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África Nova Iorque Paris Londres. Africa s Global Bank

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Academic year: 2022

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Disciplina de Mercado - Junho 2021

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Departamento de Gestão de Risco

Conselho de Administração

Departamento de Controlo Interno

Departamento de Auditoria Interna Departamento

de Compliance

Comissão Executiva

ALCO

3 1. Declaração de Responsabilidade do Conselho de Administração

Em cumprimento com o Artigo nº 8 do Aviso nº 16/GBM/2017 de 30 de Junho do Banco de Moçambique, o Conselho de Administração do United Bank for Africa Moçambique, S.A:

Declara que foram desenvolvidos todos os procedimentos considerados necessários e que, tanto quanto é do seu conhecimento, toda a informação divulgada é verdadeira e fidedigna;

Compromete-se a divulgar, tempestivamente, quaisquer alterações significativas que ocorram no decorrer do exercício subjacente àquele a que o documento se refere.

Entre 30 de Junho de 2021 e a data de publicação deste documento não ocorreram quaisquer eventos materialmente relevantes com impacto directo na informação divulgada neste documento.

Maputo, 27 Agosto de 2021

Em representação do Conselho de Administração do United Bank for Africa Moçambique, S.A

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO E POLÍTICAS DE GESTÃO DE RISCO 2.1 Identificação do United Bank for Africa Moçambique, S.A

O presente documento é referente ao relatório

“Disciplina de Mercado” do United Bank for Africa Moçambique, S.A. que é uma sociedade anónima de direito moçambicano, constituída e regulada pela lei moçambicana, com registo na Conservatória de Entidades Legais de Maputo sob o numero 100135167, titular do NUIT numero 400250863, com sede na Praça 16 de Junho número 312, 2º andar, Bairro da Malanga, na Cidade de Maputo.

O accionista maioritário do Banco é o United Bank for Africa, Plc com 95.70% das acções, que é um Banco Comercial constituído na República Federal da Nigéria.

Os demais accionistas minoritários detêm 4.30% das acções do Banco. O objecto do Uni- ted Bank for Africa Moçambique, S.A. consiste no exercício de todas actividades bancárias e financeiras, bem como todas actividades com- plementares a que as instituições bancárias ou financeiras estejam licenciadas a exercer.

O capital social do United Bank for Africa Moçambique está representado por 1.744.712 acções ordinárias de MT 1.000 cada que correspondem a MT 1.744.712,00 encontrando- se integralmente subscrito e realizado.

A 30 de Junho de 2021, o UBA Moçambique não detinha quaisquer participações sociais qualificadas noutras entidades, sendo considerada uma entidade individual sem perímetro de consolidação.

2.2 Objectivos e Políticas em Matéria de Gestão de Riscos

A gestão do risco constitui para o UBA Moçambique uma actividade de elevada importância, para a qual se encontram definidos princípios orientadores, uma estrutura organizativa e sistema de avaliação e monitoria do risco.

O perfil do risco do Banco é prudente, quer pelas características do modelo de governação da instituição e dimensão, quer pela própria exigência regulamentar da supervisão.

As políticas de gestão de riscos do Banco procuram manter uma relação adequada entre os capitais próprios e a actividade desenvolvida.

Neste âmbito, o acompanhamento e controlo dos riscos assumem especial relevância.

2.3 Órgãos de Estrutura Intervenientes

O Conselho de Administração e a Comissão Executiva, enquanto órgãos de governação do Banco, compreendem o risco da actividade e o grau de tolerância ao risco que o Banco deve assumir bem como a necessidade de estabelecer uma moldura e mecanismos de controlo robustos com vista à sua efectiva gestão agregada, atenta a natureza transversal ao negócio bancário desses riscos.

Com esse objectivo, e no exercício das suas competências próprias, a Comissão Executiva implementou, sob a sua supervisão, estruturas, controlos e processos com vista a assegurar e monitorar, numa perspectiva de gestão corrente e de gestão estratégica, o risco de actividade bancária.

A gestão dos riscos materialmente relevantes a que o Banco está exposto é assegurada pelo Conselho de Administração, Comissão

Executiva, Departamento de Gestão de Risco, Departamento de Controlo Interno, Departamento de Compliance, Departamento

de Auditoria Interna, e em conjunto com o Comité de Activos e Passivos.

No domínio da gestão dos riscos, o Conselho de Administração do Banco UBA é o órgão responsável pela definição da política de risco incluindo-se, neste âmbito, a aprovação dos princípios e regras de mais alto nível que de- verão ser seguidos na gestão do mesmo, assim

como as linhas de orientação que deverão di- tar a alocação do capital económico às linhas de negócio, cabendo à Comissão Executiva a responsabilidade pela condução dessa política e pela decisão executiva relativa às medidas e acções do âmbito da gestão de risco.

Figura 1: Modelo de Gestão de Riscos do UBA Moçambique

Nota Introdutória

O presente documento pretende dar informação detalhada sobre a solvabilidade e gestão de risco, e complementar ao anexo às demonstrações financeiras anuais, sobre as posições e a actividade do UBA – United Bank for Africa Moçambique, S.A.

O Relatório “Disciplina de Mercado” segue a estrutura dos requisitos mínimos de divulgação definidos no Anexo I do Aviso n.º 16/GBM/2017 de 30 de Junho, do Banco de Moçambique.

Os valores apresentados, se nada estiver referido em contrário, estão em milhares de meticais e reflectem a posição do Banco a 30 de Junho de 2021.

No site oficial do Banco www.ubamozambique.com é apresentada a informação adicional de interesse público sobre a actividade desenvolvida, bem como um conjunto de indicadores relevantes do UBA Moçambique.

Em cumprimento com o Artigo nº 8 do Aviso nº 16/GBM/2017 de 30 de Junho do Banco de Moçambique, o Conselho de Administração do United Bank for Africa Moçambique, S.A:

• Declara que foram desenvolvidos todos os procedimentos considerados necessários e que, tanto quanto é do seu conhecimento, toda a informação divulgada é verdadeira e fidedigna;

• Compromete-se a divulgar, tempestivamente, quaisquer alterações significativas que ocorram no decorrer do exercício subjacente àquele a que o documento se refere.

• Entre 30 de Junho de 2021 e a data de publicação deste documento não ocorreram quaisquer eventos materialmente relevantes com impacto directo na informação divulgada neste documento.

Declaração de Responsabilidade

da Comissão Executiva

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Departamento de Gestão de Risco é um órgão orientado para a protecção do capital da Instituição, no que se refere a todos riscos a que o Banco está exposto, e principalmente aos riscos de crédito, de mercado e operacional, e para o acompanhamento e controlo das operações de recuperação.

Departamento de Compliance é um órgão orientado para assegurar a gestão do risco de compliance e garantir a conformidade com as normas legais e regulamentares, bem como a execução dos procedimentos internos em matéria de prevenção do crime de branqueamento de capitais, do financiamento do terrorismo e do abuso de mercado e a gestão do sistema de controlo interno do Banco.

Departamento de Controlo Interno é um órgão do primeiro nível orientado para a adopção de medidas a fim de reforcar e melhorar a eficácia e eficiência na utilização de recursos, salvaguarda de activos, o cumprimento das leis e normas contabilísticas e promover a eficácia operacional.

Departamento de Auditoria Interna é um órgão do primeiro nível orientado para verificar o cumprimento das normas internas e regulamentares aplicáveis ao Banco, a eficácia e a gestão dos sistemas e metodologias de gestão dos riscos e a adequação dos procedimentos de controlo de maior relevância.

O Comité de Gestão de Activos e Passivos (ALCO) é responsável por apreciar e/ou decidir propostas relativas à implementação da estratégia de negócio e de gestão de riscos.

Órgãos de Auditoria e Fiscalização: Além dos Órgãos já mencionados, participam na auditoria e fiscalização do risco os Auditores Externos e o Conselho Fiscal, sendo estes independentes.

3. GESTÃO DE RISCOS NO UNITED BANK FOR AFRICA MOÇAMBIQUE 3.1 Princípios de Gestão de Risco

O Banco UBA está sujeito a riscos de diversa natureza relacionados com o desenvolvimento da sua actividade.

A gestão de riscos no UBA obedece a princípios, metodologias e procedimentos de controlo e reporte definidos, atendendo aos riscos específicos de cada negócio.

A política de gestão de riscos do UBA visa a identificação, avaliação, acompanhamento e controlo de todos os riscos materiais a que a instituição se encontra exposta, tanto por via interna como externa, por forma a assegurar que os mesmos se mantenham em níveis compatíveis com a tolerância ao risco pré- definida pelo órgão de administração.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acompanhamento e controlo dos principais tipos de riscos, salientando-se os riscos de crédito, de mercado, operacional, de liquidez, de compliance e de reputação, de estratégia e de tecnologias de informação, que são intrínsecos à actividade do UBA e que se apresenta seguidamente:

Risco de Crédito

O risco de crédito consiste na possibilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados e/ou no capital, devido à

incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante a instituição, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos a partir do exterior.

O risco de crédito existe, principalmente, nas exposições em crédito, linhas de crédito, garantias e derivados. (Aviso nº 04/GBM/2013 de 31 de Dezembro).

O UBA adopta o Método Padrão Simplificado para o apuramento da base de cálculo dos requisitos mínimos de Fundos Próprios para a cobertura do risco de crédito, nos termos do Aviso nº 03/GBM/2012 de 13 de Dezembro e Aviso nº 11/GBM/2013 de 31 de Dezembro, ambos do Banco de Moçambique.

O risco de crédito é medido em termos de rating das instituições ou entidades emitentes de dívidas, parceiros, correspondentes assim como das praças onde são aplicados os activos no caso de administrações centrais de países sem classificação pela ECA.

Os ratings a considerar para os efeitos referidos, são os emitidos pelas agências de notação externa de crédito (ECAI – External Credit Assessement Instituitions, a Standard &

Poor, a Moods e a Fitch Ratings).

O UBA adopta uma política de monitoria con- tínua dos seus processos de gestão de risco de crédito, promovendo alterações e melhorias sempre que consideradas necessárias, visando uma maior consistência e eficácia desses pro- cessos.

A função de gestão de risco de crédito é da responsabilidade do Departamento de Gestão de Risco, cuja actividade se rege pelos princípios e regras de concessão e acompanhamento dos créditos definidos na Política de Crédito.

A gestão de risco de crédito no UBA assenta no acompanhamento sistemático da carteira de crédito, onde se avalia continuamente, se os factores de risco se mantêm consistentes com a estratégia definida.

Para além do acompanhamento regular da carteira de crédito pela área de crédito, o Departamento de Gestão de Risco implementou um sistema de monitoria mensal, que consiste na elaboração de um Relatório de Crédito em Situação Irregular, onde se destaca os principais créditos com indícios de incumprimento (crédito em situação irregular há menos de 90 dias) e em incumprimento (crédito em situação irregular há mais de 90 dias).

Para o cumprimento do Aviso nº 16/GBM/2013 de 31 de Dezembro e das NIRF relativamente ao cálculo das Provisões Regulamentares Mí- nimas e Imparidades de Crédito respectiva- mente, reforçou-se o acompanhamento das reestruturações de crédito por dificuldades financeiras dos mutuários, identificando-se os clientes com crédito reestruturado, mitigando por esta via, o risco de concessão de crédito a clientes de alto risco.

Sistema Interno de Notação de Risco

Para o classificação interna de risco, o Banco usa o Sistema da Moody’s para a classificação de empresas e o modelo Agusto&Co para a classificação de Instituições de Crédito.

A avaliação é feita a partir dos elementos financeiros históricos e auditados dos últimos três anos económicos, de modo a aferir a sua capacidade de endividamento e previsional de reembolso do crédito, consubstanciada por elementos quantitativos sobre o negócio, robustez e liquidez das garantias oferecidas.

Estratégia para a Redução do Risco de Crédito O UBA para se precaver de eventuais incumprimentos dos contratos estabelecidos, procura mitigar o risco de crédito, ex-ante através da análise da capacidade de reembolso e da exigência de colaterais aquando da sua concessão e ex-post através de um sistema de alerta e acompanhamento.

Risco de Mercado

O risco de mercado é definido como “a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de negociação, provocados, nomeadamente, por flutuações em taxas de juro, taxas de câmbio, cotações de acções ou preços de mercadorias”.

Em relação ao risco de mercado, o Banco encontra-se exposto ao risco de taxa de câmbio e ao risco da taxa de juro.

a) Risco de Taxa de Câmbio

O risco de taxa de câmbio é definido como

“a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos adversos nas taxas de câmbio de elementos de carteira bancária, provocados por alterações nas taxas de câmbio utilizadas na conversão para a moeda funcional ou pela alteração da posição competitiva da instituição devido a variações significativas das taxas de câmbio”.

b) Risco da Taxa de Juro

O Risco da Taxa de Juro é definido como “a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos adversos nas taxas de juro de elementos da carteira bancária, por via de desfasamentos de maturidades ou de prazos de refixação das taxas de juro, da ausência de correlação perfeita entre as taxas recebidas e pagas nos diferentes instrumentos, ou da existência de opções embutidas em instrumentos financeiros do balanço ou elementos extrapatrimoniais”.

Estratégia e Processos de Gestão de Risco de Mercado

O Banco identifica, avalia, gere, monitora e comunica o risco de mercado que resulta dos movimentos de taxas de câmbio e de juro e os factores que o influenciam. É da responsabilidade da Sala de Mercados manter as posições cambiais do Banco dentro dos limites estabelecidos para as mesmas.

O Banco de Moçambique estabelece limites ao mercado relativamente ao grau de exposição por moeda e, em agregado, para posições curtas de 10% dos fundos próprios por moeda e 20% para todas as moedas monitorados diariamente.

O UBA monitora regularmente o risco estrutural de taxa de juro com base em análises de sensibilidade da margem financeira e dos Fundos Próprios Prudenciais face à variações das curvas de taxas de juro. Esta avaliação é efectuada com base na técnica de gap analysis, segundo a qual todos os activos e passivos

sensíveis à taxa de juro e não associáveis às carteiras de negociação são distribuídos de acordo com as suas maturidades ou datas de repricing residuais.

Estrutura e Organização da Função de Gestão de Risco

A Sala de Mercados é quem tem a função primária de execução do controlo de risco de mercado que reporta ao Departamento de Gestão de Risco para efeitos de controlo diário da posição cambial do Banco. A um nível estrutural, a gestão do risco de mercado é tratada no âmbito do ALCO.

Neste âmbito, o acompanhamento do risco de mercado inclui a sua evolução, a análise de gaps de repricing acumulados e a análise de spreads, a análise de evolução das taxas de câmbio, a análise dos activos e passivos por moeda, entre outros aspectos.

Âmbito e Natureza dos Relatórios do Risco Diariamente, o Banco calcula e reporta a sua posição cambial, de acordo com o Aviso nº 09/GBM/2017. Mensalmente, são calculadas as posições cambiais líquidas para efeitos de cálculo dos requisitos de fundos próprios para cobertura de risco de mercado de acordo com o Aviso nº 09/GBM/2017 de 03 de Abril.

Para o ALCO é produzido um relatório sucinto onde é feita a análise mensal dos riscos cambiais, risco de liquidez e risco da taxa de juro.

No contexto regulamentar de reporte do risco de taxa de juro da carteira bancária, o UBA remete numa base semestral ao Banco de Moçambique, a informação detalhada sobre o seu nível de exposição ao risco da taxa de juro da carteira bancária conforme estabelece o Circular nº 04/ESP/2014 de 04 de Setembro.

Os requisitos regulamentares no reporte do risco da taxa de juro da carteira bancária, incluem:

(i) a desagregação dos activos, passivos e extrapatrimoniais por prazos residuais de revisão de taxa de juro, e

(ii) análises de sensibilidade da margem de juros e do valor económico do capital a um choque paralelo na curva de rendimento, de 200bps.

Risco de Liquidez

O risco de liquidez é definido como “a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes da incapacidade da instituição dispor de fundos líquidos para cumprir as suas obrigações financeiras, à medida que as mesmas se vencem”.

A gestão da liquidez do UBA é da competência da Sala de Mercados. A um nível estrutural, a gestão da liquidez é gerida no âmbito do ALCO. Neste comité, a liquidez é analisada através de mapas de gap comercial, de gap de tesouraria, da estrutura de financiamento de capitais alheios e de prazos residuais de activos e passivos.

A política de gestão de liquidez do UBA baseia-se em critérios conservadores, que visam assegurar níveis adequados de liquidez para fazer face às necessidades decorrentes da actividade, ao cumprimento das reservas mínimas de caixa e a eventuais saídas não

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programadas de tesouraria, tais como:

• Níveis mínimos de liquidez disponível (aplicações de curto prazo);

• Activos líquidos, passíveis de serem alienados e convertidos em liquidez no curto prazo; e

• Linhas de financiamento disponíveis em outras Instituições de Crédito.

Risco Operacional

O risco operacional é definido como “a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de falhas na análise, processamento ou liquidação de operações, de fraudes internas e externas, da utilização de recursos em regime de subcontratação, de processos de decisão internos ineficazes, de recursos humanos insuficientes ou inadequados ou da inoperacionalidade das infra-estruturas”.

O UBA adopta o Método do Indicador Básico para o cálculo de requisitos mínimos de fundos próprios para a cobertura do risco operacional, nos termos do Aviso nº 12/GBM/2013 de 31 de Dezembro do Banco de Moçambique.

A coordenação da função de gestão de risco operacional é assegurada pelo Departamento de Gestão de Risco, que entre as suas atribuições inclui a dinamização da implementação de procedimentos de controlo que permitem garantir a integridade dos registos, registo de eventos de risco e remessa para os diferentes órgãos de estrutura responsáveis para a sua caracterização e validação.

Risco de Compliance e Risco de Reputação O risco de compliance é definido como “a pro- babilidade de ocorrência de impactos negati- vos nos resultados ou no capital, decorrentes de violações ou de não conformidade relati- vamente às leis, regulamentos, determinações específicas, contratos, regras de conduta e de relacionamento com clientes, práticas instituí- das ou princípios éticos, que se materializam em sanções de carácter legal, na limitação de oportunidades de negócio, na redução de po- tencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o cumprimento de obrigações contra- tuais”.

Por outro lado, o Risco de Reputação é a possi- bilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de uma percepção negativa da imagem pública da instituição, fundamentada ou não, por par- te de clientes, fornecedores, analistas financei- ros, colaboradores, investidores, órgão de im- prensa ou pela opinião pública em geral.

A gestão dos riscos de Compliance e de Reputação no UBA são da competência do Departamento de Compliance e do Conselho de Administração respectivamente.

Para o alcance destes objectivos, o Departa- mento de Compliance baseia-se nas seguintes actividades:

• Assegurar, em conjunto com as demais Estruturas do Banco, a adequação, fortalecimento e o funcionamento do sistema de controlo interno da instituição, procurando mitigar os riscos de acordo com a complexidade de seus negócios;

• Disseminar a cultura de controlo para

assegurar o cumprimento de leis e regulamentos existentes;

• Identificar, analisar e medir os riscos de compliance, no sentido de avaliar a confor- midade legal e regulamentar das políticas e dos procedimentos adoptado pelo Banco no exercício da actividade, incluindo o cum- primento de regras de conduta e de relacio- namento com os Clientes;

• Pesquisar, identificar e/ou analisar, por iniciativa própria ou por reporte das Estruturas de Negócio, as operações susceptíveis de configurar riscos de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo;

• Comunicar as deficiências detectadas e promover a adopção de medidas correcti- vas e ou preventivas junto dos Órgãos de Es- trutura responsáveis, acompanhando a sua execução;

• Assegurar a execução da política de aceitação e de classificação do Cliente numa óptica de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo;

• Garantir o cumprimento de todos os deveres de comunicação e reporte às autoridades de supervisão, nomeadamente em matéria de branqueamento de capitais, e demais solicitações do Banco de Moçambique.

Risco Estratégico

O risco estratégico é a possibilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de decisões estratégicas inadequadas, de deficiente implementação das decisões ou de incapacidade de resposta a alterações do meio envolvente (interno e externo) da Instituição.

O UBA implementa um processo de Planeamento Estratégico consubstanciado em planos de actividades das diferentes áreas onde são detalhadas as principais iniciativas, os objectivos e as metas a atingir durante um determinado período da vigência do plano.

Numa base anual, é elaborado o orçamento para o exercício seguinte, o qual incorpora as eventuais alterações e os pressupostos assumidos no Plano de Actividades. A gestão corrente do risco estratégico é da competência da Comissão Executiva.

Risco de Tecnologias de Informação

O Risco de Tecnologias de Informação é a possibilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrente do uso ou dependência de hardware, software, dispositivos electrónicos, redes e sistemas de telecomunicações.

Estes riscos podem também estar associados a falhas de sistemas, erros de processamento, defeito de software, erros de operação, falhas de hardware, deficiência de capacidade, vulnerabilidade de rede, fraquezas de controlo, brechas de segurança, sabotagem interna, espionagem, ataques maliciosos, incidentes de hacking, conduta fraudulenta e capacidades de recuperação deficientes. (Fonte: Aviso nº 04/GBM/2013)

Está em processo a implementação do modelo de gestão de riscos tecnológicos enquadrado nas directrizes estabelecidas pelo Banco de Moçambique no Aviso nº 04/GBM/2013 de 31 de Dezembro. Por outro lado, esse modelo

estará alinhado com o plano de continuidade de negócios, a política de segurança de informação e todos os dispositivos legais que visam garantir que não exista fuga ou perda de informação.

A metodologia dos riscos tecnológicos pressu- põe 3 grandes fases:

• Avaliação (relatório de identificação e avaliação de riscos tecnológicos);

• Gestão (plano de resposta e priorização dos riscos tecnológicos);

• Monitoria (relatórios de desempenho de processos e avaliação de maturidade dos controlos implementados e plano de acção para remediações).

A gestão de risco de Tecnologias de Informação é da competência da Direcção de Organização e Sistemas de Informação.

4. ESTRUTURA DE CAPITAL 4.1 Informação Qualitativa

Caracterização dos Fundos Próprios

Para efeitos de solvabilidade, os fundos próprios do United Bank for Africa Moçambique são constituídos, de acordo com o Aviso n˚ 08/

GBM/2017 de 3 de Abril de 2017, pelos fundos próprios de base (Tier I) e fundos próprios complementares (Tier II).

Os fundos próprios de base (Tier I) compreen- dem:

• Capital social;

• Lucros acumulados;

• Reservas legais;

• O valor líquido dos activos intangíveis é deduzido para efeitos de determinação dos fundos próprios de base.

Os fundos próprios complementares (Tier II) compreendem, essencialmente:

• Reservas de reavaliação;

• Provisões para riscos gerais de crédito, até 0,0125% dos activos ponderados e ganhos potenciais gerados pela valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda;

São também deduzidas aos fundos próprios de base e complementares as exposições que excedam os limites de concentração de riscos, tal como disposto no Aviso nº 08/GBM/2017.

De acordo com o Aviso nº 9/GBM/2017, de 03 de Abril 2017, o Banco de Moçambique estabelece que cada banco cumpra um mínimo de activo de ponderação de risco (rácio de solvabilidade) acima ou no limite de 12%.

Os principais elementos constitutivos dos fundos próprios do UBA Moçambique S.A referem-se ao capital elegível, reservas e resultados elegíveis.

4.2 Informação Quantitativa

A 30 de Junho de 2021, os Fundos Próprios do UBA ascendiam a MT 1.184.028 milhares, com uma diminuição em cerca de MT 52.376 milhares comparativamente ao período homólogo do ano passado, conforme indicado a seguir:

5.ADEQUAÇÃO DE CAPITAL INTERNO

5.1 Informação Qualitativa

Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno

No âmbito do Pilar II do Acordo de Basileia II e, no sentido de aferir sobre a adequabilidade do capital interno em absorver perdas potenciais futuras, assegurando simultaneamente o cumprimento dos requisitos regulamentares estabelecido pelo Aviso nº 20/GBM/2013 de 31 de Dezembro e Circular nº 02/SCO/2013 de 31 de Dezembro, o Banco desenvolve o Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno – ICAAP (Internal Capital Adequacy Assessment Process).

Para os requisitos do Capital Interno, o Banco pretende quantificar todos os riscos significativos da actividade (e não apenas os riscos do Pilar I do Basileia II), de acordo com a abordagem regulamentar e de acordo com abordagens complementares.

Estas têm como objectivo conferir ao exercício uma visão interna do capital em complemento à perspectiva regulamentar de quantificação de riscos.

Em termos de distribuição do capital interno por tipologia de risco, o risco significativo do UBA é o risco de crédito, facto que se explica pela própria missão e objectivos estratégicos do Banco.

1.1.1 Capital realizado 1,744,712

571,654 1.1.2 Prémios de emissão de acções e outros títulos

1.1.3 Reservas legais, estatutárias e outras formadas por resultados não distribuídos 1.1.4 Resultados positivos transitados de exercícios anteriores

1.1.5 Resultados positivos do último exercício, nas condições referidas no n.º1 do artigo 10.

1,744,712 571,654

1,079,962 1,132,338

1. 2 Fundos próprios de base negativos

30-Jun-20 30-Jun-21

Fundos Próprios Totais

1,236,403 1,184,028

Fundos Próprios Totais para efeitos de Solvabilidade

2,316,366 2,316,366

1.1 Fundos próprios de base positivos

1.2.1 Activos intangíveis 8,838

1,029,124 6,416

1.2.2 Resultados negativos transitados de exercícios anteriores

1.2.3 Resultados negativos do último exercício 42,000

1,029,124 96,529 1.2.4 Insuciência de provisões

1.3.1 Provisões para riscos gerais de crédito ate ao limite de 0,0125% dos activos ponderados pelo risco de crédito

1. 5 Deduções aos fundos próprios de base e complementares

1.6.1 Parte que excede os limites de concentração de riscos (Av iso n.º 9/GBM /2017) 1. 4 Fundos próprios complemantares negativos

1. 3 Fundos próprios complemantares positivos

1. 6 Montantes a deduzir

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A quantificação do risco de crédito é efectuada através do Método Padrão Simplificado, conforme estabelece o Aviso nº 03/GBM/2012 de 13 de Dezembro e nos termos do Aviso nº 11/BGM/2013 de 31 de Dezembro, pelo que a afectação do seu capital interno tem em conta as classes de risco finais e respectivos ponderadores, para cada posição em risco, bem como o Órgão do Banco que é responsável pela sua origem/acompanhamento.

5.2 Informação Quantitativa

A 30 de Junho de 2021, os requisitos mínimos de capital para a cobertura de risco de crédito, risco operacional e risco de mercado são apresentados a seguir, apurados pelo método do indicador básico, nos termos do Aviso nº 11/GBM/2013 de 31 de Dezembro:

Para efeitos de Adequação de Capital, o UBA Moçambique apresentava a 30 de Junho de 2021 um excesso de Fundos Próprios para a cobertura de riscos em cerca de MT 863.375 milhares, uma diminuição em cerca de MT 237.940 milhares face ao mesmo período do ano anterior.

No quadro a seguir, apresenta-se o rácio de solvabilidade e os indicadores Core Tier 1 e

Tier 1, calculados nos termos do Aviso nº 09/

GBM/2017 de 03 de Abril e a Circular nº 01/

SCO/2013 de 31 de Dezembro.

A 30 de Junho de 2021 a posição dos Fundos Próprios do Banco variou negativamente em relação ao período homólogo do ano anterior, tendo alcançado um rácio de solvabilidade de 44.31% (acima do nível mínimo regulamentar de 12%).

5.3 Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno “ICAAP”

Em complemento a abordagem regulamentar de avaliação do capital e dos riscos, o UBA Moçambique desenvolve o processo de auto- avaliação da adequação do capital interno – ICAAP (Internal Capital Adequacy Assessment Process) no âmbito do Pilar II de Basileia II e de acordo com o disposto no Aviso nº 16/

GBM/2017 de 30 de Junho.

Este processo constitui um passo importante para o UBA Moçambique no sentido do alcance das melhores práticas em matérias de gestão de risco e planeamento de capital. Neste

âmbito é fulcral a quantificação do capital necessário para absorver perdas potenciais futuras, com uma probabilidade predefinida de modo a salvaguardar os interesses dos seus credores e accionista.

Para os requisitos de capital interno o Banco quantifica todos os riscos significativos da actividade (e não apenas os riscos do Pilar I de Basileia II), de acordo com a abordagem regulamentar e de acordo com abordagens complementares.

Estas têm como objectivo dar ao processo uma visão interna do capital em complemento a perspectiva regulamentar de quantificação

FUNDOS PRÓPRIOS: 1,236,403

1,245,242 De base principais (core tier 1)

De base (tier 1) Complementares Elementos a deduzir

Σdas alineas m) a p) do nº 1 do Artº 3 do Aviso 08/GBM/17

1,184,028 1,190,713

30-Jun-20 30-Jun-21

Racio se Solvabilidade

1,236,403 - 1,184,028

-

- -

Total dos Riscos 1,228,075

1,163,006 Risco de Crédito

Risco Operacional

2,672,106 2,315,237

37,456 40,296

Risco de Mercado 27,613

Rácio de Solvabilidade Core Tier 1 Capital

316,573

Tier 1 Capital Rácio Global

46.60%

44.56%

46.27%

44.31%

100.68%

44.31%

Risco de Crédito Exposição no Balanço

Administrações Centrais e Banco Centrais Organizações Internacionais

1,163,006 1,163,006 2,315,237

2,007,719

30-Jun-20 30-Jun-21

Risco de Mercado e Risco Operacional

Activos Ponderados pelo Risco Requisitos de Capital para Risco de Crédito,

127,931 127,931 277,828

240,926

30-Jun-20 30-Jun-21

para Cobertura de Risco (12%) Requisitos Minimos de Capital

141,114

229,874 27,585 15,523

-

- - -

-

- - -

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento Autoridades Municipais

Entidades do Sector Público Empresas Públicas Instituições de Crédito Empresas

- - -

- -

- - -

- - -

-

- - -

7,917

515,825 61,899 871

836,012

855,716 102,686 91,961

Carteira de Retalho Regulamentar Exposições Garantidas por Bens Imóveis Créditos Vencidos

Categorias de Risco Elevado

31,924

133,417 16,010 3,512

19,545

156,713 18,806 2,150

-

- - -

-

- - -

Outros Activos

Operações extrapatrimoniais - -

126,494

116,175 13,941 3,914

Garantias s/caracter sub.crédito 307,518 -

Fundos Proprios 1,184,028 1,236,403

Excesso/Insuciencia de Fundos Proprios para Cobertura de Riscos 863,375 1,101,315

Requisitos Minimos de Capital (Pilar I) 320,653 135,088

100.68%

44.31%

Rácio de Solvabilidade

4,120 4,836

Risco Operacional

3,037 37,989

Risco de Mercado

37,456 40,296

27,613 316,573

de riscos. Após quantificação de cada um dos riscos, o resultado a considerar para o capital interno decorre da agregação dos vários riscos.

Paralelamente são realizados exercícios de tes- tes de esforço para identificar eventuais neces- sidades adicionais de capital a acrescer aos re- quisitos de capital interno.Posteriormente, os requisitos de capital interno são comparados com a capacidade de absorção de risco (risk- -taking capacity) do Banco.

Na determinação da risk-taking capacity, o objectivo é definir os capitais de que o Banco dispõe para fazer face aos riscos da actividade.

Neste sentido, o Banco define quais os recursos financeiros próprios de que dispõe, a sua composição e respectiva disponibilidade, para fazer face a exposição aos riscos em que incorre, considerada a risk-taking capacity, a capacidade do Banco tomar risco.

Tendo as actividades do UBA Moçambique, os principais riscos considerados para efeitos do ICAAP são os seguintes:

- Risco de crédito - Risco de concentração - Risco de mercado - Risco operacional

- Risco estratégico/liquidez - Risco de compliance

6. RISCO DE CRÉDITO – DIVULGAÇÕES GERAIS 6.1 Informação Qualitativa

a) Principais conceitos e definições

É relevante a definição dos seguintes conceitos, para efeitos contabilísticos e de apresentação nos quadros deste capítulo:

• Crédito vencido: O UBA Moçambique classifica como crédito vencido, e nos termos do Aviso nº 16/GBM/2013 e para efeitos de constituição de provisões regulamentares mínimas, todas as prestações vencidas e vincendas de capital, incluindo os juros vencidos, de um crédito com pelo menos 1 dia de atraso após o seu vencimento.

Para efeitos de cálculo de imparidade, são todas as prestações vencidas de capital, incluindo juros vencidos, de um crédito com uma ou mais prestações vencidas há mais de 90 dias.

• Crédito objecto de imparidade: Considera- se existir imparidade quando se verifica a ocorrência de eventos de perda, com impacto nos cash-flows estimados. Todos os créditos são considerados “créditos objecto de imparidade”, com excepção dos créditos concedidos ao Estado e os créditos que beneficiam de Garantia do Estado e/ou Penhor de Depósito.

• Crédito com incumprimento (non perfor- ming loan): a definição do Crédito com In- cumprimento corresponde ao conceito ins- tituído pelo Aviso nº 16/GBM/2013 do Banco de Moçambique e que se define como o cré- dito vencido há mais de 90 dias.

Metodologia de Apuramento de Imparidades e Provisões Regulamentares Mínimas

Imparidade de activos financeiros

O Banco reconhece todas as possíveis futuras perdas de crédito nos seus activos financeiros sobre gestão desde o momento da originação.

Estas perdas potenciais devem ser revistas a cada data de reporte de forma a reflectir alterações no nível de risco de crédito dos respectivos activos financeiros.

As imparidades no contexto das NIRF 9 aplicam-se a quaisquer instrumentos de dívida que em geral esteja sujeita a risco de crédito e não tenha sido sujeita a uma avaliação ao

“Preço justo”.

As exposições de crédito são classificadas a cada data de reporte de imparidades da seguinte forma:

• Estágio 1 - Exposições de crédito sem atra- so no cumprimento para as quais não se ve- rificou qualquer alteração da probabilidade de incumprimento (PD) em relação à data da originação;

• Estágio 2 - Inclui exposições de crédito para as quais se verificou uma deterioração do perfil de risco medido pelo aumento significativo na probabilidade de incumpri- mento (PD) em relação à data de originação;

• Estágio 3 - Posições com incumprimento efectivo.

O Banco avalia, à data de cada balanço, se existem sinais objectivos de imparidade dos activos financeiros ou de um grupo de activos financeiros.

Um activo financeiro ou um grupo de activos financeiros é considerado afectado por imparidade caso existam sinais objectivos de perda de valor em resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido depois do reconhecimento inicial do activo financeiro (um evento de perda) e essa ocorrência (ou ocorrências) de perda tenha um impacto sobre os fluxos de caixa futuros estimados dos activos financeiros ou do grupo de activos financeiros que possa ser correctamente estimado.

Os sinais de imparidade podem incluir indica- ções de que o devedor ou um grupo de deve- dores estão a passar por dificuldades financei- ras significativas, incumprimento ou mora nos pagamentos do capital ou juros, a probabili- dade de falência ou restruturação financeira e quando dados observáveis indiquem que se verifica uma redução mensurável dos fluxos de caixa futuros estimados, tais como alterações dos valores em mora ou condições económi- cas correlacionadas com incumprimento.

Cálculo da Perda Esperada

Perda esperada: é calculada (para ambos os 12 meses e perda total) em função da Exposição em Incumprimento (EAD); Probabilidade de Incumprimento (PD) e Perdas Decorrentes de Incumprimento (LGD). Estes termos são interpretados como segue pelas exigências das NIRF 9:

Exposição em Incumprimento (EAD): mon- tante estimado em risco em caso de incum- primento (antes de qualquer recuperação) in- cluindo a expectativa comportamental do uso do limite por clientes nas várias fases do risco de crédito.

(6)

Disciplina de Mercado - Junho 2021

Página 6

Probabilidade de Incumprimento (PD): é a probabilidade de incumprimento num dado momento, o qual pode ser calculado com base nas perdas possíveis de ocorrer dentro dos próximos 12 meses; ou no período em falta; dependendo do estágio de alocação da exposição.

Perdas Decorrentes de Incumprimento (LGD): é a diferença entre os fluxos de caixa contratuais devidos e os fluxos de caixa que são esperados receber, descontados à taxa de juro efectiva na data de referência.

Os fluxos de caixa esperados tomam em consideração fluxos de caixa da venda de colaterais detidos ou de outras garantias de crédito que sejam parte integrante dos termos contratuais, mas não exigem o conservadorismo deliberado exigido por exigências regulatórias.

Dada a alteração dos requisitos de imparidade, é esperado que a imparidade de crédito com base nas NIRF 9 aumente em comparação com o NIC’s 39.

Provisões Regulamentares Mínimas

A constituição das Provisões Regulamentares Mínimas para a cobertura do risco de crédito previsto no Aviso nº 16/GBM/2013, do Banco de Moçambique, é feita nos termos indicados naquele Aviso, e apenas para efeitos de relatórios prudenciais, designadamente a constituição dos Fundos Próprios e Rácios e Limites Prudenciais.

O excesso de Provisões Regulamentares, incluindo os reforços efectuados por recomendação do Banco de Moçambique, relativamente à imparidade, nos termos do Artigo 18 do Aviso nº 08/GBM/2017, é deduzido do valor dos Fundos Próprios para efeitos de cálculo dos Rácios e Limites Prudenciais.

b) Risco de Concentração

Refere-se o risco de concentração de crédito a “uma exposição ou grupo de exposições em risco com potencial para produzir perdas de tal modo elevadas que coloquem em causa a solvabilidade da instituição de crédito ou a capacidade para manter as suas principais operações.

O risco de concentração de crédito decorre da existência de factores de risco comuns ou correlacionados entre diferentes contrapartes, de tal modo que a deterioração daqueles factores implica um efeito adverso simultâneo na qualidade de crédito de cada uma daquelas contrapartes”. (Circular nº 03/SCO/2013 de 31 de Dezembro do Banco de Moçambique) O processo de gestão de risco de concentração de crédito está incorporado no modelo de governação da gestão de risco e de capital do UBA e envolve o Departamento de Gestão de Risco.

O risco de concentração de crédito é acompa- nhado ao nível das seguintes vertentes:

• Análise da concentração de contrapartes

ou grupo de contrapartes, em que a probabilidade de incumprimento resulta de características comuns:

- Cálculo do Índice de Concentração Sectorial conforme o disposto na Circular nº 03/SCO/2013 de 31 de Dezembro do Banco de Moçambique;

- Realização numa base trimestral de uma análise da concentração de crédito concedido a empresas por sectores de actividade, com o objectivo de apresentar a constituição da carteira de crédito concedido a empresas por sector de actividade acompanhando o grau de concentração.

• Análise de concentração por contraparte ou grupo de contrapartes:

- Cálculo do Índice de Concentração Individual, conforme o disposto na Circular nº 03/SCO/2013 de 31 de Dezembro do Banco de Moçambique;

- Realização numa base trimestral de uma análise da concentração do crédito conce- dido a entidades ou grupos económicos de entidades, excluindo as instituições fi- nanceiras;

- Análise de grandes riscos nos termos do Aviso nº 09/GBM/2017 do Banco de Moçambique.

c) Factores de risco considerados na análise das correlações entre as partes

Para a análise das correlações entre as contrapartes são considerados pelo UBA, em conformidade com o Aviso nº 09/GBM/2017 de 03 de Abril, do Banco de Moçambique, os seguintes factores de risco:

i. Em relação a um só cliente não devem incorrer em riscos cujo valor, no seu conjunto, exceda 25% dos seus fundos próprios; e ii. O valor agregado dos grandes riscos assumidos não deve exceder o óctuplo dos seus fundos próprios.

6.2 Informação Quantitativa

No âmbito do cálculo de requisitos de capital para risco de crédito as posições em risco consideradas englobam posições activas, e estas posições estão associadas a:

• Créditos sobre clientes, títulos de carteira de investimento, aplicações e disponibilidades em instituições de crédito, títulos sobre o Banco Central, Governo de Moçambique, entre outras rubricas.

Nesta secção, passamos a apresentar: (i) a exposição bruta ao risco de crédito, (ii) a distribuição geográfica das exposições, desdobramento por contraparte, (iii) a distribuição das exposições por sectores, (iv) o índice de concentração sectorial, e (v) o desdobramento da carteira de crédito com base nas maturidades contratuais residuais.

Total

Exposições no Balanço

Administrações Centrais e Banco Centrais Organizações Internacionais

5,772,584 3,998,793 8,166,788

5,091,610

Média do período Fim-do-período

Classes de Risco

30-Jun-21

4,139,725 3,143,005 3,875,769

3,202,941

Média do período Fim-do-período

30-Jun-20 Exposição Bruta ao Risco de Crédito

2,755,963

3,295,299 2,179,821 2,329,443

-

- - -

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento Autoridades Municipais

Entidades do Sector Público Empresas Públicas Instituições de Crédito Empresas

- - -

-

- - -

- -

- - -

-

- - -

141,896

515,825 7,917 3,915

744,621

856,737 836,968 687,562

Carteira de Retalho Regulamentar Exposições Garantidas por Bens Imóveis Créditos Vencidos

Categorias de Risco Elevado

84,981

150,862 32,196 28,247

141,924

156,713 19,545 18,143

-

- - -

-

- - -

Outros Activos

Operações extrapatrimoniais

129,408

116,175 126,494 75,695

Garantias s/caracter sub.crédito 672,827 996,720

1,773,790 3,075,178

1,773,790 3,075,178

996,720 672,827

Total

Exposições no Balanço

Administrações Centrais e Banco Centrais Organizações Internacionais

- - 7,311,327 4,236,150

7,311,327 4,236,150 -

3,295,299 3,295,299 -

- -

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento Autoridades Municipais

Entidades do Sector Público Empresas Públicas Instituições de Crédito Empresas

- - - -

- - -

- -

-

- -

-

515,825 515,825

-

1,276 1,276

Carteira de Retalho Regulamentar Exposições Garantidas por Bens Imóveis Créditos Vencidos

Categorias de Risco Elevado

-

150,862 150,862

-

156,713 156,713

-

- -

-

- -

Outros Activos

Operações extrapatrimoniais

-

116,175 116,175

Garantias s/caracter sub.crédito 3,075,178

- 3,075,178

- 3,075,178

3,075,178

394,414 394,414 - - - - - -

- 394,414

- -

- -

-

- -

211 211 - - - - - -

- 211

- -

- -

-

- -

451,961 451,961 - - - - - -

- 451,961

- -

- -

-

- -

8,874 8,874 - - - - - -

- 8,874

- -

- -

-

- -

855,461 855,461 - - - - - -

- 855,461

- -

- -

-

- -

8,166,788 5,091,610 3,295,299 - - - - -

515,825 856,737

150,862 156,713

- -

116,175

3,075,178 3,075,178 Norte

Moçambique Total

30-Jun-21

Nigeria Africa do Sul Nova Iorque Estrangeiro

Londres Total Total Distribuição Geográca das Posições em Risco

Sul

Total

Exposições no Balanço

Administrações Centrais e Banco Centrais Organizações Internacionais

- 2,852,648

2,179,821 2,367,168 30-Jun-20

-

2,179,821 2,179,821 -

- -

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento Autoridades Municipais

Entidades do Sector Público Empresas Públicas Instituições de Crédito Empresas

- - - -

- - -

- -

-

- -

-

7,917 7,917

-

1,195 1,195

Carteira de Retalho Regulamentar Exposições Garantidas por Bens Imóveis Créditos Vencidos

Categorias de Risco Elevado

-

32,196 32,196

-

19,545 19,545

-

- -

-

- -

Outros Activos

Operações extrapatrimoniais

126,494 - 126,494

Garantias s/caracter sub.crédito 672,827

- 672,827

- 672,827

672,827

697,406 - - - - - -

- 697,406

- -

- -

-

- -

1,797 - - - - - -

- 1,797

- -

- -

-

- -

108,426 - - - - - -

- 108,426

- -

- -

-

- -

28,145 - - - - - -

- 28,145

- -

- -

-

- -

835,773 - - - - - -

- 835,773

- -

- -

-

- -

3,202,941 2,179,821 - - - - -

7,917 836,968

32,196 19,545

- -

126,494

672,827 672,827 3,039,996

- 697,406 1,797 108,426 28,145 835,773 3,875,769 Norte

Moçambique

Total Nigeria Africa do Sul Nova Iorque Estrangeiro

Londres Total Total Distribuição Geográca das Posições em Risco

Sul

A 30 de Junho de 2021, o valor da Exposição Bruta ao Risco de Crédito – ilíquida de correcções e provisões, era de MT 8.166.788 milhares, um aumento de cerca de 111% em relação ao período homólogo do ano passado.

A distribuição geográfica das posições em risco a 30 de Junho de 2021 e 30 de Junho de 2020 respectivamente, apresenta-se nas tabelas abaixo:

Referências

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