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A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL THE IMPORTANCE OF ART IN CHILD EDUCATION

Luci Araujo dos Santos Toome

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, Joana de Oliveira Straioto

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RESUMO

O objetivo deste artigo é mostrar a importância do ensino de arte na Educação Infantil e as contribuições do educador neste processo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96 – tornou obrigatório o ensino de arte na educação básica. Neste contexto, como o professor da educação infantil pode utilizar as artes visuais no processo de aprendizagem dos educandos?

Através da arte a criança pode expressar seus sentimentos? A educação através da arte é um importante meio para o aprendizado da criança e o acesso a essa leitura permite grandes descobertas.

Desse modo, a criança tem acesso a diversas linguagens obtendo sensibilidade e capacidade de trabalhar com formas, cores, imagens, gestos, fala e sons e outras expressões. O contato com a arte se dá pela mediação de um educador competente, sensível, capaz de criar condições para que a criança tenha compreensão sobre seu mundo e sua cultura. Aproximando a arte do universo infantil, a criança passa a conhecer arte ao mesmo tempo em que fazem Arte.

Palavras-chave: Artes Visuais. Educação Infantil. Professor Mediador.

ABSTRACT

The purpose of this article is to show the importance of teaching art in Early Childhood Education and the contributions of the educator in this process. The Law of Guidelines and Bases of National Education - LDB 9.394 / 96 - made art teaching compulsory in basic education. In this context, how can the teacher of early childhood education use the visual arts in the learning process of learners? Through art can the child express his feelings? Education through art is an important means for the child’s learning and access to such reading allows for great discoveries. In this way the child has access to several languages, obtaining sensitivity and ability to work with shapes, colors, images, gestures, speech and sounds and other expressions. The contact with the art is through the mediation of a competent educator, sensible, able to create conditions so that the child has an understanding about its world and its culture. Approaching the art of the children’s universe, the child begins to know art while making Art.

Keywords: Visual arts. Child education. Professor Mediator.

1 Redes Municipal e Estadual 2 Redes Municipal e Estadual

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1. INTRODUÇÃO

O presente artigo aborda a Importância da Arte na Educação Infantil, que pode ser identifica- da como uma ciência que a muito tempo vem trilhando um longo caminho para ter seu reconheci- mento institucional. O objetivo deste artigo é mostrar a importância da arte na vida da criança e as contribuições do educador neste processo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96 – tornou obrigatório o ensino de arte na educação básica e neste contexto, este trabalho analisará como o professor da educação infantil poderá promover situações de aprendizagem utili- zando as artes visuais.

De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI)- 1998, as Artes Visuais na educação infantil ao longo da história, eram concebidas como um simples passa tempo, não tinha importância, as artes visuais envolvem: desenho, pintura, colagem, gravura, escul- tura, fotografia, desenho no computador, vídeo, cinema, televisão e outros. Define-se criança que como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento his- tórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também é afetado por ele. (BRASIL, 1998).

A criança ao interagir com as pessoas e o meio em que vive ela estará construindo seu conhe- cimento e ampliando sua visão de mundo. De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI) (1998): as instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios.

A educação através da arte é um importante meio para o desenvolvimento da criança, e o acesso à arte permite a criança muitas descobertas. Desse modo, a criança se apropria de diversas linguagens obtendo sensibilidade e capacidade para lidar com formas, cores, imagens, gestos, falas e outras expressões. O contato com a arte se dá pela mediação de um educador com sensibilidade que tenha capacidade de criação, ampliando a leitura e compreensão da criança sobre seu mundo e sua cultura, tendo como objetivo aproximar a arte do universo infantil, onde a criança conhece e faz arte ao mesmo tempo.

O ensino no Brasil ao longo dos anos passou por diversos métodos, na maioria das vezes im- portado, apresenta concepções baseadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Artes e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. São apresentadas as diversas linguagens presentes nas artes visuais no processo de aprendizagem tais como: desenho, que tem a atribuição de significação do objeto expresso e construído; a pintura, definida como a arte da cor; arte tridimensional (modelagem), onde se explora o objeto através da manipulação; recorte e colagem que contribui para o aperfeiçoamen- to da coordenação motora e criatividade das crianças.

Metodologia

Na realização deste artigo foi utilizado como proposta metodológica a pesquisa bibliográfica, que possibilita buscar informações e comprovações do assunto abordado. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros científicos.

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Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas (GIL, 1999).

2. AS ARTES VISUAIS NA ESCOLA: UMA ABORDAGEM TEÓRICA

Arte na Educação Infantil, que pode ser identificada como uma ciência que a muito tempo vem trilhando um longo caminho para ter seu reconhecimento institucional. No ensino de Arte no Brasil foram utilizados métodos, na maioria das vezes importados sem a devida adaptação, desde a colonização com os jesuítas, negando a cultura indígena, passando pelo século XIX com a negação do barroco em favor do neoclássico.

Já no século XX, o desenho no ensino de arte era visto como um importante meio para forma- ção técnica. A disciplina Desenho, apresentada sob a forma de Desenho Geométrico, Desenho do Natural e Desenho Pedagógico, era considerada mais por seu aspecto funcional do que uma expe- riência em arte. (BRASIL, 2000). Neste período, a pedagogia experimental colocava a arte num novo patamar onde a criança conquista seu lugar como sujeito, o desenho infantil passa a ser objeto de estudo cognitivo. Com a Semana da Arte Moderna em 1922, os modelos de educação técnica volta- da para o trabalho, começaram a ser contestados, passando a valorizar a expressão infantil.

No início dos anos 30, ganham espaço no Brasil escolas especializadas em artes para crianças e adolescentes. No final dos anos 40, o ensino de arte conquista mais espaços com as “Escolinhas de Arte” implantadas em vários pontos do país que visava um ensino de arte pautado na livre expressão.

Segundo Barbosa (2003) a Escolinha de Arte, em parceria com o governo, promoveu vários cursos de formação de professores, com “uma enorme influência multiplicadora, chegando a haver 32 Es- colinhas no país”.

Nos anos 70, a apresentação dos programas reflete influência da tendência tecnicista. A Lei de Diretrizes e Bases nº 5.692/71 é tecnicista e é voltada à profissionalização. Em 1973, criaram os cursos superiores em Educação Artística, uma formação com duas opções, a licenciatura curta em dois anos com os professores tendo um conhecimento superficial das artes e a licenciatura plena em quatro anos, com os professores conhecendo tendo um conhecimento satisfatório das artes e suas lingua- gens e uma concepção filosófica adequada.

Nas escolas, a arte ocupa apenas o lugar de relaxamento, lazer, sendo ignorada como área de conhecimento. Com a nova LDB (lei nº 9.394/96), é extinta a Educação Artística e entra em campo a disciplina Arte, reconhecida oficialmente como área de conhecimento. O artigo 26 da Lei de Diretri- zes e Bases da Educação Nacional, em seu § 2º, dispõe que:

§ 2º. O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

Essa mudança trouxe mudanças significativas na estrutura que envolve o tratamento de uma área de conhecimento. De atividades incertas de caráter próprio de relaxamento e recreação, passa- -se ao compromisso de construir conhecimentos significativos em arte.

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Artes visuais, são manifestações artísticas que compreendem todo o campo de linguagem e pensamento sobre olhar e sentido do ser humano. As Artes Visuais são linguagens, são formas muito importantes de expressão e comunicação humanas, isto justifica sua presença na educação infantil.

O ensino de Arte aborda uma série de significações, tais como: o senso estético, a sensibilidade e a criatividade que interferem de maneira qualitativa no processo de melhoria do ensino e aprendiza- gem de Arte.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte destacam que:

Dentre as várias propostas que estão sendo difundidas no Brasil na transição para o século XXI, destacam-se aquelas que têm se afirmado pela abrangência e por envolver ações que, sem dúvida, estão interferindo na melhoria do ensino e da aprendizagem de arte. Trata-se de estudos sobre a educação estética, a estética do cotidiano, complementando a formação artística dos alunos. Ressalta-se ainda o encaminhamento pedagógico- artístico que tem por premissa básica a integração do fazer artístico, a apreciação da obra de arte e sua contextualização histórica.

(PCN, 2000).

2. 1 A distinção das diferentes linguagens nas artes visuais no processo de aprendizagem A criança, desde bebê, se interessa pelo mundo de forma peculiar, seja emitindo sons, movi- mentando o corpo, “rabiscando” as paredes da casa e desenvolvendo atividades rítmicas, interage no seu meio sem a necessidade de estímulos. Neste contexto, Albinati (2009) afirma:

Fazer arte reúne processos complexos em que a criança sintetiza diversos elemen- tos de sua experiência. No processo de selecionar, interpretar e reformar, mostra como pensa, como sente e como vê. A criança representa na criação artística o que lhe interessa e o que ela domina, de acordo com seus estágios evolutivos. Uma obra de arte não é a representação de uma coisa, mas a representação da relação do artista com aquela coisa. [...] Quanto mais se avança na arte, mais se conhece e demonstra autoconfiança, independência, comunicação e adaptação social.

Assim sendo, a arte propicia à criança expressar seus sentimentos e ideias, colocar a criativida- de em prática. As artes visuais podem ser utilizadas para trabalhar o afetivo e a interação social da criança, o professor pode utilizá-las no auxílio da motricidade infantil que deve ser bem trabalhada desde a infância para que, futuramente, ela possa sentir a diferença desse recurso na sua vida pesso- al, escolar e profissional.

Assim, este artigo destaca cinco tipos de linguagens nas artes visuais que são empregadas com as crianças no cotidiano escolar. São elas: desenho, pintura, modelagem, recorte/colagem e mídia (informática).

2. 1. 1 Desenho

O desenho é uma das manifestações semióticas, isto é, uma das formas através das quais a função de atribuição da significação se expressa e se constrói. Desenvolve-se ao mesmo tempo às outras manifestações, entre as quais o brinquedo e a linguagem verbal (PIAGET, 1973).

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Figura 1 –

Fonte: Simone Villani

A criança, num primeiro momento vê o desenho como simplesmente uma ação sobre uma superfície, sentindo prazer em “rabiscar”, explorar e descobrir as cores e novas superfícies. Essa é a chamada fase da garatuja. Com as novas experiências de mundo que a criança adquire, as garatujas vão evoluindo, ganhando formas definidas com maior ordenação. O papel não é mais apenas uma superfície para os rabiscos infantis.

Desenhar, além de ser algo prazeroso para a criança, é muito importante no cotidiano escolar.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (1998):

Por meio de diferentes gestos em um plano vertical (ou pelo menos inclinado), a criança aprende a segurar corretamente o giz e o lápis. Para que a criança adquira um traço regular, precisará trabalhar com certa rapidez, sobre uma grande superfí- cie colocada a sua altura. A criança que não domina bem seu gesto será solicitada a trabalhar, sobretudo, com o ombro e o cotovelo: fará então desenhos grandes.

Somente mais tarde, quando os movimentos altura do ombro e do cotovelo tor- narem-se desenvolvidos, faremos diminuir as proporções dos desenhos, exigindo assim da criança um trabalho mais específico do punho e dos dedos.”

O professor pode se utilizar de superfícies diferentes como lixa, papelão, papel branco, ma- deira, chão, entre outros, para ajudar no desenvolvimento motor da criança. No ato de desenhar, a criança revela seu lado afetivo e expressa os seus sentimentos no desenho, a sua relação com a família, os amigos, a escola. Através dos traços feitos pela criança, até mesmo pelas cores usadas, o professor identifica o que está acontecendo com ela, e que pode estar levando-a ao fracasso escolar.

Com o desenho infantil, a criança desenvolve melhor o seu cognitivo, o que ajudará muito na introdução à matemática, mais a frente, com as tão “temidas continhas” que são trabalhadas de forma tátil para depois ser retratadas de forma abstrata. Assim, o desenho passa a ter uma signifi-

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cação muito mais ampla na educação infantil sendo valorizado como um auxiliador importante no desenvolvimento da criança.

2. 1. 2 Pintura

A pintura pode ser definida com a arte da cor. Se no desenho o que mais se utiliza é o traço, na pintura o mais importante é a mancha da cor. Ao pintar, a criança vai colocando sobre o papel, a tela ou a parede cores que representam seres e objetos, ou que criam formas. (COLL; TEBEROSKY, 2004).

O professor ao estimular a pintura com as crianças tem objetivos que vão além do simples prazer em manipular mãos e pincéis. Utilização de diversos materiais disponíveis para a manipula- ção com as tintas, cola, álcool, entre outros, as crianças podem expressar sentimentos diversos na superfície trabalhada, desenvolvendo habilidades motoras que vão repercutir futuramente na sua alfabetização, fundamental no desenvolver das letras.

O ato de pintar é uma arte que deve ser usada também na Educação Infantil como fator de desenvolvimento motor, afetivo e social da criança. A criança no ato de pintar interpreta obras, recria imagens, e pintando por observação mostram possibilidades de transformações, de reconstrução, de reutilização e de construção de novos elementos, formas, texturas, etc.

A relação que a criança estabelece com os diferentes materiais se dá, no início, por meio da ex- ploração sensorial e da utilização em diversas brincadeiras. Tudo isso influenciará na sua criatividade e imaginação.

Figura 2 –

Fonte: Simone Villani

A criança ao pintar não consegue entender o conceito de cores simplesmente olhando algo colorido, mas isso se dá durante as observações e comparações nas repetidas vezes que se utilizará das cores, assim, vai aprender a relação de cores que são apenas três básicas (azul, vermelho, ama- relo), que formam todas as outras. Percebendo isso, o lado sensível e imaginário da criança pode ser aguçado, ajudando-a a se formar como um ser completo, criativo, concentrado.

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2. 1. 3 Arte Tridimensional

Durante sua vida, a criança explora tudo o que está sua volta através do tato, da manipulação dos objetos aguçando sua curiosidade. Compete ao professor explorar essa curiosidade, desenvol- vendo atividades que instiguem essas características. Uma das atividades mais utilizadas em sala é a modelagem ou, na atualidade, a arte tridimensional (por apresentar altura, largura e profundidade).

Segundo Cunha:

[...] ao invés do professor simplesmente disponibilizar materiais, as crianças devem ser desafiadas a explorar os materiais em todas as suas possibilidades, como numa atividade banal com o lápis de cor e papel. Podemos transformar essas propostas simplistas e comuns em uma proposta instigadora e fonte de descobertas, além de conhecermos as hipóteses das crianças sobre o que vamos trabalhar. (1999).

A Arte tridimensional, ou modelagem, é uma atividade essencialmente sensorial. Pode-se tra- balhar usando massas de biscuit, argila, jornal, terra, massinha e gesso. Através da modelagem, a criança melhora sua motricidade e amplia sua capacidade de criatividade, pois a modelagem pode ser usada em vários aspectos da aula.

Através da modelagem, as crianças conseguem se expressar e comunicar as experiencias vivi- das e os conhecimentos adquiridos e aprender através das suas comunicações e experiências con- cretas propiciando a criança o ato de se expressar livremente, promovendo a habilidade na coorde- nação motora.

As Artes Visuais, podem ser usadas como interdisciplinaridade, ou seja, com outros conteúdos de outras disciplinas, pode-se citar como exemplo o jornal que, depois de lido, pode ser reciclado, trabalhando assim a sustentabilidade. Pela modelagem consegue-se também entender a impor- tância de a criança expressar os seus sentimentos, fazendo com que os educadores reflitam sobre a utilização da modelagem para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor da criança.

2. 1. 4 Mídia, arte e educação

Com o desenvolvimento tecnológico a informática garantiu uma forma de acesso à informa- ção a todas as camadas sociais. Nesta parte do trabalho o objetivo é entender minimamente qual a influência da mídia na produção e divulgação artística. Apenas alguns cliques e o usuário pode ver na tela de um computador obras de Da Vinci, Picasso, Monet. Sem sair de casa, pode-se entrar em contato com séculos de história e culturas, desde as manifestações artísticas mais clássicas até as contemporâneas. Um universo de possibilidades se abre.

A televisão, a tela de um computador, jornais e revistas são as maiores mídias divulgadores da arte. As novas formas de produção artística possibilitadas pelas novas tecnologias impressionam com suas cores, formas e movimento. É a arte visual se atualizando e se modificando, sem, apesar disso, sem abdicar da razão da existência da arte que é a expressão de ideias e sentimentos.

A tecnologia não afasta as pessoas dos ideais artísticos, ainda que seja o que aconteça em alguns casos. Não se pode abrir mão dos avanços tecnológicos como uma forma segura de produ- ção e resgate do fazer artístico aliado às novas exigências sociais. A escola é o local privilegiado de

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interação e reprodução cultural, cumprindo o papel de organizar as relações necessárias entre o conhecimento do clássico e do novo, como uma ponte entre os sujeitos e o mundo artístico.

2. 1. 5 Recorte e colagem

O recorte e a colagem são um processo usado há muitos anos para decorar igrejas, praças, casas, quadros, usando diferentes materiais como, por exemplo, ladrilhos, pedras, papéis e outros. A junção desses materiais formava uma figura, denominada mosaico. Com as crianças, esse processo também é muito utilizado:

Uma das maneiras de trabalhar com colagem consiste na utilização de materiais de cores e texturas variadas. Os materiais podem ser papelões e tecidos de texturas e cores diferentes. Podem ser aproveitados muitos tipos de papel: lisos, rugosos, brilhantes, grossos, finos. As fotografias das revistas são muito úteis, porque têm uma grande quantidade de cores diferentes.

Uma folha de papel e uma tesoura é o suficiente para uma criança despertar sua criatividade e explorar vários aspectos dela. Surgem várias ideias, experimenta-se sensações da aspereza ou lisura da folha de papel, se pode ser dobrada ou amassada, com rasgões e picagem; se ela pode ficar de um jeito que expresse alegria ou tristeza...

Os trabalhos de recorte, colagem e aplicação permitem à criança dos primeiros anos escolares o aperfeiçoamento de conteúdos de coordenação motora, criatividade e desenvolvimento da sen- sibilidade, noções de espaços e superfície. A criança ainda pequena tem interesse no recorte puro, sem a intenção de formar figuras. À medida que a criança ganha segurança no domínio da tesoura sobre o papel, ela consegue formar figuras significativas e compor cenas com as mesmas. A partir daí ela vai revelando preferências na atividade, distinguindo papéis e possibilidades de recortes, colagens e aplicações. Revistas, jornais, papéis de diferentes texturas e pequenos objetos passam a ser vistos como fonte de pesquisa.

Figura 3 –

Fonte: Simone Villa

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A justaposição e a sobreposição de figuras fazem com que a criança aprimore suas noções de orientação espacial, a partir da percepção das partes em relação ao todo. O trabalho pode ser expos- to na forma de capas de cadernos, caixas, luminárias entre outros objetos, pode também ser posto em moldura, valorizado como objeto de exposição.

A criança deve ter liberdade de criação, colocando em prática suas ideias com capricho e es- mero com o acabamento final das produções artísticas. Picando com as mãos, com o auxílio de uma tesoura a criança executa a atividade, trabalha o seu cognitivo ao perceber o tamanho, a espessura e o modo como encaixar a matéria no local desejado.

Para que o aluno seja bem-sucedido na execução de suas atividades é imprescindível a pre- sença do professor como mediador do conhecimento, incentivar o aluno pelo caminho da arte ou por outra área do conhecimento, oferecendo os melhores suportes, de forma que venha a somar no seu crescimento e na sua formação. Na atividade de recorte e colagem são usados diferentes mate- riais, independentemente de sua utilização na realização de um produto final. A mistura de materiais propicia trabalhos muito interessantes, como a colagem de tecidos rústicos com beiradas desfiadas sobre cartões cortados em papel reciclado.

3. O PAPEL DO PROFESSOR MEDIADOR NA PRODUÇÃO ARTÍSTICA DAS CRIANÇAS

Nas produções artísticas infantis faz necessário que o professor tenha um novo olhar para os desenhos, pinturas, colagens e outras expressões apropriando do seu universo de imagens. O edu- cador sendo mediador deverá ajudar a criança a refletir sobre as imagens de forma crítica, reflexiva e construtiva. Como o que se aprende não se esquece, a criança é um ser criativo e os mediadores tem o papel de facilitar a aprendizagem para a vida inteira e está na mão dos mediadores facilitarem esta aprendizagem que será para a vida inteira.

Conforme Perrenoud (1993), ser mediador entre o aprendiz e o conhecimento é torná-lo saná- vel no sentido de ajudar na mobilização da aprendizagem cultural através da arte, é encontrar essas brechas de acesso, passando muito próximo dos desejos, os interesses e as necessidades das crian- ças “antenadas” aos saberes, aos sentimentos e as informações que elas trazem consigo.

No desenvolvimento das atividades de aula de arte enquanto objeto de conhecimento a sen- sibilidade do professor é sempre a condição para que o mesmo seja capaz de criar situações em que possa ampliar a leitura e compreensão do homem sobre seu mundo e sua cultura. Nesse sentido mediar é proporcionar o acesso ao modo como outras crianças, jovens e artistas produzam artis- ticamente. A criança a todo o momento tem que ser desafiada, dessa forma ela vai perceber o seu potencial, suas habilidades e capacidade de compreender o mundo que a cerca.

O professor mediador tem que resgatar a criação e a fantasia da criança possibilitando que ela manifeste o que está sentindo e oferecendo assim vários materiais expressivos (lápis, canetas, carvão, massas, tintas diversas, giz de cera, papéis, papelão e outros) para que ela possa cultivar sua criatividade.

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Segundo Vygotsky (1984)

[...] na instituição chamada escola ensinar e aprender e fruto de um trabalho cole- tivo. Aprendizes e mestre celebram o conhecimento. Refere-se à reflexão, conhe- cimento, emoção, sensação de prazer advindo da ação que a criança ao se apro- priados sentidos e emoções gerados o contato com as produções artísticas. Cada dia, quando ensinam e quando aprendem, cabe ao professor mediador organizar estratégia que permitam a manifestação das concepções prévias dos alunos.

O professor é o mediador entre a criança e o objeto de conhecimento, é ele quem propicia situações que despertam a curiosidade e o interesse da criança garantindo assim um ambiente pra- zeroso de experiências educativas e sociais

3. 1 A Importância das Artes Visuais na Educação Infantil

A criança sofre influência da cultura seja por imagens de produções artísticas como: a TV, li- vros, revistas obras de artes e outros. Nesse sentido, as Artes Visuais devem ser aceitas como uma linguagem que tem estrutura e característica próprias cuja aprendizagem acontece por meio dos seguintes aspectos de acordo com o RCNEI (1998):

Fazer artístico - centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de traba- lhos de arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal;

Apreciação — percepção do sentido que o objeto propõe, articulando o tanto aos elemen- tos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identificação de obras de arte e de seus produtores;

Reflexão — considerada tanto no fazer artístico como na apreciação, é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que se manifesta em sala, compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas. (BRASIL.1998).

Segundo Barbosa (1991) “a arte deve ser uma fonte de alegria e prazer para a criança quando permite que a organizem seus pensamentos e sentimentos presentes em suas atividades criadoras”.

A arte influencia o desenvolvimento da personalidade infantil e por isso a atividade artística deve ser estimulada por meio dos sentidos da imaginação e de atividades lúdicas que ampliem as possi- bilidades cognitivas, afetivas, sociais e criadoras da criança. Neste sentido, Barbosa (1991) comenta:

Arte não é apenas básica, mais fundamental na educação de um país que se desen- volve. Arte não é enfeite, arte é cognição, é profissão e é uma forma diferente da palavra interpretar o mundo, a realidade o imaginário e é conteúdo. Como conteú- do, arte representa o melhor trabalho do ser humano.

Por muito tempo a arte foi tratada como um passatempo para as crianças, mas a arte é muito mais do que isso, a arte tem a função de beneficiar a ação natural da criança facilitando a livre expres- são e permitindo a comunicação, contribuindo para formação intelectual da criança desenvolvendo conhecimentos e habilidades, utilizando as mais diferentes linguagens para expressar experiências, sensíveis.

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Para o sucesso da aprendizagem infantil temos que acreditar no potencial de criação, imagina- ção e sensibilidade de cada criança. Em sua produção a criança se expressa a través da arte usando a imaginação. Na escola a criança deve receber incentivo para desenvolver atividades variadas como desenhar, modelar, pintar, seja com recursos da natureza, materiais reciclados, de preferência colori- dos. Neste contexto, a criança constrói o conhecimento a partir das interações com o meio em que vive.

De acordo com Cunha (2002) no desenvolvimento da linguagem gráfico-plástico a criança produz de acordo com o vocabulário visual como as formas, as linhas, as cores, o espaço, o espaço, os pontos e volumes vão se estruturar de acordo com os materiais e instrumentos s serem utilizados tais como, buchas pincéis, esponjas, rolhas, rolos entre outros e a criança vai deixando sua marca nos diferentes suportes: no papel, na argila, nas pedras, na madeira e vai formar assim a linguagem visual da criança e criando o seu vocabulário pictórico.

A relação que a criança estabelece com os diferentes materiais se dá, no início, por meio da exploração sensorial. As representações bidimensionais e construção de objetos tridimensionais nascem do contato com novos materiais, no fluir da imaginação e no contato com as obras de arte.

(BARBOSA, 1991).

Segundo Lowenfeld (1997), “no primeiro ano de vida a criança já é capaz de manter ritmos e produzir seus primeiros traços gráficos conhecido como garatujas”. As garatujas infantis diferem pe- los movimentos das crianças sejam ousados e largos e outros delicados. A partir dos 2 anos traceja linhas no papel com movimentos desordenados até que aos poucos ter domínio dos movimentos.

Na fase entre 3 e 4 anos elas conseguem relacionar suas imagens mentais com o que desenham são as garatujas ordenadas.

As estruturas tridimensionais podem ser concebidas por meio da colagem, montagem e jus- taposição de sucatas de embalagens diversas, elementos da natureza, tecidos etc. O professor deve oferecer às crianças sucatas que possam ser empilhadas, encaixadas, justapostas para diversas cons- truções.

É de fundamental importância possibilitar a criança a percepção, manipulação e transforma- ção de diferentes materiais. Oferecer meios para a troca de experiência entre as crianças de forma espontânea, onde o prazer pelo lúdico seja o gerador processo de produção, valorizar e respeitar as criações artísticas das crianças, facilitando e motivando a construção do conhecimento de forma produtiva, criativa e prazerosa.

A arte na educação infantil, possibilita que a criança amplie seu conhecimento, suas habilida- des e a descoberta de suas potencialidades. Por meio da arte a criança manifesta seus sentimentos, medos e frustrações. Em sua produção a criança amplia sua relação com o mundo de forma espontâ- nea, se apropriando de diversas linguagens, desenvolvendo uma sensibilidade e capacidade de lidar com formas, cores, imagens, gestos, fala, sons e outras expressões.

A arte é de extrema importância na educação infantil, o conhecimento da imagem é impor- tante para o desenvolvimento cognitivo e emocional, perceptivo da criança. Cabe ao professor in-

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centivá-la em suas criações, valorizando suas diferentes formas de expressar e comunicar com o meio, neste sentido Eisner (2008) afirma:

Há quatro coisas principais que as pessoas fazem com a arte. Elas a fazem. Elas as veem. Elas entendem o lugar da arte na cultura, através dos tempos. Elas fazem julgamentos sobre suas qualidades. Além disso, [...] “as artes envolvem aspectos estéticos que estão relacionados à educação da visão, ao saboreio das imagens, à leitura do mundo em termos de cores, formas e espaço; e propiciam ao sujeito construir a sua interpretação do mundo, pensar sobre as artes e por meio das artes.

O objetivo principal da arte na educação infantil é formar o ser criativo e reflexivo que possa interagir com as demais pessoas. A arte faz parte de nossas vidas, faz com que dialoguemos com o mundo, reflitamos sobre nós mesmos, ensina a criança a respeitar o trabalho do outro e a diversida- de cultural.

A criança na educação infantil precisa ser estimulada para que ela conquiste novos saberes e aproprie de seu conhecimento. É importante que o educador apresente obras de arte de diferentes artistas e movimentos da história da arte, mas sempre deixando a criança criar a sua própria obra.

A arte transforma e possibilita novos caminhos na vida da criança. Valorizar as produções infantis é valorizar o ser humano em seu desenvolvimento.

A imagem visual tem uma presença marcante no cotidiano das pessoas, é preciso conhecer a produção artística tendo consciência da nossa participação enquanto construtores da cultura do nosso tempo.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo teve como objetivo mostrar a importância da arte na educação infantil. Através de pesquisas bibliográficas percebe-se que alguns autores citados falam das possibilidades que a arte propicia na vida das crianças. Através da arte a criança adquire novas habilidades fazendo novas descobertas expressando suas frustrações e angústias, adquirindo autoconfiança.

Através das Artes Visuais a criança expressa sua visão de mundo e com isso desenvolve-se no âmbito afetivo, motor e cognitivo utilizando as diferentes linguagens artísticas que constituem as artes visuais, tendo a oportunidade de construir, criar, recriar e inventar, tornando-se um sujeito ativo e crítico na sociedade. A educação infantil através da arte auxilia no desenvolvimento criativo e estético, à medida que a mesma adquire gosto pela arte se torna um ser mais crítico e reflexivo. Nes- se sentido, as artes visuais na educação infantil são importantes para as crianças vivenciarem suas experiências e desenvolver o conhecimento em diferentes produções artísticas.

Na medida em que a criança conquista seu lugar na sociedade como parte ativa da construção do seu conhecimento, as artes visuais e suas diferentes linguagens passaram a ser objeto de estudo por muitos teóricos, que compreenderam a necessidade de elas serem usadas principalmente na Educação Infantil (crianças de zero a cinco anos), visto que são o principal auxílio no desenvolvimen- to cognitivo, afetivo e motor.

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De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o ensino das artes passou a fazer parte do currículo do ensino, nos diversos níveis da educação básica, de forma a facilitar o desenvolvimento cultural dos alunos. As Artes Visuais além de trabalharem o lado afetivo e de inte- ração social das crianças, elas colaboram para o desenvolvimento da motricidade infantil e de outros conteúdos trabalhados em sala de aula que irão repercutir, futuramente, na vida pessoal, escolar e profissional do indivíduo.

A cada atividade realizada seja no recorte de papel ou na manipulação de massinha a criança adquire o direito de conhecer o mundo tornando-se um sujeito ativo no mundo expressando seus sentimentos sem a fala. As Artes Visuais são recursos utilizados por muitas escolas para a formação plena da criança, trabalhando-os não como passatempo ou um recurso decorativo, mas sim como uma forma de aprendizagem lúdica, repleta de objetivos importantes no desenvolvimento da crian- ça. Seja na argila ou na tela, a criança se expressa de maneira natural na criação artística, propor- cionando um contato direto com seus sentimentos, despertando maior atenção ao seu processo de sentir.

REFERÊNCIAS

ALBINATTI, Maria Eugênia Castelo Branco. Artes visuais. Artes II. Belo Horizonte. 2008.

BARBOSA, Ana Mae. Arte Educação no Brasil: do modernismo ao pós-modernismo. São Paulo, 2003.

Disponível em: http://www.revista.art.br/site-numero-00/anamae.htm Acesso em: 26 abr. 2017.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte/Secretaria de Educação Fundamental. Caracterização da área de arte. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. Cap.1, p.

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INFORMAÇÕES DOS AUTORES

Luci Araujo dos Santos Toome. Pós-graduada em Alfabetização e Letramento e em Psicopedagogia.

Licenciada em Pedagogia e Artes Visuais. Atua como professora nas redes municipal e estadual.

E-mail: lucitoome09@gmail.com

Joana de Oliveira Straioto, licenciada em Pedagogia e Artes Visuais. Atua nas redes estadual e municipal. E-mail: joanastraioto@hotmail.com

Referências

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