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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS FAESO DIRETORA GERAL. Glaucia Librelato Gonçalves COORDENADORA ACADÊMICA. Profa. Dra. Sueli Carrijo Rodrigues

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Academic year: 2022

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DIRETORA GERAL Glaucia Librelato Gonçalves

COORDENADORA ACADÊMICA Profa. Dra. Sueli Carrijo Rodrigues

Revista Hórus

Revista de Humanidades, Ciências Sociais Aplicadas e da Saúde.

ISSN 1679-9267

Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos – FAESO Rua Luiz Saldanha Rodrigues, s/nº, Quadra C1A

(14) 3302-5000 - http://portal.estacio.br/quem-somos/revista-horus/apresentacao.aspx Editor Chefe

Prof. Dr. Felipe Arruda Moura

Conselho Editorial Adnan de Carvalho

Árife Amaral Melo André Breve

André Luiz Dorini de Oliveira Angela de Souza M. T. Marinho Débora Alves Guariglia

Érika Tonon

Felipe Arruda Moura

Guilherme Fleury Fina Speretta João Paulo Manfré dos Santos José Luís Priosti Batista

Juliana Exel Santana Luciano Negrão Menezes Mara Laiz Damasceno Marcelo Pereira de Lima Marcelo Grandini Spiller Marco A. Arbex

Marco Aurélio G. N. Santos Maria Joana Duarte Caetano Priscile Bernardini

Sueli Carrijo Rodrigues

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Ciências da Saúde

1 MÉTODO DE ANÁLISE E CORREÇÃO DOS MOVIMENTOS NO SAQUE TIPO TÊNIS DO VOLEIBOL: UM ESTUDO DE CASO

Candida Luiza Tonizza de Carvalho e Andréia Rocha da Silva

13 INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE PRÓSTATA NO MUNÍCIPIO DE IPAUSSU/SP NOS ANOS DE 2010 E 2011

Cássia Regina Pedroso da Luz, Luciano Negrão Menezes, Eva Cristina Aurélio Menezes e André Luiz de Oliveira Dorini

24 DESCRIÇÃO DA PERCEPÇÃO DE ESFORÇO FRENTE ÀS MODIFICAÇÕES DE REGRAS EM JOGOS-TREINO NO BASQUETEBOL.

Murilo José de Oliveira Bueno e Felipe Arruda Moura

30 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE UMA ÓRTESE DE DORSIFLEXÃO ASSOCIADA À FISIOTERAPIA EM UM CASO DE PACIENTE COM DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE LESÃO DOS NERVOS PERIFÉRICOS EM MEMBROS INFERIORES: RELATO DE CASO

Rodrigo Jonas de Souza, Ana Tereza Gonçales Nicolosi Soares e Marcelo Renato Guerino

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MÉTODO DE ANÁLISE E CORREÇÃO DOS MOVIMENTOS NO SAQUE TIPO TÊNIS DO VOLEIBOL: UM ESTUDO DE CASO

Candida Luiza Tonizza de Carvalho1, Andréia Rocha da Silva2

Resumo

Um dos grandes desafios dos profissionais da área desportiva é observar o desempenho do atleta e decidir onde a técnica precisa de correção. As pesquisas em biomecânica ainda são carentes de padronização metodológica, bem como são incompletos os modelos e protocolos de avaliação do movimento. Os profissionais têm utilizado atualmente como metodologia para analisar a mecânica do movimento humano, o processo de observação visual ou sistemas que se baseiam no processamento da imagem digital, através de softwares específicos, muito dos quais com alto custo. O objetivo deste trabalho foi sugerir nova possibilidade de análise das fases do movimento, para tal realizamos a identificação e correção dos erros na habilidade do Saque Tipo Tênis da modalidade esportiva Voleibol, e selecionamos os métodos de treinamento apropriados para corrigir os erros indicados. A amostra foi composta por duas jogadoras. Os dados foram coletados através de filmagem no plano sagital e analisados com auxílio do Windows Movie Maker 2.1.426.0 e photoshop 7.0. Os erros ocorreram nos movimentos de elevação, produtores de força e recuperação. Concluímos que o uso desta tecnologia proporcionou a análise detalhada dos movimentos, facilitando a correção.

Palavras-chave: Análise e correção dos movimentos; Voleibol; Saque tipo tênis.

Abstract

A major challenge for professionals in the sports area is to observe the athlete's performance and decide where the technique needs correction. Researches in biomechanics are still in need of methodological standardization and the available models and protocols are incomplete for assessment of movement. The professionals have been using as a methodology to analyze the mechanics of human movement, the process of visual observation or systems that are based on digital image processing, through specific software, many of which involve high costs.

The objective was to suggest new possibilities for analysis of stages of the movement, identifying and correcting errors in the ability of the tennis type drawing in volleyball sport, and selected the proper training methods to correct the errors indicated. The sample was composed of two players. Data were collected by shooting in the sagittal plane and analyzed with the help of Windows Movie Maker 2.1.426.0 and photoshop 7.0. The errors occurred in the movements of elevation, power producers and recovery. We conclude that the use of this technology provided a detailed analysis of the movements, making it easy to fix.

Keywords: Analysis and correction of movements; Volleyball; Tennis type drawing.

_________________________

(1)Professora da Faculdade de Fisioterapia e Educação Física (PUC- Campinas), Mestre em Anatomia Humana (UNICAMP-SP), Doutora em Anatomia Humana (UNICAMP-SP). Trabalho realizado: PUC-Campinas.

Endereço eletrônico: cltcarvalho@gmail.com

(2)Graduanda da Faculdade de Educação Física (PUC- Campinas).

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INTRODUÇÃO

As pesquisas em biomecânica ainda são carentes de padronização metodológica, bem como são incompletos os modelos e protocolos de avaliação do movimento (AMADIO et al., 2002). Os profissionais têm utilizado atualmente como metodologia para analisar a mecânica do movimento humano, o processo de observação visual (PAULA, 2002) ou sistemas que se baseiam no processamento da imagem digital, através de softwares específicos, muito dos quais apresentam grande complexidade, fazendo de sua pesquisa uma desafiadora tarefa sob o ponto de vista acadêmico.

Na intenção de colaborar metodologicamente na análise e correção da técnica de movimentos dos fundamentos de determinados esportes, analisamos o saque do voleibol, por ser uma tarefa motora bastante adequada para estudar variáveis relacionadas ao desempenho motor, haja vista a grande quantidade de trabalhos que a utilizam como tarefa experimental (BORTOLI et al., 1992; DAVIDS et al., 1999; DAVIDS et al., 2001; GALDINO, 2000;

MEIRA JUNIOR, 1999; TEMPRADO et al., 1996; UGRINOWITSCH e MANOEL, 1999).

A facilidade de uso do saque decorre dos seguintes itens: a) a execução de tal habilidade motora não sofre influências determinantes do ambiente (é uma habilidade motora predominantemente fechada); b) o momento de início do movimento é decidido pelo próprio executante; c) permite várias formas de manipulação (MEIRA JUNIOR, 2003). Logo, o saque do voleibol é apropriado do ponto de vista metodológico, uma vez que pode ser facilmente manipulado e controlado, bem como permite a inferência de modificações em sua forma de execução ou desempenho.

O saque que primordialmente exercia a função de colocar a bola em jogo vem sendo utilizado como principio de ataque devido às mudanças nas regras do voleibol (fim da vantagem) o que torna este fundamento cada vez mais ofensivo e estratégico com o objetivo de dificultar o ataque da equipe receptora e/ou até mesmo no intuito de marcar aces (pontos de saque direto), assim, sua execução de forma precisa e com uma boa técnica é algo muito exigido pelos técnicos (SHONDELL e REYNAUD, 2005).

Devido à importância deste fundamento em uma partida de voleibol, e no intuito de melhorar e corrigir a técnica de execução, realizamos uma análise do movimento do saque tipo tênis, por ser o mais utilizado no voleibol, pelas variações que oferece em relação a trajetória da bola, local onde se queira sacar e distância que se queira atingir.

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OBJETIVO

O objetivo deste estudo é sugerir nova possibilidade de análise das fases do movimento através do estudo da execução correta e incorreta do Saque Tipo Tênis no voleibol, para auxiliar na correção e aperfeiçoamento do desempenho do atleta.

METODOLOGIA Amostra

A amostra foi composta por 2 atletas de voleibol do sexo feminino pertencentes ao time da Faculdade de Educação Física da PUC-Campinas e participantes dos eventos

"Caloríadas" e "Puccíada”, realizados na Instituição. As atletas possuem idade de 20 anos. No período que essa pesquisa foi realizada, as atletas se encontravam em fase de preparação física básica, ou seja, na fase inicial do treinamento.

Material

Foram utilizados nessa pesquisa: Quadra de voleibol coberta com as marcações oficiais, rede de voleibol oficial fixada com cabos de aço nos postes, bola de vôlei Penalty

Oficial PRO 6.0, pesando 260g a 280g e filmadora digital (Sony modelo DCR-HC28 de 60 Hz). A coleta de dados foi realizada através da filmagem em plano sagital. A filmadora foi

posicionada do lado direito das atletas, a uma distância de 6 metros do plano de movimento e a uma altura de 1,50 metros do solo. A escolha do lado direito se deve ao fato das atletas serem destras. Posteriormente as imagens em filme foram transformadas em fotos utilizando o software Windows Movie Maker versão 2.1.426.0, aplicativo do Windows criado pela Microsoft Corporation, que permite sequência de fotos sem perder partes do movimento, deixando a análise mais completa, e finalmente para transformá-las em fotos sequenciais, com mesmo tamanho e qualidade, utilizamos o software Adobe Photoshop, criado pela empresa Adobe Systems Incorporated em idioma Portugues, versão 7.0.

Procedimentos para a Coleta de Dados

A coleta de dados procedeu-se iniciando pela convocação de um estudante de Educação Física, para o treinamento do manuseio do equipamento no que se refere ao funcionamento do instrumento para a aplicação, bem como para o entendimento dos movimentos específicos analisados. Assim, foram determinados dois avaliadores: o pesquisador e o estudante. Após essa fase, realizou-se contato com as jogadoras para que os

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objetivos da pesquisa e a necessidade da participação das mesmas fossem apresentados e, paralelamente, entregou-se o termo de consentimento livre e esclarecido. Logo após os consentimentos deu-se início ao procedimento de coleta, conforme o agendamento com as atletas. Os testes foram realizados no mês de maio de 2009 na faculdade de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Procedimentos Experimentais

O movimento do saque tipo Tênis no voleibol foi dividido em 4 fases (movimentos preparatórios e concentração, elevação ou balanceio para trás, movimentos produtores de força, continuidade ou recuperação), e a cada uma dessas atribuída seus elementos chave (CARR, 1998).

9 Movimentos preparatórios e concentração. Elementos chave: segurar a bola à frente do corpo com a mão contrária que vai sacar; membros inferiores em afastamento ântero- posterior, perna contrária ao braço de ataque posicionada à frente, braço de ataque flexionando na altura do ombro, leve flexão do cotovelo e palma da mão voltada para frente.

9 Elevação (ou balanceio para trás). Elementos chave: deslocamento do braço de ataque para trás; lançamento da bola para cima e a frente do corpo; deslocamento do centro de gravidade para a perna de apoio que está atrás, flexão dos joelhos.

9 Movimentos produtores de força. Elementos chave: deslocamento do peso do corpo para perna da frente, extensão do braço em velocidade para golpear a bola, extensão dos joelhos utilizando o impulso para alongar o tronco e alcançar a bola em um ponto mais alto, deslocar o braço de lançamento em direção ao peito, para equilíbrio do corpo.

9 Continuidade (ou recuperação). Elementos chave: lançamento do braço de ataque em direção à rede, deslocamento do atleta para dentro da quadra devido à transferência brusca do peso do corpo para perna da frente.

Dividir a habilidade em fases é importante para que se identifique o erro no desempenho do atleta, impedindo que o técnico fique confuso ao observar muitos movimentos da habilidade ao mesmo tempo. Assim, podemos dizer que uma fase é um grupo conectado de movimentos que parecem independentes e que o atleta une na execução da habilidade completa. Dentro dessas fases da habilidade existem elementos chave que se unem para compor uma fase, caracterizados por movimentos distintos e essenciais para o sucesso de cada fase na habilidade (CARR, 1998).

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

1. MOVIMENTO CORRETO DO SAQUE TIPO TÊNIS Observação do Movimento Completo (Fig. 1):

1.1. Fase de Movimentos Preparatórios/Concentração e Seus Elementos Chave:

O atleta prepara-se para servir decidindo mentalmente para onde dirigir o serviço, a área de saque, levando em consideração a armação da equipe adversária (Fig. 2).

Quanto ao movimento preparatório desta fase ele fica em pé, atrás da linha de fundo, de frente para a região da quadra adversária, segurando a bola à frente do corpo com a mão contrária àquela que vai sacar. As pernas estarão em afastamento antero-posterior, com a perna contraria ao lado do braço de ataque posicionada a frente. Há um afastamento lateral num distanciamento semelhante à largura dos ombros. O membro superior que vai lançar a bola deve estar estendido à frente do corpo, voltado para frente. O braço de ataque deve estar preparando-se para o ataque.

Elementos Chave:

9 Segurar a bola à frente do corpo com a mão contrária que vai sacar;

9 Pernas em afastamento antero-posterior;

9 Perna contraria ao braço de ataque posicionada à frente;

9 Braço de ataque flexionado na altura do ombro e flexão do cotovelo.

1.2. Fase de Elevação (ou Balanceio para Trás) e Seus Elementos Chave:

Com os movimentos de elevação ou balanceio para trás os músculos do atleta são alongados e desta forma estabelecem uma posição na qual ele é capaz de aplicar a força por uma longa distância (Fig. 3 e 4).

Figura 2: Correta Fase de Movimentos

Preparatórios

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Figura 1: Movimento completo correto

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No saque tipo tênis o deslocamento do braço de ataque para trás na altura da cabeça e a preparação para o lançamento da bola alonga os músculos do tronco (lado de lançamento da bola) e do braço de ataque, para que estes apliquem a força na fase seguinte (Fig. 4). Este movimento determina a formação da alavanca de 3º classe, que vai garantir a função de velocidade e amplitude de movimento na próxima fase. Também ocorre nesta fase o deslocamento do centro de gravidade para o membro inferior que está atrás, contribuindo para o deslocamento da força para frente, na hora do saque, e assim proporcionando maior força de potência ao sacar (Fig. 5).

Elementos Chave:

9 Deslocamento do braço de ataque para trás;

9 Lançamento da bola para cima e a frente do corpo;

9 Deslocamento do centro de gravidade para a perna de apoio que está atrás;

9 Flexão dos joelhos.

1.3. Fase de Movimentos Produtores de Força e Seus Elementos Chave:

Os movimentos produtores de força são movimentos específicos que o atleta faz para gerar força e geralmente envolve todo o seu corpo.

Esta fase no saque tem início quando a bola atinge o ponto máximo de lançamento (está parada), devendo ser golpeada pelo braço de ataque, cuja mão estará firme e com hiperextensão do punho (Fig. 6 e 7). O braço que lançou a bola e que dá equilíbrio ao movimento desloca-se em direção ao tórax, e o centro de gravidade para frente do corpo. Há também extensão dos joelhos, que permite a impulsão do corpo para cima, provocando o alongamento do tronco e facilitando o golpe na bola em sua altura ótima, além da distribuição

Figura 3: Correta Fase de Elevação 1

Figura 4: Correta Fase de Elevação 2

Figura 5: Correta Fase de Elevação 3

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da força que está sendo deslocada para frente, juntamente com o centro de gravidade, contribuindo para a finalização do movimento correto (Fig. 8).

Elementos Chave:

9 Deslocamento do peso do corpo para perna da frente;

9 Extensão do braço em velocidade para golpear a bola;

9 Extensão dos joelhos utilizando o impulso para alongar o tronco e alcançar a bola em um ponto mais alto.

9 Deslocar o braço de lançamento em direção ao tórax, para equilíbrio do corpo.

1.4. Fase da Continuidade (ou Recuperação) e Seus Elementos Chave:

Os movimentos de continuidade ou recuperação são movimentos que ocorrem imediatamente após o término dos movimentos produtores de força. Sendo impossível, e mesmo perigoso para o atleta parar por completo, logo depois que os movimentos produtores de força tenham sido executados. A continuidade age para dissipar, com segurança, a força desses movimentos.

No saque tipo tênis a continuidade da força gerada na fase anterior faz com que o peso do corpo seja transferido para perna da frente levando-o para dentro da quadra. Assim ao término do movimento temos o braço de ataque lançado em direção à rede, em extensão máxima, terminando seu movimento quase paralelo ao

Figura 9: Correta Fase de Continuidade 1

Figura 10: Correta Fase de Continuidade 2 Figura 6: Correta Fase Produtora de Força 1

Figura 7: Correta Fase Produtora de Força 2

Figura 8: Correta Fase Produtora de Força 3

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solo e o peso do corpo transferido para a perna da frente (Fig. 9 e 10).

Elementos-chave:

9 Lançamento do braço de ataque em direção à rede;

9 Deslocamento do atleta para dentro da quadra devido à transferência brusca do peso do corpo para perna da frente.

2. MOVIMENTO INCORRETO DO SAQUE TIPO TÊNIS: IDENTIFICAÇÃO DE ERROS E SUA ORDEM DE CORREÇÃO

Para identificar um erro na execução da habilidade é necessário: observar a habilidade completa, analisar cada fase e seus elementos–chave, utilizar o conhecimento de mecânica esportiva para correção, selecionar os erros a serem corrigidos e por fim determinar os métodos de treinamento apropriados para corrigir os erros identificados (CARR, 1998).

1º- Observação da habilidade por completo com erros (Fig. 11):

2º Analisar cada fase e seus elementos chave:

x Fase de movimentos preparatórios e de concentração.

Erro: braço de ataque não está flexionado na altura do ombro com flexão do cotovelo. Os demais movimentos chave desta fase estão corretos (segurar a bola à frente do corpo com a mão contrária que vai sacar; pernas em afastamento ântero-posterior; perna contraria ao braço de ataque posicionada à frente (Fig. 12).

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Figura 11: Movimento completo com erros

Figura 12: Fase de Movimentos Preparatórios com

Erros

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x Fase de elevação ou balanceio para trás:

Erros: a bola foi lançada de forma imprecisa (muito alta e com trajetória posterior ao corpo1), ocasionando hiperextensão do tronco e desequilíbrio do corpo na próxima fase (Fig. 13 e 14).

Com a imprecisão do lançamento ocorrerá um atraso nos movimentos fazendo com que a jogadora mantenha por maior tempo a contração dos músculos, sustentando a posição desta fase, acarretando menor força muscular para fase produtora de força.

Não há flexão correta dos joelhos, consequentemente não haverá força de impulso na próxima fase e a jogadora não alongara seu tronco para atingir a bola no seu ponto ótimo (Fig. 15).

Não ocorreram os movimentos chave desta fase (deslocamento do braço de ataque para trás;

lançamento da bola para cima e a frente do corpo; deslocamento do centro de gravidade para a perna de apoio que está atrás e flexão dos joelhos).

9 Fase de movimentos produtores de força:

1 O vídeo demonstrou que devido à imprecisão do lançamento a bola seguiu uma trajetória muito atrás da linha do lançamento â frente e também muito ao lado esquerdo, o que é visto nos erros de execução da fase dos movimentos produtores de força.

Figura 13: Fase de Elevação com Erros 1

Figura 14: Fase de Elevação com Erros 2

Figura 15: Fase de Elevação com Erros 3

Figura 16: Fase Produtora de Força

com Erros 1

Figura 17: Fase Produtora de Força

com Erros 2

Figura 18: Fase Produtora de Força

com Erros 3

Figura 19: fase Produtora de Força

com Erros 4

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Erros: o braço de lançamento que dá equilíbrio ao movimento não foi lançado simultaneamente ao ataque da bola na direção do tórax, o que provocou o deslocamento do centro de gravidade para o lado esquerdo da jogadora ocasionando o desequilíbrio e movimento impreciso (Fig. 16 e 17). Também não aconteceu uma transferência correta do peso da perna de trás para a da frente devido à perda do equilíbrio (Fig. 18 e 19). Os joelhos não flexionados na fase anterior impediu que nesta fase a jogadora impulsionasse seu corpo para cima para atingir a bola em sua altura ótima (Fig. 17). Desta forma, não ocorreram nenhum dos movimentos chave desta fase (deslocamento do peso do corpo para perna da frente; extensão do braço em velocidade para golpear a bola; extensão dos joelhos utilizando o impulso para alongar o tronco e alcançar a bola em um ponto mais alto e deslocar o braço de lançamento em direção ao tórax, para equilíbrio do corpo).

9 Fase de continuidade (ou recuperação).

Devido a todos os erros das fases anteriores a fase de continuidade desta habilidade não ocorreu, o braço de ataque não é lançado em direção à rede, mas sim ao lado esquerdo devido à perda do equilíbrio, também não ocorre o deslocamento do peso da perna de trás para a perna da frente impedindo o retorno da jogadora para dentro da quadra, impedindo que ela realize movimentos de defesa rápidos devido à perda da força de continuidade na fase anterior (fig. 20).

Desta forma, não ocorreram os movimentos chave desta fase (lançamento do braço de ataque em direção à rede e deslocamento do atleta para dentro da quadra devido à transferência brusca do peso do corpo para perna da frente).

Considerações Finais

Verificamos que as imagens se apresentaram com reprodutibilidade favoráveis ao estudo, contribuindo para novas possibilidades e opções de procedimentos na elaboração e operação de dados, colaborando na busca da padronização de procedimentos para a análise do movimento esportivo.

Concluiu-se que o saque tipo tênis do voleibol, sendo um esporte de velocidade e de coordenação, requer movimentos corretos e precisos, tendo muito a lucrar com a análise e descrição dos movimentos, podendo esta servir de base para correções de atletas com nível de competição assim como servir de padrão para treinamento de futuros atletas.

Figura 20: Fase de Continuidade com Erros

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REFERÊNCIAS

AMADIO, A C., ÁVILA, A. O V., GUIMARÃES, A C.S, DAVI, A C., MOTA, C.B., BORGES, D.M.; GUIMARAES, F.; MENZEL, H. J.; CARMO, J.; LOSS, J.; SERRÃO, J. C.;

SÁ, M. R.; BARROS, R. M. L. Métodos de medição em biomecânica do esporte:

descrição de protocolos para aplicação nos centros de excelência esportiva (Rede CENESP-MET) Rev. bras. biomec , v.;3(4): p.57-67, 2002.

BAUMANN, W.: Perspectives im methodology in Biomechanics of Sport. )Pp.97-104), (in) Rodano, R., Ferrigno, G., Santambrogio, G.: Proceedings of the Symposium of the International Society of Biomechanics in Sports, Edi-Ermes, Milano, 1992.

BORTOLI, L.; ROBAZZA, C.; DURIGON, V.; CARRA, C. Effects of contextual interference on learning technical sport skills. Perceptual and Motor Skills, Missoula, v.75, p.555- 562, 1992.

CARR, G. Biomecânica dos esportes. São Paulo: Manole, 1998.

DAVIDS, K.; BENNETT, S.; HANDFORD, C.; JONES, B. Acquiring coordination in self- paced, extrinsic timing tasks: a constraints-led perspective. International Journal of Sport Psychology, Roma, v.30, p.437-461, 1999.

DAVIDS, K.; KINGSBURY, D.; BENNETT, S.; HANDFORD, C. Information-movement coupling: implications for the organisation of research and practice during acquisition of self- paced extrinsic timing skills. Journal of Sports Sciences, Oxon, v.19, p.117-127, 2001.

GALDINO, M. L. Diferenças perceptivo-motoras entre novatos e habilidosos na execução do saque no voleibol. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2000.

MEIRA JUNIOR., C. M. O efeito da interferência contextual na aquisição da habilidade motora saque do voleibol em crianças: temporário, duradouro ou inexistente? 1999.

Dissertação (Mestrado)-Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

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MEIRA JUNIOR., C. M. Validação de uma lista de checagem para análise qualitativa do saque do voleibol.Motriz, Rio Claro, v.9, n.3, p.153-160, 2003.

PAULA, A.H. Teoria da análise biomecânica, através da observação visual.

http://www.efdeportes.com/Revista Digital- Bueno Aires- Ano8, n.51, 2002.

TEMPRADO, J. J.; DELLA-GRASTA, M.; FARREL, M.; LAURENT, M. An emergent approach to the development of expertise in the coordination of the volleyball serve. Corpus, Psyche et Societas, Dragvoll, n.3, p.75-91, 1996.

UGRINOWITSCH, H.; MANOEL, E. J. Interferência contextual: variação de programa e parâmetro na aquisição da habilidade motora saque do voleibol. Revista Paulista de Educação Física, v.13, São Paulo, p.197-216, 1999.

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INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE PRÓSTATA NO MUNÍCIPIO DE IPAUSSU/SP NOS ANOS DE 2010 E 2011

Cássia Regina Pedroso da Luz1; Luciano Negrão Menezes2,3; Eva Cristina Aurélio Menezes2,3; André Luiz de Oliveira Dorini2.

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo verificar a incidência de Câncer de Próstata nos anos de 2010 e 2011, na cidade de Ipaussu-SP, por meio de casos diagnosticados pela Rede de Combate ao Câncer de Ipaussu em parceria com o Hospital Amaral Carvalho de Jaú-SP. Trata-se de uma pesquisa quantitativa nos quais foram avaliados 61 prontuários de pacientes diagnosticados com câncer de próstata. O perfil dos pacientes acometidos pela doença tinha idade entre 51 e 70 anos (62,3%), tabagistas (44%), hipertensos (39%), além de não realizar exames médicos preventivos com frequência (72%). Os entrevistados relataram procurarem atendimento médico-hospitalar somente quando notaram alguma mudança e/ou aparecimento de alguma anormalidade no seu corpo, como ardência ao urinar, retenção urinária anormal, infecção do trato urinário e aumento ou dor nos testículos. Vale ressaltar, ainda, que a baixa frequência de exames preventivos contribui para um diagnóstico tardio da doença, afetando negativamente o prognóstico do paciente.

Palavras-chave: Câncer de Próstata, Fatores de risco, Diagnóstico.

Abstract

The present study aims to verify the incidence of Prostate Cancer in the years 2010 and 2011, in the city of Ipaussu SP-by means of cases diagnosed by the Rede de Combate ao Câncer de Ipaussu in partnership with the Hospital Amaral Carvalho de Jau-SP. This is a quantitative survey in which 61 were evaluated records of patients diagnosed with prostate cancer. The profile of patients affected by the disease were aged between 51 and 70 years (62.3%), smokers (44%), hypertension (39%), and not to carry out preventive medical examinations frequently (72%). The interviewees reported seeking hospital care only when they noticed any change and / or appearance of any abnormality in your body, such as burning during urination, abnormal urinary retention, urinary tract infection and increased or pain in the testicles.

It is noteworthy also that the low frequency of preventive screenings contributes to late diagnosis, adversely affecting patient outcomes.

Keywords: Prostate Cancer, Risk Factors, Diagnosis.

INTRODUÇÃO

A próstata é uma glândula masculina localizada na parte baixa do abdômen. Tem a forma de maçã e situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto, envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada (INCA, 2012). O Câncer de Próstata é o segundo tipo de tumor maligno que mais afeta os brasileiros e o sexto mais comum no mundo todo. É considerado um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, ultrapassando a taxa do Câncer de Mama. Está

1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos (FAESO). Email:

cassia_regina30@hotmail.com

² Professor da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos Email: lnmenezes@hotmail.com

3 Professor da Universidade Paulista – Campus Assis

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também associado a uma doença da terceira idade, pois na maioria dos casos seu desenvolvimento se dá após os 65 anos de idade. Segundo estimativa da pesquisa Incidência de Câncer no Brasil em 2010/11, realizada pelo Instituto Nacional do Câncer, a população masculina do país apresentará mais casos de câncer de próstata até o final do ano. Para o ano de 2010, estimou-se, cerca de 88.370 novos casos, correspondendo a um risco estimado de 80 novos casos para cada 100 mil homens (INCA, 2010). Para 2012, a estimativa foi de 60.180 novos casos de Câncer de Próstata, correspondendo a um risco estimado de 53 casos novos para cada 100 mil homens (INCA, 2012).

O Câncer de próstata é uma patologia de desenvolvimento silencioso. O diagnostico desta patologia baseia-se em sintomas que, na maioria das vezes, podem passar despercebidos pelos homens. Os principais sintomas estão relacionados à disfunção miccional (poliúria, disúria, redução da força e do calibre urinário), contudo são sintomas comuns tanto em tumores malignos, quanto em tumores benignos, podendo evoluir para retenção urinária devido à obstrução uretral. Podem aparecer alguns sintomas neurológicos, relacionados com o câncer, como fraqueza e distúrbios dos esfíncteres urinário e retal (MEDEIROS et al, 2010).

Quando diagnosticado prematuramente, O Câncer de próstata possui um bom prognóstico, considerando-se a alta taxa de sucesso do tratamento. Entre os anos de 2010 e 2011 foram constatados cerca de 12.778 óbitos, mas ainda assim ocupa a segunda posição em casos de óbitos no Brasil (INCA, 2012).

Atualmente, o Brasil conta com o Programa Nacional de Controle do Câncer de Próstata, instituído em Setembro de 2011, através da Lei nº 10.289, implementado pelo INCA. Este programa é executado da seguinte forma: I– Explicar o que é o câncer de próstata e suas formas de prevenção; II – Fazer parcerias com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, colocando-se à disposição da população masculina, acima de quarenta anos, exames para a prevenção ao câncer de próstata; III – Fazer parcerias com universidades, sociedades civis organizadas e sindicatos, organizando-se debates e palestras sobre a doença e as formas de combate e prevenção a ela; IV – Realizar outros atos de procedimentos lícitos e úteis para a consecução dos objetivos da instituição (MEDEIROS et al., 2010).

Existem os fatores de risco importantes para o desenvolvimento da doença, como a idade avançada (> 65 anos), a origem étnica (maior incidência na raça negra) e a hereditariedade. Alguns estudos também citam o tabagismo, etilismo e a vasectomia como possíveis fatores desencadeantes no desenvolvimento (BRASIL, 2009).

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São usados atualmente, dois tipos de métodos para prevenção e detecção da doença, chamados de PSA (Antígeno Específico da Próstata) e o toque retal (GOMES et al, 2008). O PSA é um componente do sêmen produzido pela próstata e é normalmente encontrado nos exames de sangue realizados, mas quando sua quantidade está acima do normal, ajudará o médico a detectar uma possível alteração na próstata. Seus valores normais são para homens entre 40-50 anos: 2,5 mg/ml, e homens entre 50-60 anos:

menor que 4,0 mg/ml. O nível de PSA maior que 4,0 mg/ml pode significar câncer de próstata (ARRUDA et al, 2003). Já o toque retal é o exame físico do reto, a porção final do intestino, logo acima do ânus. O médico utiliza uma luva lubrificada para inserir um dedo através do ânus e conferir se há alguma anormalidade nessa região, caso seja detectada alguma anormalidade, o médico solicitará exames complementares (GOMES et al., 2008).

O tratamento depende muito da forma de desenvolvimento da doença, podendo ser feito com radioterapia em casos diagnosticados precocemente, e casos cirúrgicos, quando a doença está mais avançada e/ou dependendo do tamanho do tumor existente (RHODEN & AVERBECK, 2010).

Embora existam muitos artigos sobre o tema Câncer de Próstata, esse artigo justifica-se pela necessidade de uma maior atenção para esse problema. O presente trabalho tem como objetivo verificar através de pesquisa de campo a incidência de Câncer de Próstata nos anos de 2010 e 2011, na cidade de Ipaussu-SP, através de casos diagnosticados com a parceria entre a Rede de Combate ao Câncer de Ipaussu e o Hospital Amaral Carvalho de Jaú-SP.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa quantitativa que foram analisados cerca de 150 prontuários referentes aos anos de 2010 e 2011, na Rede do combate ao Câncer de Ipaussu/SP, onde 61 eram de novos pacientes diagnosticados com o câncer de próstata.

A cidade de Ipaussu fica localizada no interior do estado de São Paulo no médio vale do rio Paranapanema. Possui cerca de treze mil habitantes, é uma cidade de pequeno porte, turística e agroindustrial (indústria sucroalcooleira e madeireira).

A pesquisa foi realizada em prontuários da Rede de Combate ao Câncer de Ipaussu, com o número de novos casos e número de óbitos em cada mês, entre os anos de 2010 e 2011. Os dados utilizados são referentes apenas à saúde pública do município,

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portanto, estão subestimados, não abrangendo atendimentos particulares de habitantes do munícipio.

RESULTADOS

Dos 61 prontuários analisados que desenvolveram a neoplasia maligna prostática, a maioria 36 (62,3%) era composta por indivíduos com idade entre 51 e 70 anos (Figura 1). Sessenta e seis por cento dos indivíduos eram casados (n=40), 17 % (n=10) eram viúvos, 13% (n=7) eram solteiros e 4% (n=2) eram separados. .

Figura 1: Quantidade de habitantes da cidade de Ipaussu acometidos por câncer de próstata, divididos por faixa etária, em 2010 e 2011.

Durante a coleta dos dados notamos correlações entre algumas doenças e o desenvolvimento da neoplasia. Em ordem decrescente, os fatores de risco observados foram o tabagismo (44%), seguido pela Hipertensão (39%), Diabetes Mellitus (24%), etilismo e doenças cardíacas (8%), e outras (tabela 1).

Doenças Total Percentual

Tabagismo 27 44%

Hipertensão 24 39%

Diabetes Melittus 15 24%

Cardíaco 5 8%

Etilista 5 8%

AVC 2 3%

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

< 30 anos 31 - 50 anos 51 - 70 anos > 71 anos

2010 2011

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Respiratórios 2 3%

Renal 1 1,6%

HIV 1 1,6%

Sem doença base 7 11%

Tabela 1 Doenças relatadas pelos pacientes com câncer de próstata.

Os aposentados representaram 52% do total. Dentre eles, 48% ainda trabalhavam como autônomos/comerciantes (17%), vendedores/representantes e gerentes comerciais (9%) e motoristas/taxistas (4%). As outras profissões (18%), representadas na Tabela 2 eram bancário, carpinteiro, auxiliar de laboratório, cabeleireiro, mecânico, professor, agricultor, metalúrgico, técnico em eletrônica e escriturário (tabela 2).

Total Percentual

Aposentado 32 52%

Autônomo/Comerciante 10 17%

Vendedor/Representante Comercial/Gerente Comercial 5 9%

Motorista/Taxista 3 4%

Outros 11 18%

Tabela 2 Profissão dos pacientes com câncer de próstata de Ipaussu

As principais causas que levaram os homens a procurar ajuda médica foram exames solicitados/complementares ou de check-up com 64%, seguido de outros (8%) que incluem dor ao urinar, diminuição do peso, incontinência urinária, cólica de bexiga e problemas de micção; dificuldades e ardência para urinar, histórico/reincidência da doença (5%); retenção urinária anormal, desconforto ao urinar, aumento das dimensões e dor nos testículos e infecção do trato urinário (3%) (tabela 3).

Total Percentual Exames solicitados/complementares/check-up 39 64%

Dificuldade para Urinar 03 5%

Ardência para Urinar 03 5%

Histórico/Reincidência da doença 03 5%

Retenção Urinária 02 4%

Desconforto ao Urinar 02 3%

Aumento/Dor dos Testículos 02 3%

Infecção Trato Urinário 02 3%

Outros 05 8%

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Total 61 100%

Tabela 3 Causas de procura médica por pacientes que tiveram diagnóstico de câncer de próstata.

A maioria dos homens que tiveram a neoplasia diagnosticada, não fazia exames de prevenção e/ou exames de rotina (72%) (figura 2).

Figura 2 - Realização de exames periódicos

DISCUSSÃO

No presente estudo, a idade de maior incidência do câncer de próstata está entre os 51 e 70 anos (vide figura 1). Diferentemente do estudo de Rhoden e Averbeck (2010) que a idade média que o câncer de próstata foi diagnosticado foi entre 72 e 74 anos.

Dini e Koff (2008) afirmam que da amostra de 3.056 pacientes, a idade média entre eles era de 60,4 anos. No entanto, Amorin et al. (2011) relata que estudos realizados na cidade de Belo Horizonte - MG, 46,3% da população masculina analisada com diagnóstico de câncer de próstata, a maior incidência é acima dos 51 anos, o que se assemelha a pesquisa realizada neste estudo (vide figura 1).

Não Fazia Exames Fazia Exames

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As doenças base que foram relatadas durante a coleta de dados (Tabela 1), mostram que o Tabagismo e a Hipertensão são as de maior incidência entre os homens, os casados e aposentados são os que mais apresentaram diagnósticos da patologia.

Segundo Paiva et al. (2009), a maioria da população masculina analisada eram de tabagistas e casados, assim como em Ipaussu a maioria era composta por homens casados e boa parte deles era tabagista. Segundo Medeiros et al. (2010) fatores como o tabagismo e o etilismo, também podem influenciar potencialmente no desenvolvimento do câncer de próstata. Segundo Berto et al. (2010) o tabagismo está associado ao desenvolvimento de hipertensão, aterosclerose, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, doenças respiratórias e vários tipos de câncer, inclusive o câncer de próstata.

Silva et al (2010) afirma que os fatores de risco que mais contribuem para o desenvolvimento da neoplasia maligna são aqueles que mais repercutem na morbi- mortalidade, ou seja, que podem ser modificados mediante intervenção, como o consumo de tabaco e álcool.

Os achados do presente estudo mostram que os fatores de risco que a doença apresenta, realmente são as mais relatadas nas queixas dos homens, e ainda incluindo a faixa etária e doenças e/ou vícios que possam contribuir para o desenvolvimento da patologia de uma forma mais rápida e/ou agressiva. Com o rastreamento, a expectativa de vida aumenta e a mortalidade por câncer de próstata diminui, porém há um comprometimento na qualidade de vida da população submetida ao rastreamento e um adicional custo financeiro por tal intervenção (DINI & KOFF, 2008).

Podemos observar na tabela 3 que ao final de 61 prontuários analisados, os homens que não procuravam o médico de forma rotineira, apresentaram um maior índice de desenvolvimento da doença, sendo descoberta após exames solicitados como complementares a causa primária que os levaram a procurar o consultório. Amorin et al (2011) verificou em seu estudo que 44,4% dos 922 homens estudados não realizam exames de rotina e/ou nunca haviam realizado exame preventivo para o câncer de próstata. Schraiber et al (2010) afirma que os homens relatam não realizar consultas médicas ou exames de rotina pelo fato de trabalharem durante a maior parte do dia e ficam com receios de procurar o serviço médico durante o horário de trabalho e consequentemente perderem o serviço. Outros alegaram a dificuldade de acesso e do funcionamento dos serviços, relatando que deveriam ser mais rápidos e pontuais.

Reclamam, também, da falta de profissionais, adiando ao máximo a busca por assistência e só realizando quando não conseguem lidar mais sozinhos com os sintomas.

(23)

São identificados sentimentos de inibição e vergonha pelos homens em relação ao autocuidado e a procura ao médico sem ter causas aparentes, apenas pela preocupação em cuidar da própria saúde. Isso reascende a diferença de gêneros entre homens e mulheres, frente à temática da sexualidade, do segredo, socializados a não comentar qualquer mudança que estejam acontecendo em seu corpo com a esposa e dividir seus medos e angustias (GOMES et al, 2011).

CONCLUSÃO

Ao final desse trabalho, pode-se concluir que a maior parte dos prontuários analisados e dados colhidos possuem características que segundo a literatura são as causas mais prováveis que possam levar ao desenvolvimento de neoplasias malignas, como a idade, a realização de exames e o tabagismo.

A maioria dos pacientes acometidos com a doença são homens com idade entre 51 e 70 anos nos anos de 2010 e 2011. Casados, tabagistas, hipertensos, que não tinham o costume de fazer exames rotineiros, procurando o médico somente por notar alguma mudança e/ou aparecimento de alguma anormalidade no seu corpo, como ardência ao urinar, retenção urinária, infecção do trato urinário e aumento/dor nos testículos.

A prevenção através de exames rotineiros, principalmente em faixa etária de maior risco e hábitos que também possuem grau de risco é de extrema importância, inclusive a implementação de um programa de rastreamento de câncer de próstata através de analise de prontuários de homens que procuram o médico de forma esporádica por outros motivos, são fatores que contribuem de imensa forma para a identificação precoce do problema e uma maior resposta ao tratamento, com consequente maior chance de cura.

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1-Pós-Graduando em Biomecânica e Fisiologia do exercício aplicados ao Treinamento pela faculdade Estácio de Sá – Ourinhos (SP), e-mail: murilo_bu@hotmail.com.

2 – Professor do Departamento de Ciências do Esporte – Universidade Estadual de Londrina.

DESCRIÇÃO DA PERCEPÇÃO DE ESFORÇO FRENTE ÀS MODIFICAÇÕES DE REGRAS EM JOGOS-TREINO NO BASQUETEBOL.

Murilo José de Oliveira Bueno¹ e Felipe Arruda Moura2

RESUMO O objetivo do estudo foi descrever se modificações de regras de drible em jogo treino de basquetebol podem influenciar na Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) de jogadores de basquetebol amador. Nove atletas amadores com idade média de 16 ± 2 anos, realizaram um jogo com regra modificada e um jogo tradicional. Para compreensão da percepção de esforço, foi utilizado o método de PSE. Foi encontrada uma tendência de o jogo tradicional ser menos intenso do que o jogo com regras modificadas. Concluímos que ambos os jogos foram de alta intensidade, indicando uma característica predominante para utilização em treinamento técnico e tático.

Palavras-Chave: Jogos Reduzidos. Basquetebol, Percepção Subjetiva de Esforço, Desempenho Físico.

ABSTRACT The aim of this study was to determine whether changes in the rules of the game dribbling basketball training can influence the subjective perceived exertion (PSE) and physical performance of amateur basketball players.

We evaluated nine amateur athletes with a mean age of 16 ± 2 years, where they performed a basketball match modifying the rules and with a traditional game. To understand the perceiver exertion, we used the PSE method.

There was a tendency for the traditional game to be less intense than the game with modified rules. We concluded that both games were high intensity, indicating a predominant feature for use in technical and tactical training.

Key Words: Small-sided games, Basketball, Subjective Perception of Effort, Physical Performance.

INTRODUÇÃO

Modificações de regras e também jogos reduzidos vem sendo muito utilizados em treinos físicos, técnicos e táticos nos esportes coletivos. Modificações como espaço de jogo, número de jogadores e regras impostas aos jogadores podem influenciar a intensidade de jogo e no desenvolvimento de habilidades técnicas e táticas especificas (DELLAL, et al, 2011).

Estudos no futebol vêm sendo realizados buscando compreender como determinado números de jogadores ou como determinados números de contatos com a bola em jogos reduzidos podem influenciar em diferentes variáveis fisiológicas, desempenho físico, técnico e tático (DELLAL, et al, 2011, JONES & DRUST, 2007)

Dellal et. al (2011), buscaram compreender através de variáveis fisiológicas, atividades técnicas e físicas em jogadores amadores e profissionais de futebol, como diferentes jogos reduzidos podem influenciar na intensidade dos mesmos. Para isso realizaram jogos de 2X2, 3X3, 4X4 com número limitado de contatos com a bola durante os jogos, encontraram diferenças significativas de concentração de lactato sanguíneo e PSE nos jogos de 2X2 para os jogadores amadores em comparação com os jogadores profissionais.

Nos jogos de 3X3 foi visto diferenças técnicas significativas em comparação aos jogadores

(28)

amadores com jogadores profissionais, como também essa diferença foi vista nos jogos 4X4, sendo todos esses dados em jogos com numero de toques de bola limitados pelo técnico.

Concluíram que jogos reduzidos podem influenciar nas melhoras físicas e técnicas de jogadores amadores, favorecendo principalmente a regra de 2 toques na bola por posse de bola.

Um estudo realizado por Sampaio, Abrantes & leite, (2009), buscou investigar diferenças nas respostas de potência, freqüência cardíaca e percepção subjetiva de esforço em jogos reduzidos 3X3 e 4X4 no basquetebol, onde avaliaram oito atletas. Não encontraram diferenças significativas na frequência cardíaca em ambos os jogos (3X3, média 173.4±8.3 bpm/min; 4X4, média 164.7±16.2 bpm/min.), intensidade de exercício correspondente à 87±4% e 83±4% da frequência Cardíaca Máxima para ambos os jogos. Valores significativos não foram encontrados também na PSE para ambos os jogos (3X3, média 3.0±0.5; 4X4, média 4.1±0.8).

Existem poucos estudos que analisaram jogos reduzidos ou modificações em jogos treinos no basquetebol, para buscar compreender como variáveis físicas se comportam em determinadas situações de jogo, deixando uma questão em aberto: será que modificação de regras de drible pode influenciar na Percepção Subjetiva de Esforço?

Este trabalho teve como objetivo verificar se modificações de regras de drible em jogo treino de basquetebol podem influenciar na Percepção Subjetiva de Esforço de jogadores de basquetebol amador.

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MATERIAIS E MÉTODOS Sujeitos.

Este estudo teve seu delineamento metodológico estruturado como uma pesquisa documental, de opinião. Os pesquisadores deste estudo apenas fizeram uma consulta ao material de avaliação subjetiva de esforço, disponibilizados pelo técnico, após a realização dos treinamentos que se seguem. Nove atletas de basquetebol masculino amadores, com idade entre 14 a 21 anos, frequentaram normalmente sua rotina de treinamento. Em nenhum momento os pesquisadores sugeririam um procedimento experimental, cabendo aos mesmos apenas um registro das tarefas orientadas pelo técnico. Sete atletas eram de categoria Sub-16, categoria essa que permite atletas em competições com idade até 16 anos e dois atletas eram de categoria Sub-21, categoria que permite atletas com até 21 anos. Os sujeitos foram divididos pelo técnico em duas equipes com cinco atletas, com nível de desempenho físico e técnico equilibrado para cada equipe. Um dos times ficou com um jogador a menos, onde havia um atleta que acabara de entrar na equipe, mas que devido ao nível de aprendizado técnico ainda baixo participou da pesquisa apenas para completar as equipes e não foi documentado nesse estudo. As equipes permaneceram as mesmas nos dois jogos.

Descrição dos jogos

Todos os jogos foram realizados com as mesmas dimensões e números de jogadores permitidos pela regra (5X5), com duração de 10 minutos contínuos, onde todo o tempo os atletas foram recebendo incentivos verbais do técnico para que realizassem os jogos na maior intensidade possível. Para que a intensidade do jogo não diminuísse, quando a bola saía do perímetro de jogo, o técnico fazia reposição de bola. Quando houve reposição de bola após uma sexta convertida, os atletas tinham um tempo máximo de 5 segundos para ultrapassar a área defensiva para a área ofensiva. Foi realizado um jogo por dia, com um intervalo entre cada jogo de 48 horas e todos os jogos foram realizados no mesmo horário, entre as 17h30 min e 18h30 min. Foi realizado um jogo com a regra de drible modificada (Jogo 1), e um jogo tradicional (Jogo 2).

 Jogo 1: foi realizado um jogo onde os jogadores ao receber a bola não podiam driblar a bola e se deslocar em quadra, os jogadores poderiam somente passar ou arremessar à cesta.

(30)

 Jogo 2: foi realizado um jogo sem alterações de regras de drible no basquetebol, mantendo o tempo contínuo.

Vale ressaltar que, de acordo com o técnico, uma semana antes do experimento, os indivíduos realizaram um treino para a familiarização.

Percepção Subjetiva de Esforço

Antes e após cada jogo, o treinador questionava a seus atletas com relação à Percepção Subjetiva de Esforço (PSE), registrada pela tabela (Tabela 1) de percepção subjetiva de esforço de FOSTER et al (2001.):

Tabela 1: valores da PSE, Adaptado de Foster (FOSTER et al, 2001).

Índice Descritor

0 Repouso

1 Muito, Muito Fraco

2 Fraco

3 Moderado

4 Um Tanto forte

5 Forte

6 XX

7 Muito Forte

8 XX

9 XX

10 Máximo

Analise Estatística

Os dados da PSE foram expressos em mediana, onde para todos os dados, foi adotado um nível de significância de p <0,05. Para a verificação da distribuição dos dados foi utilizado o teste de normalidade Lilliefors. Para a análise de diferenças pré e pós para cada jogo, da variável PSE, foi utilizado o teste de Wilcoxon pareado..

RESULTADOS

A tabela 2 apresenta os resultados de mediana para as variáveis PSE, nas duas situações de jogo, podendo observar um aumento significativo pré e pós jogo nas duas situações de jogo.

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Tabela 2. Valores de mediana da Percepção Subjetiva de Esforço (PSE)

1º Jogo 2º Jogo

Pré Pós p-valor Pré Pós p-valor

PSE 3 *7 0,0039 2 *6 0,0078

* Diferenças significativas pré e pós jogo.

DISCUSSÃO

O objetivo do presente trabalho foi relatar e analisar se jogos com modificações de regras no basquetebol podem influenciar na PSE em atletas amadores. Os resultados mostram que a PSE apresentou diferenças significativas pré e pós jogo. O jogo com regra de drible modificada mostrou-se um pouco mais intenso do que o jogo tradicional. Segundo a classificação de Foster et al (2001), para o Jogo 1, a mediana foi considerado “Muito Forte”

pelos atletas e já para o Jogo 2 foi considerado um jogo “Forte”. Esses resultados foram parecidos com os resultados encontrados por Dellal et al. (2011), onde viram que mudanças de regras em jogos reduzidos e jogos livres em treinamento para jogadores de futebol profissional e amador são intensos mas que não se diferenciam na PSE, onde se torna mais intenso para jogadores amadores, principalmente com um número menor de jogadores nos jogos.

CONCLUSÃO

Os resultados do presente estudo sugerem que ambos os jogos foram de alta intensidade, indicando uma característica predominante para utilização em treinamento técnico e tático, sugerindo que outros estudos com maior número de sujeitos, espaço de jogo e análise técnica no próprio jogo possam ser feitos para melhor entendimento de jogos treino modificados e reduzidos.

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APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE UMA ÓRTESE DE DORSIFLEXÃO ASSOCIADA À FISIOTERAPIA EM UM CASO DE PACIENTE

COM DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE LESÃO DOS NERVOS PERIFÉRICOS EM MEMBROS INFERIORES: RELATO DE CASO

Rodrigo Jonas de Souza1, Ana Tereza Gonçales Nicolosi Soares2, Marcelo Renato Guerino3

Resumo Órteses são equipamentos não invasivos aplicados externamente ao corpo humano, utilizadas no tratamento de pessoas com lesões, problemas congênitos, processo de envelhecimento e também destinado a pacientes com déficit neurológico, visando corrigir padrões inadequados de membros e a prevenção de irregularidades de partes do corpo. O objetivo do presente estudo consiste em analisar o efeito da utilização de uma órtese dinâmica de tornozelo desenvolvida para realização e a manutenção da dorsiflexão de pé, associada ao tratamento fisioterapêutico, em um paciente com diagnóstico clínico de lesão dos nervos Tibial D e Fibular comum D, e apresentando hipoestesia nos dermátomos correspondentes as áreas dos nervos Tibial D e Fibular comum D.

Para isso foi utilizado como forma de avaliação a prova de função muscular, a goniometria e a medida de circunferência pela perimetria. O tratamento foi realizado com sessões de fisioterapia, com duração média de 01(uma) hora, totalizando 40 (quarenta) sessões e orientações para o uso diário por no mínimo 08 (oito) horas de uma órtese desenvolvida para dorsiflexão de pé. Ao final das 40 (quarenta) sessões, foi possível observar grande evolução no quadro do paciente, pois com o tratamento fisioterapêutico conseguiu-se aquisição de força muscular em todo MID, ganho de ADM em quadril, joelho e tornozelo D e com o auxílio da órtese desenvolvida conseguiu-se a manutenção da ADM do tornozelo adquirida com o tratamento.

Palavras Chave: Fisioterapia. Órtese. Lesão de nervos periféricos. Utilização de órtese em Membros Inferiores.

Abstract Orthotics are noninvasive devices applied externally to the human body, used in the treatment of people with injuries, congenital problems, the aging process and also for the patients with neurological deficit, to correct inadequate standards of members and prevention of irregularities in body parts. The aim of this study is to examine the effect of using a dynamic splint ankle developed for the achievement and maintenance of foot dorsiflexion, associated with physical therapy in a patient diagnosed with nervus damage on Tibialis and Fibularis communis D and presenting hypoesthesia in dermatomes corresponding areas Tibialis nervus D and D.

Fibular communis. For that, was used as an assessment tool to test muscle function, joint motion, and measure the circumference perimetry. The patient was treated with physiotherapy sessions, lasting an average of 01 (one) hour, totaling forty (40) sessions and guidance for daily use for at least eight (08) hours of a stent developed for dorsiflexion of the foot. At the end of forty (40) sessions, we observed significant evolution in the context of the patient, as with physical therapy, we were able to acquire muscle strength throughout MID, ADM gain in hip, knee and ankle D and with the assistance of stent developed able to maintain ADM ankle acquired with treatment.

Keywords: Physiotherapy. Bracing. Injury to peripheral nerves. Use of orthoses in lower limbs.

1 Acadêmico do 8º período do curso de Fisioterapia da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos – FAESO – Ourinhos/SP - rodrigojonassouza@gmail.com

2 Docente/Supervisora de Estágio na área de neurologia adulto e infantil da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos – FAESO – Ourinhos/SP - ana.tereza@faeso.edu.br

3 Docente/Pesquisador da Universidade Estadual Paulista – UNESP – Marília/SP, Docente da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos – FAESO – Ourinhos/SP, Avaliador INEP/MEC - marceloguerino@hotmail.com

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1 – INTRODUÇÃO

A lesão nervosa periférica altera as funções musculares, pois interrompem a comunicação neuromuscular e leva a fenômenos degenerativos que comprometem definitivamente a sua funcionalidade (POSSAMAI, SIEPKO, ANDRÉ, 2010)

O nervo tibial passa pela fossa poplítea, aprofundando os músculos Gastrocnêmico e Sóleo. Devido a esta posição profunda e protegida, este nervo dificilmente é lesado, mas quando isto ocorre resulta em complicações motoras, pois os músculos na região posterior da perna e na face plantar são paralisados, assim os músculos opostos realizam a dorsiflexão na articulação talocrural e evertem o pé nas articulações subtalar e transversa do tarso, causando ainda perda da sensibilidade na face plantar (MOORE, 2001).

Uma lesão completa do nervo fibular comum segundo Ferreira (2001) gera uma paralisia da dorsiflexão, eversão de pé e extensão dos dedos, resultando no pé caído ou pé eqüino, com a marcha característica em elevação forçada do joelho, a fim de evitar que a ponta do pé bata no solo. Existe ainda perda da sensibilidade abaixo dos lados anterior e lateral da perna e do dorso do pé e dedos, incluindo o lado medial do hálux.

A constante posição do pé em flexão plantar (pé caído) pode ocasionar uma contratura de cadeia muscular em face posterior do MI lesionado, visto que um individuo com controle neuromuscular normal ao realizar atividade de vida diária, os tecidos moles (músculo, tecido conectivo e pele) e articulações alongam-se e encurtam–se continuamente, porém, a mobilidade ou flexibilidade é mantida. Se por qualquer motivo a movimentação normal de alguma parte do corpo fica limitada, ocorre o encurtamento adaptivo (retração) dos tecidos moles e articulações. Se permanecer a imobilidade por um determinado tempo, ele perde sua flexibilidade assumindo a posição encurtada na qual foi mantido causando perda da ADM (amplitude de movimento), que pode ser tratado com exercícios de alongamentos ativos e passivos, restaurando a flexibilidade (KISNER, COUBY, 1998).

A fisioterapia tem a finalidade de tratar o paciente em todas as fases da reabilitação, principalmente para evitar possíveis comprometimentos secundários, tais como melhorar a mobilidade funcional do paciente, ganho de controle motor, força, resistência física e equilíbrio (UMPHRED, 2004).

Com o tratamento fisioterapêutico é possível reduzir ou eliminar a limitação funcional e a deficiência, melhorando a qualidade de vida, através de exercícios de treinamento sistemático e planejado de movimentos corporais, posturais ou atividades físicas com o objetivo de proporcionar aos pacientes os meios de tratar ou prevenir

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comprometimentos físicos, evitando ou reduzindo fatores de risco relacionados à saúde, aprimorar o estado de saúde geral, o preparo físico ou sensação de bem-estar (UMPHRED, 2004).

Reduzir as alterações anatomo-histo-fisiológicas por consequência de atrofia muscular é um dos grandes desafios dos fisioterapeutas, os quais buscam constantemente métodos alternativos durante o processo de reabilitação física (WAGATSUMA, FIJIMOTO, YAMADA, 2002).

Pesquisas salientam que o uso de órteses no auxílio ao tratamento fisioterapêutico de disfunções neurológicas tem obtido aumento significativo, devido às mesmas estarem sujeitas ao desenvolvimento de deformidades acarretando limitações funcionais por apresentarem padrões patológicos e movimentos articulares anormais devido à presença do controle motor anormal (AGUIAR; RODRIGUES, 2004).

Órteses são equipamentos não invasivos aplicados externamente ao corpo humano, utilizadas no tratamento de pessoas com lesões nervosas, problemas congênitos, processo de envelhecimento e também destinado a pacientes com déficit neurológico, seus modelos podem variar de simples a complexos, estáticas e dinâmicas, podendo ser moldadas no paciente (sob medida) ou pré-fabricadas (RODRIGUES, et al., 2007).

As órteses estáticas impedem o movimento e proporcionam o repouso articular (FRANCISCO, 2004). Já as órteses dinâmicas ou órteses cinéticas como também são conhecidas, empregam segundo Umphred (2004) mecanismos tipo mola que aplicam tração por tempo prolongado para ganhar amplitude de movimento (ADM), realizando o movimento passivamente, com o objetivo de alongar os tecidos moles para restaurar o arco de movimento articular (tecido cicatricial, retrações tendíneas), substituir força muscular ausente ou fraca, na busca de sempre manter o equilíbrio muscular.

Este equipamento terapêutico se destaca devido à especificidade de cada indivíduo, assim este equipamento poderá ter objetivos diversos, como estabilizar ou imobilizar, impedir ou corrigir deformidades, proteger contra lesão, substituir ou aumentar uma função de maneira que se promova uma melhora na qualidade de vida (TROMBLY, 2005; FESS, 2002).

Ao proceder à elaboração de uma prescrição de órtese, é necessário definir os segmentos anatômicos envolvidos, realizar a descrição do controle biomecânico desejado e indicar o tipo de material a ser utilizado, é importante atentar durante a avaliação do paciente

Referências

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