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UMA IN TR ODUÇÃO AO ESTUDO DA OPERA Ç ÃO PAN-AMERICANA

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UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO

DA OPERAÇÃO PAN-AMERICANAzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

FRANCISCO DAS NEVES ALVES·

RESUMO

A história

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d a s relações internacionais do Brasil Republicano constitui-se em um alternar entre períodos de alinhamento automático a o s Estados Unidos e determinados momentos, bem demarcados, de buscas de uma alternativa a essa tendência. Estas políticas, como o "alinhamento pragmático" de Rio Branco, a "eQüidistância pragmática" da Era Vargas, a "Operação Pan-Americana" da administração JK e a "Política Externa Independente" d o s períodos Jânio Quadros e João Goulart, não consistiram em rupturas para com a política de aproximação a o s Estados Unidos, mantendo, isto sim, um caráter alternador em relação

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àquele alinhamento. Este trabalho visa apresentar um estudo introdutório a uma destas políticas exteriores - a Operação Pan-Americana.

PALAVRAS-CHAVE: relações internacionais. Brasil. Operação Pan-Americana.

o

Acordo Aduaneiro de 1891, Que previa, em nome da reciprocidade,

facilidades comerciais na entrada de produtos norte-americanos no Brasil e brasileiros, principalmente o café, no mercado estadunidense, se constituiria num marco simbólico

de um processo Que se avolumaria com o perpassar dos anos, demarcando o crescente predomínio dos Estados Unidos sobre o Estado Nacional Brasileiro. Neste sentido, a

história do Brasil Republicano, do ponto de vista das relações exteriores, foi

caracterizada pela aproximação com a potência norte-americana, por vezes, num

verdadeiro alinhamento automático, ou seja, uma Quase subserviência incontestável à

hegemonia estadunidense, e, em algumas outras, com certas tendências alternativas a este tipo de submissão absoluta, caso do "alinhamento pragmático" de Rio Branco, a

"eQüidistância pragmática" da Era Vargas, a "Operação Pan-Americana" da

administração Juscelino Kubitschek e a "Política Externa Independente" dos períodos

lânio Quadros e João Goulart. Todas essas não chegaram a consistir em rupturas

para com a política de aproximação aos Estados Unidos, mantendo, isto sim, um

caráter alternador em relação àouele alinhamento. Este trabalho pretende realizar

• Professor do Dep. de Biblioteconomia e História - FURG; Doutor em História do Brasil _ PUCRS.

B ib lo s. K io G ran d e. I S : 1 6 3 -1 7 3 . 2 0 0 3 .

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uma interpretação histórica introdutória a uma destas tendências. a Operação

Pan-Americana. através do estudo de um discurso pronunciado pelo Presidente da

República. em junho de 1958.

Inserida na era das práticas populistas na política brasileira. típica das décadas de Quarenta a sessenta. esteve a administração de Juscelino Kubitschek de Oliveira (JI<).

voltada a um populismo desenvolvimentista. Neste sentido. o governo de JK voltou-se

a intentar uma modernização desenfreada do Brasil. numa visão etapísta. pela Qual o

país precisava ganhar tempo e eliminar fases na direção do desenvolvimento. não

importando os possíveis preços Que o avanço dos"cínoüenta anos em cinco" pudesse

vir a custar (sobre esse contexto histórico. ver Maranhão, 1981. e. especificamente

acerca da administração JK. Benevides. 1979). O progresso vislumbrado nessa época

estava intrinsecamente ligado a uma visão desenvolvimentista. ou seja. os avanços

pretendidos eram vinculados praticamente de modo exclusivo ao crescimento

econômico. não havendo maiores preocupações com um desenvolvimento global Que

envolvesse. além da economia. outros fundamentos da sociedade. como o bem-estar social. Atrelada a essa visão desenvolvimentista. no Quadro das relações exteriores. a administração JK colocaria em prática a Operação Pan-Americana (OPA). a Qual visava

obter. através do argumento da solidariedade hemisférica. o apoio no alavancar

desenvolvimentista latino-americano.

A política exterior brasileira posterior à 11 Guerra Mundial e à derrocada

da ditadura estado-novista se caracterizaria por uma nova fase de alinhamento

aos Estados Unidos. ainda mais diante da bipolarização advinda da Guerra Fria.

Esse alinhamento passivo durou até a gestão JK. Que lançou uma proposta de

cooperação interamericana. na Qual se Questionou a forma de cooperação econômica

Estados Unidos - América Latina e se pediu .um a política eficaz nesse aspecto.

inclusive sob o argumento de Que o fim do subdesenvolvimento. o caminho do

progresso. era a maneira adeouada para se impedir a penetração de ideologias

estranhas no continente (Cervo; Bueno, 1986. p. 76-77). Os objetivos da OPA

estavam intimamente ligados àpolítica econômica adotada pelo Governo JK. Que partiu

de uma idéia Que se considerou "realista". a saber. num mundo dividido. uma opção é iniludível e a própria posição geográfica e a tradição brasileira indicavam o rumo a seguir. Assim. a abertura do mercado brasileiro ao capitalismo internacional deveria significar. também. a emergência do país como representante simultâneo. Quer deste

capitalismo em relação aos demais países da América Latina. Quer destes junto ao

primeiro (Odália. 1982. p. 361-362).

Nesse sentido. a OPA consistiu numa prática completamente coadunada ao

conjunto da política desenvolvimentista juscelinista. constituindo-se num programa de

desenvolvimento econômico multilateral a longo prazo. cujo propósito real era

assegurar o suporte americano para a consecução das ambiciosas metas econômicas na América Latina. Em termos políticos. esse compromisso daria aos governos praticantes

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de um "nacionalismo desenvolvimentista" uma fonte inestimável de apoio externo

contra os seus oponentes internos. tanto da direita Quanto da esouerda, Que

procuravam Questionar as atitudes governistas (Skidmore. 1988. p. 215). Nessa linha. a OPA foi a vertente para a política externa do conjunto da política empregada por JK.

estando plenamente de acordo com a ideologia nacional-desenvolvimentista. muito em

voga ao longo de sua administração (ver Toledo. 1977. p. 117-157).

As origens da OPA estiveram ligadas a manifestações públicas de repúdio

ocorridas contra o Vice-Presidente Richard Nixon e sua comitiva. em visita à América

Latina. gerando certo mal-estar para com os Estados Unidos. JK aproveitaria a

oportunidade para manifestar uma proposta acerca das relações interamericanas. e

a primeira providência foi o envio de correspondência ao presidente norte-americano.

manifestando a solidariedade brasileira diante daouelas "lamentáveis ocorrências".

Na carta. o Presidente brasileiro considerava Queaoueles acontecimentos poderiam

servir à "propaganda dos interessados no antiamericanismo". os ouaís procurariam

"converter esses supostos desentendimentos numa incompatibilidade. mesmo numa

inimizade entre os países livres da comunidade norte-americana". o Que. segundo ele.

estaria "bem longe de se verificar" (Bonavides; Amaral. doe. 240.1). Mesmo Que

esclarecesse Que ainda não tinha um plano alternativo detalhado. JK já deixava

transparecer o espírito da OPA. Quer seja. a única alternativa para o pan-americanismo e para a manutenção dos países pobres no rol do "mundo livre" seria a vitória sobre o

subdesenvolvimento. A resposta do Presidente norte-americano Owight Eisenhower.

ainda Que não incisiva - referindo-se à tomada "de medidas Que determinem. através

de todo o continente. uma reaflrrnação de devotamento ao pan-americanismo e um

melhor planejamento na promoção dos interesses comuns e do bem-estar de nossos

diferentes países" (Bonavides; Amaral. doc. 240.2) - viria a encorajar a gestão JK a

aprofundar a proposta de um novo modelo nas inter -relações americanas.

Nas palavras do próprio JK. num livro de "memórias". a respeito de seu governo.

os princípios da OPA poderiam ser resumidos em um. ou seja. o desenvolvimento

efetivo de cada nação americana. visando a diminuir a diferença entre os padrões

econômicos. a capacidade técnica. o estágio cultural. a autonomia política interna de cada país da América. no conjunto continental. Segundo o Presidente. o intento estava ligado a possibilitar uma proporção alta e conveniente a todos. no desenvolvimento de

cada nação americana. uma vez Que o próprio Programa de Metas fora todo

baseado na doutrina do desenvolvimento. ou em sua contrapartida. a luta contra o

subdesenvolvimento. destacando daí uma "coerência". bem como a continuidade em

Suaação política e administrativa. de modo Que o sentido Que imprimira à administração

nacional no seu cütnoüênío de governo teria sido o mesmo Que pleiteara fosse

efetivado no Quadro do continente por meio da OPA (Oliveira. 1962. p. 172-173).

Assim. as linhas gerais da política exterior da época refletem a visão de conjunto

da gestão JK. ouer seja. a defesa do desenvolvimento econômico dos povos

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subdesenvolvidos, Que deveriam ser financeiramente assistidos, a consolidação do

prestígio do Brasil no contexto continental e a manutenção do apoio aos Estados

Unidos e ao Ocidente no conflito Leste-Oeste, entre outros (Bueno, 1994, p. 76-77). O discurso realizado pelo Presidente da República em 20 de junho de 1958.

"sobre a presente situação interamericana", constitui-se em verdadeira exposição de

motivos acerca da Operação Pan-AmericanaI, apresentando no documento as

motivações e os intentos Que levaram à edificação daouela tendência de política

externa. Primeiramente. era manifestada uma das mais tradicionais características dos empreendimentos brasileiros a respeito de relações exteriores. Quer seja, a necessidade

de o paísconouístar um respeitável espaço no contexto internacional. Segundo essa

perspectiva, era "chegada a hora de um pronunciamento claro e sincero do Brasil em

relação a alguns assuntos de política internacional", ou seja, tornava-se necessário Que o país manifestasse - "com maior calor e objetividade" do Que tinha feito até então _

seu pensamento sobre o debate Que vinha se travando "entre as forças Que, dividindo o

mundo, se defrontam e se ameaçam, e ora se aproximam, ora se afastam.

transformando a época em Que vivemos num tecido de inouietações e sobressaltos".

Nessa linha, acreditava-se ser "inadmissível Que uma nação como esta não tenha Que

opinar com maior autoridade naojiilo Que põe em permanente perigo a existência das sociedades humanas, uma vez Que estão em jogo necessariamente também os nossos interesses mais vitais".

Nessa perspectiva. explicava-se Que não era possível Que o país continuasse numa atitude alheia aos acontecimentos, "mais como assistente do Que participante do

desenrolar de um drama em cujas co n seq ü ên cias estaremos envolvidos, como se nele

tivéssemos atuado de forma ativa". A visão de Que a OPA constituía-se numa vertente alternativa ao alinhamento automático aos Estados Unidos também ficava evidenciada

no documento, ao afirmar-se Que o país já atingira "um grau no plano espiritual e

material, Que é forçoso reconhecer-se-lhe, não apenas o direito, mas a obrigação

de fazer-se ouvido", de maneira Que não poderia "ele continuar aceitando

passivamente as orientações e os passos de uma política com a Qual não é cabível

esteja apenas solidário de modo Quase automático, solidário por hábito ou simples

conseoüêncla de posição geográfica". A partir desta idéia, reivindicava-se Que o Brasil

tinha o "direito de opinar e colaborar efetivamente", pois isto significava o "imperativo da nação Que se sabe adulta e deseja assumir a plenitude de suas responsabilidades numa política Que é a sua própria".

No Que tange à solidariedade hemisférica, a política externa proposta pela

administração JK considerava Que era necessária uma visão global para a mesma e não

I Todas as citações referentes ao citado documento foram elaboradas a partir de: OPERAÇÁO PAN-AMERlCANA - Discurso do Excelentíssimo Senhor Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, de 20 de junho de 1958, sobre a presente situação interamericana.

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particularizada, pretendendo Que o Brasil fosse um colaborador nessa mudança de

perspectiva de "um entendimento geral e efetivo entre os países irmãos do continente".

alegando não estar fazendo reivindicações isoladas, nem almejando oualouer tipo de

liderança nesta caminhada. Negando séculos de rivalidades, o discurso presidencial

propunha um novo ideal pan-arnericano, afirmando Que "não medram entre nós

competições de prestígio", devendo todos visar "a um esforço conjunto para o fim

exclusivo de transformar o pan-arnerícanísmo em realidade viva, numa política de ardente fraternidade e de indestrutível unidade continental", para o Que seria preciso

-tendo em vista "a possibilidade de êxito de uma empresa tão grande como esta, Que

pretende a revisão de toda uma política" - concentrarem-se os países "na energia

pertinaz e no desprendimento dos egoísmos",

A argumentação chaveem direção a um novo tratamento de parte dos Estados

Unidos para com a América Latina, à semelhança do apoio concedido à recuperação

européia, também se fez presente no discurso sobre a OPA, fazendo uma analogia

entre "reconstrução" - no caso da Europa - e "desenvolvimento" - para a América.

Segundo essa perspectiva. não seriam achados, "nas páginas da história universal.

exemplos de assistência tão desinteressada Quanto a do Plano Marshall e dos

programas de ajuda e de empréstimo executados pelo Governo dos Estados Unidos. logo após o término da Segunda Guerra Mundial"; de modo Que se tornava importante destacar "Q].IeQuase toda a ênfase foi posta na

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r e c o n s t r u ç ã o , sem Que suscitasse igual

interesse o seriíssimo problema do d e s e n v o l v i m e n t o dos países de economia ainda

rudimentar". Nesse sentido, reclamava-se Quanto a um verdadeiro abandono da

potência norte-americana para com a América Latina, a Qual também tivera sua

participação no último confronto mundial. Argumentava-se Que, nos "treze anos Que

se seguiram ao fim da luta contra o totalitarismo, os Estados Unidos voltaram o melhor de sua atenção e recursos para os pontos do globo onde mais acesa se apresentava a

disputa Leste-Oeste". de modo Que a "América Latina, Que também contribuíra para

a vitória democrática, viu-se, em pouco, em situação econômica mais precária e aflitiva

do Que a das nações devastadas pela guerra", passando a constituir o "ponto mais

vulnerável da grande coligação ocidental".

Segundo a versão dos promotores da OPA, a função básica dessa política era a

de advertir Quanto aos riscos Que o subdesenvolvimento vinha trazendo aos países

pobres, em constante ameaça e mal ao "verdadeiro" pan-arnerícanismo. Nesse sentido, afirmava-se Que não se poderia "prestar maior serviço ao ideal pan-arnerícano do Que o

de tentar eliminar a sua grande chaga - o subdesenvolvimento". De acordo com a

concepção Q].Ieorientava a OPA, não seria possível coadunar as idéias de democracia - como oposição ao "mundo socialista" - com a pobreza generalizada Que campeava

nos países latino-americanos, argumentando-se Que seria difícil "difundir o ideal

democrático e proclamar a excelência da iniciativa privada no mundo, Quando em

nosso hemisfério predominam condições econômico-sociais, reflexos do

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subdesenvolvim ento, conducentes do estatism o". N a m esm a linha, explicava-se Q .lJe

tam bém não era "justo nem concebível Q U e nos intitulem os defensores e nos

declarem os dispostos a lutar pela m oral cristã, se não fizerm os um esforço no sentido

de erradícar o sofrim ento Q ue pesa sobre tantas vidas".

O discurso sobre a situação interam ericana considerava Q U e a verdadeira

solidariedade hem isférica não seria possível enouanto perdurassem as desigualdades

entre os países do continente am ericano, declarando-se não haver crédito em "algum a

possibilidade de êxito em fundarm os um a sólida união, se diversos elos da cadeia

continuarem tão desigualm ente resistentes". O s perigosos exem plos do "m undo

socialista" m ais um a vez seriam retom ados para justificar a necessidade de providências

para aplacar a pobreza latino-am ericana, afirm ando-se Q ue não havia "tem po a perder,

nem gastos irreprodutivos no com bate à doença do subdesenvolvim ento", lançando-se

por argum entos Q ue, "se procedentes alguns cálculos Q ue apresentam índices

im pressionantes de um crescente desenvolvim ento dos países opostos ao nosso

sistem a dem ocrático, não há de fato im prudência m aior do Q ue a de não atacar

de frente a anem ia econôm ica Q ue debilita zonas inteiras deste lado do m undo".

D esse m odo, Q uanto a essas regiões, considerava-se Q ue saneá-Ias, "revigorá-Ias,

torná-Ias m ais prósperas eouívale a usar m edidas preventivas e estratégicas de grande

sabedoria, alcance e segurança".

A identidade com o pensam ento desenvolvim entista ficava ainda m ais

evidenciada Q uando o discurso presidencial fazia referências à necessidade de m aior

alocação de capitais investidos na A m érica L atina, defendendo-se Q ue "deveria ser

intensificado o investim ento pioneiro em áreas econom icam ente atrasadas do

continente, a fim de contrabalançar a carência de recursos financeiros internos, e a

escassez do capital privado". A lém disso, apontava-se para o fato de Q ue,

"sim ultaneam ente, para m elhorar a produtividade e, por conseguinte, a rentabilidade

desse investim ento, desdobrar-se-iam os program as de assistência técnica", bem

com o, "de igual significação e de grande urgência seria a adoção de m edidas capazes

de proteger o preço dos produtos de base das excessivas e danosas flutuações Q ue o

caracterizam ". A s políticas dos órgãos de fom ento tam bém deveriam ser revistas, de I

acordo com a proposta da O P A , sugerindo-se a necessidade de se "atualizar os

organism os financeiros internacionais, m ediante am pliação de seus recursos e

llberalízaçâo de seus estatutos, com o objetivo de facultar -Ihes m aior am plitude de ação".

O apelo à luta contra o subdesenvolvim ento com o arm a única da "causa

ocidental", contra o perigoso inim igo ideológico advindo da G uerra F ria, consistia no

argum ento de legitim ação fundam ental da O P A . D estacava-se Q ue "consentir Q U e se

alastre o em pobrecim ento neste hem isfério é enfraouecer a causa ocidental", ou seja,

"não recuperar, para um nível de vida com patível com os foros da dignidade hum ana,

criaturas Q ue englobam os na denom inação de povos irm ãos - é sem ear m ales em terreno propício para as m ais perigosas germ inações". S egundo essa form a de pensar,

168 B lb lo s. R io G ran d e. 1 5 : 1 6 3 · 1 7 3 .2 0 0 ),

a m aior responsabilidade na vitória contra o subdesenvolvim ento estava nas m ãos das

"nações m ais avançadas", sendo, portanto, "preciso Q ue os m ais favorecidos se

dediQ U em a essa causa de fundam entos políticos, éticos e econôm icos", devendo, para

tanto, form ar-se "um am biente continental receptivo, um a atm osfera de com preensão

capaz de suprim ir resistências negativas provocadas por longa intim idade com a

desesperança". D essa m aneira, o discurso presidencial exortava Q ue "não há m issão

m ais elevada do Q ue essa", pois "não há m ais nobre cruzada para os Q ue se tornaram

poderosos e fortes graças ao espírito de iniciativa e ao trabalho criador".

C onclusivam ente, o discurso Q U e explicava a O P A voltava a apelar para o risco

de "doutrinas estranhas" encontrarem cam po fértil advindo do subdesenvolvim ento,

além disso ficava evidenciada a visão etapista de desenvolvim entism o, pela Q ual o país

deveria Q ueim ar etapas - a oualouer preço - em direção ao "progresso". N esse

sentido, determ inava-se Q ue "ninguém duvida de Q ue as nações deste continente

saberão encontrar um dia a sua redenção econôm ica, m esm o Q ue não se efetive a

operação de unidade e colaboração m útua com o a Q ue se tenta planejar"; porém ,

longo seria "o cam inho e m uitas gerações serão sacríflcadas num a penosa espera",

abrindo-se possíveis arestas pelas ouals "a causa ocidental sofrerá inelutavelm ente se

lhe faltar apoio no próprio hem isfério em Q ue o avanço do sistem a m aterialista

encontra resistências m orais m ais decididas". A rgum entava-se Q ue aquele tipo de

pan-arnericanlsrno ali pregado seria a única arm a na luta contra as ideologias do

"m undo oriental", afirm ando-se Q ue não deveria haver ilusões, um a vez Q ue

"é im possível em penharem -se num a m esm a cam panha, integrarem -se no m esm o

com bate, povos de condições de vida tão díspares e fazê-los adotar os m esm os

valores, e experim entar as m esm as reações diante de certas ocorrências e doutrinas".

F inalm ente, apontava-se para o fato de Q ue as idéias ali expressas poderiam constituir

um a das únicas alternativas da continuidade do conjunto dos países latino-am ericanos

no rol das nações pertencentes ao "m undo livre", declarando-se Q ue "um a verdade Q ue

necessita ser reconhecida e proclam ada enquanto é tem po" era a de Q ue "a união das

A m éricas, além de um ideal, é um im perativo da nossa sobrevivência".

A ssim , resum idam ente, os objetivos básicos da O P A foram a reaflrrnação dos

princípios de solidariedade hem isférica; o reconhecim ento do subdesenvolvim ento

com o um problem a de interesse com um ; a adaptação dos órgãos de fom ento à ação para acelerar a luta contra o subdesenvolvim ento; a assistência técnica para aum ento

da produtividade; as m edidas para estabilizar o m ercado de bens prim ários; a

reaflrrnação da iniciativa privada na luta contra o subdesenvolvim ento: e a revisão de

cada país de suas políticas fiscais e econôm icas com o p~ bpósito de assegurar m eios

de prom over o desenvolvim ento econôm ico

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(Ouintanelró. 1988, p. 24). U m a vez colocada em prática com o um a tendência alternativa de política externa, a O P A geraria

certa polêm ica Q uanto a seus reais alcances. S egundo observação a m édio prazo, a

política exterior de

JK

traria com o resultados a form ação de um a C om issão E special

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junto à O E A . a criação do B IO . a instituição da A L A L C e. num prazo ainda m aior. a

reorientação da política norte-am ericana conhecida com o A liança para o P rogresso',

T am bém no Q ue tange aos resultados da O P A , são apontadas várias

contradições dessa política. A o visar com pelir os E stados U nidos a m odificarem

concretam ente os term os de suas relações com a A m érica L atina. a preocupação C om

a segurança do continente. explícita na O P A . constituía um a form a de buscar

sensibilizar os norte-am ericanos para os problem as do subdesenvolvim ento. com o

fator de instabilidade política e de am eaça aos regim es dem ocráticos. favorecendo a

expansão do com unism o. na m edida em Q ue gerava as condições para a revolução

social. N o entanto. havia um a enorm e discrepância entre a deflníção de segurança dos

norte-am ericanos para aouela sustentada pelo B rasil. pois. para os E stados U nidos. a

segurança da A m érica L atina consistia. essencialm ente. na defesa de seus interesses no

Q ue tange à proteção das fontes de m ateriais estratégicos. bem com o das linhas de

acesso a elas. a fim de garantir o abastecim ento de suas indústrias.

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Qualquer iniciativa Q ue porventura afetasse esses interesses era considerada com o hostil e confundida

com um a am eaça à segurança. P or outro lado. o desenvolvim ento pretendido pelo

B rasil. com o condição de segurança nacional e coletiva. im plicava a adoção de algum as

diretrizes contrárias. de um m odo ou de outro. aos interesses particulares dos E stados

U nidos. cujas políticas econôm icas. orientadas tão-som ente pelo egoísm o nacional.

estavam a solapar as próprias bases do sistem a capitalista. ao perm itirem e/ou m esm o

concorrerem para a coexistência da extrem a riqueza e da extrem a m iséria nas A m éricas

(B andeira. 1989. p. 86-88).

N esse sentido. podem ser observados vários lim ites em relação ao conjunto

dos intentos alm ejados pela O P A , revelando-se as próprias lim itações de um a proposta

advinda de um país periférico em relação a um a potência hegem ônica. A repercussão

da proposta na A m érica L atina. causada pelo peso do B rasil e o prestígio granjeado

por

JK.

criou a nece-ssidade de se m andar ao país o próprio S ecretário de E stado

norte-am ericano. o Q ual veio "explicar" de novo a doutrina vigente da G uerra F ria.

segundo a Q ual os latino-am ericanos precisavam m esm o era de segurança

policial-m ilitar para copolicial-m bater a subversão com unista. de m odo Q ue. nos em bates diplom áticos.

2 Segundo Cervo e Bueno: O resultado imediato da OPA foi a constituição da Comissão Especial dos

representantes dos 2 I membros da Organização dos Estados Americanos. Outra resposta a essa política exterior foi a criação de uma instituição regional de financiamento. o Banco lnteramericano de Desenvolvimento (BID), com capitais destinados ao financiamento eà assistência técnica. Relaciona-se também àOPA a criação da Associação Latino-Americana de Livre Comércio. com os objetivos de garantir a estabilidade e a ampliação do intercâmbio comercial. o desenvolvimento de novas atividades. o aumento da produção e a substituição das importações dos países não-membros. não se tratando, no entanto, de uma união aduaneira. Finalmente, inter-relacionada à OPA. como uma resposta mais tardia, esteve a lrnplernentação da política norte-americana da Aliança para o Progresso. pela Qual. tendo em vista os acontecimentos em Cuba. os Estados Unidos passaram a dar maior atenção aos problemas latino-americanos (Cervo; Bueno, 1992, p. 260-262).

170 B íb lo s. R io G ran d e. IS : 1 6 3 -1 7 3 .2 0 0 3 .

JK

obteve algum as peouenas satisfações. m as no conjunto a O P A revelou-se inviável. N o entanto. isso não levou o presidente a um a radicalização antinorte-am ericana

condição im pensável tendo em vista a tradicional dependência brasileira para com a

hegem onia estadunidense (M aranhão. 1988. p. 95-96).

N esse sentido. havia m uito de ilusão no Q ue pretendia

JK.

um a vez Q ue o

im perialism o norte-am ericano jam ais patrocinaria. conscientem ente. a industrialização

do B rasil ou de oualouer outro país da A m érica L atina. naouelas circunstâncias. D essa

m aneira. não havia possibilidade de outro P lano M arshall. além do Q ue a instalação do

C om itê dos 21. criado para desenvolver a O P A , trouxera o desengano. pois os

E stados U nidos prom eteram cooperação econôm ica. m as não especificaram oualouer

m edida transcendental. com o as delegações latino-am ericanas esperavam . N o m esm o

sentido. o B rasil pretendia Q ue os E stados U nidos aprovassem sensacional política e se

com prom etessem em levar avante gigantesco program a de assistência. a longo prazo.

aos países da A m érica L atina. entretanto os estadunidenses desejavam apenas discutir

projetos específicos (com o a criação do B IO ). a cooperação técnica e a form a de

am pliar a corrente de investim entos privados para as zonas m enos desenvolvidas.

A ssim . além da fundação do B IO . o G overno de W ashington restringiu-se a prom eter

apoio m oral e m aterial à criação de um m ercado com um latino-am ericano. e som ente a

conjuntura histórica advinda da R evolução C ubana traria algum as m odificações nesta

política para com a A m érica L atina (B andeira. 1978. p. 389-390). D essa form a. nem

m esm o o apelo à salvação do "m undo livre" traria m aiores resultados. de m odo Q ue.

m algrado os constantes avisos sobre a "ação desagregadora da m iséria" e a respeito do

uso Q ue "as ideologias m aterialistas" dela poderiam fazer. a proposta só com eçou a

receber atenção depois do m ovim ento cubano (Q uintaneiro. 1988. p. 27).

A ssim . a O P A se inseriria nos Q uadros da política desenvolvim entista

[uscelinista, calcada na idéia de Q ].Jeo desenvolvim ento consistia em fator fundam ental

à defesa dos valores dem ocráticos. m as flcaría dem arcada em seus resultados pela desigual relação de forças entre o proponente e o alvo principal da proposta. ou seja.

no prim eiro caso. o B rasil. e no segundo. os E stados U nidos. desigualdade essa Q ue

flcaría evidenciada m esm o com a nova política externa colocada em prática pelos

E stados U nidos com a A liança para o P rogresso'. A proveitando-se do espantalho

~~

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lA respeito da ideologia desenvolvimentista. da OPA. dos resultados desta, e de suas relações com a Aliança para o Progresso, Miriam Limoeiro Cardoso afirma: A comparação com os povos adiantados (... ) contribui para formar nos subdesenvolvidos a percepção da sua precariedade, o oue é para eles difícil de aceitar. O despertar das regiões pobres para a sua situação no mundo não é um processo sem

conseoüêncías. nem estas são simples e inteiramente controláveis. Desencadeia um profundo mal-estar

social, bastante próximo da lntranoüilldade política. ainda mais ouando política e ideologicamente aproveitado. o Que não raro se verifica (... ). Este tipo de compreensão do problema do subdesenvolvimento faz com QlJe o governo se colooue a necessidade de atuar no sentido de impedir Que aouela tntranoüllídade possa vir a ser canalizada de forma organizada. possa vir a se constituir em força perturbadora. Épreciso atacar o mal. e na perspectiva juscelinista a melhor forma de fazê-to é atacando-o pela raiz. Se é a

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comunista, ou seja, diante do clima de Guerra Fria,

JK

buscou demonstrar Que a pobreza e o atraso trariam por

ponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

conseoüêncías arestas pelasouaís poderiam traspassar rescwícios de doutrinas "estranhas", "estrangeiras", "subversivas", "esQuerdizantes"

entre vári~s outras denominações típicas da época, ou seja, idéias Que poderia~

ameaçar o mundo "livre", "cristão" e "ocidental". Nesse sentido, os promotores da OPA defendiam Que a potência norte-americana deveria fomentar (não só ideologicamente,

mas também financeira e tecnicamente) um novo pan-americanismo, em outras

palavras, sustentar o avanço econômico dos países latino-americanos. A OPA, dessa forma, restringia-se a seu caráter de política alternativa - e jamais de ruptura - para

com os Estados Unidos, não se opondo à natureza de hegemonia/submissão Que

orientava as inter -relações brasileiro-estadunidenses.

A nova proposta adotada a partir de 1958 para dirigir os rumos da política

exterior brasileira traduzia em si um projeto mais amplo. correspondente à conjuntura

das práticas desenvolvimentistas colocadas em vigor à época da administração JK.

De acordo com esse plano, o progresso econômico era a única alternativa para

resolver os problemas nacionais e vencer a pobreza crônica Que assolava os países

subdesenvolvidos. Nesta busca desenfreada pelo desenvolvimento. a orientação das

relações exteriores também apresentaria transformações com a criação da OPA, conjunto de princípios Que visava a cooperação econômica através da solidariedade hemisférica. Nesse sentido, essa proposta pan-americanista inseria-se a contento na perspectiva de um desenvolvimento com ordem e com segurança, ou seja. o progresso como alternativa

para impedir o incremento de ideologias "estranhas" e "não-democráticas". Assim, a

OPA, em suas intrínsecas relações com o contexto histórico da época de sua execução.

viria a constituir-se em mais uma das facetas do desenvolvimentismo juscelinista.

REFERÊNCIAS

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SRQPONMLKJIHGFEDCBA

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inferioridade econômica Que dá margem ao surgimento destas alterações, para preveni-Ias deve-se tudo fazer para o fortalecimento econômico das nações sujeitas àouele processo. (... ) Parece Que uma análise desse tipo é Que fundamenta muito da orientação desenvolvimentista. A OPA parte de concepções como esta, mostrando uma percepção política acurada, capaz de se adiantar aos próprios fatos, o Que nem sempre acontece com as nações dominantes, Quando dados novos passam a reclamar reoríentaçâo de políticas. Assim é Que o funcionamento efetivo da OPA através da nova formulação em Que os princípios Que defende são postos em prática - com a Aliança para o Progresso, proposta pelo governo norte-americano - só ocorre quando acontecimentos importantes marcam a esfera internacional, como o caso cubano. O QlJe parece constituir a diferença entre as duas propostas - a OPA e a Aliança para o Progresso - é a perspectiva de Que partem, a primeira fundada no econômico, apresentando uma finalidade política; a segunda voltada primordialmente para as garantias políticas, consideradas como elementos indispensáveis à manutenção e expansão do poderio econômico ocidental. Não é de estranhar Q!Je a OPA tenha sido proposta pelos países subdesenvolvidos e a Aliança para o Progresso pelos Estados Unidos (Cardoso, 1978, p. 131-133).

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