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Análise microbiológica de água para consumo humano

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Academic year: 2022

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André Fioravante Guerra

Análise microbiológica de água para consumo humano

Valença, 1ª Edição, 2017, 9p.

Disponível em:

www.microbiologia-de-alimentos.com

Análise microbiológica de água

para consumo humano

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Análise microbiológica de água para consumo humano. Valença, 1ª Edição, 2017, 9p. – www.microbiologia-de-alimentos.com

GRUPO COLIFORME

Água para consumo humano, segundo portaria 2914, de 12 de dezembro de 2011 deve ser <2,2 NMP/100mL de Escherichia coli, pois este é indicador de contaminação fecal.

Para atestar a eficiência do tratamento, espera-se um limite

<2,2 NMP/100mL de coliformes totais. A integridade do sistema de distribuição é atestado por um limite <2,2 NMP/100mL de coliformes totais em 95% das amostras analisadas em um período de 1 mês para rede de distribuição que abastece mais de 20 000 habitantes. Para rede de distribuição abaixo deste número de habitantes, é permitido apenas uma amostra, entre as amostras analisadas em 1 mês, poderá apresentar resultado positivo. Qualquer que seje o número de habitantes, deve apresentar <2,2 NMP/100mL de Escherichia coli.

Complementarmente analisa-se contagem de bactérias heterotróficas pela técnica de contagem padrão em placas. Não há padrão estabelecido para este tipo de análise, porém recomenda-se <500 UFC/mL.

A presença de coliformes totais indica condições higiênicas insatisfatória. A presença de coliformes

termotolerantes ou Escherichia coli é indicativo de condições higiênicos sanitárias insatisfatórias. Este último ainda indica contaminação de origem fecal direta.

Contagem de bactérias heterotróficas é uma contagem total de bactérias mesófilas presentes na água de consumo humano. Esta análise fornece visão geral da microbiota presente Introdução

Para avaliar a qualidade microbiológica da água são necessários um conjunto de legislação englobando:

resolução n° 357, de 17 de março de 2005 que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras

providências; portaria 2914, de 12 de dezembro de 2011, dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade; RDC n° 274, de 275, de 22 de setembro de 200, aprova o regulamento técnico de características microbiológicas para água mineral natural e água natural; resolução Conama n° 275, de 29 de novembro de 2000, Define os critérios de balneabilidade em águas brasileiras; resolução n°

430, de 13 de maio de 2011, Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução

no 357, de 17 de março de 2005 do Conama.

A saber!!!

Na primeira série de 5 de tubos inoculados pela técnica de tubos múltiplos, inocula-se volume de 10 mL. Este volume, se adicionado em tubos contendo caldo lauril sulfato de sódio conforme instruções do fabricante, diluiria os nutrientes disponíveis para o crescimento microbiano. Como alternativa à este fato, prepara-se a primeira série em dupla concentração e exatamente com 10 mL, pois dessa forma, quando adicionado 10 mL de água, a concentração final será a indicada pelo fabricante.

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Análise microbiológica de água para consumo humano. Valença, 1ª Edição, 2017, 9p. – www.microbiologia-de-alimentos.com

ANA LISE DE COLIFORMES E

BACTE RIAS HETEROTRO FICAS EM A GUA DE CONSUMO HUMANO

NÚMERO MAIS PROVÁVEL (NMP/100mL) DE COLIFORMES EM ÁGUA DE CONSUMO HUMANO

Fase presuntiva

Baseia-se na inoculação da amostra em caldo lauril sulfato de sódio, em que a presença de coliformes é evidenciada pela formação de gás nos tubos de Durhan, produzido pela fermentação da lactose contida no meio.

O caldo lauril sulfato de sódio contém uma mistura de fosfatos que lhe confere um poder tamponante, impedindo a acidificação. A seletividade do meio é devido à presença do lauril sulfato de sódio, um agente surfactante aniônico que atua na membrana citoplasmática de microrganismos Gram positivos, inibindo seu crescimento.

Fase confirmativa

coliformes totais – a confirmação da presença de coliformes totais é feita por meio da inoculação dos tubos positivos na prova presuntiva em caldo verde brilhante bile 2% lactose, e posterior incubação a 36 ± 1ºC. A presença de gás nos tubos de Durhan evidencia a fermentação da lactose presente no meio. O caldo verde brilhante bile 2% lactose contém bile bovina e um corante derivado do trifenilmetano (verde brilhante), responsáveis pela inibição dos microrganismos Gram positivos.

Coliformes termotolerantes - a confirmação da presença de coliformes totais é feita por meio da inoculação dos tubos positivos na prova presuntiva em caldo EC Escherichia coli, com incubação em temperatura seletiva de 45 ± 0,2ºC. A presença de gás nos tubos de Durhan evidencia a fermentação da lactose presente no meio.

O caldo EC contém uma mistura de fosfatos que lhe confere poder tamponante, impedindo a acidificação. A seletividade do meio se deve à presença de sais biliares, responsáveis pela inibição dos microrganismos Gram positivos e pela temperatura de incubação.

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Análise microbiológica de água para consumo humano. Valença, 1ª Edição, 2017, 9p. – www.microbiologia-de-alimentos.com

Para tal é utilizado o Agar Padrão para Contagem, que é um meio de cultura não seletivo e não diferencial, portanto espera-se que toda ou quase toda microbiota do alimento se desenvolva. Desta forma, há contagem total das bactérias do alimento.

CONTAGEM DE BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS

Utiliza-se Agar Padrão para Contagem (PCA), que é um meio de cultura não seletivo e não diferencial, portanto espera-se que toda ou quase toda microbiota presente na água se desenvolva. Desta forma, há contagem total das bactérias.

CURIOSIDADE!!!

Há algumas diferenças na nomenclatura que podem gerar confusão. Há diferentes nomes para referenciar ao mesmo grupo de microrganismo, por exemplo:

coliformes totais e coliformes a 35°C significam a mesma coisa. Da mesma forma, coliformes fecais coliformes termotolerantes e coliformes a 45°C.

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Análise microbiológica de água para consumo humano. Valença, 1ª Edição, 2017, 9p. – www.microbiologia-de-alimentos.com

ANA LISE

COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES (NMP/100Ml)

Pipetar alíquota de 10 mL em uma série de 5 tubos contendo exatamente 10 mL de caldo lauril sulfato de sódio em dupla concentração. A seguir, inocular alíquota de 1 mL em uma série de 5 tubos de caldo lauril preparado conforme indicação do fabricante. Finalmente, pipetar alíquota de 0,1 mL para uma série de 5 tubos contendo o mesmo meio de cultura. Incubar os tubos a 36 ± 1°C por 24 a 48 horas.

Os tubos positivos são evidenciados pela presença no mínimo 1/10 de gás do volume total do tubo de Duhran ou efervescência quando agitado gentilmente.

Os tubos positivos devem ser confirmados quanto à presença de coliformes fecais ou totais quando for o caso.

COLIFORMES TERMOTOLETANTES

Transferir com auxílio de alça microbiológica uma alçada do tubo positivo da fase presuntiva para tubo contendo caldo EC. Incubar os tubos a 45 ± 0,2°C, por 24 a 48 horas em banho maria com agitação.

A presença de coliformes termotolerantes é confirmada pela formação de gás (mínimo 1/10 do volume total do tubo de Durhan) ou efervescência quando agitado gentilmente.

Anotar o resultado obtido para cada tubo, bem como a diluição utilizada.

COLIFORMES TOTAIS

Transferir com auxílio de alça microbiológica uma alçada do tubo positivo da fase presuntiva para tubo contendo caldo verde brilhante. Incubar os tubos a 36°C, por 24 a 48 horas em estufa.

A presença de coliformes totais é confirmada pela formação de gás (mínimo 1/10 do volume total do tubo de Durhan) ou efervescência quando agitado gentilmente.

Anotar o resultado obtido para cada tubo, bem como a diluição utilizada.

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Análise microbiológica de água para consumo humano. Valença, 1ª Edição, 2017, 9p. – www.microbiologia-de-alimentos.com

CONTAGEM DE BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS

Inocular, em duplicata, alíquotas de 1 mL e 0,1 mL em placas de Petri estéreis. Adicionar cerca de 20 mL de Agar Padrão para Contagem previamente autoclavado a 121°C/15 min e mantido a 55°C em banho termostático. Homogeneizar em forma de “8”, esperar o meio solidificar e incubar a 36°C por 48 horas.

Contar as placas com auxílio de um contador de colônias e expressar os resultados como UFC/mL de água.

Na Figura 1 está apresentado o esquema de inoculação de coliformes totais, coliformes termotolerantes e bactérias heterotróficas.

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Figura 1 – análise de coliformes totais, termotolerantes e contagem de bactérias heterotróficas em água para consumo humano.

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EXPRESSA O DOS RESULTADOS

Os resultados devem ser calculados com auxílio de uma tabela estatística de número mais provável por 10mL (NMP/g ou mL).

BIBLIOGRAFIA

BAM - BACTERIOLOGICAL ANALYTICAL MANUAL On Line . U.S. Food and Drug Administration. Department of Health and Human Services, 2001.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Instrução Normativa nº 62 de 26 de agosto de 2003. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais para Análises Microbiológicas para o Controle de produtos de Origem Animal e Água.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.

Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para produtos expostos à venda ou de alguma forma destinados ao consumo. Resolução RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001.

DOWNES, F.P. & ITO, K. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4th ed. Washington, D.C.: American Public Health Association (APHA), 2001.

FRANCO, B. D. G. M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003.

JAY, James M. Modern Food Microbiology. 4. ed. Van Nostrand Reinhold. 1992.

JAY, J.M. Microbiologia de Alimentos. 6ª ed. Artmed Editora S.A. Porto Alegre, 2005, 711 p.

HAJDENWURCEL, J. R. Atlas de microbiologia de alimentos. Fonte Comunicações e Editora. São Paulo, v.1, ed. 2, 2004, p. 41–53.

HARRIGAN, W.F. Laboratory Methods in Food Microbiology. 3rd. ed., 532 p.

London: Academic Press, 1998.

ICMSF. Microorganismos de los alimentos. Metodos de isolamiento. 2º ed.

Zaragoza: Ed. Acribia.1982.

SBCTA / PROFIQUA. Amostragem por Atributos para Empresas de Alimentos.

Manual – Série Qualidade. Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, SP. 36 p., 1995.

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Referências

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