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Atenção integral à saúde do adolescente: questões da prática assistencial para dentistas

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Academic year: 2022

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ESCOLA

CARREIRA FACULDADE

NAMOR O

FESTAS 1º EMPREGO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO

Saúde do Adolescente

Questões da Prática Assistencial

para Dentistas

(2)

UNIDADE 2

Problemas nutricionais, fonéticos, de comunicação interpessoal e estéticos podem advir de alterações ou doenças bucais, portanto reconhecer essas alterações como fator contribuinte para a saúde bucal de adolescentes tem um papel importante dentro de sua saúde geral. Por esses motivos, ações de promoção de saúde, prevenção e diagnóstico de doenças bucais devem ser realizadas durante toda prática de trabalho afim de garantir a manutenção da saúde bucal durante toda a vida. Há uma gama de processos patológicos orais que estão associados à adolescência, porém, na Unidade 2 vamos enfatizar as lesões orais de maior incidência nessa faixa etária.

LESÕES ORAIS MAIS COMUNS NA

ADOLESCÊNCIA

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2.1 Ulceração Aftosa Recorrente (Afta Comum)

Ulceração aftosa recorrente, também denominada estomatite aftosa recorrente ou afta comum, representa a lesão mais comum da mucosa bucal entre adolescentes. Com exceção da gengiva inserida e palato duro, a afta pode ser encontrada em qualquer região da m u c o s a . C l i n i c a m e n t e , a s ú l c e ra s a f t o s a s r e p r e s e n t a m aproximadamente 85% dos casos.

COMO IDENTIFICAR?

A ulceração aftosa apresenta-se como uma úlcera rasa, circular, recoberta por uma pseudomembrana branco amarelada, circunscrita por um halo eritematoso, medindo entre 3 a 10 mm de diâmetro, sensível principalmente nos três primeiros dias e que repara entre 7 a 14 dias sem deixar cicatriz. A mucosa jugal e labial são as mais atingidas.

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2.2 Gengivoestomatite Herpética Aguda (Primária) e Herpes Recorrente

A gengivoestomatite herpética aguda é uma infecção causada pelo vírus herpes simples tipo 1. Geralmente ocorre entre os 6 meses e 5 anos de idade através do contato físico com pessoas infectadas.

Raramente, a infecção primária pode ocorrer em adultos.

As manifestações clínicas iniciam com um quadro

sistêmico, acompanhado de linfoadenopatia cervical, febre, calafrios, anorexia e irritabilidade

Na mucosa oral, aparecem vesículas que logo se

rompem, deixando pequenas ulcerações, dolorosas, situadas em toda

a mucosa

Os lábios e região perioral podem também apresentar lesões e por autoinoculação

se estender para outras regiões, como dedos, olhos

e mucosa nasal Manifestações sistêmicas

Manifestações orais

Nos dois casos

As lesões geralmente regridem dentre de 5 a 7 dias

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2.2 Gengivoestomatite Herpética Aguda (Primária) e Herpes Recorrente

IMPORTANTE!

Com a reativação do vírus, ocorre a infecção pelo HSV-1 secundária ou herpes recorrente, com formação de lesões no epitélio inervado pelo gânglio sensitivo. Vários são os fatores que contribuem para a reativação do vírus: “a luz ultravioleta, o estresse físico ou emocional, a febre, a imunodepressão, algumas doenças sistêmicas, as neoplasias, o trauma, entre outros” (NEVILLE et al., 2009).

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2.3 Lesões Traumáticas

As lesões da mucosa bucal presentes em crianças e adolescentes e causadas pelo trauma são representadas pelas úlceras, mordiscamento da mucosa e hiperqueratose reacional.

O que é?

É geralmente a lesão mais comum dos tecidos moles da boca, causada pelo trauma mecânico

Como se manifesta?

Clinicamente, a lesão traumática crônica apresenta uma superfície esbranquiçada com regiões avermelhadas e sem

sintomatologia dolorosa, apresentando margem elevada, endurecida e com hiperqueratose

Como tratar?

Quando se elimina a causa, a úlcera traumática regride rapidamente, confirmando a origem e, concomitantemente,

o diagnóstico A úlcera

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2.3 Lesões Traumáticas

O uso de piercing intraoral, como já foi abordado na Unidade 1, quando usado com frequência entre os adolescentes, também pode causar lesão traumática na mucosa bucal.

O mordiscamento da mucosa jugal, a linha alba e a hiperqueratose reacional são lesões orais decorrentes de trauma mecânico oclusal.

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2.4 Manifestações Orais de DSTs

As doenças sexualmente transmissíveis podem apresentar inúmeras manifestações na cavidade oral mesmo que o tratamento, em alguns casos, seja difícil de ser realizado no âmbito da atenção básica, a morbidade deve ser identificada e o adolescente encaminhado para o setor de referência.

Uma estratégia importante para os dentistas atuantes em USF é a capacitação dos ACS, pois as visitas domiciliares se tornam ferramentas importantes na identificação de sinais que possam indicar o acometimento oral das DSTs.

Outro ponto importante a ser lembrado é que o dentista responsável pelo atendimento também deve ser capaz de identificar a possível necessidade de acompanhamento psicológico desses adolescentes e encaminhá-los ao psicólogo ou assistente social. Essa é uma ótima oportunidade para você praticar ações de matriciamento em Odontologia.

VAMOS PRATICAR?

Identifique em sua área quais os serviços de referência ao acompanhamento psicológico dos usuários do SUS.

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2.4 Manifestações Orais de DSTs

Vamos apresentar as manifestações:

2.4.1 Sífilis

O que é?

Causada pelo Treponema pallidum. A transmissão ocorre por contato sexual e apresenta lesões extremamente

contagiosas. Contágio também ocorre por via hematogênica da gestante para o feto.

Sífilis

Tipos

Sífilis Congênita Sífilis Primária Sífilis Secundária Sífilis Terciária

Veja a descrição de cada tipo de manifestação da Sífilis:

Sífilis congênita:

Recente: os sintomas aparecem até os 2 anos de idade, sendo maior manifestação nos três primeiros meses. Caracteriza-se por lesões cutâneo-mucosas, palmo-plantares, fissuras radiadas periorificiais, condiloma plano anogenital, hepatoesplenomegalia, lesões ósseas (ossos longos, levando à imobilização dos membros - pseudoparalisia de Parrot).

Tardia: os sintomas aparecem a partir dos 8 anos, apresentando lesões de córnea, ossos, sistema nervoso central. A Tríade de Hutchinson consiste em incisivos semilunares, molares em forma de amora, queratite parenquimatosa e surdez sensorial. Tíbia em lâmina de sabre, nariz em sela, fronte olímpica (SHAFER, HINE &

LEVY, 1987).

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2.4 Manifestações Orais de DSTs

2.4.1 Sífilis

Sífilis Primária

Apresenta-se de 10 a 90 dias após o contato sexual. A lesão aparece no local de contato com o agente, como lábios, língua ou região das amígdalas. O cancro primário do lábio se apresenta como uma úlcera indolor de base endurecida, acompanhada de aumento uni ou bilateral dos gânglios submentonianos e submandibulares. Com menor frequência, o cancro primário se apresenta na língua, geralmente na extremidade, na forma de úlcera com endurecimento do tecido circundante(SHAFER, HINE & LEVY, 1987).

Sífilis secundária

Apresenta-se de 10 a 90 dias após o contato sexual. A lesão aparece no local de contato com o agente, como lábios, língua ou região das amígdalas. O cancro primário do lábio se apresenta como uma úlcera indolor de base endurecida, acompanhada de aumento uni ou bilateral dos gânglios submentonianos e submandibulares. Com menor frequência, o cancro primário se apresenta na língua, geralmente na extremidade, na forma de úlcera com endurecimento do tecido circundante(SHAFER, HINE & LEVY, 1987).

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2.4 Manifestações Orais de DSTs

2.4.1 Sífilis

Sífilis terciária

Pode se manifestar anos após o contato com agente causador. Na boca, localiza-se geralmente no palato e na língua. No palato, a goma sifilítica pode causar perfuração completa. A goma sifilítica da língua apresenta-se como massa indolor, situada nos dois terços anteriores da língua, que posteriormente se converte numa úlcera indolor, com moderado endurecimento circundante. A goma pode simular carcinoma, sendo a distinção feita pelos resultados sorológicos, biópsias e resposta à penicilina. Outra forma de sífilis oral é a glossite intersticial sifilítica, que pode evoluir para leucoplasia e carcinoma. A língua fica com a consistência aumentada, pálida e despapilada e apresenta fissuras de traçado irregular, sem sistematização, mas principalmente longitudinais (SHAFER, HINE & LEVY, 1987).

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2.4 Manifestações Orais de DSTs

2.4.2 Gonorreia

Na boca, o contagio se dá pelo contato direto.Caracterizada por úlceras crônicas relativamente superficiais de bordas bem definidas e irregulares.

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Referências

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