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Análise cientométrica do SNDIJ – Seminário Nacional de Documentação e Informação Jurídica :: Brapci ::

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Maria Fernanda da Silva Gualberto Michely Jabala Mamede Vogel

Estudo cientométrico que analisa as temáticas abordadas no Seminário Nacional de Documentação e Informação Jurídica (SNDIJ). Utilizando-se a pesquisa exploratória, que tem como função reunir todos os dados e informações necessárias para a construção dos gráficos informativos, e foi a partir dessa análise que foi possível acompanhar o crescimento ou o declínio de áreas estudadas, assim como, identificar os campos que necessitam de maiores suportes para melhor avançarem.

Palavras-chave: Seminário Nacional de Informação e Documentação – análise cientométrica. SNDIJ. Biblioteconomia Jurídica. Documentação Jurídica. Informação Jurídica.

A scientometric study of Seminário Nacional

de Documentação e Informação Jurídica

A scientometric study that analyzes the themed approached on the National Seminar of Legal Information and Documentation. Using the exploratory research, which has the function of gathering all the data and information necessary for the construction of informative charts, and it was from this analysis that it was possible to follow the growth or the decline of the studied areas, as well as to identify the fields who need more support to better advance.

Keywords: National Seminar of Legal Information and Documentation - scientometric study. Law Librarianship. Legal Documentation. Legal Information.

Trabalho originalmente apresentado ao curso de Biblioteconomia e Documentação, da Universidade

1

Federal Fluminense, como requisito parcial para finalização do curso.

M

emó

ria

M a r i a F e r n a n d a d a s i l v a Gualberto

D i s c e n t e d o c u r s o d e

B i b l i o t e c o n o m i a e

Documentação, Universidade Federal Fluminense.

fernanda_gualberto@hotmail.com

Michely Jabala Mamede Vogel

Graduação em Biblioteconomia e D o c u m e n t a ç ã o ( 1 9 8 7 ) , graduação em História (1996) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1997); doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2012).

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1 INTRODUÇÃO

É por meio da informação jurídica que integrantes de um grupo social passam a ter conhecimento de suas obrigações, direitos e deveres, exercendo assim a cidadania.

A informação jurídica é evidenciada em um esquema informacional triangular composto por: legislação, jurisprudência e doutrina, assim como menciona Passos (2009) ao afirmar que a informação jurídica é gerada, registrada e recuperada, em três formas distintas: a normativa (legislação), a interpretativa (jurisprudência) e a analítica (doutrina). Conceitualmente os componentes deste tripé informacional são definidos da seguinte forma: Legislação é o conjunto de leis e atos normativos emanados de autoridades competentes. Náufel (1988) complementa conceituando legislação como "conjunto de normas jurídicas de caráter coercitivo sobre determinada matéria. Totalidade das leis de um Estado ou de determinado ramo do direito". Por seu lado, a jurisprudência é o conjunto de decisões judiciais dos tribunais sobre determinada tese jurídica, revelando, orientando e concluindo pelos fins adotados pela própria. Conforme relatado por Diniz (2005, p. 295):

O termo jurisprudência está aqui sendo empregado como o conjunto de decisões uniformes e constantes, dos tribunais, resultantes da aplicação de normas a casos semelhantes, constituindo uma norma geral aplicável a todas as hipóteses similares ou idênticas. É o conjunto de normas emanadas dos juízes em sua atividade jurisdicional.

Em relação à doutrina, Venosa (2005, p. 156) ensina que “a doutrina atua diretamente sobre as mentes dos operadores jurídicos por meio de construções teóricas que atuam sobre a legislação e a jurisprudência”. Já para Barros (2004), a doutrina é, em sua maior parte, elaboração teórica sobre outras fontes, tal como a jurisprudência, embora constitua indiscutível fonte firmadora em face das instituições principiantes.

O objetivo do presente estudo é mapear as informações do Seminário Nacional de Documentação e Informação Jurídica (SNDIJ) para verificar as temáticas discutidas, utilizando campos distintos, tais como o Direito e a Biblioteconomia. Sendo uma pesquisa teórica de caráter exploratório com aplicação da Cientometria.

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A presente pesquisa define-se como exploratória, pois tem como função “reunir dados, informações, padrões, ideias ou hipóteses sobre um problema ou questão de pesquisa com pouco ou nenhum estudo anterior” (BRAGA, 2007, p. 25). No entanto, essa pesquisa também se caracteriza como descritiva, pois o seu objetivo é de “identificar as características de um determinado problema ou questão e descrever o comportamento dos fatos e fenômenos” (BRAGA, 2007, p. 25).

Para a constituição do corpus da pesquisa, foram utilizados como fonte de informação os anais dos Seminários Nacionais de Documentação e Informação Jurídica. Assim, foi feita uma análise descrevendo o conteúdo apresentado. Da mesma forma, foi verificado o tipo de conteúdo ausente e que poderia ser interessante ser abordado nessas apresentações, identificando alguns desafios encontrados pelos bibliotecários jurídicos e evidenciando algumas das exigências, necessidades e dificuldades no mercado de trabalho dos bibliotecários jurídicos.

Operacionalmente, para cada trabalho foi atribuído um ponto, e a filiação de seus autores foi observada. Quando um trabalho teve duas ou mais instituições indicadas na sua filiação, o ponto do trabalho foi dividido entre as instituições mencionadas.

A análise foi realizada a luz dos estudos métricos de informações, especificamente da Cientometria: trata-se da medida quantitativa do conjunto das atividades científicas, válida para todas as disciplinas indistintamente. Seus dados incluem os montantes investidos na pesquisa-desenvolvimento, a formação do profissional de ciência e a produção de artigos e certificados. Concentra-se especificamente sobre a ciência (e as ciências sociais e humanas). Para Spinak (1998, p.143), a Cientometria pode ser considerada um instrumento da sociologia da ciência, pois utiliza técnicas matemáticas e análises estatísticas para investigar as características da produção científica.

A Cientometria tem uma grande capacidade de aplicabilidade. A partir da análise pode-se acompanhar o crescimento ou o declínio de áreas da ciência, e também podem identificar os campos que necessitam de maiores suportes para melhor avançarem.

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métricas possibilitam uma visão mais globalizada da atividade científica do próprio país, como determinar sua posição relativa num contexto internacional e, por consequência, elas facilitam a tomada de decisões por parte dos responsáveis pela política científica daquele país.

Existem campos como o de governo e instituições que têm mostrado um grande interesse em aplicar este conhecimento para poderem identificar déficits, utilizando os indicadores científicos ajudando-os a tomarem decisões quanto às áreas de pesquisa com necessidade imediata de maiores suportes financeiros e humanos.

3 EVENTOS NA COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

A comunicação científica é um processo indispensável para o desenvolvimento da ciência (ZIMAN, 1979; SANTANA, 1999; GALDINO, 2004). É por meio da comunicação científica que se realiza a divulgação dos novos conhecimentos produzidos aos demais membros da comunidade acadêmica. A importância dessa comunicação se dá em dois níveis: 1) aumenta o conhecimento disponível para a humanidade, isto é, a base universal do conhecimento científico; e 2) possibilita que os autores de trabalhos científicos recebam o devido reconhecimento por parte de seus pares, e isso ocorre, em grande proporção, por meio de citações recebidas.

A opção e utilização dos canais de comunicação dependerão, em grande medida, do grau de formalização da pesquisa (GALDINO, 2004). Assim, quando em andamento, com a presença de resultados iniciais e parciais da pesquisa, o pesquisador fará a opção pelos canais informais que possibilitam maior interação entre pesquisadores de sua área de conhecimento. Ao término da pesquisa, a escolha recairá pelos canais formais de comunicação, pois estes contribuem para o conhecimento cumulativo daquela área.

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Segundo Targino (2000, p.18), para realizar a difusão de seus trabalhos, os cientistas utilizam-se de recursos que vão desde a comunicação informal até os recursos eletrônicos, utilizando esses recursos, não de forma excludentes, mas sim de forma complementar. E, em diversos momentos, à comunicação informal é introduzido um componente formal.

Os eventos científicos compõem-se de importantes canais de comunicação da ciência, embora as publicações de trabalhos completos e resumos apresentados nos eventos não tenham o mesmo status de outros tipos de publicações dos canais formais, especialmente o artigo científico, principalmente quanto à divulgação e acesso de seus anais. Porém, são nos eventos científicos que o colégio invisível se reúne e que novos temas de pesquisa são inseridos na agenda das comunidades de pesquisa e é também quando os novos entrantes nas áreas têm possibilidade de conhecer sua comunidade de pesquisa, o que está sendo produzido e para onde os trabalhos sinalizam as tendências futuras.

4 SEMINÁRIO NACIONAL DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO JURÍDICAS

"Os eventos científicos da Biblioteconomia Jurídica têm como objetivo congregar os bibliotecários jurídicos; estimular a pesquisa científica; transmitir conhecimento; ser palco para debates e prestação de contas; ser fórum para tomada de decisões e recomendações; lançar publicações, produtos e serviços." (COMITÊ…, 2017, p.6).

A bibliotecária Edilenice Passos, presidente da comissão organizadora das três primeiras edições, forneceu as informações por meio de contato que via por correio eletrônico de maio a julho de 2017, sobre a origem do Seminário Nacional de Documentação e Informação Jurídica:

O SNDJ é evento especializado realizado por bibliotecários jurídicos e para bibliotecários jurídicos. Anteriormente, os eventos para bibliotecários jurídicos privilegiavam palestrantes da área do Direito, com isso o SNDIJ procurou mudar esse formato. Foram realizadas quatros edições: da 1ª a 3ª edição, em Brasília, a 4ª foi realizada em Santa Catarina . 2

Surgiu do projeto da então presidente da Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal (ABDF), Iza Antunes, que idealizava um evento para os bibliotecários jurídicos, considerando que em Brasília estão as sedes das

A 5ª aconteceu em outubro de 2017, em Fortaleza (CE), e não foi incluída nesta pesquisa.

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principais instituições jurídicas do País. Posteriormente, o evento deixou de ser apenas da ABDF, ou seja, de ser realizado em Brasília, para ser realizado em qualquer localidade.

A importância do SNDIJ recai na sua capacidade de reunir os bibliotecários jurídicos de todo o País possibilitando a troca de experiências, conhecimento e informações.

Tendo como objetivo geral promover o intercâmbio de experiências dos profissionais bibliotecários, cientistas da informação e arquivistas que atuam nas áreas de informação e documentação jurídica. Já como objetivos específicos, promover palestras que proporcionem a conscientização da comunidade jurídica em relação à relevância da informação e da eficiente organização e disseminação da mesma, promover cursos sobre temáticas específicas da área jurídica, possibilitar o conhecimento sobre o trabalho desempenhado nas diversas instituições que lidam com a informação jurídica, servir como espaço para a discussão de experiências bem sucedidas, problemas e desafios identificados e formas de integração dos participantes.

São realizados vários eventos na área da Biblioteconomia Jurídica em diferentes estados brasileiros, utilizando variadas denominações. Para que a área tenha um evento consistente e conte com a participação de um número expressivo de bibliotecários, recomenda-se a continuação da realização de eventos, com intervalos regulares, de preferência com a utilização do mesmo nome, ou seja, Seminário Nacional de Documentação e Informação Jurídica. Mas, infelizmente, as entidades de classe não estruturam de recursos humanos ou financeiros para a realização regular do SNDIJ.

Na época da realização de todas as edições do SNDIJ, o evento é divulgado por todos os meios possíveis: websites, redes sociais, blogs, correspondência para associações e conselhos regionais de Biblioteconomia.

Trata-se, portanto, de um evento científico, mas também profissional, reunindo tanto pesquisadores como bibliotecários e profissionais ligados à Informação Jurídica.

5 RESULTADOS E ANÁLISES

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Com os dados coletados dos anais do SNDIJ foi possível produzir gráficos indicando quais as regiões com o maior índice de publicações e quais as filiações mais presentes, assim como quais os anos que foram publicados.

Ao fim da análise, encontramos 11 trabalhos de 2007, 14 de 2010, 12 de 2012, e 10 em 2013, ou seja, um total de 47 trabalhos apresentados. A seguir, apresentamos os dados referentes aos autores, filiação e regiões, e palavras-chave usadas nos trabalhos.

5.1 Autores mais produtivos

Nos 47 trabalhos apresentados nas quatro edições do SNDIJ, foram identificados 73 autores, 14 deles publicaram mais de um trabalho no período estudado. Destacam-se quatro autores, como os mais producentes no período, a saber:

• Nilcéia Lage de Medeiros, com cinco comunicações;

• Edilenice Passos e Maria Lucia Beffa, com quatro comunicações cada;

• Luciana Maria Napoleone, com três publicações.

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5.2 Análise da filiação institucional dos autores

Com relação à filiação dos autores, foram identificadas 30 instituições cujas siglas são descritas no Quadro 1.

Primeiramente, são apresentadas as análises por edição do evento depois e pelo acumulado dos quatro seminários. Em 2007, ano da primeira edição do SNDIJ, foram apresentados 11 trabalhos e identificadas 11 instituições as quais os autores eram filiados, conforme demonstra o Gráfico 2.

É importante frisar que a mesma quantidade de instituições e comunicações é coincidência. O mesmo trabalho pode ter autores filiados a diferentes instituições, tanto nesta edição do evento, como nas demais.

Quadro 1: Siglas das instituições

ALMG Assembleia Legislativa de Minas Gerais CD Câmara dos Deputados

CJF Conselho da Justiça Federal CNJ Conselho Nacional de Justiça

ECA/USP Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo EMRN Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte

FD/USP Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

FDRP/USP Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo FNH Faculdades Novos Horizontes

JFPR Justiça Federal do Paraná JFRJ Justiça Federal do Rio de Janeiro JNC JNC Advocacia S/C

MVMQ Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados PGE/RJ Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro

PUC-MG Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC-RJ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro RVLC Rolim, Viotti & Leite Campos Advogados

SF Senado Federal

STF Supremo Tribunal Federal STJ Superior Tribunal de Justiça

TJERN Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte TM Tribunal Marítimo

TRF3 Tribunal Regional Federal - 3ª Região TRT4 Tribunal Regional do Trabalho - 4ª Região TSE/DF Tribunal Superior Eleitoral/DF

UEL Universidade Estadual de Londrina UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UFPa Universidade Federal do Pará

UFPB Universidade Federal da Paraíba UnB Universidade de Brasília

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A Faculdade Novos Horizontes (FNH), com dois trabalhos, foi a instituição com mais autores apresentadores de trabalhos. Observe-se que 45,5% dos autores são oriundos de instituições de ensino; 45,5 são oriundos de instituições do Poder Judiciário e 9% de instituição do Poder Legislativo.

Em 2010, ano da segunda edição do seminário, foram apresentados 14 trabalhos, e igualmente foram identificadas 14 instituições, conforme o Gráfico 3.

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Em 2012, ano da terceira edição do SNDIJ, foram apresentadas 12 publicações, com 12 instituições filiadas, conforme o Gráfico 4.

Observe-se que a Câmara dos Deputados e Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, instituições que não são de ensino, destacam-se com dois trabalhos cada.

Em 2013, ano da quarta edição do SNDIJ, foram apresentadas 10 publicações, com 10 instituições, conforme o Gráfico 5.

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fato das instituições de ensino não publicarem tanto quanto deveriam, talvez pela falta especialistas em Informação Jurídica dentro das universidades. O que nos chama atenção, pois as próprias universidades deveriam ser o ponto de partida principal para que formassem profissionais capacitados para a informação jurídica também, já que muitas pessoas às vezes não fazem nem ideia de como lidar na área jurídica por meio da Biblioteconomia.

Ao final da análise das quatro edições do SNDIJ, identificamos que a filiação institucional dos autores é diversificada, pois inclui instituições de ensino, instituições do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. A dispersão das instituições pode ser vista e estudada no Gráfico 6.

As instituições que possuem mais autores participantes do evento foram Câmara dos Deputados, Faculdades Novos Horizontes, Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, Senado Federal, Superior Tribunal de Justiça e Universidade de Brasília.

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instituições de ensino, duas são do Legislativo e quatro são do Judiciário. Em 2010, quatro são intuições de ensino, seis são do Judiciário e três são do Legislativo. Já em 2012, quatro são intuições de ensino, cinco do Judiciário e dois do Poder Legislativo. Na última edição temos seis instituições de ensino, duas do judiciário e duas do legislativo.

5.3 Regiões

Trabalhos provenientes da Região Centro-Oeste tiveram o maior índice de publicações na primeira edição do evento, representando 46% (cinco) das publicações, como é apresentado no Gráfico 7.

Igualmente à primeira edição do evento, no segundo SNDIJ, foi identificado que a região Centro-Oeste manteve o

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A explicação, para a predominância de autores oriundos da Região Centro-Oeste, talvez resida no fato do evento ter sido sediado em Brasília. No Relatório Final (SEMINÁRIO, 2007), a mesma conjectura é feita sobre os participantes:

Profissionais das cinco regiões atenderam ao convite para participar do SNDIJ. O Distrito Federal, local onde foi realizado o Seminário, é eqüidistante de todas as regiões brasileiras, mas os entes federativos da Região Centro-Oeste com certeza levam alguma vantagem no quesito proximidade, isso talvez explique o fato de que 60% (89) dos inscritos sejam oriundos dessa Região.

Na análise das regiões de origem dos autores da terceira edição do seminário, diferentemente das duas primeiras edições do evento, foi identificado que a região Sudeste se sobressai representando 50% (seis) dos trabalhos apresentados, conforme o Gráfico 9. Desta vez, não havia nenhum autor das regiões Norte e Nordeste.

No exame das regiões de origem dos autores do quarto

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Em relação à origem dos autores que apresentaram trabalhos nas quatro edições do SNDIJ, temos a representação abaixo no Gráfico 11.

Assim, foi averiguado o que segue:

✓ nas duas primeiras edições do evento, que aconteceram em Brasília, a maioria

dos autores era da Região Centro-Oeste;

✓ na terceira e quarta edição do SNDIJ, que aconteceram em Brasília e

Florianópolis, a maioria dos autores era da Região Sudeste; Isso mostra que a localidade do evento aparentemente deixa de ser fator de influência para a quantidade de trabalhos;

✓ somente na primeira edição do evento, havia autores oriundos de todas as

regiões do País;

✓ as regiões que mais tiveram mais autores originários foram: Centro-Oeste com

destaque no ano de 2012 com seis publicações e Sudeste no ano de 2007 com cinco publicações, essas regiões tiveram representantes em todas as edições do SNDIJ.

5.4 Análise temática dos trabalhos apresentados no SNDIJ

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Por meio da apreciação das palavras-chave apresentadas pelos autores em seus trabalhos, foi possível conhecer a temática de cada trabalho. Contudo, é importante salientar que a primeira edição do evento não apresenta nos anais as palavras-chave das comunicações. Na segunda edição do evento (2010), dos 14 trabalhos, apenas nove apresentaram chave. Em 2012, um trabalho não apresentou palavras-chave. Finalmente, em 2013, todos os trabalhos apresentaram palavras-palavras-chave. Portanto, a análise foi feita em cima daquelas das edições de 2010, 2012 e 2013.

De acordo com o exame das palavras-chave, foi averiguado que os assuntos mais abordados são: biblioteconomia jurídica, gestão de documentos jurídicos, informações jurídicas, tecnologias e sistemas que auxiliam o profissional da área.

Em 2010, foram localizadas 41 palavras-chave. São destacadas as que foram mais citadas, a saber: com três ocorrências: Informação jurídica; com duas ocorrências: Gestão da informação, Gestão de documentos, Gestão do conhecimento.

Em 2012, foram coletadas 51 palavras-chave, porém nenhuma apareceu mais do que uma vez ao longo dos trabalhos.

Em 2013, foram detectadas 38 palavras-chave, sendo que apenas a expressão “DSPACE” apareceu duas vezes ao longo dos trabalhos.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo alcançou seu objetivo principal, que era a análise cientométrica, no qual os resultados foram identificados quanto ao número de trabalhos apresentados em cada edição do SNDIJ, a filiação institucional dos autores, a região de origem dos autores e palavras-chave utilizadas para indexar os trabalhos.

Em relação à região de origem dos autores, houve destaque para o Sudeste com 19 publicações e o Centro-Oeste com 17 publicações. As regiões Sul, Norte e Nordeste tiveram 3, 2 e 2 publicações, respectivamente.

Verificou-se que a temática abordada pelos autores nos trabalhos apresentados é bastante diversificada, o que reflete a riqueza de questões sobre as quais a informação jurídica pode suscitar. Mesmo assim, nota-se que alguns temas relevantes, como os sistemas utilizados pelo bibliotecário jurídico, as dificuldades no mercado de trabalho, o avanço do profissional dentro das empresas privadas, entre outros, estiveram ausentes, como objeto de pesquisa dos palestrantes.

Para pesquisas futuras, é considerável que se compare as temáticas estudadas com vocabulários controlados da área, analise as redes de coautoria, as citações, e compare o estudo com outros eventos da área da Biblioteconomia e da Ciência da Informação.

A partir deste estudo, é possível pensar em ações para a área da Biblioteconomia Jurídica:

✓ como mobilizar todas as regiões brasileiras a publicarem no evento;

✓ aumentar o número de edições;

✓ verificar se os autores que publicaram apenas uma vez voltam a publicar;

✓ identificar se os mais produtivos se mantêm nessa posição;

✓ os motivos para tal panorama;

✓ a área busca desenvolver-se a cada dia por meio de associações de

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desenvolvimento se reflete em um maior ou menor de número de trabalhos apresentados e suas razões; e

✓ finalmente, analisar as citações dos trabalhos pode contribuir para verificar

qual seria a bibliografia básica da Biblioteconomia Jurídica no Brasil.

Por fim, através da análise realizada para a elaboração do estudo, espera-se ter contribuído para área e com dados para fomentar a realização de futuros Seminários.

AGRADECIMENTOS

À FEBAB (Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários) pelo envio dos CD-ROMs com os anais do Seminário Nacional de Documentação e Informação Jurídica (SNDIJ) de 2007, 2010 e 2012 e à Edilenice Passos por todas as conversas por e-mail e por telefone para esclarecimentos sobre o SNDIJ.

REFERÊNCIAS

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DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, v. 7: Responsabilidade Civil. 19ª ed. rev. e atual. de acordo com o novo Código Civil e o Projeto de Lei 6960/2002. São Paulo: Saraiva, 2005.

GALDINO, Karina. Publicação formal dos trabalhos apresentados em eventos: análise cienciométrica das comunicações apresentadas dos GT’s do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 27., 2004, Porto Alegre, RS. Anais do... Porto Alegre: UFRGS, 2004. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/errata/galdino.pdf>. Acesso em:19 jun. 2017.

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PASSOS, Edilenice; BARROS, Lucivaldo Vasconcelos. Fontes de informação para

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SPINAK, E. Indicadores cienciometricos. Ciência da Informação, v.27, n.2, p.141-148, 1998.

SANTANA, Celeste Maria. Estudo dos canais de comunicação utilizados pela comunidade científica do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz – PqGM/FIOCRUZ, Salvador-Bahia, Brasil.

1999. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade de Brasília, Brasília, 1999.

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TARGINO, Maria das Graças. Comunicação científica: uma revisão de seus elementos básicos. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 10, n. 2, p. 18, 2000. VENOSA, Silvio de Salvo. Introdução ao estudo do Direito. São Paulo: Atlas, 2004.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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Recebido em: 09/11/2017 Aceito para publicação em: 20/11/2017

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Referências

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