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ÉTICA MÉDICA. Percival 1803 cunha o termo ética médica sistematizou as normas éticas para o exercício da medicina.

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O termo ética apresenta as seguintes definições nos dicionários da Academia Francesa:

1776 – Ética significa moral e só tem uso na didática;

1978 – 1) Que diz respeito à moral, preceitos éticos e

2) A ética, a ciência da moral, título de várias obras filosóficas.

LITTRÉ – 1) Termo de filosofia - A ciência da moral

2) Que pertence a moral, preceitos éticos

Ética e Moral

(3)

Começa a existir com Aristóteles – a ética implica em uma reflexão crítica sobre os comportamentos. Em oposição ao seu equivalente latino “moral” supões que se interrogue e discuta sobre os princípios.

Ética e Moral

(4)

Percival 1803 – cunha o termo “ética médica” sistematizou as normas éticas para o exercício da medicina.

Regulamento de comportamento entre colegas

Epidemia “influenza” na Inglaterra disputa entre os médicos e também com outros profissionais.

ÉTICA MÉDICA

(5)

A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

Os problemas éticos caracterizam-se pela sua generalidade e cita os destaques dos problemas morais da vida cotidiana, que são os que se mais apresentam em situação concretas.

Ética - parte da filosofia – Estabelece princípios e valores que orientam pessoas e sociedades – pessoa ética se orienta por princípios e convicções.

ÉTICA MÉDICA

(6)

Moral – é parte da vida concreta

Prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores culturalmente estabelecidos.

Pessoa moral quando age em conformidade com costumes e valores consagrados. Os costumes podem ser questionados para ética .

Ética individual – moral coletiva.

ÉTICA MÉDICA

(7)

Deontologia – deon – ontos – dever, obrigação estudo dos

princípios, fundamentos e sistemas da moral.

Bioética

Ética e Moral

(8)

Profissão – é o trabalho organizado por indivíduos em função da comunidade social, a profissão constitui uma verdadeira necessidade social.

Ética Profissional – aspectos históricos:

Cultura Ocidental – Juramento de Hipócrites – faz parte do Corpus Hipocraticum ( sec. VI-VII a.c)

1.º Testemunho de consciência da medicina quanto as implicações éticas da profissão

Duas partes fundamentais:

1) Aborda as obrigações éticas dos médicos para com seus mestres e familiares;

2) Trata das relações do médico com o paciente.

Ética Profissional

(9)

Indiana – (sec. I a.c) – “Juramento de Iniciação”

“Caraca Samhita”

Judaica – (sec. III d.c) - “Juramento de Asaph”

Arábe – (sec. X d.c) - “Conselhos de um médico”

Chinesa – (sec. XVII) - Os cinco mandamentos e as dez exigências “Chen-Shih-Kung”

Todos esses documentos tem 4 pontos coincidentes:

1. Primum non nocere

2. Santidade da vida humana

3. Necessidade de aliviar o sofrimento

4. Santidade da relação médico-paciente (Sigilo- Castidade)

Outras culturas:

(10)

Início século XIX - médico inglês - Thomas Percival – pai da ética médica – Aborda a competição profissional entre os médicos. Segundo alguns autores aborda a

“Etiqueta Médica”.

Neste século as primeiras Associações ou Colégios Médicos – elaboram os códigos deontológios – com inspiração Hipocrática contendo as obrigações médicas.

Colégios Médicos devem avaliar a conduta ética dos profissionais.

Ética Profissional – é uma parte da ciência moral, não deve limitar-se a um feixe de normas, ela procura a humanização do trabalho organizado, colocando-o a serviço do homem, da sua promoção, da sua finalidade social.

A tarefa da ética profissional é realizar uma reflexão crítica, questionadora sobre as finalidade e a conduta das profissões tendo por finalidade promover o humano, a hipoteca social de toda atividade profissional.

(11)

No exercício profissional a obediência não pode prevalecer sobre o senso de responsabilidade. O senso de responsabilidade determina que uma ação livre possa ser executada, mesmo que isso implique oposição às ordens recebidas.

“A ética tem sempre primazia sobre a técnica e o homem sobre as coisas” (J.Paulo II)

Deontologia – Do grego – deontas – necessidade 1) O estudo dos princípios, fundamentos e

sistemas da moral;

2) Tratado dos deveres.

(12)

BIOÉTICA

Marcos importantes:

1914 – Defesa de autonomia – 14/04/1914 – Luiz Benjamin Cardoso – proferiu sentença que significou uma mudança básica na doutrina jurisprudencial: “Todo ser humano em idade adulta e em perfeito juízo tem o direito de determinar o que deve ser feito com seu próprio corpo;

e um cirurgião que realizar uma intervenção sem o consentimento do seu paciente, comete uma agressão de cujas conseqüências é responsável”

1947 – Código de Nuremberg – Primeiro é absolutamente essencial o conhecimento voluntário do indivíduo

1948 – Assembléia da Associação Médica Mundial –

“Declaração de Genebra”

1949 – Assembléia da Associação Médica Mundial –

(13)

BIOÉTICA

1964 – Declaração de Helsinki 1969 – The Hasting Center:

1971 – Van Rensselaer Potter – oncologista livro Bioethics “bridge to the future”

1972 – A. Hellegers cria – instituto Kennedy de bioética

1972 – Carta dos direitos do enfermo (EUA) 1978 – Publicada “Encyclopedia of Bioetics”

(14)

1972 – Carta dos Direitos dos Doentes (EUA) 1975 – Código de Tóquio

1978 – Relatório Belmont (princípios da beneficência – autonomia – justiça)

1980 – Código de Manilha

1996 – Brasil – Resolução CNS 196/96 – Etapas importantes:

1974 – coloquio de Asilomar

1976 – 1.º Congresso do Movimento Internacional da Responsabilidade Científica (Paris)

BIOÉTICA

(15)

O termo Bioética aparece pela 1.ª vez com o oncologista Van Reasselaer Potter considerando-a uma ciência da “sobrevivência” que congrega, em uma concepção holísitca, o conhecimento biológico e os valores humanos.

Conceito – Encyclopedia of bioethics – bioética é um neologismo derivado das palavras gregas bios (vida) e ethike (ética) e pode-se defini-la como sendo o estudo sistemático das dimensões morais – das ciências da vida e da saúde utilizando uma variedade de metodologias num contexto interdisciplinar.

C. Paul de Barchifontaine – bioética significa a ética aplicada a vida e se apresenta como a procura de um comportamento responsável pelas pessoas que devem decidir sobre tipos de tratamento, pesquisas ou posturas em relação a humanidade.

(16)

Pré requisitos de uma boa formação científica – honestidade, rigor científico, ou a procura da verdade e reflexões sobre questões humanas.

Equilíbrio entre os processos biomédicos e a tecnologia e os direitos humanos.

(17)

Convenção Internacional de Erice ( 1991)

Procura delinear as relações entre bioética, medicina legal e deontologia médica e conclui que a bioética enquanto ética aplicada ao campo biológico vai além da ética médica tradicional.

A bioética ultrapassa os limites dos problemas deontológicos decorrentes das relações entre os profissionais de saúde com seus pacientes e aborda quatro aspectos importantes:

Bioética – Campo de Atuação

(18)

a) Compreende todo os problemas éticos relacionados as profissões da área da saúde e afins;

b) Aplica-se as investigações biomédicas e do comportamento independentemente de influírem ou não de forma direta na terapêutica;

c) Aborda questões sociais relacionadas a saúde (medicina do trabalho, controle demográfico);

d) Inclui questões relativas a vida de animais e plantas (meio ambiente).

(19)

A Bioética trata de diversos temas que poderiam ser agrupados em:

a) Bioética das situações persistentes – analisa temas cotidianos relacionados à vida das pessoas – (eutanásia – aborto – prolongamento artificial da vida, exclusão social);

b) Bioética das situações emergentes – analisa limites e confrontos entre o progresso biológico e a cidadania, os direitos humanos (fecundação assistida, transplantes, engenharia genética)

Ação multidisciplinar – inclui além das ciências médicas e biológicas também a filosofia, direito, antropologia, ciência política ,teologia, economia

(20)

As novas configurações médico científicas

causam mudanças na prática médica baseada na tradição hipocrática

Pelegrino (1995) – metamorfose da ética médica 4 estágios – históricos.

1) Inicia com Hipócrates – 1960

longo período de “tranqüilidade”.

Princípios hipocráticos, estoicismo, tradição religiosa monoteista.

2) 1960 – 1990

Estágio da investigação filosófica: teorias morais baseadas em princípios inicia a transformação de ética médica.

A disciplina de Bioética.

(21)

3) Anti-principialismo

As teorias morais competem entre si e modificam a primazia os princípios.

Proposta ética normativa universal.

4) 1990

Estágio de crise com conflitos conceituais e cepticismo na filosofia moral.

A noção de uma ética normativa, universal é contestada.

As novas configurações médico científicas

causam mudanças na prática médica baseada na tradição hipocrática

(22)

Há 2500 anos – juramento de Hipócrates juramento de Hipócrates inclui vários princípios morais genuínos

1) Introdução

2) Invocação dos deuses gregos – Apolo – Esculápio – Higéia – Panacéia como testemunhas do juramento

3) Discípulo concorda em ensinar a arte da medicina, livre de custos

4) Inclui princípios morais – proíbe aborto, eutanásia, relações sexuais com os pacientes.

5) Conclusão – reafirma o compromisso dos termos do juramento, recebendo a estima de todos ao adotá-los e se violá-los suceda o contrário

1º Estágio

(23)

Littré (1861) realizou revisão critica dos princípios

Até então os princípios considerados sagrados, invioláveis e o médico uma espécie de sacerdote, atuando a favor da natureza e dos deuses para curar o paciente.

Os princípios da generosidade, dedicação e imparcialidade constituem os pilares que legitimavam a arte médica.

(24)

No início do cristianismo

Doença – punição divina ou

instrumentos para testar a fé

Santo Agostinho – reconcilia ciência e religião

Tradição religiosa

(25)

A autoridade moral do médico baseada em valores hipocráticos foi gradualmente substituída pela autoridade legal

Os direitos humanos desenvolvem-se na seqüência:

1. Civil e política

2. Direitos econômicos – sociais – culturais 3. Direitos ecológicos e das gerações

futuras

Direitos muito relacionados com a saúde

Todos esses direitos estão intimamente relacionados

(26)

Década de transformações sociais e movimentos de massa

Melhora nos níveis educacionais

Expansão da participação democrática pelos direitos civis

Movimentos feministas

Desconfiança das autoridades e instituições

Campanhas para legalização do aborto

2º Estágio – Emergência da bioética e do principialismo (1960)

(27)

Na saúde: especialização – fragmentação, institucionalização,

despersonalização com os cuidados de saúde.

Surgimento de novos problemas decorrentes da alta tecnologia – acarretando mudanças nos valores morais tradicionais.

(28)

Publicação de Katz (1972) – sobre abuso da experimentação científica

1) Tuskegoe – Alabama – 600 negros/sífilis 2) Injeção células cancerosas do fígado em

idosos (22) hospital doenças comuns – Brao Klyn

3) 700 crianças excepcionais – infectados com vírus de hepatite (EUA)

Relatos de abusos da força da ciência sobre a vida dos indivíduos

(29)

Seatle – prioridade da hemodiálise formação de comitê após protestos e demandas programa federal de acesso a hemodiálise.

Dilemas

(30)

1970 – Potter:

Livro Bioethics – Bridge to the future.

1971

Institute Kennedy para estudo de reprodução humana e bioética.

Dilemas

(31)

Caracterizado por críticas aos 4 princípios pela falta de uma visão unificada de pessoa humana.

1) Clouser e Gert – criticam a falta de uma base filosófica teórica para os 4 princípios.

Busca de um conceito que coordene e integre esses princípios.

Propõem uma moralidade comum, universal com regras e idéias fundamentais em aspectos da natureza humana.

Estabelecer um consenso em um contexto de pluralidade.

3º Estágio – Antiprincipialismo

(32)

2) Engelhardt – modelo radical

Paradigma libertário inspirado no liberalismo (em defesa dos direitos e da propriedade do indivíduo).

Coloca em primeiro lugar a autonomia.

Justifica o corpo como propriedade individual e legítima a venda de sangue e órgãos.

Na 2ª edição faz revisão e substitui a autonomia pela permissão (consentimento livre).

(33)

3) Em contraste – Pellegrino (1995) propõe – as virtudes dos profissionais da saúde.

Fidelidade com a confiança nele depositada

Benevolência

Compaixão

Honestidade intelectual

Justiça e prudência

(34)

4) Modelo casuístico Jhonsen – Toulman (1988)

Propõe análise caso a caso sem embasamento das decisões em princípios pré-estabelecidos.

A ação se estabelece por análise e comparação com casos semelhantes.

(35)

4º Estágio

Nihilismo e ceticismo na filosofia e ética contemporâneas.

(36)

Leocaldano: “existe um núcleo de questões que precisam ser reconduzidas dentro de regras de caracter moral e não sancionadas juridicamente” e um outro “no qual as questões devem ser mais rigidamente sancionadas e portanto codificadas”.

O 1.º aspecto se refere ao pluralismo, a tolerância, a solidariedade, prevalecendo a idéia de legitimidade.

O 2.º dez mais respeito a responsabilidade e a justiça e prevalece a idéia a legalidade.

(37)

Ética da responsabilidade científica e social

“Na sociedade planetária de alto risco”, não se pode mais privilegiar o bem estar deste ou daquele grupo social, mas a sobrevida, a qualidade de vida e a integridade do gênero humano – Hans Jonas

Homem tecnológico – equilíbrio – homem ético

Progresso científico e tecnológico deve avançar em consonância com o ético. O ético não autoritário, não proibitivo do desenvolvimento científico.

1) Estimular o desenvolvimento das ciências dentro das fronteiras humanas;

2) Desestimulá-la quando avançar em direção a limites desumanos.

(38)

O progresso intelectual (científico-tecnológico) avança mais rapidamente que o progresso moral (ético). Segundo Jonas o progresso ético coletivo deve avançar através de:

1) Da legislação dos Estados Modernos;

2) Dos certos valores que são incorporados nos códigos das leis;

3) Dos comportamentos públicos.

Hans Kung – “Devemos avançar de uma ciência eticamente livre para outra eticamente responsável, de uma tecnocracia que domina o homem para uma tecnologia a serviço da humanidade e do próprio homem – de uma democracia jurídico – formal a uma democracia real que concilie liberdade e justiça”.

(39)

CEP – Colegiado interdisciplinar e independente em “munus público”, de carater consultivo, deliberativo e educativo, criado para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento de pesquisa com padrões éticos.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(40)

Instituições que realizam pesquisa = Um ou mais Comitês de Ética

Instituição

Criação do CEP

Condições para funcionamento COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(41)

Composição:

Colegiado ›/ 07 elementos (no mínimo) Ambos os sexos

Profissionais de Áreas de Saúde, Ciências Exatas, ciências sociais, ciências humanas, Teologia

Membros da Sociedade/Usuários Consultores “ad hoc”

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(42)

ATRIBUIÇÕES DO CEP

Revisar todos os protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos, inclusive os multicêntricos, cabend-lhe a responsabilidade primária pelas decisões sobre a ética da pesquisa a ser desenvolvida na instituição, de modo a garantir e resguardar a integridade e os direitos dos voluntários participantes nas referidas pesquisas;

Emitir parecer consubstanciado por escrito, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, identificando com clareza o ensaio, documentos estudados e data de revisão. A revisão de cada protocolo culminará com

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(43)

Com seu enquadramento em uma das seguintes categorias:

a) aprovado;

b) com pendência: quando o Comitê considera o protocolo como aceitável, porém identifica determinados problemas no protocolo, no formulário do consentimento ou em ambos, e recomenda uma revisão específica ou solicita uma modificação ou informação relevante, que deverá ser atendida em 60 (sessenta) dias pelos pesquisadores;

c) retirado: quando, transcorrido o prazo, o protocolo permanece pendente;

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(44)

d) Não aprovado

e) Aprovado e encaminhado, com o devido parecer, para apreciação pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP/MS, nos casos previstos.

Manter a guarda confidencial de todos os dados obtidos na execução de sua tarefa e arquivamento do protocolo completo, que ficará a disposição das autoridades sanitárias;

Acompanhar o desenvolvimento dos projetos através de relatórios anuais dos pesquisadores;

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(45)

Requerer instauração de sindicância à direção da instituição em caso de denúncias de irregularidades de natureza ética nas pesquisas e, em havendo comprovação, comunicar à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP/MS e, no que couber, a outras instâncias; e

Manter comunicação regular e permanente com a CONEP.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(46)

A revisão ética de toda e qualquer proposta de pesquisa envolvendo seres humanos não poderá ser dissociada da sua análise científica. Pesquisa que não se faça acompanhar do respectivo protocolo não deve ser analisada pelo Comitê;

Cada CEP deverá elaborar suas normas de funcionamento, contendo metodologia de trabalho, a exemplo de:

elaboração de atas; planejamento anual de suas atividades; periodicidade de reuniões; número mínimo de presentes para início das reuniões; prazos para emissão de pareceres; critérios para solicitação de consultas de experts na área em que se desejam informações técnicas;

modelo de tomada de decisão, etc.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – ATUAÇÃO DO CEP

(47)

Razões de Sucesso

Apoio e envolvimento institucional (infra-estrutura;

promoção de eventos).

Multidisciplinaridade.

Regularidade nas reuniões.

Presença de Usuários.

Regimento interno aprovado.

Formulário para parecer consubstanciado.

Capacitação dos membros do CEP.

Articulação entre os CEPs como forma de adquirir mais experiência.

Existência de banco de dados – conhecimento da realidade.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(48)

Razões de Sucesso

Conhecimentos sobre Bioética pelos membros do CEP.

Relacionamento com Conselhos Municipais de Saúde.

Instalação dos CEPs respeitando a ResoluçãoCNS 196/96.

Imparcialidade na análise dos projetos de pesquisas.

Rigor e autonomia na emissão dos pareceres.

Visibilidade pública.

Independência dos CEPs.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(49)

Razões de Fracasso

Falta de política de saúde que contemple questões éticas.

Ausência de financiamento para os CEPs.

Não liberação dos membros para as reuniões.

Inexistência de critérios para distribuição dos projetos.

Desconhecimento dos projetos de outros setores.

Distribuição do projeto a um só relator.

Pesquisadores não informados.

Recursos humanos parcos e inadequados.

Falta de apoio institucional para os CEPs.

Aumento da demanda de projetos.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(50)

Razões de Fracasso

Falta de autonomia financeira.

Projetos fora de área de conhecimento e/ou da atuação do relator.

Sobrecarga de trabalho.

Ausência de acompanhamento – avaliação – auditoria.

Credenciamento de CEP sem avaliação da infraestrutura.

Falta de treinamento e Pluralidade das atividades dos membros.

Resistências culturais às novidades apresentadas pela Res. CNS 196/96.

Burocratização dos procedimentos.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(51)

Jean Bernard “A pessoa é uma individualidade biológica, um ser de relações psicossociais, um indivíduo para os juristas. Contudo ela transcende essas definições analíticas. Ela aparece como um VALOR. Nos problemas éticos decorrentes de processos de pesquisas biológicas e médicas dever ser respeitados todos os Homens e o Homem todo”.

I. Kant (sec. XVIII) – “Os seres racionais são chamados de pessoas porque a sua natureza os diferencia como seres em si mesmo, que dizer, algo que não pode ser usado somente como meio e, portanto é um objeto de respeito” - pessoa possui dignidade e valor intrínseco.

Os 4 princípios fundamentais da ética em pesquisa BENEFICÊNCIA E NÃO MALEFICÊNCIA

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(52)

Fazer o bem. Para a filosofia benevolência – um princípio natural da realização do bem dos outros do mesmo modo que temos propensão a cuidar da nossa própria vida saúde e bens particulares

A benevolência, forma genérica de beneficência, de acordo com vários autores tem a seguinte característica:

1) É uma disposição emotiva que tenta fazer bem aos outros 2) É uma qualidade boa do caráter das pessoas – uma virtude 3) É uma disposição para agir de forma correta

4) De forma geral todos os seres humanos normais a possuem

BENEFICÊNCIA

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(53)

O princípio de benevolência constitui para os profissionais da saúde, o bem do paciente, seu bem estar, seus interesses - de acordo com os critérios de bem das diversas profissões.

Princípios da benevolência

Prevenção da saúde e prevenção de doenças pesa os bens e os males - buscando a prevalência dos primeiros.

J. Bernard: “ Todo ato terapêutico, toda decisão, tem como alvo úncio procurar um auxílio eficaz a uma pessoa enferma”.

Relatório Belmont: “A beneficência constitui uma dupla obrigação de primeiramente não causar danos e em segundo lugar maximizar os possíveis benefícios e minimizar os prejuízos.

Nem sempre o carater absoluto (existem condições e existem limites).

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(54)

NÃO MALEFICÊNCIA

Escola Hipocrática – “Primum non nocere”

Medicina: muitas vezes o dano ocorre mas o benefício é maior.

Ex: amputação

Beneficência não é paternalismo. É respeito e autonomia

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(55)

Consentimento livre e esclarecido

Médico possui conhecimentos, avalia riscos e benefícios de cada conduta

Paciente é dono do seu próprio destino e com vontade própria

Quem deve decidir????

Hipócrates no juramento coloca o princípio de beneficência mas não menciona a vontade do paciente.

Platão

O médico dos homens livres – expunha aos pacientes detalhes sobre a enfermidade, suas concepções e seus riscos.

Médico de escravos: tratava seus pacientes sem falar

AUTONOMIA

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(56)

Apesar das várias revoluções sociais e culturais e o desenvolvimento pleno da democracia e dos direitos humanos a relação médico-paciente tem sido paternalista e absolutista

1961 EUA “Direitos dos Pacientes” (direitos do consumidor)

Na Bioética – 3 agentes: Profissionais da Saúde – Paciente – Sociedade cada um com um significado moral específico -

Pacientes – Princípio de autonomia (liberdade) Médico – Beneficência (fraternidade)

Sociedade – Justiça (igualdade)

Auto (próprio) nomia (lei, regimento): Portanto, autonomia = autogoverno - autodeterminação da pessoa tomar decisões que afetam sua vida, sua saúde, sua integridade física e psíquica, suas relações sociais

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(57)

Art. 46 – Código de ética médica - é vedado ao médico “efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévio do paciente ou seu representante legal, salvo em eminente perigo de vida.

Limites – respeito a dignidade e liberdade dos outros e da coletividade.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(58)

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Informação é básica – linguagem acessível

Procedimentos

Riscos/benefícios

Métodos alternativos

Liberdade do paciente sem coação

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(59)

PRINCÍPIOS DA AUTONOMIA

1) Deve ser genuinamente voluntário (Intencionalidade) 2) Informações no nível de compreensão do indivíduo

(Conhecimento)

3) Explicações sobre riscos e benefícios

4) Competência para o consentimento (físicas- psicológicas)

5) Controle externo – coerção (ameaças)

manipulação (afetiva) persuasão (racional)

autenticidade (expontânea)

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP/FAMERP

(60)

JUSTIÇA

G. Berlinguer – “ontem a ética tratava de justiça, de acesso aos serviços de saúde, dos direitos dos enfermos; hoje fala-se unicamente em racionalização dos tratamentos médicos”

Essa visão deformada pretende legitimar decisões políticas fortemente restritivas à aplicação de recursos na área de saúde.

Conceitos de justiça

Grécia – Justiça entendida como uma propriedade natural das coisas, ao ser humano caberia conhecê-las e respeitá-las (jus naturaleza)

Paternalismo – divisão em categorias inferiores e superiores Obediência ao soberano

Pacientes destituídos de autonomia

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(61)

Renascimento: Justiça passa a ser entendida como um bem decidido em um contrato social.

J. Locke (final do sec XVIII) – descreve como bens primários de todo ser humano o direito a vida, a saúde, a integridade física, a liberdade e a prosperidade.

Liberalismo – estado mínimo – medicina liberal (para poucos)

Associações Médicas (sec. XIX) – condenavam médicos que recebiam salários

1) famílias ricas pagavam os honorários arbitrados pelos médicos

2) seguros privados → classe médica

3) maioria dos populares entidades beneficentes (misericórdias)

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(62)

A indigência tirava das pessoas o direito a qualquer reivindicação sobre justiça (pacientes obedientes e gratos)

K. Marx – F. Engels – estado maximalista

Marx – dizia que só se conseguiria a justiça social anulando-se qualquer vestígio de propriedade privada, transformando-se em propriedade coletiva

Nas sociedades socialistas a saúde seria um serviço público obrigatoriamente oferecido a todos segundo suas necessidades.

Séc. XX – OMS – Saúde para todos no ano 2000 – entretanto, o quadro idealizado é bem diferente do real.

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

(63)

Autonomia – CEP – Orientação PESQUISADOR confiança

tolerância

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

Instituição

(64)

“O CEP deve representar um órgão educativo procurando estimular e desenvolver a pesquisa norteando-se por princípios éticos fundamentais de respeito a pessoa humana e nunca ter caráter policialesco”

José Paulo Cipullo

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –

Referências

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