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MAP0214 C´alculo Num´erico com Aplica¸c˜oes em F´ısica 2o Semestre de 2006.

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(1)

MAP0214 C´ alculo Num´ erico com Aplica¸ c˜ oes em F´ısica

2o Semestre de 2006.

June 19, 2007

1 M´ etodo dos M´ınimos Quadrados em duas vari´ aveis

1.1 Introdu¸ c˜ ao.

O objetivo deste texto ´e apresentar aplica¸c˜oes do o M´etodo dos M´ınimos Quadra- dos para aproximar uma fun¸c˜aoF : [a, b]×[c, d]→R no caso discreto.

1.2 Aproxima¸ c˜ ao de F se conhecemos uma tabela de F

Suponha que queremos aproximar uma fun¸c˜aoF que est´a tabelada nos pontos (N1+ 1)(N2+ 1) pontos (xi, tj)∈[a, b]×[c, d] definidos por

xi = a+ih=a+ib−a N1

=a+i(b−a) N1

, i= 0,1, . . . , N1, tj = c+jh=c+jd−c

N =c+j(d−c) N2

, j= 0,1, . . . , N2, pelo M´etodo dos M´ınimos Quadrados por uma fun¸c˜ao da forma

G(x, t) =

K

X

`=1

c`G`(x, t) ondeG`(x, t), `= 1, . . . , k s˜ao fun¸c˜oes dadas.

O produto escalar natural numa situa¸c˜ao destas ´e

hhH1|H2ii= X i= 0, . . . , N1, j= 0, . . . , N2

H1(xi, tj)H2(xi, tj) =

N1

X

i=0 N2

X

j=0

H1(xi, tj)H2(xi, tj).

(2)

2 Nosso problema

Estamos interessados em aplicar essa teoria ao estudo do movimento de uma corda vibrante de comprimentoL num planoxz com extremidades fixadas no eixoxemx= 0 ex=L, que vibra transversalmente ao eixox.

Isto significa quez=u(x, t) d´a a posi¸c˜ao do pontoxda corda no instantet.

Note queu(0, t) = 0,∀teu(L, t) = 0,∀t.

Sob certas condi¸c˜oes, o movimento da corda pode ser modelado pela equa¸c˜ao

2u

∂t2 =c22u

∂x2 (1)

ondec >0, segue da teoria de EDP que ´e razo´avel buscar uma aproxima¸c˜ao da solu¸c˜ao da forma

u(x, t) =e

k

X

`=1

a`g`(x, t) +b`h`(x, t) (2) onde

g`(x, t) = cos(`π

Lct) sin(`π

Lx) (3)

h`(x, t) = sin(`π

Lct) sin`(π

Lx), `= 1, . . . , k.

Se temos uma tabela da solu¸c˜aou(x, t) em pontos (xi, tj)∈[0, L]×[0, T] da forma

xi = iL

N, i= 0,1, . . . , N, (4) tj = jT

M, j= 0,1, . . . , M,

´e razo´avel (devido a considera¸c˜oes f´ısicas endo¸cadas pela teoria matem´atica) considerar uma tabela maior, obtida fazendo-se a reflex˜ao ´ımpar na vari´avelx.

Assim, passamos a ter pontos (xi, tj) da forma

xi = iL

N, i=−N+ 1,−N+ 2, . . . ,0,1, . . . , N, (5) tj = jT

M, j= 0,1, . . . , M.

(N˜ao usamos o valor i=−N porque a extens˜ao deu teria o mesmo valor em (−L, t) e em(L, t), e usar ambos seria privilegiar o valor de una extremidade x=L.)

Note que para definir a extens˜ao ´ımpar de u na vari´avel x nos pontos da tabela basta tomar

(3)

u(xi, tj) :=u(x−i, tj), i=−N+ 1,−N+ 2, . . . ,−1, e para os outros valores deiusar a tabela original.

Adaptando os ´ındices ao nosso caso, o produto escalar fica hhH1|H2ii=

N

X

i=−N+1 M

X

j=0

H1(xi, tj)H2(xi, tj).

Assim, usando os produtos escalares auxiliares h | i1 na vari´avel x e h | i2 na vari´aveltdefinidos por

hv1 |v2i1 =

N

X

i=−N+1

v1(xi)v2(xi) (6)

hw1 |w2i2 =

M

X

j=0

w1(tj)w2(tj), (7) temos

hhgr |gsii = hhcos(rπ

Lct) sin(rπ

Lx)| cos(sπ

Lct) sin(sπ Lx)ii

=

N

X

i=−N+1 M

X

j=0

cos(rπ

Lctj) sin(rπ

Lxi) cos(sπ

Lctj) sin(sπ Lxi)

=

N

X

i=−N+1 M

X

j=0

[cos(rπ

Lctj) cos(s π

cLtj)][sin(rπ

Lxi) sin(sπ Lxi)]

=

N

X

i=−N+1

[sin(rπ

Lxi) sin(sπ Lxi)]

M

X

j=0

[cos(rπ

Lctj) cos(sπ Lctj)]

= hsin(rπ

Lx)|sin(sπ

Lx)i1 hcos(rπ

Lct)|cos(sπ Lct)i2. Logo,

hhgr |gs ii = hhcos(rπ

Lct) sin(rπ

Lx)|cos(sπ

Lct) sin(sπ

Lx)ii (8)

= hsin(rπ

Lx)|sin(sπ

Lx)i1 hcos(rπ

Lct)|cos(sπ Lct)i2. Analogamente,

hhhr |hs ii = hhsin(rπ

Lct) sin(rπ

Lx)|sin(sπ

Lct) sin(sπ

Lx)ii (9)

= hsin(rπ

Lx)|sin(sπ

Lx)i1 hsin(rπ

Lct)|sin(sπ Lct)i2,

(4)

e

hhgr|hsii = hhcos(rπ

Lct) sin(rπ

Lx)|sin(sπ

Lct) sin(sπ

Lx)ii (10)

= hsin(rπ

Lx)|sin(sπ

Lx)i1hcos(rπ

Lct)|sin(sπ Lct)i2. Da An´alise Harmˆonica Discreta sabemos que sek < N −1 ent˜ao

hsin(rπ

Lx)| sin(sπ

Lx)i1=

N, ses=r= 1, . . . , k 0, se 1≤r, s≤k, r6=s.

Em consequˆencia, hhgr|gsii =

Nhcos(rπLct)|cos(sLπct)i2, ses=r= 1, . . . , k

0, se 1≤r, s≤k, r6=s.

hhhr |hsii =

Nhsin(rLπct)|sin(sπLct)i2, ses=r= 1, . . . , k

0, se 1≤r, s≤k, r6=s.

hhgr |hsii =

Nhcos(rπLct)|sin(sπLct)i2, ses=r= 1, . . . , k

0, se 1≤r, s≤k, r6=s.

Assim, g1, . . . , gk, h1, . . . , hk s˜ao ortogonais e consequentemente os coefi- cientes da fun¸c˜ao aproximadoraeus˜ao dados por

a`= hhu|g` ii

hhg` |g` ii, b`= hhu|h`ii

hhh` |h` ii. (11)

(5)

3 EXERC´ ICIO PROGRAMA

3.1 O que programar

Seu programa pode ser feito numa linguagem de programa¸c˜ao como“C”, “For- tran”, “Pascal”, ou ser desenvolvido usando um programa espec´ıfico para com- puta¸c˜ao cient´ıfica como “MAPLE”, “MATHEMATICA” ou “MATLAB”, e deve conter

(a) Leitura dos valores dec, do comprimentoLda corda e do instante de tempo finalT.

(b) Leitura dos n´umeros M e N que definem os pontos da malha em que a fun¸c˜aou´e conhecida.

(c) C´alculo ou Leitura dos valoresuij =u(xi, tj), i= 0,1, . . . , N, j= 0,1, . . . , M nos pontos (xi, yj) da malha.

(d) Leitura do valor kque deve ser usado ao procurar a fun¸c˜ao aproximadora u.e

(e) Fun¸c˜oesg`, h`.

(g) Obten¸c˜ao dos coeficientesa`, b`, `= 0,1, . . . , kda fun¸c˜ao aproximadora eu.

(h) Gr´afico da fun¸c˜ao aproximadora obtida e da fun¸c˜ao tabelada que foi apro- ximada.

3.2 Dados para os testes

Vocˆe deve testar seu programa em dois casos, para valores dos parˆametros c, L, T, M eN dados, e para diversos valores do parˆametrok.

I. Primeiro teste: a tabelauij =u(xi, tj) deve ser gerada a partir de uma solu¸c˜ao exata do problema da corda finita com extremidades fixas,

u(x, t) = 1

2(f(x+ct) +f(x−ct)) + 1 2c

Z x+ct x−ct

g(s)ds,

com f(x) = x(L−x) (posi¸c˜ao inicial) e g(x) = x(L−x) (velocidade inicial).

Tome c = 1, L= 2, T = 3, M = 30, N = 20 e fa¸ca aproxima¸c˜oes usando k= 1, k= 2, k= 3, k= 6, k= 9.

II. Segundo teste: A tabela uij = u(xi, tj), em arquivo, e os valores dos parˆametros, ser˜ao disponibilizados em breve. Fique atento!

(6)

4 Observa¸ c˜ ao

O Exerc´ıcio Programa pode ser feito individualmente ou em grupos de 2 alunos.

Sobre o Exerc´ıcio Programa, devem ser entregues: disquete, impress˜ao da listagem e da sa´ıda.

5 Testes Complementares Interessantes

(a)f(x) =x(L−x), g(x) = 0.

(b)f(x) = 0, g(x) =x(L−x).

(c)g(x) = 0 e

f(x) =

− |x−| sex∈[0,2],

0, sex∈[2, L] ou seja, f(x) =

x, sex∈[0,2], 2−x, sex∈[,2], 0, sex∈[2, L]

onde 0< << L.

6 Data de Entrega e Coment´ arios

Ser˜ao disponibilizados em breve. Fique atento!

Referências