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ESTUDO DA AÇÃO COM HORTAS VERTICAIS DO PROJETO DE PESQUISA VERTICALIZANDO NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA/RJ.

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Academic year: 2021

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EIXO TEMÁTICO: Ciências Sociais

ESTUDO DA AÇÃO COM HORTAS VERTICAIS DO PROJETO

DE PESQUISA VERTICALIZANDO NO MUNICÍPIO DE

SEROPÉDICA/RJ.

Allan Guilherme Rodrigues de Souza 1

Pâmela Cristina Basílio dos Santos 2

Sérgio de Freitas Ricardo Júnior 3

Márcia Lie Ayukawa 4

RESUMO: O presente estudo é fruto das ações do projeto de pesquisa Verticalizando, que tem

por intuito transmitir os conhecimentos sobre o meio ambiente para crianças e jovens dos ensinos fundamental e médio, através da criação de hortas verticais e práticas de desenvolvimento sustentável, utilizando a metodologia do ciclo de pesquisa ação, abordando primeiramente a ação para depois investigar todos os aspectos que permeiam o conhecimento dos pesquisados sobre as relações: solo-planta-água-atmosfera. O projeto, é de suma importância, pois, quanto mais cedo for introduzido ações de educação ambiental com os estudantes dos ensinos fundamental e médio, os mesmos começam a participar das questões ambientais e serem mais críticos com o ambiente que eles vivem.

Palavras-chave: Hortas Verticais. Práticas de Desenvolvimento sustentável. Educação

Ambiental.

1. INTRODUÇÃO

Uma das principais preocupações da sociedade moderna é a problemática ambiental. Devido a isso, tem sido desenvolvidas iniciativas na tentativa de resolver a atual situação de degradação e minimizar consequências causadas pelo modelo de produção capitalista e preservar a vida na Terra. Uma das medidas de conscientização é a educação ambiental nas escolas.

“A escola tem importância na formação de uma consciência crítica do indivíduo, de

uma consciência ambiental, portanto deve trabalhar de forma que desenvolva o cognitivo e o afetivo juntos, para que provoque na criança um sentimento em relação ao meio, para que ele sinta-se tocado.” (MARTINS, 2009, p.10)

Quanto à educação ambiental como parte da educação escolar, Lima (2009, p. 02) diz que “a importância da educação é enquanto instrumento privilegiado de humanização, socialização e direcionamento social.”. Complementando este pensamento, Martins (2009, p.05) diz que “deve ajudar os indivíduos a se perceberem como membros da biosfera”.

De acordo com Andrade (2000, p. 03-05), a implementação da educação ambiental nas escolas têm sido um grande desafio, atribuído à existência de complexidades na implantação de

1 Graduando em Tecnologia em Gestão Ambiental, FAETERJ.<Allanguilhermevacani@hotmail.com> 2 Acadêmica do programa de pós-graduação em Análise Ambiental e Gestão de Território, ENCE/IBGE. 3 Graduando em Tecnologia em Gestão Ambiental, FAETERJ.

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atividades de sensibilização e formação, e elaboração de projetos. Além disso, existe grande dificuldade quanto à manutenção e continuidade dos projetos já existentes.

Outro obstáculo apresentado, segundo Serrano (2003, p.13), é o fato de os projetos voltados para educação ambiental desenvolvidos nas escolas de ensino fundamental e médio serem mais teóricos e discursivos do que práticos. O autor coloca ainda que o grande desafio da divergência entre as duas partes que os temas transversais confrontam, poderá ser desfeita assim que os projetos forem simples e objetivos, além de compatível com a realidade baseada na relação entre casa, escola e comunidade do aluno.

De acordo com Jacobi (2003, p.190), levando em consideração que a maior parte da população brasileira vive em ambientes urbanos, é possível observar uma crescente queda nas das condições de qualidade de vida, o que reflete uma crise ambiental. Isto demonstra a necessidade da reflexão sobre as dificuldades que existem para mudar as formas de com as quais a questão ambiental é pensada para uma forma mais contemporânea.

Morgado (2006, p.01), diz que “a horta inserida no ambiente escolar pode funcionar como um laboratório vivo.”, proporcionando a prática de diversas atividades voltadas para a educação ambiental, abrangendo teoria e prática de modo contextualizado, colaborando, desta forma, para o processo de aprendizagem.

O presente trabalho tem por objetivo, analisar as práticas de educação ambiental no ensino fundamental e médio, utilizando a criação de hortas verticais como ferramenta de educação ambiental crítica, através de método prático e teórico, de baixo custo, a curto prazo e viável em diferentes extensões de espaço. Abordando as seguintes hipóteses: há o déficit de ensino e aprendizado de ciências ambientais e há a falta de capacitação dos profissionais de educação infantil para o ensino de ciências ambientais.

Segundo Martins (2009, p. 09), “a prática da educação ambiental é importante, visto que é função da escola formar cidadãos críticos.”. Onde crianças e jovens estão formando os seus valores e conceitos, o que justifica o desenvolvimento deste trabalho com alunos a partir do ensino fundamental.

2. METODOLOGIA

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É empregado um método próprio de criação de hortas verticais (utilizando garrafas PET, solo, sementes e fitas) a fim de dinamizar o aprendizado de crianças e jovens dos ensinos fundamental e médio.

Para as análises, é utilizada duas ferramentas avaliativas: a primeira com fim de analisar as percepções e desempenho dos pesquisados (Os conhecimento sobre as plantas, o solos, os recursos hídricos, o ar, a relação entre eles, e outros atores ambientais) e a segunda com o objetivo de analisar o profissional de educação que trabalha com a educação ambiental (Títulos/qualificações na área, conhecimentos na área ambientais, os paradigmas e as perspectivas do ensino de EA), no ensino fundamental e médio. Ambas as ferramentas só são realizadas, após autorização através de um termo de consentimento livre e esclarecido.

2.1 PROCEDIMENTOS

O projeto é realizado no período de um mês com cada turma, em um dia da semana, no período de 1 hora e 20 minutos. Tendo abaixo o seguinte cronograma de ação:

 1° Semana: Análise das características da turma/grupo que será pesquisado.

 2° Semana: Apresentação do projeto; Introdução a hortas verticais; Criação de hortas verticais; Introdução à importância das plantas para o planeta; Importância das práticas sustentáveis; Prevenção de acidentes com manejo terra e sementes.

 3° Semana: Acompanhamento do desenvolvimento da horta; A relação entre o solo e planta; A importância da água no processo de germinação; Processo de germinação; e, Fotossíntese.

 4° Semana: Acompanhamento do desenvolvimento da horta; Convergência adaptativa de plantas (Plantas Carnívoras); Importância das plantas contra o agravamento do processo de erosão; práticas de desenvolvimento sustentável e reutilização; Retirada da horta e entrega aos participantes; Elaboração de um relatório técnico e Encerramento do projeto com aquela turma/grupo

.

As ferramentas avaliativas são aplicadas no decorrer do projeto, visto que cada

ponto de avaliação é avaliado em momentos distintos dentro das 4 semanas do

verticalizando.

2.2 LOCAL E PÚBLICO DE ESTUDO

Local de estudo: Escola Municipal Luiz Cláudio Baranda, junto a secretária municipal de Educação, Cultura e Esporte.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As análises foram realizadas com 60 crianças de 09-13 anos, do ensino fundamental. E, os respectivos docentes.

Os resultados das ações do projeto com os aluno está expresso na tabela abaixo:

TABELA 1. RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DA ANALISE OBSERVACIONAL SOBRE AÇÃO DO PPV COM AS TURMAS 401/402/501 RESULTADOS DA AÇÃO DO PROJETO DE PESQUIAS VERTICALIZANO COM OS ALUNOS

FATORES DE AVALIAÇÃO

INDÍCES DE AVALIAÇÃO

POUCO MÉDIO ALTO

CONHECIMENTO DO SISTEMA PLANTA-SOLO-ÁGUA-ATMOSFERA. X CONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DA ÁGUA. X

CONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS. X

CONHECIMENTO SOBRE SOLOS. X

CONHECIMENTO DO SISTEMA SOLO-PLANTA. X

PARTICIPAÇÃO NO PROJETO. X

INTERAÇÃO COM PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS X

FIGURA 1. EXPERIÊNCIA DE EROSÃO DO SOLO UTILIZANDO AS HORTAS EM GUARRAFA PET, COM A TURMA 401.

Os resultados apontam para a possível confirmação das hipóteses. As análises inicias, identificaram, que há uma grande participação dos alunos nas ações do projeto, o que nos traz a discussão: o que está havendo na educação ambiental? Será que há um problema na metodologia? .

Já que na ferramenta avaliativa, uma professora respondeu que:

“Não tem título acadêmico voltado para área ambiental” (professora) E, considera que:

“As crianças olham as questões ambientais com maior descaso” (professora)

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ambientais, que não se mostra eficiente e/ou eficaz e, faz com que o aprendizado seja falho. Propiciando um desestimulo nos estudantes sobre as questões ambientais

Outra discussão importante para a problemática do tema, é a questão da qualificação do profissional de educação, que trabalha com as questões ambientais seja no ensino fundamental, médio ou superior. Nesse sentido, Jacobi (2003, p.204) diz que “o papel dos professores(as) é essencial para impulsionar as transformações de uma educação.” E, que é fundamental os professores estejam preparados para reelaborarem informações recebidas, afim de transmitir para os alunos, as expressões dos significados do meio ambiente e da ecologia. A problemática da qualificação do profissional da educação, é um ponto importante na relação ensino-aprendizagem, por que se o professor não tem domínio de tal assunto, ele se sentirá inseguro e não irá transmitir bem os conceitos ambientais.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, consideramos que os dados iniciais, ainda são superficiais para se obter o panorama completa da EA no município de Seropédica/RJ e confirmas as hipóteses propostas. O projeto segue com suas ações para concluir a pesquisa no ano de 2016, para divulgar ao comunidade acadêmica e civil a real situação da EA nessa localidade.

Não obstante, as ações do projeto de pesquisa verticalizando já reflete no posicionamento das crianças, para com o meio ambiente. Elas já relatam que estão praticando ações como: Jogar o lixo no local adequado, plantando sementes em casa e economizando água. O que estimula a continuidade da pesquisa, e nos alerta da importância das ações conscientização ambiental na educação infantil, com plano de a longo prazo mudar a consciência da população sobre o meio ambiente.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, D. F. Implementação da Educação Ambiental em escolas: uma reflexão. In: Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 4.out/nov/dez 2000.

JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de pesquisa, v. 118, n. 3, p. 189-205, 2003.

MARTINS, Nathalia. A educação ambiental na educação infantil. Universidade Federal de São

Carlos. Centro de Educação e Ciências Humanas, 2009.

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MORGADO, Fernanda da Silva. A horta escolar na educação ambiental e alimentar:

experiência do Projeto Horta Viva nas escolas municipais de Florianópolis. Universidade

Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Agrárias. Curso de Agronomia. 2006.

SERRANO, C. M. L. Educação ambiental e consumerismo em unidades de ensino fundamental de Viçosa-MG. Dissertação (mestrado em Ciência Florestal)-UFV, 2003. 91p. Disponível em: http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/serrano,cml.pdf. Acesso em: 22/10/2014 às 20:00 horas.

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