AULA SOBRE JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

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AULA SOBRE JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

1- Bibliografia sugerida

Juizados Especiais Federais Cíveis e Casos práticos- Antônio César Bochenek e Márcio Augusto Nascimento- Juruá Editora

- Manual dos Recursos nos Juizados Especiais Federais- José Antônio Savaris e Flávia da Silva Xavier- Juruá Editora

2- Base normativa

- CRFB- arts. 98, I- “ Criarão para conciliação e julgamento de causas cíveis de menor complexidade”

Art.109, I- “ Compete aos juízes federais processar e julgar as causas (...) Exceto as decorrentes de acidente de trabalho-, falimentar, trabalhista.

OBS: proposta de EC- Reforma da Previdência- Transferir julgamento de acidentárias para a Justiça Federal Art. 109, par.3º- Competência delegada- Recurso vai para o TRF

- LEI 10259/01- - LEI 9099/95-

- Lei 13105/15- CPC- Art. 1046, par.2º ressalva expressamente a vigência das Leis sobre Juizados.

- Resoluções 345 (TNU) e 347/2015 do Conselho da Justiça Federal Obs: ler também Enunciados do Fonajef e Questões de Ordem da TNU 3- Princípios

Gerais:

Acessibilidade, Operosidade (ex: linguagem clara; medidas cautelares de ofício), Utilidade (ex: pagamento por RPV, com a possibilidade de sequestro do numerário para cumprimento do decisum); Igualdade absoluta das partes no processo (ex: prazos idênticos e sem remessa necessária);

Específicos

- Oralidade ; Simplicidade (ex: linguagem comum para facilitar a compreensão e aproximação dos cidadãos); informalidade (ex: intimação por qualquer forma);

Celeridade (ex: RPV; atos processuais em horário noturno) , Economia Processual ( ex: recursos apenas contra sentença definitiva)

2 4- Competência

- Art. 109 CRFB, par.2º (“2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

- Encontrar o local onde o feito deve tramitar (art. 4º da Lei 9099/95 e art. 109, par.2º e 3º) - Art. 3º da Lei 10259/01- matérias nas causas de até 60 salários mínimos

- Art. 4º da Lei 9099/95- critérios (domicílio do autor; lugar onde a obrigação deva ser satisfeita ou sede do Réu)

Atenção. :

- causas envolvendo bem imóvel da/com a CEFa princípio poderiam ser julgadas no JEF mas no caso do SFH , o valor da causa é aferido pelo saldo devedor, o que normalmente extrapola o teto dos JEF e a perícia complexa também inviabiliza esse procedimento.;

- AÇÃO do mandado de segurança. Não cabe no JEF. Não confundir com o MS como sucedâneo recursal.

- anulaçãode ato administrativo fiscal ou previdenciáriopode em Juizado.

- Habeas data- A lei não exclui mas doutrina e jurisprudência reputam inviável sua propositura nos Juizados.

- impugnação à pena de demissão a servidor civil ou sanções disciplinares aos militares também é vedada nos Juizados.

Súmula 689 do STF- “ O segurado pode ajuizar ação previdenciária perante o juízo federal do seu domicílio ou nas varas federais da Capital do Estado-membro”

Obs: Muitos juízes da capital vêm declinando a competência sob o argumento da lógica da interiorização da Justiça Federal

Obs: Se optar pela Justiça Estadual da comarca, não poderá seguir o rito sumaríssimo, por expressa vedação na CRFB e no art. 20 da Lei 10259/01

RENÚNCIA AO EXCEDENTE A 60 SALÁRIOS MÍNIMOS

- Sem renúncia tácita (Enunciado 17 da TNU e enunciado 16 do Fonajef)

- Não há renúncia das vincendas para fixação da competência – diferença com a renúncia na forma de pagamento (RPV x precatório- impossibilidade de fracionamento- art.17, par.4 Lei 10259/01)

 Confitos de competência:

- juiz de vara x juiz de juizado da mesma seção judiciária- TRF

Questão chegou ao STJ no conflito de competência ,que chegou a editar Súmula 348 MAS ELA FOI CANCELADA EM RAZÃO DE DECISÃO DO STF, DANDO LUGAR À SÚMULA 428 (“ Compete ao TRF decidir os conflitos de competência entre juizado especial federal e juízo federal da mesma seção judiciária)

- MS contra ato de juiz do juizado= Turma Recursal- Súmula 376 STJ - MS contra ato de juiz da Turma Recursal= Própria Turma Recursal-

Obs: Exceção: se o MS discutir não a decisão da Turma Recursal mas a sua própria competência, o TRF deveria julgar. Com recurso ordinário para o STJ

3 - HC contra decisão de Turma Recursal= TRF-

Obs: A Súmula 690 não está sendo mais aplicada ( “Compete ao STF o julgamento de habeas corpus contra decisão de turma recursal)

5- Partes

- Pessoa física (art.6 da Lei 10259/01).

Os incapazes podem ser parte e deve ser nomeado curador especial- Ex: LOAS, pensão- Intervenção do MPF

- Microempresas (receita bruta anual até R$ 360.000,00) e empresas de pequeno porte (Receita bruta anual de 360.000,00 até 3.600,000,00)- LC 123/2006

Rol não é taxativo. A Lei não dispõe

Atenção: espólio (Enunciado 82 Fonajef- STJ: CC 200703042792) , condomínio e herança jacente- CPC atribui capacidade processual

Ausência do incapaz não acarreta prejuízo pois pode estar representado por procurador ou advogado- art. 10 da Lei 10259/01

-Preso pode ser parte desde que com representante

- Sociedade civil sem fim lucrativo e associações civis com fins lucrativos NÃO podem ser parte nos juizados

Rés- possibilidade de litisconsórcio necessário (enunciado 21 do Fonajef- pessoas físicas, jurídicas de direito público ou privado, estadual ou municipal)

Litisconsórcio facultativo também- Ex: medicamentos- caráter suplementar do art. 8 da Lei 9099-95- STJ AGRCC NO CC 98044

6- Fase postulatória e atos processuais

- Custas dispensadas no primeiro grau mas retroativas em sede de recurso, salvo se beneficiário da justiça gratuita.

- Recorrente vencido paga custas e honorários de advogado. Técnica de desestímulo.

- NÃO cabe reconvenção- art. 31 da lei 9099-95

- NÃO cabe pedido contraposto- haveria transmudação das partes para o polo ativo- Enunciado 12 do Fonajef

Mas se admite que a matéria seja apresentada na defesa desde que fundada nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. Ex: auxílio-doença concedido administrativamente e aposentadoria por invalidez retroativa judicial- dedução dos valores.

- NÃO cabe intervenção de terceiros- Art.10 da Lei 9099-95

4 - Prazo de resposta nos casos de litisconsórcio:

1- corrente: aplica-se a regra do CPC no caso de réus com procuradores distintos, contando-se em dobro; Não contrariaria a finalidade dos Juizados pois assegura a todos, inclusive pessoas físicas no caso de litisconsórcio

2- corrente: prazo único- Prazo de 30 dias em razão do período mínimo entre a citação e a conciliação; (art.9º da Lei 10259/01)

P: MP tem prazo diferenciado dobrado para recorrer nos Juizados como custos legis?

R: 1- Corrente: Sim- O art.9º da Lei 10259/01 veda apenas as pessoas jurídicas de direito público- Aplica-se o art. 180 do CPC

2- Corrente- Majoritária- Não se aplica o art. 180 do CPC. Há de se fazer uma interpretação finalística , qual seja, evitar delongas processuais . O MP tem o dever de atender aos princípios fundamentais dos Juizados.

- Conciliador pode realizar colheita da prova oral- Lei 12153/09 - Até 3 testemunhas

7- Valor da causa em ações com prestações de trato sucessivo - Somam-se as vencidas com as 12 vincendas- art. 292, par.1 e 2 CPC

- Há um IRDR no TRF-4 sobre como aferir a competência em relação aos valor da causa

- Havendo litisconsórcio ativo, o teto dos Juizados é aferido individualmente .( STJ 200600039173)

OBS: Questão da prova da DPU que soma todas as vincendas

8- Ciência e Comunicação dos atos

- Carta precatória é dispensada mesmo em locais fora do Estado

- - Não há intimação pessoal mas a partir do advento da Lei 11419/2006, as citações e intimações serão feitas por meio do processo eletrônico para todos os efeitos legais

-Lei 11419/2016- 10 dias corridos( Enunciado 158 Fonajef) para consulta a contar do envio. Se a consulta ocorrer em dia não útil, inicia-se a contagem no primeiro dia útil seguinte.

- Intimação telefônica é válida se realizada direto com a parte e certificada por servidor responsável.- Enunciado 73 do Fonajef

- Intimação por carta com aviso de recebimento entregue no local declarado pela parte , mesmo que o comprovante não seja subscrito por ela, é válido- Enunciado 74 Fonajef - Não há citação por edital- art. 18, par.2º Lei 9099/95.

P: Litisconsórcio entre pessoa física e jurídica (INSS). Se estiver em local incerto , tem de citar por edital. Logo, o juiz deveria considerar esse procedimento complexo, extinguir o feito em virtude da incompetência absoluta.

9- Contagem dos prazos

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-Defensor não tem prazo em dobro nos Juizados Especiais Federais- TNU 200340007063637- Art.9º da Lei 10259/01- Enunciado 53 do Fonajef- Especialidade , cronologia e isonomia.

- DIAS ÚTEIS- Fundamento: Não há previsão nas leis dos Juizados, logo se aplica o art.

219 do novo CPC . Enunciado 175 do Fonajef- Resoluções 345 e 347 do CJF- 4 ª Região Ajufe encaminhou projeto de lei para normatização.

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Dias corridos- Princípio da celeridade- Enunciado 165 do Fonaje

10- Medidas Cautelares

- Art. 4º da Lei 10259/01- Juiz poderá de ofício ou a requerimento da parte conceder medidas cautelares no curso do processo para evitar dano de difícil reparação”.

P: Qual o alcance da expressão “medidas cautelares de ofício”? Poderia conceder tutela antecipada?

R: 1- Não. Minoritária. O instituto da tutela antecipada adveio antes (CPC 73), logo se o legislador quisesse, teria inserido expressamente na Lei 10259/01 essa possibilidade 2- Sim. Efetivação do princípio da operosidade, considerando o perfil dos jurisdicionados, hipossuficientes, desacompanhados de advogados.

Proporcionalidade- Deve-se proteger bens jurídicos fundamentais, cuja prestação corre o risco de perecimento. Ex: medicamentos

11- Sentença

Não se admite sentença ilíquida- art. 38 da Lei 9099/95 mas a jurisprudência vem aceitando a sentença que contenha r apenas os parâmetros de liquidação. Enunciado 32 do Fonajef

Ex: DIB, DER, RMI 12- Recursos

- Não há o reexame necessário (art. 13 da Lei 10259/01).

- Não há previsão legal. Para a jurisprudência NÃO cabe recurso adesivo – Enunciado 59 do Fonajef

- Efeito do recurso contra sentença: Apenas devolutivo .Art. 1012, par.1º, II, CPC (alimentos)

Obs: Mas a CRFB condiciona o pagamento ao trânsito em julgado da sentença ( “100. (...)

§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. “)

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A implementação (concessão ou revisão) pode ocorrer desde logo, o que não pode fazer é expedir a RPV/precatório antes do trânsito em julgado, embora o art. 16 da Lei 10259/01 mencione trânsito em julgado para as obrigações de fazer, chegou-se a essa interpretação em virtude da harmonização das leis e da possibilidade de concessão de tutela antecipada.

P: Art. 5^o Exceto nos casos do art. 4^o, somente será admitido recurso de sentença definitiva.

1- Corrente- Interpretação literal- Críticas- Discricionariedade, exigências desarrazoadas, direito do réu em ter o mérito julgado; representatividade do magistrado, investido sem concurso público . Nenhum ato estatal deve ficar imune aos necessários controles.

2- Corrente- “ Sentença definitiva” é sentença que julga extinto o processo- Turmas Recursais de SC

3- Corrente- Admite-se também em casos de sentenças terminativas que importem negativa de jurisdição (Enunciado 18 das TRRJ) ou quando a extinção acarretar perempção (Enunciado 144 do Fonajef)

Com base no novo CPC, os autos serão alçados às Turmas Recursais independentemente de juízo de admissibilidade.

 Dever de fundamentação das decisões- Art.46 da Lei 9099/95 x Art. 489 do CPC/15

- Art. 46 da Lei 9099/95.” O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.”!

Antes do CPC/15, o STF já reputou constitucional o art. 46 da Lei 9099/95 antes do CPC/15. RE- 635739- fundamentação referida na sentença

-Art. 489-São elementos essenciais da sentença:”

(...)

1^o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou

acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

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VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

ENUNCIADO 146 DO FONAJEF- “ O art. 46, da Lei 9099/95, não foi revogado pelo novo CPC.

ENUNCIADO 153 DO FONAJEF- “ A regra do art. 489 do CPC deve ser mitigada nos juizados por força da primazia dos princípios da simplicidade e informalidade que regem o JEF”

Obs: Mas a TNU anula acórdãos genéricos, sem especificação da situação fática (Pedilef nº 05073021120114058100)-Ex: aposentadoria especial- exposição a agente nocivo sem falar porque não foi exposto

 Espécies de recursos

1- Recurso contra decisão que defere / indefere medida cautelar (tutela antecipada)-PRAZO 10 DIAS

- Ex: MP 739/2016; Medicamentos

- Admite-se contra a decisão que INDEFERE malgrado o art. 4º da lei 10259/01 só mencione as que deferem.

2- Agravo Regimental- PRAZO : 15 DIAS (Art.2º, par.4º da Resolução 347/2015)

- Contra decisão monocrática do Relator ou Presidente da Turma Recursal.

- Admite-se contra decisão que concede ou indefere efeito suspensivo ativo/tutela antecipada recursal.

- Se não houver retratação, deve apresentar o processo em mesa proferindo voto

- Importante para provocar decisão colegiada a subsidiar recursos excepcionais.

Ex: medicamentos

3- Embargos de declaração- Prazo: 5 DIAS (arts.48 a 50 da Lei 9099/95) OBS: AGORA OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO INTERROMPEMO PRAZO RECURSAL EM TODAS AS FASES, POIS O CPC (ARTS.1065) EXPRESSAMENTE DISPÕE NESSE SENTIDO.

4- Pedido de Uniformização de interpretação de lei federal – PRAZO : 15 DIAS

- A lei 10259/01 preocupa-se com a harmonização na interpretação da lei federal perante os órgãos julgadores.

 Pressupostos:

-decisões divergentes de Turmas Recursais ou de Turma Recursal x TNU/STJ- OBS: ACÓRDÃOS DE TRFs / TJsNÂO SERVEM COMO PARADIGMA.

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- interpretação de questões de DIREITO MATERIAL

- Precisa atacar todos os fundamentos da decisão recorrida sob pena de inadmissão- Questão de Ordem nº 18 da TNU- Ex: Indeferimento do BPC por renda familiar acima de ¼ do salário mínimo e pela renda do tio (parente). Se atacar apenas a questão do ¼, será inadmitido.

 Duas espécies de pedido de uniformização:

4.1- Pedido de Uniformização REGIONAL- Julgado pela Turma Regional de Uniformização- uma por região

- Decisões divergentes entre Turmas Recursais da mesma região

- 4.2- Pedido de Uniformização NACIONAL- Julgado pela Turma Nacional de Uniformização

-decisões divergentes entre Turmas Recursais de regiões distintas;

- quando a decisão recorrida estiver em contrariedade contra Súmula ou jurisprudência dominante do STJ/TNU

- quando a decisão da Turma Regional de Uniformização estiver em contrariedade à súmula ou jurisprudência dominante do STJ/TNU

Pressupostos:

- Necessidade de demonstração do dissídio . Prova do dissídio: juntada de cópia do acórdão paradigma quando se tratar de divergência entre Turmas Recursais .

Obs: se for julgado obtido pela internet, deve indicar a fonte (URL).

- Similitude fático-jurídica entre a decisão recorrida e o acórdão paradigma - Prequestionamento- Não se admite inovação para a TNU

Obs: “ Jurisprudência dominante do STJ- Não precisa juntar 500 acórdãos do STJ. Basta um, mas que nele consiga se extrair que há entendimento dominante do STJ nesse sentido.

- A INTERPOSIÇÃO É SIMULTÂNEA DE PEDIDO REGIONAL E PEDIDO NACIONAL , COM PREVALÊNCIA DE JULGAMENTO DO REGIONAL, podendo ficar prejudicado o nacional. (art. 6º- Resolução 345 CJF).

- OBS: A TNU deve se limitar a fixar a premissa de direito, qual a interpretação da lei federal deve ser adotada, não adentrando no julgamento das questões fáticas trazidas aos autos sob pena de se transformar em uma terceira instância de matéria probatória.Ex: Pensão- prova da união estável

Exceção: Questão de ordem 38 TNU- Quando a matéria já tiver sido examinada na origem, a TNU poderá aplicar o direito ao caso concreto, decidindo o litígio de modo definitivo. Ex: Restabelecendo a sentença.

OBS: Se a TNU afastar a decadência/prescrição, devolverá o processo para exame das questões fáticas.

5- INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO PARA O STJ- PRAZO : 15 DIAS

- Quando a decisão da TNU em questões de direito material contrariar súmula ou jurisprudência dominante do STJ.

Ex: ppp e laudo técnico no ruído

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Pode haver suspensão de todos os processos com a mesma controvérsia e sobrestamento dos pedidos de uniformização idênticos.

P: É constitucional o par.4º do art. 14 da Lei 10259/01? (“4^o Quando a orientação acolhida pela Turma de Uniformização, em questões de direito material, contrariar súmula ou jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça -STJ, a parte interessada poderá provocar a manifestação deste, que dirimirá a divergência.”) ? R: 1ª corrente- Não- Alargando as hipóteses de recurso para o STJ por lei, quando a CR (art. 105,III) expressamente elencou a competência daquela Corte;

2ª corrente- Sim- Interpretação sistemática e finalística- Ao STJ incumbe a uniformização de interpretação de lei federal, múnus outorgado pelo Constituinte. Se órgãos julgadores contrariam o seu entendimento, nada mais normal que ele exercer o juízo revisional para evitar decisões discrepantes , causando insegurança.

Obs: NÃO HÁ REVISÃO DE PROVA EM SEDE DE PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO (Súmula 42 da TNU), mas não se confundir com VALORAÇÃO DA PROVA. Ex: definição de início de prova material no caso concreto

INADMISSÃO DOS PEDIDOS DE UNIFORMIZAÇÃO:

6.1- AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS- PRAZO: 15 DIAS- Art.13 da Resolução 345 CJF

-Se o P.U.N / P.U.R for inadmitido na origem pelo Presidente da Turma Recursal. Ex: não demonstrou a similitude fática; falta de comprovação do dissídio; intempestividade –

- É dirigido à TNU/TRU

6.2- AGRAVO INTERNO- PRAZO: 15 DIAS

- Se o P.U.N foi inadmitido com fundamento em representativo de controvérsia, súmula da TNU

- Dirigido à Própria Turma Recursal.

A decisão do IRDR vincula os Juizados.

8- RECURSO EXTRAORDINÁRIO- PRAZO: 15 DIAS

- O STF não admite a interpretação simultânea de Recurso extraordinário e Pedido de uniformização, por considerar que não houve o esgotamento das instâncias ordinárias até o julgamento do pedido de uniformização.(

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 861.662) -Aplica-se a Súmula 281 STF (“É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO COUBER NA JUSTIÇA DE ORIGEM, RECURSO ORDINÁRIO DA DECISÃO IMPUGNADA.”)

9- RECLAMAÇÃO- PRAZO: 15 DIAS- art. 988 CPC e art.45 da Resolução 345 CJF

- Questão de ordem 16 TNU- Admite-se quando a Turma Recursal não estiver dando cumprimento à decisão da TNU. Ex: BPC- afastamento do ¼ salário mínimo e apreciação por outros meios

10 10- MANDADO DE SEGURANÇA-

- Como sucedâneo recursal, comumente usado na fase do cumprimento de sentença, quando alguns Juizados inadmitem o agravo (TRU-4 Região)

Ex: indeferimento de honorários para a DPU após o trânsito em julgado sob alegação da confusão entre credor e devedor.

11- EXECUÇÃO

- Ofício para cumprimento da obrigação de fazer e RPV na obrigação de pagar - prazo de até 60 dias para pagamento após o trânsito em julgado

- nas outras modalidades de cumprimento, o juiz fixa o prazo

- Se for desatendida a ordem de pagamento o juiz determinará o sequestro do numerário suficiente ao cumprimento da obrigação

- OBS: Não se admite o fracionamento da execução (Par.8º do art. 100 da CR e par.3º do art.17 da Lei 10259/01) para recebimento por RPV, sendo facultado à parte renunciar ao excedente para receber por RPV.

P: È cabível a execução extrajudicial nos Juizados Especiais Federais?

R: Não. Há incidentes que comprometeriam a celeridade, como penhora, embargos, como também pessoas jurídicas figurariam no polo ativo dos embargos de devedor, que possui natureza de ação, contrariando o art. 6º da Lei 10259/01.

- Juizados são incompetentes para processar execução de honorários para a Fazenda. Deve inscrever em dívida pública ou propor monitória no caso da empresa pública federal