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vistoria das instalações elétricas e aparelhagem elétrica

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www.oelectricista.pt o electricista 65

vistoria das

instalações elétricas

e aparelhagem elétrica

dossier

ensaio de Dispositivos de Corrente Residual (RCD)

AresAgante, Lda.

“…esta decisão implica para os projetistas uma responsabilidade acrescida”

)HUQDQGR)HUUHLUD*DWHQJHO̰3URMHWRVGH(QJHQKDULD/GD

vistoria das instalações elétricas e aparelhagem elétrica (1.ª Parte)

Hilário Dias Nogueira

IRUPD©¥RGRVSURͤVVLRQDLVGDVLQVWDOD©·HVHO«WULFDV de serviço particular

-RVX«0RUDLV,;86)RUPD©¥RH&RQVXOWDGRULD/GD

proteção contra sobretensões transitórias para edifícios residenciais

Pedro Neves, Low Voltage Product Manager, Schneider Electric

proteção contra sobretensões

-DLPH&DEUHUD0DUW¯QH](QJHQKHLUR(OHWUµQLFR:HLGP¾OOHṴ6LVWHPDVGH Interface, S.A.

352 7$ * 21,67 $6

(2)

Os Dispositivos de Corrente Residual (RCD) são, muitas vezes, montados nas instalações elétricas para fornecer uma proteção adicional contra incêndios e

choques elétricos. Verificar o funcionamento correto e seguro dos RCD implica uma série de ensaios específicos, os quais podem ser realizados com os Certificadores de Instalações Elétricas.

PORQUÊ UTILIZAR DISPOSITIVOS RCD?

Um RCD deteta correntes de falha para a terra que são demasiado bai xas para acionarem os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes WDLVFRPRIXV¯YHLVPDVTXHV¥RVXͤFLHQWHVSDUDFDXVDUXPFKRTXH HO«WULFRSHULJRVR)LJXUDVHRXXPLQF¬QGLRHO«WULFR$YHULͤFD©¥R do funcionamento dos RCD é fundamental para a segurança e é referi GDQD1RUPD,(&HQDVUHVSHWLYDVQRUPDVQDFLRQDLVHTXLYDOHQ WHV(VWDQRUPDHVSHFLͤFDRVUHTXLVLWRVSDUDDVLQVWDOD©·HVHO«WULFDV

ͤ[DVHPHGLI¯FLRV

POR QUE MOTIVO TESTAMOS RCD?

A maioria dos RCD tem um botão de teste integrado mas um ensaio FRQFOX¯GR FRP VXFHVVR H D XWLOL]DU HVWH HTXLSDPHQWR Q¥R FRQͤUPD QHFHVVDULDPHQWHTXHR5&'HVW£DIXQFLRQDUFRUUHWDPHQWH6¥RQH FHVV£ULRVHQVDLRVDGLFLRQDLVSDUDPHGLURWHPSRGHGLVSDURSDUDFRQ

ͤUPDUTXHR5&'LU£IXQFLRQDUFRUUHWDPHQWHHPVLWXD©·HVGHDYDULD e podem ser realizados ensaios adicionais para determinar a corrente de disparo real.

Em regulamentações padrão, os ensaios de RCD estão incluídos em 9HULͤFD©¥RGDSURWH©¥RDWUDY«VGDGHVFRQH[¥RDXWRP£WLFDGDDOL- mentação". Consoante o tipo de sistema, TN, TT, ou IT, são utilizados Y£ULRVSURFHGLPHQWRVGHHQVDLR(VWHVHQVDLRVLQFOXHPDPHGL©¥RGD impedância do loop de falha, a medição da resistência do elétrodo de terra para peças condutoras expostas da instalação e a medição ou o F£OFXORGDSULPHLUDFRUUHQWHGHDYDULD(PWRGRVHVWHVSURFHGLPHQWRV

«IXQGDPHQWDOYHULͤFDUDVFDUDWHU¯VWLFDVHRIXQFLRQDPHQWRGHGLVSR sitivos de proteção como disjuntores, fusíveis e RCD.

DIFERENTES ENSAIOS A REALIZAR COM O CERTIFICADOR DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

$OJXQVFHUWLͤFDGRUHVGHLQVWDOD©·HVHO«WULFDVSRGHPUHDOL]DUHQVDLRV GH5&'E£VLFRVSDUDGHWHUPLQDURWHPSRGHGLVSDURHPPLO«VLPRV de segundo), através da indução de uma corrente de falha no circuito.

1HVWHHQVDLRFRPXPFHUWLͤFDGRUGHLQVWDOD©·HVHO«WULFDV«LQGX]LGD XPDFRUUHQWHGHIDOKDFDOLEUDGDQRFLUFXLWRTXHSURYRFDU£RGLVSDURGR 5&'2FHUWLͤFDGRUPHGHHLQGLFDRWHPSRQHFHVV£ULRSDUDR5&'GLV parar. Este ensaio pode ser efetuado em painéis de distribuição com cabos de teste ou em tomadas com o cabo de rede elétrica fornecido com o equipamento. Ao estabelecer ligação a quadros de distribuição, as ligações são feitas aos condutores de linha, neutro e de terra em pontos convenientes no lado da carga do RCD. Tenha em atenção que

ensaio de Dispositivos

de Corrente Residual (RCD)

AresAgante, Lda.

o ensaio é efetuado com um circuito com corrente com a carga desli JDGD$OJXQVFHUWLͤFDGRUHVWDPE«PSRGHPHIHWXDUXPHQVDLRSU«YLR SDUDGHWHUPLQDUVHRHQVDLRUHDOLU£FDXVDUXPDIDOKDGHWHQV¥RTXH XOWUDSDVVHROLPLWHGH9RX93DUD5&'GRWLSR6DWUDVRWHPSR UDOSRGHGHͤQLURPRGRWLSR6RTXHLQFOXLXPDWUDVRGHVHJXQGRV ativado entre o ensaio prévio e o ensaio real para evitar obter um tem po de disparo impreciso.

EFEITO DE CORRENTES EM CORPOS HUMANOS

Figura 1.(IHLWRVGDFRUUHQWH'&

Figura 2.(IHLWRVGDFRUUHQWH$&SDUDYDORUHV506HQWUH+]H+]

Gama 1. Normalmente não suscetíveis.

Gama 2. Normalmente não nocivos para humanos.

Gama 3.(VSDVPRVPXVFXODUHVULVFRGHSDOSLWD©·HVFDUG¯DFDVͤEULOD©¥RPXLWREDL[R Gama 45LVFRGHSDOSLWD©·HVFDUG¯DFDVͤEULOD©¥RPXLWRDOWR

MEDIÇÃO MANUAL DO TEMPO DE DISPARO DO RCD

Para medir manualmente o tempo de disparo, tem de introduzir um

GHWHUPLQDGR Q¼PHUR GH SDU¤PHWURV QR FHUWLͤFDGRU GH LQVWDOD©·HV

(3)

www.oelectricista.pt o electricista 65

HO«WULFDVXWLOL]DQGRRVERW·HVGHIXQ©¥R‹QHFHVV£ULRGHͤQLURVVH guintes parâmetros:

• &RUUHQWHGHGLVSDURW¯SLFDGR5&'P$

RX9DUGHͤQL©¥RGHFRUUHQWHGHWHVWHYDUL£YHO

• 0XOWLSOLFDGRUGDFRUUHQWHGHWHVWH[[[RXDXWR

• Forma de onda da corrente de teste do RCD:

› Corrente AC para ensaiar o tipo AC (RCD de AC standard) e tipo

$5&'VHQV¯YHODLPSXOVRV

› Corrente de impulsos para ensaiar o tipo A (RCD sensível a LPSXOVRV

› &RUUHQWH'&XQLIRUPHSDUDHQVDLDU5&'GRWLSR%

› 5HVSRVWDFRPDWUDVRSDUD%GRWLSR65&'GHFRUUHQWH'&

XQLIRUPHFRPDWUDVR'&XQLIRUPH

› Resposta com atraso para ensaiar AC do tipo S (RCD de AC com DWUDVRRX$GHWLSR65&'VHQV¯YHODLPSXOVRVFRPDWUDVR

• 'HͤQL©¥RGHIDVHGDFRUUHQWHGHWHVWHGHrRXr

NOTA

$QRUPDHXURSHLD,(&GHVFUHYHDVSURSULHGDGHVSDUD5&'2V limites de corrente de disparo para RCD de tipo A, impulso DC permi WLGRHQWUHHDW«SDUD5&'GHWLSRP$GDFRUUHQWH de disparo nominal, por exemplo: para um RCD de 30 mA, a corrente GHGLVSDURSRGHWHUHQWUHP$HP$

Tenha em atenção que, uma vez que alguns RCD são mais sensí YHLVHPPHLRFLFORGDIRUPDGHRQGDGDFRUUHQWHGHDOLPHQWD©¥RTXH RXWURV«QHFHVV£ULRHIHWXDURHQVDLRQDVGXDVGHͤQL©·HVGHIDVHH JUDXVHGHYHVHUUHJLVWDGRRWHPSRVXSHULRU2PXOWLSOLFDGRUGH FRUUHQWHGHHQVDLRHVW£SUHGHͤQLGRSDUDx1", o que permite ensaiar o 5&'¢VXDFRUUHQWHGHGLVSDURQRPLQDO2WHPSRGHGLVSDURPHGLGR SRGHVHUFRPSDUDGRFRPRWHPSRP£[LPRSHUPLWLGRSHODVUHJXOD mentações ou normas locais para esse tipo de dispositivo.

DEFINIÇÃO DE CORRENTE DE DISPARO DO RCD VARIÁVEL

3DUDPHGLUDFRUUHQWHGHGLVSDURGH5&'SDUDXPDFRQͤJXUD©¥R5&%

SHUVRQDOL]DGD HVW£ GLVSRQ¯YHO R PRGR 9$5 8WLOL]DQGR DV WHFODV GH VHWD«SRVV¯YHOVHOHFLRQDUXPDFRUUHQWHGHͤQLGDSHORXWLOL]DGRUHQWUH 10 e 1000 mA (corrente de teste AC) e entre 10 e 700 mA para ajustar o valor.

ENSAIO AUTOMÁTICO

3DUDVLPSOLͤFDUHDFHOHUDURVHQVDLRVDOJXQVPRGHORVW¬PXPPRGR DXWRP£WLFRSDUDDPHGL©¥RGHWHPSRGHGLVSDURGR5&'QRTXDOV¥R HIHWXDGRVDXWRPDWLFDPHQWHHQVDLRV[[H[DrHrHP sequência. Isto elimina a necessidade de o técnico, ou o respetivo as VLVWHQWHUHJUHVVDUDRFHUWLͤFDGRUDSµVDUHSRVL©¥RGR5&'TXHGLV SDURX(VWDIXQ©¥RSHUPLWHSRXSDUXPWHPSRFRQVLGHU£YHOQRWHUUHQR 3DUDPHGLURWHPSRGHGLVSDURGH5&'XWLOL]DQGRRPRGRDXWRP£WLFR a corrente do RCD é novamente introduzida através dos botões mul WLIXQ©·HVHRPRGRDXWRP£WLFR«VHOHFLRQDGRXWLOL]DQGRRVERW·HVGH função.

Depois de introduzir o tipo de RCD e de iniciar o ensaio, a sequência é iniciada aplicando a corrente do RCD com o multiplicador x1/2 por XPSHU¯RGRSUHGHWHUPLQDGRRXPV̰GHSHQGHQGRGRV regulamentos locais). Se o RCD disparar, o ensaio é terminado. Se não disparar, o equipamento reverte automaticamente a fase e repete o en saio. Mais uma vez, se o RCD disparar, o ensaio é terminado. Se não disparar, o equipamento fornece corrente do RCD com o multiplicador [GXUDQWHPV25&'GHYHDJRUDGLVSDUDUHRWHPSR«DSUHVHQ tado e armazenado na memória. Depois de o RCD ter sido reposto, o equipamento reverte a fase e repete o ensaio com o multiplicador x1.

$VHTX¬QFLD«UHSHWLGDFRPDFRUUHQWHGR5&'FRPRPXOWLSOLFDGRU[

SDUDFRPSOHWDURFLFORGHHQVDLRDXWRP£WLFR2HTXLSDPHQWRGHWHWD quando o RCD é reposto manualmente e inicia o ensaio seguinte na VHTX¬QFLD2VUHVXOWDGRVV¥RDUPD]HQDGRVQDPHPµULDWHPSRU£ULDH é possível aceder aos mesmos com os botões de seta.

ENSAIOS DE RAMPA DE RCD

Para além de medir o tempo de disparo, alguns modelos também po dem medir a corrente de disparo do RCD através do aumento gradual da corrente aplicada até o RCD disparar. Este ensaio é normalmente FKDPDGRGHHQVDLRGHUDPSDGH5&'7DPE«PQHVWHFDVR«QHFHVV£

rio selecionar a corrente de disparo do RCD, o tipo de RCD e a fase da

corrente de teste utilizando os botões multifunções antes de começar

o ensaio.

(4)

Com a extinção da CERTIEL em janeiro de 2018, entidade responsável pela inspeção de instalações elétricas em Portugal, as suas respetivas competências foram transferidas para a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). A decisão foi tomada pelo Governo, através do Decreto-Lei n.º 96/2017, publicado no dia 10 de agosto de 2017, que altera o regime jurídico com as regras para as instalações elétricas de serviço particular.

Entre as alterações, merece grande destaque o ponto do diploma que refere que deixa de ser necessária a aprovação do projeto de instalação, passando a ser suficiente apresentar um termo de responsabilidade assinado pelo responsável pelo projeto (projetista), que garante que o projeto respeita as regras deste tipo de instalações.

Em entrevista à revista “o electricista”,

Fernando Ferreira, sócio-gerente da Gatengel - Projectos de Engenharia, Lda., falou sobre as alterações ocorridas no panorama das inspeções de instalações elétricas em território nacional. Fernando Ferreira é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela FEUP em 1981, Membro Sénior da Ordem dos Engenheiros desde 1995 e projetista de instalações elétricas e infraestruturas de telecomunicações desde 1986.

“…esta decisão implica para os projetistas uma

responsabilidade acrescida”

por André Manuel Mendes

(GLI¯FLRGR,%6GD8QLYHUVLGDGHGR0LQKR

3URMHWR*HUDO̰$UT&O£XGLR9LODULQKR)RWµJUDIR-R¥R0RUJDGR

revista “o electricista” (oe): Com a extinção da CERTIEL (des- de 31 de dezembro de 2017), as novas regras para as instalações elétricas são certificadas por que entidade?

Fernando Ferreira (FF): 1¥R K£ FHUWLͤFD©¥R GH SURMHWR PDV DSHQDV GDV LQVWDOD©·HV 2 SURMHWR SDVVD D VHU UHVSRQVDELOLGDGH GR projetista.

oe: Quais as principais implicações desta decisão para os pro- jetistas? Que alterações se registaram no âmbito dos projetos?

FF: Na minha opinião, esta decisão implica para os projetistas uma UHVSRQVDELOLGDGH DFUHVFLGD XPD YH] TXH Q¥R K£ QLQJX«P QD IDVH DQWHULRU¢REUDDYHULͤFDURSURMHWRHRFXPSULPHQWRGDOHJLVOD©¥R Poderão, por isso, surgir problemas detetados apenas com a obra pra ticamente concluída, ou seja, na vistoria, que poderão ser da respon sabilidade do projetista, no caso de o projeto conter não conformida des com a legislação.

oe: Como será feito o controlo e acompanhamento por parte da entidade responsável pela inspeção de instalações elétricas em Portugal, no que respeita a projeto, execução, exploração e ins- peção das instalações elétricas?

FF: No que se refere ao projeto, deixa de haver acompanhamento após DVXDUHDOL]D©¥RHDQWHVGHVHSDUWLUSDUDDREUDXPDYH]TXHQ¥RK£

FHUWLͤFD©¥RGRSURMHWR+£DSHQDVXPDLQVSH©¥RͤQDOGDLQVWDOD©¥R SDUD YHULͤFD©¥R GD FRQIRUPLGDGH TXDQGR DTXHOD HVWLYHU FRQFOX¯GD -£UHODWLYDPHQWH¢H[SORUD©¥RHPSDUWLFXODUGDVLQVWDOD©·HVGHFD WHJRULD$H%VHU£GHVHM£YHOTXHD'*(*SDVVHDID]HUXPFRQWUROR PDLVHIHWLYRGRTXHWHPVLGRIHLWRDW«DTXLXPDYH]TXHK£PXLWDV LQVWDOD©·HVTXHFDUHFHPGHW«FQLFRUHVSRQV£YHOSHODH[SORUD©¥RGH

)HUQDQGR)HUUHLUD

(5)

DFRUGRFRPDOHJLVOD©¥RHPYLJRUPDVTXHQDSU£WLFDQ¥R têm esse técnico.

)UHTXHQWHPHQWH TXDQGR D LQVWDOD©¥R ͤFD FRQFOX¯GD H SRUTXHQHVVDDOWXUD«QHFHVV£ULDXPDYLVWRULDGD'*(*«

RW«FQLFRGRLQVWDODGRUUHVSRQV£YHOSHODH[HFX©¥RGDLQV talação, que assume a responsabilidade da exploração.

Posteriormente a instalação é ligada, o técnico deixa de as sumir essa responsabilidade e nunca mais a instalação volta DWHUXPW«FQLFRUHVSRQV£YHOSHODH[SORUD©¥RTXHID©DDV GXDVYHULͤFD©·HVDQXDLVHUHVSHFWLYRVUHODWµULRVSUHYLVWRV na legislação.

Tanto quanto sei a DGEG também não tem meios para GHWHWDU HVWDV VLWXD©·HV H REULJDU HIHWLYDPHQWH ¢ H[LVW¬Q FLDGHW«FQLFRVUHVSRQV£YHLVSHODH[SORUD©¥RHPWRGDVDV instalações em que tal é obrigatório por lei. Esperemos que FRPDFULD©¥RGDVSODWDIRUPDVLQIRUP£WLFDVSUHYLVWDVQDOH gislação, esse controlo passe a ser feito com todo o rigor.

oe: A classificação das instalações elétricas alterou-se?

FF:$FODVVLͤFD©¥RGDVLQVWDOD©·HVQ¥RVRIUHXDOWHUD©¥R

oe: Prevendo-se uma demora maior na emissão das licenças de utilização, quais as consequências para quem se encontra com obras que estão em vias de conclusão?

FF:-XOJRTXHQ¥RK£PRWLYRVSDUDVHHVSHUDUXPDPDLRU demora na emissão de licenças de utilização. Tal como acontecia anteriormente a instalação tem de ser vistoriada, quando concluída, para que posteriormente possa ser emiti da a licença de utilização, sendo agora a vistoria da respon sabilidade da DGEG e, no caso das instalações de categoria

&IHLWDWDPE«PSHODVPHVPDVHQWLGDGHVTXHRID]LDPM£QR tempo da CERTIEL (IEP, LIQ, ISQ), por delegação da DGEG.

2VSURMHWLVWDVW¬PDSHQDVDREULJD©¥RGHHQYLDUXPSURMHWR VLPSOLͤFDGRGDLQVWDOD©¥RMXQWDPHQWHFRPRVUHVWDQWHVGR cumentos que instruem o pedido de vistoria.

oe: Como projetista, quais os principais desafios que existem dentro deste setor de atividade?

FF:1DPLQKDRSLQL¥RRSULQFLSDOGHVDͤRSDUDRVSURMHWLV WDVGDVLQVWDOD©·HVHO«WULFDVGL]UHVSHLWR¢FRQVWDQWHHFDGD YH] PDLV QRWµULD GHJUDGD©¥R GRV KRQRU£ULRV GH SURMHWR que são praticados. Muitos donos de obra não estão sen sibilizados para a importância do projeto, nem para o facto de um bom projeto lhes permitir poupar muito dinheiro em REUDHQTXDQWRXPPDXSURMHWRSRGHU£UHVXOWDUHPFXVWRV acrescidos, dos quais, muitas vezes nem se apercebe, por desconhecimento.

$FKRTXHDV$VVRFLD©·HV3URͤVVLRQDLVQRPHDGDPHQWH D2(HD2(7SRGHULDPWHUXPSDSHOLPSRUWDQWHDGHVHPSH QKDUQHVWHDVSHWRHQ¥RVHOLPLWDUHPDDͤUPDUTXHVHWUDWD GDOHLGRPHUFDGRDIXQFLRQDU2SUµSULR(VWDGRG£XPS«V simo exemplo ao lançar concursos em que o único critério de adjudicação é o preço e, mais grave ainda, ao admitir e até LQFHQWLYDUKRQRU£ULRVTXHFKHJDPDVHUDEDL[RGRYDORU base (que supostamente seria o valor justo).

‹QHFHVV£ULRHXUJHQWHUHVSRQVDELOL]DUTXHPSUDWLFDDWRV

de engenharia, de modo a que estes não sejam executados

de ânimo leve e que quem faz um projeto tenha a possibili

GDGHGHDHOHGHGLFDUWRGDVDVKRUDVGHWUDEDOKRQHFHVV£ULDV

SDUDTXHRSURGXWRͤQDOWHQKDDQHFHVV£ULDTXDOLGDGH3DUD

isso não se podem continuar a praticar os valores de ho

QRU£ULRVGHSURMHWRDTXHWHPRVYLQGRDDVVLVWLUHR(VWDGR

GHYHU£VHURSULPHLURDGDURH[HPSOR

(6)

2VIXQGDPHQWRVGD1RUPD&(,HVWDEHOHFHSULQF¯SLRVIXQGD PHQWDLVQRTXHUHVSHLWD¢YHULͤFD©¥RGHLQVWDOD©·HV

• &RQFH©¥RGDVLQVWDOD©·HV

• 3URWH©¥RSDUDJDUDQWLUDVHJXUDQ©DGHSHVVRDVHEHQV

• 6HOH©¥RGHHTXLSDPHQWRVHO«WULFRV

• ([HFX©¥RHYHULͤFD©¥RGDVLQVWDOD©·HV

'RFXPHQWREDVHGHHODERUD©¥RGDV5HJUDV7«FQLFDVGH,QVWDOD©·HV(O«WULFDV GH%DL[DWHQV¥R̰57,(%7

$QDOLVDUR'HFUHWR/HLb3£JLQDV̰3XEOLFD©¥RQR'L£ULRGD 5HS¼EOLFDQ|6«ULH,GH̰TXHHVWDEHOHFHSURFHGLPHQWRV SDUDDWLYLGDGHGH,QVSHWRUHVHGHͤQHFRPRGHYHPVHUIHLWRVRFRQWURORDVXSHU YLV¥RHDUHJXOD©¥RGDVDWLYLGDGHVDVVRFLDGDV¢VLQVWDOD©·HV

VERIFICAÇÃO DE INSTALAÇÕES

2WHPDTXHVHYDLDERUGDUQHVWHDUWLJR«D̸([HFX©¥RHYHULͤFD©¥RGDV instalações” no que concerne ao sistema de terras ̸Proteção para garantir a segurança de pessoas e bens”.

GENERALIDADES

Esta vistoria visa proteger as pessoas contra os contactos indiretos, QRFDVRGHDVPDVVDVPHW£OLFDVGDLQVWDOD©¥RͤFDUHPRFDVLRQDOPHQ te sob tensão.

Defeito de isolamento

$YHULͤFD©¥RWHPFRPRREMHWLYRID]HURFRQWURORGDSDVVDJHP¢PDV sa de acordo com o suporte da documentação técnica, projeto e equi SDPHQWRVDSDUHOKRVGHPHGLGDHVXEGLYLGHVHHPGRLVPRGRV

9HULͤFD©¥R

Inspeção Visual

Ensaios

9HULͤFD©¥RFRPLQVWUXPHQWR (QVDLRVGHIXQFLRQDPHQWR (QVDLRVGHVHJXUDQ©D

I. OS PRINCÍPIOS GERAIS DA INSPEÇÃO VISUAL

• 'HYHVHUFRQFUHWL]DGDVHPSUHDQWHVGRVHQVDLRV

• Realizada sem tensão.

vistoria das instalações

elétricas e aparelhagem elétrica

1.ª PARTE

Hilário Dias Nogueira (Eng.º)

2REMHWLYRGDLQVSH©¥RYLVXDOGHYHYHULͤFDUVHRVHTXLSDPHQWRVHO«WUL cos ligados em permanência:

• 6DWLVID]HPDVQRUPDVTXHOKHVHVW¥RDSOLF£YHLV

• )RUDPFRUUHWDPHQWHVHOHFLRQDGRVHLQVWDODGRV

• Não apresentem defeitos visíveis que afetem a segurança.

9HULͤFD©¥RGDVPHGLGDVGHSURWH©¥RFRQWUDFRQWDFWRVGLUHWRVH indiretos.

SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

$V QRUPDV SUHY¬P VLVWHPDV GH GLVWULEXL©¥R SULQFLSDLV HP %DL[D Tensão e três em tensão reduzida de segurança. Apresentação:

BAIXA TENSÃO

Sistema TT – Princípio base

• 1HXWURGRWUDQVIRUPDGRUGHDOLPHQWD©¥RGDUHGH«OLJDGR¢WHUUD GHVHUYL©R

• Massas da instalação de utilização ligadas a uma instalação de terra (terra de proteção).

M

L

1

/

2

/

3

Ia

Ia

N

5% RA

MT/BT 75$16)250$'25

ů<

RA̰5HVLVW¬QFLDGR(O«WURGRGHWHUUDGDVPDVVDV

RB̰5HVLVW¬QFLDGR(O«WURGRGHWHUUDGRQHXWURWUDQVIRUPDGRU 5ƃ5HVLVW¬QFLDWRWDOGDPDOKDGHGHIHLWR͞5$5%

Sistema TN – Princípio de funcionamento

1. Este sistema baseia o seu princípio de funcionamento no facto

“que todas as massas da instalação” estejam ao potencial do neu WUR'HVWDIRUPDTXDOTXHUGHIHLWRIDVHPDVVDWRUQDVHQXPFXUWR FLUFXLWRIDVHQHXWURHDVXDSURWH©¥RVHU£IHLWDSRUXPGLVMXQWRU FRQWUDVREUHLQWHQVLGDGHV

2. 2VLVWHPD71SRGHVHUGLYLGLGRHPGRLVVLVWHPDVGLVWLQWRVR71&

HR716

3. Nos circuitos cujos condutores tenham uma secção inferior a

10 mm

2

, os cabos flexíveis de alimentação de aparelhos devem ter

VHPSUHXPFRQGXWRUGHSURWHF©¥RGLVWLQWRGRFRQGXWRUQHXWUR

(7)

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Sistema (TN-S)

4. 1RFDVRGRVLVWHPD716GHYHU£H[LVWLUXPGLVSRVLWLYRGLIHUHQFLDO GHP«GLDVHQVLELOLGDGH

5. 2VLVWHPDUHTXHUXPDFRPSDQKDPHQWRSHUPDQHQWH Sistema TN-C

• 2QHXWURGRWUDQVIRUPDGRUGDDOLPHQWD©¥RGDUHGH«OLJDGR¢WHUUD GHVHUYL©R

• $VPDVVDVGDLQVWDOD©¥RGHXWLOL]D©¥RV¥ROLJDGDV¢PHVPDLQV talação de terra do transformador por um só condutor (PEN), que GHVHPSHQKDDVIXQ©·HVGHWHUUDHGHQHXWUR

M M

L

1

/

2

/

3

N N

PE

5%

PEN

71& 716

MT/BT 75$16)250$'25

ů<

'LVMXQWRU

GLIHUHQFLDOGHP«GLD VHQVLELOLGDGH 'LVMXQWRUGH

VREUHLQWHQVLGDGHV

• 1RFDVRGRVLVWHPD71&Q¥R«SHUPLWLGRRFRUWHGRQHXWURQRV aparelhos de corte e proteção.

SISTEMA TN-S

• 1HXWURGRWUDQVIRUPDGRUGDDOLPHQWD©¥RGDUHGH«OLJDGR¢WHUUD GHVHUYL©R

• 0DVVDV GD LQVWDOD©¥R GH XWLOL]D©¥R OLJDGDV ¢ PHVPD LQVWDOD©¥R de terra do transformador por um condutor separado do condutor neutro.

Em qualquer um dos casos, a garantia simultânea para uma proteção DGHTXDGDWHU£TXHUHVSHLWDUDVVHJXLQWHVUHJUDV

1.º RFRQGXWRUQHXWURGDLQVWDOD©¥RGHYHU£VHUOLJDGRDXPFRQMXQWR de elétrodos de terra, distribuídos de forma regular ao longo da LQVWDOD©¥R

2.ºXPDOLJD©¥RHTXLSRWHQFLDOHͤFD]GHYHU£VHUHIHWXDGDHPWRGRVRV ORFDLVHPTXHFRH[LVWDPPDVVDVPHW£OLFDVHRXHOHPHQWRVFRQ GXWRUHVQRPHDGDPHQWHFDQDOL]D©·HVPHW£OLFDVVLPXOWDQHDPHQ te acessíveis.

SISTEMA IT

2SULQF¯SLRGHIXQFLRQDPHQWRGHVWHVLVWHPDUHVLGHQRIDFWRGHVHGL mensionar uma impedância “Z” que, na ocorrência de um primeiro de feito o potencial das massas não seja levado a um valor perigoso para os utilizadores.

2QHXWURHVW£SRUWDQWRLVRODGRGDWHUUD(VWHVLVWHPDQ¥R«XWLOL zado em instalações alimentadas por rede pública de distribuição de energia e as massas estão ligadas a uma instalação de terra própria.

*CPḬ&RQWURODGRU Permanente de Isolamento

% PE

A Recetor

L

1

/

2

/

3

1

R

nA

MT/400 V

ů<

Z

ct &3,

2VLVWHPDGHYHU£VHUSHUPDQHQWHPHQWHFRQWURODGRSRUXPDSHVVRD competente para o fazer.

1DHODERUD©¥RGRSURMHWRGHVWHWLSRGHLQVWDOD©¥RHO«WULFDWRUQDVH QHFHVV£ULRXPHVWXGRSURIXQGRGDVFRQGL©·HVGHSURWH©¥RQRPHD GDPHQWHQRTXHVHUHIHUHDRFRPSULPHQWRP£[LPRGDVFDQDOL]D©·HV

Nota: quando o sistema IT deriva em TT, na determinação da tensão de contac to, deve ser considerada a tensão composta quando o neutro não é distribuído e considerado também que o circuito tem o dobro da distância e o dobro da impedância.

$SUHVHQWDVHFRPRUHVXPRHH[HPSORDOLVWDGDVSULQFLSDLVLQVSH ções visuais que devem ser efetuadas nas instalações elétricas de

%DL[D7HQV¥R

• $FHVVLELOLGDGHGRVEDUUDPHQWRVGHWHUUD

• /LJD©¥RGHWRGDVDVPDVVDV¢LQVWDOD©¥RGHWHUUD

• /LJD©¥R¢WHUUDGDVPDVVDVHVWUDQKDVVHQHFHVV£ULR

• Dimensionamento correto dos elétrodos de terra, condutores de terra e de proteção.

SISTEMA DE PROTEÇÃO POR TENSÃO REDUZIDA 'HYHVHYHULͤFDU

TRS̰7HQV¥RUHGX]LGDGHVHJXUDQ©D Na conformidade do transfor mador de segurança a norma GHYHVHU(1 TRP̰7HQV¥RUHGX]LGDGHSURWH©¥R

TRF ̰ 7HQV¥RUHGX]LGDIXQFLRQDO̰DOLJD©¥RDRFLUFXLWRGHSURWH©¥R QRSULP£ULRVLVWHPD%7GDVPDVVDVGRVDSDUHOKRVDOLPHQWDGRVSHOD tensão funcional.

Nota única ̰YHULͤFDUTXHQ¥RK£WURFDGDVWRPDGDVFRPDVGHRXWURV sistemas.

1RVLVWHPDGHSURWH©¥RSRUVHSDUD©¥RHO«WULFDGHYHVHUYHULͤFDGDD FRQIRUPLGDGHFRPD1RUPD(1GRWUDQVIRUPDGRUGHVHSD UD©¥RGHFLUFXLWRV̰ e se o circuito alimentado não apresenta um FRPSULPHQWR/!PHWURVHXPDWHQV¥RQRPLQDO8!9

Em qualquer caso, o produto do comprimento do circuito pelo valor da tensão nominal deve ser sempre /[8b

VERIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CONTACTOS INDIRETOS

1RVLVWHPDGHSURWH©¥RSRUFRUWHDXWRP£WLFRGDDOLPHQWD©¥R«QHFHV V£ULRLGHQWLͤFDU

• RHO«WURGRGHWHUUDQ¥RQHFHVV£ULRVHQ¥RSXGHUVHULQVSHFLRQ£YHO

• RVFRQGXWRUHVGHWHUUD

• RVEDUUDPHQWRVGHWHUUD

• RVFRQGXWRUHVGHSURWH©¥R

• RVFRQGXWRUHVHTXLSRWHQFLDLV

• os terminais de terra com símbolo

• RVFRQGXWRUHVFRPDFRUYHUGHHDPDUHOD

• TXHDVPDVVDVGRFLUFXLWRVHSDUDGRQ¥RHVW¥ROLJDGDVQHP¢WHUUD QHP¢VPDVVDVGRVRXWURVFLUFXLWRVRXDHOHPHQWRVFRQGXWRUHV

CABLAGEM

• $FDGDWHUPLQDOGHYHVHUOLJDGRDSHQDVXPFRQGXWRU

• É excluído o uso de tubos flexíveis ou rígidos como continuidade GRFRQGXWRUGHSURWH©¥R

• Que a remoção de uma qualquer parte do circuito deve poder ser feita sem que tal implique uma interrupção da ligação de proteção UHIHUHQWH¢VRXWUDVSDUWHV

• A desligação de qualquer massa deve poder ser feita sem que tal

LPSOLTXHXPDLQWHUUXS©¥RGDOLJD©¥RGDVRXWUDVPDVVDV

(8)

• 2ERPHVWDGRGDVSDUWHVFRPSRQHQWHVGDLQVWDOD©¥RGHWHUUD

• 2FLUFXLWRGHWHUUDQ¥RSRGHWHUTXDOTXHUGLVSRVLWLYRGHFRPDQ do ou seccionamento aplicado aos condutores da instalação de WHUUD

• ,GHQWLͤFDUDYLVLELOLGDGHGRVFDERVIOH[¯YHLVQRVSRQWRVHPTXHSR derão sofrer danos mecânicos.

DIMENSIONAMENTO – SECÇÕES DE CONDUTORES

• 9HULͤFDURERPHVWDGRHUHVSHLWDUDVVHF©·HVP¯QLPDVGRVFRQ dutores equipotenciais que interligam as massas dos aparelhos DOLPHQWDGRVSHORPHVPRWUDQVIRUPDGRU

• A secção dos condutores de proteção que não fazem parte da mesma canalização dos condutores ativos associados deve ser, QRP¯QLPRLJXDODPP

2

SURWHJLGDPHFDQLFDPHQWHRXPP

2

no FDVRGHQ¥RWHUSURWH©¥R

• Se o condutor de proteção não for em cobre, a sua secção mínima Q¥RSRGHU£VHULQIHULRUDPP

2

• 2VFRQGXWRUHVGHSURWH©¥RFRPXQVDY£ULRVFLUFXLWRVDWLYRVGHYHP ter uma secção em função do condutor ativo de maior secção.

EQUIPOTENCIALIZAÇÃO 9HULͤFDUTXH

• Todas as massas devem estar ligadas ao circuito de proteção HTXLSRWHQFLDO

• 1DSUHVHQ©DGHEOLQGDJHQVRXFRQGXWRUHVGHDOXP¯QLR«QHFHVV£

ULRWRPDUPHGLGDVSDUDHYLWDURVHIHLWRVGHFRUURV¥R

• $VSRUWLQKRODVSRUWDVRXFKDSDVPHW£OLFDVGHDFHVVRDHTXLSD PHQWRV FRP LQVWDOD©¥R GH %DL[D 7HQV¥R ! 9 &$ ! 9 &&

GHYHPHVWDUOLJDGDV¢LQVWDOD©¥RGHSURWH©¥R

• Todas as tomadas de corrente do circuito separado apresentam XPFRQWDFWRGHSURWH©¥ROLJDGRDRFRQGXWRUHTXLSRWHQFLDO

• 2VFDERVIOH[¯YHLVH[FOXLQGRRVTXHDOLPHQWDPDSDUHOKDJHPGD classe II) apresentam um condutor de proteção para a ligação ao circuito equipotencial.

Coluna montante de um edifício coletivo

6HKRXYHUS£UDUDLRV

Condutor de equipotencialidade instalado

QDSDUHGHH[WHULRUHHPͤWD de cobre

Condutor de proteção da entrada

LJXDO¢GRF£OFXOR

Condutor de proteção da coluna com secção igual

DRGRF£OFXOR

2XWUDVFDQDOL]D©·HV PHW£OLFDV

&REUHQ¼PP

2

%DUUDPHQWRGHWHUUDVGR4&

Co br e n ú P P

2

*PP

2

Terminal principal

de terra (amovível)

Elétrodo de terra

Condutor de equipotencialidade

&RQGXWRUGHFREUHQ¼GHPP

2

Cabo de secção igual ao da proteção da coluna Portinhola

%R UQ H amo vív el Fundação do edifício

H07VRG

5*

Disruptor

H07VVRG

Caixa de inspeção

espaçamento

͠PHWURV

(9)

www.oelectricista.pt o electricista 65

ELÉTRODO DE TERRA

Elemento condutor enterrado no solo, tão profundo quanto possível

!PHWURGDVXSHUI¯FLH

Caixa de inspeção

Exemplo - Ligação de estrutura aterra +995*PP

2

ou +95*PP

2

/entubado

57,(%7 57,(%7

'HYHVHUYHULͤFDGDVHK£PDXV contactos e corrosão.

Barra principal de terra̰3RQWRGHOLJD©¥RGRFRQGXWRUGHWHUUDH OLJD©·HVHTXLSRWHQFLDLV

Condutor de terra̰(OHPHQWRTXHOLJDRVWHUPLQDLVSULQFLSDLVGH WHUUDHRHO«WURGRGHWHUUD

Ligações equipotenciais̰(OHPHQWRVTXHVHGHVWLQDPDOLJDUWR GDVDVPDVVDVHFRQGXWRUHVFRORFDQGRRVDRPHVPRSRWHQFLDO

Ligações equipotenciais principal̰&RQMXQWRGHHOHPHQWRVTXH VHGHVWLQDPDOLJDUWRGDVDVPDVVDVHFRQGXWRUHV¢EDUUDSULQFLSDO de terra do edifício.

LIGAÇÕES À TERRA E COMPOSIÇÃO DO SISTEMA 2VLVWHPDGHWHUUDGHSURWH©¥R«IXQGDPHQWDOSDUDHYLWDUFKRTXHVHO«

WULFRVWRUQDQGRYL£YHORHVFRDPHQWRGDVFRUUHQWHVGHGHIHLWRDWUDY«V do dispositivo de proteção diferencial.

Em todas as instalações elétricas devem, obrigatoriamente, ser insta lado um sistema de proteção de terras, constituído por:

• (O«WURGRVGHWHUUD

• &RQGXWRUHVGHWHUUD

• 7HUPLQDOSULQFLSDOGHWHUUD

• &RQGXWRUSULQFLSDOGHSURWH©¥R

• Condutores de proteção dos circuitos.

2VPDWHULDLVXVDGRVHDH[HFX©¥RGRVHO«WURGRVGHWHUUDGHYHPVX portar os danos mecânicos que resultam da corrosão. Na conceção GDOLJD©¥R¢WHUUDGHYHVHDWHQGHUDRHYHQWXDODXPHQWRGDUHVLVW¬QFLD devido a fenómenos de corrosão.

ESQUEMA TT

Nota: se uma instalação for protegida por um único dispositivo diferencial, este deve ser colocado na origem da instalação. Esta regra é dispensada quando a instalação de utilização só utilizar equipamentos da classe II ou de isolamento equivalente.

Quando duas massas forem interligadas por meio de condutores de equipotencialidade suplementar, a secção desses condutores não GHYH VHU LQIHULRU ¢ PHQRU GDV VHF©·HV GRV FRQGXWRUHV GH SURWH©¥R ligados a essas massas.

Exemplo:

Caso de ligação entre duas massas:

M1* M2*

S

PE1

S

LS

S

PE2

• 63(6HF©¥RGRFRQGXWRUGHSURWH©¥R

• 6/66HF©¥RGRFRQGXWRUGDOLJD©¥RHTXLSRWHQFLDOVXSOHPHQWDU

• M

1

e M

2

,QGLFD©¥RGHPDVVDV

Se S

PE1

͠ S

PE2

֜ S

LS

͡ S

PE1

Se 6͠16 ֜ 10͡6

S

P1

S

LS

S

P2

PP

2

10 mm

2

10 mm

2

PP

2

PP

2

PP

2

PP

2

PP

2

PP

2

&DVRGHOLJD©¥RHQWUHXPDPDVVDHXPDHVWUXWXUDPHW£OLFD

S

PE

S

LS

M (VWUXWXUDPHW£OLFD

S

LS

͡ S

PE

*

2

• 0̰,QGLFD©¥RGHPDVVD

• 63(̰6HF©¥RGRFRQGXWRUGHSURWH©¥R

• 6/6̰6HF©¥RGRFRQGXWRUGDOLJD©¥RHTXLSRWHQFLDOVXSOHPHQWDU (*) &RP R P¯QLPR GH PPt SDUD FRQGXWRUHV PHFDQLFDPHQWH SURWHJLGRV RX

PPtFDVRQ¥RWHQKDXPDSURWH©¥RPHF¤QLFD

(10)

3DUDRFDVRGHLQVSH©·HVFKDPDVHDDWHQ©¥RSDUDDYHULͤFD©¥RGDV instalações, mesmo na Zona Urbana, que não possuem ainda sistema de terras de proteção.

As alterações de construção civil, nos compartimentos para uti OL]D©¥R QR WXULVPR JUDQGH SDUWH HVW£ D VHU H[HFXWDGD VHP PHOKR UDPHQWR GDV LQIUDHVWUXWXUDV HO«WULFDV SHOR TXH VH GHYH YHULͤFDU DV condições que são indicadas para o cumprimento do estipulado nas 57,(%75HJUDV7«FQLFDVGH,QVWDOD©·HV(O«WULFDVGH%DL[D7HQV¥R das secções:

Secção 542 Ligação à terra e condutores de proteção – TERRAS

531.1 – Utilização de dispositivos de proteção por máxima corrente

• ̰O elétrodo deve ser colocado o mais profundo possível

542.2.5 – Uso de canalizações de água como elétrodos de terra;

• ̰1¥RGHYHPVHUXVDGDVFRPRHO«WURGRVGHWHUUDFRPͤQV de proteção as canalizações metálicas afetas a outros usos;

542.2.7 – Condições em que as bainhas exteriores de chumbo e os outros revestimentos exteriores metálicos dos cabos, podem ser usadas como elétrodos de terra.

Secção 543 Condutores de proteção

543.1.1 – Edifícios existentes que não possuam canalizações ge- rais de terra;

543.2.2 – Condições de ligação entre o condutor de terra e o elétrodo.

SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS QUE GARANTEM A LIGAÇÃO À TERRA

Tipos de

elétrodos Materiais Superfície de contacto

Secção em mm

2

šͤRV em mm

Cabos de cobre Cobre 1 mm

2

1,8

2XWURV Aço galvanizado 1 mm

2

100 1,8

SECÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES DE PROTEÇÃO

Secção dos condutores de fase da instalação – S

F

(mm

2

)

Secção mínima dos condutores de proteção S

PE

(mm

2

)

S

F

͠ S

PE

= S

F

!6

F

͠ S

PE

S

F

! S

PE

= S

F

/2 (stander )

2VFRQGXWRUHVGHSURWH©¥RTXHQ¥RID©DPSDUWHGDFDQDOL]D©¥RGH alimentação devem ter uma secção não inferior a:

2,5 mm², se de cobre, no caso dos condutores com proteção me F¤QLFDHPEHELGRV

4 mm², se de cobre, no caso de aplicação sem proteção mecânica.

CONDIÇÕES E SECÇÕES MÍNIMAS

DOS CONDUTORES DE EQUIPOTENCIALIDADE

Tipos de ligações 'HͤQL©·HV Regras associadas

Equipotencial principal

Conjunto de:

• Condutor principal de SURWH©¥R

• Terminal principal de terra das FDQDOL]D©·HVPHW£OLFDVGR HGLI¯FLR

• Condutor de ligação a barra principal de terra do edifício.

• Ligações de bainhas PHW£OLFDVGRVFDERV

• Elementos conduto

res com origem no H[WHULRUGRHGLI¯FLR

• Diferentes canaliza

ções dos edifícios em altura.

Equipotencial Suplementar

Interligação de todas as partes simultaneamente acessíveis entre as massas ou entre estas e os elementos condutores.

Todos os condutores de proteção de

equipamentos, incluindo as tomadas e DUPDGXUDVPHW£OLFDV principais.

* 57,(%7a)63(̰PDLRUVHF©¥RH[LVWHQWHQDLQVWDOD©¥Rb)63(̰VHF©¥RGRFRQGXWRU3(GDPDVVDFRQVLGHUDGD

SECÇÕES

Tipos de ligações Regras Gerais Secções Tipos e caraterísticas

,G¬QWLFDV¢VGDVVHF©¥R de proteção 0¯QLPRGHPP

2

0£[LPRGHPP

2

CU

Equipotencial SULQFLSDO*

Equipotencial suplementar 57,(%7

* 57,(%7

• Mínima de 2,5 mm

2

para condutores protegidos mecânicamente.

• Mínima de 4 mm

2

não protegidos mecânicamente.

Recomendação 6(4͡SPE / 2 SEQ ͡63(

(a)

Massas elementos condutores 6(4͡63(

(b)

Entre as massas 6(4͡PHQRUYDORU

do SPE

SPE – Secção do condutor de proteção

SEQ – Secção do condutor equipotencial

(11)

www.oelectricista.pt o electricista 65

O Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10 de agosto, recentemente alterado pela Lei n.º 61/2018 de 21 de agosto, estabelece a disciplina das instalações elétricas de serviço particular alimentadas pela rede elétrica de serviço público (RESP). As responsabilidades inerentes a cada categoria de técnicos responsáveis têm vindo a aumentar, e a essa responsabilidade deveria sempre corresponder a necessária atualização de conhecimentos aos mais diversos níveis, conduzindo-nos à necessidade de formação profissional de atualização para quem já possuiu o estatuto profissional de técnico responsável.

6¥RWDPE«PHVWDEHOHFLGDVSHOD/HLQ|GHGHIHYHUHLURDV habilitações de acesso ao exercício de atividade das 3 categorias de W«FQLFRVUHVSRQV£YHLVSHORSURMHWRSHODH[SORUD©¥RHSHODH[HFX©¥R de instalações elétricas.

Para os eletricistas e outros técnicos que pretendam aceder ao HVWDWXWR GH W«FQLFRV UHVSRQV£YHLV SHOD H[HFX©¥R H SHOD H[SORUD©¥R de instalações elétricas de serviço particular (neste caso até 30 kV e N9$D/HLQ|UHPHWHSDUDDIRUPD©¥RGHGXSODFHUWLͤ

FD©¥RFRPSHORPHQRVRQ¯YHOGR4XDGUR1DFLRQDOGH4XDOLͤFD©·HV obtida pela modalidade de educação e formação do Sistema Nacional GH4XDOLͤFD©·HVRXHQW¥RSRVVXLUQRP¯QLPRR|DQRGHHVFRODUL dade e conclusão com aproveitamento das unidades de formação de FXUWDGXUD©¥R8)&'̵VQD£UHDGDVLQVWDOD©·HVHO«WULFDVLQWHJUDGDV QR&DW£ORJR1DFLRQDOGH4XDOLͤFD©·HV

$PHVPDOHLSUHY¬DFHUWLͤFD©¥RGHHQWLGDGHVIRUPDGRUDVTXHSR GHU¥RVHUHQWLGDGHVGR6LVWHPD1DFLRQDOGH4XDOLͤFD©·HVRXGHHQ VLQRVXSHULRU$FHUWLͤFD©¥RGDVHQWLGDGHVIRUPDGRUDVHVW£FRPHWLGD

¢'*(*3RU«PSDVVDGRVPDLVGHDQRVDSµVDSXEOLFD©¥RGD/HL DLQGDQ¥RHVW¥RGHͤQLGDVDVUHJUDVHRVFULW«ULRVQHFHVV£ULRV

formação dos profissionais das instalações elétricas

de serviço particular

Josué Morais IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

SDUDDFHUWLͤFD©¥RGDTXHODVHQWLGDGHVIRUPDGRUDV2EYLDPHQWHTXH DVHQWLGDGHVGHYHU¥RVHUFHUWLͤFDGDVSHOD'*(57PDVD'*(*GHYHU£

DLQGDLQGLFDURVFULW«ULRVVXSOHPHQWDUHVSDUDDFHUWLͤFD©¥RGDVHQWL dades, que se aguardam.

1RFDVRGRVW«FQLFRVUHVSRQV£YHLVSRUSURMHWRHH[SORUD©¥RDIRU PD©¥RVXSHULRUGHEDVHQHFHVV£ULD«GHHQJHQKHLURVGDHVSHFLDOLGDGH de engenharia eletrotécnica ou engenheiro técnico da especialidade de energia e sistemas de potência. Para estes, que exerçam a atividade de execução de projetos, a responsabilidade é agora muito maior face

¢DXV¬QFLDGDDQ£OLVHHDSURYD©¥RGRVSURMHWRVFRPRDW«DTXLDFRQWH cia via CERTIEL, terão agora de assumir a total responsabilidade pela segurança e pelos preceitos regulamentares em vigor. Agora, com as recentes alterações legais, as instalações com uma potência acima de N9$GHYHU¥RWHUSURMHWR1HVWHFRQWH[WRRQ¼PHURDQXDOGHSUR jetos de instalações elétricas vai subir enormemente e os gabinetes de SURMHWRY¥RWHUGHUHVSRQGHUDHVVDH[LJ¬QFLDGHIRUPDU£SLGDTXDOL tativa e segura. Não existindo aprovação prévia dos projetos, convém que a sua qualidade não seja objeto de problemas futuros por lapsos ou erros que, eventualmente, sejam vertidos nos projetos.

Dada a tipologia generalista, embora vasta, da atual formação em HQJHQKDULDHOHWURW«FQLFDVHJXQGR%RORQKDHVW£SUHYLVWDDIRUPD©¥R FRPSOHPHQWDUHVSHF¯ͤFDDRORQJRGDYLGDSURͤVVLRQDOGRVHQJHQKHL URV$V3µV*UDGXD©·HVV¥RXPDGDVYLDVGHHYROX©¥RPDVDIRUPD

©¥RSURͤVVLRQDOHVSHF¯ͤFDSDUDGHWHUPLQDGDVIXQ©·HV«IXQGDPHQWDO SDUDJDUDQWLUXPDU£SLGDHHͤFD]DGDSWD©¥RDGHWHUPLQDGDVIXQ©·HV

Uma dessas funções importantes é a de projetista de instalações elétricas, que agora com a nova legislação se apresenta mais respon sabilizante e exige aos projetistas uma maior disponibilidade para se DWXDOL]DUHP¢OX]GDOHJLVOD©¥RTXHYDLHYROXLQGRHGDVWHFQRORJLDV que todos os dias apresentam novas soluções.

Para poderem adquirir alguma autonomia ao nível da execução de projetos, os jovens engenheiros necessitam, normalmente, de estagiar HPJDELQHWHVGDHVSHFLDOLGDGHHRXGHIRUPD©¥RSURͤVVLRQDOFRPSOH PHQWDUWDOFRPRWRGRVRVRXWURVW«FQLFRVGHYLGR¢HYROX©¥RQDWXUDO de tecnologias e metodologias de projeto e de execução das instala ções elétricas.

Maioritariamente as entidades formadoras apresentam uma par FDRIHUWDIRUPDWLYDQHVWD£UHDFRPH[FH©·HVHDVH[LJ¬QFLDVTXH se colocarão aos gabinetes de projeto não parecem ser compatíveis FRPVROX©·HVGHIRUPD©¥R21-2%GRVVHXVFRODERUDGRUHVRXHV WDJL£ULRV1HVWHFRQWH[WR«XUJHQWHDIRUPDWD©¥RGHRIHUWDIRUPDWLYD concreta dirigida aos projetistas, que vai muito além do domínio das 5HJUDV7«FQLFDVGD/HJLVOD©¥RHGRV*XLDV7«FQLFRV$SOLF£YHLVFRPR por exemplo das instalações de carregamento de veículos elétricos) e das metodologias de projeto que não se aprendem na formação superior.

$'*(*HDV2UGHQVGRV(QJHQKHLURVGHYHU¥RWHUDTXLXPSDSHO

de parceria importantes, sendo partes interessadas na divulgação e

SURVVHFX©¥RGHW¥RLPSRUWDQWHIRUPD©¥RSURͤVVLRQDOGRVHQJHQKHL

ros visando o projeto das instalações elétricas.

(12)

No planeta existem constantemente entre 2000 e 5000 tempestades em formação.

Estas tempestades são acompanhadas por descargas atmosféricas que representam um risco muito elevado para pessoas e bens, e refira-se como exemplo que, em média, existem entre 30 a 100 descargas atmosféricas por segundo no mundo inteiro, atingindo-se um número de 3 mil milhões de descargas atmosféricas por ano.

$VHJXUDQ©DHO«WULFD«XPDPDW«ULDTXHXUJHDERUGDU%DVWDULDDSHQDV a revisão de cinco elementos fundamentais do sistema elétrico para SURWHJ¬ORPHOKRUHUHGX]LUFRQVLGHUDYHOPHQWHRULVFRGHDFLGHQWHV elétricos:

• &RQWURORGRVGLVMXQWRUHV

• ,QVWDOD©¥RHFRQWURORGHGLVSRVLWLYRVGHSURWH©¥RGLIHUHQFLDO

• 6LVWHPDVGHSURWH©¥RFRQWUDVREUHWHQV·HV

• 7RPDGDVHLQWHUUXSWRUHVHPERPHVWDGR

• Revisão da cablagem de aparelhos e dispositivos elétricos e eletrónicos.

Neste artigo serão abordadas as causas e consequências das sobre tensões transitórias em edifícios residenciais, bem como as proteções que podem prevenir danos nos aparelhos eletrónicos e na instalação elétrica do lar.

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DAS SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS

2FRQFHLWRGHSURWH©¥RFRQWUDVREUHWHQV·HVWUDQVLWµULDVWHPYLQGRD aumentar a sua relevância. As sobretensões transitórias podem ter RULJHP HP IHQµPHQRV DWPRVI«ULFRV GRV FDVRV H HP PDQR EUDVQDUHGHUHVWDQWHV(VWDVVREUHWHQV·HVWUDQVLWµULDVSRGHP

proteção contra sobretensões transitórias para edifícios

residenciais

Pedro Neves Low Voltage Product Manager Schneider Electric

provocar a destruição ou o envelhecimento prematuro dos recetores, em resultado de um valor muito elevado de tensão num instante de WHPSRPXLWRFXUWRƖV

$VVREUHWHQV·HVDWPRVI«ULFDVGHYHPVH¢TXHGDGLUHWDRXLQGLUH ta de raios, o que, apesar de serem menos habituais do que as de ma nobra, acarretam maior perigo pois apresentam valores de pico muito mais elevados e uma maior energia. Por outro lado, as sobretensões de manobra são causadas principalmente por comutações de potên cia nas linhas da rede, acionamento de motores, entre outros. Nestes casos, a sobretensão é menor, mas não deixa de provocar danos.

A influência das sobretensões transitórias nos circuitos elétricos pode provocar falhas de funcionamento nos recetores, a consequên cia mais comum, mas também a destruição dos circuitos, ou mesmo WHUUHVXOWDGRVSHULJRVRVSDUDDVSHVVRDV$RSURGX]LUVHXPDVREUH WHQV¥RSRGHIRUPDUVHXPDUFRHO«WULFRHQWUHGXDVSH©DVFRQGXWRUDV o qual pode causar, por efeito térmico, acidentes corporais.

2VGLVSRVLWLYRVOLJDGRVDRFLUFXLWRHO«WULFRGXUDQWHXPDVREUHWHQ são transitória também podem sofrer danos. As sobretensões provo cam disparos intempestivos ou problemas com tirístores, transístores RXG¯RGRVTXHSRGHPFDXVDUFXUWRVFLUFXLWRVGHQWURGRVHTXLSDPHQ WRV 7DO DIHWD GLUHWDPHQWH RV FRPSRQHQWHV TXH SRGHP ͤFDU GDQLͤ

cados, seja diretamente pela sobretensão ou seja indiretamente pelo FXUWRFLUFXLWR

4XDQWR¢VVREUHWHQV·HVDWPRVI«ULFDVDVFDXVDVSULQFLSDLVUHVXO WDPGDVFRUUHQWHVGHGHVFDUJDQRVFDERV2VHOHYDG¯VVLPRVYDORUHV das sobretensões originadas pelas descargas de raios (diretas ou in GLUHWDVGHYHU¥RUHGX]LUVHDYDORUHVWROHU£YHLVDEDL[RGDVWHQV·HVGH descarga, mediante o uso de aparelhos adequados de proteção contra VREUHWHQV·HV 2V DSDUHOKRV GH SURWH©¥R XWLOL]DGRV GHYHP HVWDU HP condições de derivar, sem se destruírem, elevadas correntes parciais provocadas pelo raio.

4XDQWR¢VVREUHWHQV·HVWUDQVLWµULDVGHPDQREUDHPHGLI¯FLRVUH VLGHQFLDLV DV VREUHWHQV·HV GHVWH WLSR SURGX]HPVH SULQFLSDOPHQWH por desconexão de cargas indutivas, desconexão das indutâncias nos circuitos de corrente, e disparos dos aparelhos de proteção.

SISTEMAS DE PROTEÇÃO: LIMITADORES DE SOBRETENSÃO TRANSITÓRIA

2V OLPLWDGRUHV GH VREUHWHQV·HV WUDQVLWµULDV V¥R LQVWDODGRV RQGH VH prevê que seja possível chegar um impulso de tensão de curta dura

©¥RFDSD]GHGDQLͤFDURVHTXLSDPHQWRVLQVWDODGRV'HVWHPRGR¢

VD¯GDGRGHVFDUUHJDGRUWHUVH£XPDWHQV¥RP£[LPDUHVLGXDOTXHQ¥R afeta os circuitos a jusante.

$R FRQWU£ULR GH RXWURV HOHPHQWRV GH SURWH©¥R GH LQVWDOD©·HV

FRPRGLVMXQWRUHVPDJQHWRW«UPLFRVRXLQWHUUXSWRUHVGLIHUHQFLDLVTXH

se colocam em série, os descarregadores de sobretensões devem ser

colocados em paralelo, para um funcionamento correto do sistema de

SURWH©¥R$RFULDUVHXPDVREUHWHQV¥RDWHQV¥RDPRQWDQWH8DGR

GHVFDUUHJDGRUVHU£PDLRUTXHDVXDWHQV¥RGHIXQFLRQDPHQWR8F‹

(13)

então que o valor da resistência se torna débil e a intensida GHFRPH©DDFLUFXODU$VHJXLUDWHQV¥RGLPLQXLHWRUQDVH LQIHULRU¢GHIXQFLRQDPHQWR8FTXHVHFRQYHUWHHPWHQV¥R UHVLGXDOGHYLGR¢SDVVDJHPGDFRUUHQWHDW«¢WHUUDHVHU£D TXHVXSRUWDU£DFDUJDTXHVHGHYHSURWHJHU

2V GHVFDUUHJDGRUHV GH VREUHWHQV·HV FDUDWHUL]DPVH SRU XPD LQWHQVLGDGH GH GHVFDUJD P£[LPD TXH FRQVHJXH aguentar uma única vez, e diferentes valores residuais para uma dada corrente (intensidade normal), denominada de ní vel de proteção (Up). Um parâmetro importante que deve ser considerado é o tempo durante o qual existe uma passagem de corrente, pois este determina a quantidade de energia que VHU£GLVVLSDGDQDRSHUD©¥R4 L;W(VWHSDU¤PHWURVHU£GH grande importância na altura de escolher um descarregador, pois esta é a energia destrutiva que leva ao envelhecimento prematuro dos elementos dos aparelhos.

COMO EVITAR A DESTRUIÇÃO OU AVARIAS DE APARELHOS ELETRÓNICOS DO LAR QUANDO SE PRODUZEM SOBRETENSÕES NA REDE?

1RVHGLI¯FLRVUHVLGHQFLDLVK£FDGDYH]PDLVDSDUHOKRVOLJD dos que requerem proteção contra sobretensões: eletrodo mésticos, computadores, TV, routers, entre outros. Para pro teger o conjunto de equipamentos elétricos e eletrónicos de FDVDWUDWDQGRVHGHXPHGLI¯FLRXUEDQREDVWDULDLQVWDODUXP descarregador de sobretensões transitórias tipo 2 no quadro elétrico.

CONSELHOS PARA A INSTALAÇÃO:

• Colocar um limitador de sobretensões transitórias de tipo 2 com um nível de proteção Up = 1,2 kV ou inferior QRTXDGURSULQFLSDOGDLQVWDOD©¥R

• 2XWUDRS©¥R«DVVRFLDUHPV«ULHHDPRQWDQWHXPGLVMXQ tor de desconexão adaptado ao descarregador de sobre WHQV·HVWUDQVLWµULDV

• Instalar um descarregador de sobretensões transitórias SDUDSURWH©¥RGDVOLQKDVWHOHIµQLFDVDQDOµJLFDV

• Instalar um descarregador de sobretensões transitórias para a proteção de redes de comunicação, sistema de proteção contra incêndios e outros automatismos da casa.

3RU¼OWLPR«HVVHQFLDODVVHJXUDUVHGHTXHWRGRVRVGHV carregadores de sobretensões transitórias cumprem a 1RUPD,(&

As sobretensões atmosféricas

devem-se à queda direta ou

indireta de raios, o que, apesar

de serem menos habituais do que

as de manobra, acarretam maior

perigo pois apresentam valores

de pico muito mais elevados e

uma maior energia. Por outro

lado, as sobretensões de manobra

são causadas principalmente por

comutações de potência nas linhas da

rede, acionamento de motores, entre

outros. Nestes casos, a sobretensão

é menor, mas não deixa de provocar

danos.

(14)

INTRODUÇÃO

Em alguns milésimos de segundos, um relâmpago pode provocar múl tiplas lesões e inutilizar por completo um sistema de controlo, provo cando enormes danos materiais. A aplicação de medidas protetoras contra sobretensões garante a funcionalidade e disponibilidade das instalações de produção, infraestruturas e instalações de processos.

2V UHJXODPHQWRV HP YLJRU LQGLFDP FRPR GHYHP VHU SURWHJLGRV RV edifícios e as instalações perante este tipo de fenómenos, de forma a garantir a segurança das pessoas e dos equipamentos elétricos e eletrónicos.

DEFINIÇÃO, CAUSAS E TIPOS DE SOBRETENSÕES Uma sobretensão é qualquer tensão superior ao valor nominal da rede.

$VVREUHWHQV·HVGLYLGHPVHHPGRLVWLSRV

• Sobretensões permanentes: a sobretensão tem uma duração su SHULRUDXPVHPLSHU¯RGR!PVD+]

• Sobretensões transitórias: a sobretensão tem uma duração infe ULRUDXPVHPLSHU¯RGRPVD+]

As principais causas de sobretensões permanentes são a rutura do neutro ou problemas na rede de distribuição que provoquem um for necimento de tensão superior ao habitual, uma vez que as sobreten sões transitórias são geradas por fatores atmosféricos (relâmpagos), comutação de cargas (switching) em centrais e equipamentos elétri cos, e acoplamentos de outros cabos de potência adjacentes.

Para neutralizar os efeitos de uma sobretensão permanente, a úni ca opção passa por desligar a instalação até que a tensão recupere os níveis normais, ao passo que para contrabalançar os efeitos de uma sobretensão transitória devem ser instalados mecanismos e disposi tivos de proteção contra sobretensões que, ao detetar a sobretensão, derivem para a terra a potência desta, evitando que seja introduzida na instalação.

REGULAMENTO

2 UHJXODPHQWR ,(& FRP DV VXDV GLIHUHQWHV SDUWLFXODULGDGHV HVW£DUHFROKHUDDQ£OLVHHDFRQFH©¥RGDVLQVWDOD©·HVFRQWUDUDLRV$V suas diferentes secções são:

• ,(&̰3URWH©¥RFRQWUDUDLRV3ULQF¯SLRVJHUDLV

• ,(&̰3URWH©¥RFRQWUDUDLRV*HVW¥RGHULVFRV

• ,(&̰3URWH©¥RFRQWUDUDLRV3URWH©¥RFRQWUDHVWUXWXUDVH SHVVRDV

• ,(&̰3URWH©¥RFRQWUDUDLRV6LVWHPDVHO«WULFRVHHOHWUµQL cos em estruturas.

$DQ£OLVHGRVULVFRVGHYHVHUHIHWXDGDSRUXPHVSHFLDOLVWDHPSURWH ção contra raios e sobretensões, e a partir de critérios como a frequên FLDHH[SRVL©¥RͤQDOLGDGHGRHGLI¯FLRDOWXUDSUREDELOLGDGHHWLSRVGH danos, entre outros, que determinam o nível de proteção contra raios que deve ser respeitada.

7HQGRHVWDDQ£OLVHFRPRSRQWRGHSDUWLGDRHGLI¯FLR«FODVVLͤFDGR com um dos quatro níveis de proteção contra raios (LPL). Dependendo do nível de LPL devem ser concebidos sistemas de proteção que su SRUWHPXPYDORUP£[LPRGRUDLRHGHIRUPDTXHDWUDLDPHLQWHUFHWHP raios com um valor mínimo. Estes quatro níveis são os seguintes:

proteção contra sobretensões

Jaime Cabrera Martínez, Engenheiro Eletrónico Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.

Valores máximos (dimensionado)

LPL 9DORUP£[LPR

Corrente Raio

Probabilidade 9DORUP£[LPR

I 200 kA

II N$

III 100 kA

IV 100 kA

Valores mínimos (interceção)

LPL Valor mínimo

Corrente Raio

Probabilidade

!9DORUP¯QLPR Raio Esfera Rolante

I 3 kA 20 m

II N$ 30 m

III 10 kA P

IV N$ P

Quadros 1 e 2.1¯YHLVGHSURWH©¥RFRQWUDUDLRV/3/

3DUD FRQVHJXLU D SURWH©¥R UHTXHULGD V¥R QHFHVV£ULRV GRLV WLSRV de medidas:

• Medidas externas e estruturais: aquelas que protegem contra as GHVFDUJDVGLUHWDVHLQGLUHWDVHTXHV¥RQHFHVV£ULDVSDUDDSURWH

©¥RI¯VLFDGDVSHVVRDV

• Medidas internas contra sobretensões: fazem parte da instalação interna e protegem os equipamentos e instalações elétricas contra descargas.

MEDIDAS EXTERNAS

$VPHGLGDVH[WHUQDVHHVWUXWXUDLVV¥RFRQFHELGDVHSODQLͤFDGDVSRU XP HVSHFLDOLVWD HP VREUHWHQV·HV H SHOR UHVSRQV£YHO SHOR HGLI¯FLR FRQVWUXWRUVHJXQGRDDQ£OLVHGHULVFRVGRUHJXODPHQWR,(&H os códigos de construção e regulamentos locais em vigor. Estas me didas incluem os seguintes pontos:

• Instalação captadora Æ3£UDUDLRV

• Instalação derivadora Æ$OLJD©¥RHQWUHRS£UDUDLRVHDOLJD©¥R¢WHUUD

• /LJD©¥R¢WHUUDÆ Ponto onde se descarga a sobretensão captada SHORUDLR

• Isolamento Æ Distância de separação entre os equipamentos an WHULRUHVHRVLQGLY¯GXRV

• Compensação de potencial Æ Garante a equipotencialidade.

MEDIDAS INTERNAS CONTRA SOBRETENSÕES Depois de se ter concebido de forma correta e instalado um sistema de proteção externo contra sobretensões, este sistema não consegue evitar por completo os efeitos das descargas de raio nas instalações internas. E da mesma forma outras causas que geram sobretensões (como o switchingDFRSODPHQWRHQWUHRXWURVSRGHPGDQLͤFDUDLQVWD lação elétrica, eletrónica e de telecomunicações, e não estar totalmente SURWHJLGDSHORVLVWHPDH[WHUQR(VWDVUD]·HVREULJDP¢LPSOHPHQWD©¥R de um sistema interno de proteção contra raios e sobretensões.

PROTETORES DE SOBRETENSÃO

2V HTXLSDPHQWRV GH SURWH©¥R FRQWUD VREUHWHQV·HV WUDQVLWµULRV V¥R

dispositivos que se encarregam de “pôr em derivação”, criando um

(15)

www.oelectricista.pt o electricista 65

FXUWRFLUFXLWR¢WHUUDGXUDQWHRUHGX]LGRWHPSRTXHGXUDDVREUHWHQ V¥RSDUDTXHHVWDVHGHULYHHQ¥RGDQLͤTXHDLQVWDOD©¥RHRVHTXLSD mentos que a constituem.

Um protetor contra sobretensões é, basicamente, um dispositivo TXHHVW£OLJDGRHPSDUDOHORFRPDDOLPHQWD©¥RVLQDOSDUDTXHGXUDQWH R IXQFLRQDPHQWR QRUPDO VH FRPSRUWH FRPR XP FXUWRFLUFXLWR FRP GHULYD©¥R¢WHUUD2SURWHWRUGHYHJDUDQWLUTXHDWHQV¥RHDFRUUHQWH QDVD¯GDVHMDPXLWRLQIHULRU¢GDVREUHWHQV¥RGHHQWUDGDHDO«PGLVVR que tenha níveis que não suportem um risco para o equipamento ou para a instalação que protegem.

2VUHJXODPHQWRV,(&H,(&V¥RSULQFLSDOPHQWH aqueles que determinam os procedimentos mais adequados no que GL]UHVSHLWR¢FRQFH©¥RHWHVWHGHVWHVFRPSRQHQWHV

ESTRUTURA DE UM PROTETOR CONTRA SOBRETENSÕES

2VFRPSRQHQWHVPDLVFRPXQVXWLOL]DGRVSDUDDFRQFH©¥RGHSURWHWR res de sobretensão são os seguintes:

• 'HVFDUUHJDGRUGHDUFRRXGHJ£VGRLVHO«WURGRVORFDOL]DGRVQXPD determinada distância e separados por material dielétrico. Quan do a diferença de potencial entre ambos atinge um determinado YDORU«GHVFDUUHJDGRHFULDXPDUFRYROWDLFR2WLSRPDLVFRPXP HXWLOL]DGR«XPLVRODPHQWRKHUP«WLFRTXHFRQW«PXPJ£VLQHU WH£UJRQQHµQHTXHWHPRQRPHGHGHVFDUUHJDGRUGHJ£V$V suas principais vantagens são o seu elevado poder de descarga e XPLVRODPHQWRDGHTXDGRXPDYH]TXHTXDQGRRSURWHWRUHVW£HP IXQFLRQDPHQWRQRUPDOVHPDWXDUK£XPDGHVFRQH[¥RFRPSOHWD entre os dois elétrodos. As vantagens são o seu preço e o tempo de reação elevados.

• Varístores: é um elemento semicondutor muito compacto (grãos de óxido de zinco) cuja resistência interna varia em função da tensão aplicada nos seus bornes. A sua principal vantagem é o preço e o tempo de reação muito baixos, e possui um poder de descarga médio.

A sua desvantagem é que com o desgaste e o passar do tempo, o seu LVRODPHQWRGHL[DGHVHULGHDOHSRGHOHYDUDFRUUHQWHVGHIXJD¢WHUUD

• Díodo supressor: díodos similares aos Zener. A sua vantagem é uma elevada capacidade de reação com tempos muito baixos e um custo muito reduzido, apesar da sua potência de descarga ser muito baixa.

Figura 1. 'HVFDUUHJDGRUGHJ£VHVTXHUGDYDU¯VWRUFHQWURHG¯RGRVXSUHVVRUGLUHLWD

Normalmente todos estes componentes podem ser utilizados naquilo que se conhece como “proteção por etapas̹M£TXHDVTXDOLGDGHVGRV diferentes componentes os tornam idóneos segundo a sua função e ORFDOL]D©¥R2VGHVFDUUHJDGRUHVGHJ£VV¥RQRUPDOPHQWHFRORFDGRV no início (grande proteção) para absorver o pico inicial, os varístores nas etapas intermédias e os díodos supressores como uma boa pro teção localizada ao lado dos equipamentos sensíveis.

É importante observar a localização de elementos intermédios conhecidos como elementos de “desacoplamento”. A função destes elementos é a de retardar a onda para que a sobretensão não chegue

¢HWDSDVHJXLQWHDQWHVTXHRHOHPHQWRGHSURWH©¥RDQWHULRUWHQKDVLGR

“amortecido̹6HFRORF£VVHPRVLPHGLDWDPHQWHSRUH[HPSORXPG¯R GRVXSUHVVRUDWU£VGHXPGHVFDUUHJDGRUGHJ£VRG¯RGRDRWHUXPD velocidade de reação superior iria atrair a sobretensão e seria destruí do devido ao impacto da potência. Por isso deve ser assegurado que o SULPHLURGLVSRVLWLYRGHVFDUUHJDGRUGHJ£VDWXHDQWHV

Hoje em dia, com as tecnologias atuais, estes elementos de desa FRSODPHQWRM£HVW¥RREVROHWDVRXSRUTXHLQWHUQDPHQWHLQFRUSRUDP os dispositivos ou porque com uma distância de cerca de 10 metros RSUµSULRFDERM£DWXDDRUHDOL]DURGHQRPLQDGR̸desacoplamento”.

PROTETORES CONTRA SOBRETENSÕES.

CURVAS E TESTES

2VHTXLSDPHQWRVGHSURWH©¥RFRQWUDVREUHWHQV·HVV¥RWHVWDGRVVH gundo as curvas que simulam o mesmo efeito do que o produzido por um raio:

Descarga principal

Espaço de tempo entre as descargas e algumas descargas seguintes

*U£ͤFR'HVFDUJDQDWXUDOGHUDLRVYHUPHOKRHUHSURGX©¥RQXPJHUDGRUGHFRUUHQWH YHUGH

'HVWDDQ£OLVHH[WUD¯PRVGRLVWLSRVGHFXUYDVTXHV¥RXWLOL]DGDVSDUD o teste e homologação dos protetores contra sobretensões que são o 7LSRwVHR7LSRwV

,PSXOVRGHVREUHWHQV¥RVLPXODGRwV ,PSXOVRGHUDLRVLPXODGRwV

*U£ͤFR&XUYDVGHWHVWHXWLOL]DGDVSDUDRVHOHPHQWRVGHSURWH©¥RFRQWUDRVUDLRV HVREUHWHQV·HV

2VSURWHWRUHVFRQWUDGHVFDUJDVDWPRVI«ULFDVHVREUHWHQV·HVQHFHV VLWDPGHGHWHUPLQDUTXDORWLSRGHRQGD7LSRwVRX7LSR wVHRYDORUGHGHVFDUJDN$TXHW¬PVLGRWHVWDGRV

PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES EM INSTALAÇÕES DE BAIXA TENSÃO

2UHJXODPHQWRHPYLJRUGHͤQHDV]RQDVGHXPHGLI¯FLRRXLQVWDOD©¥R

• /3=$=RQDH[SRVWDDXPDGHVFDUJDGLUHWDGHUDLRV

• /3=%=RQDGHQWURGDSURWH©¥RGRVS£UDUDLRV

• /3=ƒUHDGHHQWUDGDQDLQVWDOD©¥R

• /3= ƒUHD GHSRLV GR LVRODPHQWR DSUR[LPDGDPHQWH ! PHWURV GHQWURGRHGLI¯FLR

• /3=(TXLSDPHQWRͤQDODSURWHJHU

(16)

=RQDGHSURWH©¥RFRQWUDUDLRV2

A

=RQDGHSURWH©¥RFRQWUDUDLRV2

%

ÜSE 1 PAS

ÜSE 2 ÜSE 3

Zona de proteção 1

Zona de proteção 2

Zona de proteção 3

ÜSE: Dispositivos de proteção contra sobretensões

*U£ͤFR=RQDVƒUHDVLPSRUWDQWHVQDSURWH©¥RFRQWUDVREUHWHQV·HV

2VGLVSRVLWLYRVGHSURWH©¥RFRQWUDVREUHWHQV·HVTXHGHYHPVHUFROR cados são os seguintes:

• 3URWHWRUGH7LSR(QWUHDV]RQDV/3=H/3=

• 3URWHWRUGH7LSR(QWUHDV]RQDV/3=H/3=

• Protetor de Tipo 3: Entre as zonas LPZ2 e LPZ1.

%DVLFDPHQWHLVWRHTXLYDOHDGL]HUTXHGHYHPRVFRORFDUXPSURWHWRUGR Tipo 1 no quadro de distribuição principal, um protetor do Tipo 2 em FDGDXPGRVTXDGURVGHGLVWULEXL©¥RVHFXQG£ULRVHRVSURWHWRUHVGR 7LSRV¥RDTXHOHVFRPSRQHQWHVRXHTXLSDPHQWRVͤQDLVTXHGHYHP ser protegidos sobretudo por serem mais sensíveis.

Devido ao efeito de rearmamento das sobretensões (a força eletro motriz de uma descarga de raio é tão elevada que a sobretensão pode ser restabelecida até níveis perigosos apesar de ter sido mitigada por um protetor) é importante ressalvar que quando a distância entre dois ORFDLVQD]RQDGHGLVWULEXL©¥R«VXSHULRUDXQVPHWURVGHYHLQVWDODU se novamente outro protetor de Tipo 2.

2VGLVSRVLWLYRVGHSURWH©¥RFRQWUDUDLRVHVREUHWHQV·HVGHYHPVHU dimensionados segundo o nível de proteção contra raios (LPL) do edi I¯FLRREWLGRDWUDY«VGDDQ£OLVHGHULVFRVVHJXQGRD1RUPD,(&

Tudo isto tendo em conta que as medidas de proteção externa são ca SD]HVGHGHULYDUPHWDGHGDVREUHWHQV¥R¢WHUUDHTXHRXWUDPHWDGHGD VREUHWHQV¥RSRGHVHULQWURGX]LGDQDLQVWDOD©¥R2XVHMDRVSURWHWRUHV FRQWUD UDLRV H VREUHWHQV·HV GHYHP GLPHQVLRQDUVH SDUD VXSRUWDUD PHWDGHGDFRUUHQWHGHUDLRP£[LPRVHJXQGRR/3/

Dimensionado do DPS Tipo 1 – EN 62305 Instalação na interseção das zonas LPZ0 e LPZ1 Classe de risco no edifício Raio Descarga total

I até 200 kA 100 kA

II DW«N$ N$

III até 100 kA N$

IV até 100 kA N$

Quadro 3. 'LPHQVLRQDGRGR'367LSR

*U£ͤFR'LPHQV¥RGDGHVFDUJDFRQWUDGHVFDUJDVDWPRVI«ULFDVHVREUHWHQV·HVVHJXQGRR /3/

Além disso, a Norma indica que a sobretensão que pode entrar na ins talação se distribui de forma similar entre os diferentes condutores. Em (VSDQKDDUHGHGHGLVWULEXL©¥R«GR7LSR77GHFRQGXWRUHVIDVHV

PDLVRQHXWURHSRULVVRFDGDFRQGXWRUVXSRUWDULDGDFRUUHQWHWRWDO da sobretensão. Por exemplo, o dimensionado de uma descarga para um /3/,VHULDGHQRP¯QLPRN$QRWRWDOHN$SRUSµORRXFRQGXWRU

Geralmente os fabricantes agrupam os protetores de modo a que FRQVLJDPVLPSOLͤFDURQ¼PHURGHYDULDQWHV(DVVLPRPDLVFRPXP«

WHUXPDJDPDGHSURWH©¥RDW«N$SRUSµORSDUDHGLI¯FLRVFRP/3/, RX,,HXPDRXWUDJDPDDW«N$SRUSµORHGLI¯FLRVFRP/3/,,,RX,9

Figura 2. 3URWHWRUHVGHVREUHWHQV¥RVHJXQGRD/3/,,,N$SRUSµORH/3/,,,,9N$SRUSµOR

A partir deste dimensionamento por pólo e por descarga total, apenas temos colocado no quadro da caixa principal um descarregador de 7LSRHHPWRGRVRVTXDGURVGHGLVWULEXL©¥RVHFXQG£ULDRVSURWHWRUHV de Tipo 2 com um poder de descarga superior ao requerido segundo o LPL do edifício.

Se houver algum equipamento particularmente sensível também se deve instalar um tipo de protetor de Tipo 3, o mais próximo possível GRGLVSRVLWLYRͤQDODSURWHJHU

PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES EM SISTEMAS DE INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLO

Para os sistemas de telecomunicações, de dados e instrumentação e FRQWURORDSOLFDVHRPHVPRFULW«ULRGDV]RQDVWDOFRPRSDUDRVSUR WHWRUHVGH%DL[D7HQV¥R1RHQWDQWRDWHUPLQRORJLDGLIHUHHVHJXQGRD QRUPDGHYHPORFDOL]DUVHQRVVHJXLQWHVWLSRVGHSURWHWRUHV

• 3URWHWRUGH7LSR'HQWUHDV]RQDV/3=H/3=

• 3URWHWRUGH7LSR&HQWUHDV]RQDV/3=H/3=

• Protetor de Tipo C1: entre as zonas LPZ2 e PLZ3.

Como podemos observar, a Norma é muito semelhante no que diz respei WRDRWLSRGHSURWHWRUH¢VXDORFDOL]D©¥RPDVLQFOXLXPDGLIHUHQ©DPXLWR importante no que diz respeito ao dimensionamento dos protetores.

No caso da instrumentação, controlo, dados e comunicações, o número de cabos é muito superior na distribuição elétrica, onde ape QDVK£RXFRQGXWRUHVIDVHVPDLVRQHXWUR3RULVVRDVREUH WHQV¥RTXHVHSRGHLQWURGX]LUGHQWURGDLQVWDOD©¥RHVW£PXLWRPDLV GLVWULEX¯GDFRPPDLVFRQGXWRUHVHRSRGHUGHGHVFDUJDQHFHVV£ULD para cada uma das proteções é muito inferior.

6HJXQGRD1RUPD,(&SRGHPRVUHVXPLURGLPHQVLRQD PHQWRQHFHVV£ULRSDUDRVSURWHWRUHVGHLQVWUXPHQWD©¥RHFRQWURORGD seguinte forma:

Tipo Nível de proteção

D1 N$ͤR N$WDO

C2 N$ͤR N$WRWDO

C1 N$ͤR N$WRWDO

Quadro 4.'LPHQVLRQDPHQWRGHGHVFDUUHJDGRUHVSDUD, &VHJXQGRD1RUPD

Um problema muito comum ao trabalho com descarregadores de so EUHWHQV¥R SDUD LQVWUXPHQWD©¥R H FRQWUROR SDVVD SHOD GHͤQL©¥R GDV ]RQDVQ¥RHVWDUHPW¥RFODUDVFRPRQDVLQVWDOD©·HVGH%DL[D7HQV¥R XPDYH]TXHDOLHQFRQWUDPRVFODUDPHQWHGHͤQLGRVRTXDGURSULQFLSDO GHIRUQHFLPHQWRRTXDGURGHGLVWULEXL©¥RHRVHTXLSDPHQWRVͤQDLV ao passo que, no caso dos dados, os cabos geralmente chegam a um quadro de controlo diretamente.

3RU LVVR RV IDEULFDQWHV VLPSOLͤFDP RV SURWHWRUHV GH IRUPD TXH

com um único equipamento cumpram todos os diferentes requisitos e

(17)

PUB

curvas (D1, C2 e C1) para que possa ser utilizado em qualquer local e garantindo uma proteção completa, além das três etapas de proteção.

Figura 3. 3URWHWRUGHLQVWUXPHQWD©¥RHFRQWUROR7LSR'&H&

Nos protetores de instrumentação e controlo também é importante QRWDUDQHFHVVLGDGHGHOLJD©¥R¢WHUUDXPDYH]TXHHVWDSRGHLJXDO PHQWH WUDQVPLWLU FRUUHQWHV GH VREUHWHQV¥R GDQLͤFDQGR RV HTXLSD PHQWRVͤQDLV1RHQWDQWRHVWDOLJD©¥RGHYHUHDOL]DUVHGHIRUPDGLUH WD¢WHUUDQXP¼QLFRSRQWRDRSDVVRTXHQRVUHVWDQWHVQHFHVVLWDGH HVWDULVRODGDDWUDY«VGHXPGHVFDUUHJDGRUGHJ£V6HQ¥Rͤ]HUPRV desta forma estaríamos a incumprir com a equipotencialidade e ao ter diferentes terras interconetadas entre si, seriam produzidas correntes de baixa frequência que poderiam afetar os dados e sinais, e até mes PRGDQLͤFDURVHTXLSDPHQWRV

Por isso encontramos duas versões dos protetores para a instru mentação e controlo, uma com terra direta e outra com terra indireta (ou Floating Ground, FG). A regra é conetar um único ponto ao protetor com terra direta e no resto da localização a versão com FG.

2XWURV IDWRUHV LPSRUWDQWHV TXDQGR VH LQVWDODP SURWHWRUHV GH sobretensão em circuitos de instrumentação e controlo são os seguintes:

• « QHFHVV£ULR VHSDUDU FDERV GH SRW¬QFLD GRV FDERV GH GDGRV H comunicações, uma vez que estes podem causar interferências e JHUDUVREUHWHQV·HVSRUDFRSODPHQWR

• «QHFHVV£ULRVHSDUDURVFDERVGHHQWUDGDHGHVD¯GDGRSURWHWRU porque se isso não acontecer a sobretensão da entrada podia aco SODUVHVREUHRFDERGHVD¯GDLQXWLOL]DQGRDIXQ©¥RGRSURWHWRU

• DOLJD©¥RGLUHWD¢WHUUDGDPDOKDGHYHHIHWXDUVHPHGLDQWHDXWLOL]D

©¥RGHHTXLSDPHQWRVLQGLFDGRVSDUDRHIHLWR

• H[LVWHPSURWHWRUHVGHVREUHWHQV¥RHVSHF¯ͤFRVTXHSRGHPVHUXWL lizados nos circuitos SIL e em zonas seguras (zonas 0, 1 e 2), uma vez que os componentes destes circuitos também estão suscetí YHLV¢GHVFDUJDGHUDLRVHGHRXWURWLSRGHVREUHWHQV·HV

*U£ͤFR3URWHWRUFRPWHUUDGLUHWDversus3URWHWRUFRPWHUUDLQGLUHWD)*

CONCLUSÕES

1HVWH DUWLJR IRUDP DERUGDGDV DV QHFHVV£ULDV PHGLGDV GH SURWH©¥R contra as sobretensões, segundo a Norma em vigor. É fundamental saber que tipo de dispositivos devem ser utilizados, qual a sua dimen são, onde devem ser colocados e quais os critérios de instalação que devem seguir para garantir o nível de proteção requerido e desta forma proteger os bens humanos e materiais.

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