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Dia Mundial de Combate à Tuberculose

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Academic year: 2022

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Dia Mundial de Combate à Tuberculose

A data 24 de março é mundialmente conhecida como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Esta doença é considerada um sério problema da saúde pública, que, por ser infecciosa e transmissível, atinge cerca de 8,8 milhões de pessoas, provocando 1,1 milhões de mortes por ano no mundo. Embora seja uma enfermidade passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.

A alta taxa de infectados se deve a inúmeros fatores, como contágio pelo ar, através da tosse, espirros e fala da pessoa doente, à alta incidência em grandes aglomerações humanas e em habitações insalubres e, ainda, à quantidade de comprimidos e longevidade do tratamento, que dura cerca de seis meses.

Farmanguinhos possui uma importante atuação, pois oferece para o Sistema Único de Saúde (SUS) um único comprimido, chamado 4 em 1, com os quatro princípios ativos usados no tratamento:

isoniazida, rifampicina, etambutol, pirazinamida. Esta Dose Fixa Combinada (DFC) facilita a rotina do paciente, que substitui os quatro comprimidos diferentes por somente um, motivando-o a seguir com o tratamento até a cura da doença.

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Este medicamento já está sendo oferecido ao SUS, através da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), entre Farmanguinhos e o laboratório indiano Lupin. É importante ressaltar que a etapa de Controle de Qualidade já foi totalmente internalizada e, já em 2019, quatro milhões de unidades farmacêuticas foram distribuídas na rede pública, ampliando o acesso da população ao tratamento. A previsão é de que, em julho de 2019, o Instituto fabrique os lotes-piloto já n o C o m p l e x o T e c n o l ó g i c o d e M e d i c a m e n t o s ( C T M ) d e Farmanguinhos.

Além disso, alguns

medicamentos tuberculostáticos são produzidos na Unidade, como etionamida,

isoniazida e o composto isoniazida + rifampicina, e outros estão em fase de pesquisa

e desenvolvimento, a fim de chegar a novas formulações para a tuberculose.

Saiba mais sobre a tuberculose:

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Quais

os sintomas da doença?

O principal sintoma da tuberculose

é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que todo

sintomático respiratório que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais,

seja investigada para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar

presentes, como:

febre vespertina sudorese noturna emagrecimento cansaço / fadiga

Os pulmões são os órgãos mais afetados, mas pode acometer ainda os

rins, a pele, os ossos e os gânglios. O contágio ocorre pelo ar, através da tosse,

espirro e fala da pessoa que está doente, que lança os bacilos no ambiente.

Quem convive próximo ao doente aspira esses bacilos e pode também adoecer.

Sabe-se que o bacilo pode permanecer no ambiente por um período de até 8 horas,

ainda mais quando o domicílio não é ventilado e arejado.

Existe prevenção?

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A prevenção deve ser feita através da vacina BCG, que

diminui as formas mais graves da doença, como a meningite tuberculosa, porém

não é eficaz contra a tuberculose pulmonar. Essa vacina

deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 04 anos, 11 meses

e 29 dias.

Outra maneira de prevenir a doença é a avaliação de contatos de pessoas

com tuberculose, que permite identificar a Infecção Latente pelo Mycobacterium

tuberculosis, o que possibilita prevenir o desenvolvimento de tuberculose

ativa. Em outras situações específicas, pessoas que são diagnósticas com a

infecção latente da tuberculose também tem indicação de receber tratamento para

prevenir o adoecimento. Neste caso, é necessário procurar uma unidade de saúde

para avaliação.

Além disso, outra medida de prevenção da doença, é manter ambientes bem

ventilados e com entrada da luz solar. Objetivamente, a forma mais eficaz é a

descoberta das pessoas doentes e o início rápido do tratamento.

Como é o tratamento?

A tuberculose tem cura. O tratamento da tuberculose é

realizado com o 4 em 1, dura, no mínimo, seis meses, é

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gratuito e

disponibilizado no SUS.

Logo nas primeiras semanas de tratamento, o paciente se

sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a

realizar o tratamento até o final, independentemente da melhora dos sintomas. É

importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e

resultar no desenvolvimento de tuberculose drogarresistente.

Clique aqui e confira as informações completas do Ministério da Saúde.

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Farmanguinhos produz lote de desempenho do Pramipexol

Nesta etapa, são realizados testes do processo produtivo deste medicamento contra doença de Parkinson. A previsão é de que, em maio, sejam fabricados os lotes-piloto para a inclusão da unidadecomo local de fabricação.

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) deu início ao lote de desempenho do dicloridrato de pramipexol, medicamento utilizado no tratamento de Doença de P a r k i n s o n . A p r o d u ç ã o é f r u t o d e u m a P a r c e r i a d e Desenvolvimento Produtivo (PDP), assinada em 2011, com o laboratório alemão Boehringer Ingelheim.

Nesta etapa são

feitos testes nos equipamentos para checar os parâmetros, as características e

o aspecto do produto, ajustando todos os itens que envolvem a produção, para

garantir que o medicamento seja fabricado corretamente.

Para

acompanhar de perto todo o processo e auxiliar na absorção da tecnologia, dois representantes

da empresa parceira estão em Famanguinhos, os farmacêuticos Thilo Jahr e Ralf

Dauksch.

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Representantes da Boehringer Ingelheim, ao centro, participam do teste de desempenho

Estando tudo certo,

começa a produção do lote-piloto com vistas à inclusão de Farmanguinhos como

local de fabricação, cuja produção está prevista para maio deste ano. Com isso,

toda a produção será executada no Complexo Tecnológico de Medicamentos. Estima-se

que cerca de 20 mil pessoas sejam beneficiadas. Uma grande conquista!

‘Medicamento não deveria ser

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um luxo, é um direito’, diz diretora de campanha da ONG Médicos Sem Fronteiras

Els Torreele denuncia indústria farmacêutica por restringir acesso a remédios para obter lucro

O Globo / Ana Paula Blower

RIO- Medicamentos não deveriam ter preços exorbitantes, mas serem acessíveis aos pacientes e sistemas de saúde. Este é um dos preceitos da Campanha de Acesso a Medicamentos, um departamento de advocacy da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Quando começaram, há 20 anos, o foco era nas doenças negligenciadas, como a de Chagas, que não recebiam atenção da indústria farmacêutica para terem melhores tratamentos. Hoje, o problema parece maior: pacientes com doenças crônicas, como diabetes, também sofrem com altos preços de drogas básicas em países ricos.

Ao GLOBO, a diretora da Campanha, Els Torreele, fala sobre a iniciativa e

a importância de o Brasil seguir com ações de pesquisa e desenvolvimento de remédios.

A campanha completa 20 anos. Por que ela começou?

Começamos para assegurar que os pacientes dos projetos de MSF, e além

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deles, tivessem acesso aos medicamentos, diagnósticos e vacinas dos

quais precisam. Naquele momento, surgiam novos tratamentos para HIV/

A i d s e m p a í s e s r i c o s m a s m u i t o c a r o s p a r a o s e m desenvolvimento.

Tentávamos, então, encontrar formas de dizer que medicamentos são um

direito, não deveriam ser um luxo ou commoditie. Fomos atrás de formas

de baixar os preços e percebemos os entraves nisso. Os valores não têm a

ver com custo de produção ou pesquisa, mas com quanto as farmacêuticas

podem lucrar. Há 20 anos, doenças negligenciadas, como de Chagas e

leishmaniose, sequer tinham tratamento. As empresas não as achavam

lucrativas o bastante. Sempre nos preocupamos em garantir que essas

doenças tivessem a atenção necessária: se não fosse pelas grandes

companhias, que encontrássemos outras ferramentas.

O foco da campanha mudou?

Tivemos avanços e os exemplos mudaram. Temos um tratamento para HIV/Aids

acessível, 22 milhões de pessoas que hoje sobrevivem porque têm acesso a

ele. Mas vemos que cada novo medicamento que entra no mercado passa

pelo mesmo problema de preço. Antes a dificuldade de acesso a medicamentos era um problema de pessoas pobres vivendo em países em

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desenvolvimento, e, hoje, tornou-se uma questão global. Países como a

Bélgica e outros da Europa Ocidental, por exemplo, estão tendo problemas

com novas gerações de remédios para hepatite C, câncer, que estão

inacessíveis para os sistemas públicos. A nossa luta pelo acesso se

tornou global.

O problema se tornou maior?

Sim. A questão das patentes se tornou global e os tratamentos ficam cada

vez mais caros. Quando começamos, o Brasil foi um caso piloto onde o

governo decidiu que era responsabilidade pública oferecer tratamento

gratuito para pessoas vivendo com HIV/Aids, além de produzir genéricos

para baixar preços. Foi assim também em outros países, como Índia. Essa

alternativa não é mais possível. Em 1995, com a Organização Mundial do

Comércio e a assinatura do acordo tríplice (em que todos os países que

assinassem teriam que reconhecer patente), decidiu-se que teria que

esperar a patente expirar para produzir genéricos. Além disso, tratamentos para HIV/Aids estão mais caros. Os primeiros custavam US$ 10

mil, 15 mil por pessoa, por ano. Hoje, os novos custam US$ 100 mil, US$

500 mil. Esse é o tipo de ganância da indústria farmacêutica, com

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preços exorbitantes. Hoje, até os países ricos terão seus sistemas

públicos de saúde arruinados se continuarmos assim. Precisamos de uma

solução global, não só uma “de caridade” para os países pobres.

Qual a solução, envolvendo a indústria e os governos?

Essa é uma questão de poder. Temos uma sociedade capitalista global onde

as indústrias farmacêuticas têm muito poder em assegurar que as regras

do jogo se adequem ao negócio e consigam o máximo de lucro. O papel dos

governos é ditar as regras do jogo. Eles podem dizer: “Chega, já é o

bastante. Vocês não podem extrair o máximo que podem de pacientes que

estão morrendo”. Os governos podem determinar regras sobre monopólio,

preços, transparência, sobre como as indústrias gastam em pesquisa, as

razões pelas quais cobram altos preços. E isso não está acontecendo.

Quem sofre os efeitos disso?

O tratamento para hepatite C é um exemplo, foi um desafio para países

como Estados Unidos, Japão, e há uma batalha em curso em países da

América Latina com relação à isso, por ser muito caro. Em

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alguns países

da África, ele nem é disponível. Outro exemplo é o que ocorre nos EUA

com diabetes. Há casos constantes na imprensa de jovens que não

conseguem custear insulina, uma droga básica. As companhias põe preços

cada vez mais altos, que fazem com que jovens que estavam no plano de

saúde de seus pais não sejam mais autorizados a ficar e, por isso, não

conseguem pagar o medicamento. As empresas sabem que as pessoas estão

morrendo e farão de tudo para comprar esses remédios.

Como está o Brasil?

Há no país, nos últimos 20 anos, um setor público de saúde forte com a

perspectiva de que o acesso deve ser para todos. O governo investiu na

produção de medicamentos, criando iniciativas como a Farmanguinhos, e

nas de pesquisa, como a Fiocruz, para garantir a produção local. Mas não

está claro qual será o direcionamento dessas políticas. Fala- se em mais

poder ao setor privado na saúde, o que não dá certo. Se deixá- los no

comando, vão cobrar preços cada vez mais altos. O Brasil tem ótimos

exemplos, como a vacina contra dengue sendo desenvolvida no Butantã e a

produção do genérico sofosbuvir contra hepatite C, na Fiocruz.

Seria

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fantástico se o país se mantivesse forte nesta produção local e

promovesse o exemplo ao resto do mundo.

Pesquisa comprova eficácia do sosfosbuvir para chikungunya

Estudo mostrou que o medicamento inibiu a replicação do vírus em testes com animais.

Matheus Cruz (Agência Fiocruz de Notícias)

Pesquisadores da Fiocruz comprovaram a eficácia do medicamento sofosbuvir contra a chikungunya. Coordenado pelo pesquisador d o C e n t r o d e D e s e n v o l v i m e n t o T e c n o l ó g i c o e m S a ú d e (CDTS/Fiocruz), Thiago Moreno, o estudo foi publicado na última semana no periódico Antimicrobial Agents and Chemotherapy, da American Society for Microbiology.

Foram feitos testes com sofosbuvir em camundongos infectados com o vírus chikungunya, com o objetivo de averiguar se o tratamento seria eficaz em seres vivos. De acordo com o pesquisador, o estudo é o primeiro a comprovar, em células vivas, que o sofosbuvir inibe a replicação do vírus.

Segundo a pesquisa, o medicamento obteve resultados três vezes melhores em inibir a reprodução do vírus chikungunya do que a ribavirina – usada para aliviar as dores na articulação causadas pela doença. Na avaliação de Thiago Moreno, o principal resultado foi a prevenção do aumento das células

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inflamadas.

Como não há vacina ou tratamento específico para a chikungunya, afirma o pesquisador, os pacientes com a doença acabam recebendo tratamento paliativo para aliviar as dores nas articulações. “A pesquisa é importante para que o medicamento seja, num futuro próximo, opção terapêutica para tratar a doença. O sofosbuvir teve resultados positivos e superiores à ribavirina em diversos testes laboratoriais comparativos, com um histórico ainda melhor e mais eficiente contra a replicação da chikungunya, sendo também 25% menos tóxico para as células do corpo”, afirmou.

Os dados da pesquisa revelaram que o sofosbuvir, além de tratar a chikungunya, poderá ter ação contra outras doenças clinicamente importantes e suscetíveis ao tratamento com o medicamento. “O estudo também indica o uso do sofosbuvir para tratamentos em doenças causadas por outros tipos de vírus, além do que causa a hepatite C. Trata-se de um antiviral mais efetivo e seguro que a ribavirina, por exemplo, em diversos casos”, concluiu.

O artigo de chikungunya foi realizado por quatro unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) – em colaboração com Instituto D’Or de Pesquisa (Idor), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Consórcio BMK, formado pelas empresas Blanver Farmoquímica, Microbiológica Química e Farmacêutica e Karin Bruning. A p e s q u i s a f o i f i n a n c i a d a p e l o C o n s e l h o N a c i o n a l d e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e Fiocruz.

Histórico – Desde o verão de 2016, as doenças causadas pelo

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Aedes aegypti têm se tornado as mais prevalentes arboviroses no Brasil. Devido à falta de vacina e um tratamento antiviral específico, os cuidados com a chikungunya são direcionados somente no controle de vetores.

De janeiro a março deste ano foram 4.262 notificações de chikungunya, enquanto em todo o ano de 2017 foram 4.305 casos.

Com a chegada do verão, das chuvas e o aumento da temperatura, espera-se que os índices de infestação do mosquito voltem a se elevar, consequentemente, a intensidade da transmissão também tende a aumentar.

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