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Matemática Intervalar Aplicada ao Problema do Fluxo de Potência com Incertezas em Redes de Energia Elétrica

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(1)

UNIVERSIDADE CAT ´

OLICA DE PELOTAS

ESCOLA DE INFORM ´

ATICA

PROGRAMA DE P ´

OS-GRADUAC

¸ ˜

AO EM INFORM ´

ATICA

Matem´atica Intervalar Aplicada ao

Problema do Fluxo de Potˆencia com

Incertezas em Redes de Energia El´etrica

por

Rog´erio Rodrigues de Vargas

Trabalho Individual I

TI-2006/2-07

Orientador: Prof. Dr. Luciano Vitoria Barboza

(2)
(3)

AGRADECIMENTOS

Ao professor Luciano Vitoria Barboza a excelente orientac¸˜ao at´e o momento, o cont´ınuo apoio em todas as fases de realizac¸˜ao deste trabalho, as discuss˜oes cr´ıticas que tanto contribuiram para o meu crescimento intelectual e pessoal, a amizade que pude desfrutar e por estar constituindo-me um pesquisador.

Ao professor Adenauer Corrˆea Yamin pelos contatos iniciais para realizac¸˜ao deste mestrado.

`

A Deus, aos meus pais Jesus Prieto de Vargas e ´Elida Conceic¸˜ao Rodrigues de Vargas, `a minha namorada Daiane Conrad Fernandes, ao meu irm˜ao Alexandre por todo amor, compreens˜ao, incentivo, suporte e carinho que me motivaram a prosseguir, mesmos nos momentos mais dif´ıceis.

`

A secret´aria do curso de Ciˆencia da Computac¸˜ao, K´atia, pelo suporte e apoio e amizade que conquistamos.

Aos meus amigos, em especial, Marcus, grande amigo de infˆancia, ao Charles, por aprender junto a biblioteca C-XSC, ao Eduardo e Conrado, pelos almoc¸os, jantas e risadas.

`

A todos os colegas, professores e funcion´arios da Escola de Inform´atica da Universidade Cat´olica de Pelotas.

`

(4)
(5)

SUM ´

ARIO

LISTA DE FIGURAS . . . 7

LISTA DE TABELAS . . . 8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS . . . 9

RESUMO . . . 10 RESUMO . . . 11 1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 12 1.1 Motivac¸˜ao . . . 12 1.2 Contexto e hist´orico . . . 13 1.3 Objetivos . . . 13 1.4 Organizac¸˜ao do texto . . . 14

2 REVIS ˜AO BIBLIOGR ´AFICA . . . 15

2.1 Matem´atica Intervalar . . . 15

2.1.1 Conjunto IR . . . 15

2.1.2 Operac¸˜oes b´asicas . . . 16

2.1.3 Uni˜ao e intersecc¸˜ao intervalar . . . 16

2.1.4 Func¸˜oes intervalares . . . 17 2.2 Biblioteca C-XSC . . . 21 2.2.1 Tipos de dados . . . 22 2.2.2 Operac¸˜oes em C-XSC . . . 22 2.2.3 Func¸˜oes de arredondamento . . . 23 2.3 Fluxo de potˆencia . . . 23

2.3.1 Classificac¸˜ao das barras . . . 24

2.3.2 Formulac¸˜ao do problema . . . 25

3 ESTUDO DE CASO . . . 27

3.1 Escolha da Matem´atica Intervalar . . . 27

3.2 Modelagem matem´atica do problema do fluxo de potˆencia . . . 27

3.3 M´etodos para Resoluc¸˜ao do Fluxo de Potˆencia . . . 28

3.3.1 M´etodo de Newton-Raphson (Abordagem pontual) . . . 28

3.3.2 M´etodo de Krawczyk (Abordagem intervalar) . . . 29

3.4 Diagrama Unifilar . . . 30

(6)
(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 Representac¸˜ao geom´etrica IR . . . 16

Figura 2.2 Representac¸˜ao geom´etrica da uni˜ao de dois intervalos . . . 17

Figura 2.3 Representac¸˜ao geom´etrica da intersecc¸˜ao de dois intervalos . . . 17

Figura 2.4 Func¸˜ao Seno Intervalar . . . 18

Figura 2.5 Func¸˜ao Cosseno Intervalar . . . 18

Figura 2.6 Func¸˜ao Raiz Quadrada Intervalar . . . 19

Figura 2.7 Func¸˜ao Exponencial Intervalar . . . 20

Figura 2.8 Func¸˜ao Logaritmo Intervalar . . . 21

Figura 2.9 Esquema de Distribuic¸˜ao de Energia . . . 24

Figura 2.10 Usina Geradora, Barra P V . . . 25

Figura 2.11 Subestac¸˜ao, Barra P Q . . . 25

Figura 3.1 Codificac¸˜ao em C-XSC: C´alculo do produto entre matrizes intervalares 28 Figura 3.2 Codificac¸˜ao em C-XSC: C´alculo da inversa de uma matriz de pontos m´edios . . . 30

Figura 3.3 Representac¸˜ao do Diagrama Unifilar da Rede El´etrica . . . 30

Figura 3.4 Arquivo de leitura . . . 31

(8)

Tabela 2.1 Operadores em C-XSC . . . 23

Tabela 2.2 Func¸˜oes de Arredondamento Direcionados do C-XSC . . . 23

Tabela 4.1 Principais caracter´ısticas para os sistemas testes . . . 33

Tabela 4.2 Sistema de 6 barras pontual . . . 33

Tabela 4.3 MatLab: Sistema de 6 barras . . . 34

Tabela 4.4 C++: Sistema de 6 barras . . . 34

Tabela 4.5 Sistema de 14 barras pontual . . . 36

Tabela 4.6 MatLab: Sistema de 14 barras . . . 36

(9)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

C-XSC C for eXtended Scientific Computation

FAPERGS Fundac¸˜ao de Amparo `a Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul IEEE Institute of Electrical and Eletronic Engineers

UCPel Universidade Cat´olica de Pelotas

UTE Usina Termel´etrica

(10)

O fluxo de potˆencia em uma rede de energia el´etrica ´e representado por um con-junto de equac¸˜oes alg´ebricas n˜ao-lineares. Na soluc¸˜ao deste sistema n˜ao-linear, pode ocorrer uma inexatid˜ao ou incerteza na resposta estimada visto que os dados obtidos po-dem apresentar erros, tanto por falha humana, como por instrumentos de medic¸˜oes. A an´alise do erro pode ser extensa, dispendiosa e nem sempre vi´avel.

Para contornar esse problema, buscou-se na Computac¸˜ao Cient´ıfica o uso da Ma-tem´atica Intervalar, que considera um conjunto de m´etodos para manipulac¸˜ao de interva-los num´ericos que aproximam dados incertos.

Assim, desenvolveu-se um software para o sistema operacional Linux, na lingua-gem de programac¸˜ao C++, para o problema das incertezas no fluxo de potˆencia em re-des de energia el´etrica com a utilizac¸˜ao da biblioteca intervalar de alta exatid˜ao denomi-nada C-XSC. Para validar a soluc¸˜ao proposta, foram realizados testes b´asicos de c´alculos, incluindo operac¸˜oes com matrizes. A partir destes testes, foram realizadas an´alises e comparac¸˜oes a respeito do desempenho e da exatid˜ao obtidos, utilizando ou n˜ao a biblio-teca C-XSC.

Com a combinac¸˜ao da Matem´atica Intervalar com a biblioteca C-XSC, prop˜oe-se um software para o tratamento de incertezas em rede de energia el´etrica aplicado ao fluxo de potˆencia.

(11)

RESUMO

TITLE: “INTERVAL MATHEMATICS APPLIED TO POWER FLOW PROBLEMS WITH UNCERTAINTIES IN ELECTRIC POWER SYSTEMS”

The power flow problem in electric power systems is represented by a set of non-linear algebraic equations. Solving this nonnon-linear system the solution can present inaccu-racy due to the initial data which can have some uncertainty, even by either human fail or measurement instruments which have a certain tolerance degree. The error analysis is not trivial and it can be very expensive from the point of view of computational techniques.

In order to deal with those errors we propose the use of the Interval Mathematics in Scientific Computation. It takes into account a set of methods to handle numeric intervals that approximate uncertain data.

It was developed a software in Linux operational system using C language to work with uncertain data in electric power systems, especially in power flow studies. We used the high accuracy interval library routine called C-XSC. To assess the performance of the C-XSC routines, calculus basic tests were performed including matrix operations. From these tests on, analysis and comparisons related to both performance and accuracy obtained were performed, with and without the use of the C-XSC routines.

Combining Interval Mathematics with the C-XSC library routine we implemented a software to deal with uncertain power flow in electric power systems.

(12)

1

INTRODUC

¸ ˜

AO

1.1

Motivac¸˜ao

Para a soluc¸˜ao matem´atico-computacional de um problema f´ısico, ´e poss´ıvel ocor-rer diversas fontes de erros que podem alterar profundamente os resultados obtidos. Tor-nando assim, fundamental o conhecimento das causas desses erros para minimizar as suas conseq¨uˆencias. Consideram-se basicamente trˆes tipos de erros, os erros de dados, os de modelagem e os erros num´ericos.

Quando se utiliza um equipamento de medic¸˜ao, acredita-se que o valor verificado est´a correto. Em princ´ıpio este instrumento est´a calibrado, ent˜ao a medida realizada est´a correta. Ser´a mesmo? Supondo que duas pessoas realizem a mesma verificac¸˜ao, quais ser˜ao os resultados? ´E poss´ıvel afirmar que dificilmente ambos os resultados ser˜ao exa-tamente iguais, apesar de virem do mesmo equipamento. O que poderia estar errado? Os erros de dados podem ocorrer por estimativas de medic¸˜oes, por falha humana ou por instrumentos de medic¸˜ao. Os pr´oprios instrumentos de medic¸˜ao possuem uma tolerˆancia, onde o valor medido possui um determinado grau de certeza, mas conhece-se o valor da imprecis˜ao obtida.

Na etapa da modelagem de um problema real, os dados obtidos s˜ao feitos por medidas experimentais, podendo ocorrer uma modelagem incorreta, na qual o modelo matem´atico escolhido n˜ao represente a melhor soluc¸˜ao do fenˆomeno f´ısico em estudo. Tamb´em pode ocorrer um erro no desenvolvimento e/ou escolha do algoritmo. Para am-bos os casos, o resultado final obtido pode apresentar uma informac¸˜ao com baixa exatid˜ao. Os computadores erram? Imagina-se que eles jamais ir˜ao cometer erros. Entre-tanto, os computadores nem sempre geram uma informac¸˜ao correta, exata. O estudo da aritm´etica do ponto de vista computacional apresenta algumas diferenc¸as consider´aveis em relac¸˜ao `a aritm´etica real. Algumas propriedades b´asicas da aritm´etica real n˜ao va-lem mais quando executadas no computador, pois enquanto na matem´atica real alguns n´umeros s˜ao representados por infinitos d´ıgitos, no computador isso n˜ao ´e poss´ıvel, pois a pr´opria mem´oria ´e finita. Ent˜ao, os computadores possuem limitac¸˜oes e muitas vezes, necessita-se de resultados precisos e exatos.

(13)

13

geram seu pr´oprio controle de precis˜ao.

Como uma aplicac¸˜ao pr´atica, onde podem aparecer os erros citados e se pode aplicar a teoria da Matem´atica Intervalar, tem-se o fluxo de potˆencia em redes de energia el´etrica. A demanda do sistema, ou seja, o consumo de energia ´e obtido por instrumentos de medic¸˜ao e por estimativas de consumo. A exatid˜ao destes dados ´e de fundamental importˆancia para que se possa realizar uma estimativa do perfil de tens˜oes do sistema el´etrico. Desta estimac¸˜ao, depender´a toda a operac¸˜ao da rede de uma forma segura e confi´avel. Sendo assim, realizar-se uma an´alise de fluxo de carga confi´avel, rigorosa e autom´atica ´e essencial para que se tente evitar a propagac¸˜ao dos erros durante o processo computacional bem como realizar-se um controle dos erros de arredondamento e trunca-mento inerentes ao processo matem´atico. Uma das formas encontradas para representar esses dados incertos ´e a sua utilizac¸˜ao atrav´es de dados na forma de intervalos. Por-tanto, a Matem´atica Intervalar pode ser utilizada para a representac¸˜ao dessas demandas energ´eticas das quais n˜ao se det´em uma certeza completa de seus valores.

1.2

Contexto e hist´orico

A utilizac¸˜ao da Aritm´etica Intervalar foi desenvolvida inicialmente por Moore (MOORE, 1966) e (MOORE, 1979). Por outro lado, a Matem´atica Intervalar foi pro-posta por Leslie Fox em 1974, agrupando diferentes ´areas como a Aritm´etica Intervalar, An´alise Intervalar, Topologia Intervalar, ´Algebra Intervalar e outras.

Inicialmente, algumas cr´ıticas foram feitas `a t´ecnica da Matem´atica Intervalar, a qual segundo os cr´ıticos apresentava dois problemas:

• fornecia resultados com intervalos pessimistas, ou seja, demasiadamente grandes, os quais n˜ao retornavam uma informac¸˜ao relevante

• necessitava de um grande tempo de processamento computacional

Atualmente, tem-se que, com a aritm´etica avanc¸ada os resultados s˜ao produzidos com a m´axima exatid˜ao. E, quanto ao tempo de processamento, depende da forma como o algoritmo ´e implementado, existindo v´arias possibilidades tanto via software quanto via hardware (para exemplificar essa afirmac¸˜ao ver (RUMP, 1999)).

1.3

Objetivos

O objetivo geral do trabalho individual ´e analisar um algoritmo para o tratamento das incertezas em fluxo de potˆencia em redes de energia el´etrica utilizando como meto-dologia a Matem´atica Intervalar. Posteriormente, implementar uma aplicac¸˜ao (software) para o sistema operacional Linux utilizando como recurso de implementac¸˜ao a biblioteca C-XSC. Por outro lado, os objetivos espec´ıficos s˜ao:

• Estudar a Matem´atica Intervalar

• Analisar um algoritmo baseado na Matem´atica Intervalar para tratamento de incer-tezas em sistema el´etrico de potˆencia

(14)
(15)

15

2

REVIS ˜

AO BIBLIOGR ´

AFICA

2.1

Matem´atica Intervalar

A Matem´atica Intervalar considera um conjunto de m´etodos para manipulac¸˜ao de intervalos num´ericos que aproximam dados incertos. Segundo (OLIVEIRA; DIVERIO; CLAUDIO, 2001), na Computac¸˜ao Cient´ıfica, os intervalos podem ser aplicados para re-presentar valores desconhecidos e, tamb´em para rere-presentar valores cont´ınuos. Servem para controlar o erro de arredondamento e para representar dados inexatos, aproximac¸˜oes e erros de truncamento de procedimentos. Estes m´etodos baseiam-se na definic¸˜ao da Aritm´etica Intervalar e do produto escalar ´otimo (KULISCH, 2003). Para (DIMURO; CL ´AUDIO, 1991), resultados intervalares carregam consigo a seguranc¸a de sua quali-dade e o grau de sua incerteza, pois o diˆametro do intervalo soluc¸˜ao ´e um indicativo da influˆencia dos erros dos dados de entrada e dos erros de arredondamento e truncamento no erro do resultado final obtido.

2.1.1

Conjunto IR

Define-se IR como sendo o conjunto de todos os intervalos reais.

IR = {[x1; x2] |x1; x2 ∈ R, x1 ≤ x2} (2.1)

Observe na figura 2.1 que associando-se a cada intervalo [x1; x2] ∈ IR, um ponto

(16)

Figura 2.1: Representac¸˜ao geom´etrica IR

Destacam-se a seguir, as principais operac¸˜oes na Matem´atica Intervalar.

2.1.2

Operac¸˜oes b´asicas

Sejam, X, Y ∈ IR dois intervalos reais, com X = [x1; x2] e Y = [y1; y2]. As

operac¸˜oes intervalares de adic¸˜ao, subtrac¸˜ao, multiplicac¸˜ao e divis˜ao, est˜ao assim defini-das: • Adic¸˜ao X + Y = [(x1 + y1) ; (x2+ y2)] (2.2) • Subtrac¸˜ao X − Y = [(x1− y2) ; (x2 − y1)] (2.3) • Multiplicac¸˜ao

X.Y = [min {x1.y1, x1.y2, x2.y1, x2.y2} ; max {x1.y1, x1.y2, x2.y1, x2.y2}] (2.4)

• Divis˜ao X/Y =  min x1 y1 ,x1 y2 ,x2 y1 ,x2 y2  ; max x1 y1 ,x1 y2 ,x2 y1 ,x2 y2  (2.5) com 0 /∈ [y1; y2].

2.1.3

Uni˜ao e intersecc¸˜ao intervalar

• Uni˜ao

(17)

17

A ∩ B 6= 0. Define-se a uni˜ao dos intervalos A e B sendo o intervalo A ∪ B = [min {a1; b1} ; max {a2; b2}].

Figura 2.2: Representac¸˜ao geom´etrica da uni˜ao de dois intervalos

• Intersecc¸˜ao

Sejam, A = [a1; a2] e B = [b1; b2] dois intervalos. Define-se a intersecc¸˜ao dos

intervalos A e B como sendo o intervalo A ∩ B = [max {x1; y1} ; min {a2; b2}], se

max {x1; y1} ≤ min {x2; y2}. Se min {x2; y2} < max {x1; y1} ent˜ao A ∩ B = φ.

Figura 2.3: Representac¸˜ao geom´etrica da intersecc¸˜ao de dois intervalos

2.1.4

Func¸˜oes intervalares

• Seno

Para determinar a func¸˜ao seno intervalar, primeiramente calcula-se sen(x1) e

sen(x2). Se sen(x1) > sen(x2), ent˜ao sen([x1, x2]) = [sen(x2), sen(x1)]. Caso

(18)

Figura 2.4: Func¸˜ao Seno Intervalar • Cosseno

Para determinar a func¸˜ao cosseno intervalar, primeiramente calcula-se cos(x1) e

cos(x2). Se cos(x1) > cos(x2), ent˜ao cos([x1, x2]) = [cos(x2), cos(x1)]. Caso

contr´ario, cos([x1, x2]) = [cos(x1), cos(x2)].

(19)

19

• Raiz Quadrada

Define-se essa func¸˜ao intervalar sendop[x1, x2] = [p(x1),p(x2)] → x1 ≥ 0.

Figura 2.6: Func¸˜ao Raiz Quadrada Intervalar

• Exponencial

Define-se a func¸˜ao exponencial intervalar Exp :

(20)

Figura 2.7: Func¸˜ao Exponencial Intervalar

• Logaritmo

Define-se a func¸˜ao logaritmo intervalar Ln :

Ln ([x1, x2]) = [ln (x1) , ln (x2)] (2.7)

(21)

21

Figura 2.8: Func¸˜ao Logaritmo Intervalar

2.2

Biblioteca C-XSC

De acordo com (HOFSCHUSTER; KR ¨AMER; WIETHOFF, 2001), C-XSC ´e uma ferramenta para o desenvolvimento de algoritmos num´ericos propiciando alta pre-cis˜ao e resultados verificados automaticamente. A biblioteca C-XSC ´e muito aplicada na Computac¸˜ao Cient´ıfica como uma biblioteca num´erica, para o desenvolvimento dos algo-ritmos num´ericos, utilizando a linguagem de programac¸˜ao C++. ´E fornecido um grande n´umero de tipo de dados, dispondo de extens˜oes para a Computac¸˜ao Cient´ıfica que pro-picia v´arios benef´ıcios, dentre os quais se destacam:

• Aritm´etica real, complexa, intervalar e intervalar complexa, com propriedades ma-tematicamente definidas;

• Vetores e matrizes dinˆamicos; • Subvetores de vetores e matrizes;

• Tipo de dados dotprecision (precis˜ao de ponto); • Operadores aritm´eticos pr´e-definidos de alta precis˜ao; • Func¸˜ao padr˜ao de alta precis˜ao;

(22)

Todos os operadores aritm´eticos predefinidos fornecem resultados com exatid˜ao de no m´ınimo 1 ulp (erro de arredondamento na ´ultima posic¸˜ao da mantissa). Desta forma, eles s˜ao de m´axima precis˜ao do ponto de vista da Computac¸˜ao Cient´ıfica. Al´em de todos os tipos de dados matem´aticos do C/C++, o C-XSC oferece outros tipos de dados num´ericos simples:

• real

• interval (intervalo de reais) • complex (n´umero complexo) • cinterval (intervalo complexo)

Para os tipos de dados escalares apresentados acima, est˜ao dispon´ıveis tipos de dados que representam matrizes e vetores. S˜ao eles:

• rvector (vetor de reais)

• ivector (vetor de intervalos reais) • cvector (vetor de complexos)

• civector (vetor de intervalos complexos) • rmatrix (matriz de reais)

• imatrix (matriz de intervalos reais) • cmatrix (matriz de complexos)

• cimatrix (matriz de intervalos complexos)

Para os tipos de dados apresentados, o C-XSC possui uma grande variedade de func¸˜oes matem´aticas com suporte aos tipos de dados real, complex, interval e cinterval com seus nomes gen´ericos. Entre essas func¸˜oes pode-se citar seno, cosseno, tangente, valor absoluto e raiz quadrada.

2.2.2

Operac¸˜oes em C-XSC

A tabela 2.1 mostra as operac¸˜oes aritm´eticas poss´ıveis entre os diferentes tipos de dados. Destaca-se o operador &, o qual realiza a intersecc¸˜ao entre os intervalos.

(23)

23 Tabela 2.1: Operadores em C-XSC TIPOS de DADOS integer real complex interval cinterval rvector cvector ivector ci-vector rmatrix cmatrix imatrix ci-matrix integer real complex +, −, ∗, /, | +, −, ∗, /, | ∗ ∗ ∗ ∗ interval cinterval +, −, ∗, /, | +, −, ∗, /, |, & ∗ ∗ ∗ ∗ rvector cvector ∗, / ∗, / ∗, −, ∗1, /, | ∗, −, ∗1, / ivector ci-vector ∗, / ∗, / ∗, −, ∗1, /, | ∗, −, ∗1, /, |, & rmatrix cmatrix ∗, / ∗, / ∗1 1 ∗, −, ∗1, /, | ∗, −, ∗1, /, | rmatrix cmatrix ∗, / ∗, / ∗1 1 ∗, −, ∗1, /, | ∗, −, ∗1, /, |, &

2.2.3

Func¸˜oes de arredondamento

No C-XSC, ´e poss´ıvel realizar arredondamentos direcionados, ou seja, dada de-terminada operac¸˜ao conforme a tabela 2.2 ´e possivel arredondar o resultado para cima ou para baixo, tornando assim, uma biblioteca de alta exatid˜ao.

Tabela 2.2: Func¸˜oes de Arredondamento Direcionados do C-XSC

Descric¸˜ao Func¸˜ao

adic¸˜ao com arredondamento para cima addu() adic¸˜ao com arredondamento para baixo addd() subtrac¸˜ao com arredondamento para cima subu() subtrac¸˜ao com arredondamento para baixo subd() multiplicac¸˜ao com arredondamento para cima mulu() multiplicac¸˜ao com arredondamento para baixo muld() divis˜ao com arredondamento para cima divu() divis˜ao com arredondamento para baixo divd()

2.3

Fluxo de potˆencia

(24)

Figura 2.9: Esquema de Distribuic¸˜ao de Energia

Para este modelo de fluxo de potˆencia, ´e necess´ario conhecer a distribuic¸˜ao de energia, isto ´e, necessita-se obter as respostas `as seguintes perguntas:

• Ser´a que a rede el´etrica vai suprir a demanda da cidade ou bairro?

• As linhas de transmiss˜ao ser˜ao capazes de transportar a energia el´etrica solicitada pelas demandas?

O fluxo de potˆencia visa determinar as tens˜oes em todas as partes da rede el´etrica. ´

E necess´ario verificar se a tens˜ao est´a dentro de limites aceit´aveis.

A demanda do sistema, ou seja, o consumo de energia ´e obtido por instrumentos de medic¸˜ao, nos quais existe certa limitac¸˜ao, isto ´e, os dados informados podem variar, sendo assim, imprecisos ou inexatos. Tamb´em, em determinados casos, o consumo de energia ´e obtido por estimativa, sendo mais impreciso do que os providos pelos instrumentos de medic¸˜ao.

O fluxo de potˆencia em redes de energia el´etrica ´e representado por equac¸˜oes alg´ebricas n˜ao-lineares. Por isso, pode-se aplicar t´ecnicas num´ericas de modo a solucio-nar o sistema de equac¸˜ao resultante da modelagem matem´atica.

2.3.1

Classificac¸˜ao das barras

(25)

25

Figura 2.10: Usina Geradora, Barra P V

Figura 2.11: Subestac¸˜ao, Barra P Q

2.3.2

Formulac¸˜ao do problema

Para cada barra do sistema s˜ao associadas quatro vari´aveis, sendo que duas s˜ao inc´ognitas e duas s˜ao dados.

• ek- parte real da tens˜ao complexa na barra k

• fk- parte imagin´aria da tens˜ao complexa na barra k

• Pk- injec¸˜ao l´ıquida de potˆencia ativa na barra k

• Qk - injec¸˜ao l´ıquida de potˆencia reativa na barra k

O c´alculo do fluxo de potˆencia corresponde `a aplicacac¸˜ao da primeira lei de Kir-chhoff a cada barra do sistema el´etrico e s˜ao expressas por:

Pk = X m∈Ωk Pkm(ek, em, fk, fm) (2.8) Qk+ Qshk = X m∈Ωk Qkm(ek, em, fk, fm) (2.9)

(26)

• fke fm s˜ao as partes imagin´arias das tens˜oes complexas nas barras k e m

• Pkm ´e o fluxo de potˆencia ativa no circuito k − m

• Qkm ´e o fluxo de potˆencia reativa no circuito k − m

• Qsh

k ´e o componente da injec¸˜ao de potˆencia reativa devido ao elemento shunt

(27)

27

3

ESTUDO DE CASO

Este cap´ıtulo apresenta as principais definic¸˜oes matem´atico-computacionais rela-tivas ao problema do fluxo de potˆencia em redes de energia el´etrica. Este problema foi escolhido por se tratar de uma aplicac¸˜ao pr´atica da teoria da Matem´atica Intervalar e ainda possibilitar a explorac¸˜ao dos recursos e funcionalidades da biblioteca intervalar C-XSC.

3.1

Escolha da Matem´atica Intervalar

A Matem´atica Intervalar foi escolhida para modelar o problema do fluxo de potˆencia devido a sua caracter´ıstica de tratar os n´umeros n˜ao como valores pontuais, mas sim atrav´es de um conjunto de valores (intervalo).

3.2

Modelagem matem´atica do problema do fluxo de

potˆencia

As equac¸˜oes est´aticas para a resoluc¸˜ao do problema do fluxo de carga neste estudo, est˜ao expressas em coordenadas retangulares. Neste sistema de coordenadas, as equac¸˜oes a serem resolvidas s˜ao:

Picalc = n X k=1 [ei(ekGik− fkBik) + fi(fkGik− ekBik) = (e2i + fi2)Gii+ n X k=1 k6=1 [ei(ekGikfkBik) + fi(fkGik+ ekBik)] Qcalci = n X k=1 [fi(ekGik− fkBik) − ei(fkGik− ekBik)] = −(e2i + fi2)Bii+ n X k=1 k6=1 [fi(ekGikfkBik) − ei(fkGik+ ekBik)]

(28)

∆Pi = (e2i + fi2)Gii−

X

k=1

k6=1

[ei(ekGik− fkBik) + fi(fkGik− ekBik) − Pgi + Pdi (3.1)

e os res´ıduos de potˆencia reativa para as barras P Q s˜ao:

∆Qi = −(e2i + f 2 i)Bii− n X k=1 k6=1 [fi(ekGik− fkBik) − ei(fkGik+ ekBik) − Qgi+ Qdi (3.2)

Considerando ainda que a barra i seja uma barra P V , ent˜ao os valores de ei e fi

devem satisfazer a relac¸˜ao:

e2i + fi2 = (Viesp)2 (3.3)

e, portanto, os res´ıduos dos quadrados das magnitudes das tens˜oes nas barras P V s˜ao:

∆|Viesp|2 = e2i − fi2− |Viesp|2 (3.4)

3.3

M´etodos para Resoluc¸˜ao do Fluxo de Potˆencia

Para resolver o problema do fluxo de potˆencia, foram empregados dois m´etodos. Para os c´alculos pontuais foi utilizado o m´etodo de Newton-Raphson; para o fluxo de potˆencia intervalar utilizou-se o m´etodo de Krawczyk. A soluc¸˜ao do fluxo fluxo de potˆencia via Newton-Raphson ´e utilizada como inicializac¸˜ao para o fluxo de potˆencia intervalar. Este procedimento foi adotado visto que no m´etodo de Newton-Raphson, a cada iterac¸˜ao, ´e resolvido um sistema linear, enquanto no m´etodo de Krawczyk o sistema n˜ao-linear ´e resolvido somente pelo produto de matrizes.

Em C++ juntamente com a biblioteca C-XSC, o produto de duas matrizes ´e dado conforme a figura 3.1.

Figura 3.1: Codificac¸˜ao em C-XSC: C´alculo do produto entre matrizes intervalares

3.3.1

M´etodo de Newton-Raphson (Abordagem pontual)

Expandindo a func¸˜ao f (x) em s´erie de Taylor em torno do ponto xk e truncado-a no termo de primeira ordem, obt´em-se:

(29)

29

onde ∂f (x)∂x ´e a matriz Jacobiana de f (x). Assim, a cada iterac¸˜ao sucessivas aproximac¸˜oes s˜ao obtidas como:

∆xk+1= − ∂f (x k) ∂x x=xk −1 f (xk) (3.6) xk+1 = xk+ ∆xk+1 (3.7)

No problema em estudo, as inc´ognitas podem ser agrupadas no vetor x como x =  e f  (3.8) onde e ´e o vetor das partes reais das tens˜oes complexas e f ´e o vetor com as partes imagin´arias das tens˜oes complexas em todas as barrasdo sistema, exceto na barra de folga.

Seja f (x) o vetor de func¸˜oes

f = ∆P ∆Q



(3.9) com ∆P e ∆Q correspondendo aos mismatches de potˆencias ativa e reativa em cada barra do sistema, exceto na barra de folga.

Dessa forma, o sistema de equac¸˜oes alg´ebricas n˜ao-lineares a ser resolvido pode ser colocado na seguinte forma:

f (x) = 0 (3.10)

Portanto, a matriz Jacobiana do sistema ´e:

J (x) = " ∂(∆P ) ∂e ∂(∆P ) ∂f ∂(∆Q) ∂e ∂(∆Q) ∂f # (3.11)

As submatrizes que comp˜oem a matriz Jacobiana s˜ao H, N, M, e L. Ent˜ao a matriz Jacobiana pode ser expressa como:

J (x) =  H N M L  (3.12)

3.3.2

M´etodo de Krawczyk (Abordagem intervalar)

De acordo com (BARBOZA; DIMURO; REISER, 2004), a vantagem deste ope-rador ´e que nenhum sistema de equac¸˜oes lineares necessita ser resolvido para determinar a atualizac¸˜ao da pr´oxima iterac¸˜ao. O operador de Krawczyk K : Rn× IRn → IRn ´e

definido por (KRAWCZYK, 1969):

K(ex, X =x − Cf (e x) − (I − CJ (X))(e x − X)e (3.13) onde C ´e uma matriz de pr´e-condicionamento, a inversa do ponto m´edio de J (X), I ´e a matriz identidade ex ∈ X.e

(30)

Figura 3.2: Codificac¸˜ao em C-XSC: C´alculo da inversa de uma matriz de pontos m´edios

3.4

Diagrama Unifilar

Um sistema de energia el´etrica pode ser visualizado graficamente atrav´es de um diagrama unifilar. Este consiste na representac¸˜ao das barras no sistema el´etrico e dos elementos de interconex˜ao entre elas (linhas de transmiss˜ao e transformadores).

A figura 3.3 apresenta o diagrama unifilar de um sistema el´etrico hipot´etico com 6 barras.

Figura 3.3: Representac¸˜ao do Diagrama Unifilar da Rede El´etrica

Observe que na figura acima, a rede el´etrica em quest˜ao, possui uma barra P V (barra 2) e quatro barras P Q (barras 3, 4 5 e 6). A barra de folga ´e a barra 1. Observa-se tamb´em a existˆencia de sete linhas de transmiss˜ao (1,4), (1,5), (2,5), (2,3), (3,4), (4,5) e (5,6).

3.5

Entrada de dados

(31)

31

para o c´alculo do fluxo de potˆencia. Estas informac¸˜oes s˜ao referentes `as barras e `as linhas de transmiss˜ao do sistema. Neste arquivo, os c´odigos 4 e 5 representam, respectivamente, os dados de linha e os dados das barras. Al´em disso, o c´odigo 9999 representa o fim das informac¸˜oes referentes `as linhas de transmiss˜ao ou `as barras do sistema.

Figura 3.4: Arquivo de leitura

O arquivo de entrada de dados mostrado na Figura 3.4 corresponde a um sistema el´etrico de 6 barras. O arquivo texto tem uma formatac¸˜ao padronizada e tem posic¸˜oes fixas de leitura, conforme a informac¸˜ao que se necessita. Isso facilita o armazenamento de suas informac¸˜oes em diversas vari´aveis. Suas informac¸˜oes s˜ao dispostas da seguinte forma:

Dados de Linha (C´odigo 4)

• Campos 1 - 4 : n´umero da barra de origem • Campos 9 - 12 : n´umero barra destino • Campo 14 : n´umero do circuito

• Campos 18 - 23: resistˆencia do circuito em porcentagem • Campos 24 - 29: reatˆancia do circuito em porcentagem • Campos 30 - 35: capacitˆancia total do circuito em MVA • Campos 36 - 40: tap dos transformadores

(32)

∗ 0: barra PQ ∗ 1: barra PV

∗ 2: barra de referˆencia • Campos 10 - 21: nome da barra

• Campos 27 - 30: ˆangulo de fase da tens˜ao em graus • Campos 31 - 35: potˆencia ativa gerada em M W • Campos 36 - 40: potˆencia reativa gerada em M V Ar • Campos 56 - 60: potˆencia ativa na carga em M W • Campos 61 - 65: potˆencia reativa na carga em M V Ar • Campos 66 - 70: shunt reativo em M V Ar

(33)

33

4

RESULTADOS

Este cap´ıtulo apresenta os resultados obtidos utilizando o software computacional MatLab vers˜ao 6.5 juntamente com a biblioteca intervalar IntLab vers˜ao 5.3 e a linguagem de programac¸˜ao C++ sendo a vers˜ao do compilador g++ 4.0 para o sistema operacional Linux (Ubuntu 6.06), utilizando a biblioteca intervalar C-XSC vers˜ao 2.0.

Para a realizac¸˜ao dos testes, foram selecionadas duas redes el´etricas da IEEE: uma com seis barras e outra com quatorze barras. Ambos os sistemas foram testados utilizando o MatLab e o C++.

A tabela 4.1 mostra as principais caracter´ısticas dos sistemas a serem testados. As colunas 2, 3 e 4 apresentam, respectivamente, o n´umero total de barras, de circuitos e de geradores que existe em cada sistema-teste. As demandas de potˆencia est˜ao mostradas nas ´ultimas duas colunas, respectivamente, ativa e reativa.

Tabela 4.1: Principais caracter´ısticas para os sistemas testes

Sistema Barras Circuitos Geradores Potˆencia M W Demanda M V Ar

IEEE-6 6 7 2 135.0 36.0

IEEE-14 14 20 4 277.8 103.8

4.1

Sistema de 6 barras

A tabela 4.2 refere-se aos resultados obtidos para o fluxo de potˆencia pontual, ou seja, sem intervalos.

Tabela 4.2: Sistema de 6 barras pontual Barra Magnitude Anguloˆ

1 1.1000 0 2 1.1000 −3.1890 3 0.9051 −11.7277 4 1.0089 −8.8368 5 0.9384 −11.5112 6 0.9880 −11.0893

(34)

Tabela 4.3: MatLab: Sistema de 6 barras

Barra Magnitude Anguloˆ

1 [1.0999, 1.1001] [0.0000, 0.0000] 2 [1.0988, 1.1012] [−3.1954, −3.1826] 3 [0.8930, 0.9174] [−12.0675, −11.3934] 4 [0.9983, 1.0195] [−9.0777, −8.5992] 5 [0.9226, 0.9542] [−11.8858, −11.1450] 6 [0.9749, 1.0011] [−11.4116, −10.7724]

Tabela 4.4: C++: Sistema de 6 barras

Barra Magnitude Anguloˆ

1 [1.099999, 1.100001] [0.000000, 0.000000] 2 [1.099394, 1.100001] [−3.195720, −3.185855] 3 [0.899846, 0.910438] [−12.164576, −11.294236] 4 [1.004332, 1.013491] [−9.163962, −8.512311] 5 [0.931897, 0.944862] [−12.058238, −10.969591] 6 [0.982002, 0.993952] [−11.510828, −10.671804]

Por exemplo, analisando a tabela 4.3, para a barra dois, as magnitudes de tens˜ao no MatLab est˜ao compreendidas entre [1.0988, 1.1012] e este valor na tabela 4.4 ´e [1.099394, 1.100001]. Observe que o diˆametro da magnitude de tens˜ao do intervalo obtido no C++ ´e menor do que o obtido no MatLab. Entretanto, se a comparac¸˜ao for realizada em termos do ˆangulo de fase da tens˜ao complexa na barra dois, o diˆametro do inter-valo obtido no MatLab ´e menor do que o do C++ ([−3.195720, −3.185855] no MatLab, [−3.1954, −3.1826]) no C++).

Para a barra cinco, as magnitudes de tens˜ao no MatLab est˜ao compreendidas entre [0.9226, 0.9542] e no C++ entre [0.931897, 0.944862]. O intervalo do ˆangulo de fase da tens˜ao complexa nesta barra no MatLab est´a entre [−11.8858, −11.1450] e no C++ entre [−12.058238, −10.969591]. Note que o intervalo da magnitude de tens˜ao no C++ ´e menor do que no MatLab e que o intervalo do ˆangulo de fase da tens˜ao complexa no MatLab, ´e menor do que no C++.

Por fim, analisando a barra 6, sendo os intervalos [0.9749, 1.0011] e [0.982002, 0.993952], os valores das magnitudes de tens˜ao, respectivamente, no MatLab e C++. Para os intervalos do ˆangulo de fase da tens˜ao complexa, obteve-se no MatLab [−11.4116, −10.7724] e no C++ [−11.510828, −10.671804]. Assim, as mesmas con-clus˜oes anteriores s˜ao novamente encontradas.

(35)

35

Figura 4.1: Diˆametros da magnitude

O s´ımbolo ◦ indica os limites inferiores dos intervalos e o s´ımbolo ∆, os limites superiores dos intervalos. Observa-se tamb´em que os valores obtidos na magnitude e ˆangulo de fase da tens˜ao complexa na forma pontual (veja tabela 4.2) est˜ao compreendidos entre os valores obtidos na forma intervalar, tabelas 4.3 e 4.4.

4.2

Sistema de 14 barras

(36)

Barra Magnitude Anguloˆ 1 0.9500 0 2 0.9500 −7.1604 3 0.9600 −17.6051 4 0.9136 −14.1075 5 0.9117 −12.1990 6 0.9500 −21.1531 7 0.9364 −18.4360 8 0.9500 −18.4345 9 0.9312 −20.7189 10 0.9263 −21.1594 11 0.9343 −21.3142 12 0.9328 −22.1558 13 0.9276 −22.1594 14 0.9091 −22.6360

As pr´oximas duas tabelas apresentam, respectivamente, os resultados obtidos pelo MatLab e pelo C++ . Esses resultados correspondem as magnitudes e ˆangulos de fase das tens˜oes complexas em todas as barras da rede el´etrica do sistema de quatorze barras.

Tabela 4.6: MatLab: Sistema de 14 barras

Barra Magnitude Anguloˆ

(37)

37

Tabela 4.7: C++: Sistema de 14 barras

Barra Magnitude Anguloˆ

1 [0.949999, 0.950001] [0.000000, 0.000000] 2 [0.949619, 0.950381] [−7.171258, −7.151542] 3 [0.959040, 0.960960] [−17.639945, −17.573868] 4 [0.910415, 0.916747] [−14.434632, −13.783448] 5 [0.909054, 0.914227] [−12.482243, −11.919021] 6 [0.949050, 0.950950] [−21.198073, −21.120923] 7 [0.931767, 0.941006] [−18.855232, −18.021135] 8 [0.949050, 0.950951] [−18.472299, −18.403534] 9 [0.925433, 0.936968] [−21.194661, −20.248064] 10 [0.920346, 0.932239] [−21.648966, −20.675278] 11 [0.928609, 0.939979] [−21.796268, −20.838795] 12 [0.926861, 0.938737] [−22.658980, −21.659449] 13 [0.921472, 0.933543] [−22.665919, −21.659409] 14 [0.902353, 0.915765] [−23.166555, −22.110889]

Por exemplo, analisando a tabela 4.6, para a barra sete, as magnitudes de tens˜ao no MatLab est˜ao compreendidas entre [0.9199, 0.9529] e este valor na tabela 4.7 ´e [0.931767, 0.941006]. Observe que o diˆametro da magnitude de tens˜ao do intervalo ob-tido no C++ ´e menor do que o obob-tido no MatLab. Tamb´em, se a comparac¸˜ao for re-alizada em termos do ˆangulo de fase da tens˜ao complexa na barra sete, o diˆametro do intervalo obtido no MatLab ´e maior do que o do C++ ([−18.9312, −17.9503] no MatLab, [−18.855232, −18.021135]) no C++).

(38)

5

CONCLUS ˜

AO

No presente trabalho foi estudada uma metodologia baseada na Matem´atica Inter-valar com importante aplicac¸˜ao ao problema do fluxo de potˆencia em redes de energia el´etrica: a influˆencia da inexatid˜ao de dados e de erros de modelagem e num´ericos sobre o perfil de tens˜oes do sistema el´etrico. T´ecnicas da Matem´atica Intervalar foram utiliza-das para resolver o problema do fluxo de potˆencia com incerteza de dados, apresentando uma comparac¸˜ao entre os resultados obtidos com o ambiente de programac¸˜ao do software MatLab utilizando a biblioteca intervalar IntLab e com a linguagem de programac¸˜ao C++ utilizando a biblioteca intervalar de alta precis˜ao chamada C-XSC.

Concluiu-se que ´e poss´ıvel aplicar a Matem´atica Intervalar ao problema do fluxo de potˆencia com a utilizac¸˜ao da biblioteca C-XSC a sistemas el´etricos reais de grande porte para produzir resultados mais realistas. Dessa forma, pode-se conhecer a influˆencia das incertezas sobre a magnitude e o ˆangulo de fase das tens˜oes complexas nas barras do sistema el´etrico. O C-XSC possui confiabilidade e exatid˜ao nos seus c´alculos aritm´eticos. O uso da biblioteca intervalar ´e de f´acil operac¸˜ao, diversas soluc¸˜oes j´a est˜ao pre-viamente codificadas como, por exemplo, os algoritmos de Newton e de Krawczyk.

(39)

39

REFER ˆ

ENCIAS

BARBOZA, L. V.; DIMURO, G. P.; REISER, R. H. S. Towards Interval Analysis of the Load Uncertainty in Power Eletric Systems. [S.l.]: 8th International Conference on Probabilistic Methods Apllied to Power System, 2004. 12 - 16p.

DIMURO, G. F.; CL ´AUDIO, D. M. Dom´ınios intervalares da matem´atica computaci-onal. [S.l.]: Porto Alegre :s.n.,, 1991.

HOFSCHUSTER, W.; KR ¨AMER, W.; WIETHOFF, A. C-XSC 2.0 — A C++ Library for Extended Scientific Computing. Lecture Notes in Computer Science, [S.l.], p.15 – 35, 2001.

KRAWCZYK, R. Newton-Algorithmen zur Bestimmung von Nullstellen mit Fehlers-chranken. [S.l.]: Computing, vol. 4, 1969. 187 - 201p.

KULISCH, U. Advanced Arithmetic for the Digital Computer: Design of Arithmetic Units. pub-SPRINGER-WIEN:adr: Springer, 2003. xii - 141p.

MOORE, R. E. Interval analysis. Philadelphia, PA, USA: pub-PH, 1966. xi - 145p. MOORE, R. E. Methods and Applications of Interval Analysis. Philadelphia, PA, USA: Society for Industrial and Applied Mathematics, 1979. xi - 190p.

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Referências

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