza, por meio da manipulação de luz, usando a cor como um importante recurso no visagismo.

Para você, hoje estudante e futuro(a) profissional da beleza, será de grande importância o aprofundamento na teoria das cores, sendo necessário saber como as cores da maquiagem reagem com a cor da pele, suas propriedades e a impressão que transmitem. Essa teoria é conhecida pela mistura de pigmentos que, dependendo da qualidade, material químico e processo de aplicação, revelam- -se variações de cores. Lembrando que estamos maquiando uma superfície que tem sua própria cor e que, diante desse fator junto à exposição de luz e sombra, alcança-se diferentes cores após a aplicação.

Dentro da teoria de cores, temos duas classificações: cromáticas e acromáticas. As acromáticas são derivadas do preto e do branco, portanto não possuem cor. A categoria Cromática são todos os outros pigmentos que possuem cor. Esta possui ainda três subca- tegorias: primárias, secundárias e terciárias (HALLAWELL, 2010).

Na maquiagem, existem poucas regras, mas os conceitos da teoria das cores nunca mudam! A própria experiência mostrará que se você não aplicar a teoria das cores durante o desenvolvimento da maquiagem, as cores estarão erradas, e como resultado pode se ter um rosto aparentemente cansado, envelhecido ou até mesmo doente. Isso se dá ao uso inadequado das cores, pois elas são aplicadas para criar humor, emoção, harmonizando o visual. A aplicação da maquiagem tem como objetivo dar ares cognitivos, além de melhorar o tom e características da pele, tendo o poder de transformar a aparência do indivíduo.

Costumo dizer que para se alcançar uma maquiagem de alto nível, tão importante quanto produtos de maquiagem, são os pincéis, nossos instrumentos de trabalho, pois estes têm influência direta no resultado, sendo para maquiagens básicas do dia a dia, como também para as mais elaboradas de- senvolvidas para ocasiões especiais. Dentro deste leque de “ferramentas de trabalho” temos as de uso único (descartáveis), como as de múltiplo uso, produtos sintéticos e naturais, em variados formatos.

Com certeza você irá desenvolver preferências, então aproveite este momento e procure experi-

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UNICESUMAR

Pincéis

Vamos falar um pouco sobre o design do pincel. Ele é formado por três partes: cerdas, ponteira e cabo. Cada parte tem papel essencial na qualidade, eficiência e duração do pincel. Existem va- riações de tamanho e cerdas disponíveis no mercado de acordo com o produto a ser aplicado. As cerdas naturais são mais indicadas para aplicação de produtos em pó; as artificiais para produtos líquidos, cremosos ou em gel. As naturais possuem cutículas que distribuem melhor o pó durante a aplicação. Entre os pincéis de cerdas artificiais, os melhores são os de fibra óptica, conhecidos como duo fiber. Os de cerdas de náilon, em geral ásperas, brilhantes e duras, não retêm o pó e o efeito homogêneo da maquiagem fica comprometido. Os melhores são as de cerdas naturais, de lontra, marta, pônei ou vison. Ponteira é o nome dado à parte de metal do pincel que conecta as cerdas coladas ao cabo e dá certa rigidez a elas, estas são feitas de liga de alumínio, cobre ou latão, e não devem conter emendas. Os cabos podem ser de madeira, acrílico, plástico ou metal, em tamanhos variados. Os longos dão mais segurança ao maquiador durante a aplicação e devem ser usados respeitando o sentido de suas cerdas, assim tem a vida útil prolongada. A média em cumprimento é de 17 cm, porém será sua preferência que determinará qual melhor tamanho (D´ALLAIRD et al., 2017).

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UNIDADE 1

Pincéis para base e corretivo

Pincél para pó

Com variadas formas e tamanhos de cabos, assim com variações em formato de cerdas, sendo estas sintéticas, cada formato será usado para uma região diferente do rosto em que se encaixe anatomi- camente. Produtos como base e corretivo devem ser depositados sobre a pele com leves “batidas”, nunca arrastados. Para aplicação de base, o indicado é a língua de gato, um formato achatado com cerdas sintéticas. Para uniformização da base, o indicado é o de cerdas no formato kabuki. Para aplicação de corretivo, é indicado os achatados com cerdas sintéticas, e para absorção, usar o de cerdas mais volumosas no formato arredondado.

Para a aplicação do pó, o ideal é que as cerdas sejam macias, pre- ferencialmente naturais ou de seda e em cortes arredondados. O pincel Duo fiber tem o diferencial para aplicação de pó por possuir tamanhos de cerdas diferentes, proporcionando um acabamento mais suave por meio do polimento.

Pincel para blush

Em tamanho um pouco menor que o de aplicação de pó, acompanha a mesma linha de cerdas naturais ou de seda. Aqui, a indicação será a preferência do maquiador em aplicação e manuseio, junto ao efeito que se quer causar com o desenvolvimento desta maquiagem, com profundidade ou suavidade. Os indicados são: cerdas redondas, macias e espessas ou os leves achatados. É importante observar sempre a limpeza desses pincéis, evitando marcações indesejadas por resíduos de outras cores nas cerdas.

Vassourinha ou leque

Este pincel no formato de leque é muito utilizado para fazer limpeza de resíduos de maquiagens que vão se espalhando no rosto durante o desenvolvimento. Também pode ser utilizado para suavizar blush

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Pincel de sombra

Estes podem ser tanto para esfumar como para aplicar as sombras.

Existem uma variedade imensa de opções de pincéis para sombras.

Aqui, é importante lembrar que para cada estilo de maquiagem para os olhos, juntamente com o seu formato, as cerdas terão formas di- ferente. Para aplicação de sombras sobre as pálpebras, os indicados são os achatados (cerdas naturais) para depósito de sombra, e para proporcionar o esfumado sobre a pálpebra óssea, os indicados são os arredondados (cerdas naturais) com cerdas mais soltas. A propor- ção de volume nas cerdas será determinado pelo espaço que a pálpebra oferece para se desenvolver o esfumado, por isso a importância de ser ter tamanhos diferentes, tanto de pincéis para aplicação como de esfumar, percebendo que existe muitas variações de formatos e tamanhos de pálpebras. Os pincéis de esfumar são usados para espalhar e fundir as cores, porém em tamanhos menores, com cerdas mais longas e ajustadas podem criar o efeito de profundidade, deixando um esfumado mais marcado. Este modelo de pincel pode ser usado para esfumar delineador e contorno de lápis.

Pincel com ponta de espuma

Atualmente não tão usado, mas não foi esquecido. Este modelo de pincel permite que, por meio

da espuma, a sombra seja retida de forma eficaz, permitindo uma melhor aplicação, evitando “sujeira”

ao redor dos olhos causado por excesso de sombra. É indicado o uso quando se trata de um olho mais marcado, com uma sombra mais forte, como a preta, por exemplo. Pode ser usado também na região inferior dos olhos.

Pincel de boca

Existe o sintético no formato achatado em vários tamanhos, de cerdas finas e estreitas, in- dicado para fazer aplicação e contorno dos lábios; e existe o de cerdas mais largas, que pode ser natural ou sintético, para aplicação e preenchimento.

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UNIDADE 1

Espátula

Espécie de faca de plástico usada para retirar produtos de vasilha- mes, deve ser higienizada a cada uso.

Pincel chanfrado

Pincel com corte chanfrado em cerdas sintéticas é indica- do para aplicação de sombras em sobrancelhas e aplicação de delineador.

Além dos pincéis, existe também um arsenal de material de apoio, para que se tenha um bom desenvolvimento.

Esponjas

Estas podem ser descartáveis ou de uso contí- nuo, em diversos tamanhos e formatos. Devem ser macias e reter o produto sem absorvê-lo. Sua indicação vai desde aplicação de produtos em pó, líquidos ou em creme, como também podem ser usadas umedecidas para dar acabamento.

Escovinha para sobrancelhas e cílios

É usada para pentear os pelos das sobrancelhas antes e depois da maquiagem, assim como os cí- lios antes da aplicação da máscara de cílios e/ou cílios postiços. Também é usada para remover excesso de maquiagem nas sobrancelhas e cílios.

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UNICESUMAR

Cintos

Cintos para pincéis de maquiagem são feitos de couro, náilon ou tecido e são encaixados ou amarrados ao redor da cintura. Estão dis- poníveis em diversos tamanhos.

Estojos de maquiagem

O profissionalismo é representado pela organização e limpeza e na profissão de maquiador não é diferente! Sua maleta de ma- quiagem deve estar sempre limpa assim como suas ferramentas, além de organizadas. Para desenvolver um trabalho de qualidade, encontrando seus produtos limpos e de forma rápida, propõe excelência ao seu atendimento.

Vemos que a maquiagem engloba desde ferramentas de traba- lho, no caso pincéis e acessórios, à tendência de moda, a qual é influenciada por questões sociais, econômicas entre tantas que compõem a história, bem como personalidade e estilo de vida.

Cabe a você, profissional da área, estar atualizado quanto a estes

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UNIDADE 1

Agora chegou a sua vez de colocar todo o seu conhecimento em prática!

Imagine que você já seja um(a) esteticista formado(a) e durante sua atuação profissional como maquiador(a), ao atender uma cliente, inicialmente você observa uma personalidade tímida, mas com muita vontade de se sentir linda no evento ao qual está se preparando para ir. Durante seu pré- -atendimento, você observa sua pele, textura e cor, assim como formato de seus olhos e sobrancelhas.

Desta forma, você consegue identificar características a serem evidenciadas, bem como outras a serem disfarçadas. Neste momento, você consegue identificar qual técnica de maquiagem será usada, jun- tamente com quais pincéis, texturas e cores de produtos que serão utilizados para realçar sua beleza, valorizando suas características e personalidade.

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MAP A MENT AL

Criei para você um mapa mental, que permitirá, por meio de palavras-chave, identi- ficar cada momento que estudamos sobre a maquiagem e, por meio dele, compor o seu próprio mapa mental, desenvolvendo o passo a passo da maquiagem desde seu início na história até os dias de hoje.

PRINCÍPIOS DE MAQUIAGEM

Visagismo

Colorimetria

Embelezamento pessoal

Ferramentas profissionais

Evolução da maquiagem

História da maquiagem

Tendência da maquiagem

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A GORA É C OM V OCÊ

1. Em que momentos a maquiagem era usada na Idade Primitiva e como ela era relacionada no meio social?

2. Quais minérios, na Idade Primitiva, eram altamente nocivos, causando até mesmo a morte?

3. Como a maquiagem era vista pelo clero na Idade Média?

4. Qual a relação entre maquiagem e a falta de abastecimento de farinha de trigo na França no século XVIII?

5. Quem foi Max Factor?

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C ONFIRA SU AS RESPOS TAS

1. Na Idade Primitiva, a maquiagem, ainda tida como pintura, estava relacionada com a magia, poder e guer- ra. Dessa forma, era usada marcando momentos importantes da vida do indivíduo, como fases da vida, festividades e estabelecimento de hierarquias sociais.

2. Sulfito de antimônio e carbonato básico de chumbo.

3. Era vista como bruxaria e prostituição, pois maquiar-se representava um ato de revolta contra as decisões divinas.

4. Deve-se ao uso da maquiagem excessiva empoando farinha de trigo em perucas e faces, seguindo um alto padrão de luxo e pompa vivenciados na época.

5. Max Factor, judeu nascido na Polônia, foi inventor dos cílios postiços, gloss, bases, pancake – que foi suces- so absoluto no clássico filme “O Vento Levou”, em 1939 – e também responsável pela harmonia de cores na maquiagem, entre outras inovações, como texturas, aderências, fixação e embalagens. Foi maquiador, químico e visagista.

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REFERÊNCIAS

CEZIMBRA, M. Técnicas básicas, serviços profissionais e mercado de trabalho. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio de Janeiro, 2009.

CEZIMBRA, M. Técnicas, Referencias e Atuação Profissional. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio de Janeiro, 2015.

D´ALLAIRD, M.; BOLES, B.; BOYCE, G.; McKENNA, S.; MOREN, S. A.; MULROY, S.; PIERCE, A.; PODBIEL- SKI, D.; SCHMELING, S. Milady Maquiagem: teoria das cores, maquiagens especiais, evolução da maquiagem.

São Paulo: Cengage Learning, 2017.

HALLAWELL, P. Visagismo Harmonia e estética. 6. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.

VITA, A. C. R. História da maquiagem, da cosmética e do penteado em busca da perfeição. São Paulo:

Senac Nacional Rio de Janeiro, 2009.

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MEU ESP A Ç O

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OPORTUNIDADES

DE

APRENDIZAGEM

Procedimentos de Biossegurança

Esp. Lucimara Ferreira de Moraes

Nesta unidade, você terá a oportunidade de se preparar como profissional na área de embelezamento dentro das normas da Anvisa – órgão que rege as normas da saúde, incluindo ambiente de maquiagem. Com este conhe- cimento, você terá destaque em seus atendimentos quanto à credibilidade, segurança e ética profissional.

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UNICESUMAR

DIÁRIO DE BORDO

Olá aluno(a)! Você já ouviu falar sobre Biossegurança? Claro, durante a realização da nossa disciplina no início do curso, abordamos vários assuntos aplicados à nossa prática profissional. Qual a impor- tância da compreensão desse conceito na prática em maquiagem?

Posso te dizer que, durante minha jornada como maquiadora, entendi na pele a importância desta palavra. Vou te contar uma situação que aconteceu comigo durante um atendimento. Bom, minha cliente se demonstrou insegura diante da experiência em ser maquiada, o que me causou muita curiosidade, afinal, é uma delícia ser maquiada(o), não é? Diante disso, decidi investigar para lhe propor mais con- forto e segurança durante meu atendimento. Durante esta breve conversa, ela foi tirando suas próprias maquiagens de dentro de uma necessaire, e um tanto nervosa foi me explicando sobre a doença que havia contraído por usar batom em modo compartilhado, durante uma maquiagem feita em um espaço de beleza. Chamada Clamídia, é uma doença grave e que pode ser transmitida pelo uso compartilhado do batom. Diante dessa situação, pude tranquiliza-la, pois conhecia o risco de contaminação pelo uso de artigos e produtos compartilhados na maquiagem, assim passei a ela total segurança ao demonstrar a forma correta de aplicação dos produtos, e o uso de pincéis descartáveis.

Aqui, proponho um exercício: visite um espaço de beleza, observe e se imagine sendo atendido como cliente. Observe o uso de determinados utensílios, pincéis de maquiagem, escova de pentear as sobrancelhas, se estão sendo reutilizados de forma inadequada, sem desinfecção ou descarte. Observe a limpeza da bancada, produtos e higienização das mãos durante o atendimento.

Passou em seus pensamentos se havia contaminação em algum desses itens que estavam sendo reutilizados?

Registre sua experiência no Diário de Bordo.

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UNIDADE 2

Espero que você tenha tido uma experiência agradável, porém sabemos que, na maior parte dos estabelecimentos de beleza, é feito o uso compartilhado de produtos, assim como a reutilização de artigos de uso que deveriam ser descartáveis. Isso acontece pela falta de conhecimento de procedimentos e normas reguladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é vincu- lada ao Ministério da Saúde.

A profissão de um maquiador é gratificante e juntamente com a realização da profissão vêm suas responsabilidades como profissio- nal. Um descuido na contaminação direta ou indireta pode causar ferimentos ou uma infecção, ou seja, a invasão de tecidos corporais por patógenos causadores de doenças. Prevenir a disseminação de infecções requer o conhecimento dos procedimentos e controle de infecção adequados e sua constante aplicação. A prevenção começa e termina com você!

O controle de infecções diz respeito aos métodos utilizados para eliminar ou reduzir a transmissão de or- ganismos infecciosos. Existem outros tipos de organismos potencialmente perigosos que podem afetar diretamente o ambiente em torno da maquiagem: bactérias, vírus, fungos e parasitas.

Em determinadas circunstâncias, muitos desses organismos podem causar doenças infecciosas, que invadem o corpo e que podem ser ou não disseminadas de uma pessoa para outra.

Muitas vezes, o ato de fazer uma limpeza em nossos pincéis de maquiagem nos parece uma tarefa simples e corriqueira, mas não se engane! Quando desenvolvemos a limpeza de forma correta, nós (maquiadores profissionais) estamos trabalhando de forma ética, garantindo segurança e saúde de nossos clientes e colaboradores, além de nossa própria! A limpeza consiste em um processo me- cânico ou simplesmente esfregar com água, sabão ou detergente.

Por meio desta limpeza, é possível remover, além das sujidades visíveis, também resíduos invisíveis que são possíveis causadores de doenças, preparando estes itens, desde pincéis até acessórios e artigos envolvidos no momento do atendimento, para o processo de desinfecção. Portanto, a limpeza impreterivelmente deve existir em todos os procedimentos de higienização, sendo ela o primeiro antes da desinfecção.

Referências

Documentos relacionados

A presença do profissional da estética com alternativas como o visagismo e a maquiagem é de importância notória, uma vez que uma imagem pessoal restaurada para uma paciente