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AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE MOTORA E RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM LESÃO MEDULAR

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Academic year: 2022

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Autores

Gracyeli da Conceição Fimino¹, Laline Fran- cielle Rodrigues da Silva¹, Marcos Adriano Salício², Viviane Aparecida Martins Mana Salício³, Walkiria Shimoya–Bittencourt4.

1 – Acadêmicas de fisioterapia da Universidade de Cuiabá, UNIC.

2 – Docente do curso de Fisioterapia do Centro Uni- versitário de Várzea Grande, UNIVAG. Mestre em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

3- Docente do curso de Fisioterapia do Centro Uni- versitário de Várzea Grande, UNIVAG. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

4- Docente do Curso de Fisioterapia da Universi- dade de Cuiabá (UNIC). Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP.

Correspondência Autor Walkiria Shimoya-Bittencourt.

Rua Sumatra, numero 316, Shangri-lá, CEP: 78070-170.

(65) 8134-4667.

E-mail: wshimoya@yahoo.com.br

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AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE MOTORA E RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM LESÃO MEDULAR

EVOLUATION OF FUNCTIONALITY MOTOR AND RESPIRATORY IN PATIENTS WITH LESION MEDULLARY

RESUMO

A lesão medular é considerada um problema social grave que vem aumentando atualmente cujo impacto na vida do paciente consiste desde alterações psicológi- cas, sociais a queda no desempenho funcional e disfunção respiratória.

Objetivo: Verificar a independência funcional, força muscular respiratória e função pulmonar de pacientes com lesão medular.

Métodos: Foi realizado um estudo transversal em pacientes com lesão medular ao nível de T1 a L2. Foram excluídos do estudo pacientes com paralisias ou tetra- plegias associadas a outras patologias. Foram coletados dados de condições so- cioeconômicas, demográficas e clinicas dos pacientes e foi utilizada para avaliar a independência funcional a escala de MIF, a espirometria para verificar a função pulmonar e a manovacuometria para medir a força muscular respiratória.

Resultados: Participaram do estudo 10 voluntários com idade média de 36,6±15,3, sendo 80 % do sexo masculino. A PIMAX apresentou a média de 66,6±31,8 cmH2O e PEMAX apresentou média de 42,5±21,5 cmH2O. PFE apre- sentou valor médio de 56,5 ± 26,0 % do previsto, o VEF1 apresentou um valor médio de 73,7 ± 33,1 % do previsto; a CVF apresentou um valor médio de 90,3

± 40,6 % do previsto; a CVF/VEF1 apresentou valor médio de 92,8 ± 32,9 % do previsto; o FEF 25-75 apresentou valor médio de 62,0± 48,8 % do previsto. A MIF motora teve média de score de 54,9±1,9 pontos e na MIF cognitiva a média do score foi 30,5±1,0 pontos.

Conclusão: Pacientes com lesão medular de T1 a T12 não apresentam com- prometimento cognitivo, da função pulmonar apesar de apresentarem menores valores de força muscular respiratória e do PFE.

Descritores: Medula Espinhal, Força Muscular, Espirometria, Fisioterapia.

INTRODUÇÃO

A lesão medular (LM) é definida como o trauma na medula espinhal, causan- do, abaixo do nível da lesão, uma interrupção na condução dos tratos nervosos motores e sensitivos. A LM pode ser classificada em profunda e superficial, oca- sionando alterações nas funções motoras, sensitivas, autonômicas, sexuais, vis- cerais, respiratória e trófica 1-3.

Estudos epidemiológicos mostram que a lesão medular traumática possui a maior incidência etiológica no mundo e no Brasil. De acordo com analises de casos que ocorrem na população em geral o Brasil ocupa o segundo lugar de país com maior incidência de trauma na medula espinhal4.

Além disso, a LM é considerada um grave problema social acometendo mais indivíduos adultos jovens, com faixa etária menor de 40 anos, ativos, do sexo masculino (na proporção 3:1) e de menor grau de escolaridade 5,6.

Pelo fato de estar aumentado muito atualmente, também está se tornando um enorme problema de cunho financeiro ao individuo, uma vez que esta deficiência ainda não tem cura. Do mesmo modo, o impacto causado na vida do indivíduo com lesão medular é elevadíssimo acarretando alterações psicológicas, sociais, queda do desempenho funcional e insatisfação com a vida7.

As causas mais frequentes para lesão medular são ocasionadas por arma de fogo (8,7%), acidentes de trânsito (37,2%), quedas (16,8%), prática de esportes (7%) e mergulho em águas rasas (8%) 8-11.

As lesões medulares são classificadas por dois critérios: completa ou incomple- ta. Na lesão completa ocorre o comprometimento total da via motora e sensitiva

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abaixo do nível da lesão, já a incompleta ocasiona perda motora e sensitiva par- cial abaixo do nível da lesão. Além do mais, a instalação da LM pode ser rápi- da, manifestando um quadro clínico denominado de choque medular. Neste, os sinais clínicos iniciais dos indivíduos, os quais incluem disfunções esfincterianas, sexuais, paralisia flácida, anestesia abaixo do nível de lesão, podem gerar um falso diagnóstico nos primeiros 6 meses, apesar do prognóstico se tornar exato quando a fase aguda passar 12-14.

Após a fase de choque pode-se classificar o nível da lesão e seu comprometi- mento em tetraplegia ou paraplegia. A tetraplegia é a lesão ao nível da coluna cervical definida como a perda ou diminuição da função sensorial e motora dos membros superiores e inferiores. Já a paraplegia é consequência do trauma na região da coluna torácica, lombar e sacral, levando a perda motora ou sensitiva dos membros inferiores 15.

Dentre as alterações que ocorrem em indivíduos com lesão medular, pode ha- ver comprometimento da função respiratória e da força muscular dos músculos respiratórios, até mesmo em portadores de paraplegia alta que acomete a raiz nervosa entre T1 a L2.

Dessa forma, a avaliação da força muscular respiratória pode ser mensurada pela manovacuometria através das medidas de pressão inspiratória máxima (PI- MAX) a pressão expiratória máxima (PEMAX) que refletem respectivamente a força muscular inspiratória e expiratória. Assim como a função pulmonar pode ser verificada pela e espirometria, que consiste em um exame simples e de fácil manuseio. É realizado por profissionais especializados, sendo assim, os resulta- dos obtidos são comparados com os valores de referência para cada sexo e faixa etária 16,17.

Dentre as alterações que os pacientes apresentam por consequência da LM, pode-se avaliar qual o grau de capacidade e incapacidade deste individuo para suas atividades de vida diária (AVDS) através da Medida de Independência Fun- cional (MIF). Este instrumento foi elaborado para ser utilizado como uma escala de 7 (sete) níveis que representam os graus de funcionalidade, variando da in- dependência à dependência, refletindo a carga de cuidados para a incapacidade em questão. A classificação de uma atividade em termos de dependência ou in- dependência é baseada na necessidade de ser assistido ou não por outra pessoa e, se a ajuda é necessária, em qual proporção18.

A fisioterapia tem desenvolvido um papel importante na vida dos portadores de LM, incluindo a necessidade de evitar complicações pelo desuso mecânico, que ocorrem devido ao repouso prolongado. Assim sendo, a fisioterapia demonstra resultados satisfatórios em relação a prevenção de aparecimento das ulceras de pressão, melhorando o controle do esfíncter anal e vesical, contribuindo para a transferência do individuo em decúbitos e recrutando fibras musculares, para que desse modo possa melhorar o ganho da força muscular e consequentemente minimizar as incapacidades e complicações ajudando no retorno deste individuo para vida social19,20.

Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a independência funcional, força muscular respiratória e função pulmonar de pacientes com lesão medular.

MÉTODO

Foi realizado um estudo observacional do tipo transversal. Participaram do estu- do pacientes com lesão medular ao nível de T1 a L2 que frequentavam a clinica escola de fisioterapia da Universidade de Cuiabá (UNIC).

Foram excluídos do estudo pacientes que não conseguissem realizar o protocolo do estudo e disfunções musculoesqueléticas de origem traumato-ortopédicas.

Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da UNIC sob o número de pro- tocolo178. 549/2013. Para participar da pesquisa todos os voluntários assinaram um termo de consentimento livre esclarecido.

Foram coletados dados referentes às condições socioeconômicas, demográficas

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e clinicas dos pacientes.

Para avaliar a independência funcional foi utilizada a escala de Medida de Inde- pendência Funcional (MIF) que é considerado um instrumento apropriado para avaliar o grau de incapacidade dos pacientes com restrições funcionais de ori- gem variada21-23. A MIF é composta por um conjunto de perguntas sobre tarefas de vida diária e funções motoras e cognitivas descritas por 18 níveis de funções e seus escores. As atividades podem ser classificadas e avaliadas em uma escala de graus de dependência de 7 níveis que recebe uma pontuação que parte de 1 que corresponde dependência total e o 7 que corresponde a independência completa, assim a pontuação total varia de 18 a 126 pontos, sendo o score máx- imo para a parte cognitiva de 35 pontos e para a parte motora de 91 pontos24,25. A função pulmonar foi verificada através do exame de espirometria. Foi utiliza- do um espirômetro portátil (Marca Ferraris, ano 2008, série 2008K3155) devida- mente calibrado e em conformidade com critérios da ATS16,26. Para a realização do teste, os mesmos foram orientados a inspirar profundamente até a capacidade pulmonar total (CPT) e expirar o mais forte e rápido possível até o volume resid- ual (VR). Todos os participantes receberam estímulo verbal para máximo esforço durante toda a manobra, sendo a expiração interrompida ao final de 6 segundos, após atingir um platô. Foi colocado um clipe nasal e a boca foi acoplada devida- mente ao bocal, evitando-se o vazamento de ar.

A força muscular respiratória foi verificada através do manovacuômetro analógico (Comercial Médica, modelo M120) previamente calibrado e graduado em 120 cmH2O. A manovacuometria consiste em um método simples, prático, eficaz e não invasivo de se mensurar a força dos músculos respiratórios27-31.

Para a realização do teste, os mesmos foram orientados a realizar um esforço in- spiratório máximo a partir do VR para medir a PIMAX e para o esforço expiratório máximo a partir da CPT para medir a PEMAX. Todos os participantes receberam estímulo verbal para máximo esforço durante toda manobra. Foram realizadas três manobras reprodutíveis, com os pacientes na posição sentada. Foram con- sideradas aceitáveis manobras sem vazamento de ar e com sustentação da pressão por pelo menos dois segundos, e com valores variando igual ou inferior a 10% entre as medidas. Além disso, o ultimo valor encontrado não poderia ser superior aos demais. Para cada medida foi dado um minuto de intervalo para descanso. Foi colocado um clipe nasal e mantendo um bocal firmemente entre os lábios evitando-se o vazamento de ar. Foi considerado o maior valor obtido para analise dos dados.

Após a coleta de dados, os mesmos foram analisados pelo programa Excel versão 2007. Foi realizada estatística descritiva com medidas de tendência central e dis- persão, frequência e porcentagem. A força muscular respiratória foi comparadas os valores de referencia de normalidade pelas equações preditas de PIMAX e PEMAX do estudo de Neder et al32. Foi realizada a diferença das médias e os va- lores previstos para verificar alterações nos volumes e capacidades pulmonares.

Os valores realizados foram comparados aos valores previstos de normalidade.

Para melhor verificar a capacidade funcional dos pacientes os scores da MIF foram divididos em MIF motora e sensitiva.

RESULTADOS

Participaram do estudo 10 voluntários com lesão medular com idade média de 36,6±15,3 anos, sendo 80 % do sexo masculino. Entre esses a maioria residia na cidade de Cuiabá (MT), conforme demonstrado na tabela 1.

16. American Thoracic Society (ATS). Lung func- tion testing:selection of Reference values and interpretation am. Rev Respir Dis 1991; vol.

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TABELA 1 - Dados socioeconômicos e demográficos dos pacientes com lesão medular.

Característica n=10 %

Idade* 36,6±15,34 -

Sexo

Masculino 8 80

Feminino 2 20

Estado Civil

Casado 3 30

Solteiro 7 70

Residência

Cuiabá 9 90

Várzea Grande 1 10

Mora com quem

Cônjuge e filhos 2 20

Outros 2 20

Pais e irmãos 5 50

Sozinho 1 10

Profissão Antes da Lesão

Empregado 8 80

Desempregado 0 -

Estudante 2 20

Profissão Após a Lesão

Empregado 4 40

Desempregado 3 30

Estudante 3 30

Renda Familiar

Acima de 4 salários mínimos 2 20

Até 1 salário mínimo 2 20

De 1 a 2 salários mínimos 2 20

De 2 a 4 salários mínimos 4 40

Grau de escolaridade

1º Grau incompleto 3 30

2º Grau completo 4 40

3º Grau completo 2 20

3º Grau incompleto 1 10

Legenda: * :Média e Desvio Padrão; %: Porcentagem

Dentre as causa da lesão medular o PAF (Projétil de arma de fogo) foi o mais relatado pelos participantes (50%) e 10% foi decorrente de acidente de trânsito. O tempo de lesão entre os pacientes foi de 1 a 4 anos (50%), seguido de mais de 4 anos (40%) e menos de 1 ano (10%). De acordo com o nível da lesão a maioria (30%) tinha L2 in- completa. (Tabela 2)

Durante a pesquisa foi avaliada a classificação de Frankel que classifica os níveis lesão em A (perda completa das funções motoras e sensitivas), B (lesão incompleta, apenas sensibilidade preservada), C (incompleta; motricidade presente “não funcional”), D (incompleta; motricidade presente “funcional”) e E (incompleta; retorno completo das funções motora e sensitiva). Foi observado que 60% dos pacientes se enquadravam a nível A, 30% em nível B e 10% em nível C. (Tabela 2)

Todos os participantes realizavam tratamento fisioterapêutico e o tempo de reabilitação total variou de até 1 e até de mais de 4 anos. (Tabela 2)

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TABELA 2 - Dados clínicos dos pacientes com lesão medular.

Característica n=10 %

Etiologia da Lesão

Acidente de trânsito 1 10

PAF 5 50

Outros 4 40

Tempo de Lesão

Até 1 ano 1 10

> 1 ano até 4 anos 5 50

Acima de 4 anos 4 40

Nível da Lesão

T1-completa 2 20

T3-completa 1 10

T6-completa 1 10

T6-incompleta 1 10

T7-completa 2 20

L2-incompleta 3 30

Frankel

A 6 60

B 3 30

C 1 10

Tempo de reabilitação (Fisiotera- pia)

Até 1 ano 1 10

> 1 ano até 4 anos 6 60

Acima de 4 anos 3 30

Legenda: PAF: Projétil de arma de fogo; HAS: Hipertensão Arterial Sistêmica;* Responderam mais de uma alternativa.

A tabela 3 demonstrou que a PIMAX apresentou média de 81,8±35,3 cmH2O e a PEMAX valores médios de 56,1±25,6 cmH2O, representando, respectivamente, 66,6±31,8% e 42,5±21,5% do valor previsto.

TABELA 3 - Valores do real, previsto, e porcentagem do previsto da pressão inspiratória máxima e pressão expi- ratória máxima dos pacientes com lesão medular.

PIMÁX PEMÁX

Pacientes Real Previsto % Previsto Real Previsto % Previsto

1 85 132,1 64,3 40 141,8 28,2

2 43 138,5 31,0 38 148,3 25,6

3 120 134,5 89,2 100 144,2 69,3

4 40 136,9 29,2 35 146,7 23,9

5 50 126,5 39,5 28 136,1 20,6

6 120 109,7 109,4 84 119,1 70,5

7 68 108,1 62,9 84 117,5 71,5

8 120 108,9 110,2 60 118,3 50,7

9 120 130,5 92,0 60 140,2 42,8

10 52 134,5 38,7 32 144,2 22,2

Média 81,8 126,0 66,6 56,1 135,6 42,5

Desvio Padrão 35,3 12,3 31,8 25,6 12,4 21,5

Legenda: PIMÁX: Pressão inspiratória máxima; PEMÁX: Pressão expiratória máxima; %: Porcentagem.

(6)

A tabela 4 demonstrou os valores espirométricos dos pacientes em que o PFE apresentou valor médio de 56,5 ± 26,0% do previsto mostrando que há uma leve diminuição em relação ao padrão de normalidade; o VEF1 apre- sentou um valor médio de 73,7 ± 33,1 % do previsto demonstrando que os avaliados não apresentaram nenhuma alteração; a CVF apresentou um valor médio de 90,3 ± 40,6 % do previsto; a CVF/VEF1 apresentou valor médio de 92,8 ± 32,9 % do previsto; o FEF 25-75 apresentou valor médio de 62,0± 48,8 % do previsto, estes últimos valores indicando que os parâmetros estavam dentro da normalidade.

TABELA 4 - Valores do real, previsto e porcentagem do previsto e diferença das médias dos dados de espirome- tria com lesão medular.

Valores Real Previsto % Previsto Diferença das Médias

PEF (l/min) 286,0±134,7 514,5 ± 72,9 56,5 ± 26,0 228,5

VEF1(s ) 2,7 ± 1,5 3,6 ± 0,7 73,7 ± 33,1 0,9

CVF(l) 4,0± 2,0 4,3 ± 0,8 90,3 ± 40,6 0,3

CVF/VEF1(l/s) 74,7± 25,6 81,0 ± 2,9 92,8 ± 32,9 6,3

FEF 25-75(l) 2,5± 1,7 43 ± ,6,0 62,0± 48,8 40,5

Legenda: PEF: Pico de fluxo expiratório; VEF1: Volume expiratório forçado no primeiro segundo; CVF: Capacidade vital forçada; CVF/VEF1:

Capacidade vital forçada/Volume expiratório forçado no primeiro segundo; FEF25-75: Fluxo expiratório forçado entre 25 e 75% da capacidade vital.

Em relação à avaliação de independência funcional foi possível verificar que na MIF motora a média do score total foi de 54,9±1,9 pontos e na MIF cognitiva a média do score total foi 30,5±1,0 pontos. Considerando que a escala de MIF motora tem uma pontuação máxima de 91 pontos, os valores encontrados no presente estudos estavam muito abaixo; já na escala de MIF cognitiva a pontuação máxima é de 35 pontos e os valores encontrados no estudo foi próximo do valor total. (Tabela 5)

TABELA 5 - Valores de média e desvio padrão dos scores da escala de independência funcional motora e cogniti- va dos pacientes com lesão medular.

MIF motor Score

Alimentação 6,4±1,9

Cuidado aparência 6,4±1,9

Banhar-se 4,8±2,7

Vestir-se: parte superior 4,6±3,1

Vestir-se: parte inferior 4,2±3,0

Higiene pessoal 5,8±2,5

Controle vesical 1,7±1,9

Controle intestinal 1,7±1,9

Transferência para cama e cadeira 4,7±3,0

Transferência banheiro/sanitário 2,4±2,3

Transferência para chuveiro 4,6±2,9

Locomoção/caminhar-CR

C 1±0,0

CR 5,3±2,5

Escada 1,3±0,9

Total 54,9±1,9

MIF cognitivo

Compreensão 6,7±0,9

Expressão 6,7±0,9

Interação social 4,4±2,5

Solução de problemas 6,3±1,5

Memória 6,4±1,1

Total 30,5±1,0

Legenda: MIF: Medida independência funcional; C: Caminhar; CR: Cadeira de rodas.

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DISCUSSÃO

A lesão medular está cada vez mais frequente e promove uma série de mudanças nos sistemas do organismo como alterações na contração muscular voluntária, no tônus muscular, sensibilidade e até mesmo disfunção respiratória, cardiovas- cular e vesical33,34.

No presente estudo a lesão medular foi mais acometida em pacientes do sexo masculino, assim como no estudo de Buhler et al35, em que a maioria dos pa- cientes de lesão medular eram masculinos (81,6%). Tal prevalência pode ser atribuída pelo aumento da violência urbana e de acidente de trânsito associada ao perfil desafiador e arriscado dos homens.

A maior causa da LM encontrada no presente estudo foi o PAF chegando a 50%

dos acometidos. Vall et al.36, também observaram que o PAF teve maior incidên- cia dos casos de LM (71,9%).

Parece ser comum o nível de acometimento da lesão medular ser o torácico, que no presente estudo foi de 70% dos pacientes. Esse dados estão em concordân- cia com os do estudo de Buhler et al.35, que foi observado que nível mais acom- etido foi o torácico atingindo 77,5% dos pacientes.

No presente estudo foi realizada a avaliação do grau de independência dos pa- cientes através da MIF motora e cognitiva. Foi observado que na MIF cognitiva a média do score foi de 30,5±1,0 pontos sugerindo que os pacientes apresentaram um bom nível de independência cognitiva, isto é, boa compreensão e comuni- cação, uma vez que o valor máximo dessa escala era de 35 pontos. Na MIF motora os resultados mostraram que a média do score foi de 54,9±1,9 pontos indicando que a independência funcional pode estar comprometida, pois o score total da escala motora é de 91 pontos. De acordo com o estudo realizado por Riberto et al.37, os pacientes apresentaram nível cognitivo com o valor máximo de 35 pontos, não apresentando dificuldade de compreensão. Por outro lado, Davidoff et al.38, não utilizaram em seu estudo o domínio cognitivo da escala de MIF, pois atribuíram o fato de que neste nível cognitivo podem ocorrer falsos neg- ativos, chegando a até 63% dos resultados, principalmente se os pacientes forem usuários de drogas com o álcool ou se apresentassem trauma craniano fechado.

Tais achados diferem do presente estudo em que os pacientes com LM avaliados não tiveram envolvimento com substâncias toxicas e lícitas.

Em relação à MIF motora os estudos de Milddleton et al.39 e Stineman et al.40, revelaram que pacientes com lesão medular mais alta e completas apresentavam pior desenvolvimento motor. Mas mesmo tendo déficit das funções motoras os pacientes adquiriram funcionalidade para alimentação, higiene pessoal e o manu- seio de cadeira de rodas motorizada. No presente estudo os pacientes apresen- taram maior dificuldade nas atividades de transferência e locomoção bem como de manter controle vesical e intestinal, porém não foi possível verificar através da analise dos dados, devido a amostra reduzida, se o nível da lesão medular influ- enciou na maior dificuldade encontrada no desempenho funcional motor.

Na avaliação do grau de força muscular dos pacientes com lesão medular foi observado, no presente estudo, que a PIMAX apresentou-se com média de 66,6±31,8% do valor previsto e a PEMAX com média de 42,5±21,5% do pre- visto, ambas indicando que a força muscular inspiratória e expiratória estavam diminuídas. Apesar de Britto et al.41 considerar para PIMAX valores abaixo de 40% do valor previsto como sendo sinal de fraqueza muscular inspiratória, por outro lado, no estudo de Borges42 o valor de citado de normalidade para PIMAX é de 70%. Já para PEMAX considera-se como ponto de corte valores de 83% do previsto para homens e 70% do previsto para mulheres (Neder et al.32), no qual abaixo deles é indicativo de fraqueza muscular expiratória. Além disso, acredi- ta-se que a redução mais acentuada encontrada da PEMAX possa ser devido ao comprometimento dos músculos abdominais que auxiliam na expiração forçada, uma vez que, no nível de lesão neurológica encontrada nos pacientes estudados coincidem com algum grau de comprometimento da força muscular expiratória.

32. Neder JÁ, Andreoni S, Lerario MC, et al.

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A avaliação da capacidade respiratória permite conhecer o comprometimento da função ventilatória para poder detectar presença ou ausência de disfunção pul- monar assim como mudança da mesma com o tempo ou após uma intervenção.

No presente estudo o VEF1, a CVF e a relação CVF/VEF1 apresentaram valores próximos do valor previsto e diferença entre as médias dos valores realizados e previstos baixos, indicando que os resultados estavam dentro dos valores de nor- malidade. Foram considerados valores adequados como sendo 80% do previsto para CVF e VEF1, e 70% para a relação CVF/VEF143, aceitando variação entre 68% à 85% do valor previsto como destacado no estudo de Costa et al.44. Entretanto, o PFE e o FEF25-75 apresentaram-se com valores mais baixos em relação aos parâmetros de volume. Além disso, o PFE considerado preservado tem que estar igual ou maior do que 50% do previsto, assim como o FEF 25-75 devem apresentar valores de maior ou igual a 70% do previsto para ser adequa- do44,45.

O FEF é definido como o fluxo médio de ar que ocorre no intervalo entre 25% e 75% da CVF. Tem sido considerada uma das mais importantes medidas de fluxos na avaliação da permeabilidade das vias aéreas, por representar a velocidade com que o ar sai exclusivamente dos brônquios. Em situações em que ocorram distúrbio neuromuscular, diminuição de força da musculatura dos músculos ab- dominais ou comprometimento da elasticidade da parede dos brônquios é pos- sível que aconteça uma diminuição do valor do FEF 25% - 75% em relação ao valor do previsto44.

De acordo com Britto et al.41 para que o PFE esteja com valores de normalidade a função ventilatória deve estar preservada, isto é as propriedades elásticas do pulmão, a força muscular expiratória e a coordenação da musculatura respiratória precisam estar integras. Apesar dos volumes respiratórios estarem conservados, a diminuição do dos, a dificuldade de se encontrar na literatura estudos que rel- acionassem força muscular respiratória e volumes e PFE do presente estudo pode estar relacionado com a redução da força muscular expiratória, uma vez que para que haja um melhor PFE é necessário ter força muscular expiratória.

Além disso, segundo os autores supracitados o PEF também pode estar diminuí- do por obstrução das vias aéreas extras torácicas que limitam a expansibilidade pulmonar ou por condições que afetam a integridade do sistema neural. Portanto a função pulmonar tem que estar em sua plena capacidade para que uma melhor mobilização de ar pelos pulmões esteja adequada para as necessidades vitais.

O presente estudo teve como limitações o número reduzido da amostra o que dificultou generalização dos resultados, a dificuldade de se encontrar na literatura estudos que relacionassem força muscular respiratória e volumes e capacidades pulmonares, os diferentes níveis de lesão e comprometimento respiratório e mo- tor de pacientes com lesão medular. Portanto, mais estudos devem ser realiza- dos sobre funcionalidade motora e respiratória em pacientes lesão medular.

CONCLUSÃO

Conclui-se que os pacientes com lesão medular de T1 a L2 não apresentaram comprometimento no domínio cognitivo tendo boa compreensão e comunicação.

No entanto, quanto ao domínio motor os pacientes apresentaram dificuldades para realizar algumas tarefas, sendo ainda dependentes para executar suas ativ- idades de vida diária. Em relação à força muscular respiratória os pacientes pos- suem fraqueza muscular inspiratória, especialmente expiratória. No entanto, não apresentaram déficit de volumes e capacidades pulmonares, porém houve uma tendência a valores mais baixo tanto do PFE quanto do FEF27-75, uma vez que melhores valores de PEF relaciona-se com força muscular expiratória.

41. Britto RR, Brant TCS, Pereira VFP.

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Introduction: Spinal cord injury is considered a serious social problem that is currently increasing the impact on patient’s life is from psychological, social changes decrease in functional performance and respiratory dysfunction.

Objective: To investigate the functional independence, respiratory muscle strength and lung function in patients with spinal cord injury.

Method: A cross sectional study was conducted in patients with spinal cord injury at the level of T1 to L2. The study excluded patients with paralysis or tetraplegias associated with other pathologies. Database of socioeconomic, de- mographic and clinical conditions of the patients were collected and used to assess functional independence scale MIF, spirometry to check lung function and manometer to measure respiratory muscle strength.

Results: The study included 10 volunteers with a mean age of 36.6 ± 15.3, 80 % male. The MIP has averaged 66.6 ± 31.8 cmH2O and MEP showed a mean of 42.5 ± 21.5 cmH2O. PEF had a mean value of 56.5 ± 26.0 % of predicted FEV1 had a mean value of 73.7 ± 33.1 % predicted , FVC had a mean value of 90.3 ± 40.6 % of provided , the CVF/

VEF1 averaged 92.8 ± 32.9 % of predicted ; FEF 25-75 averaged 62.0 ± 48.8 % of predicted . The motor FIM score averaged 54.9 ± 1.9 points and the average cognitive FIM score was 30.5 ± 1.0 points. Conclusion: Patients with spi- nal cord injury from T1 to T12 and had no cognitive impairment, pulmonary function and respiratory muscle strength, although having lower values of expiratory muscle strength, and PEF.

Key – Words: Marrow Spinal, Muscle Strength, Spirometry, Physiotherapy.

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