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PODER FAMILIAR, TUTELA E CURATELA. Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima

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PODER FAMILIAR,

TUTELA E CURATELA

Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima

(2)

1 – Introdução:

¨ Parte I -DO PODER FAMILIAR:

Noção. Direitos. Suspensão, destituição e extinção do poder familiar. Usufruto e administração dos bens dos filhos menores.

¨ Parte II -DA TUTELA E CURATELA:

Noção. Espécies. Legitimação. Recusa. Regime jurídico.

Remoção. Extinção.

(3)

Parte I –Poder Familiar:

¨ Noção: poder-função ou poder-dever

¨ Art. 1.631 do CC/02 (aos pais em conjunto)

¨ Princípio da proteção integral à criança e ao adolescente;

¨ Sujeitos ao poder familiar: filhos menores (art.

1.630 CC/02).

¨ Origem:filiação natural, civil e decorrentes de fecundação artificial.

(4)

Características do Poder Familiar:

¨ Irrenunciável;

¨ Intransferível;

¨ Inalienável;

¨ Imprescritível.

OBS: a separação, o divórcio ou a extinção da união estável –não altera o poder familiar (art. 1.632 CC/02)

* guarda compartilhada?

(5)

Divergência entre os pais:

¨ Judiciário decide (parágrafo único do art. 1.631 CC/02) – melhor interesse da criança

¨ CF/88: Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à

liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de

colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

(6)

Direitos e Deveres:

¨ Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:

¨ I -dirigir-lhes a criação e educação;

¨ II -tê-los em sua companhia e guarda;

¨ III -conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;

¨ IV -nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;

(7)

Direito e Deveres:

¨ V -representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes,

suprindo-lhes o consentimento;

¨ VI -reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;

¨ VII -exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.

(8)

Bases constitucionais:

¨ Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

(9)

Usufruto e administração dos bens dos filhos menores (arts. 1.689 –1.693

CC/02):

¨ Usufruto legal e administração (art. 1.689 CC/02);

¨ Assistência e representação (art. 1 690 CC/02);

¨ Conflito entre interesses do filho e dos pais? Curador ou Ministério Público (art. 1.692 CC/02)

(10)

Limites da administração dos pais:

¨ Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os imóveis dos filhos, nem contrair, em nome deles,

obrigações que ultrapassem os limites da simples

administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz.

¨ Nulidade – filho, herdeiros ou rep. legal

(11)

Bens excluídos da administração:

¨ Art. 1.693. Excluem-se do usufruto e da administração dos pais:

¨ I -os bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, antes do reconhecimento;

¨ II -os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exercício de atividade profissionale os bens com tais recursos adquiridos;

¨ III -os bens deixadosou doadosao filho, sob a condição de não serem usufruídos, ou administrados, pelos pais;

¨ IV -os bens que aos filhos couberem na herança, quando os pais forem excluídos da sucessão.

(12)

Suspensão, destituição e extinção:

¨ Fiscalização;

¨ Suspensão: sujeita à revisão; facultativa; (art. 1.637 CC/02);

* cabimento: abuso de autoridade, falta com deveres, arruinar os bens dos filhos ou condenados por sentença irrecorrível por crime apenados com mais de 2 anos.

¨ Destituição: obrigatória quando: castigo imoderado,

abandono, prática de atos contrários à moral e aos bons costumes, reiteração de abuso de autoridade (art. 1.638 CC/02).

(13)

Extinção do Poder Familiar:

¨ Não é sanção

¨ Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:

I -pela morte dos pais ou do filho;

II -pela emancipação, nos termos do art. 5º, parágrafo único;

III -pela maioridade;

IV -pela adoção;

V -por decisão judicial, na forma do artigo 1.638

(14)

Tutela:

¨ Poder Familiar X Tutela;

Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela: I -com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; II -em caso de os pais decaírem do poder familiar.

¨ Impossível – pais vivos - (TJ/MG, Ap. Cível

1.0000.00.328715-8/000, Rel. Des. Alvim soares, 7ª. Câm. Cível, j. 05/08/2003)

¨ (TJ/MG, Ap. Cível 2005.001.17224, Rel. Des.

Gerson Arraes, 16ª Câm. Cível, j. 19/07/2005).

(15)

Tutela testamentária:

¨ Quem pode nomear tutor?

¨ Art. 1.729 CC/02

¨ Projeto de Lei n. 6.960 de 2002, do Deputa do Ricardo Fiúza / Projeto de Lei n. 276/2007 do Deputado Léo Alcântara §2º ao art. 1.729

¨ “A nomeação poderá ser realizada por somente um dos pais, se o outro estiver, por qualquer motivo,

impossibilitado, ou se negue, sem justa causa, a fazê-lo e desde que atenda aos interesses do filho”.

(16)

Tutela legítima:

¨ Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes consangüíneos do menor, por esta

ordem:

I -aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;

II -aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor.

(17)

Solidariedade familiar:

¨ Art. 1.737. Quem não for parente do menor não

poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar parente idôneo, consangüíneo ou afim, em

condições de exercê-la.

¨ Princípio da proteção integral e do melhor interesse da criança e do adolescente

(18)

Tutela dativa:

¨ Nomeado pelo juiz na falta de um daqueles elencados no art. 1.731 do CC/02.

¨ Unidade da tutela: um só tutor para todos os irmãos;

¨ Menores abandonados (na falta de tutor –

estabelecimentos públicos ou tutor voluntário gratuitamente)

¨ Objetivo da tutela e idoneidade do tutor.

(19)

Quem não pode ser tutor:

¨ Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:

I -aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;

II -aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o menor;

(20)

Quem não pode ser tutor:

III -os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da tutela;

IV -os condenados por crime de furto, roubo, estelionato,

falsidade, contra a família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena;

V -as pessoas de mau procedimento, ou falhas em

probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores;

VI -aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da tutela.

(21)

Das escusas legais:

¨ Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:

I -mulheres casadas;

II -maiores de sessenta anos;

III -aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;

IV -os impossibilitados por enfermidade;

V -aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;

VI -aqueles que já exercerem tutela ou curatela;

VII -militares em serviço.

(22)

Mulher casada:

¨ Enunciado 136 da I Jornada CJF/STJ propõe a sua revogação:

Enunciado 136 –Proposição sobre o art. 1.736, inc. I:

Proposta: revogar o dispositivo.

Justificativa: não há qualquer justificativa de ordem legal a legitimar que mulheres casadas, apenas por essa condição, possam se escusar da tutela.

(23)

Prazo para alegar escusa:

¨ 10 dias subsequentes à designação, sob pena de entender renunciado (venire contra factum proprium) art. 1.736 e 1.737 CC/02.

¨ Melhor interesse do menor – tutor pode responder por perdas e danos (art. 1.739 CC/02)

(24)

Atribuições do tutor:

¨ Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor:

I -dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condição;

II -reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister correção;

III -adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opinião do menor, se este já contar doze anos de idade

(25)

Protutor:

¨ Art. 1.742 CC/02;

“O protutor tem o dever de exercer sua função

fiscalizadora, com zelo e boa-fé, sob pena de responder solidariamente pelos prejuízos causados. Poderá ser

arbitrada gratificação módica pelo trabalho de

fiscalização efetuada. A fiscalização exercida pelo

protutor é ampla, uma vez que a legislação não definiu limitações. A sua atuação é complementar à do juiz, não devendo ele desempenhar funções administrativas

diretas, próprias do tutor”.

(26)

Possibilidade de delegação da tutela:

¨ Art. 1.743 do CC/03

¨ Responsabilidade do juiz (art. 1.744, inc. I)

¨ Subsidiária – inexigência de garantia (inc. II)

¨ Inventário e avaliação (caução)

(27)

Atos praticados pelo tutor sem autorização prévia: art. 1747 CC

¨ I -representaro menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após essa idade, nos atos em que for parte;

¨ II -receber as rendas e pensões do menor, e as quantias a ele devidas;

¨ III -fazer-lhe as despesas de subsistência e educação, bem como as de administração, conservação e

melhoramentos de seus bens;

¨ IV -alienar os bens do menor destinados a venda;

¨ V -promover-lhe, mediante preço conveniente, o arrendamento de bens de raiz.

(28)

Atos com validade condicionada à aprovação judicial:

¨ Art. 1.748. Compete também ao tutor, com autorização do juiz:

I -pagaras dívidas do menor;

II -aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos;

III -transigir;

IV -vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos casos em que for permitido;

(29)

Atos com validade condicionada à aprovação judicial:

V -propor em juízo as ações, ou nelas assistir o menor, e promover todas as diligências a bem deste, assim como defendê-lo nos pleitos contra ele movidos.

Parágrafo único. No caso de falta de autorização, a eficácia de ato do tutor depende da aprovação ulterior do juiz.

(30)

Atos proibidos de praticar:

¨ Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade:

I –adquirir por si, ou por interposta pessoa,

mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor;

II –dispor dos bens do menor a título gratuito;

III -constituir-se cessionário de crédito ou de direito, contra o menor.

(31)

Regras sobre a tutela:

¨ Responsabilidade subjetiva e solidária (caput do art. 927 e §2º do art. 1.752 CC);

Regra: não é gratuita (10%)

Prestação de contas – 2 em 2 anos ou no final ou quando o juiz requerer (art. 1.757 CC)

Cessa a tutela (art. 1.763 CC): maioridade,

emancipação, reconhecimento de paternidade ou adoção.

(32)

Curatela X Lei n. 13.146/2015:

¨ Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:

1) aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

2) os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;

3) os pródigos.

(33)

Estatuto da Pessoa com Deficiência

¨ Lei n. 13.146, de 06 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência)

¨ Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

¨ § 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: (Vigência)

¨ I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;

¨ II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;

¨ III - a limitação no desempenho de atividades; e

¨ IV - a restrição de participação.

(34)

Estatuto da Pessoa com Deficiência

¨ Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao

exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.

¨ § 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a lei.

¨ § 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão apoiada.

¨ § 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui

medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível.

¨ § 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração ao juiz, apresentando o balanço do respectivo ano.

(35)

Estatuto da Pessoa com Deficiência

¨ Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial.

¨ § 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.

¨ § 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as razões e motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado.

¨ § 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou comunitária com o curatelado.

¨ Art. 86. Para emissão de documentos oficiais, não será exigida a situação de curatela da pessoa com deficiência.

(36)

Aplicação das regras sobre tutela:

¨ Art. 1.774 CC;

Rol dos possíveis curadores:

¨ Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito.

¨ §1º Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto.

¨ §2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos.

¨ §3º Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador.

(37)

Espécie de curatela:

¨ a) obrigatória (caput do art. 1.775 CC);

¨ b) legítima (§§ 1º e 2º do art. 1.775 CC);

¨ c) dativa (§ 3º do art. 1.775 CC);

¨ d) especiais:

- nascituro (art. 1.779 CC);

- do enfermo ou portador de deficiência física (art.

1.780 CC); do pródigo (art. 1.782 CC).

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