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CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS E ANTIGÊNICAS DE Escherichia coli COM ÊNFASE AOS GENES DE VIRULÊNCIA

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Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS E ANTIGÊNICAS DE Escherichia coli COM ÊNFASE AOS GENES DE VIRULÊNCIA

Ana Maria de Souza Almeida Orientadora: Maria Auxiliadora Andrade

GOIÂNIA 2013

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ANA MARIA DE SOUZA ALMEIDA

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS E ANTIGÊNICAS DE Escherichia coli COM ÊNFASE AOS GENES DE VIRULÊNCIA

Seminário apresentado junto à Disciplina de Seminários Aplicados do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás

Nível: Mestrado

Área de Concentração:

Sanidade Animal Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

Etiopatogenia, epidemiologia, diagnóstico e controle das doenças infecciosas e parasitárias dos animais.

Orientadora:

Maria Auxiliadora Andrade Comitê de orientação:

Valéria de Sá Jayme Guido Fontgalland Coelho Linhares

GOIÂNIA 2013

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 1

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 3

2.1 Escherichia coli ... 3

2.2 Patotipos ... 3

2.3 Estruturas antigênicas ... 6

2.4 Patogênese ... 7

2.5 Ilhas de patogenicidade... 10

2.6 Genes de virulência ... 11

2.6.1 Genes de aquisição de ferro ... 11

2.6.2 Genes plasmidiais ... 12

2.6.3 Adesinas fimbriais ... 13

2.6.4 Adesinas afimbriais ... 15

2.7 Toxinas ... 17

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 20

REFERÊNCIAS ... 21

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LISTA DE ABREVIATURAS

A/E lesões de fixação e esfacelamento Aerobactina sistema de aquisição de ferro AmpC adenosina monofosfato

APEC Escherichia coli patogênica para aves bfp feixe formador de pelos

CDT toxina de distinção citoletal CNF fator citotóxico necrosante CNF-1 citotoxina necrosante fator – 1 Crl gene de filamento curli

Csg gene de filamento curli regulada pela temperatura eae intimina

EaggEC Escherichia coli enteroagregativa

EAST-1 toxinas termoestáveis enteroagregativas EHEC Escherichia coli enterohemorrágica EIEC Escherichia coli enteroinvasora EPEC Escherichia coli enteropatogênica ETEC Escherichia coli enterotoxigênica Hly alfa hemolisina

IL interleucina

IP ilhas de patogenicidade

iss gene de alta sobrevivência ao soro iuc hidroxamato sideróforo aerobactina iut gene aerobactina de captação férrica

LEE Ilhas de patogenicidade locus para esfacelamento de enterócitos

LPS lipopolissacarídeo

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LT toxina termolábeis

MHC-1 complexo principal de histocompatibilidade classe 1 NMEC Escherichia coli de meningite neonatal

Pap fimbria P

REDEC Escherichia coli enteropatogênica para coelhos

Sab proteína autotransportadora para formação de biofilme.

Sfa Adesina S fimbria ST toxina termo-estável

STEC Escherichia coli produtora de toxina Shiga SSTT sistema de secreção tipo lll

STx Shiga-toxinas

Tir receptor de intimina TNF-α fator de necrose tumoral

TraT gene estrutural para fator de sexo F de proteínas de superfície de membrana externa

Tsh adesina regulada pela temperatura UFC unidades formadoras de colônias UPEC Escherichia coli uropatogênica

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Escherichia coli (E.coli) é um microrganismo comensal, presente no intestino de mamíferos e aves (FERREIRA & KNÖBL, 2009), entretanto é apontado como um dos agentes bacterianos mais frequentes em diarreias de seres humanos e animais. Além de ter grande importância nas lesões extraintestinais em aves.

Estudos recentes têm contribuido com descobertas a respeito de novas estirpes, mutações, genes de virulência e sistemas de resistência indentificados em diferentes bactérias. A alta capacidade adaptativa, mudanças fenotípicas e genotípicas dos microrganismos tornam a pesquisa sobre o seu comportamento e sua composição, essenciais para saúde pública e animal.

Colibacilose é uma das principais doenças de aves causadas por E.coli. Apesar do grande conhecimento a respeito dessa doença, ela ainda persiste entre as principais enfermidades endêmicas na avicultura mundial (DZIVA & MARK, 2008). Isso ocorre devido a diversidade antigênica da E.coli, que dificulta o controle e prevenção de todas enfermidades vinculadas a ela.

As manifestações de doenças por E.coli são associadas a diversos fatores, destacando os genes de virulência codificados por plasmídeos, bacteriófagos, ou ilhas de patogenicidade (IP) (GYLES & FAIRBROTHER, 2010).

Acredita-se que a maior parte dos sorogrupos de E.coli não apresentem qualquer gene de virulência, porém, durante o processo evolutivo, algumas cepas adquirem diferentes combinações de genes que lhes atribuem capacidade de promover enfermidades (CHERNAKI-LEFFER et al., 2002).

Ressalta-se que as doenças vinculadas a esse patógeno trazem grandes perdas econômicas como; queda na produção, custos com tratamento, desvalorização dos animais, diminuição de índices reprodutivos, mortes e reposição dos animais, além de sua relevante importância na saúde humana. Por isso, a detecção e caracterização molecular de genes de virulência e de suas combinações torna possível sua associação com a patogênese da doença e possibilita o desenvolvimento de mecanismos eficazes no combate às infeções.

A elaboração de vacinas eficazes para a prevenção dessas doenças vinculadas a E.coli é um dos principais objetivos das pesquisas atuais. Entretanto,

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para eficácia dessas vacinas é necessário profundo conhecimento a respeito, sobretudo, de seus genes de virulência.

O objetivo dessa revisão é descrever as principais características biológicas e antigênicas da E.coli, com ênfase na patogênica para aves (APEC), bem como seus principais genes de virulência e mecanismos ligados a resistência no hospedeiro.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Características da Escherichia coli

E.coli é uma bactéria Gram negativa da família Enterobacteriaceae, não esporulada, anaeróbica facultativa, fermentativa, em sua maioria móveis (flagelo peretríqueos) e pertence a microbiota entérica de mamíferos e aves.

Crescem em temperaturas de 18 a 44°C sendo 37°C é a temperatura ideal (FERREIRA & KNÖBL, 2009).

Essa bactéria também é caracterizada por suas propriedades bioquímicas; positiva para reação para indol, lisina, motilidade e reação de vermelho metila; negativa para testes para urease e hidrogênio e utilização de citrato. Além disso, algumas cepas podem produzir H2S (OLIVEIRA et al. 2004;

QUINN et al. 2005).

A produção de gás e ácido ocorre posteriormente à fermentação de manitol, glicose, sorbitol, ramanose, maltose, manose, xilose, arabiose e glicerol.

A grande maioria das estirpes é capaz de fermentar lactose, embora algumas a fermente tardiamente (ANDREATTI FILHO, 2007).

Em meios de nutrientes sólidos as unidades formadoras de colônias (UFC) apresentam cerca de 1 a 3mm de diâmetro tanto com aspecto rugoso quanto liso, no entanto podem existir colônias intermediárias e mucóides.

Colônias rugosas têm aspecto grosseiro e contornos irregulares, já as colônias lisas são convexas, brilhantes e com bordos regulares (FERREIRA & KNÖBL, 2009).

Grande parte das E.coli são comensais, não apresentam qualquer gene de virulência (CHERNAKI-LEFFER et al., 2002). Alguns estudos descrevem que mesmo cepas de E.coli comensais podem conter um ou mais genes de virulência com potencial de causar doenças em animais imunossuprimidos (KARIYAWASAM et al., 2006).

2.2 Patotipos

Com base nos mecanismos de virulência específicos das cepas patogênicas, E.coli pode ser classificada em patotipos. São eles;

enteropatogênica (EPEC), enterotoxigênica (ETEC), enteroinvasora (EIEC),

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enterohemorrágica (EHEC), enteroagregativa (EaggEC), uropatogênica (UPEC), de meningite neonatal (NMEC); enteropatogênica para coelhos (REDEC) e patogênica para aves (APEC) (FERREIRA & KNÖBL, 2009).

E.coli produtora de toxina Shiga (STEC) é um dos patotipos mais importantes para saúde pública. Embora sua maior característica seja a produção da shiga toxina, ela é atribuída a algumas doenças veiculadas aos alimentos, principalmente produtos cárneos, sendo capaz de colonizar o epitélio intestinal (CADONA et al., 2013).

O patotipo APEC é considerado uma das principais causadores de morbidade e mortalidade de frangos, além de contribuir com perdas econôminas na indústria avícola (KNÖBL et al., 2004). Dentre os diversos quadros anatomopatológicos atribuídos a esse patotipo, destacam-se; pericardites, hepatites, endocardites (Figura 1), doenças respiratórias (LYNNE et al., 2012), doenças reprodutivas e colibaciloses (ANDREATTI FILHO, 2007).

Atualmente, com novas pesquisas a respeito dos inúmeros genes de virulência presentes na APEC, não se pode mais considera-lá como um patógeno simplesmente oportunista, pois algumas cepas podem causar a doença em animais sadios, como é o caso das estipes relacionadas á síndrome da cabeça

FIGURA 1a: Lesões de colisepticemia em galinhas não vacinadas causada por E.coli O78.

(A) pericardite; (B) aerossaculite; (C) perihepatites. Presença de franjas amareladas (fibrina) nas serosas dos sacos aéreos, coração e fígado.

FIGURA 1b: Lesões histopatológicas em um frango não vacinado desafiado com APEC O78: (A) aerosaculite. Hiperplasia epitelial, congestão e infiltrado de heterófilos e linfócitos. (B) perihepatite. Material fibropurulento sobre a superfície hepática e infiltrado inflamatório de heterófilos e linfócitos. (C) Lesão hepática. Necrose de hepatócitos e infiltrado inflamatório linfocitário.

(D) Lesões cardíacas. Infiltrado inflamatório de heterófilos e linfócitos no pericárdio e epicárdio.

Fonte: LYNNE et al. (2012).

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inchada que são mais patogênicas e possuem características mais agressivas, incluindo elevada letalidade, presença de ampla combinação de genes de virulência e capacidade de se aderir aos diferentes tipos celulares (MATURANA et al., 2011).

Além da diferenciação de patogenicidade e agressividade MATURANA et al. (2011) distinguem as cepas de acordo com a doença causada por elas. Os autores citam a existência de pelo menos dois subgrupos dentro do patotipo APEC, classificados de acordo com seus genes de virulência e as doenças desenvolvidas por elas. Uma delas é composta, principalmente, por estirpes que determinam a síndrome da cabeça inchada e outra composta especialmente por estirpes que causam onfalite. Os autores acrescentam ainda que a diversidade existente entre estirpes que ocasionam diferentes doenças estão relacionadas ao número de genes de virulência e suas caracteristicas fenotípicas como aderência e letalidade. Estirpes que causam septicemia estão distribuídas entre essas duas enfermidades. A aparente diversidade de estirpes que provocam septicemia pode repletir na falta de identificação de um conjunto específico de genes de virulência entre essas linhagens.

Cepas enteropatogênicas são comumente isoladas de aves com diarreia e não isoladas de aves sadias. Porém, quando em ambiente adequado e alimentação saudável, as aves podem albergar bactérias patogênicas sem desenvolver a doença. Nesse caso, também podem ser isoladas de frangos aparentemente hígidos cepas de EPEC e ETEC portadores de pili, gene que auxilia na aderência da bactéria ao epitélio traqueal da ave, facilitando a penetração e invasão da mucosa (KARIUKI et al., 2002).

Recentemente a preocupação com doenças ocasionadas por estirpes de EHEC tem aumentado, pois surtos de diarreia hemorrágica estão sendo relatados. Os bovinos são descritos como uma das principais fontes de infecção de cepas de EHEC, que geralmente colonizam o terço final do intestino e são excretadas pelas fezes, sem causar prejuizos ao animal (JORIS et al., 2013).

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2.3 Estruturas antigênicas

A estrutura da APEC é composta de seguimentos antigênicos que permitem a diferenciação sorológica e identificação de antígenos somáticos O, flagelares H, fimbrial F e capsular K (Figura 2).

O antígeno somático O corresponde ao lipopolissacarídeo (LPS), elemento termo-resistente que se projeta da membrana externa para o ambiente extracelular. O lipídeo A (endotoxina), componente do LPS, é liberado durante a multiplicação ou após a morte da bactéria, atua na ativação de macrófagos e de mediadores da inflamação (FERREIRA & KNÖBL, 2009). O comprimento da cadeia lateral na unidade de repetição do antígeno somático O impedem a ligação do complexo de ataque a membrana do sistema complemento (HIRSH, 2003).

A colibacilose possui vários sorogrupos associados a sua patogenia, porém os mais frequentes são O1, O2 e O78 (DZIVA et al., 2008). Já os sorogrupos O2 e S8 de APEC, foram os mais encontrados por SILVEIRA et al.

(2002) e o O6 por KNÖBL el al. (2012),que caracteriza influência na prevalência de diferentes estirpes de acordo com a região estudada.

Os antígenos capsulares K são polissacarídeos capsulares relacionados à resistência bacteriana perante o sistema complemento. A cápsula é um dos componentes bacterianos de menor patogenicidade, sendo removida quando submetida a temperatura de 100°C por uma hora (FERREIRA & KNÖBL, 2009).

Antígenos flagelares H são compostos proteicos não utilizados com frequência na identificação antigênica das cepas de E.coli, nem a sua patogenicidade tem sido relacionada à presença do flagelo (ANDREATTI FILHO, 2007; FERREIRA & KNÖBL, 2009).

Os antígenos fimbriais F, também chamados de adesinas, pili ou fímbrias, são moléculas proteicas que recobrem a superfície bacteriana, capazes de reconhecer receptores específicos na superfície de células eucarióticas. A expressão de adesinas é considerada um gene de virulência fundamental para aderência e colonização dos tecidos do hospedeiro. Elas também conferem especificidade de aderência da bactéria em relação a determinados tecidos e órgãos do hospedeiro. Embora essas adesinas apresentem poucas diferenças

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morfológicas existem características antigênicas e hemaglutinantes distintas (FERREIRA & KNÖBL, 2009).

2.4 Patogênese

O conceito de patogenicidade é a capacidade de um microrganismo causar a enfermidade. Os microrganismos da mesma espécie se diferenciam uns dos outros por possuírem ou expressarem genes de virulência que proporcionam colonização e expressão de inúmeros mecanismos que dificultam o combate do hospedeiro, ocasionando assim a doença (VIEIRA, 2009).

De acordo com o patotipo, com o sorogrupo e com a presença de genes de virulência as estirpes de E.coli podem causar desde quadro leves de diarréia até doenças septicemicas graves. Adesinas, sistema de captação de

FIGURA 2 – Ilustração da estrutura antigênica molecular de E.coli.

A= estrutura molecular do flagelo em relação ao corpo bacteriano; B= estrutura do polissacarídeo e a sua relação com lipídeo A; C= estrutura do pili em relação ou fímbria que se projeta da membrana externa da bactéria. PS= polissacarídeo; LA= localização do lipídeo A ou endotoxina; PG= peptideoglicano ou citoesqueleto das bactérias Gram negativas; MC=

membrana citoplasmática em oposição à membrana externa que ancora o flagelo, pili e LPS.

Fonte: FERREIRA & KNÖBL (2009), com adaptações.

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ferro, invasinas, toxinas e os fatores, inibitórios do sistema imune do hospedeiro e genes de resistência a antimicrobianos são os genes mais importantes de virulência (VIEIRA, 2009).

A infecção por ETEC se dá pela via oral e a fixação no epitélio do intestino delgado ocorre pela ação de adesinas fimbriais (Figura 3). Após a aderência entre a bactéria e a célula hospedeira há produção de enterotoxinas que estimulam a secreção de água e eletrólitos no lúmen intestinal, ocasionando diarreia líquida, desidratação, acidose metabólica e morte. Grandes quantidades de LPS podem ser liberadas, aumentando o número de fatores de necrose tumoral (TNF-α), interleucina L-1 e L-6 que contribuam para um quadro de choque (WHITT & SALYERS, 2002; HISRH, 2003).

O estabelecimento da infecção por EPEC se dá por fraca fixação de adesinas bfp (feixe formador de pelos) no cão e AF/R1, AF/R2 e Ral em coelhos (REDEC). Um sinal transmitido da bactéria para a célula hospedeira, ativa intiminas bacterianas (gene eae), provocando alterações no citoesqueleto celular hospedeiro e posterior desenvolvimento de lesões de fixação e esfacelamento (A/E) das vilosidades. O patotipo EHEC além das lesões de A/E produz também toxinas shiga-like, shiga toxina ou verotoxinas. Stx-1 e Stx-2, codificadas por bacteriófagos, que lesionam e provocam perda da integridade das células endoteliais, causando diarréia hemorrágica (HIRSH, 2003).

FIGURA 3 – Ataque de ETEC as células epiteliais do íleo de um leitão desmamado, mostrando íntima aderência bacteriana (A) e o efeito nas células epiteliais. Barra = 1 μm.

Fonte: GYLES & FAIRBROTHER (2010), com adaptações.

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A adesão ao trato respiratório pela APEC, também é mediado por fimbrias, com destaque para fimbria tipo 1 (Figura 4), fimbria P (pap) e curli. A adesina regulada pela temperatura (tsh) esta relacionada aos estágios iniciais da infecção. O antígenos K e o gene de alta sobrevivência no soro (iss) tornam estas estirpes mais resistentes ao efeito bactericina do soro, e o sistema de aquisição de ferro (aerobactina) possibilitam a permanência e infecção do hospedeiro (HIRSH, 2003; GYLES & FAIRBROTHER, 2010), ocasionando lesões sistêmicas como; infecções respiratórias (aerossaculites), hepatites, perihepatites e endocardites (LYNNE et al., 2012).

SZEMLAKO et al. (2013) afirmam que a ocorrência da combinação fímbria P e genes que codificam alfa-hemolisina (hly) são mais frequentes entre as E.coli que causam septicemias.

O início da colonização da UPEC ocorre na região periuretral e em seguida move-se para uretra. A colonização da bexiga é mediada pelo pili tipo1 e fimbria P. A presença de sideróforos e hemolisinas permitem a captação de ferro e o antígeno K confere resistência à fagocitose, estimulando a produção de citotoxina necrosante fator – 1 (CNF-1) e as alfa-hemolisinas lesionam as células

FIGURA 4 – Eletromicrografia de uma amostra de E.coli de origem aviária. Nota- se na superfície bacteriana a projeção de estruturas finas e longas denominadas de pili ou fímbrias, sendo caracterizado como pili Tipo 1. Coloração negativa – molibdato de amônio (30X).

Fonte: FERREIRA & KNÖBL (2009).

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epiteliais hospedeira, provocando quimiotaxia de neutrófilos, causando cistites e pielonefrites (WHITT & SALYERS, 2002).

Cepas EaggEC produzem toxinas termolábeis (LT), toxinas termoestáveis enteroagregativas codificadas por um plasmídeo (EAST-1), toxinas termo-estáveis (ST), toxina do tipo hemolisina e em alguns casos produzem Shiga-toxinas. Essas toxinas auxiliam a instalação da infecção (CAMPOS &

TRABULSI, 2002).

2.5 Ilhas de patogenicidade

Ilhas de patogenicidade (IP) são ilhas genômicas, constituídas por amplas regiões cromossômicas (10.000 a 200.000 pares de bases) de alta instabilidade e com características distintas do restante do genoma bacteriano.

Codificam um ou mais genes de virulência, e parte ou todo arsenal molecular para que esses genes possam alcançar sua célula alvo (VIEIRA, 2009).

IP são compostas por guanidina e citosina (G+C), diferentes do restante do cromossomo e estão comumente associadas a genes que codificam RNA transportador. Possuem hot spots em suas extremidades, que são elementos envolvidos na mobilidade genética (local de inserção ou deleção genômica simplificada), como; fagos temperados, sequências de inserção e integrases (VIEIRA, 2009).

Estudos a respeito de IP são essenciais para detecção de genes de virulência, que por sua vez permitem a identificação e caracterização de E.coli patogênicas. Um exemplo são as lesões do fenótipo A/E codificadas na IP locus para esfacelamento de enterócitos (LEE), presente principalmente no patotipo EPEC, STEC (GYLES & FAIRBROTHER, 2010) e EHEC (JORIS et al., 2013).

LEE codifica também adesinas de membrana externa denominada intimina (gene eae), sistema de secreção tipo lll - SSTT (Esc e proteína Sep), chaperones (proteínas Ces), translocadores (EspA, EspB e EspD), proteínas efetoras (EspF, EspG e Map) e receptores translocados intimina (Tir) (GIRARD, 2005), demostrando a importância de cada IP na patogênese bactéria.

Estudos recentes com finalidade de determinar se a presença de anticorpos e/ou a cinética das respostas de anticorpos contra eae, Tir, EspA,

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EspB pode ser usada para monitorar infecções por EHEC, foram feitos rebanhos de gado de corte no Brasil. Os resultados demonstraram que apenas respostas séricas à EspA e EspB podem ser utilizadas para monitorar o estado de infecção de rebanhos bovinos com diarreia causada por EHEC. A correlação entre a presença de anticorpos contra eae ou Tir e a baixa prevalência de EHEC não pode ser presumida, pois, rebanhos negativos para essa estirpe podem apresentar esses mesmos anticorpos (JORIS et al., 2013).

Fimbria P, fimbria S, hemolisinas, CNF-1 e sistema de sequestro de ferro também são genes codificados em IP. No entanto, alguns podem ser encontrados tanto em IP quanto em plasmídeos, como os genes hly e aerobactina. Existem ainda, aqueles codificados do genoma nuclear, são eles;

fimbria tipo 1, antígenos especificos O (comumente O1, O2, O4, O6 e O25), e aerobactina (GYLES & FAIRBROTHER, 2010).

2.6 Genes de virulência

2.6.1 Genes de aquisição de ferro

A aquisição de ferro é um importante fator de virulência para bactérias (WHITT & SALYERS, 2002). E.coli possui recursos de aquisição e assimilação de ferro proveniente do hospedeiro (GYLES & FAIRBROTHER, 2010). São eles; os sideróforos (enterobactina, aerobactina e outros), que promovem esse sequestro e aquisição através da remoção do ferro de proteínas carreadoras (HIRSH, 2003;

GYLES & FAIRBROTHER, 2010) e as hemolisinas, que capturam ferro obtido da lise de eritrócitos (ROCHA et al., 2002).

O “operon” aerobactina contém o gene responsável pela produção de hidroxamato sideróforo aerobactina (iuc), com suas respectivas variantes (iucABCD), e o gene aerobactina de captação férrica (iutA). A capacidade de obtenção de ferro pelo sistema aerobactina é devidamente estabelecida, porém, em algumas situações como é o caso da estirpe APEC O2, esse sistema é incompleto, pela ausência de iucA. No entanto, a presença de “operons”

cromossômicos yersinabacterina e enterobactina nessa estirpe, compensam a perda de iucA, tornando a captação de ferro possível (LING et al., 2013).

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2.6.2 Genes plasmidiais

A transferência de material genético entre as bactérias é outra forma de aquisição de genes de virulência, com destaque para a conjugação, em que o simples contato com outras bactérias vivas possibilita a transmissão de genes de virulência presentes em uma molécula de DNA extra-cromossômico, denominada plasmídeo (VIEIRA, 2009).

O rápido desenvolvimento de resistência das enterobactérias às cefalosporinas de largo espectro está relacionada a cepas cujos plasmídeos produzem beta-lactamases de espectro estendido – ESBLs e beta-lactamase tipo AmpC, que hidrolisam o anel beta-lactâmico destes antimicrobianos. Em 2006, o Programa de Vigilância a resistência antimicrobiana Holandês, isolou 153 E.coli obtidas de amostras cecais de frangos saudáveis em diferentes abatedouros na Holanda, em que 80% das amostras resistentes a cefotaxima carreavam o gene ESBL e 17% carreavam o gene AmpC (DIERIKX et al., 2010).

Diferente de outros patotipos, a STEC é capaz de transportar grandes plasmídeos, que codificam dentre outros genes de virulência, o gene sab que se adere tanto à superfícies abióticas quanto a células epiteliais (CADONA et al., 2013), produzindo biofilme (BUVENS & PIÉRARD, 2012). Já em pesquisas feitas na Bélgica a partir STEC isoladas de humanos, e carnes cruas de ruminantes e animais silvestres, o gene sab foi infrequente nesse patotipo quando LEE era negativo (BUVENS & PIÉRARD, 2012). Os autores acrescentam que talvez sab possa promover recursos alternativos nos mecanismos de adesão em STEC LEE negativos, porém precisa-se de maiores estudos à respeito. Outro plasmídeo, vinculado principalmente a certas estirpes de STEC como O157: H7 é o plasmídeo-hemolisina, que condifica enterohemolisinas (GYLES &

FAIRBROTHER, 2010).

Outro gene plasmidial de grande importância é o brp ou gene colicina, que produz e secreta colicinas. As colicinas são toxinas proteicas acionadas por bactérias no combate à célula hospedeira (WHITT & SALYERS, 2002; LLOUBES et al., 2013).

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TraT e iss também são genes plasmidiais, codificados pelo plasmídeo ColV. São genes determinantes para resistência sérica, aos efeitos bactericidas do sistema complemento e à fagocitose, comumente relacionados a cepas septicêmicas (GYLES & FAIRBROTHER, 2010). Essa resistência é atribuída a produção de proteínas de membrana externa (OMPs), produzida por esses genes (KNÖBL et al., 2001; MONROY et al., 2005). O “operon” aerobactina também é codificado pelo plasmídeo ColV em estirpes APEC O2 (LING et al., 2013).

Além da codificação via plasmídeo, o gene iss também pode ser codificado no cromossomo bacteriano. Ultimamente sabe-se que muitas cepas de E.coli tem iss em seus cromossomos e sua seleção para os diferentes alelos iss possibilita uma melhor detecção desse gene entre estirpes (JOHNSON et al., 2008). O gene iss vem sendo isolado de papagaios com colibacilose (KNÖBL et al., 2008), porém não há estudos a respeito do seu local de codificação.

Análises das variantes alélicas tornam possível o estudo sobre a evolução iss e o conhecimento de suas variantes, afim de explorar a possibilidade que esse gene e a proteína codificada por ele são ferramentas úteis para preparação de vacinas (JOHNSON et al., 2008).

Um estudo piloto para produção de vacina contra a colibacilose em aves baseado no gene iss mostrou bons resultados, em que galinhas imunizadas com glutationa-S-transferase-Iss (GST-Iss) foram capazes de produzir anticorpos contra GST-Iss e iss, além de induzirem resposta imunoprotetora em desafios com duas estirpes de APEC diferentes. A forte associação entre iss e APEC, juntamente com a localização de iss na membrana externa, possibilita estratégias de uso desse gene em vacinas para controle de colibacilose (LYNNE et al., 2012).

2.6.3 Adesinas fimbriais

A maioria das estirpes de E.coli apresentam algum tipo de aderência (Figura 5). Um exemplo é a intimina eae, responsável pela ligação íntima entre a bactéria e o epitélio intestinal do hospedeiro (SILVEIRA et al., 2002). A sua ausência promove diminuição significativa na aderência bacteriana, como em algumas estirpes de STEP e EPEC, por exemplo (GIRARD, 2005).

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Os genes de virulência pap ou fímbria P (ROCHA et al., 2002; KNÖBL et al., 2004) e sfa são fímbrias D+ manose resistentes na mediação de adesão da E. coli para diferentes tecidos do hospedeiro. A presença dos genes pap e sfa varia entre estirpes associadas a diferentes doenças. O gene pap é encontrado com maior frequência em aves com síndrome na cabeça inchada e doença respiratória crônica, já o gene sfa é mais comum em isolados de onfalites, sugerindo assim, que esses genes possibilitam infecções extra-intestinais em diferentes locais (KNÖBL et al., 2004).

A utilização do carboidrato D+ manose permite classificar as fímbrias em: manose sensíveis, quando a hemaglutinação é inibida pela presença do carboidrato, e manose resistentes quando a hemaglutinação ocorre na presença de manose. Estudos mostram que as adesinas manose sensíveis (pili tipo 1 ou tipo1 like) são responsáveis pela colonização de traquéia e sacos aéreos durante a fase inicial da doença, enquanto a colonização de órgãos internos e o desenvolvimento de septicemias dependa da expressão de adesinas manose resistentes (fímbria P) (FERREIRA & KNÖBL, 2009).

Mudanças no padrão de adesão observadas na presença ou na ausência de D+manose sugerem associação de mais de um tipo de fímbria. A adesão exclusivamente na ausência de D+manose indica que o pili tipo 1 ou tipo

FIGURA 5 – Aderência de E.coli O78 patogênica para aves nas células ciliadas da traquéia, aderência ao muco secretado pelas células secretórias de muco da traquéia. Giemsa 140X.

Fonte: FERREIRA & KNÖBL (2009).

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1 like, podem participar da patogênese de certos patotipos (SILVEIRA et al., 2002).

Cada variante do gene pap (papA, papC, papE, papF, etc) é responsável por codificar diferentes subunidades das fímbrias, como o papA que codifica o eixo principal da fímbria. Dentre as variantes do gene pap destaca-se o papC por sua maior frequência em APEC do que nos demais patotipos. Genes pap não são essenciais para a patogênese da APEC, porém podem desempenhar um papel significativo nesse processo. No entanto, papA e APEC são antigenicamente correlacionadas e é provável que esse gene proporcione uma vantagem evolutiva pela aquisição de DNA estranho ou supressão de informações genéticas existentes, resultando no desenvolvimento de novas estirpes e até mesmo patotipos(KARIYAWASAM & NOLAN, 2011).

PapA, diferente dos genes papC e papG, é isolado apenas de cepas patogênicas, não sendo encontrado em cepas comensais avícolas (KARIYAWASAM et al., 2006). Estudos relacionados ao sequenciamento genético de papA em APEC, revelaram a possibilidade da presença de um transposon Tn10 (resistência a tetraciclina), possivelmente selecionado devido à prática comum de utilização desses antimicrobianos como promotores de crescimento e na terapéutica das aves. A incorporação de genes de resistência antimicrobiana ao genoma do “operon” pap pode trazer vantagens na sobrevivência dessas bactérias (KARIYAWASAM & NOLAN, 2011).

Além das características decritas acima SZEMLAKO et al. (2013) sugerem que pap com capacidade para causar resposta inflamatória grave podem auxiliar na ultrapassagem de barreiras dos tecidos, possibilitando o acesso à corrente sanguínea, causando bacteremia.

2.6.4 Adesinas afimbriais

O receptor de intimina Tir é uma proteína transportada através do sistema de secreção tipo lll (SSTT) (Figura 6) para o citoplasma da célula hospedeira, onde atua como receptor de eae, que é expressa na superfície bacteriana, resultando em íntima ligação com a célula hospedeira. A

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consequência dessa interação é uma mudança histopatológica A/E (GYLES &

FAIRBROTHER, 2010).

O gene tsh, codificado no plasmídeo ColV (DOZOIS et al., 2000) é responsável pela síntese de proteínas termo-sensíveis com capacidade hemaglutinante (GYLES & FAIRBROTHER, 2010) e auxilia nos estágios iniciais de infecções em galinhas (DOZOIS et al., 2000; NGELEKA et al., 2002; ROCHA et al., 2002;). O gene tsh é também uns dos genes principais no desenvolvimento de colibacilose em papagaios (KNÖBL et al., 2008).

Curli é um apêndice proteico encontrado na superfície externa da maioria das cepas de E.coli, codificado pelo gene crl (gene de filamento curli), essencial para aderência em superfícies bióticas e abióticas, além de participar da formação de biofilme (WHITT & SALYERS, 2002). Este gene promove a ligação

FIGURA 6 – (A) Esquema do sistema de secreção tipo III, aqui apresentado com dois anéis atravessando a membrana e a agulha surgindo da superfície da bactéria. As proteínas efetoras e translocadoras estão estocadas. (B) Esquema do SSTT em operação. As proteínas translocadoras formam um poro na membrana da célula alvo e as proteínas efetoras são translocadas para o citosol da célula alvo. (C) Microscopia eletrônica da superfície da bactéria com agulhas do SSTT.

Fonte: TROISFONTAINES & CORNELIS (2005).

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entre o complexo principal de histocompatibilidade classe 1 (MHC-1), entre a matriz extracelular, entre as proteínas séricas e entre as células intestinais (NGELEKA et al., 2002; WHITT & SALYERS, 2002).

NENNINGER et al. (2011) citaram que as variantes do gene curli, csgG e csgE, agem em conjunto para proporcionar estabilidade na secreção de outras variantes como; csgA, csgB e csgF. O gene csgE pode inibir a polimerização de csgA purificado nas fibras amilóides, sugerindo que certas estirpes de E.coli podem impedir a formação de amilóide. Os autores acrescentaram, que cepas que superexpressam csgG são sensíveis à Eritromicina, porém quando há indução da expressão de csgE essas cepas se tornam novamente resistentes a este antimicrobiano.

Em isolados de E. coli enteropatogênicas de humanos com diarréria pode-se encontrar modificações na presença de variantes do gene curli, como nos estudos feitos por HERNANDES et al. (2012), onde 97% dos isolados de EPEC possuiam o gene csgD e apenas 19,7% apresentavam gene csgA, que indica alta diversidade na sequencia de nucleotídeos deste ultimo gene.

SAIDENBERG et al. (2013) detectaram os genes iss, pap, iuc, hlyA e tsh de E.coli isoladas de Mutum-do-Nordeste (Pauxi mitu), ave considerada em extinção, aparentemente sadios. Esses achados foram motivo de preocupação, pois fatores de estresse, como: início da época de reprodução; doenças concomitantes e manejo impróprio do ambiente e da criação podem desencadear desequilíbrios no organismo e assim conduzir a manifestação de colibacilose, que pode ter resultados graves em uma espécie nativa ameaçada de extinção.

2.7 Toxinas

As toxinas produzidas pelas diferentes estirpes de E.coli também são fatores importantes para patogênese das enfermidades atribuídas a essa bactéria.

GYLES & FAIRBROTHER (2010) pontuam as enterotoxinas termo-estável (STa, STb), termo-estável enteroagregativa (EAST-1) e termo-lábil (LT) como promotoras de distúrbios metabólicos dos fluidos intestinais.

A STa induz acúmulo de líquido na luz intestinal de camundongos lactentes e leitões (HIRSH, 2003; QUINN et al. 2005; GYLES & FAIRBROTHER,

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2010), provocando diminuição e atrofia das vilosidades. Já o STb é inativado pela presença da tripsina (GYLES & FAIRBROTHER, 2010) e afeta leitões lactentes e desmamados (HIRSH et al., 2003).

ARAGÃO et al. (2012), descrevem que a detecção de determinadas toxinas, como STa isolada por eles, na maioria dos isolados de ETEC obtidos de um surto de colibacilose em carneiros, possibilita a identificação do patotipo e sugerem que esta toxina contribua para o desenvolvimento da enfermidade, até mesmo em casos de ausência das demais toxinas.

Já a LT induz a secreção de fluidos através da estimulação de prostaglandinas e citocinas no sistema nervoso entérico, possui efeitos imunomoduladores potentes e ainda pode induzir a apoptose de leucócitos. O subtipo LT – l torna o enterócito afetado, um hipersecretor de AMPc, provocando secreção excessiva de eletrólitos e água, causando desidratação, acidose metabólica e morte. Os mecanismos de LT – 2 ainda são obscuros e necessitam de maiores estudos (GYLES & FAIRBROTHER, 2010).

Stx são proteínas citotóxicas inibidoras da síntese proteica nas células hospedeiras, semelhantes à da toxina produzida por Shigela (HIRSH, 2003).

Elevados índices de produção dessa toxina estão relacionados à indução de bacteriófagos, como durante a ação dos antimicrobianos, que causam danos ao DNA bacteriano ou na parede celular da bactéria. Stx1 está envolvida na regulação de ferro, presente em maior número nos ambientes de privação de ferro. Stx2 geralmente esta associada à doença do edema (ataque à células endoteliais) ou em outras enfermidades vinculadas a suínos (GYLES &

FAIRBROTHER, 2010).

Outras toxinas consideradas importantes são toxina de distinção citoletal (CDT), fator citotóxico necrosante (CNF), hemolisinas e as enterohemolisinas necrosantes (MEHDIPOUR et al., 2012). A CDT tem como função desencadear a parada do ciclo celular, induzindo a apoptose celular. Já as CNF são atribuídas a diarreia e septicemia em bezerros (WHITT & SALYERS, 2002)

Pesquisas feitas para avaliar a ocorrência e funcionalidade CNF e CDT em E.coli isoladas de bezerros e cães apresentaram inúmeras combinações de genes de virulência e foi possível associar a cistite demonstrada por alguns

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animais, com a presença de CNF-1 correlacionada com papC, hlyA e sfa (SALVARANI et al., 2012), sugerindo que combinações de genes e dessa toxina podem ser necessárias para o desenvolvimento da cistite. CNF e CDT foram as toxinas mais detectadas de E.coli isoladas de carcaças de carneiros iranianos em pesquisas de MEHDIPOUR et al. (2012), definindo a importância dessas toxinas em diferentes espécies.

O gene hly (alfa hemolisina), além de lesionar as células hospedeiras, suprime a produção de citocinas e interleucinas pela célula eucariótica, permitindo que a bactéria se estabeleça no organismo hospedeiro. Cepas que não possuem genes que promovem hemólise consequentemente não apresentam citotoxicidade elevada e não são capazes de suprimir citocinas, dificultando assim sua colonização no hospedeiro (HILBERT et al., 2012). Já a pesquisa feita com a UPEC sugerem que a hly é um gene de virulência que proporciona a migração do trato urinário para a corrente sanguínea, causando septicemia (SZEMLAKO et al., 2013).

CNF e hly são toxinas conhecidamente importantes no estabelecimento de doenças em mamíferos, porém não há dados aprofundados em relação as aves. Alguns estudos associados a APEC sugeriram que essas toxinas atuam como facilitador na transposição da barreira interespécies (KNÖBL el al., 2012).

As colicinas são proteínas tóxicas produzidas e secretadas no meio extracelular pelas E.coli e outras bactérias (WHITT & SALYERS, 2002). O ataque às células alvo se dá por despolarização da membrana citoplasmática, por atividade citotóxica contra ácidos nucléicos citoplasmáticos, ou por interferirem com a biossíntese de peptiodeoglicanos (WHITT & SALYERS, 2002; LLOUBES et al., 2013).

Em estudos realizados em isolados de E.coli obtidos de papagaios com colibacilose no Brasil, não foram identificados genes que codifiquem toxinas, tornando o conhecimento mais aprofundado sobre esses e outros genes de virulência em psitacídeos relevante (KNÖBL et al., 2008).

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Escherichia coli possui diferentes classificações perante seus sorogrupos e mecanismos de virulência. Essa diversidade antigênica e de patotipos pode explicar a natureza da manifestação clinico-patológica da maioria das doenças causadas por ela.

Os inúmeros genes de virulência, que podem estar presentes em isolados de E.coli, desenvolvem mecanismos complexos para invasão e colonização da célula hospedeira. Mais estudos são necessários para identificação e caracterização destes genes, para proporcionar maior clareza do desenvolvimento dos processos patogênicos utilizados por essas bactérias para infectar seus hospedeiros.

A facilidade de transmissão dos genes plasmidiais dificulta o controle de determinadas bactérias e é importante no aumento da patogenicidade de estirpes. Genes de aquisição de ferro e genes de resistência sérrica são essenciais para E. Coli, pois, facilitam a infecção do hospedeiro mesmo em ambientes adversos. As adesinas são elementos essenciais nos estágios iniciais da invasão ao organismo hospedeiro. A combinação de genes de virulência com diferentes finalidades tornam estirpes cada vem mais difícil o seu combate pelo organismo hospedeiro e dificultam a ação dos antimicrobianos.

Além disso, conhecimentos mais aprofundados a respeito da diversidade antigênica da E.coli poderão, futuramente, contribuir para elaboração de vacinas eficazes no controle de enfermidades atribuídas a essa bactéria.

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