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Dolo e culpa. Elementos subjetivos do crime

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Academic year: 2022

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Dolo e culpa

Elementos subjetivos do crime

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Conceito de dolo

Teoria finalista: vontade consciente de realizar a conduta típica – dolo natural;

Teoria causalista: é vontade consciente de realizar a conduta típica + consciência de que se trata de um ato ilícito – dolo normativo.

(3)

Dolo genérico e dolo específico

Dolo genérico: vontade de praticar a conduta sem qualquer finalidade especial.

Dolo específico: vontade de praticar a conduta +

finalidade especial. Ex. subtrair coisa alheia móvel para si ou para outrem.

(4)

Características do dolo

Abrangência: dolo em relação a todos os elementos objetivos do tipo;

Atualidade: dolo no momento da conduta;

Possibilidade de influenciar o resultado: resultado típico produzido pela vontade do agente.

(5)

Conceito de dolo

“ é a vontade e consciência dirigidas a realizar a conduta prevista no tipo penal incriminador” (GRECO, 2013, p. 185)

(6)

Dolo direito de primeiro e segundo graus

Dolo direto de primeiro grau: intenção do autor + direcionada a determinado resultado perseguido +

abrangendo meios empregados ( ex. homicídio com tiro certeiro de arma de fogo).

Dolo direito de segundo grau (dolo de consequências necessárias, dolo necessário ou dolo mediato):

intenção do autor+direcionada a determinado resultado perseguido+ meios empregados com efeitos colaterais certos. (ex. homicídio de um sujeito através de bomba em lugar público).

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Dolo indireto ou eventual

Vontade do agente+ voltada a um resultado+ previsão de possível segundo resultado (não desejado, mas que lhe é indiferente).

O sujeito assume o risco da ocorrência do segundo resultado.

É extraído das circunstâncias e não da mente do autor.

Ex. tiros no muro atingindo pedestre.

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Distinções entre dolo direito e eventual

Para fins de aplicação da pena a lei não faz distinção entre dolo direto e dolo eventual, podendo a mesma pena ser aplicada para ambos.

A relevância de tal distinção está nos crimes em que a lei exige unicamente o dolo direto. Ex. denunciação caluniosa – art. 399 do CP.

(9)

Conceito de culpa

Culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta produtora de um resultado não querido, mas objetivamente previsível”

(BITENCOURT, 2012, p. 363).

(10)

Dolo  regra

Culpa exceção. É fundamental que a culpa esteja prevista no tipo penal, caso contrário o sujeito não poderá ser punido.

(11)

Culpa consciente e culpa inconsciente

Culpa inconsciente: culpa sem previsão do resultado (o fato é previsível pela maioria da população, mas o

agente não o prevê).

Culpa consciente: culpa com previsão. O agente prevê a possibilidade de ocorrência do resultado, mas confia fielmente em sua capacidade para impedir que ele ocorra.

(12)

Elementos da culpa

Análise da conduta voluntária do agente: análise do comportamento e não simplesmente do resultado;

Ausência de dever de cuidado objeto: inobservância por parte do agente das regras básicas de atenção e cautela.

Resultado involuntário: o resultado danoso não pode ter sido desejado ou acolhido pelo agente.

(13)

Elementos da culpa

Previsibilidade: o evento lesivo há de poder ser previsível pelo ser humano normal,não se exige do sujeito atenção extraordinária ou fora do razoável.

Ausência de previsão na culpa inconsciente e previsão do resultado, mas crente de que ele não ocorra (culpa inconsciente).

(14)

Elementos da culpa

Tipicidade: o crime culposo deve estar expresso no tipo penal.

Nexo causal: liame através da previsibilidade entre a conduta do agente e o resultado danoso.

(15)

Espécies de culpa

Art. 18, II CP:

Imprudência

Negligência

Imperícia

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Referências Bibliográficas

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal:

parte geral. V. 1. 18 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

GRECO, Rogério. Curso de direito penal. 15 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2013.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal:

parte geral e especial. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.

Referências

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