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PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

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Academic year: 2021

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RE\863409PT.doc PE459.777v01-00

PT

Unida na diversidade

PT

PARLAMENTO EUROPEU 2009 - 2014

Documento de sessão

4.4.2011 B7-0240/2011

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

apresentada na sequência de declarações do Conselho e da Comissão nos termos do n.º 2 do artigo 110.º do Regimento

sobre os ensinamentos a extrair na perspectiva da segurança nuclear na Europa na sequência do acidente nuclear no Japão

Giles Chichester, Konrad Szymański, Evžen Tošenovský em nome do Grupo ECR

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B7-0240/2011

Resolução do Parlamento Europeu sobre os ensinamentos a extrair na perspectiva da segurança nuclear na Europa na sequência do acidente nuclear no Japão

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a Directiva 2009/71/Euratom do Conselho, de 25 de Junho de 2009, que estabelece um quadro comunitário para a segurança nuclear das instalações nucleares – Tendo em conta as Conclusões do Conselho "Energia" de 28 de Fevereiro e 21 de Março, – Tendo em conta as Conclusões do Conselho Europeu de 25 de Março,

- Tendo em conta a sua anterior resolução sobre o décimo e o décimo-quinto aniversário da catástrofe nuclear que afectou a estação de Chernobyl,

– Tendo em conta o n.º 2 do artigo 110.º do seu Regimento,

A. Considerando que o recente sismo com milhares de vítimas no Nordeste do Japão conduziu ao encerramento de uma série de reactores nucleares operacionais no Japão e que o tsunami que se lhe seguiu com vagas gigantescas, superiores a 10 metros, destruiu não só as redes eléctricas existentes, mas também os sistemas de salvaguarda e

abastecimento de emergência da central nuclear de produção de electricidade de Fukushima Daiichi; que a resultante falta de capacidade de arrefecimento conduziu ao sobreaquecimento de alguns dos elementos do combustível nuclear e a uma fusão de partes do núcleo do reactor; que, até ao momento, a IAEA qualificou estes acontecimentos como acidente grave (nível 6) na escala internacional INES,

B. Considerando que, à luz destes acontecimentos, pode ser necessário repensar as normas de segurança nuclear na Europa, logo que estejamos na posse de todos os factos relevantes disponíveis,

C. Considerando que a composição do cabaz energético na UE continua a ser do âmbito de competências dos Estados-Membros, mas que, ao mesmo tempo, a segurança nuclear é matéria de âmbito transnacional e poderia, por conseguinte, ser mais eficazmente acometida no âmbito da competência regulamentadora da UE,

D. Considerando que, não obstante as importantes preocupações suscitadas pelo acidente no Japão, a energia nuclear continuará, certamente, a constituir parte do cabaz energético no futuro, incluindo em muitos Estados-Membros da EU, e que, por conseguinte, cumpre continuarmos a procurar obter os mais elevados níveis de segurança, visando a preparação e a protecção contra quaisquer situações potencialmente perigosas,

E. Considerando que, de acordo com os dados da Comissão, a energia nuclear representava 13,4% do consumo nacional bruto de energia em 2008, com um crescimento previsto para 15% em 2030 num cenário normal,

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F. Considerando que o relatório de Maio de 2010 "Project Europe 2030", elaborado pelo grupo de reflexão criado pelo Conselho Europeu, salienta a necessidade de os europeus darem início a um sério debate sobre a necessidade de energia nuclear segura na Europa, e que a Europa não pode permitir-se abandonar esta fonte de energia,

1. Manifesta o seu pleno apoio e simpatia para com o povo do Japão afectado por esta catástrofe nuclear, causada pelos efeitos combinados do sismo e do tsunami, bem para com os trabalhadores do sector da energia que estão na linha da frente da central de energia nuclear de produção de electricidade de Fukushima Daiichi;

2. Acolhe favoravelmente a pronta reacção da Comissão sobre os graves acontecimentos no Japão, ao iniciar avaliações de segurança e risco à escala da UE para as instalações nucleares de produção de energia eléctrica, ‘testes de stress’, em cooperação com os Estados-Membros; congratula-se com o apoio do Conselho Europeu a avaliações abrangentes e transparentes de risco e de segurança, bem como a revisão do quadro de segurança nuclear;

3. Exorta a Comissão a assegurar que estas avaliações sejam levadas a efeito até ao final do presente ano, de forma coordenada e independente, pelas autoridades competentes (ou pelas autoridades competentes em matéria de segurança) para todas as instalações nucleares existentes e planeadas na UE; salienta que as avaliações devem assentar num padrão de avaliação rigoroso e harmonizado, que abranja todos os tipos de riscos concebíveis num cenário europeu realista, como sismos, inundações ou eventos imprevistos, nomeadamente atentados terroristas e ciberataques ou quedas de aviões;

salienta a importância de envolver plenamente o Grupo de Reguladores Europeus em matéria de Segurança Nuclear (ENSREG) e a Associação dos Organismos de

Regulamentação Nuclear da Europa Ocidental (WENRA) no desenvolvimento das avaliações de risco e de segurança;

4. Exorta a Comissão e os Estados-Membros a envidarem todos os esforços para assegurar que estes ‘testes de stress’, bem como as subsequentes normas de segurança e gestão de resíduos nucleares não se apliquem apenas na UE, mas também às centrais nucleares de produção de energia eléctrica construídas ou planeadas nos países terceiros vizinhos da UE e internacionalmente; entende que a UE recorrerá, a este respeito, plenamente às organizações e organismos internacionais; exorta a UE e os Estados-Membros a darem início a um debate no âmbito da IAEA, com o objectivo de estabelecer um quadro de segurança nuclear mais firme a nível internacional; exorta os Estados-Membros com instalações nucleares de produção de energia eléctrica a envolverem os Estados-Membros vizinhos na supervisão da segurança;

5. Recorda que, em Abril de 2009, o Parlamento Europeu votou favoravelmente o reforço da Directiva relativa à segurança nuclear, nomeadamente, conferindo aos princípios de segurança da IAEA um carácter legal e não voluntário; observa que, até à data, nem todos os Estados-Membros transpuseram plenamente para a sua legislação nacional a directiva revista relativa à segurança nuclear; afirma a importância de uma verdadeira cooperação sobre a Directiva relativa à gestão dos resíduos nucleares e do combustível usado, e exorta o Conselho a considerar seriamente as recomendações do Parlamento Europeu;

6. Solicita à Comissão que averigúe, até finais de 2011, se é necessário apresentar uma

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proposta de revisão da Directiva relativa à segurança nuclear, e considera que uma tal decisão e subsequente proposta devem assentar nos resultados dos planeados ‘testes de stress’, tendo em conta uma análise aprofundada do acidente nuclear no Japão;

7. Manifesta a sua preocupação face às notícias, segundo as quais a Tepco, a companhia que opera Fukushima, ter informado as autoridades reguladoras de diversas falhas a nível da inspecção, pouco antes da ocorrência do acidente nuclear de Fukushima; solicita à Comissão, à luz de tais potenciais falhas regulamentares, que analise a eficácia, as competências e a independência da supervisão regulamentar na Europa e proponha melhorias, quando necessário; solicita à Comissão que, para o efeito, examine as possibilidades da criação de uma entidade reguladora da segurança nuclear da UE, com base no quadro da WENRA, com as necessárias competências para assegurar uma abordagem comum da segurança nuclear;

8. Exorta a uma abordagem holística da cultura da segurança, que inclua normas de

segurança, um organismo regulador independente e forte, recursos humanos e financeiros apropriados, bem como uma adequada informação dos cidadãos;

9. Solicita à Comissão que promova e intensifique a cooperação entre as autoridades europeias competentes em matéria de segurança nuclear;

10. Congratula-se com a proposta da Comissão de alargar o Programa-Quadro Euratom em matéria de investigação nuclear e actividades de formação aos anos de 2012 e 2013, o que representa um importante contributo para a melhoria do desempenho em matéria de segurança nuclear e protecção contra as radiações; reclama um ambicioso programa de investigação na área da segurança nuclear e da gestão dos resíduos no próximo QFP;

assinala que, com vista a prováveis aumentos da futura procura de electricidade, a energia da fusão poderá ter o potencial de contribuir consideravelmente para a produção de electricidade e calor; solicita, por conseguinte, para o efeito, que sejam respeitados os compromissos internacionais da UE;

11. Exorta ao pleno uso do âmbito geográfico mundial do Instrumento para a Cooperação no domínio da Segurança Nuclear (ICSN), nomeadamente para financiar actividades com o Japão, e a um reforço da cooperação entre a ICSN e o Centro Internacional de Segurança Sísmica da AIEA (CISS);

12. Exorta a Comissão, o Conselho e os Estados-Membros a tomarem quaisquer medidas adequadas para assegurar que a futura construção de centrais nucleares de produção de energia eléctrica preste a devida atenção aos riscos sísmicos e de inundação; entende que a construção de centrais nucleares de produção de energia eléctrica nas fronteiras externas da UE deve ser conforme às normas internacionais ambientais em matéria de segurança nuclear;

13. Assinala que a energia nuclear é, actualmente, indispensável para garantir o

aprovisionamento energético da Europa com um baixo teor de carbono; salienta a ainda maior importância da eficiência energética e das energias renováveis, após os recentes acontecimentos; exorta os Estados-Membros a acelerarem a implementação do Plano de Eficiência Energética e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis de baixo teor de carbono, como a TCS ou o carvão limpo e as fontes renováveis de energia; solicita à

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Comissão, bem como à ENTSO-E, ENTSO-E, ENTSO-G e ACER que acompanhem de perto os eventuais desenvolvimentos e extraiam as necessárias conclusões de todos eles, em particular no que respeita aos requisitos de desenvolvimento da rede e a outras consequências;

14. Exorta a Comissão Europeia e os Estados-Membros a envidarem todos os esforços

necessários para modernizarem e expandirem a infra-estrutura energética da Europa e para interconectarem as redes transfronteiras, a fim de precaver um apagão, o que poderia conduzir a catástrofes devastadoras como a recentemente ocorrida no Japão;

15. Salienta a importância de desenvolver tecnologias de armazenamento de energia e redes inteligentes, a fim de possibilitar a manutenção de um aprovisionamento energético fiável para o futuro;

16. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão e às agências reguladoras, organismos e redes da UE referidos na presente resolução.

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