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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO FITOTECNIA DOUTORADO EM FITOTECNIA ANA VERÔNICA MENEZES DE AGUIAR

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Academic year: 2021

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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO FITOTECNIA

DOUTORADO EM FITOTECNIA

ANA VERÔNICA MENEZES DE AGUIAR

CONSERVAÇÃO E QUALIDADE DO MARACUJAZEIRO AMARELO PRODUZIDO NA REGIÃO DE MOSSORÓ, RN

MOSSORÓ – RN

2018

(2)

CONSERVAÇÃO E QUALIDADE DO FRUTO E POLPA DO MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO PRODUZIDO NA REGIÃO DE MOSSORÓ, RN

Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Doutor em Agronomia/Fitotecnia.

Linha de Pesquisa: Tecnologia Pós-Colheita.

Orientador: Patrícia Lígia Dantas de Morais Co-orientador: Elizangela Cabral dos Santos

MOSSORÓ – RN

2018

(3)

ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

A282c Aguiar, Ana Verônica Menezes de.

Conservação e qualidade do fruto e polpa do maracujazeiro amarelo enxertado produzido na região de Mossoró, RN / Ana Verônica Menezes de Aguiar. - 2018.

108 f. : il.

Orientadora: Patrícia Lígia Dantas de Morais.

Coorientadora: Elizangela Cabral dos Santos.

Tese (Doutorado) - Universidade Federal Rural do Semi-árido, Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, 2018.

1. Passiflora edulis Sims. 2. pós-colheita. 3.

atmosfera modificada. 4. processamento mínimo. I.

Morais, Patrícia Lígia Dantas de , orient. II.

Santos, Elizangela Cabral dos , co-orient. III.

Título.

(4)

CONSERVAÇÃO E QUALIDADE DO FRUTO E POLPA DO MARACUJAZEIRO

AMARELO ENXERTADO PRODUZIDO NA REGIÃO DE MOSSORÓ, RN

(5)

Aos meus pais José e Eliane e ao meu esposo Roseano Medeiros pelo companheirismo e amor.

Ofereço

(6)

A Deus, pela saúde e força para enfrentar cada dia;

À Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), pela formação acadêmica e pela oportunidade de concluir o curso de Doutorado em Agronomia/Fitotecnia;

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) a ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da bolsa de estudos;

À Pós-Graduação em Fitotecnia e a todos aqueles que compõem o corpo docente pelos ensinamentos transmitidos;

A Professora Patrícia Lígia Dantas de Morais por ter me orientado e pelas grandes contribuições no enriquecimento deste trabalho;

A Professora Elizangela Cabral dos Santos pela orientação, paciência, conversas e amizade;

Aos membros da banca examinadora Pahlevi Augusto de Souza, Welder De Araújo Rangel Lopes, José Darcio Abrantes Sarmento e Vander Mendonça pelas valiosas contribuições e correções para o enriquecimento deste trabalho.

Ao laboratório de Pós-Colheita de Frutos e Hortaliças (CPVSA), especialmente as laboratoristas Lidiane Martins e Christiane Noronha e ao bolsista Alexandre Macedo, pela ajuda, paciência, conversas e amizade.

Ao Laboratório de Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita de Frutos (UFERSA), especialmente à laboratorista Naama Melo.

A Fazenda Mata Fresca Ltda. pela doação dos frutos.

Ao meu esposo Roseano Medeiros, que desde 2008 caminhamos juntos pelos caminhos que a agronomia nos leva. Pela sua paciência, amor, amizade e contribuições na minha vida pessoal e profissional;

Aos meus pais José Medeiros e Eliane Menezes pelo amor, carinho e sempre me incentivarem a estudar;

Aos colegas do curso de Pós-Graduação em Fitotecnia, pelo convívio e pela amizade conquistada ao longo do curso, especialmente a Isis Fernanda Silva Medeiros pelos momentos de descontração, pelas longas conversas e amizade.

Ao IFCE Campus Morada Nova, aos colegas de trabalho e amigos que conquistei,

especialmente Sherley Freire e Alan Cardoso. Agradeço pelos momentos de

companheirismo, muitas conversas e risadas. Aos meus alunos do curso em Técnico em

Segurança do Trabalho, especialmente a “Turma Sorte Ou Mérito” que foram

(7)

Enfim, a todos os familiares, amigos e colegas que direta ou indiretamente contribuíram por mais uma etapa concluída.

Muito obrigada!

(8)

Tenha coragem, e segue lutando a muito por amar, e Deus não pensa em deixar-te!

Se andam falando que a história acabou, a verdade é outra, apenas está começando!

(Padre Fábio de Mello)

(9)

O maracujá amarelo é um dos frutos mais produzidos e o terceiro suco mais consumido no Brasil. No entanto, a sua conservação e armazenamento ainda é alvo de estudos, por se tratar de um fruto que perde água facilmente, depreciando a sua aparência e sendo rejeitado pelo mercado do consumo in natura. O mercado do processamento mínimo de frutas e hortaliças se mostra promissor e o maracujá amarelo minimamente processado tem ganhado as prateleiras pois chama a atenção do consumidor pela praticidade e por poder avaliar a qualidade/aparência da polpa no momento da compra, porém é um produto de maior perecibilidade. Neste sentido o objetivo desta pesquisa foi caracterizar frutos de maracujazeiro amarelo em dois estádios de maturação produzidos na região de Mossoró – RN, avaliar o seu potencial de conservação e qualidade em atmosfera modificada em condição de temperatura ambiente e refrigerado e a polpa minimamente processada submetida a refrigeração e congelamento. No primeiro experimento, foram caracterizados frutos de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims.) enxertado, produzidos na região de Mossoró - RN, quanto aos aspectos físicos, físico-químicos e potencial antioxidante em dois estádios de maturação. Os frutos apresentaram massa, formato, rendimento de polpa e suco, espessura da casca, sólidos solúveis, acidez titulável e pH desejáveis para o consumo in natura como para a indústria em ambos estádios de maturação.

O teor de vitamina C foi menor quando comparados aos encontrados na literatura para frutos não enxertados. O teor de β-caroteno foi maior em frutos no estádio de maturação III. No segundo experimento, foi avaliado o potencial de conservação de fruto do maracujazeiro amarelo enxertado, submetido a atmosfera modificada e armazenados em temperatura ambiente e refrigerado. Os efeitos da temperatura de armazenamento afetam apenas a aparência do fruto depreciando-a, não interferindo na qualidade da polpa de maracujá amarelo e o uso da atmosfera modificada reduz a perda de água dos frutos. E no terceiro experimento, foram avaliadas a conservação e qualidade físico-químicas da polpa de maracujá minimamente processada, colhida em dois estádios de maturação, e submetido ao armazenamento sob refrigeração e congelamento. As polpas minimamente processadas de maracujá amarelo enxertado armazenadas à 5° ± 2º C e -18° ± 2º C mantiveram seu aspecto e qualidade dentro dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira até os 14 e 56 dias de armazenamento, respectivamente.

Palavras-chave: Passiflora edulis Sims, pós-colheita, atmosfera modificada, processamento

mínimo.

(10)

Yellow passion fruit is one of the most produced fruits and the third most consumed juice in Brazil. However, its conservation and storage are still the subject of studies, because it is a fruit that loses water easily, depreciating its appearance and being rejected by the market of consumption in natura. The market for the minimum processing of fruits and vegetables is promising and the minimally processed yellow passion fruit has gained shelves because it draws the attention of the consumer to the practicality and to be able to evaluate the quality/

appearance of the pulp at the time of purchase, however it is a product of greater perishability.

In this sense, the objective of this research was to characterize yellow passion fruit in two stages of maturation produced in the region of Mossoró - RN, to evaluate its conservation potential and quality in modified atmosphere under refrigerated ambient conditions and the minimally processed pulp submitted to cooling and freezing. In the first experiment, yellow passion fruit (Passiflora edulis Sims.) grafted in the region of Mossoró - RN, were characterized in terms of physical, chemical - physical and antioxidant potential in two maturation stages. The fruits presented mass, shape, pulp and juice yield, peel thickness, soluble solids, titratable acidity and pH desirable for in natura consumption as for the industry at both maturation stages. The vitamin C content was lower when compared to those found in the literature for ungrafted fruits.

The β-carotene content was higher in fruits at maturation stage III. In the second experiment, the conservation potential of grafted yellow passion fruit was evaluated, submitted to a modified atmosphere and stored at room temperature and refrigerated. The effects of storage temperature only affect fruit appearance by depreciating it, not interfering with the quality of the yellow passion fruit pulp, and the use of the modified atmosphere reduces fruit water loss. And in the third experiment, the physicochemical conservation and quality of the freshly processed passion fruit pulp, harvested at two maturation stages, and submitted to storage under refrigeration and freezing were evaluated. The minimally processed yellow passion fruit pulps stored at 5º ± 2º C and -18º ± 2º C maintained their appearance and quality within the standards established by Brazilian legislation up to 14 and 56 days of storage, respectively.

Keywords: Passiflora edulis Sims, postharvest, modified atmosphere, minimal processing.

(11)

ENXERTADO PRODUZIDOS NA REGIÃO DE MOSSORÓ, RN

Figura 1 – Sequência Hue e orientação do ângulo Hue no Diagrama CIELAB com a sequência das nuances de cores... 33 CAPÍTULO II – CONSERVAÇÃO DO FRUTO DO MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO SUBMETIDO A ATMOSFERA MODIFICADA E REFRIGERAÇÃO

Figura 1 – Sequência Hue e orientação do ângulo Hue no Diagrama CIELAB com a sequência das nuances de cores... 62 Figura 2 – Perda de massa (%) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25

°C ± 2 °C e 50% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 65 Figura 3 – Perda de massa (%) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10

°C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 66 Figura 4 – Enrugamento em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado submetidos

a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25 °C ± 2 °C e 50% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 67 Figura 5 – Aparência dos frutos de maracujazeiro amarelo enxertado submetidos a

atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25 °C ± 2 °C e 50% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 68 Figura 6 – Enrugamento em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado submetidos

a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10 °C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 69 Figura 7 – Aparência dos frutos de maracujazeiro amarelo enxertado submetidos a

atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10 °C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 70 Figura 8 – Espessura da casca (mm) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25

°C ± 2 °C e 50% ± 5% UR por 15 dias. Mossoró-RN, 2016... 71

(12)

°C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 71 Figura 10 – Acidez titulável (%) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10

°C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 73 Figura 11 – pH em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado submetidos a atmosfera

modificada e armazenamento a temperatura de 25 °C ± 2 °C e 50% ± 5%

UR. Mossoró – RN, 2016... 75 Figura 12 – Açúcares Totais (%) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25

°C ± 2 °C e 50% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 76 Figura 13 – Açúcares Totais (%) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10

°C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 76 Figura 14 – Vitamina C (mg 100 g

-1

) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25

°C ± 2 °C e 50% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 78 Figura 15 – Vitamina C (mg 100 g

-1

) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10

°C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 78 Figura 16 – Índice de degradação patogênica em frutos de maracujazeiro amarelo

enxertado submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25 °C ± 2 °C e 50% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 79 Figura 17 – Índice de degradação patogênica em frutos de maracujazeiro amarelo

enxertado submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10 °C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 80 Figura 18 – Cor - cromaticidade (C*) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura 25

°C ± 2 °C e 50% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 83 Figura 19 – Cor - cromaticidade (C*) em frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10

°C ± 2 °C e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 83

(13)

Figura 1 – Etapas básicas do processamento mínimo de frutas... 97 Figura 2 – Sólidos solúveis (%) em polpa de maracujazeiro amarelo enxertado,

colhido em dois estádios de maturação e submetido ao congelamento (-

18ºC ± 2ºC). Mossoró – RN, 2016... 101 Figura 3 – pH em polpa de maracujazeiro amarelo enxertado, colhido em dois

estádios de maturação e submetido ao congelamento (-18ºC ± 2ºC).

Mossoró – RN, 2016... 101 Figura 4 – Vitamina C em polpa de maracujazeiro amarelo enxertado, colhido em

dois estádios de maturação, e submetido ao congelamento (-18ºC ± 2ºC).

Mossoró – RN, 2016... 103 Figura 5 – Açúcares totais em polpa de maracujazeiro amarelo enxertado, colhido

em dois estádios de maturação, e submetido ao congelamento (-18ºC ±

2ºC). Mossoró – RN, 2016... 103

(14)

CAPÍTULO I – CARACTERIZAÇÃO DE FRUTOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO PRODUZIDOS NA REGIÃO DE MOSSORÓ, RN

Tabela 1 – Caracterização física de frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

em dois estádios de maturação. Mossoró – RN, 2016... 37 Tabela 2 – Caracterização físico-química de frutos de maracujazeiro amarelo

enxertado em dois estádios de maturação. Mossoró – RN, 2016... 42 Tabela 3 – Compostos bioativos em maracujá amarelo enxertado em dois estádios

de maturação. Mossoró – RN, 2016... 44 CAPÍTULO II – CONSERVAÇÃO DO FRUTO DO MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO SUBMETIDO A ATMOSFERA MODIFICADA E REFRIGERAÇÃO Tabela 1 – Caracterização de frutos de maracujazeiro amarelo enxertado

submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25 ± 2° C e 50 ± 5% UR e 10 ± 2° C e 90 ± 5% UR. Mossoró – RN,

2016... 63 Tabela 2 – Cor – luminosidade (L*) e ângulo hue (°h) em frutos de maracujazeiro

amarelo enxertado submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25 °C ± 2 °C e 50% ± 5% UR.

Mossoró – RN, 2016... 81 Tabela 3 – Cor – luminosidade (L*) e ângulo hue (°h) em frutos de maracujazeiro

amarelo enxertado submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 25 °C ± 2 °C e 50% ± 5% UR.

Mossoró – RN, 2016... 81 Tabela 4 – Cor – luminosidade (L*), cromaticidade (C*) e ângulo hue (°h) em

polpa de frutos de maracujazeiros amarelo enxertado submetidos a atmosfera modificada e armazenamento a temperatura de 10 °C ± 2 °C

e 90% ± 5% UR. Mossoró – RN, 2016... 84 Tabela 5 – Cor – luminosidade (L*), cromaticidade (C*) e ângulo hue (°h) em

polpa de frutos de maracujazeiro amarelo enxertado submetidos a 84

(15)

CAPÍTULO III – CONSERVAÇÃO E QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ AMARELO MINIMAMENTE PROCESSADA

Tabela 1 – Caracterização físico-química da polpa minimamente processada de fruto de maracujazeiro amarelo enxertado, colhidos em dois estádios de maturação e submetido a refrigeração (5ºC ± 2ºC e UR 80% ± 5%).

Mossoró – RN, 2016... 100

(16)

1. INTRODUÇÃO GERAL...………...…………...………...…...……. 16

2. REFERENCIAL TEÓRICO... 18

2.1 Aspectos gerais do maracujazeiro amarelo... 18

2.2 Maracujazeiro amarelo enxertado... 19

2.3 Colheita do maracujazeiro amarelo... 19

2.4 Conservação pós-colheita do maracujá amarelo... 20

2.4.1 Temperatura de armazenamento... 21

2.4.2 Atmosfera Modificada... 21

REFERÊNCIAS... 23

CAPÍTULO I – CARACTERIZAÇÃO DE FRUTOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO PRODUZIDOS NA REGIÃO DE MOSSORÓ, RN... 27

RESUMO... 28

ABSTRACT... 29

1. INTRODUÇÃO... 30

2. MATERIAIS E MÉTODOS.…...………... 32

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 37

4. CONCLUSÕES...………...…………... 47

REFERÊNCIA...……….………... 48

CAPÍTULO II – CONSERVAÇÃO DO FRUTO DO MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO SUBMETIDO A ATMOSFERA MODIFICADA E REFRIGERAÇÃO... 55

RESUMO... 56

ABSTRACT... 57

1. INTRODUÇÃO... 58

2. MATERIAIS E MÉTODOS.…...………... 60

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 64

4. CONCLUSÕES..………...…………...…………... 86

REFERÊNCIAS.………..…………... 87

(17)

RESUMO... 92

ABSTRACT... 93

1. INTRODUÇÃO... 94

2. MATERIAIS E MÉTODOS.…...………... 96

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 99

4. CONCLUSÕES..………..…………...………... 105

REFERÊNCIAS.………..………... 106

(18)

1. INTRODUÇÃO GERAL

O maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims) é um dos frutos mais produzidos no Brasil, sendo o País o maior produtor e consumidor mundial da fruta, tendo na safra 2015/2016 uma produção de 694.539 toneladas numa área estimada de 51.772 ha. Trata-se de um fruto muito cultivado e explorado em todo o território brasileiro, onde as principais regiões produtoras de maracujá são Nordeste e Sudeste, sendo a região Nordeste responsável por mais de 70% da produção Nacional, com destaque para os Estados da Bahia, Ceará e Sergipe (IBGE,2017).

No Rio Grande do Norte foram cultivados 579 ha, cuja área correspondeu a uma produção de 5.206 toneladas de maracujá. A produção no município de Mossoró-RN ainda é incipiente, com um total de 38 toneladas na safra de 2015/2016 (IBGE, 2017). Entretanto, a região apresenta potencial para o cultivo, conforme observado por Silva (2016) em estudo realizado no município com maracujazeiro amarelo enxertado, onde verificou plantas com boas características fenológicas, bom desempenho agronômico e elevado vigor e precocidade no ciclo reprodutivo; ainda frutos com características físicas e físico-químicas desejáveis para o consumo in natura.

Nos últimos anos a produção nacional não foi suficiente para abastecer o consumo interno, havendo necessidade de importação de polpa de outros países para abastecer a indústria de sucos nacional (FERRAZ e LOT, 2007). O maracujá era utilizado tanto para a produção de suco, como para a comercialização de frutas frescas, onde 60% são destinadas ao consumo in natura e sendo o restante destinado às agroindústrias de processamento, sendo o suco o principal produto derivado (FERRAZ e LOT, 2007; MELETTI, 2011).

De forma geral, o aproveitamento das frutas depende de uma série de características de qualidade, de natureza física e química. Entre as características físicas, as mais importantes são tamanho, forma, cor e textura, que influem na conservação e no manuseio das frutas. Já as características químicas influem na composição, no valor nutricional, conservação e resistência das frutas (LIMA, 2010). O conhecimento das propriedades químicas e físicas é um fator altamente relevante, uma vez que eles são utilizados como referência para as aceitabilidades do produto no mercado nacional e internacional (CAMPOS, 2010).

Na fase pós-colheita, diversas e importantes alterações decorrentes de fatores de

natureza física, fisiológica e patológica podem ocorrer, as quais interferem na conservação e

nas características físicas, químicas e nutricionais das frutas. Para uma boa aceitação dos

(19)

consumidores, os frutos devem estar túrgidos, com a casca amarela, lisa ou pouco enrugada e sem manchas, além da ausência de danos decorrentes da presença de fungos ou ataque de insetos (FISCHER et al., 2007).

A manutenção da qualidade dos frutos depende de uma série de fatores, como estádio de maturação na colheita e condições de armazenamento (ROTILI et al. 2013a) A temperatura de armazenamento apresenta grande influência no metabolismo respiratório do fruto (DURIGAN et al., 2004) e na atividade microbiana (CHITARRA e CHITARRA, 2005), determinando diretamente a sua vida útil pós-colheita.

Para reduzir as alterações físicas e químicas nos frutos, Arruda et al. (2011), recomendam o uso de embalagens plásticas com modificação passiva ou ativa da atmosfera interna, na etapa de conservação pós-colheita, A modificação passiva da atmosfera no interior da embalagem ocorre pela presença da barreira artificial à difusão de gases e vapor d’água em torno do produto, que resulta em redução do nível de O

2

e aumento do nível de CO

2

devido ao metabolismo do órgão, além do aumento na pressão de vapor d’água (JERONIMO et al., 2007).

No processamento dos frutos para obtenção da polpa do maracujá amarelo diversas técnicas são empregadas, no entanto pouco se tem estudado sobre o processamento mínimo de sua polpa. Palharini et al (2012), afirmam que o processamento mínimo do maracujá é uma forma de tornar a fruta mais atrativa e competitiva, atingindo um nicho diferenciado do mercado consumidor. Além disso, o subproduto do processamento (cascas) pode ser utilizado para fabricação de farinha.

Neste sentido o objetivo desta pesquisa foi caracterizar frutos de maracujazeiro amarelo

em dois estádios de maturação produzidos na região de Mossoró – RN, avaliar o seu potencial

de conservação e qualidade em atmosfera modificada em condição de temperatura ambiente e

refrigerado e a polpa minimamente processada submetida a refrigeração e congelamento.

(20)

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Aspectos gerais do maracujazeiro amarelo

O maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims), caracteriza-se com uma trepadeira sublenhosa e de grande vigor vegetativo, de caule cilíndrico ou ligeiramente anguloso quando jovem, essencialmente glabra. As folhas são trilobadas, subcoriáceas, serreadas e lustrosas na face superior, com pecíolo de até 4 cm de comprimento. As flores são axilares e solitárias, hermafroditas brancas com franja rocha, com até 7 cm de diâmetro, filamento da corona com 4 ou 5 séries (TEIXIRA et al., 1994). O fruto é uma baga de forma oval, em geral com eixo horizontal menor que o vertical. A casca coriácea e quebradiça é coberta por uma fina camada de cera que protege o mesocarpo duro e escamoso (MARTINS, 1998). Do lado interno da casca que mede aproximadamente 6,35 a 9,52 mm de espessura encontram-se 100 a 150 sacos embrionários que contém o suco e as sementes (TSUBOI, 1990; MUÇOUÇAH, 1997).

É a espécie mais cultivada por apresentar características agronômicas desejáveis como maior produtividade, vigor e rendimento em sulco, menor sensibilidade a certas moléstias e sulco mais ácido o que permite ampliar seu espaço tanto no mercado de frutas frescas, como na indústria de suco (LEITE et al., 1994).

No Brasil o cultivo do maracujá expandiu-se muito rapidamente. Neves (2004) ressalta que a cultura tem grande importância socioeconômica no país porque o seu suco se destaca entre os principais produzidos a partir de frutas tropicais, atraindo constantemente novos investimentos inclusive de estrangeiros o que contribuiu para a internacionalização das principais indústrias de extração do país. No setor agrícola, se destaca devido as características físico-químicas e farmacoterapêuticas das frutas, alta produtividade e grande aceitação do suco no mercado nacional, além de boas perspectivas no mercado europeu e norte-americano (SOUZA et al., 2002).

Os frutos, em sua maioria, são vendidos para as feiras livres, supermercados e Centrais

Estaduais de Abastecimento (CEASAS), pois é um segmento de mercado bastante atrativo para

os produtores, devido os preços compensadores, mesmo havendo variações durante o ano. São

classificados e embalados de acordo com os padrões comerciais e embalagens de

hortigranjeiros, para mercado mais exigente. A classificação é feita separando-se os frutos por

cor, tamanho, formato e qualidade (LIMA e CUNHA, 2004).

(21)

2.2 Maracujazeiro amarelo enxertado

Na passicultura, a propagação assexuada já é utilizada na manutenção de materiais de plantio com boas características agronômicas e vem favorecendo a multiplicação de plantas produtivas e tolerantes a pragas e doenças (MELETTI, 2000). A enxertia no maracujazeiro amarelo é uma técnica recomendada por vários autores (CHAVES et al., 2004; LIMA e CUNHA, 2004; NOGUEIRA FILHO et al., 2005; SILVA et al., 2011).

Enxertia é o processo que une duas plantas, uma contribuindo com o sistema radicular, sendo denominada cavalo ou portaenxerto, e outra contribui com a parte aérea e consequentemente com a frutificação, denominada cavaleiro ou enxerto (LIMA e CUNHA, 2004). Tem como vantagens: obtenção de plantas filhas iguais as planta-mãe, controle de nematoides, resistência à seca, resistência a Phytophthora, resistência à morte prematura das plantas, melhoria na qualidade dos frutos e aumento da longevidade da cultura (MENEZES et al. 1994; RUGGIERO e OLIVEIRA, 1998).

Em relação aos efeitos dos porta-enxertos sobre as características físicas e químicas em frutos de maracujazeiro, as informações na literatura são escassas. Segundo Nogueira Filho et al. (2010) não observaram diferenças entre as massas médias de frutos obtidos de plantas de maracujazeiro enxertadas com aquelas produzidas em plantas pé-franco. Enquanto que Junqueira et al. (2006) verificaram frutos com maior massa em plantas enxertadas. Ambos autores também notaram que o rendimento de suco em frutos de plantas enxertadas é maior que aqueles obtidos de plantas por sementes, apesar de não apresentarem diferenças no teor de sólidos solúveis.

2.3 Colheita do maracujazeiro amarelo

Na colheita do maracujá amarelo, a determinação correta do estádio de maturação do

fruto é essencial para que a colheita seja efetuada no momento adequado. Para isto, são

utilizados os índices de maturação que compreendem características de coloração da casca ou

alterações químicas que ocorrem ao longo do processo de maturação dos frutos, tais como

acidez titulável, sólidos solúveis, conteúdo de açúcares, relação SS/AT, rendimento em suco,

vitamina C, clorofila e carotenoides totais do suco (COELHO et al., 2010).

(22)

Sendo o maracujá um fruto climatérico, que pode completar a maturação fora da planta.

O seu ponto de colheita ocorre entre 50-60 dias após a antese, ou seja, 20 a 30 dias antes de se desprender da planta-mãe. Nesse ponto, ele apresenta seu máximo de peso (50-130g), seu máximo de rendimento em suco (até 36%) e o maior conteúdo de sólidos solúveis (13 a 18%) e pode ser caracterizado (para os frutos de cultivares amarelo), pela coloração verde-amarela, mas ainda preso à planta-mãe (TAVARES et al., 2003).

No caso do maracujazeiro amarelo, o indicador do ponto de colheita pode ser a mudança de cor da casca, mesmo antes da queda, evitando-se assim possíveis danos, sujidades e contaminação no contato com o solo. (LIMA, CENCI e RINALDI, 2016). É fruto altamente perecível após o seu desligamento da planta, o que o predispõe a uma rápida desidratação do pericarpo acompanhada de murchamento, reduzindo, assim, seu período de conservação e comercialização (DURIGAN et al., 2004).

2.4 Conservação pós-colheita do maracujá amarelo

A boa conservação dos frutos por um período mais longo é de fundamental importância para a comercialização eficiente do produto destinado ao mercado de frutas frescas e traz benefícios para toda a cadeia de produção. Assim, após a colheita, os frutos devem ser lavados, secados, tratados, classificados e embalados de acordo com os padrões estabelecidos pelo programa brasileiro de melhoria dos padrões comerciais e embalagens de hortigranjeiros, conforme recomendado por Lima (2002).

Mota et al. (2003), afirmam que para prolongar o tempo de armazenamento dos frutos é indispensável empregar métodos de conservação que intervenha nos processos fisiológicos, para diminuir as taxas de transpiração e respiração, por meio da redução da temperatura e da elevação da umidade relativa do ar.

O armazenamento do maracujá amarelo, colhido no ponto do seu completo

desenvolvimento fisiológico, pode ser feito durante 1 semana, em temperatura de ambiente, e

por 2 semanas em temperatura de 10°C. Quando são armazenados em temperatura de 5,5-7,2°C

e 85-90% de umidade relativa, podem ser armazenados por 3 a 4 semanas (MANICA et al.,

2005).

(23)

2.4.1 Temperatura de armazenamento

A temperatura de armazenamento é um fator importante não só do ponto de vista comercial, como também pode controlar a senescência, uma vez que regula as taxas de todos os processos fisiológicos e bioquímicos associados (CHITARRA e CHITARRA, 2005).

O uso da refrigeração é necessário como medida de controle da respiração e da transpiração do fruto durante o armazenamento pós-colheita, reduzindo as taxas respiratórias e retardando o amadurecimento (SOUZA et al., 2004). No maracujá, o fenômeno de alteração pós-colheita mais conhecido é o enrugamento dos frutos, que ocorre quando as perdas de água atingem de 3 a 6%, afetando a sua qualidade (CHITARRA e CHITARRA, 2005).

Para armazenar os frutos de maracujá amarelo, Silva e Durigan (2000) sugerem a relação entre a temperatura e umidade de 5,6 a 7,2°C e 85 a 90% UR, por 3 a 4 semanas; 7 a 10°C e 90 a 95% UR, por 2 a 5 semanas; e 10 a 12°C e 85 a 90%, por até 15 dias.

Geralmente, os frutos podem ser armazenados em temperaturas na faixa de 10 °C a 15

°C, com umidade variando de 65% a 85%. Após esse período, pode ocorrer deterioração, ataque de microrganismos que promovem podridão e fermentação, resultando em depreciação e perda de características sensoriais (sabor, aparência, cor, odor, etc.) (LIMA, CENCI E RINALDI, 2016).

2.4.2 Atmosfera Modificada

A atmosfera modificada em torno do produto é um dos métodos mais usados para manter a qualidade. Há a redução da concentração de O

2

e elevação da concentração de CO

2

, com o objetivo de reduzir a intensidade da respiração e aumentar o tempo de vida útil, sem perda da qualidade (CHITARRA e CHITARRA, 2005). Pode ser resumida como a presença de uma barreira artificial à difusão de gases em torno do produto, que resulta em redução do nível de O2 e aumento do nível de CO2, além de alteração na concentração de etileno, vapor d'água e alterações em outros compostos voláteis (LANA e FINGER, 2000).

No maracujá o uso da atmosfera modificada na etapa de armazenagem pode ser utilizado

como método auxiliar à refrigeração na preservação do fruto. Algumas pesquisas já foram

realizadas com atmosfera modificada, com a finalidade de conservar as características de

(24)

qualidade e aumentar a vida útil das frutas, como manga (JERÔNIMO et al., 2007) e melão (LIMA et al., 2005).

Na técnica, a atmosfera no interior da embalagem é alterada pelo uso de filmes plásticos, desacelerando as reações oxidativas (CHITARRA e CHITARRA, 2005). O uso das embalagens plásticas tem sido estudado por vários pesquisadores, com a finalidade de diminuir o desenvolvimento de patógenos e o enrugamento, e aumentar a vida útil de frutas, como o maracujá (ROTILI et al. 2013b), ameixa (SINGH; SINGH, 2012) e banana (BASTIAANSE et al., 2010). O uso de filme plástico de PVC (policloreto de vinila) é prático e de baixo custo, e tem sido muito utilizado no armazenamento de frutas e hortaliças, principalmente quando associado ao armazenamento refrigerado. Sua eficiência na conservação pós-colheita de frutos tem sido reportada por alguns autores na uva (CIA et al., 2010) e maracujá (MOTA et al., 2006;

MOTA et al., 2003).

(25)

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(29)

CAPITULO I / CHAPTER I

CARACTERIZAÇÃO DE FRUTOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO PRODUZIDOS NA REGIÃO DE MOSSORÓ, RN

CHARACTERIZATION OF FRUITS OF YELLOW PASSION FRUIT GRAFTED

SOUR PRODUCED IN THE REGION OF MOSSORÓ, RN

(30)

RESUMO

Na literatura há diversos estudos relacionados a composição físico-química de frutos de maracujazeiro proveniente de plantas de pé-franco, mas ainda são escassas as pesquisas com frutos de maracujazeiros provenientes de plantas enxertadas. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi caracterizar frutos de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims.) enxertado, produzidos na região de Mossoró (RN), quanto aos aspectos físicos, físico-químicos e potencial antioxidante em dois estádios de maturação. O objetivo deste trabalho foi caracterizar frutos de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims.) enxertado, produzidos na região de Mossoró (RN), quanto aos aspectos físicos, físico-químicos e potencial antioxidante em dois estádios de maturação. Foram utilizados frutos de plantas de maracujazeiro amarelo enxertado, provenientes do primeiro ciclo de produção de um plantio irrigado na Fazenda Mata Fresca Ltda., em dois estádios de maturação III (75% de cor amarela) e IV (100% de cor amarela).

Foram caracterizados quanto as variáveis físicas, físico-químicas, compostos bioativos e atividade antioxidante. Os frutos apresentam massa, formato, rendimento de polpa e suco, espessura da casca, sólidos solúveis, acidez titulável e pH desejáveis para o consumo in natura como para a indústria em ambos estádios de maturação. O teor de vitamina C foi menor quando comparado aos encontrados na literatura para frutos não enxertados. O teor de β-caroteno é maior em frutos no estádio de maturação III (75% da casca amarela).

Palavras Chave: Passiflora edulis Sims., pós-colheita, atividade antioxidante, compostos

bioquímicos.

(31)

ABSTRACT

In the literature there are several studies related to the physico-chemical composition of passion fruit fruits from standing plants, but there is still little research on passion fruit from grafted plants. In this sense, the objective of this work was to characterize yellow passion fruit (Passiflora edulis Sims.) Grafted in the region of Mossoró (RN), regarding physical, chemical and antioxidant potential in two maturation stages. The objective of this work was to characterize yellow passion fruit (Passiflora edulis Sims.) Grafted in the region of Mossoró (RN), regarding physical, chemical and antioxidant potential in two stages of maturation. Fruits of grafted yellow passion fruit plants from the first cycle of production of an irrigated planting at Fazenda Mata Fresca Ltda. Were used in two maturation stages III (75% yellow) and IV (100% yellow). Physical, physicochemical, bioactive compounds and antioxidant activity were characterized. The fruits present mass, shape, pulp and juice yield, peel thickness, soluble solids, titratable acidity and pH desirable for in natura consumption as for the industry in both stages of maturation. The vitamin C content was lower when compared to those found in the literature for ungrafted fruits. The content of β-carotene is higher in fruits at the maturation stage III (75% of the yellow bark).

Keywords: Passiflora edulis Sims, postharvest, antioxidant activity, biochemical compounds.

(32)

1. INTRODUÇÃO

A região de Mossoró - RN apresenta potencial para o cultivo, conforme observado por Silva (2016) em estudo realizado no município e Mossoró com maracujazeiro amarelo enxertado, onde verificou plantas com boas características fenológicas, bom desempenho agronômico e elevado vigor e precocidade no ciclo reprodutivo. Entretanto, a produção no município de Mossoró/RN ainda é incipiente, com de 38 toneladas na safra de 2015/2016 (IBGE, 2017).

A propagação do maracujazeiro em escala comercial é realizada por via sexual, no entanto a propagação por enxertia tem grande potencial para a cultura, na solução de problemas relativos a pragas e doenças. Na passicultura, a propagação assexuada já é utilizada na manutenção de materiais de plantio com boas características agronômicas e vem favorecendo a multiplicação de plantas produtivas e tolerantes a pragas e doenças (MELETTI, 2000). Uma das vantagens do uso da enxertia é o controle de fitopatógenos através do uso adequado de portaenxerto. Ruggiero e Oliveira (1998), ressaltam que a utilização da enxertia na cultura do maracujazeiro tem como principais vantagens à resistência à morte prematura das plantas, melhoria na qualidade dos frutos e aumento da longevidade da cultura.

O conhecimento das propriedades físicas e químicas da fruta é um fator altamente relevante, uma vez que são utilizados como referência para a aceitabilidade da mesma no mercado nacional e internacional (CAMPOS, 2010). De acordo com Abreu et al. (2009), os principais atributos de qualidade do fruto observados pelos consumidores e que determinam a sua escolha são a aparência, a cor, peso, firmeza, sabor, aroma e vitaminas. Sendo a aparência o critério mais utilizado pelos consumidores para avaliar a qualidade dos frutos e, dentre os fatores que influenciam nessa qualidade estão a variedade, clima, tratos culturais, doenças e transporte.

A identificação de compostos bioativos em frutas têm sido potencialmente exploradas nos últimos anos, devido à crescente popularidade dos medicamentos fitoterápicos e a mudança de perspectiva dos consumidores que buscam cada vez mais alimentos com características bioativas que proporcionem mais saúde e bem-estar (NACHBAR, 2013).

Na composição química do suco de maracujá, além da riqueza em minerais e vitaminas,

temos os compostos fenólicos (TALCOTT et al., 2003) e carotenoides (WONDRACEK et al.,

2011), que contribuem para os seus atributos sensoriais e nutricionais. Entre os carotenoides

(33)

presentes, o β-caroteno é o que confere a cor amarelada típica do suco (UENOJO;

MARÓSTICA-JUNIOR e PASTORE, 2007). O estudo da atividade antioxidante das frutas é importante para viabilizar a identificação do produto ao consumidor e, consequentemente, o sucesso comercial da atividade (DIAS et al., 2012).

O estádio de maturação do fruto no momento da colheita é determinante da qualidade organoléptica e nutricional do mesmo, para isto a determinação correta do estádio é essencial para que a colheita seja efetuada no momento adequado. Coelho et al. (2010) relatam que são utilizados índices de maturação que compreendem características de coloração da casca ou alterações químicas que ocorrem ao longo do processo de maturação dos frutos, tais como acidez titulável (AT), sólidos solúveis (SS), conteúdo de açúcares, relação SS/AT, rendimento em suco, vitamina C, clorofila e carotenoides totais do suco

Na literatura já existem diversos estudos relacionados a composição físico-química de

frutos de maracujazeiro proveniente de plantas de pé-franco, mas ainda são poucos os estudos

com frutos de maracujazeiros provenientes de plantas enxertadas. Nesse sentido, o objetivo

deste trabalho foi caracterizar frutos de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims.)

enxertado, produzidos na região de Mossoró (RN), quanto aos aspectos físicos, físico-químicos

e potencial antioxidante em dois estádios de maturação.

(34)

2. MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados frutos de plantas de maracujazeiro amarelo enxertado, provenientes do primeiro ciclo de produção de um plantio irrigado na Fazenda Mata Fresca Ltda., localizada na zona Rural do Município de Mossoró – RN, situado nas coordenadas 04° 52’ 51,9” W e 31°

26’ 49,6” S, 18m de altitude. Segundo a classificação climática de Köppen, o clima de Mossoró é do tipo BSwh’, isto é, seco, muito quente e com estação chuvosa no verão atrasando-se para o outono, apresentando temperatura média anual de 27,4º C, precipitação pluviométrica anual bastante irregular, com média de 673,9 mm e umidade relativa de 68,9% (DIAS et al., 2010).

A coleta foi realizada em março de 2016, em frutos nos estádios de maturação III e IV.

Os estádios de maturação dos frutos foram baseados de acordo com a coloração da sua epiderme no momento da colheita, ficando estabelecido da seguinte forma: estádio I – 25% de coloração amarela, estádio II – 50% de coloração amarela, estádio III – 75% de coloração amarela e estádio IV – 100% de coloração amarela (CEAGESP, 2001). Em seguida, foram acondicionados em caixas plásticas e transportados para o laboratório de Pós-Colheita de Frutos e Hortaliças do Centro de Pesquisas em Ciências Vegetais do Semiárido Nordestino (CPVSA) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

Foi realizada uma seleção dos frutos para uniformidade de tamanho, com ausência de defeitos. Em seguida, os frutos foram lavados e higienizados numa solução de hipoclorito de sódio a 0,1 mL l

-1

, por imersão durante três minutos em temperatura ambiente (25 ± 2º C) e secos com papel toalha.

Nas análises destrutivas, os frutos foram cortados transversalmente com uma faca de aço inoxidável, e a polpa retirada, sendo separado o suco da semente com peneira plástica. As amostras de polpa concentrada (suco) foram acondicionadas em tubo plástico com tampa e cobertos com papel laminado.

Foram analisadas 20 amostras compostas por 2 frutos cada. Realizou-se a estatística descritiva dos dados pela avaliação das medidas de tendência central (média, desvio padrão e coeficiente de variação).

Foram avaliadas as seguintes variáveis físicas e físico-químicas:

a) Massa dos frutos (g): com o auxílio de uma balança semi analítica;

b) Comprimento e diâmetro do fruto (mm): medido com auxílio de paquímetro digital com

precisão 0,01;

(35)

c)

Formato do fruto: obtido pelo cálculo da relação entre o comprimento e diâmetro.

Comprimido (RF ≤ 0,9); Esférico (0,9 ≤ RF ≤ 1,1); Oblongo (1,1 ≤ RF ≤ 1,7); Cilíndrico (RF > 1,7) (LOPES, 1982);

d) Rendimento de polpa (%): obtido por diferença entre a massa total do fruto e a massa da casca do mesmo;

e) Rendimento de polpa concentrada (suco) (%): obtido por diferença entre a massa total do fruto e a massa da casca, semente e arilo do mesmo;

f) Espessura da casca (mm): determinada com paquímetro digital de precisão 0,01 mm, com duas leituras em locais opostos da casca;

g) Cor da casca e polpa concentrada (suco): com auxílio do colorímetro marca Minolta, modelo CR-300, calibrado em superfície de porcelana branca sob condições de iluminação e expressa no módulo L., a*. e b* (Figura 1). O Croma [(a*·2 + b*·2)1/2] e Ângulo hue [arco tangente (b*/a*)] foram posteriormente calculados (McGUIRE, 1992). Para a extração da polpa, os frutos foram cortados transversalmente com uma faca de aço inoxidável, e a polpa retirada, sendo separado o suco da semente com peneira plástica. Para definir a coloração do suco se fez a leitura com o colorímetro a 1 cm da sua superfície.

Figura 1 – Sequência Hue e orientação do ângulo Hue no Diagrama CIELAB com a sequência

das nuances de cores (VOSS, 1992).

(36)

h)

Sólidos solúveis (%): obtidos pela leitura direta da polpa concentrada em um refratômetro manual (modelo DBR45, Instrutemp®) com precisão de 0,20 % (AOAC, 2002);

i) Acidez titulável (meq L

-1

): determinada pelo procedimento volumétrico, utilizando-se 1 g da polpa concentrada, em frasco Erlenmeyer de 125 mL, acrescentar a amostra água destilada até o volume final de 50 mL e 2-3 gotas de fenolftaleína, em seguida realizando a titulação com solução de NaOH 0,1 N, da bureta digital ( Jecons Digitrate Pro® ) até a mudança de cor da solução para levemente róseo (IAL, 2005);

j) pH: determinado com auxílio de potenciômetro de leitura direta (modelo mPA-210 MS TECNOPON®) devidamente padronizado com soluções tampão pH 7,0 e pH 4,0, na polpa concentrada (AOAC, 2002);

k) Açúcares totais pelo método de Antrona (%): o extrato foi obtido da diluição de 0,25 g da polpa, dos quais tomou-se uma alíquota de 0,05 mL e a este volume foi adicionado 0,95 mL de água destilada e 2,00 mL de Antrona (9,10-dihiro-9-oxoantraceno), procedendo-se à reação em banho-maria a 100ºC por 8 minutos e resfriadas em banho de gelo. As leituras foram realizadas em espectrofotômetro (modelo SP-2000UV, Spectrum Meter®) a 620 nm (YEMN e WILLIS, 1954);

l) Açúcares redutores pelo método de DNS (%): o extrato foi obtido da diluição de 1 g da polpa, dos quais tomou-se 0,5 mL e a este volume adicionou-se 1,0 mL de água destilada e 1 mL de ácido dinitrosalicílico (ácido 3,5-dinitro salicílico - DNS, Vetec, Brasil) a 1%, procedendo-se à reação em banho-maria a 100ºC por 5 minutos e resfriadas em banho de gelo. As leituras foram realizadas em espectrofotômetro (modelo SP-2000UV, Spectrum Meter®) a 540 nm (MILLER,1959).

Caracterização dos compostos bioativos e atividade antioxidante:

a) Vitamina C (mg 100 g

-1

): Utilizou-se 1 g das amostras e diluídos para balão volumétrico de 100 mL com ácido oxálico 0,5%, 5 mL desta solução foi diluída em água destilada até 50 mL e realizada a titulação, em seguida (STROHECKER; HENNING, 1967);

b) Antocianinas totais e flavonoides amarelos (mg 100 g

-1

de polpa): Amostras de 2 g

foram misturadas a 30 mL da solução extratora (etanol 95 % - HCl 1,5 N na proporção

85:15), homogeneizadas por 2 minutos em Ultra-Turrax® (T25 - IKA, Germany) e

armazenada a 4° C por 12 horas. A solução foi filtrada em papel Whatmam n° 1 em

frascos âmbar e as leituras realizadas em espectrofotômetro (modelo UV-1600, Pró-

(37)

Análise®) com comprimento de onda de 476 nm para flavonoides e 535 nm para as antocianinas (FRANCIS, 1982);

c) Teor de β-caroteno (mg 100 ml

-1

de polpa): uma amostra de 1,0 g de suco foi misturada a 10 mL de solução extratora (6 mL de hexano + 4 mL de acetona) e homogeneizada por 1 minuto em Ultra-Turrax® (T25 - IKA, Germany). Em seguida foram centrifugados a 955 rpm e 20° C por 10 minutos. O sobrenadante foi recolhido para a leitura em leituras realizadas em espectrofotômetro (modelo UV-1600, Pró-Análise®, Brasil) nos comprimentos de ondas (absorbâncias) 663 mn, 645 mn, 505 mn, 453 mn.

Os resultados obtidos foram empregados na equação β= 0,216

A663

– 1,22

A645

– 0,304

A505

+ 0,452

A453

(NAGATA; YAMASHITA, 1992).

d) Polifenóis extraíveis totais (mg 100 g

-1

de polpa): amostras de 2,0 g de polpa concentrada (suco) foram pesadas em tubos de centrífuga e sequencialmente extraídas com 10 mL de álcool metílico 50% à temperatura ambiente durante 1 h. Os tubos foram centrifugados a 10.000 rpm e 20° C por 20 min e o sobrenadante recuperado. Em seguida, adicionou-se 10 mL de acetona 70% ao resíduo, à temperatura ambiente, extraiu-se por mais 1 hora e seguida centrifugadas. Os extratos obtidos de metanol e acetona foram misturados em balão volumétrico, aferindo-se para 25 mL com água destilada (LARRAURI et al.,1997). A determinação foi executada utilizando alíquotas de 300 μL dos extratos em tubos de ensaio e a eles foram adicionados 700 μL de água destilada, 1 mL de reagente de Folin-Ciocalteu, 2 mL de solução de carbonato de sódio a 20% e 2 mL de água destilada. Em seguida, as amostras foram agitadas em agitador de tubos (QL – 901, Vortex®) e deixadas em repouso durante 30 min no escuro. As leituras foram feitas em espectrofotômetro a 700 nm, utilizando a curva padrão de ácido gálico 98% (doseada em 0, 10, 20, 30, 40 e 50 μg) (OBANDA; OWUOR,1997).

e) Atividade antioxidante total pelo método ABTS ou TEAC (μM trolox/100 g de polpa):

foi determinada utilizando 2,2-azinobis-3-ethylbenzthiazoline-6-sulphonic acid radical

cation (ABTS•+, Sigma), método descrito por Re et al. (1999). Antes do ensaio

colorimétrico, as amostras foram submetidas a um procedimento de extração em

metanol 50% e acetona 70%, já descrita, com a modificação do peso das amostras de

suco que foram de 5,0g (LARRAURI et al., 1997). A leitura espectrofotométrica foi

feita após 6 min da mistura de 30 μL de extrato com três mL do radical ABTS•+,

(38)

utilizando o antioxidante sintético Trolox na concentração de 100 - 2000 μM em etanol

para preparar a curva de calibração (MILLER et al., 1993; RUFINO et al., 2009).

(39)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A massa média dos frutos de maracujazeiro amarelo enxertados no estádio de maturação III foi de 208 g e para o estádio IV de 191,87g (Tabela 1). Vianna-Silva et al. (2008) observaram que valor médio da massa dos frutos variou de 202,5g em frutos de maracujazeiro amarelo que estavam com 80% de coloração da epiderme amarela (83 dias após a antese) a 256,9 g, nos quais os frutos verdes (52 dias após a antese). Esse comportamento indica que frutos mais verdes possuem mais água que os mais maduros

Tabela 1. Caracterização física de frutos de maracujazeiro amarelo enxertado em dois estádios de maturação. Mossoró – RN, 2016.

Variável / Estádio de Maturação Min. X ̅ ± Dp Máx. CV (%) X ̅

(E III:E IV)

Massa do fruto (g) E III 176,51 208,02 ± 33,45 268,80 16,08

199,95 E IV 168,54 191,87 ± 20,01 219,82 10,43

Comp. do fruto (mm) E III 83,25 89,39 ± 6,11 96,96 6,84

93,78 E IV 92,96 98,16 ± 4,27 102,14 4,35

Diâmetro do fruto (mm) E III 73,30 79,37 ± 4,38 86,05 5,52

79,04 E IV 73,44 78,71 ± 3,76 83,20 4,78

Formato do fruto (comp/diam)

E III 1,04 1,13 ± 0,07 1,20 6,13

1,19 E IV 1,16 1,25 ± 0,05 1,31 4,12

Rendimento de polpa (%) E III 49,03 60,20 ± 8,21 73,24 13,64

58,76 E IV 50,90 57,32 ± 7,17 68,23 12,50

Rendimento de suco (%) E III 32,97 47,27 ± 10,79 65,20 22,85

45,41 E IV 36,52 43,55 ± 6,33 55,17 14,53

Espessura de casca (mm) E III 5,61 6,62 ± 2,07 10,92 30,80

6,58 E IV 5,33 6,54 ± 0,94 7,75 14,34

L* (casca) E III 78,40 83,78 ± 4,29 87,60 5,12

81,18 E IV 74,68 78,57 ± 4,88 84,81 6,21

C* (casca) E III 38,68 44,67 ± 5,42 50,80 12,13

42,58 E IV 35,18 40,49 ± 6,66 49,00 16,45

°h*(casca) E III 76,03 80,88 ± 4,05 84,99 5,00

78,98 E IV 70,54 77,07 ± 6,87 85,54 8,92

L*(polpa) E III 58,59 60,97 ± 2,73 64,42 4,41

60,35 E IV 57,50 59,74 ± 2,47 62,83 4,14

C* (polpa) E III 22,89 24,25 ± 1,15 25,45 4,75

24,29 E IV 21,15 24,32 ± 3,19 28,18 13,11

°h* (polpa)° E III 61,41 69,09 ± 6,66 72,28 9,64

69,33 E IV 66,81 69,57 ± 2,17 71,35 3,12

* Min. = Mínimo; X̅ = média; Máx. = máximo; Dp = desvio padrão; CV (%) = coeficiente de variação; EIII = estádio de maturação II; EIV = estádio de maturação IV.

Referências

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