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(1)

Análise Funcional

Maria Elisa de Siqueira Monteiro

(2)

O Conceito de Análise Funcional

Aparece pela primeira vez em 1935 no livro de Skinner “ O Comportamento dos

Organismos.”

“As variáveis externas das quais o

comportamento é função dão margem ao que pode ser chamado de análise funcional.

Tentamos prever e controlar o

comportamento de um organismo individual.”

(3)

O Conceito de Análise Funcional

Análise funcional é o instrumento básico de trabalho de todos os analistas do

comportamento.

O trabalho clínico consiste em identificar

contingências que estão operando e inferir

quais as que operaram no passado.

(4)

Comportamento Operante

Envolve a interação entre um organismo e seu ambiente. Deve especificar:

1. a ocasião em que a resposta ocorre (Sd)

2. a própria resposta (R)

3. as conseqüências reforçadoras (Sr)

(5)

Comportamento Operante

A contingência envolve portanto a relação condicional entre os eventos antecedentes, a resposta e os eventos conseqüentes.

O terapeuta busca identificar a função do

comportamento e não apenas a topografia

das respostas.

(6)

Análise funcional

Através da analise funcional o terapeuta

comportamental pode identificar as variáveis e explicitar as contingências que controlam o comportamento.

Sendo assim torna-se possível levantar

hipóteses a cerca da aquisição e manutenção dos repertórios considerados problemáticos e possibilita o planejamento de uma

intervenção para efetuar mudanças no

(7)

Análise funcional

O cliente aprende que suas dificuldades são passíveis de previsão e controle pois estão sujeitas às leis que regem o comportamento.

Para isso o terapeuta tenta obter o máximo de informações: sessões, entrevistas, diários, observação do relato verbal, observação do comportamento não verbal, em situação

natural e durante a relação terapêutica.

(8)

O analista do comportamento:

utiliza uma formulação objetiva;

utiliza linguagem e métodos científicos;

busca constantemente tecnologia derivada do laboratório

monitora objetivamente os resultados

(9)

O analista do comportamento

faz ciência

interpreta os fenômenos fora do laboratório porém usando os princípios descobertos em laboratório

identifica as variáveis controladoras das

verbalizações do terapeuta e do cliente

durante a intervenção.

(10)

O foco no comportamento do cliente

O cliente  situação aversiva , procura o terapeuta para que essa situação se altere.

O comportamento do cliente foi selecionado pelas conseqüências: tem uma função dentro do seu repertório, mesmo quando é

inadequado.

(11)

O foco no comportamento do cliente

Ex: cliente emite respostas de lavar as mãos compulsivamente e pensamentos intrusivos e recorrentes de contaminação.

conflito (ansiedade x mãos feridas)

(12)

O foco no comportamento do cliente

1. O cpto do cliente tem uma ou várias funções

2. O terapeuta deve descobrir quando e como esta resposta se instalou e como ela se

mantém no repertório do sujeito

(13)

O foco no comportamento do cliente

3. esta descoberta se faz pela análise funcional que envolve pelo menos três momentos da vida do cliente

a) história passada (macro - análise)

b) comportamento atual (micro - análise)

c) a relação que ele estabelece com o terapeuta

(durante as sessões)

(14)

Cuidados

Ao fazer análise dos comportamentos que ocorrem durante a sessão o terapeuta deve estar atento ao fato de que ele próprio está fazendo parte das contingências  estímulo reforçador e estímulo discriminativo.

O cpto que o cliente está emitindo faz parte

de seu repertório geral? Ocorre apenas na

relação terapêutica?

(15)

Procedimento

coleta de dados

levantamento de hipóteses

Análise funcional durante o processo pois

oriente a observação sobre o cpto do cliente na sessão e seus relatos sobre o que

acontece fora da sessão.

Análise funcional ao final do processo no

planejamento da manutenção e generalização

das mudanças comportamentais obtidas

(16)

Caso Clínico

sexo masculino, 34 anos, engenheiro,

trabalha em empresa, mora com os pais, tem um irmão casado e mais velho.

queixa:dificuldade em relacionamentos em geral, principalmente com mulheres.

nunca namorou, não tem amigos

(17)

Caso Clínico

tempo livre: Tv ou computador.

inteligente, bem articulado, percebe seu

déficit comportamental e relata sentir solidão, tristeza e ansiedade

“vida chata, vazia, cinzenta”

(18)

Macro - análise

acesso via relato verbal; cliente pode ter dificuldade para lembrar ou esquiva.

outros recursos: relato de sonhos, fantasias, poemas/músicas que possam funcionar como Sds para evocar eventos da história passada.

adolescente tímido, desajeitado, curioso e assustado com as meninas.

elas riam dele

(19)

Macro -análise

pai-comparação com o irmão; dizia que ele era um fracasso.

15 anos aproximação da menina mais popular da classe : ficou “vermelho como um tomate”

(estímulo aversivo condicionado)

ele então estabelece uma regra: “se eu for falar

com qualquer mulher vou ficar vermelho como

um tomate e tudo dará errado” =>respostas de

esquiva de mulheres em geral

(20)

Macro- análise

ambiente punitivo

irmão: fonte de estimulação aversiva, modelo inatingível (pai reforçava respostas do irmão) aproximar- se de mulheres produziu como

conseqüência punição (risada, exposição ao

ridículo).

(21)

Macro - análise

imitação de modelos do grupo de amigos

cpto controlado por auto-regra: esquiva social.

micro-análise  acesso via relato verbal e registro do cpto.

falar com moça do trabalho ao telefone

Nova regra: “se eu tentar a chance é de 50% se

não tentar a chance é zero”

(22)

pg 40/41 transcrição conversa telefônica

P: - Oi, como vai?

M: - Tudo bem, e você?

P: - Ai, você nem imagina, estou super gripado.

M: - que chato.

P:- pois é, uma gripe horrível, com dor de

garganta, febre e nariz escorrendo.

(23)

M: -Puxa!

P: - Pois é eu comecei a tomar aspirina, mas me deu dor de estômago. Aí tomei um remédio para azia, me deu dor de cabeça. Nem sei mais o que fazer.

M: - Tenta descansar e tomar vitamina C. Aquele dia no trabalho você se queixou que estava

cansado.

P: -Também já tomei, mas não adiantou. E Você

está legal?

(24)

M:- Ah, eu estou. Hoje é sábado, não tem trabalho, pude dormir até tarde e estou ótima. E você, vai ficar em casa hoje?

P: -Acho que vou. Também com essa dor horrível no corpo, indisposição e cansaço.

Acho que vou tomar um Dorflex.

M: - Olha faz assim, vamos desligar, você

descanse bem, outro dia a gente conversa.

P: - Bom, tá bem, já que você quer assim.

(25)

Problemas

conteúdo da fala queixa de doença

descrição de sintomas

relatos de medicamentos e de efeitos colaterais severo déficit de repertório

menina reforça, pergunta o que ele vai fazer no sábado  ele fala de novo da doença!

garota encerra a conversa  punição.

(26)

levantamento de assuntos adequados análise do aqui e agora da sessão

terapeuta: audiência não punitiva cria

condições para que o cpto antes punido

volte a aparecer no repertório do cliente

(Skinner, 1967)

(27)

na sessão terapeuta observa e analisa o comportamento diretamente em sua topografia, intensidade e freqüência.

poesia  contato reforçador com a

terapeuta e com a moça

(28)

O comportamento do terapeuta como foco de análise

o cpto do terapeuta: não é aleatório.

deve criar condições necessárias que permitirão ao cliente conhecer essas contingências.

Consciência segundo Skinner (1945) estar

consciente , como uma forma de alguém

reagir ao seu próprio comportamento é um

(29)

Na relação terapêutica o elemento funcional para desencadear e prover o processo de conscientização do cliente é o terapeuta.

Skinner (1945/59) afirma que é somente por que o comportamento do indivíduo é

importante para a sociedade que a sociedade torna-o, então , importante para o indivíduo.

“Alguém se torna consciente do que está

fazendo somente após a sociedade ter

(30)

terapeuta = comunidade verbal

O terapeuta precisa discriminar as

contingências em operação para ensinar

o cliente a discriminá-las: objetivo auto-

conhecimento por parte do cliente que

depende do terapeuta (CV) para atingir

esse objetivo.

(31)

Contingências que produzem a conscientização do terapeuta:

conhecimento teórico, fazer parte de um grupo sócio-profissional, atentar

para as contingências que controlam o cpto do cliente, a análise que outro

terapeuta faz do comportamento daquele terapeuta (terapia e

supervisão).

(32)

Caso clínico

M. sexo feminino, 35 anos, publicitária, bem sucedida, solteira, mora com os

pais. Bom nível sócio-econômico.

Católica praticante, tem dois irmãos

mais velhos casados e dois sobrinhos

pequenos. Articulada, boa aparência.

(33)

Caso clínico

existe mais de dez anos de diferença de idade entre ela e os irmãos. Família

super protetora com M.

relata ter sintomas de depressão há dois anos desde que terminou um

namoro.

fez terapia na abordagem Junguiana,

sem ter obtido resultados satisfatórios.

(34)

Caso clínico

Seu pai é japonês e a mãe italiana.

Queixa principal: dificuldade em relacionar- se com o sexo oposto

“em relação à parte afetiva eu sou um zero, um zero à esquerda”

Possui algumas amizades

Não valoriza seu sucesso profissional

Relata grande insegurança com relação à sua

(35)

“Se colocassem três mulheres na frente de um cara: uma loira, uma morena e uma

japonesa, sabe quem ele escolheria?

Qualquer uma menos a japonesa.”

(36)

“Detesto japonês que vem em cima de mim só por que eu

sou mestiça”.

“Odeio quando me chamam de japonesa, sou mestiça”.

“não gosto do meu rosto,

plástica não adianta, só

(37)

Caso clínico

relatou dificuldade para sair de casa, saindo apenas para trabalhar.

quando saia com amigos, voltava cedo pois a mãe ficava esperando por ela.

relata sentir-se culpada e responsável pela mãe que também sofre de

depressão.

(38)

Caso clínico

Macro-análise: cliente não se recorda da

infância, única recordação viagens para Serra Negra. Rigidez da família: regras, hábitos,

controle sobre os filhos. Relata que o pai não queria que ela nascesse.

Toda vez que o irmão mais velho ia viajar a

mãe dela adoecia e piorava da depressão.

(39)

Relacionamentos Anteriores

Namorou por 10 anos com um homem

casado que depois se divorciou, pai de três filhos.Ele nunca assumiu o namoro com ela, morava em outra cidade e sofre de

alcoolismo.

Depois de alguns anos namorou por 7 meses um colega de trabalho recém separado que a abandonou. Apresentou fortes sintomas

depressivos após este fato. Apresentou leve

(40)

Micro- análise : dados

Quando seus pais viajam, pedem para que a irmã de M. tome conta dela, o que deixa M. furiosa. Briga muito com os irmãos, compete com o irmão pela atenção dos pais.

Apresenta agressividade e irritabilidade:

com a família, no trânsito, com colegas,

com atendente ao telefone, com

(41)

Micro- análise : dados

Poucos estímulos reforçadores

Tempo livre: ficar deitada vendo TV com a mãe, chorar, olhar foto do ex- namorado.

Apresenta problemas de adesão à

medicação.

(42)

Micro- análise : dados

possui uma “tia solteirona” a quem todos

pedem favores, relata que não quer “terminar igual a tia fulana”. “ Sinto raiva quando vejo um casal passeando na rua”.

relata sensação de fracasso por não conseguir um relacionamento afetivo.

ficou agressiva quando o irmão pediu que ela acompanhasse a cunhada ao hospital.

costuma contar para a mãe os fracassos: mãe

(43)

Análise funcional

Possui algumas auto-regras construídas a partir das experiências anteriores e da observação do relacionamento dos pais, irmãos, e das regras da igreja.

“A mulher só tem valor se é casada e tem filhos.”

“O homem tem que cortejar a mulher”.

”Nenhum presta”.

(44)

Auto-regras

“Tem que casar na igreja, por isso não se deve namorar homem separado e com filhos.”

“Tem que ter emprego, faculdade, falar

outra língua, ter um carro bom, pagar o

restaurante e o cinema, dar presentes.”

(45)

Auto-regras

“Não é certo deixar meus pais

preocupados, eles são idosos, não devo sair e voltar tarde”.

“Minha mãe pode ter um troço!”.

“O correto é sempre expressar minhas

opiniões, antes eu não fazia isso e me

ferraram.”

(46)

Análise funcional

Escolha por amores impossíveis:dificuldade para se separar da mãe, mãe funciona como modelo de comportamento para M. inclusive dos comportamento depressivos : “ ela não agüenta nada” . Mãe produz reforçadores

positivos: alimentação, arrumação, cuidados, atenção.

Separar-se da mãe sinaliza punições por

parte da família e “chantagem” da mãe.

(47)

Análise funcional

por outro lado ficando com a mãe: sente que está protegida, evita exposição, evita arriscar- se, talvez ser rejeitada, esquiva de contato íntimo com homens que poderiam criticar sua aparência.

Baixa densidade de reforço

redução ou perda da atividade  tx. baixa de respostas, escassez de reforço

O reforço para o “não responder” é maior do

que para o responder.

(48)

Análise funcional

Repertório inadequado  não ocorre reforçamento social, é evitada pelos outros.

Assuntos inadequados: religião, críticas

a quem acabou de conhecer, agressão

verbal, irritabilidade: “por que ao invés

de se preocupar com animais você não

se preocupa com pessoas?”

(49)

Análise funcional

Separação: perda súbita do reforço que era produzido na relação com o

namorado  sobram poucas alternativas de reforço.

A fonte de reforçamento perdida

mantinha grande proporção do

repertório de M.

(50)

Análise funcional

Punição prolongada e sem possibilidade de fuga (falta repertório)

Mãe : crítica e exigente, dependente,

“chantagem”

Reforço intermitente do comportamento de angústia: lamentação, choro, irritabilidade  reduz a probabilidade de estimulação aversiva produzida pelos outros

Também ocorre o reforçamento positivo:

(51)

Análise funcional

Reage com agressividade quando é cuidada

 interpretação incorreta, os outros se

afastam, evita situações sociais que exijam um repertório muito ativo.

Atenção seletiva a memórias e eventos negativos.

Cpto verbal: insultos auto-dirigidos,

reclamações, julgamentos de si e dos outros,

rigidez, regrasconseqüência é o

(52)

Análise funcional

Busca de um ideal cultural

Muitas mulheres vivem bem sozinhas

Trabalho  só enquanto não consegue marido? Pouco competitiva, ausência de ambição : pode perder a competição

“Não agüento nada”.

(53)

Intervenção

idealização das relações afetivas  modelo mais real de relação.

cultivar uma variedade de fontes de reforço e atividades reforçadoras.

praticar atividade física.

(54)

Intervenção

internet: parceiros

evitar rigidez nas características dos

pretendentes  experiências, não ficar

“armada”

aceitar sentimentos: são normais

trabalho voluntário: adotar criança (se

valorizar)

(55)

Intervenção

sair com parceiros  dar certo?

Contestar as regras. A situação mudou então a regra antiga não se aplica.

dar chance para quem gosta dela

sair com amigas, inclusive as casadas

(56)

Intervenção

sair sozinha

levantar reforçadores: massagem, maquiagem, gastronomia, vinho.

identificar interpretações erradas sobre fatos e ações de outras pessoas

auto-depreciação

(57)

Intervenção

doenças físicas: dor de cabeça,

estômago, vesícula, TPM  justifica a agressividade: por isso não trata?

identificar situações que desencadeiam e controlar.

esperar que o outro faça: a família

sempre fez tudo por ela  reforçar a

independência

(58)

   

Referências Bibliográficas

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Referências

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