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REGULAMENTO FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS DA INDÚSTRIA EXODUS III BRZ CNPJ/MF N.º / Datado de. 25 de Abril de 2016

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REGULAMENTO

DO

“FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS DA INDÚSTRIA EXODUS III – BRZ”

CNPJ/MF N.º 09.194.715/0001-05

________________________ Datado de

25 de Abril de 2016 ________________________

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ÍNDICE:

CAPÍTULO I - FUNDO ... 3

CAPÍTULO II - PRAZO DE DURAÇÃO DO FUNDO ... 3

CAPÍTULO III - ADMINISTRADORA ... 3

CAPÍTULO IV - RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRADORA ... 5

CAPÍTULO V – CUSTODIANTE ... 9

CAPÍTULO VI - GESTÃO ... 11

CAPÍTULO VII - OBJETIVO DO FUNDO E POLÍTICA DE INVESTIMENTO E DE COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA . 13 CAPÍTULO VIII - DIREITOS DE CRÉDITO E CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE ... 17

CAPÍTULO IX - FATORES DE RISCO ... 17

CAPÍTULO X – TAXA DE ADMINISTRAÇÃO E ENCARGOS DO FUNDO ... 31

CAPÍTULO XI - QUOTAS ... 33

CAPÍTULO XII - EMISSÃO, INTEGRALIZAÇÃO E VALOR DAS QUOTAS ... 36

CAPÍTULO XIII - AMORTIZAÇÃO E RESGATE DAS QUOTAS ... 38

CAPÍTULO XIV - PAGAMENTO AOS QUOTISTAS ... 41

CAPÍTULO XV - NEGOCIAÇÃO DAS QUOTAS ... 41

CAPÍTULO XVI - METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS ATIVOS DO FUNDO ... 42

CAPÍTULO XVII - ENQUADRAMENTO À RELAÇÃO MÍNIMA ... 43

CAPÍTULO XVIII - EVENTOS DE AVALIAÇÃO E EVENTOS DE LIQUIDAÇÃO ... 44

CAPÍTULO XIX - ORDEM DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS ... 48

CAPÍTULO XX – POLÍTICA E CUSTOS DE COBRANÇA ... 49

CAPÍTULO XXI - ASSEMBLEIA GERAL ... 50

CAPÍTULO XXII - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ... 53

CAPÍTULO XXIII - PATRIMÔNIO LÍQUIDO ... 54

CAPITULO XXIV - PUBLICIDADE E DA REMESSA DE DOCUMENTOS ... 54

CAPÍTULO XXV - CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ... 55

CAPÍTULO XXVI - DISPOSIÇÕES FINAIS ... 55

ANEXO II - MODELO DE SUPLEMENTO ... 66

ANEXO III – POLÍTICA DE COBRANÇA ... 67

ANEXO IV – POLÍTICA DE ANÁLISE E SELEÇÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS ... 69

ANEXO V – CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA VALORIZAÇÃO DAS QUOTAS ... 77

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REGULAMENTO DO

“FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS DA INDÚSTRIA EXODUS III – BRZ”

CAPÍTULO I - FUNDO

Artigo 1º O “FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS DA INDÚSTRIA EXODUS III – BRZ”, disciplinado pela Resolução CMN 2.907, pela Instrução CVM 356 e demais disposições legais e regulamentares aplicáveis (o “Fundo”), será regido pelo presente Regulamento.

Parágrafo Único Os termos iniciados em letra maiúscula e utilizados neste Regulamento, estejam no singular ou no plural, terão os significados que lhes são atribuídos no Anexo I ao presente Regulamento.

Artigo 2º O Fundo é constituído sob a forma de condomínio fechado, ou seja, as Quotas somente poderão ser resgatadas (i) na Data de Resgate Programada de cada série de Quotas Seniores ou das Quotas Subordinadas Mezanino, (ii) em decorrência da amortização integral, posterior à Data de Resgate Programada, ou (iii) em virtude da liquidação antecipada do Fundo, conforme o previsto no Capítulo XVIII deste Regulamento.

Parágrafo Único É admitida, ainda, a amortização de Quotas, nos termos do Capítulo XIII deste Regulamento.

Artigo 3º Somente podem participar do Fundo, na qualidade de Quotistas, Investidores Qualificados, nos termos da regulamentação em vigor.

CAPÍTULO II - PRAZO DE DURAÇÃO DO FUNDO Artigo 4º O Fundo terá prazo de duração indeterminado.

Parágrafo Único O Fundo poderá ser liquidado por deliberação da Assembleia Geral, observado o previsto nos Capítulos XVIII e XXI deste Regulamento.

CAPÍTULO III - ADMINISTRADORA

Artigo 5º O Fundo é administrado pela Socopa – Sociedade Corretora Paulista S.A., instituição financeira autorizada pela CVM para o exercício profissional de administração de carteiras de valores mobiliários, por meio do Ato Declaratório nº 1.498, de 28 de agosto de 1990, com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 1.355, 3º andar, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 62.285.390/0001-40 (a “Administradora”).

Parágrafo 1º A Administradora deverá administrar o Fundo cumprindo com suas obrigações de acordo com os mais altos padrões de diligência e correção do mercado, entendidos

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no mínimo como aqueles que todo homem ativo e probo deve empregar na condução de seus próprios negócios, praticando todos os seus atos com a estrita observância (i) da lei e das normas regulamentares aplicáveis, (ii) deste Regulamento, (iii) das deliberações da Assembleia Geral, (iv) dos deveres fiduciários, de diligência e lealdade, de informação e de preservação dos direitos dos Quotistas.

Parágrafo 2º Observada a regulamentação em vigor e as limitações deste Regulamento, a Administradora tem poderes para praticar todos os atos necessários à administração do Fundo e para exercer os direitos inerentes aos Direitos de Crédito e aos Ativos Financeiros que integrem a carteira do Fundo.

Parágrafo 3º Observados os termos e as condições deste Regulamento e da regulamentação aplicável, a Administradora, independentemente de qualquer procedimento adicional, pode:

(a) iniciar quaisquer procedimentos, judiciais ou extrajudiciais, necessários à cobrança dos Direitos de Crédito e Ativos Financeiros inadimplidos ou à execução de quaisquer garantias eventualmente prestadas, inclusive por meio de medidas acautelatórias e de preservação de direitos;

(b) constituir procuradores, inclusive para os fins de proceder à cobrança amigável ou judicial dos ativos inadimplidos integrantes da carteira do Fundo, sendo que todas as procurações outorgadas pela Administradora, em nome do Fundo, não poderão ter prazo de validade superior a 12 (doze) meses, contados da data de sua outorga, com exceção: (1) das procurações outorgadas à SRM na qualidade de agente de cobrança; e (2) das procurações com poderes de representação em juízo, que poderão ser outorgadas por prazo indeterminado, mas com finalidade específica; e

(c) contratar em nome do Fundo e às custas deste, sem prejuízo de sua responsabilidade, terceiros para a execução dos serviços de gestão da carteira do Fundo, nos termos do Artigo 32 abaixo, controladoria, custódia, administração e cobrança dos Direitos de Crédito e Ativos Financeiros integrantes da carteira do Fundo.

Artigo 6º A Administradora poderá ser substituída, a qualquer tempo, pelos titulares das Quotas reunidos em Assembleia Geral, na forma do Capítulo XXI, sem qualquer multa ou penalidade de qualquer natureza para o Fundo.

Artigo 7º A Administradora, por meio de carta com aviso de recebimento endereçada a cada Quotista, sempre com aviso prévio de 60 (sessenta) dias corridos, observado o disposto no Parágrafo Único abaixo, pode renunciar à administração do Fundo, desde que convoque, no mesmo ato, Assembleia Geral para decidir sobre a sua substituição, devendo ser observado para tanto o quorum de deliberação de que trata o Capítulo XXI deste Regulamento. Parágrafo Único Na hipótese de renúncia da Administradora e nomeação de nova instituição administradora em Assembleia Geral, a Administradora continuará obrigada a prestar os serviços de administração do Fundo até que a nova instituição administradora venha a lhe

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substituir, o que deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos contados da data de realização da referida Assembleia Geral.

Artigo 8º A Administradora deverá, sem qualquer custo adicional para o Fundo, colocar à disposição da instituição que vier a substituí-la, no prazo de 15 (quinze) dias corridos contados da data da deliberação da sua substituição, todos os registros, relatórios, extratos, bancos de dados e demais informações sobre o Fundo, e sua respectiva administração, que tenham sido obtidos, gerados, preparados ou desenvolvidos pela Administradora, ou por qualquer terceiro envolvido diretamente na administração do Fundo, de forma que a instituição substituta possa cumprir, sem solução de continuidade, com os deveres e as obrigações da Administradora, nos termos deste Regulamento.

CAPÍTULO IV - RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRADORA

Artigo 9º A Administradora tem as seguintes obrigações, sem prejuízo das demais obrigações previstas na legislação aplicável, neste Regulamento e nos demais Documentos da Operação:

(a) manter atualizados e em perfeita ordem pelo prazo legal:

(i) a documentação relativa às operações do Fundo, incluindo, sem limitação, o Contrato de Cessão celebrado com cada um dos Cedentes e os Termos de Cessão celebrados no âmbito de cada Contrato de Cessão, observado o disposto no Parágrafo Único abaixo;

(ii) o registro dos Quotistas;

(iii) o livro de atas de Assembleias Gerais; (iv) o livro de presença de Quotistas;

(v) os demonstrativos trimestrais do Fundo a que se refere o Artigo 12 deste Regulamento;

(vi) os registros contábeis do Fundo; e

(vii) os relatórios da Empresa de Auditoria e da Agência de Classificação de Risco.

(b) receber quaisquer rendimentos ou valores do Fundo, diretamente ou por meio do Custodiante;

(c) disponibilizar aos Quotistas, gratuitamente, exemplar deste Regulamento, bem como cientificá-los do (i) nome do periódico utilizado para divulgação de informações do Fundo; e (ii) da Taxa de Administração praticada;

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(d) divulgar aos Quotistas, no prazo de 40 (quarenta) dias corridos contados do encerramento de cada trimestre civil, por meio do periódico referido no Artigo 83 deste Regulamento, além de manter disponíveis em sua sede e agências e nas instituições que distribuam Quotas, o valor do Patrimônio Líquido e das Quotas, e as rentabilidades acumuladas no mês e no ano civil a que se referirem, a Relação Mínima, apurada nos termos do Capítulo XVII abaixo, e os relatórios sobre o Fundo e suas Quotas disponibilizados pela Agência de Classificação de Risco;

(e) colocar à disposição dos Quotistas em sua sede e agências, e nas instituições que distribuam Quotas, as demonstrações financeiras do Fundo, bem como os relatórios preparados pela Empresa de Auditoria;

(f) custear as despesas de propaganda do Fundo;

(g) sem prejuízo da observância dos procedimentos relativos às demonstrações financeiras do Fundo, previstas na regulamentação em vigor, manter, separadamente, registros analíticos com informações completas de toda e qualquer modalidade de negociação realizada entre a Administradora e o Fundo; (h) providenciar trimestralmente, no mínimo, a atualização da classificação de risco

das Quotas Seniores e das Quotas Subordinadas Mezanino pela Agência de Classificação de Risco;

(i) assegurar que o Diretor Designado, responsável pela gestão, supervisão, acompanhamento e prestação de informações do Fundo, elabore os demonstrativos trimestrais referidos no Artigo 12 deste Regulamento;

(j) celebrar, em nome do Fundo, o Contrato de Cessão com cada um dos Cedentes, seus eventuais aditamentos, bem como os Termos de Cessão;

(k) executar, diretamente ou por meio da contratação de terceiros, os seguintes serviços:

(i) escrituração das Quotas, incluindo a abertura e manutenção das respectivas contas de depósito em nome dos Quotistas;

(ii) manutenção de registros analíticos completos de todas as movimentações de titularidade ocorridas nas contas de depósito abertas em nome dos Quotistas;

(iii) manutenção dos documentos necessários à comprovação da condição de Investidor Qualificado dos Quotistas, em perfeita ordem; e

(iv) fornecimento aos Quotistas, anualmente, de documento contendo informações sobre os rendimentos auferidos no ano civil e, com base nos dados relativos ao último dia do mês de dezembro, sobre o número de Quotas, sua propriedade e respectivo valor;

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(l) fazer a guarda física ou escritural dos documentos abaixo listados, por si ou por terceiros contratados, durante o prazo mínimo exigido pela legislação fiscal e regulamentação da CVM:

(i) extratos da Conta de Cobrança e da Conta do Fundo, e dos comprovantes de movimentações de valores em tais contas;

(ii) relatórios preparados pelo Custodiante nos termos do Contrato de Custódia e demais documentos relacionados às rotinas e aos procedimentos definidos neste Regulamento ou no Contrato de Custódia; (iii) documentos referentes aos Ativos Financeiros integrantes da carteira do

Fundo;

(iv) recibos comprobatórios do pagamento de qualquer Encargo do Fundo; (m) informar imediatamente à Agência de Classificação de Risco:

(i) a substituição da Administradora, da Empresa de Auditoria, de qualquer das Cogestoras ou do Custodiante;

(ii) a ocorrência de qualquer Evento de Avaliação ou de Liquidação; e

(iii) a celebração de aditamentos ao Contrato de Cessão, Contrato de Custódia, Contrato de Cogestão, ou Contrato de Cobrança de Direitos Creditórios Inadimplidos;

(n) providenciar o registro do Regulamento, de seus eventuais aditamentos e dos Suplementos no Cartório de Registro de Títulos e Documentos da cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, no prazo de até 10 (dez) dias contados da data de sua aprovação ou celebração, conforme o caso;

(o) franquear o acesso da Agência de Classificação de Risco aos relatórios preparados pelo Custodiante nos termos do Contrato de Custódia;

(p) manter a Conta de Cobrança até a integral liquidação das Obrigações do Fundo, e transferir diariamente para a Conta do Fundo a totalidade dos recursos depositados na Conta de Cobrança;

(q) verificar o cumprimento da Política de Investimento do Fundo, com base nas informações disponibilizadas pelas Cogestoras e pelos demais prestadores de serviços do Fundo;

(r) fornecer informações relativas aos Direitos de Crédito adquiridos ao Sistema de Informações de Créditos do Banco Central do Brasil (SCR), nos termos da norma específica; e

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(s) monitorar, identificar e informar a ocorrência de Eventos de Avaliação, nos termos do Artigo 65 abaixo.

Parágrafo Único A Administradora enviará ao Custodiante ou ao Agente de Guarda previamente instruído pelo Custodiante os originais dos Contratos de Cessão celebrados pelo Fundo com cada um dos Cedentes e os Termos de Cessão celebrados no âmbito de cada Contrato de Cessão, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de sua celebração. O Agente de Guarda fará a guarda de tais documentos, juntamente com os Documentos Comprobatórios dos Direitos de Crédito adquiridos pelo Fundo, nos termos do Contrato de Guarda, conforme o disposto no Artigo 15 deste Regulamento.

Artigo 10 É vedado à Administradora, em nome próprio:

(a) prestar fiança, aval aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma nas operações realizadas pelo Fundo;

(b) utilizar ativos de sua própria emissão ou coobrigação como garantia das operações realizadas pelo Fundo; e

(c) efetuar aportes de recursos no Fundo, de forma direta ou indireta, a qualquer título, ressalvada a hipótese de aquisição de Quotas.

Parágrafo Primeiro As vedações de que tratam as alíneas (a) a (c) do caput deste Artigo abrangem os recursos próprios das pessoas físicas e das pessoas jurídicas controladoras da Administradora, das sociedades por elas direta ou indiretamente controladas e coligadas ou outras sociedades sob controle comum, bem como os ativos integrantes das respectivas carteiras e os de sua emissão ou coobrigação.

Parágrafo Segundo Excetuam-se do disposto no Parágrafo Primeiro acima os títulos de emissão do Tesouro Nacional, os títulos de emissão do BACEN e os créditos securitizados pelo Tesouro Nacional, além dos títulos públicos estaduais, integrantes da carteira do Fundo.

Artigo 11 É vedado à Administradora, em nome do Fundo:

(a) prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se de qualquer outra forma;

(b) realizar operações e negociar com Ativos Financeiros ou modalidades de investimento em desacordo com a Política de Investimento;

(c) aplicar recursos diretamente ou indiretamente no exterior; (d) adquirir Quotas do Fundo;

(e) pagar ou ressarcir-se de multas ou penalidades que lhe forem impostas em razão do descumprimento de normas previstas na legislação aplicável;

(f) vender Quotas do Fundo a prestação;

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(g) vender Quotas do Fundo a instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil cedentes de Direitos de Crédito, exceto quando se tratar de Quotas cuja classe se subordine às demais para efeito de resgate;

(h) fazer, em sua propaganda ou em outros documentos apresentados aos investidores, promessas de retiradas ou de rendimentos, com base em seu próprio desempenho, no desempenho alheio, ou no de ativos financeiros ou modalidades de investimento disponíveis no âmbito do mercado financeiro;

(i) obter ou conceder empréstimos, financiamentos ou adiantamentos de recursos a qualquer pessoa;

(j) efetuar locação ou empréstimo, a qualquer título, dos Direitos de Crédito e Ativos Financeiros, no todo ou em parte;

(k) criar qualquer ônus ou gravame, seja de que tipo ou natureza for, sobre os Direitos de Crédito e os Ativos Financeiros;

(l) emitir qualquer classe ou série de Quotas em desacordo com este Regulamento; (m) prometer rendimento predeterminado aos Quotistas; e

(n) delegar poderes de gestão da carteira do Fundo, ressalvado às Cogestoras.

Parágrafo Único Salvo se expressamente autorizado por este Regulamento ou pelos titulares das Quotas, reunidos em Assembleia Geral, é vedado à Administradora, em nome do Fundo:

(a) distratar, rescindir ou aditar o Contrato de Custódia, o Contrato de Cogestão, o Contrato de Serviços de Classificação de Risco, Contrato de Cobrança Extraordinária e o Contrato de Serviços de Auditoria Independente, ressalvadas as alterações de caráter operacional em tais contratos que não acarretem qualquer prejuízo ao Fundo; e

(b) proceder à abertura de contas-correntes bancárias, de investimento e de custódia, além daquelas previstas neste Regulamento e no Contrato de Custódia

Artigo 12 O Diretor Designado deverá, nos termos da legislação aplicável elaborar demonstrativo trimestral do Fundo, a ser enviado à CVM e mantido à disposição dos Quotistas, bem como submetido à auditoria independente anual, que evidencie, entre outras coisas, nos termos do parágrafo 3° do artigo 8° da Instrução CVM 356, que as operações realizadas pelo Fundo estão em consonância com sua Política de Investimento prevista neste Regulamento e com a regulamentação vigente, e que as negociações foram realizadas a taxas de mercado.

CAPÍTULO V – CUSTODIANTE

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Artigo 13 Os serviços de custódia qualificada do Fundo são prestados pelo Banco Paulista S.A., instituição financeira com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 1.355, 2° e 3º andares, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 61.820.817/0001-09 (“Custodiante”).

Artigo 14 Sem prejuízo dos demais deveres e obrigações estabelecidos no Contrato de Custódia, o Custodiante será responsável pelas seguintes atividades:

(a) receber e analisar a documentação que evidencie o lastro dos Direitos de Crédito, em até 10 (dez) Dias Úteis da data da cessão, nos termos deste Regulamento; (b) validar os Direitos de Crédito em relação aos Critérios de Elegibilidade

estabelecidos neste Regulamento previamente a cada cessão;

(c) realizar a liquidação física e financeira dos Ativos Financeiros e dos Direitos de Crédito, evidenciados pelos Contratos de Cessão e pelos Documentos Comprobatórios da operação;

(d) fazer a custódia e a guarda, por si ou por terceiros, da documentação relativa aos Direitos de Crédito e demais ativos integrantes da carteira do Fundo;

(e) diligenciar para que seja mantida, às suas expensas, atualizada e em perfeita ordem, a documentação dos Direitos de Crédito, com metodologia preestabelecida e de livre acesso para a Empresa de Auditoria, a Agência de Classificação de Risco e aos órgãos reguladores;

(f) verificar, durante o funcionamento do Fundo, em periodicidade trimestral, a documentação que evidencia o lastro dos Direitos de Crédito; e

(g) exceto em relação aos Direitos de Crédito inadimplidos, cobrar e receber, em nome do Fundo, pagamentos, resgate de títulos ou qualquer outra renda relativa aos Direitos de Crédito, depositando os valores recebidos diretamente na Conta de Arrecadação do Fundo.

Parágrafo 1º Para a prestação do serviço de análise da documentação que evidencia o lastro dos Direitos de Crédito, nos termos da alínea “(a)” do caput deste Artigo, caso o Custodiante contrate terceiros, o fará sob sua responsabilidade e às suas expensas.

Parágrafo 2º A exceção do disposto no Parágrafo 3º abaixo, fica dispensada a verificação trimestral dos Documentos Comprobatórios representativos dos Direitos de Credito, uma vez que os Documentos Comprobatórios de todos os Direitos de Crédito serão verificados pelo Custodiante ou por terceiro por ele contratado, quando da aquisição dos Direitos de Crédito pelo Fundo, observado o prazo disposto na alínea “(a)” do caput deste Artigo 14.

Parágrafo 3º Observado o disposto na alínea “(f)” do caput e do Parágrafo 2º deste Artigo, a totalidade da documentação que evidencia o lastro dos Direitos de Crédito inadimplidos e dos Direitos de Crédito substituídos deverá ser objeto de verificação de lastro trimestral.

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Parágrafo 4º No caso de Direitos de Crédito substituídos, os Documentos Comprobatórios que representem os novos Direitos de Crédito deverão ser recebidos e verificados pelo Custodiante no prazo de até 10 (dez) Dias Úteis contados da data da sua substituição.

Parágrafo 5º No exercício de suas funções, o Custodiante está autorizado, por conta e ordem da Administradora, a abrir e movimentar, em nome do Fundo, as contas de depósito específicas abertas diretamente em nome do Fundo (1) no SELIC; (2) no sistema de liquidação financeira administrado pela CETIP; ou (3) em instituições ou entidades autorizadas a prestação desses serviços pelo BACEN ou pela CVM em que os Ativos Financeiros sejam tradicionalmente negociados, liquidados ou registrados, sempre com estrita observância deste Regulamento e do Contrato de Custódia.

Artigo 15 Sem prejuízo da sua responsabilidade, nos termos deste Regulamento e da legislação e regulamentação vigente, o Custodiante poderá contratar empresa especializada no armazenamento e guarda de documentos (“Agente de Guarda”), que não pode ser o originador, um Cedente ou qualquer das Cogestoras, conforme instrumento particular a ser firmado entre o Custodiante e o Agente de Guarda, com a interveniência e anuência do Administrador e das Cogestoras (“Contrato de Guarda”), para prestar os serviços de guarda dos Documentos Comprobatórios.

Parágrafo 1º O Custodiante ou o Agente de Guarda, sob responsabilidade do Custodiante, manterá as vias originais dos Documentos Comprobatórios referentes aos Direitos de Crédito cedidos ao Fundo, bem como as vias originais dos Contratos de Cessão e Termos de Cessão celebrados entre o Fundo e os Cedentes, responsabilizando-se pela sua guarda em nome do Fundo. A contratação do Agente de Guarda, conforme descrita neste Artigo 15, não exclui as responsabilidades do Custodiante, nos termos do artigo 38 da Instrução CVM 356, conforme alterada, nem tampouco as responsabilidades da Administradora, nos termos do Artigo 34 da Instrução CVM nº 356.

Parágrafo 2º O Custodiante e a Administradora com autorização expressa do Custodiante terão acesso irrestrito aos documentos sob a guarda do Agente de Guarda, podendo, a qualquer tempo, realizar diligências nos estabelecimentos do Agente de Guarda, com o objetivo de verificar tais documentos, bem como o cumprimento pelo Agente de Guarda de suas obrigações, nos termos do Contrato de Guarda.

CAPÍTULO VI - GESTÃO

Artigo 16 A atividade de gestão da carteira do Fundo ficará a cargo (i) da Nova S.R.M. Administração de Recursos e Finanças S.A., sociedade com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Alameda Cleveland, nº 509, 4º andar, Campos Elíseos, CEP 01218-000, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 11.504.852/0001-32, autorizada a realizar a prestação de serviços de administração de carteira de títulos e valores mobiliários através do Ato Declaratório nº 11.179, datado de 23 de julho de 2010 (“SRM”); e (ii) da BRZ Investimentos Ltda., com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Leopoldo Couto Magalhães, nº 758, conjunto 52, Itaim Bibi, CEP 04542-000, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 02.888.152/0001-06, devidamente autorizada à prestação dos serviços de administração de carteira de títulos e valores mobiliários através do Ato Declaratório nº 7490, datado de 11 de novembro de 2003 (“BRZ” e, em conjunto com a SRM, as

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“Cogestoras”).

Artigo 17 Sem prejuízo dos demais deveres e obrigações estabelecidos no Contrato de Cogestão, as Cogestoras serão responsáveis pela atividade de gestão da carteira do Fundo, e suas atribuições serão divididas nos termos dos parágrafos abaixo.

Parágrafo 1º Caberá exclusivamente à BRZ analisar e selecionar Ativos Financeiros a serem adquiridos pelo Fundo, observada a Política de Investimento, devendo envidar esforços para manter o enquadramento fiscal do Fundo como de longo prazo.

Parágrafo 2º Caberá exclusivamente à SRM:

(a) analisar e selecionar Direitos de Crédito para aquisição pelo Fundo, observados a Política de Investimento, a Taxa Mínima de Cessão, os limites de concentração e as demais disposições aplicáveis deste Regulamento;

(b) realizar o acompanhamento dos Direitos de Crédito adquiridos pelo Fundo, e emitir relatório, todo 5º (quinto) Dia Útil de cada mês, destacando o atendimento ou não da carteira do Fundo à Política de Investimento do Fundo (“Relatório de Monitoramento”);

(b) realizar a cobrança judicial e extrajudicial dos Direitos de Crédito inadimplidos integrantes da carteira do Fundo que não tenham sido pagos nas respectivas datas de vencimento, de acordo com a Política de Cobrança do Fundo e as demais condições estabelecidas no Contrato de Cogestão, instruindo os Sacados ou os Cedentes, em caso de coobrigação, a efetuar os pagamentos dos Direitos de Crédito na Conta de Cobrança; e

(c) negociar e vender, a qualquer terceiro, quaisquer Direitos de Crédito que estejam vencidos e não pagos por prazo superior a 180 dias (cento e oitenta dias).

Parágrafo 3º A Administradora poderá solicitar às Cogestoras, a qualquer tempo, mediante notificação por escrito, os documentos que comprovem que as Cogestoras estão adimplentes com suas obrigações descritas neste Regulamento e as estabelecidas na regulamentação em vigor, bem como documentos que tenham subsidiado as Cogestoras no desempenho de suas atividades descritas neste Regulamento, incluindo, mas não se limitando, à cobrança judicial e extrajudicial dos Direitos de Crédito inadimplidos integrantes da carteira do Fundo, sendo que, neste caso, as Cogestoras deverão, em até 10 (dez) Dias Úteis após o recebimento de notificação da Administradora neste sentido, enviar os documentos e informações solicitados à Administradora, em conjunto com um relatório contendo a devida explicação de como as suas atividades estão sendo cumpridas com relação ao Fundo.

Parágrafo 4º As Cogestoras são solidariamente responsáveis pelos atos de gestão uma da outra.

Artigo 18 Sujeito às regras estabelecidas na Política de Cobrança do Fundo e visando possibilitar a prestação do serviço de cobrança extrajudicial dos Direitos de Crédito, a SRM terá poderes para renegociar quaisquer características dos Direitos de Crédito com o Sacado

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inadimplente e o respectivo Cedente, bem como procurar formas alternativas que possibilitem a recuperação dos valores devidos pelo Sacado inadimplente, tais como (i) substituição dos Direitos de Crédito inadimplidos por novos Direitos de Crédito a vencer ou (ii) recompra pelo Cedente dos Direitos de Créditos inadimplidos ou a vencer.

Artigo 19 Nenhum Direito de Crédito ou Ativo Financeiro poderá ser adquirido pelo Fundo sem que tenha sido previamente analisado e selecionado pela SRM, conforme o estabelecido neste Regulamento.

CAPÍTULO VII - OBJETIVO DO FUNDO E POLÍTICA DE INVESTIMENTO E DE COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA

Artigo 20 O objetivo do Fundo é proporcionar a seus Quotistas a valorização de suas Quotas, observada a política de investimento, de composição e de diversificação da carteira definida neste Capítulo, por meio da aquisição: (i) de duplicatas e notas promissórias (“Direitos de Crédito”), juntamente com todos os direitos, privilégios, preferências, prerrogativas e ações assegurados aos titulares de tais Direitos de Crédito; e (ii) de Ativos Financeiros.

Parágrafo Único O Fundo adquirirá Direitos de Crédito por meio da celebração, com cada um dos Cedentes, de Contrato de Cessão contendo os termos e condições gerais da cessão de Direitos de Crédito ao Fundo. Por ocasião de cada cessão de Direitos de Crédito ao Fundo no âmbito de um Contrato de Cessão, o Fundo celebrará com o Cedente um Termo de Cessão.

Artigo 21 Os investimentos do Fundo se subordinarão aos requisitos de composição e de diversificação estabelecidos neste Regulamento e na legislação e regulamentação aplicáveis, observado ainda que:

(a) os Cedentes dos Direitos de Crédito devem ser pessoas jurídicas inscritas e com situação cadastral ativa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (“CNPJ”); (b) os Sacados não devem apresentar apontamentos junto ao Serasa quanto a

cheques sem fundos, execuções judiciais (exceto execuções fiscais), falência decretada ou recuperação judicial homologada; excepcionalmente, a SRM poderá ofertar ao Fundo Direitos de Crédito oriundos de Sacados que apresentem protestos e/ou tenham execuções judiciais pendentes contra si, desde que a soma dos valores relativos a estes protestos ou execuções não supere o montante equivalente a 5% (cinco por cento) do capital social do respectivo Sacado;

(c) os Direitos de Crédito adquiridos pelo Fundo em decorrência da substituição de Direitos de Crédito não poderão representar, a todo tempo durante a vigência do Fundo, mais do que 15% (quinze por cento) do Patrimônio Líquido do Fundo; (d) o Fundo poderá comprar Direito de Crédito de Cedentes que possuam Direitos de

Crédito cedidos ao Fundo e vencidos e não pagos a mais de 60 (sessenta) dias, desde que o saldo devedor dos Direitos de Crédito cedidos por tal Cedente não represente mais do que 3,5% (três e meio por cento) do Patrimônio Líquido do Fundo;

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(e) o Fundo não poderá adquirir Direitos de Crédito de Cedentes cujo percentual de Direitos de Crédito cedidos ao Fundo e liquidados parcialmente for superior a 10% (dez por cento) dos Direitos de Crédito cedidos ao Fundo por tal Cedente nos últimos 12 (doze) meses;

(f) os Direitos de Crédito deverão ser oriundos de operações realizadas nos setores listados abaixo, de acordo com os seguintes limites:

Setor Mínimo (%Patrimônio Líquido) Máximo (%Patrimônio Líquido)

Industrial 50% 100%

Comercial 0% 50%

Prestação de Serviços 0% 30%

(g) o Fundo não poderá adquirir Direitos de Crédito de Sacados inadimplentes com relação a outros Direitos de Crédito integrantes da carteira do Fundo, se o total de Direitos de Crédito inadimplidos por prazo superior a 60 (sessenta) dias e inferior a 180 (cento e oitenta) dias representar mais do que 10% (dez por cento) do Patrimônio Líquido do Fundo;

(h) o somatório do valor dos Direitos de Crédito integrantes da carteira do Fundo oriundos dos 10 (dez) maiores Cedentes deverá ser igual ou inferior a 30% (trinta por cento) do Patrimônio Líquido do Fundo;

(i) o somatório do valor dos Direitos de Crédito integrantes da carteira do Fundo oriundos dos 4 (quatro) maiores Cedentes deverá ser igual ou inferior a 20% (vinte por cento) do Patrimônio Líquido do Fundo;

(j) o saldo agregado de Direitos de Crédito cedidos por cada Cedente não poderá representar mais do que 5% (cinco por cento) do Patrimônio Líquido do Fundo ou R$3.000.000,00 (três milhões de reais), dos dois o maior;

(k) o total de obrigação de cada Sacado devedor de duplicata ou nota promissória não poderá ser superior a 2,5% (dois e meio por cento) do Patrimônio Líquido do Fundo ou R$2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), dos dois o maior; (l) a cessão dos Direitos de Crédito deve observar a Taxa Mínima de Cessão; e

(m) com relação aos Direitos de Crédito cedidos ao Fundo a partir de 30 de novembro de 2013, os Cedentes deverão ter declarado, por meio do respectivo Contrato de Cessão, que (i) não utilizam trabalho escravo e infantil; e (ii) possuem todas as licenças exigidas pelas autoridades federais, estaduais e municipais para o exercício de suas atividades, inclusive todas as licenças ambientais.

Parágrafo 1º Os limites de concentração estabelecidos no caput deste Artigo deverão ser verificados pelas Cogestoras e observados com relação aoCedente, incluindo desta forma, seu controlador, suas sociedades controladas direta ou indiretamente, coligadas ou outras sociedades

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sob controle comum, sendo que, no caso de empresas controladas por pessoas físicas, deverá ser considerado o grau de parentesco com o controlador até o segundo grau (“Grupo Econômico”).

Parágrafo 2º Caso, por qualquer motivo, aconteça o desenquadramento do Fundo aos limites de concentração estabelecidos neste Artigo, a SRM deverá observar as seguintes regras para reenquadramento dos limites de concentração, enquanto estes não constituírem Evento de Avaliação:

(a) as aquisições de Direitos de Crédito deverão, necessariamente, reduzir o desenquadramento da carteira; e

(b) as aquisições de Direitos de Crédito deverão ser tais que não resultem em agravamento do desenquadramento existente e/ou ocasionem qualquer outro desenquadramento da carteira.

Parágrafo 3º Com relação aos Direitos de Crédito cedidos ao Fundo a partir de 30 de novembro de 2013, a SRM atestará à Administradora, por meio de cada Termo de Cessão, que o Direito de Crédito adquirido atende à política de análise e seleção de direitos creditórios descrita no Anexo IV deste Regulamento e à Política de Investimento descrita neste Capítulo VII.

Artigo 22 O Fundo deverá alocar, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de seu Patrimônio Líquido em Direitos de Crédito, observados os Critérios de Elegibilidade estabelecidos no Capítulo VIII deste Regulamento. O Fundo poderá manter o saldo remanescente de seu Patrimônio Líquido em moeda corrente nacional ou aplicá-lo, exclusivamente, nos seguintes ativos (os “Ativos Financeiros”):

(a) títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional; e

(b) operações compromissadas lastreadas nos títulos mencionados no item (a) acima. Parágrafo 1º É vedado à Administradora, às Cogestoras, ao Custodiante e às partes a eles relacionadas, tal como definidas pelas regras contábeis que tratam desse assunto, ceder ou originar, direta ou indiretamente, Direitos de Crédito ao Fundo.

Parágrafo 2º O Fundo não poderá realizar operações em mercado de derivativos. Parágrafo 3º O Fundo poderá realizar operações com Ativos Financeiros nas quais a Administradora, o Custodiante, as Cogestoras, seus controladores, sociedades por elas direta ou indiretamente controladas, suas coligadas ou outras sociedades sob controle comum da Administradora, atuem na condição de contraparte, desde que (i) com a finalidade exclusiva de realizar a gestão de caixa e liquidez do Fundo, e (ii) em montante de, no máximo, 20% (vinte por cento) do Patrimônio Líquido do Fundo.

Parágrafo 4º O Fundo não poderá realizar operações com Ativos Financeiros nas quais fundos de investimento administrados, custodiados e/ou geridos pela Administradora e/ou pelo Custodiante e/ou pelas Cogestoras ou pelas pessoas a elas ligadas acima mencionadas, atuem na condição de contraparte.

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Parágrafo 5º É vedado ao Fundo realizar operações com empresas que: (i) se dediquem a industrialização e/ou comercialização de armas, de qualquer finalidade, (ii) se dediquem a industrialização e/ou comercialização representativa de cigarros ou produtos similares, (iii) promovam ato lesivo à administração pública nacional ou estrangeira, ou (iv) utilizem trabalho escravo ou infantil. Será considerada comercialização representativa aquela que produz mais do que 5% (cinco por cento) das receitas da empresa na qual se pretenda realizar o investimento.

Artigo 23 O Fundo adquirirá Direitos de Crédito a uma taxa de cessão individual mínima equivalente a (i) 150% da Taxa DI apurada e divulgada no Dia Útil imediatamente anterior à Data de Aquisição e Pagamento, ou (ii) conforme a fórmula especificada abaixo, entre as duas a que for maior (“Taxa Mínima de Cessão”):

( )

(

*

)

* / 3%

*

*

*

*

1

1 + +

+ +

=

= CT PL

VRQM QQM

VRQS QQS

RAQM VRQM

QQM RAQS

VRQS QQS

n esSenior

NúmeroSéri

n n

n n

esSenior NúmeroSéri

n n

QQSn: Quantidade de Quotas Seniores em circulação da série “n”;

VRQSn: Valor Unitário de Referência das Quotas Seniores em circulação da série “n”; RAQSn: Meta de Rentabilidade das Quotas Seniores da série ‘n’;

Número Séries Seniores: número de séries de Quotas Seniores em circulação; QQM: Quantidade de Quotas Subordinadas Mezanino em circulação;

VRQM: Valor Unitário de Referência das Quotas Subordinadas Mezanino em circulação RAQM: Meta de Rentabilidade das Quotas Subordinadas Mezanino em circulação; e CT: Taxa de Administração do Fundo, ambos em bases anualisadas.

Parágrafo 1º A fórmula disposta no caput deste Artigo será calculada em cada Dia Útil, sendo certo que os parâmetros QQSn, VRQSn, RAQSn, Número Séries Senior, QQM, VRQM, RAQM e CT utilizados para tal cálculo deverão ser os apurados com relação ao Dia Útil imediatamente anterior.

Parágrafo 2º Para efeitos de cálculo da fórmula acima, as Metas de Rentabilidade vinculadas à Taxa DI serão calculadas com base na Taxa DI apurada e divulgada no Dia Útil imediatamente anterior à Data de Aquisição e Pagamento.

Artigo 24 A Administradora e o Custodiante não respondem pela solvência dos Sacados, ou pela originação, existência, liquidez e certeza de tais Direitos de Crédito.

Artigo 25 Cada um dos Cedentes é responsável pela originação, existência e correta formalização dos Direitos de Crédito cedidos.

Artigo 26 Os Direitos de Crédito e Ativos Financeiros devem ser registrados, custodiados e/ou mantidos em conta de depósito diretamente em nome do Fundo, em contas específicas abertas no SELIC, no sistema de liquidação financeira de ativos autorizados pelo BACEN ou em instituições ou entidades autorizadas à prestação desse serviço pelo BACEN ou pela CVM. Artigo 27 Os percentuais e limites referidos neste Capítulo serão cumpridos diariamente, com base no Patrimônio Líquido do Dia Útil imediatamente anterior.

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CAPÍTULO VIII - DIREITOS DE CRÉDITO E CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

Artigo 28 O Fundo adquirirá Direitos de Crédito mediante a celebração de um Contrato de Cessão com cada Cedente, com a interveniência da SRM e, de acordo com a política de análise e seleção de direitos creditórios constante do Anexo IV deste Regulamento. Os Direitos de Crédito adquiridos pelo Fundo estarão plenamente identificados nos Termos de Cessão a serem celebrados no âmbito de cada Contrato de Cessão.

Parágrafo Primeiro A observância da política de análise e seleção de direitos creditórios descrita no Anexo IV deste Regulamento ficará a cargo da SRM, que é a única responsável pela análise e seleção dos Direitos de Crédito a serem adquiridos pelo Fundo, sendo tecnicamente habilitada para realizar a avaliação da capacidade econômica dos Cedentes, bem como dos respectivos Sacados.

Parágrafo Segundo Tendo em vista que o Fundo buscará adquirir, de tempos em tempos, Direitos de Crédito originados por Cedentes distintos, e que cada carteira de Direitos de Crédito terá sido objeto de processos de origem e de políticas de concessão de crédito distintos, este Regulamento não traz descrição dos processos de origem e das políticas de concessão dos Direitos de Crédito que serão adquiridos pelo Fundo, tampouco descrição dos fatores de risco associados a tais processos e políticas.

Artigo 29 O Fundo somente adquirirá Direitos de Crédito que atendam, na Data de Aquisição e Pagamento, cumulativamente, aos seguintes critérios de elegibilidade (os “Critérios de Elegibilidade”):

(i) os prazos de vencimento dos Direitos de Crédito devem ser de, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias, contados da respectiva Data de Aquisição e Pagamento; (ii) os Direitos de Crédito não poderão ter data de vencimento posterior à última data

de vencimento das Quotas Seniores em circulação; e

(iii) o prazo médio ponderado da carteira do Fundo não poderá exceder 60 (sessenta) dias, considerada pro forma a aquisição pretendida.

Parágrafo Único A verificação dos Critérios de Elegibilidade será de responsabilidade do Custodiante e será realizada previamente à cessão de cada Direito de Crédito ao Fundo.

CAPÍTULO IX - FATORES DE RISCO

Artigo 30 Os Direitos de Crédito e os Ativos Financeiros, por sua própria natureza, estão sujeitos a flutuações de mercado e/ou a riscos de crédito das respectivas contrapartes que poderão gerar perdas ao Fundo e aos Quotistas, hipóteses em que os Cedentes, a Administradora, o Custodiante não poderão ser responsabilizados, entre outros eventos, (i) por qualquer depreciação ou perda de valor dos ativos integrantes da carteira do Fundo; (ii) pela inexistência de mercado secundário para os Direitos de Crédito e os Ativos Financeiros; ou (iii) por eventuais prejuízos incorridos pelos Quotistas quando da amortização ou resgate de suas Quotas, nos

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termos deste Regulamento.

Parágrafo Único As aplicações dos Quotistas não contam com a garantia da Administradora, do Custodiante, de suas partes relacionadas, ou do Fundo Garantidor de Créditos - FGC.

Artigo 31 Abaixo seguem os riscos associados ao investimento no Fundo e aos Ativos Financeiros e Direitos de Crédito.

a) Risco de Mercado - Efeitos da política econômica do Governo Federal. O Fundo, seus ativos, quaisquer Cedentes e os Sacados dos Direitos de Crédito cedidos ao Fundo estão sujeitos aos efeitos da política econômica praticada pelo Governo Federal.

O Governo Federal intervém frequentemente na política monetária, fiscal e cambial, e, consequentemente, também na economia do País. As medidas que podem vir a ser adotadas pelo Governo Federal para estabilizar a economia e controlar a inflação compreendem controle de salários e preços, desvalorização cambial, controle de capitais e limitações no comércio exterior, entre outras. O negócio, a condição financeira e os resultados de cada Cedente, os setores econômicos específicos em que atuam, os Ativos Financeiros do Fundo, bem como a originação e pagamento dos Direitos de Crédito podem ser adversamente afetados por mudanças nas políticas governamentais, bem como por: (i) flutuações das taxas de câmbio; (ii) alterações na inflação; (iii) alterações nas taxas de juros; (iv) alterações na política fiscal; e (v) outros eventos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos que possam afetar o Brasil, ou os mercados internacionais.

Medidas do Governo Federal para manter a estabilidade econômica, bem como a especulação sobre eventuais atos futuros do governo podem gerar incertezas sobre a economia brasileira e uma maior volatilidade no mercado de capitais nacional, afetando adversamente os negócios, a condição financeira e os resultados de cada Cedente, bem como a liquidação dos Direitos de Crédito pelos respectivos Sacados, pelos respectivos Cedentes e eventuais garantidores.

b) Investimento de baixa liquidez. Os fundos de investimento em direitos creditórios são um novo e sofisticado tipo de investimento no mercado financeiro brasileiro e, por essa razão, com aplicação restrita a pessoas físicas ou jurídicas que se classifiquem como investidores qualificados. Considerando-se isso, os investidores podem preferir formas de investimentos mais tradicionais, o que afetará de forma adversa o desenvolvimento do mercado de fundos de investimento em direitos creditórios e a liquidez desse tipo de investimento, inclusive a liquidez das Quotas do Fundo. Ademais, não há um mercado secundário desenvolvido para a negociação de quotas de fundos de investimento em direitos creditórios, o que resulta em baixa liquidez desse tipo de investimento. A baixa liquidez do investimento nas Quotas pode implicar impossibilidade de venda das Quotas ou venda a preço inferior ao seu valor patrimonial, causando prejuízo aos Quotistas.

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c) Restrição à negociação de Quotas do Fundo que sejam objeto de distribuição pública com esforços restritos. O Fundo pode vir a realizar a distribuição de Quotas por meio de oferta de distribuição com esforços restritos, nos termos da Instrução CVM 476. De acordo com a referida Instrução, em caso de realização de distribuição com esforços restritos, o ofertante está desobrigado de preparar e disponibilizar Prospecto da oferta em questão aos investidores-alvo da mesma. A não adoção de Prospecto: (i) pode limitar o acesso de informações do Fundo aos investidores às informações periódicas obrigatórias disponibilizadas no site da CVM; e (ii) pode resultar na redução de liquidez das Quotas e dificultar a venda das mesmas em função da referida limitação de informações disponíveis. Além disso, a distribuição de Quotas por meio de oferta de distribuição com esforços restritos implica em restrição de negociação das Quotas objeto da oferta em questão nos mercados regulamentados de valores mobiliários durante 90 (noventa) dias contados de sua subscrição ou aquisição pelo investidor.

d) Inexistência de garantia de rentabilidade. As Metas de Rentabilidade e as Datas de Amortização programadas indicadas em cada Suplemento de Quotas Seniores e de Quotas Subordinadas Mezanino são apenas metas estabelecidas pelo Fundo, não constituindo garantia mínima de rentabilidade e/ou pontualidade de pagamento aos investidores. Caso os ativos do Fundo, incluindo os Direitos de Crédito, não constituam patrimônio suficiente para a valorização das Quotas Seniores e das Quotas Subordinadas Mezanino, a rentabilidade dos Quotistas será inferior à meta indicada no respectivo Suplemento. Adicionalmente, caso as Disponibilidades do Fundo, incluindo os Ativos Financeiros, não sejam suficientes para pagar as Amortizações Programadas nas respectivas Datas de Amortização, os Quotistas não receberão as Amortizações Programadas (de principal e/ou remuneração) na forma e prazo indicados nos respectivos Suplementos. Dados de rentabilidade verificados no passado com relação a qualquer fundo de investimento em direitos creditórios no mercado, ou ao próprio Fundo, não representam garantia de rentabilidade futura.

e) Fundo Fechado - Amortização e resgate condicionado das Quotas. O Fundo foi constituído sob a forma de condomínio fechado, o que impede o resgate de suas Quotas a qualquer momento, de modo que a única fonte de recursos do Fundo para efetuar o pagamento da amortização e/ou resgate das Quotas é a liquidação: (i) dos Direito de Crédito pelos respectivos Sacados; e (ii) dos Ativos Financeiros pelas respectivas contrapartes. Após o recebimento desses recursos e, se for o caso, depois de esgotados todos os meios cabíveis para a cobrança, extrajudicial ou judicial, dos referidos ativos, o Fundo não disporá de quaisquer outras verbas para efetuar a amortização e/ou o resgate, total ou parcial, das Quotas, o que poderá acarretar prejuízo aos Quotistas.

Ademais, o Fundo está exposto a determinados riscos inerentes aos Direitos de Crédito e Ativos Financeiros e aos mercados em que são negociados, incluindo a eventual impossibilidade de a Administradora alienar os respectivos ativos em caso de necessidade, especialmente os Direitos de Crédito, devido à inexistência de um mercado secundário ativo e organizado para a negociação dessa espécie de ativo. Considerando-se a sujeição da amortização e/ou resgate das Quotas à

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liquidação dos Direitos de Crédito e/ou dos Ativos Financeiros, conforme descrito no Parágrafo acima, tanto a Administradora quanto o Custodiante estão impossibilitados de assegurar que as amortizações e/ou resgates das Quotas ocorrerão nas datas originalmente previstas, não sendo devido, nesta hipótese, pelo Fundo ou qualquer outra pessoa, incluindo a Administradora, as Cogestoras e o Custodiante, qualquer multa ou penalidade, de qualquer natureza.

f) Risco de Descontinuidade - Liquidação antecipada do Fundo e resgate de Quotas. O Regulamento prevê hipóteses nas quais o Fundo poderá ser liquidado antecipadamente. Ocorrendo qualquer uma dessas hipóteses, o Fundo pode não dispor de recursos para pagamento aos Quotistas. Neste caso, (a) os Quotistas poderiam ter suas Quotas resgatadas em Direitos de Crédito; ou (b) o resgate das Quotas ficaria condicionado (i) ao vencimento e pagamento pelos Sacados das parcelas relativas aos Direitos de Crédito; ou (ii) à venda dos Direitos de Crédito a terceiros, com risco de deságio capaz de comprometer o Patrimônio Líquido. Além disso, os Quotistas do Fundo podem sofrer prejuízos patrimoniais, bem como poderão encontrar dificuldades para (a) vender os Direitos de Crédito recebidos; e/ou (b) cobrar os valores eventualmente devidos pelos Sacados em relação aos Direitos de Crédito inadimplidos.

Desse modo, os Quotistas poderão não receber a rentabilidade que o Fundo objetiva ou mesmo sofrer prejuízo no seu investimento não conseguindo recuperar o capital investido nas Quotas, e, ainda que recebam o capital investido, poderão não conseguir reinvestir os recursos recebidos com a mesma remuneração proporcionada até então pelo Fundo. Nesse caso, não será devida pelo Fundo ou qualquer pessoa, incluindo a Administradora, o Custodiante e as Cogestoras qualquer multa, penalidade ou compensação, de qualquer natureza em relação a tal fato ou em decorrência da amortização ou resgate antecipado. g) Risco de Originação - Observância da alocação mínima de recursos do Fundo em

Direitos de Crédito. O Fundo deve manter no mínimo 50% (cinquenta por cento) do seu Patrimônio Líquido alocado em Direitos de Crédito elegíveis, nos termos do Artigo 22 deste Regulamento. Entretanto, não há garantia de que a SRM conseguirá identificar e selecionar Direitos de Crédito em volume suficiente para fazer frente à referida alocação mínima. A existência do Fundo no tempo dependerá da capacidade da SRM de identificar e selecionar Direitos de Crédito para aquisição pelo Fundo em volume suficiente para a existência do Fundo. A falta de Direitos de Crédito a serem adquiridos pelo Fundo poderá gerar a dificuldade pelo Fundo em atender à Meta de Rentabilidade das Quotas Seniores e das Quotas Subordinadas Mezanino, bem como provocar o desenquadramento do Fundo com relação ao cumprimento da alocação mínima em Direitos de Crédito e, portanto, causar a liquidação do Fundo e impactos negativos para o Fundo e os seus respectivos Quotistas.

Os Sacados podem, a qualquer tempo, proceder ao pagamento antecipado de suas obrigações decorrentes dos Direitos de Crédito. Este evento poderá prejudicar o atendimento, pelo Fundo, de seus objetivos e/ou afetar sua capacidade de atender aos índices, parâmetros e indicadores definidos neste Regulamento.

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Os Cedentes não se encontram obrigados a ceder Direitos de Crédito ao Fundo indefinidamente. A existência do Fundo no tempo dependerá da manutenção do fluxo de cessão de Direitos de Crédito pelos Cedentes.

O risco relacionado à sazonalidade do setor de atuação dos Cedentes apresenta forte correlação com a concentração de Cedentes em um ou em alguns setores da economia, sendo que, quanto menor a diversificação dos setores de atuação dos Cedentes, maior será a exposição do Fundo aos efeitos da natureza cíclica das operações por eles contratadas.

Os Direitos de Crédito a serem adquiridos pelo Fundo são decorrentes exclusivamente de operações realizadas nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços realizadas entre os Cedentes e os Sacados, e devem, necessariamente, respeitar os parâmetros da Política de Investimento descrita neste Regulamento. Na hipótese de, por qualquer situação, (i) deixarem de ocorrer as referidas operações entre os Cedentes e os Sacados; e/ou (ii) não existirem Direitos de Crédito suficientes para cessão ao Fundo e que atendam aos Critérios de Elegibilidade e a Política de Investimento, será dado causa aos procedimentos do Capítulo XVIII deste Regulamento. Neste sentido, a continuidade do Fundo pode ser comprometida, independentemente de qualquer expectativa por parte de Quotistas, quanto ao tempo de duração de seus investimentos no Fundo, em função da continuidade das operações regulares dos Cedentes e da capacidade destes de originar Direitos de Crédito elegíveis para o Fundo conforme os Critérios de Elegibilidade estabelecidos neste Regulamento e de acordo com a Política de Investimento descrita no Capítulo VII acima.

Além disso, fatores políticos e econômicos do governo e o crescimento da concorrência podem levar à diminuição da quantidade de Direitos de Crédito elegíveis.

h) Guarda e verificação dos Documentos Comprobatórios. A guarda dos Documentos Comprobatórios por terceiros pode representar uma limitação ao Fundo de verificar a devida originação e formalização dos Direitos de Crédito e de realizar a cobrança, judicial ou extrajudicial, dos Direitos de Crédito vencidos e não pagos. A guarda poderá mostrar-se falha dificultando ou retardando eventuais procedimentos de cobrança de créditos inadimplidos dos respectivos Sacados pela SRM podendo gerar perdas ao Fundo e, consequentemente, aos seus Quotistas. Adicionalmente, eventos que fogem ao controle do Custodiante ou do Agente de Guarda, tais como, mas não se limitando a incêndio, inundação ou outros eventos de força maior, poderão causar a perda dos Documentos Comprobatórios e consequentemente gerar perdas ao Fundo e aos seus Quotistas.

O Custodiante verificará por si ou por terceiro contratado, a regularidade da totalidade dos Documentos Comprobatórios. Uma vez que tal verificação é realizada após a cessão dos Direitos de Crédito ao Fundo, conforme dispõe o Artigo 14 deste Regulamento, a carteira do Fundo poderá conter Direitos de Crédito cujos Documentos Comprobatórios apresentem irregularidades, que

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poderão obstar o pleno exercício, pelo Fundo, das prerrogativas decorrentes da titularidade dos Direitos de Crédito.

i) Confirmação de Existência dos Direitos de Crédito junto aos Sacados. A SRM não confirma junto aos Sacados a existência e/ou aceite de 100% (cem por cento) dos Direitos de Crédito adquiridos pelo Fundo previamente a cada cessão. Tal verificação é realizada por amostragem, seguindo critérios definidos pela SRM. Dessa forma, mesmo que todas as obrigações constantes deste Regulamento sejam cumpridas por seus respectivos responsáveis, o Fundo poderá adquirir Direitos de Crédito não reconhecidos ou aceitos pelos Sacados, o que poderá causar prejuízos ao Fundo.

j) Cobrança judicial dos Direitos de Crédito. Os custos incorridos com os procedimentos judiciais ou extrajudiciais necessários à cobrança dos Direitos de Crédito inadimplidos de titularidade do Fundo e à salvaguarda dos direitos, das garantias e das prerrogativas dos Quotistas são de inteira e exclusiva responsabilidade do Fundo, devendo ser suportados até o limite do valor total das Quotas Subordinadas Júnior, sempre observado o que seja deliberado pelos titulares das Quotas Seniores reunidos em Assembleia Geral na forma do Capítulo XXI deste Regulamento. A Administradora e o Custodiante não são responsáveis, em conjunto ou isoladamente, pela adoção ou manutenção dos referidos procedimentos, caso os titulares das Quotas Seniores deixem de aportar os recursos necessários para tanto, nos termos do Capítulo XX do Regulamento. k) Necessidade de realizar aporte de recursos no Fundo em decorrência de

Patrimônio Líquido negativo. O Fundo não utiliza alavancagem como parte integrante de sua Política de Investimento, entretanto, a variação do Patrimônio Líquido está ligada à precificação e adimplência dos Direitos de Crédito e/ou dos Ativos Financeiros. Em caso de elevação da inadimplência histórica da carteira do Fundo e da falta novos de aportes por parte dos Quotistas Subordinados Júnior, as Quotas do Fundo poderão ter seu valor muito próximo ou igual a zero ou negativo. Em decorrência das despesas e obrigações a que o Fundo está sujeito, os Quotistas poderão ser chamados a aportar novos recursos no Fundo de forma a arcar com os seus Encargos.

l) Risco de Mercado – Ativos Financeiros. O desempenho dos Ativos Financeiros que compõem a carteira do Fundo está diretamente ligado a alterações nas perspectivas macroeconômicas de mercado, o que pode causar oscilações em seus preços e rentabilidades. Tais oscilações também poderão ocorrer em função de alterações nas expectativas do mercado, acarretando mudanças nos padrões de comportamento de preços e rentabilidades dos ativos. A queda nos preços dos ativos integrantes da carteira do Fundo pode ser temporária, não existindo, no entanto, garantia de que não se estenda por períodos longos e/ou indeterminados. As referidas oscilações podem afetar negativamente o desempenho do Fundo, e consequentemente a rentabilidade das Quotas.

m) Risco de Descasamento entre as taxas de atualização das Quotas Seniores e das Quotas Subordinadas Mezanino e a taxa de rentabilidade dos ativos do Fundo. O

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Fundo aplicará suas disponibilidades financeiras primordialmente em Direitos de Crédito. Considerando-se que os valores das Quotas Seniores e das Quotas Subordinadas Mezanino serão atualizados de acordo com as respectivas Metas de Rentabilidade, conforme estabelecidas em seus respectivos Suplementos, poderá ocorrer o descasamento entre as taxas de retorno (i) dos Direitos de Crédito e dos Ativos Financeiros integrantes da carteira do Fundo e (ii) das Quotas Seniores e/ou Quotas Subordinadas Mezanino. Caso ocorram tais descasamentos, o Fundo poderá sofrer perdas, sendo que a Administradora, as Cogestoras e o Custodiante não se responsabilizam por quaisquer perdas sofridas pelos Quotistas, inclusive quando ocorridas em razão de tais descasamentos.

n) Risco de Crédito relativo aos Direitos de Crédito e de Inadimplência dos Sacados. O risco de crédito decorre da capacidade dos Sacados e ou dos Cedentes, em caso de coobrigação, em honrarem seus compromissos, conforme contratados. Alterações no cenário macroeconômico que possam comprometer a capacidade de pagamento, bem como alterações nas condições financeiras dos Sacados e/ou Cedentes, conforme o caso, e/ou na percepção do mercado acerca de tais investidores ou da qualidade dos créditos, podem trazer impactos significativos aos preços e liquidez dos ativos desses emissores, provocando perdas para o Fundo e para os Quotistas.

Adicionalmente, caso, por qualquer motivo, haja um aumento da inadimplência dos Sacados dos Direitos de Crédito adquiridos, a rentabilidade da carteira do Fundo dependerá prioritariamente da cobrança pela SRM dos Direitos de Crédito inadimplidos, junto aos Sacados e/ou aos Cedentes, em caso de coobrigação conforme o caso, e/ou da execução das respectivas garantias. Na hipótese de referida cobrança não ser bem sucedida e/ou não ser possível executar as garantias ou os montantes obtidos com a execução das garantias serem insuficientes para cobrir a dívida com o Fundo, a rentabilidade das Quotas poderá ser afetada negativamente.

o) Risco de Crédito Relativo aos Ativos Financeiros. Decorre da capacidade dos devedores e/ou emissores dos Ativos Financeiros e/ou das contrapartes do Fundo em operações com tais ativos. Alterações no cenário macroeconômico que possam comprometer a capacidade de pagamento, bem como alterações nas condições financeiras dos emissores dos referidos ativos e/ou na percepção do mercado acerca de tais emissores ou da qualidade dos créditos, podem trazer impactos significativos aos preços e liquidez dos ativos desses emissores, provocando perdas para o Fundo e para os Quotistas. Ademais, a falta de capacidade e/ou disposição de pagamento de qualquer dos emissores dos ativos ou das contrapartes nas operações integrantes da carteira do Fundo, acarretará perdas para o Fundo, podendo este, inclusive, incorrer em custos com o fim de recuperar os seus créditos.

p) Risco de Fraude - Oferta de Direitos de Crédito Inexistentes. A SRM e o Custodiante podem não identificar situações em que Cedentes ofertem Direitos de Crédito inexistentes ao Fundo. Caso tais Direitos de Crédito sejam efetivamente adquiridos pelo Fundo, seus pagamentos podem não ser realizados pelos Sacados,

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e os Cedentes podem não substituir e/ou recomprar os Direitos de Crédito não pagos. Nesses casos o patrimônio do Fundo e a rentabilidade das Quotas poderão ser afetados negativamente.

q) Riscos de Liquidez Relativa aos Ativos Financeiros. Diversos motivos podem ocasionar a falta de liquidez dos mercados nos quais os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira do Fundo são negociados e/ou outras condições atípicas de mercado. Caso isso ocorra, o Fundo estará sujeito a riscos de liquidez dos Ativos Financeiros detidos em carteira, situação em que o Fundo poderá não estar apto a efetuar pagamentos relativos à amortização e resgates de suas Quotas.

r) Riscos de Liquidez Relativa aos Direitos de Crédito. Os principais ativos do Fundo são os Direitos de Crédito a serem originados por empresas do segmento industrial e comercial selecionados pela SRM, os quais não possuem um mercado secundário desenvolvido ou organizado. Caso o Fundo tenha de alienar os Direitos de Crédito de sua titularidade, é possível que não haja interessados ou que o preço de alienação resulte em perdas para o Fundo, o que resultará em prejuízo para os Quotistas.

s) Regularidade dos Direitos de Crédito. O Custodiante verificará a regularidade dos Documentos Comprobatórios de todos os Direitos de Crédito adquiridos pelo Fundo, no prazo de até 10 (dez) Dias Úteis contados da data de cada cessão. Como essa verificação é realizada após a cessão ao Fundo, a carteira do Fundo poderá conter Direitos de Crédito cujos Documentos Comprobatórios apresentem irregularidades, que poderão obstar o pleno exercício, pelo Fundo, das prerrogativas decorrentes da titularidade dos Direitos de Crédito, causando-lhe prejuízo.

t) Risco de Concentração. O risco da aplicação no Fundo possui forte correlação com a concentração da carteira do Fundo, sendo que, quanto maior for a concentração da carteira do Fundo, maior será a chance do Fundo sofrer perda patrimonial significativa que afete negativamente a rentabilidade das Quotas.

u) Risco Decorrente de Eventos Societários entre Cedentes e Sacados. A política de investimento e de composição da carteira estabelece vários critérios de diversificação de Cedentes e Sacados, a serem observados pela SRM diariamente. Não obstante a observância da Política de Investimento no momento da aquisição dos Direitos de Crédito, a diversificação de Cedentes e/ou Sacados pode deixar de ser observada posteriormente em caso de ocorrência de eventos societários (fusões / aquisições) relacionados aos Cedentes e/ou Sacados. Tal inobservância de diversificação de Cedentes e/ou Sacados pode aumentar os riscos do Fundo, acarretando potenciais perdas de patrimônio do Fundo e/ou de rentabilidade das Quotas.

v) Risco decorrente da precificação dos ativos. Os ativos integrantes da carteira do Fundo serão avaliados de acordo com critérios e procedimentos estabelecidos para registro e avaliação conforme regulamentação em vigor. Referidos critérios,

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tais como os de marcação a mercado dos Ativos Financeiros (“mark-to-market”), poderão causar variações nos valores dos ativos integrantes da carteira do Fundo, resultando em aumento ou redução do valor das Quotas.

w) Limitação do Gerenciamento de Riscos. A realização de investimentos no Fundo expõe o investidor aos riscos a que o Fundo está sujeito, os quais poderão acarretar perdas para os Quotistas. Embora a Administradora mantenha sistema de gerenciamento de riscos das aplicações do Fundo, não há qualquer garantia de completa eliminação da possibilidade de perdas para o Fundo e para os Quotistas. Em condições adversas de mercado, esse sistema de gerenciamento de riscos poderá ter sua eficiência reduzida.

x) Risco de Pré-Pagamento. O Fundo poderá adquirir Direitos de Crédito sujeitos à pré-pagamento por parte de seus Sacados, ou seja, que possam ser pagos ao Fundo anteriormente às suas respectivas data de vencimento. Desta forma, os Sacados podem, a qualquer tempo, proceder ao pagamento antecipado, total ou parcial, do valor do principal e dos juros devidos até a data de pagamento do Direito de Crédito. Este evento pode implicar no recebimento, pelo Fundo, de um valor inferior ao previamente previsto no momento de sua aquisição, em decorrência do desconto dos juros que seriam cobrados ao longo do período compreendido entre a data do pré-pagamento e a data original de vencimento do crédito ou do eventual desconto concedido em razão do pré-pagamento, resultando na redução da rentabilidade geral do Fundo.

y) Risco de não identificação de Direitos de Crédito Elegíveis. A SRM é a responsável pela seleção dos Direitos de Crédito a serem adquiridos pelo Fundo, sendo que nenhum Direito de Crédito poderá ser adquirido pelo Fundo, de acordo com o Regulamento, se não forem previamente analisados e selecionados pela SRM. Apesar de o Regulamento do Fundo prever Eventos de Avaliação e Eventos de Liquidação relativos à renúncia, substituição ou outros eventos relevantes relacionados à SRM, fatores externos alheios à vontade da SRM podem ocorrer, os quais podem gerar situações que configurem Eventos de Avaliação ou Eventos de Liquidação, impactando os resultados do Fundo.

z) Risco do Originador. O Fundo está apto a adquirir Direitos de Crédito de titularidade de múltiplos Cedentes. Tais Cedentes não são previamente conhecidos pelo Fundo, pelas Cogestoras, pela Administradora e/ou pelo Custodiante, de forma que eventuais problemas oriundos da relação comercial entre os Cedentes e os respectivos Sacados podem não ser previamente identificados pelo Fundo, pelas Cogestoras, pela Administradora e/ou pelo Custodiante. Os resultados do Fundo poderão ser afetados negativamente caso o Cedente não indenize o Fundo pelos Direitos de Crédito que não forem pagos integralmente pelos Sacados em decorrência de qualquer problema de natureza comercial entre o Sacado e o respectivo Cedente, tais como (i) defeito ou vício do produto ou (ii) devolução do produto que resulte no cancelamento da respectiva venda. O risco relacionado à sazonalidade do setor de atuação dos Cedentes apresenta forte correlação com a concentração de Cedentes em um ou em alguns setores da economia, sendo que, quanto menor a diversificação dos setores de

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