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J. vasc. bras. vol.10 número1

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Academic year: 2018

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EDITORIAL

O Jornal Vascular Brasileiro e os indexadores internacionais

Winston Bonetti Yoshida*

O Brasil está crescendo em termos de volume de pu-blicações ao longo do tempo, e pode-se dizer que isso seria fruto do esforço de formação de mestrandos e doutoran-dos pelas Universidades brasileiras. No ano de 2006, a pro-dução acadêmica do Brasil bateu um novo recorde, sendo que o país foi responsável por 1,92% dos artigos publicados em periódicos indexados na base de dados do Instituto de Informação Cientíica (ISI, do inglês Institute for Scientiic Information), que reúne as mais destacadas publicações do planeta, icando em 15º lugar entre as 25 nações mais produtivas.

O Jornal Vascular Brasileiro vem publicando, desde 2002, também de forma crescente, grande parte da produ-ção cientíica vascular brasileira, recebendo também algu-mas contribuições estrangeiras. Os cirurgiões vasculares brasileiros apresentam grande produção de temas livres em congressos nacionais, da ordem de 500 a 600 trabalhos por evento, mas, infelizmente, não têm o hábito de publicá-los. Somente 6,32% dessa vasta produção aparece em revistas indexadas1,2 .

Isto traz como consequência, diiculdades na gestão da revista, pois, devido ao número limitado de artigos (cerca de 90 a 100 por ano), estamos sempre editando a revista que vai sair no trimestre corrente, com o risco contínuo de atraso nas publicações das sucessivas edições. Para piorar, no ano passado, tivemos vários problemas decorrentes de transição de secretaria editorial e de descompassos com a nova secretaria, impactando ainda mais na pontualidade. Em conversas com editores de revistas nacionais nos con-gressos de editoração cientíica, pudemos constatar que as revistas nacionais indexadas nos indexadores internacionais recebem, em média, cerca de 200 a 300 artigos por ano, o que permite aos editores serem mais seletivos e trabalharem com as edições do ano vindouro, pois as deste ano já estão prontas − com revisão gramatical e versões para o inglês − e serão lançadas sem nenhum atraso. Com mais de 3.000 sócios e média de 500 temas livres por congresso nacional,

seria de se esperar maior aluxo de artigos para o Jornal Vascular Brasileiro. Em avaliação prévia dos resultados da nossa enquete, com somente 600 respostas até agora dentre os 3.000 sócios, problemas de falta de tempo, de estímulo e de assessoria de redação e estatística foram predominan-temente alegados. A Diretoria da SBACV está estudando como ajudar os sócios quanto a essa assessoria.

Para piorar a situação, a CAPES resolveu desqualiicar as revistas nacionais que não tem indexadores internacio-nais (Medline e ISI). Criou-se, assim, um círculo pernicio-so, em que as revistas emergentes precisam de indexadores internacionais para receberem os artigos oriundos da pós-graduação, mas jamais vão receber os mesmos por conta de penalizações por parte da CAPES. Os melhores artigos originais estão migrando para revistas internacionais.

Infelizmente, nosso pedido de indexação ISI foi tam-bém denegado. Cabe aqui agora uma relexão acerca dos motivos dessa negativa. Os critérios usados por ambos in-dexadores são claros: pontualidade, qualidade da revista em termos de acabamento e de artigos, predominância de artigos originais, qualidade da versão para o inglês e qua-liicação geral dos revisores (corpo editorial), levando-se em consideração aqueles nomes que constam oicialmente na relação e não os que atuam como ad-hoc. Analisando friamente, parece que não tivemos nenhum desses critérios como excelente no ano passado. Tivemos atrasos expressi-vos por conta do fatos já apontados (sem contar que mui-tos revisores atrasaram as avaliações), os artigos originais constituíram 45% das edições, e as versões para o inglês não foram impecáveis. Porém, depois de várias reuniões com a Diretoria da SBACV e a secretaria editorial, estamos con-iantes que neste ano de 2011, os problemas relativos à se-cretaria serão dirimidos. Como os artigos originais oriun-dos da pós-graduação tenderão a migrar continuamente para revistas internacionais, seria importante estimular e ajudar o grande número de autores que apresentam bons te-mas livres nos congressos, te-mas não se encorajam a escrever

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O Jornal Vascular Brasileiro e os indexadores internacionais - Yoshida WB. J Vasc Bras 2011, Vol. 10, Nº 1

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artigos para revistas. Ainda este ano, ações nesse sentido deverão ser apontadas pela Diretoria da SBACV.

Finalmente, resta abordarmos limitações do nosso corpo editorial. Os auditores do Medline e ISI fazem uma busca de informações de todos os componentes do corpo editorial nas bases de dados. Avaliam número de artigos publicados no Jornal Vascular Brasileiro e outras revistas, e o impacto dessas publicações nas bases do SciELO (www. scielo.br), Web of Science e Scopus . Estamos fazendo esse levantamento interinamente e já veriicamos que vários re-visores nunca publicaram um artigo sequer, seja no Jornal Vascular Brasileiro ou em outra revista. Para protocolarmos novo pedido de indexação junto ao Medline (2012) e ISI (2013), será, portanto, preciso rever nosso corpo editorial.

Nesta edição, colocamos o índice de revisores do corpo edi-torial e os ad-hoc que atuaram em 2010.

Nesta primeira edição do ano de 2011, solicito a todos que encaminhem artigos para o Jornal Vascular Brasileiro, pois assim fazendo, valorizarão a nossa revista, a SBACV e os respectivos serviços.

Referência

1. Yoshida WB. Temas livres versuspublicação. J Vasc Br. 2005;4(4): 319-20.

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