Aula 03 – Aplicação Mec. Sólidos em Elementos de Máquinas
SEM 0241 – ELEMENTOS DE MÁQUINAS I
3.8 - Tensão equivalente e tensão admissível
Se σ
eq≤ σ
adma peça não romperá !
Peça real
Modelo matemático
cálculos
YZ XZ
XY
Z Y
X
, ,
, ,
0 , ,
II IIII
Critério de
resistência Tensão equivalente : σ
eqTensão ideal : σ
iTensão de confronto : σ
vA3. 1
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3.8.1 Peças submetidas a carregamentos em geral → Estado geral de tensões
Para se aplicar os resultados de um ensaio (tração, compressão, torção) a um elemento que esteja submetido a um carregamento multiaxial é
necessário se considerar o mecanismo real de falha.
Critérios de Resistência
A3. 2
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3.8.2 Falhas
3. 3
Um componente mecânico, associado em conjunto a outros componentes, tem seu comportamento não tão bem delimitado e podem apresentar falha. São aplicados Critérios de Resistências que se utilizam de conceitos de segurança para o dimensionamento de componentes.
Resistência de uma peça mecânica (projeto)
Resistência da peça fabricada
material;
tratamento térmico;
processamento.
quantidade do lote;
variações no processo;
acabamento superficial;
esforços na conformação;
combinações com outros no conjunto.
Utiliza-se de dados de corpos de prova mesmas condições de carregamento, fabricação, acabamento.
Falha
quebra;
deformação permanente;
A falha depende da:
tipo de tensão (tração, compressão, cisalhamento);
tipo de carregamento (estático, dinâmico).
A3. 3
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Ensaio de tração: se observarmos o círculo de Mohr para tração pura aplicada lentamente nota se que há também a existência de tensão de cisalhamento, cujo valor máximo é exatamente a metade da tensão normal.
F
F
1
x
2
3
13
QUAL TENSÃO CAUSOU A FALHA??
Em geral materiais dúcteis submetidos a carregamentos estáticos são limitados pelas suas tensões de cisalhamento, enquanto que os materiais frágeis pela tensão
normal.
A3. 4
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Material Dúctil
Material Frágil
A3. 5
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1
2
3
xy
xy
QUAL TENSÃO CAUSOU A FALHA??
Ensaio de torção: se observarmos o círculo de Mohr torção pura aplicada
lentamente nota-se que há também a presença de tensão normal cujo valor máximo é igual a tensão de cisalhamento.
Em geral materiais dúcteis submetidos a carregamentos estáticos são limitados pelas suas tensões de cisalhamento, enquanto que os materiais frágeis pela tensão
normal.
A3. 6
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a) Descrição alternativa das tensões para um eixo em torção, b) amostra de pedra arenosa após ensaio de torção
Fonte: POPOV EP. Introdução à mecânica dos sólidos. Trad. AMORELLI MOC. Ed. Edgard Blücher, 1978.
c)Torção em materiais de baixa resistência ao cisalhamento, quebra perpendicular ao eixo.
Acima: Ferro fundido cinzento, Abaixo: liga de alumínio 2024-T351
Fonte: Dowling NE. Mechanical Behavior of Materials. 3ª ed Ed. Pearson Prentice Hall.2007. p.156.
A3. 7
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a) Estado simples de tensões
Tensão tangencial :
. 2 . .
cos 2 . .
.
2 cos 1
. . cos 2
. 2
A sen sen F
A F
A F A
F Equações
paramétricas do círculo
F
Fsen Fcos
F
F A
F τ
3.8.3 Estado de tensões – Círculo de Mohr
Tensão normal :
Direção do plano onde atuam σα e τα
2
I
Círculo de Mohr τ
A3. 8
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b) Estado duplo de tensões
Equilíbrio de forças
xy yx
) . 2 cos(
. ) . 2 ( 2 .
) . 2 ( . ) . 2 cos(
2 . 2
sen
sen
Y X
X Y Y X
x
y
y
x
yx
yx
xy
xy x
y
xy
xy
y
x
dA
dAsin dAcos
Direção do plano onde atua σx
Direção do plano onde atua σy
45 2
I
x
II
2
y
x
xy
yx
max 2
2
2
x y
Círculo de Mohr
y
3. 9
A3. 9
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Fonte: Budynas, R.G., Nisbett, J.K., Shigley´s Mechanical Engineering Design, McGraw-Hill, 2011
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• Tensões principais
•Tensão tangencial máxima
•Ângulo dos planos principais
•Tensões em
um ângulo qualquer
I, II
X Y X Y
2 2
2 2
max X Y
2
2 2
tan( . ) .
2 2
X Y
X Y, . cos( . )
. sen( . )
I II I II
I II
2 2 2
2 2
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Fonte: Budynas, R.G., Nisbett, J.K., Shigley´s Mechanical Engineering Design, McGraw-Hill, 2011
Exemplo (Shigley):
x y
80 50
50
𝜏
𝜎
50
𝜎𝑦 = 0
0
50
(80,50)
(0,-50)
40
50 64,03
104,03 -24,03
Convenção:
- Tensões de cisalhamento “girando” o elemento no sentido horário: positivo (acima do eixo σ);
- anti-horário: negativo (abaixo do eixo σ);
𝜎𝑥 = 80
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Exemplo: refazer para as condições abaixo:
x y
80 50
50
𝜏
𝜎
20
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c) Estado triplo de tensões
I
II
III
I
I
II
II
III
III
I
II
II
III
III I
III
I
II
A3. 14
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3.8.4 Círculos de Mohr para casos particulares de solicitações
• Pressão hidrostática biaxial
• Eixo solicitado à flexo-torção
2 2 max
2 2 II
I, ; 2
2
2
b b b
I II I
II
II
I
A3. 15
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Cada critério: σ
eqdiferente
3.8.5 CRITÉRIOS DE RESISTÊNCIA
A3. 16
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a) Critério da tensão normal máxima (Rankine): Considera que um elemento constituído de material frágil falha quando a tensão principal máxima no material atinge a tensão normal máxima que o material pode suportar em um teste de tração uniaxial.
A3. 17
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b) Máxima tensão tangencial (Tresca): considera que em um material dúctil sob qualquer estado de tensão (uniaxial, biaxial ou triaxial) a falha ocorre quando a tensão cisalhante em qualquer plano atinge o valor de σy/2.
A3. 18
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K
V
I
II
I
II III 0
II I
Kd
Kd
KZ
KZ
I
KZ < |Kd|
II
D ou
I Z
V
K
A3. 19
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c) Máxima energia de distorção (von Mises)
Elipse inclinada à 45o com semi-eixos K
K .
. /
2
2 3
I II
2 II III
2 III I
22 .
1
V
2 II II
I 2
I
.
V
Estado triplo de tensões
Estado duplo de tensões
K K
K
K Tensão
normal
Tensão de cisalhamento
I
II
15% (dif.)
73% (dif.) 15% (dif.)
Energia de distorção
A energia total de deformação em uma peça carregada consiste em duas componentes: uma devido ao carregamento hidrostático que muda seu volume; e outra devido a distorção que muda sua forma.
A tensão de cisalhamento presente deve-se a parcela da energia de distorção.
A3. 20
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A3. 21
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A3. 22
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COMPARAÇÃO ENTRE CRITÉRIOS
A3. 23
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A3. 24
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3.8.5.1 Casos estáticos
a) Tensão equivalente
z y x
tensões principais 3 2 1
, ,
3 1
2
2 3 2 2 2
. 1
2
1
e
b) Tensão admissível
segurança de
coef.
ruptura adm
3.8.5.2 Casos de solicitação dinâmica (fadiga)
a) Tensão equivalente
Critério leva em conta a fadiga do material
fadiga fadiga K
Kt Kf
e
H
H
. lim
. lim
2 max
2 2 max
=
entalhe de
coef.
= s
. .
.
b) Tensão admissível adm teoria de fadiga
Critério + usado p/ aço energia de distorção (Von Mises)
3. 25
A3. 25
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3.8.6. Aplicação dos critérios de resistência
• Eixo submetido à flexo-torção
• Círculo de Mohr
Critério de Resistência
Tensão de Confronto (σv)
Máx. tensão normal Máx. tensão tangencial Máx. energia de distorção (Von Mises)
2 2
2 2
2 2 I
. 3
. 4
2 2
eq eq eq
2 2
max
2 2
II I,
2
2 2
f
f f
dA
f
f
45 2
xy
yx
max
f
A3. 26
Mt Mt
Mf
Mf dA
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3.9 Referências
• Dowling NE. Mechanical Behavior of Materials. 3ª ed Ed. Pearson Prentice Hall.2007.
• Niemann G. Elementos de Máquinas, vol. I, Editora Edgard Blucher, 1991.
• Popov EP. Introdução à mecânica dos sólidos. Trad. Amorelli, M.O.C. Ed. Edgard Blücher, 1978.
• ShigleyJE, Mitchell LD. Projeto de Engenharia Mecânica, 7th ed., Bookman, Porto Alegre 2005.
A3. 27