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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal C.R.L.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

C.R.L.

ASSEMBLEIA GERAL

CONVOCATÓRIA

Em cumprimento do disposto nos art.º(s) 22.º e 23.º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L., pessoa colectiva e matrícula N.º 500 978 930, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Fundão, a reunir em sessão ordinária, no próximo dia 28 de Março de 2011, pelas 17 horas, na sede desta Instituição, na Rua dos Três Lagares, na cidade do Fundão e com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1 - Apreciação e votação do Balanço, Relatório e Contas do Conselho de Administração e Parecer do Conselho Fiscal, relativos ao exercício de 2010.

2 - Proposta de Aplicação de Resultados relativos ao exercício de 2010.

3 - Proposta de alteração do n.º 1 do artigo 8.º dos Estatutos desta CCAM.

4 - Autorização da Assembleia-geral para o Conselho de Administração poder solicitar a demissão da Caixa de Crédito Agricola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L., de associada da Fenacam.

5 - Tratar de qualquer outro assunto de interesse para a Cooperativa.

Os documentos relativos ao ponto 1 podem ser consultados na sede da Instituição.

Se à hora marcada não houver número legal de associados para a Assembleia poder funcionar, dar-se-à início à mesma, uma hora depois, com qualquer número de associados.

Fundão, 22 de Fevereiro de 2011

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Prof. Doutor Manuel José Santos Silva

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Relatório e Contas do Exercício de 2010 3

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

Assembleia Geral

Conselho Fiscal ROC

Conselho de

Administração

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Relatório e Contas do Exercício de 2010 4 3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Professor Doutor Manuel José Santos Silva Vice-Presidente: Victor Manuel Antunes

Secretário: João José do Couto Rebordão

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

• Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

• Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

• Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

• Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

• Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior;

• Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

• Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

• Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de cinco e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros, com mandato para o triénio 2010/ 2012.

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Relatório e Contas do Exercício de 2010 5

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Dr. João Fernandes Chendo Administrador: Eng. Joaquim Marques Francisco Administrador: João Alberto Filipe Gomes Administrador: Eng. Joaquim Manuel Batista Administrador: Joaquim Martins Filipe

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

• Administrar e representar a Caixa Agrícola;

• Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

• Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

• Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

• Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

• Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

• Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

• Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 54 reuniões em 2010.

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Relatório e Contas do Exercício de 2010 6 5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal Presidente: António de Oliveira Almeida Boavida Vogal: Dr. Virgílio Domingos dos Santos Vogal: António Manuel Gil Alves Suplente: José de Oliveira Brito Gago Suplente: António Pereira Manique

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2010, um total de 12 reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2010 a 2012, encontrando-se designado para o cargo:

Efectivo: Cruz Martins e Pega Magro SROC representada por Dr. Fernando José Pega Magro ROC Nº 819

Suplente: Dr. João Alberto da Cruz Martins ROC Nº 735

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Relatório e Contas do

Exercício de 2010

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para cumprimento do previsto nos estatutos e restante legislação em vigor o Conselho de Administração propõe aos Exmos. associados o relatório e contas relativos ao exercício de 2010.

1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO E MERCADO BANCÁRIO 1.1 Enquadramento Macroeconómico

O comportamento das principais economias mundiais durante o ano de 2010, foi bastante divergente. A reanimação que se observou na parte final de 2009 e no princípio de 2010 assentou em grande medida na manutenção de um crescimento robusto em economias emergentes. Em 2010 a China e a Índia cresceram cerca de 10%, o Brasil cresceu 7,5%. A China é já a segunda maior economia a nível mundial, em termos do valor do PIB global, embora ainda a grande distância dos EUA.

O dinamismo das economias emergentes transmitiu-se às economias avançadas com sectores exportadores mais competitivos como é o caso da Alemanha, cujo crescimento em 2010 foi de 3,6% e Japão com 4,3%, e os próprios EUA (com um crescimento da ordem de 2,8%, no entanto considerado escasso face ao potencial produtivo e à evolução dos anos anteriores). A maioria das economias do continente europeu, e desde logo a Zona Euro no seu conjunto, continuaram porém a evidenciar fraco dinamismo (1,7% para o conjunto da Zona Euro, 1,6% para a França e 1% para a Itália, e contracção económica em Espanha, com o PIB a cair 0,2%). No seu conjunto a Economia Mundial deve ter cres- cido em 2010 cerca de 5%, esperando-se um pequeno abrandamento para cerca de 4,5% em 2011.

O progressivo desmantelamento das medidas de estímulo fiscal na maior parte dos países, agora - como consequência da crise - a braços com défices públicos muito expressivos, contribuiu para alguma travagem em termos de crescimento.

Essa travagem só não foi mais acentuada porque os EUA decidiram manter em vigor essas políti- cas de estímulo à actividade económica, incluindo a política monetária abertamente expansionista, deixando invariantes, no nível actual de praticamente 0%, as suas taxas directoras (fundos federais), para combater o elevado desemprego na ordem dos 9,4% e com tendência de subida.

Na Zona Euro, no entanto, apesar de as taxas de desemprego continuarem também persistente- mente elevadas em vários países, o Banco Central Europeu, mantendo embora a sua taxa directora (taxa refi) em 1%, nível em que se encontra desde Maio de 2009, procedeu à inflexão da sua política monetária, começando a diminuir a liquidez injectada massivamente no sistema no auge da crise financeira. Em virtude deste reajustamento da política monetária na Zona Euro, as taxas euribor, que tinham descido para níveis esmagados, de quase 0% nos prazos mais curtos, começaram a recuperar progressiva e lentamente. Não se prevê no entanto grandes mexidas na taxa directora do BCE, no curto prazo.

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Neste contexto económico de fraco dinamismo e de acentuada incerteza, os mercados financeiros mantiveram uma marcada volatilidade, prevalecendo tanto no sector obrigacionista como no accionista, uma atitude de aversão ao risco, com algum impacto negativo nos respectivos mercados.

Face à conjuntura muito deprimida a nível internacional, a economia portuguesa registou uma estagnação em 2008 e uma acentuada contracção em 2009, ano em que o PIB decaiu 2,6%, evolução esta que, ao induzir uma forte redução das receitas do Estado e um aumento súbito da despesa pública via subsídios de desemprego – a taxa de desemprego subiu para 10,8% – provocou um agra- vamento do défice orçamental. O défice público em percentagem do PIB atingiu assim 9,3% em 2009 e projectava-se que ficasse em 8,3% em 2010. No entanto graças às medidas entretanto tomadas esse valor foi revisto em baixa para 7,3%.

A taxa de inflação média em 2010 situou-se em 1,4%, contra a inflação negativa de -0,8% registada em 2009.

O nível do défice público, aliado ao crescimento da sensibilidade ao risco da dívida soberana dos países periféricos da Zona Euro que actualmente se verifica, e que afectou fortemente os yield da dívida portuguesa, veio criar a necessidade de um considerável reforço das medidas correctivas do défice, com impacto inevitavelmente gravoso. Estas medidas vão, no imediato, e porventura por algum tempo no futuro, restringir consideravelmente o crescimento da economia nacional, afectando o nível de actividade das empresas com reflexo negativo sobre o emprego. Será necessário compensar o efeito negativo na procura interna através de uma maior dinâmica das exportações, que aliás têm tido ultimamente comportamento bastante razoável, com um crescimento de cerca de 9% em 2010 e com uma previsão de 5.9% para 2011, nomeadamente de produtos não tradicionais e para mercados fora da Zona Euro.

Os factores críticos para o comportamento das exportações prendem-se, naturalmente, com a melhoria da competitividade, que por sua vez depende do crescimento da produtividade – que exige medidas estruturais – e da contenção dos custos e da remuneração dos factores produtivos internos.

A competitividade também depende, porém, da evolução do euro em relação às principais divisas, num quadro em que se especula sobre o ressurgimento de uma competição cambial entre os mais importantes pólos económicos. Em tal eventualidade, a subida do euro para além da cotação de 1€ = 1,35 USD, seria susceptível de prejudicar significativamente a evolução das nossas exportações, e de outros países da Zona Euro, e constituiria mais um factor de agravamento das dificuldades de ajustamento da economia nacional.

De referir finalmente que o défice da balança corrente e de capital, que traduz a evolução do endividamento da economia portuguesa face ao exterior, registou em 2010, em percentagem do PIB, uma ligeira melhoria – descendo de 9,4% no ano anterior para 8,8% –, antevendo-se nova redução do défice (em % do PIB) em 2011 para 7,1%. No entanto, estes níveis de desequilíbrio mantêm-se exces- sivos, e são insustentáveis num cenário de subsistência de restrições ao financiamento externo da economia portuguesa.

1.2 Mercado Bancário

As perspectivas para o sector bancário que decorrem deste panorama macroeconómico são des- favoráveis no tocante à dinâmica e às condições gerais do negócio, na medida em que, à evolução quantitativamente desfavorável do crédito, se vão adicionar factores de risco, agravados pelas dificul- dades da conjuntura, que tenderão a deteriorar a qualidade da carteira e a aumentar as imparidades.

Estas tendências já se verificam, aliás, no momento presente, na medida em que o crédito a empresas se encontra em estagnação – o que traduz um volume muito limitado de crédito novo – e o crédito vencido tem registado níveis de crescimento consideráveis. Entre 2007 e Junho de 2009 o crédito vencido de empresas aumentou 178,1%, representando mais 2.649 milhões de euros em valor absoluto nesse período, e de meados de 2009 até Novembro de 2010 registou-se novo incremento de 2.026 milhões. No crédito a particulares, embora de modo menos expressivo, o crédito vencido apresentou igualmente, no mesmo período, grande aumento, particularmente no crédito ao consumo (mais de 800 milhões de euros desde 2007) uma vez que no crédito à habitação o crescimento do crédito em mora é significativamente menos acentuado.

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Sobre este pano de fundo já complexo, as restrições de balanço que as instituições enfrentam, a necessidade de iniciarem a adaptação para o enquadramento normativo de Basileia III, e, sobretudo, as actuais dificuldades em se refinanciarem nos mercados financeiros internacionais – o que é uma sequela do actual grau de endividamento global do país, combinando as dívidas do sector público com as dos agentes privados, que se reflectem no balanço dos bancos – são factores que vão igualmente pesar nas perspectivas para o negócio bancário no futuro próximo.

Outro aspecto relevante da actual situação do mercado é a persistência, apesar da ligeira recupe- ração que se verificou recentemente, do baixo nível das taxas euribor, que, no tocante à sua actividade doméstica, penalizou a margem financeira dos diferentes bancos, e naturalmente em maior medida daqueles em cuja carteira de crédito têm peso elevado os empréstimos a prazos longos indexados a esses referenciais de mercado. Alguns bancos, no entanto, conseguiram, pelo menos em parte, compensar esta evolução com os proveitos da sua actividade internacional, e através do aumento da margem complementar.

Apesar da ligeira subida das taxas euribor nos últimos tempos, a margem financeira mantém-se sob pressão, devido à expressiva subida do custo dos recursos, que tenderá a acentuar-se, seja em consequência da crescente competição pelos depósitos – induzida pela necessidade em que as instituições se encontram de recomporem a estrutura do seu passivo – seja pelos spreads mais altos (em relação ao passado recente) nos financiamentos junto dos mercados financeiros internacionais, quando estes se voltarem a abrir.

O fraco crescimento que se pode antever na massa global de recursos (depósitos e recursos fora do balanço) como reflexo da fraca dinâmica da economia e da própria contenção do crédito, para além de outros factores, vai ser um factor adicional de intensificação da concorrência entre as instituições financeiras na captação de recursos de clientes.

Verifica-se, na verdade, um crescimento da taxa média de remuneração dos depósitos nos últimos meses claramente superior ao que se tem verificado no crédito. Assim, desde Junho até Novembro a taxa média dos depósitos até dois anos subiu 0,46 pontos percentuais, quando no mesmo período a taxa média do crédito a empresas apenas subiu 0,33%, sendo a subida ainda menor nas taxas do crédito a particulares.

Os bancos portugueses, como se sabe, têm compensado as maiores dificuldades de financia- mento nos mercados recorrendo ao Banco Central Europeu, obtendo assim recursos em condições até bastante favoráveis, mas este canal não ficará indefinidamente aberto nos termos e nos moldes actuais.

É porém expectável que a subida no custo dos recursos venha a reflectir-se no preço do crédito, uma vez que as instituições não têm margem de manobra para suportar essa subida sem ajustamento nas taxas activas.

2. O GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA – EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS

O Crédito Agrícola é um Grupo Financeiro de base cooperativa, integrando-se num modelo com presença de grande relevo nos sistemas financeiros de outros países europeus, como a Alemanha, a França, a Holanda e a Itália. A nível europeu, os bancos cooperativos dispõem de uma quota de mercado de mais de 20%, servem 170 milhões de clientes através de 4.100 bancos locais com 65.000 balcões, e empregam algumas centenas de milhares de pessoas. Alguns dos bancos cooperativos encontram-se entre as instituições líderes do continente europeu. É reconhecido que os bancos cooperativos foram os que melhor suportaram o impacto da crise financeira, de que não foram causadores, funcionando no contexto da crise como um factor de estabilidade.

Com a mesma vocação dos seus congéneres europeus, eles também com laços históricos à agricultura, embora abertos hoje em dia a outros sectores económicos, o Crédito Agrícola tem vindo a fortalecer continuamente a sua solidez económico-financeira. Tal está bem expresso no valor da sua situação líquida, de mais de 1.000 milhões de euros, bem como no nível do rácio de solvabilidade e do rácio Tier 1 (relativo aos fundos próprios de base), situando-se este último actualmente em 12,2 %.

Este rácio é o mais elevado no conjunto dos grupos bancários de maior relevância no sistema finan- ceiro nacional, e está muito acima dos mínimos definidos pelo Banco de Portugal, e também dos que decorrem do novo regime normativo internacional conhecido como Basileia III. No período 2002-2010,

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o Crédito Agrícola aumentou o seu rácio Tier 1 em 4 pontos percentuais, tendo conseguido um notável reforço da sua solvabilidade.

Ao mesmo tempo que mantém esta forte posição em termos de solvabilidade, o Crédito Agrí- cola dispõe igualmente de uma posição de liquidez muito confortável, que é o resultado da prudente política, que sempre manteve, de limitar o volume do crédito que concede aos depósitos que capta, deixando ainda uma significativa margem de segurança. Esta prática dispensa o Grupo de recorrer aos mercados financeiros internacionais para o financiamento da sua actividade creditícia.

Em 2010 o Crédito Agrícola voltou a reforçar os seus capitais próprios, apesar das dificuldades da conjuntura e do efeito exógeno da política monetária do BCE que, esmagando as taxas euribor, a que muitos contratos de crédito se encontram indexados, prejudicou bastante a margem financeira das Caixas Associadas, reduzindo em consequência o seu produto bancário e os resultados. Estes mantiveram-se, no entanto, no conjunto do Crédito Agrícola, amplamente positivos no corrente exer- cício, tendo ultrapassado os 37 milhões de euros para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas) e atingido cerca de 9 milhões de euros na actividade seguradora.

A actual conjuntura tem conduzido a um aumento do crédito mal parado no conjunto do sistema bancário nacional, fenómeno inevitável e que se verifica igualmente noutros países, dadas as dificul- dades enfrentadas por numerosas empresas e famílias. Todavia, o aumento do crédito vencido no Crédito Agrícola, no contexto da actual crise, está bastante aquém do que se regista no sistema bancário no seu todo.

Refira-se aliás que, nos últimos anos, o Crédito Agrícola reforçou de modo significativo a sua cobertura de provisões para crédito vencido, a qual se elevou de 73,6% no final de 2002 para cerca de 129% no último exercício.

O activo líquido do Crédito Agrícola situava-se, ao terminar o exercício de 2010, em cerca de 14 mil milhões de euros (13 mil milhões no SICAM), o que, representando já cerca de 8% do Produto In- terno Bruto português, atesta a dimensão nacional do Grupo e a sua relevância no sistema financeiro português.

Para além desta evolução no plano financeiro, o Crédito Agrícola conseguiu igualmente nos últi- mos anos uma evolução marcante em diversos aspectos da sua actividade, com melhorias visíveis na sua base tecnológica e no plano operativo, bem como na modernização da sua imagem e reforço da notoriedade.

Do mesmo modo, o Crédito Agrícola tem prosseguido o crescimento da sua rede, mesmo neste período em que o ambiente de negócio se apresenta menos favorável, dispondo actualmente de 690 balcões, cobrindo a totalidade do território nacional (com excepção da Região Autónoma da Madeira).

Em alguns distritos do continente a rede do Crédito Agrícola representa mais de 30% da rede bancária existente.

O Grupo dispõe ainda de uma enorme rede de ATM´s, uma grande parte das quais em localidades onde não existe qualquer outro tipo de serviço bancário, para além de um sistema avançado de auto- serviço bancário (Balcão 24, actualmente com 202 máquinas), e mais de 15.000 TPA’s em pontos de venda. O Crédito Agrícola presta, actualmente, também o serviço de acquirer (cartões de crédito) detendo uma quota de mercado em cartões de 7%.

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É ainda de referir que o Crédito Agrícola colocou à disposição dos seus associados e clientes um serviço de internet banking, designado por CA On-Line, que oferece uma gama alargada de funcionalidades para consultas e transacções bancárias, quer para empresas quer para particulares, que tem granjeado adesão crescente, e igualmente instalou um canal de banca telefónica, também com grande utilização.

Para além das 85 Caixas Agrícolas e da Caixa Central, que entre si formam o SICAM, o Crédito Agrícola integra um conjunto de empresas especializadas, nas áreas de seguros, de gestão de acti- vos e de consultadoria, com crescente importância. Merece destaque, neste contexto, a relevância já adquirida pela actividade seguradora do Grupo, distinguindo-se as duas companhias – a CA Vida e a CA Seguros -, quer pela evolução dos seus indicadores económicos e financeiros quer pela crescente qualidade do serviço. Tal conduziu ao reconhecimento da CA Seguros como a melhor seguradora de ramos reais em Portugal no seu segmento, distinção que obteve, em 2010, pelo terceiro ano con- secutivo. Em 2006 a CA Vida fora, por sua vez, considerada a melhor seguradora do Ramo Vida e tem mantido, nos últimos anos, posição de destaque no “ranking”.

As perspectivas do Grupo para o próximo ano continuam condicionadas pela conjuntura de crise económica e financeira, admitindo-se no entanto que a recuperação progressiva, a que se assiste desde há já alguns meses nas taxas euribor tenha continuidade e se reflicta positivamente na mar- gem financeira das Caixas Agrícolas. Em sentido contrário, está a assistir-se a uma concorrência mais aguda pelos recursos, com impacto no seu custo, dada a necessidade em que os demais bancos se encontram de reajustarem a composição do passivo.

A chamada margem complementar, em que se integram, entre outros, os proveitos da venda cruza- da, nomeadamente de seguros, as comissões do negócio de cartões, etc. tem vindo a dar igualmente um contributo mais expressivo para o produto bancário, e tal tendência deverá manter-se em 2011.

Já no que toca ao crédito mal parado, o seu valor tenderá a aumentar, como sempre sucede em situações de recessão ou de fraco crescimento económico, mas como se viu atrás, o Crédito Agrícola dispõe de uma ampla cobertura de provisões, o que constitui uma salvaguarda nesta conjuntura complexa.

Admite-se que o efeito conjugado dos vários factores em presença se traduzirá em 2011 numa melhoria dos lucros consolidados do Crédito Agrícola comparativamente a 2010. A este respeito, são já conhecidos os resultados de Janeiro de 2011 que foram, em termos líquidos, de 10 milhões de eu- ros no conjunto do SICAM, marcando um início muito positivo para o actual exercício que é de realçar no actual contexto.

3. A CAIXA AGRÍCOLA DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL 3.1 - Identificação e objecto

A Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal CRL, Instituição de Crédito do sector Cooperativo foi constituída em 14 de Julho de 1932, então denominada Caixa de Crédito Agrícola do Concelho do Fundão, que após processo de fusão, em que absorveu a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alto Côa e Alto Zêzere, no ano de 1997, mudou a sua denominação para a actual, está integrada no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo desde da criação deste, tem a sua sede na Rua dos Três Lagares no Fundão e desenvolve a sua actividade em seis concelhos, três do distrito de Castelo Branco e três no Distrito da Guarda - onde tem instalados dez balcões de atendimento ao público. Está registada na Conservatória do Registo Comercial do Fundão sob o número 500.978.930, tem um Capital Social Variável e ilimitado, de no mínimo um milhão e quinhentos mil euros e em 31/12/2010 atingia o montante de € 8.252.975,00.

A Caixa tem por objecto o exercício das funções de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, e ainda o exercício de actividades protocoladas em nome de empresas do Grupo Crédito Agrícola, nomeadamente Crédito Agrícola Seguros, Crédito Agrícola Vida e Crédito Agrícola Gest.

A missão da Instituição é assim a de proporcionar serviços financeiros de qualidade aos seus as- sociados e clientes, afirmar-se como instrumento de desenvolvimento económico e social sustentado da Região onde está inserida, e também assegurar uma melhoria da sua rendibilidade e da solidez patrimonial, através da diversificação de actividades e serviços prestados.

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3.2. Evolução da CCAM da Região do Fundão e Sabugal 3.2.1 - Apreciação das contas relativas ao exercício de 2010

O Ano de 2010, a exemplo do que já tinha acontecido no ano anterior, foi um ano em que as condições de exploração foram mais difíceis, por razões que todos conhecem, algumas das quais foram já abordadas noutros pontos deste relatório. A manutenção de taxas de juro demasiado baixas, nomeadamente as que servem de indexante às taxas de juro dos financiamentos, se por um lado tem vantagens relativamente ao impacto na reanimação da actividade económica, tem nas Instituições de Crédito um impacto negativo sobre a Margem Financeira e consequentemente na sua rentabilidade.

Estas baixas taxas de juro, já não têm a mesma importância do lado da captação dos Recursos, uma vez que a falta de liquidez da maior parte das Instituições bancárias as obriga a aumentar a captação de recursos e esse objectivo só se consegue com taxas mais elevadas.

Esta situação tem ainda mais impacto em Instituições como a nossa que não tem a prática de substituir a falta de Margem Financeira, pela introdução de pesadas comissões nas prestações de serviços que compensem a redução daquela.

Apesar de tudo tem havido também aqui alguma recuperação. Ainda assim, o resultado proveniente das comissões e prestações de serviço, na Caixa não foi além de 18,4% do Produto Bancário. Foi essa uma das razões da redução dos resultados obtidos, além de outras mais significativas relacionadas com a constituição de provisões.

A conjugação de todos os factores desfavoráveis, descritos ao longo deste relatório contribuiu decisivamente para que o Activo Liquido da Caixa sofresse uma ligeira redução que apesar de tudo não foi além dos -0,60%, relativamente ao valor atingido no ano anterior.

A redução dos recursos captados de clientes em 1,1% foi a rubrica responsável por essa redução e tem a sua principal explicação no facto de a Caixa não poder acompanhar os aumentos de taxas de juro pagas por outras Instituições concorrentes, por ter uma menor exposição ao crédito, e uma situa- ção de liquidez mais confortável, não sendo rentável estar a captar recursos a taxas que não consegue rentabilizar. A subida dos Depósitos à Ordem em 7,25% não foi suficiente para compensar a baixa nos depósitos a prazo e de poupança em 4,68%.

A Margem Financeira teve uma redução de 4,73%, situando-se cerca de 9,5% abaixo do previsto no orçamento. Refira-se que já em 2009 a redução desta rubrica tinha sido de 17,5%, que na altura se justificou com a acentuada queda das taxas Euribor, indexantes que são utilizados para a totalidade dos financiamentos.

Também o Credito Concedido verificou uma ligeira redução de 1,6%, o que também se verifica pela primeira vez e que terá a sua justificação não só na fraca procura de crédito, motivada por algum receio em relação ao futuro, mas também pela utilização de critérios mais apertados, impostos pela nova lei de crédito ao consumo.

Devido a alterações no cálculo do rácio de transformação, em que foram introduzidas novas rubri- cas, passaram a ser considerados as aplicações em Obrigações do Tesouro e em Depósitos Indexa- dos à Divida Pública e o máximo aconselhado passou a ser de 85%. No final do ano a Caixa tinha um rácio de 79,69%, mantendo assim alguma margem para crescer em termos de crédito.

A Caixa continua ainda a ter uma situação bastante confortável em termos de liquidez, com ca- pacidade para apoiar projectos que nos sejam apresentados e que demonstrem ter rentabilidade e possibilidade de vingar.

A taxa de intermediação, considerando o valor médio dos recursos reduziu-se de 2,8% em 2009 para 2,61% em 2010. Se considerarmos todas as aplicações em termos médios essa taxa reduz-se para 2,51%.

Quanto à evolução do crédito vencido, verificou uma evolução desfavorável, consequência dos tempos de crise generalizada que atravessamos e que tem consequências fortes nesta área, com in- cidência especial em sectores específicos. O crédito vencido aumentou de € 2.515.322 em 2009 para

€ 4.169.818 no final de 2010, fazendo com que a taxa de crédito vencido aumentasse de 2,61% para 4,39%. Se considerarmos a taxa de crédito vencido líquido, considerando as provisões para crédito vencido e de cobrança duvidosa, a taxa de crédito vencido baixa para 2,05% (1,4% em 2009). A taxa de cobertura de crédito vencido por provisões foi melhorada de 47% para 53,24% e durante o ano de 2010 foi recuperado Crédito Incobrável no valor de € 118.528.

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A margem complementar - cobrança de comissões líquidas cresceu em 2010 - 6.5% para € 907.763 o que como se referiu atrás, representa 18,4% do Produto Bancário.

Para esta evolução tem contribuído decisivamente não só a alteração ao preçário, de produtos e serviços como também o montante das comissões angariadas na área dos seguros, tanto dos ramos reais como do ramo Vida.

Apesar de o Produto Bancário ficar 2,6% abaixo do orçamentado, foi já ligeiramente superior ao obtido no ano transacto com uma evolução positiva de 2,87% para € 4.933.432, para o que con- tribuíram algumas receitas extraordinárias.

Quanto à evolução dos Custos Operacionais de referir que os Custos com Pessoal foram redu- zidos em 1,15% relativamente ao ano anterior, mas ainda assim ficaram 2,1% acima do previsto no orçamento, o mesmo aconteceu aos Gastos Gerais Administrativos que foram reduzidos em 2,47%

relativamente ao ano anterior, mas ultrapassaram em 10% o orçamentado. Esta situação explica-se pelo facto de o orçamento ter sido efectuado já num ambiente em que era importante reduzir os cus- tos, o que se conseguiu, não como se pretendia mas parcialmente.

Com a ligeira melhoria do Produto Bancário e com esta pequena redução dos custos operacionais o Rácio de eficiência teve uma melhoria de 75 para 72%, embora continue a situar-se muito acima do aconselhado.

Na área dos Seguros de Ramos Reais o volume de prémios comerciais acumulados ultrapassou no final de 2010 o valor de € 521.938 o que permitiu à Caixa a obtenção de um volume de comissões de € 83.599,18.

Por sua vez o volume de comissões recebidas em 2010 da CA Vida atingiu os € 84.078.25 e resultou de um volume de prémios globais de € 3.049.803.

A Situação Liquida da Caixa que após aprovação do presente relatório e considerando o resultado do exercício de € 398.877,00, deverá situar-se nos € 15.851.430,61 teve um aumento em 2010 de cerca de 4,59%. Como o valor do imobilizado líquido, incluindo participações financeiras, totaliza

€ 6.754.825,00 o rácio de imobilizado será de cerca de 45%.

Quanto ao Rácio de Solvabilidade aumentou de 18,57% em 2009 para 19,68% em 2010, sendo que o Rácio de Solvabilidade (Tier 1) calculado com base nos fundos próprios de base é de 19,23%.

Na sequência dos pedidos de demissão formulados pelos associados, submetem-se à Assembleia-geral 60 pedidos de demissão e autorização para devolver o respectivo capital Social.

Foram durante o ano admitidos 48 novos associados.

3.2.2 – Politica de Gestão de Riscos

Uma prudente gestão de Riscos é fundamental para manter o equilibro sustentado de qualquer organização. A gestão desta Instituição tem tido em consideração algumas medidas aconselhadas, com vista à mitigação dos vários tipos de Risco.

Têm vindo a ser adoptadas novas medidas no sentido de diminuir o Risco de Crédito, com adop- ção quase generalizada das propostas de Sccoring, a adopção de regras de apreciação de risco cada vez mais apuradas, um acompanhamento mais efectivo dos beneficiários de crédito, nomeadamente com a análise das contas das Empresas e o acompanhamento pós concessão. Nesse sentido foi dotado o Departamento Jurídico dos meios necessários para dar um melhor apoio, não só na fase de contratação como também na fase em que surgem os primeiros indícios de dificuldade. Foi tam- bém ampliado o Gabinete de Riscos de Crédito com vista a melhorar a detecção de indícios de risco potencial.

Na área do Risco de Mercado tem-se privilegiado a diversificação sectorial das aplicações, nomeadamente do destino do crédito concedido, tem-se mantido uma baixa concentração tanto ao nível das aplicações como da captação de Recursos e dentro do possível fazer com que o prazo residual das operações activas e passivas seja o mais equilibrado possível.

O Risco de Liquidez – O factor de relevo nesta área é que a quase totalidade dos recursos de clientes são exigíveis à vista, mesmo para operações contratadas a prazo, quando a maior parte dos financiamentos são concedidos por prazos adequados aos investimentos que se pretende financiar, que por norma serão sempre da ordem dos 4, 5 e mais anos. Daqui resulta que é fundamental manter

(16)

um nível elevado de confiança, para que se possa manter uma situação de equilíbrio de curto prazo em termos de liquidez. Apesar de tudo cerca de 52% das aplicações na Caixa Central têm um prazo residual inferior a 1 ano, o que se tem revelado mais que suficiente para fazer face às necessidades liquidez sem sobressaltos. Relativamente ao prazo residual dos financiamentos a mutuários cerca de 18,42% vencem se até um ano, 26,96% têm uma duração residual entre 3 e 5 anos, 49,82% têm uma duração residual superior a 5 anos e 4,8% têm uma duração indeterminada.

O Risco de taxa de juro tem sido minimizado, não se recorrendo com valores muito significativos a operações de taxa fixa de prazos demasiado longos e em muitas situações essas operações são colateralizadas. È o caso de algumas operações passivas contratadas com clientes com taxas fixas que são cobertas por operações, com as mesmas características constituídas na Caixa Central.

As operações activas são por regra contratadas com taxas variáveis indexadas à Euribor. A baixa demasiado acentuada da taxa Euribor tem no entanto tido algum impacto na rentabilidade de op- erações a prazos longos contratadas na altura em que estes indexantes se encontravam muito mais altos, nomeadamente créditos à habitação e a autarquias locais. A excepção são as aplicações em Obrigações do Tesouro que representam 0,6% do Activo Liquido com data de maturidade a cerca de 5 anos, com taxa fixa e os depósitos a prazo efectuados na Caixa Central indexados à Divida Pública que representavam no final do ano 10,54% do Activo Liquido.

O total de aplicações na Caixa Central representa cerca de 34% do Activo Liquido mas destes apenas 1,81% têm prazo a mais de 5 anos, 4,78% entre 3 e 5 anos, 41,83% com prazo entre 1 e 3 anos e os restantes 51,59% têm um prazo residual inferior a 1 ano.

Risco Cambial e risco País não têm significado para a Instituição pelo facto do valor da moeda estrangeira em stock ser mínima e não haver operações com países estrangeiros directamente.

A criação do Departamento de Auditoria Interna, a nomeação de um responsável de Compliance, o reforço do Departamento Jurídico e a melhoria do gabinete de risco de crédito vêm no sentido e com o objectivo de minimizar o Risco operacional

3.2.3 - Perspectivas Futuras e Estratégias de desenvolvimento

Renovados que foram todos os balcões da Caixa entramos numa fase de consolidação em termos de obras, vindo apenas a fazer algumas obras de manutenção onde se revelam necessárias.

Continuando a Caixa empenhada em melhorar os serviços prestados às populações da Região foi instalada mais uma ATM na Póvoa da Atalaia, zona onde a Caixa tem uma boa implantação, pelo que se justifica aproximar os serviços bancários dos nossos clientes.

Como já se referiu em anteriores relatórios, a Caixa continua a desenvolver a ferramenta tecnológi- ca que está a utilizar há cerca de 3 anos e que tem por objectivo reduzir drasticamente a utilização de suporte de papel, sendo substituído por suporte digital, com a implementação de um sistema de workflow que se tem estado a alargar as diversas áreas de serviço e que está numa fase de transição fundamental, de generalização a todos os balcões da Caixa que por razões de ordem técnica só agora foi possível realizar com a integração desta solução na intranet, que está actualmente a decorrer pos- sibilitando uma utilização mais efectiva em todos os balcões. Esta plataforma tecnológica tem como objectivo fundamental servir de suporte ao desenvolvimento estratégico da actividade da caixa e à criação de condições para o desenvolvimento do negócio.

Estamos ainda e em simultâneo a proceder à digitalização dos documentos de arquivo, de forma a eliminar quantidades enormes de papel e de facilitar o acesso aos documentos solicitados pelos clientes.

Outro Investimento de importância estratégica para a Caixa que foi recentemente desencadeado tem a ver com o processo de gestão de qualidade, com vista a obter a Certificação de Qualidade, para rever e melhorar todos os processos de trabalho, melhorando os níveis de eficiência com vista a melhorar a qualidade dos serviços prestados aos nossos clientes e associados.

(17)

3.2.4 Proposta de Aplicação de Resultados

O resultado do exercício no ano de 2010, no valor de € 398.877,00, foi ainda inferior ao do ano transacto, apresentando uma redução de 48%, e sendo já o mais baixo dos últimos 10 anos. Se com- pararmos o resultado obtido, com o orçamentado chegamos a uma redução de 62%. Esta significativa redução dos resultados ficou essencialmente a dever-se à redução da Margem Financeira e ao au- mento das provisões para crédito vencido que foram constituídas.

Em função da redução de Resultados do Exercício e ainda da necessidade de reforçar os capitais próprios de forma sustentada, para não diminuir o potencial de crescimento, a margem para efectuar distribuição de dividendos não é muito elevada tornando-se o seu valor, em termos individuais, quase insignificante. Assim entende este C. de A. em função das circunstâncias que, apesar de os Resulta- dos terem sido positivos, não fará muito sentido estar a distribuir verbas tão reduzidas que acabam por representar custos administrativos elevados e pouca vantagem trazem aos associados considerando que as participações estão muito disseminadas. Assim esse valor será transferido para Capital Social reforçando assim a Situação Liquida da Instituição.

Assim nos termos estatutários o Conselho de Administração propõe que a Assembleia-geral aprove a seguinte aplicação para o Resultado do Exercício de 2010 no valor de € 398.877.03

Reserva Legal € 80.000,00 (mínimo 20%)

Reserva para Mutualismo € 2.000,00

Reserva Formação Cooperativa € 2.000,00

Reserva para reforço da Situação Liquida € 80.377,00 (mínimo 20%)

Outras Reservas € 234.500,03

Propõe-se ainda a transferência de € 298.584.58 de Resultados Transitados para Outras Reservas e posteriormente a transferência de € 533.000,00 de Outras Reservas para Capital Social.

A situação Liquida passará assim a ter a seguinte constituição:

Capital Social € 8.785.975,00

Reserva Legal € 3.097.619,00

Reserva para Mutualismo € 62.000,00 Reserva Formação Cooperativa € 80.371,44 Reserva para reforço Situação Líquida € 3.825.465.17

Após a distribuição dos Resultados a Situação Líquida passa assim a ter o valor global de € 15.851.430,61 No final de mais um ano de actividade o C. A. aproveita para agradecer a todos os que colaboraram com a Instituição contribuindo para obtenção dos resultados obtidos, Colaboradores, Membros dos Órgãos Sociais, Associados, Depositantes e a todas as Instituições Públicas e Privadas.

Na convicção de ter feito o melhor possível nas actuais condições do mercado, submete-se à aprova- ção da Assembleia-geral o Relatório e Contas relativo ao ano de 2010

Fundão, 2 de Março de 2011

O Coordenador Geral O Conselho de Administração Dr. António Trindade de Sena Dr. João Fernandes Chendo

Eng. Joaquim Marques Francisco João Alberto Filipe Gomes Eng. Joaquim Manuel Baptista Joaquim Martins Filipe

(18)

B A LA N Ç O E M 3 1 D E D E ZE M B R O D E 2 01 0

ACTIVO NOTAS 20102009 PASSIVO E CAPITAL

NOTAS 20102009ACTIVO BRUTO

PROVIES IMP. E AMORTIZA- ÇÕES

ACTIVO QUIDO

ACTIVO QUIDO Caixa e disp. Bancos Centais Disponib. em outras Instituões de Cdito Activos financeiros detidos p/ negocão Activos financeiros disponíveis p/ venda Aplicões em instituões de cdito Crédito a clientes Investimentos detidos a à maturidade Activos não correntes detidos p/ venda Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em filiais, assoc. e empre- endimentos conjuntos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Total do Activo

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 17 18

1.705.453,22 903.243,18 366.104,23 55.761.953,82 95.333.921,01 977.000,00 499.482,98 6.840.365,85 387.056,80 1.887.353,12 8.128,21 353.764,16 1.503.234,60 166.527.061,18

25.000,00 2.220.190,69 180.998,26 1.978.533,59 381.416,23 4.786.138,77

1.705.453,22 903.243,18 341.104,23 55.761.953,82 93.113.730,32 977.000,00 318.484,72 4.861.832,26 5.640,57 1.887.353,12 8.128,21 353.764,16 1.503.234,60 161.740.922,41

1.564.198,17 2.508.767,49 10.658,20 380.131,51 53.605.821,08 95.699.601,47 259.884,72 5.082.592,73 16.921,71 1.887.353,12 212.046,93 163.542,90 1.325.866,76 162.717.386,79

Passivos financeiros detidos p/ negociação Recursos de outras instituões de cdito Recursos de clientes e outros empréstimos Provisões Outros passivos Total do passivo Capital Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercio Total do capital Total do Passivo e do Capital

19 20 21 22 23 25 26 26

120,57 143.947.209,28 715.430,32 1.226.731,63 145.889.491,80 8.252.975,00 7.199.578,58 398.877,03 15.851.430,61 161.740.922,41

10.658,20 1.419,22 145.629.827,45 728.894,43 1.190.963,49 147.561.762,79 8.118.260,00 6.266.188,60 771.175,40 15.155.624,00 162.717.386,79

(19)

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA O EXERCÍCIO DE 2010

Unidade: Euros

PROVISÕES NOTAS 2010 2009

Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares

Margem financeira

Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de reavaliação cambial Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração

Produto bancário

Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício

Provisões líquidas de reposições e anulações

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas e reposições e anulações)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos líquida e reversões e recuperações

Resultado antes de impostos Impostos Correntes

Impostos Diferidos

Resultado após impostos do qual: result. liq. após impostos de operações descontinuadas

27 28

29 30 31 32 33 34

35 36 14-15

22

22 22 22

17 17

4.797.051,60 (1.092.941,15)

3.704.110,45

21,44 1.171.652,24 (263.889,86) 5.534,52 227.240,85 88.762,50

4.933.432,14

(1.911.818,56) (1.388.711,97) (267.133,30) 13.464,11

(1.056.045,53) (12.706,88) (15.800,00)

294.680,01 (86.024,24) 190.221,26

398.877,03

5.910.261,10 (2.022.189,48)

3.888.071,62

0,80 1.085.357,28 (232.989,57) 1.474,49 2.618,11 51.136,22

4.795.668,95

(1.934.059,75) (1.423.877,91) (251.854,96) (10.416,99)

(216.821,81)

(800,00)

957.837,53 (250.840,43) 64.178,30

771.175,40 (203,98)

(20)

OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS NOTASCAPITALPRÉMIOS DE EMISORESERVAS DE REAVALIAÇÃOOUTRAS RESERVASRESULTADOS TRANSITADOS Saldos em 31 de Dezembro de 2010 (NCA) Resultado líquido do exercício em 31 de Dezembro de 2010 Saldos em 31 de Dezembro de 2010 (NCA) Saldos em 31 de Dezembro de 2009 (NCA) Aplicão do resultado do exercio em 2009 Transferência para reservas Distribuição de dividendos Capital social Resultados transitados em 2010 Aumento de capital Reembolso de capital Saldos em 31 de Dezembro de 2010

TOTALRESULTADO DO EXERCÍCIOTOTAL 37 37 37 37 37

8.118.260 136.370 25.500 (27.155) 8.252.975

- - - - -

- - - - -

6.582.522 318.472 - - - 6.900.994

(316.333) 316.333 298.585 - - 298.585

6.266.189 634.805 298.585 - - 7.199.579

398.877 398.877 771.175 (771.175) - - - 398.877

398.877 398.877 15.155.624 - (136.370) - 136.370 298.585 25.500 (27.155) - 15.851.431

D E M O N S TR A Ç Õ E S D E A LT E R A Ç Õ E S N O C A P IT A L P R Ó P R IO PA R A O S E X E R C ÍC IO S F IN D O S E M 3 1 D E D E ZE M B R O D E 2 01 0

Unidade: Euros

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