UNIVERSIDADE
DE SAO
PAULOINSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
E
ASTRONOMIA
ApLrcAçAo
Do
MÉToDo
ELETRo-MAGruÉnco
TNDUTIVO
NA
PROSPECçAO
DE
MtNÉnro
DE
coBRE
TESE APRESENTADA
AO
INSTITUTO DEGEOCIÊNCIAS E ASTRONOMIA
DA
UNIVERSIDADEDE
SAO
PAULO PARAO
CONCURSO DE LIVRE.DOCÊNCIA
NA
D]SCIPLINA DE GEOFÍSICA APLICADANELSON
ELLERT
DEDALUS-Acervo-lGCI [ilr ffi llill ffi |ilil llil llill llill lffi llil illil il lil
sÄo
PAULO 1971í, o"ù
lå"o'"..,otï^"*l
iv rr]-
å
(-
u.PARTE A
A.I
- RESUMO
IA.2
-
TNTRODUçAO ...
4A.3
-
EQUIPAMENTOSEMPREGADOS
7A.4
.
PROCEDIMENTOS DECAMPO
II
A.5
.
DIFICULDADESENCONTRADAS
I44.5.1
-
Descargasel6tricas
l4A.5.2
-
Eletricidade
estática
I54.5.3
-
Alta
tensão
154.5.4
-
Tôrres detransmissão
l54.5.5
-
Condutoresartificiais
...
16A.6
-
FUNDAMENTOSTEORICOS
174.6.1
- Introdução
17A.6.2
-
Campoprimãr'io
...
lB4.6.3
-
Correçãotopogrãfica
244.6.4
-
Camporesultante
28A.7
-
EXPERIÊNCIAS EM MODÊLOS REDUZIDOS 3333
4.7.1
-
IntroduçaoA.7.2
-
EquÍpamento4.7.3
-
Resultadosempregado
34obti
dos
37B.l
-
CAMAQUAB.l.l
4.7.3.1
-
Dimensionamento dosmodêlos
374.7.3.2
-
Exemplos de curvasobtidas
39PARTE B
,3
n
I
.1.
B.1.t.l
B.l.t.2
B.l.l.3
B.t.l.4
Geologica
local
...
Estratjgrafia e
litoìogia ...
lt'li neral i zação Gônese da
jazida
Introdução
...
Fase prel jm'inar
Fase de prospecção
...
PãL
43 44 45 47 48 48 49 55 60 60 60 6l 62 63 64 64 64 8l B5 B5 B6 86 90 948.1
.2
-
Geofísi caB.l.2.l
8.1.2.2
-8.t.2.3
-8.2
-
CARAÍBAB .2.1 Geologìa
8.2.1 .1
8.2.1.2
-8.2. I.3
-8.2.1.4
-Geofísi ca
B .2.2.1
8.2.2.2
-8.2 2.3
-Apl i cação
8.2.3. I
8.2.3.2
=8.2.3.3
-8.2.2
-8.2.3
-8.3
-
CONCLUSÕESI ntrodução
Geologia regional
Geologia local
Mineralização
Introdução
...
Fase prel imi nar
Fase de prospecção
...
do
"trend
sufface
analys'is"Introduçõo
...
"Cãbulo
...
t4apa dos residuos
22
-
Mapa de isoanomalia geoquimicae
posição dosperfis
I
e
II
7223
-
Perfil
geofísico
I
7324
-
Perfil
geofísico
II
7425
-
Perfìl
geofisico
XII
...
7926
-
Perfil
geofisico
XXX
8027:
Mapa geoquimico regiona'le
delimitação
da ãrea estudada empor-menor
8228
-
Posição das anomaliase
suasgrandezas
8329-PosiçãorelativadeReTeocorpocondutor
8830
-
Posição das anoma'liasgeofisicas
obtidas pela técnica
da assoN9
flt¡olc¡
DE FIGURASPãgs.
I -
Localização das ãreasprospectadas
122
-
Grãfico
daslinhas
defõrça
203
-
Campo eletro-magn6tico de umdipolo
244
-
Grãfico
paraa
correçãotopogrãfica
265
-
Camposprimãrio
e
secundãrio
286
-
Intensidade da componentevertical
307
-
Representaçãogrãftca
dascorrentes
3lB
-
Representaçãovetorial
do movimentoharmônico
329
-
Modâlovertical
em profundidadesvariadas
39l0
-
Corpovertica'l,
frequênciasvariadas
40ll -
Modãlo comdiferentes
ângulos deinclinação
4112
-
Perfil
I
medido sôbreo
filão
S.
Luiz
50l3
-
Perfil
II
medido sôbreo
filão
S.
Luiz
5ll4
-
Perfil
I
medido sôbreo
filão
Oscarino
53l5
-
Perfil
II
medido sôbreo
filão
Oscarino
5416
-
Perfit
geofisico
atravõs
dofilão
Feljciano
58'17
-
Perfil
geofísico
IV
5918
-
l4apa de isoanoma'lia geoquímicae a
posição doperfil
III
6619
-
PerfiI
geofísico
III ...
67Um levantamento
geofís'ico
de prospecção de min6rio de cobresulfetado
nosd'istritos
cupríferos
dallina
de Camaquã, Rìo Grande do
Sul e
Mina Caraiba,Bahia,foi
executado, aplicando-seo
m6todoe-letro-magnãtico
indutivo
defonte
mõvel.pìicabilidade
tes
emfi
I ões doou
A
finalidade
dostrabalhos
foi
a verifìcação
daa-m6todo
e
equipamentos na prospecção de min6ríos existendisseminados numa
matriz
rochosa.0
equipamento E.lt1.Sharpe, de construção canadense,não apresentou rendimento dada
a
suabaixa
sensibilidade. 0
equ'ipamento-t
H Gun da ABEM, de constnução sueca, mostrou-semuito
eficãz
na determi.2
nação de anomalias em ambas as áreas estudadas.
Um
total
de mais de 60 km deperfis
foramlevanta
-dos,
dos quais mais de 25 km no Rio Grande doSul e o
restante
na Bahia0s trabalhos
de campo foramdivid'idos
em duas fases.A
primeira,
umafase
preliminar,
levadaa
cabo em regìões degeo'logia
emineralogia conhecidas. Comprovada
a
ap'licação do equipamentoe
da metodologia,
era
então desenvolvida uma campanha de prospecçãogeofísica.
Na Bahia,
a
fase prelim'inar
foi
executada não sõ emlocais
de geolog'iae
mineral'ização conhecidas, mas tamb6m em ãreas de anomalia
geoquímica. Constatou-sea
presença de anomaliasgeofis'icas
em ãreasde anomalias geoquímicas. Um levantamento detathado de uma ãrea de a'lgu
-mas dezenas de hectares
foi
ai
executadoa fim
de se estabelecera
faixa-de anomalias
geofisicas.
0s
dadosobtidos
nesta ãrea foramtratados
pelatécnica do
"trend
surfaceanalysis",
comprovando-sea
ap'l'icabilidade dêste
processo nadelimitação
de ãreas geofis'icamente anômalas.Minérios
comteores
emsulfetos 'inferiores a
1,0% ,ou seja,aproximadamente 0,5% de Cu, não provocam
o
aparecimento de anoma^+
ll
as geol'r sl cas.so-luções
salinas
prõximas a- superfTcie provocamo
aparecimento de anomaliæ.Em
laboratõrio
foi
desenvolvida umafase
experimen-modelos reduzidos.
tste
procedimento permit,iua
elaboração decur-facilitaram a
interpretação
dos dadosobtidos
nostrabalhos
de camtal
emvas que
.4.
A.2
-
rNTR0pUçÃOMétodos eletro-magnéticos de prospecção
geofísica
,cujo
desenvolvimento data de mais de meios6culo,
têmsido
usados emlar-ga escala da prospecção
mineral
emdiferentes
partes
do mundo.Em
países,
Þrinc'ipalmente da EuropaSetentrional,
ouso dêstes mõtodos de prospecção
geofisica
demonstrou grande poder dere-solução
e
informação. Muitasjazidas,
principalmente desulfetos
foram assim encontradas.
Procuramos
por
meio dêstetrabalho
apresentar uma-contribuiçã0,
dìvulgandoos resultados obtidos
na prospecção de min6rio detico
indutivo
defonte
mõvel.0
principal
objetìvo
dôstetrabalho
é o
degeofisì-ca
aplicada,
ìncluindo
aìguns dadosteõricos, a fim
depermitir
uma melhorvisão
do métodoe
da metodologia ap'ljcados.São dadas também algumas informações geoìõgicas das
ãreas estudadas, apenas para
fac'ilitar
a
compreensão dos problemasgeofi-sicos
em djscussãoe
justificar
asdiretrizes
aplicadas no planejamento-dos
trabalhos
de campo.A
fjm
deverjficar
a
ap'licabilidade
dométodo
naprospecção de
minério
decobre, os trabalhos
de campo foram realizadosnosdistritos
da Mina de Camaquã, ondeo minãrio
6
dotipo
filonar
e
da
MinaCaraíba, onde predomina
minério
disseminado.0
presentetrabalho
não poderiater
sido
executado-caso não tivessemos
tjdo
o
apôio de d'iversas entidadese
numerosas pessoas.
Destaca-se
o
auxílio
proporcionadopelo
GRUP0 INDUSTRIAL PIGNATARI, QUê não sõ fornecendo os meios
materiais,
grande apôio-proporcionou nos
trabalhos
de campo. Paratanto
não podemosdeixar
de.6.
principalmente
pela
autorização de apresentarêstes
dados obtidos.Ao pessoal
técnico
dareferida
emprêsa, nas pessoasdos EngQs Neuclayr
Martins
Pereira,
FernandoLacourt,
Dn.Sylvio
deQuei-roz
Mattoso, aos geõlogos WilsonFontanelli,
Carlos Queiró2, MoacirFran-cisco
Moço, Juarêz Soares de Souza, Maria Antonia Dias Pimentel Cesar, osmeus sinceros agradecimentos
pelo
apôio concedido.Não podenã0,
ser
esquecidos os nomes doProf.
Dr.Rudolf
Kollert,
velho mestree
amigo que mujto apôiot6cnjco
nos forneceu,bem como
o Prof. Dr. Viktor
Leinz
pelo incentivo
paraa
e'laboração dêstetrabal ho.
Ao colega
Dr. Gilberto
Amaral,os
meus sincerosa-gradecimentos
pela
cooperação na computação dos dados ap'licandoa
t6cnicado
"trend
surfaceanalysis".
Ao colega
Prof.
Dr.
Reinholt
Ellert,
os meus agradecimentos
pelas
sugestõese
criticas
paraa
boa apresentação dôste4.3
-
EQUIPAMENTOS EMPREGADOSComo
jã
mencionado, para ostrabalhos
de campofoi
aplicado o
m6todo eletro-magn6ticoindutivo
defonte
mõvel. 0sequipamen-tos utilizados
neste método constam essencialmente defonte e
receptor
deondas eletro-magn6ticas
isoladas
dosolo
e
que são deslocadas nasuperfî-cie
doterreno,
cobrindoa
ãreaa ser
pesquisada.Trôs foram os equipamentos
utilizados,
dois
dos quaisno campo
e
um apenas nolaboratõrio.
0
primeiro
equipamento,do
pela
ABEM da Suãcia-6
defãcil
transporteConsiste de apenas duas unidades
jnterlìgadas
denominado
E
M Gunfabrica
e
operado porpor
um cabo,duas pessoas.
ca-.8.
bo de
referência.
A primeiramissora.
A
segunda unidade écepção
e
fones.unidade
é
um transmissor como bobinatrans
-um a¡pljfica9or-compensador, com bobina de re
C transmissor
consiste
de umoscilador
zado, a'limentado
por
baterias,
acopladoã
bobjna transmissorarolad¿., sôbre um núcleo de
ferrite.
0 oscilador
opera em duasciistjntas,880
c/s
e
3520c/s,
conr uma potência de saída de 6transi
stori
-que
estã
enfnequônci
as-If.
A
fim
defornecer
umacorrente
dereferência,
quan-ts-o
a
amplitudee fase, existe
uma segunda bobina, montada emparalelo
coma
bobina transmissorar Çuêé ligada
ao sistema compensadorpelo
cabo da L.ferância
acima menc'ionado. Este cabo, além de conduzira
corrente
de referênc'ia,
serve também paracontrolar
o
espaçamentoentre
osdois
operado-res.
0
sistema amplificador-compensador, guêé
camegadopelo
observador, consta além daspartes
jã
menc'ionadas, da bobìna receptora,
ondeserã
induzidaa
corrente
provocada pe'lo carnpo eletro-r¡agnético alterado.
Por razõest6cnicas
e eletrônicas, o
ampl'ificador possui umaban-da passante bastante
estreita,
onde sõmenteas correntes
de BB0e
35?0c/sdevem
ser
amplificadas.
Em paraì el
o
como
ampl'if i cadorestã
o
s jsten¡a
com-pensador que possibi I i
tarã
as med'idas.ileste
s'istemasão
comparadas ascorrente
vindas da bobina receptorae
aqueìa induz'ida na bobina de referârcia,
existente
emparalelo
coma
bobjna transmissora.Considera-se executada
a
medida em umponto,
quandopor me'io de
dois
"diais"
Re
I
se anulao
som nosfones,
somêste
corres-pondente
ã
corrente
induzida na bobinareceptora.
A determinação desta'husência de som"
é
dada, não s6por
via
auditiva (fones),
comotambém
porvia visual
(micro-amperímetro).Como parâmetro de medida,
o
equ'ipamentoefetua
a
decomposição do
vetor
campo-eletro-magn6tico-resultante em suas componenteshorizonta'l
(chamada tambõm deI
=
imaginãriaou
"out
of
phase")e a
componente
vertical
(chamada também de R=
real
ou"in
phase").As medidas de
I
e
R são dadas em unidades deporcen-to,
em relação ao campo eletro-magn6tico normalr pôFô um determinado espaçamento
entre
as bobinas.A
sensibilidade
do equipamento chegaa ser
de 0,2%,para ambas as componentes das duas frequônc'ias.
0
segundo equipamento, denominado E MSharpe,
deconstrução canadense, tambãm
consiste
comoo
anterior,
de uma unidade.
t0.
A
diferença
fundamentaìentre
êste
aparêlhoe o
E 14Gun
6 o
parâmetro medido, que6 o
ãngulo deinclinação
dovetor
campo-eletro-magnéti co resul tante.
A medida
6
feita,
colocando-sea
bobinatransmisso-ra
numa posição pr6-determinada(horizontalr
poF exemp'lo). A bobina receptora
ã
movida detal
maneiraa
não seouvir
qualquer som nosfones.
Nesteinstante
mede-seo
ânguìo queesta
bobinafaz
como
planohorizontal.
Talposição
indica
não haver qualquerlinha
defôrça
cortandoa
bobinarecep-tora,
ouseja, a
bobina encontra-se no mesmo plano que cont6mo vetor
campo eletro-magn6tico
resultante.
Neste equipamento não
existe
qualquer elementofisi
co
de'ligação
entre
as unidades transmissorae
receptora.
A suasensibili
dade não
6
superior
a
lÇ.Em
trabalhos
de campoo
método da medida doângulo-de
inclinação
dovetor
tamb6m podeser
utilizado
empregando-seo
equipa-mento E
M
Gun, quandoo
cabo dereferência
nãoã
conectado.0 terceiro
equipamento, E M R KLab,
construidope-no
Brasil,
ã
utilizado-esquema
e
funcionamento,lo
Prof.
Dr.
RudolfKollert
durantea
sua estadiasõmente em
trabalhos
delaboratõrio.
Pormenores,4.4
-
PROCEDIMENTOS DE CAMPOComo se
trata
de umtrabalho
pioneiro
noBrasil,
deprospecção de
minãrios sulfetados
utilizando-se
o
método eletro-magnãticoalternado
indutivo
defonte
mõvel, não dispunhao autor
de experiênciaquanto
a
metodologia desejãvel.Para
isto
os trabaìhos
de campo nas regiões dasnas de Camaquã
e
Caraiba obedeceram duasfases: a
primeìra
pre'liminarem seguida
a
de prospecção.Mi-.12.
F
igura
I -
L,ocallza@o das âreas prospectadasA
fase
prellminar
foi
por
nõs prlmeiramentereatizg
da na negião da Mlna de Camaquã, em regiões de geologia
e
mlnerallzaçãoconhecidas.
Constituiu-se
de levantamentos ao longo deperfïs,
transversaisaos
fílões,
com pontos de medlda espaçados de 20 metros. Paracomparação-de
resultados,
osdois
equipamentos foramutitizados,
obseryando-se
queo
equipamento E M Gun possui umasensibilldade
multomaior.
Anomallas queatingem 60%
(pico a pico)
não foram acusadaspelo
equlpannnto E M Sharpe.A segunda
fase,
ou seJa, de prospecção,era
ìnicia-da apõs comprovada
a aplicabilidade
do equipamento na prospecção deminã-rios
sulfetados.0
procedimento de campofoi
o
mesmo em ambasas
ã-reas prospectadas.
0s
pontos de medida eram dispostosao'longo
deperfís-perpendiculares
ã estrutura
geolõgica.Na ãrea da Mina Caraíba, além de serem medidos
per-fis
sôbre corpos mineral'izados, durantea
fase
preliminar,
foram tamb6m-medidos
perfis
em ãreas de anomalia geoquímjca. Nestedistrito
foi
tambémprospectada detalhadamente uma ãrea de algumas dezenas de
hectares,
cuiafinalidade
foi
decorrelacionar
asd'iferentes
anomalias de um mesmoper
-fil,
com as anomalias dosoutros
perfis,
bem comotestar
a
ap'licação
datécnica
do"trend
surfaceanalysis"
nadelimitação
de ãreasDurante
de fenômenos que
dificultaram
. 14.
A.5
.
DIFICULDADES ENCONTRADAS NO CAMPOtrabalhos
de campofoi
notada uma seriemesmo chegaram
a
'impedira
sua execuçã0.os
ou
4.5..|
-
Descargasel6tricas
Como possuem grande energ'ia, causam
o
aparecimentode um
forte
campo eletro-magn6ticoindutivo
que se manifesta soba
forma-de um impulso que induz
correntes
na bobinareceptora.
Apesar doampìifi-cador
ser
de bandaestreita,
o
sinal
captadoõ amplifjcado,
provocando oaparecimento de um
forte
ruido
nos fonese
umaforte
deflexão no micro-amComo
minimo, ou mesmo ausêncja
tro,
tais
fenômenos muitoas medidas são
realizadas
determinando-se o somde som
e
uma deflexão minima nomicro-amperime-difjcultaram
os trabalhos
de campo.A.5.2
-
Eletricidade
estãtica
Em regiões de
clima
sôco, comoo
6
da Caraíba,a
intensidade da
eletricidade estãtjca é
grandee ã
semelhança das descargasel6tricas
ocasionadificuldades
nas medidas.A
intensidade dêste fenômeno-aumentava consjderãvelmentepor
volta
das 10,30 horas da manhã. Não foramfejtas
observações para determinaro
t6rmino detais
perturbações.Em diasde umjdade
relativa
maisalta,
as perturbações eram minimas, permitindo-trabalhos
de campoo
dia inteiro.
4.5.3
-
Fios
dealta
tensãoda
na
alta
tensão élinha,
o
queEm di stâncias
intensa.
E causadadã origem
a
ìmpu'lsosinferiores
a
200 metros,a
influência
provãvelmente
pela
varjação decarga-el etro-magnétì cos .
A.5.4
-
Tõrres de transmissãosemelhança da bobina
transmissora, induzem correntes na
pedem totalmente qualquer traba'lho
. 16.
bobina receptora gerando
sinais
que imem suas proximidades.
4.5.5
-
Condutoresartificiais
A presença de quaìquer condutor
artificial
na
ãreaque
estã
sendo prospectada deveser
cuidadosamente anotada.Tais
conduto-res
representadospor
tubuìações deãgua,
esgôto,
gãs,
bem comotriìhos
de estrada de
ferro,
cêrcas de arame,etc.,
âlteram osvalores
reais,
prgA.6
-
FUNDAMENTOS TEORICOS4.6.1
-
IntroduçãoA maior
parte
dos fundamentoste6ricos
descritos
6baseada em um memorando
inõdito
fornecido pelo
Prof.
Dr.
Rudolf
Kollert.
Uma
corrente
el6trica
alternada circulando
pelorolamento de uma bobina (bobina emissora ou
transmissora),
cria
ao seudor
um campo eletro-magn6ticoindutivo
alternado.Em qualquer bobina (bobina
receptora),
colocada neste
campo, aparecerã induzida uma comenteelãtrica
alternada,
desentido-de
circulação inverso
ao dacorrente
primária.
Estacorrente
induzidate-rá
a
mesma frequõncia quea
corrente primãria
e
estarã
emfase
coma
mes-
.
t8.
ma.
A
intensidade destacorrente
induzida dependerã dos parâmetros dabo-bina receptora,
da intensidade do campoprimãrio,
bem como dadistância
-que
a
mesma se encontra da bobina transmissora.Assim como são induz'idas
correntes
secundãrias numabobina,
correntes
tamb6m são induzidas em corpos condutores, quando êstesse encontram em um campo eletro-magn6t'¡co
indutivo
alternado.A
indução de correntesalternadas
neste corpo condutor
cria
ao seuredor,
um campo eletro-magnãtìco alternado.Colocando-se uma bobina receptora em
tal
condição ,a
corrente
induz'ida não mais serã causada exclusivamente peìo campo primãrio,
mas simpela
superposição dosdois
campos eletro-magn6t'icos. Estes -sãoo
campoprimãrio, criado
pela corrente primãria
e o
campo secundãrio,criado pela corrente
secundãria jnduzida nocorpo,
gu€ somados darãoocampo
resultante.
A.6.2
-
Campo Primãrio0
campoprimãrio
6
criado pela
passagem de correnteel6trica
alternada
peìasespiras
da bobina transmissora.comparadas com
a
distância
que separa normalmente as bobinas em trabalhosde prospecção (60 metros em m6dia),
a
forma daslinhas
defôrça e a
intensidade do campo eletro-magnãtico podem
ser
calculadaspor
meio de fõrmuìæpara
d'ipolos.
Assim, paraa
construçãodas linhas
defôrça
podemos usar a
fórmula:-r.
1=
r
osen
2 a(figura
2)F,
a
expressão(l
)e
parao cãlculo
da intensidade¡1 F tt
l- =--=
G
onde
d
=distãnc'ia
do ponto considenado aocentro
da bobinaM = momento magnético do
dipoìo =
I
R2R
=
raio
da bobinaI
=
intensidade dacorrente
quec'ircula
pela
bobinampo
(2)
2
x
Figura
2
-
æâ,fíco daslinhas
de fôrça6
pequeno quandoser
desprezado,,20.
R
FNI Vr¡ ¡ tOOTo
comparado com
a distãncia
-aparecendo
assim:-Td
Como R
que separa as bobinas, poderã
-In
l'=--dJ
Para se obter
ou
seJa:-3
cos-Ö
(3)F em tãnmos
absolutos,
ã suficiente
-multiplicar
por 0,.l,
F=0,1 I+
d" (4)
./.
Desta expressao
ponto
A,
situadoã
umadistância
X dosão:
-(4)
verifica-se
quedÍpo'lo
(0
=909),
6a fôrça
FO,
nodada
pela
expr€sF^
=
o.l
fr
rA
- ,r,
NT
e a fôrça
F*
no pontoB,
ao'longo
doeixo
dodipolo
(O=
09),
tambõmuma mesma
distânciâ, X, 6
dada pe'la expressãoFB
=
0,2#
o
que mostra que FU=
2
FA. Adjreção
é
opostaã
aefO,
Poisas linhas
defôrça
atrav6s de Ae
B são desentidos
opostos.0
campo eletro-magnõtico(F) é
tangenteis
linhasde
fôrça
no ponto de observaçãoe
formarã um ângu'lo (O+
e)
coma
direçãodo
eixo
dodipolo.
0s ângulo Oe e
podemserinterrelacionados
pe'la fõrmula:-tge
=2
I tge (7)(5)
(6)
(B)
Para uma bobina emissora
tical
do campo em qualquer ponto(N)
serã dadoV*=Fcos(ô+e)
vertical,
a
componente verpe'la fórmula
too
+
ioe
tqô +
1/2
toöEge+e=Iffi
=
m
=æPara I
-1/
:42þ =Oþ =
54Q 44' (e )0
campo eletro-magnéticoé horizontal
(mãximo delj
nhas de
fôrça)
ao longo dalinha
que forma um ângu'lo0 =
54Q44' coma
ho-rizontal.
.22.
A construção dêste
grãfico 6
feita
da seguinte ma-ponto R
(receptor) é
escolhido na abcissaa
umadistância
T
da(transmissora) onde
o
campo normalF*
é
tomado como sendo igualdistância
ro
para qualquer ponto de intensidadeF*
pode
serfãcilmente
pe'laf6rmula
(5)
onde:neira:
umbobina Tr
ã
rooz.
ncalculado
FN:F*=1713:
.o=T
Ë"=t
1
/.r,
VF
(t0)
Assim,
por
exemplo, para campos de intensidadeFx=
800%,400%,200%,50%, teremos respectivamente,ro
=0,5T;
0,63170,794T
e
1,26T(vide
figura
3).'o=#
\[;;;;'
e
Çomo Fd=
FR, podemos escrever:Qualquer ponto com intensidade de campo F*,
-M
| ='-
X
""
osão
construidas uti
Ii
zando-se a
As
fõrmul
a
(2).
I inhas de equi-intensidade
L-rR
-Para
o
pontoR,
âM
F
l+3cos2
904equação serã:
t4
=-
-3¡
Nos demais pontos da curva de
iso-jntensidade
que-passa
por
R, a
equaçãoterã a
formageral:
å=å
\F;"'
(11)terã
como expressao:
ou
então,
considerando-sea
fõrmula
(l):
100
-3IF X
aor2p
(
l2)
,3
,24.
Como
llustração
sôbre as condições do campoeletro-;,r.rgnõtico em
tôrno
de umdipolo
vertical,
a figura
3 mostra os vetôres dajntensidade
total
e
da componente,vertical nos pontos ondeo
ângulo
-0
=09'
30ç,
50Q, 54944', 609, B09r ÞôFâ uma mesmadistânc{u
d*
=T
=
I
dodi pol o.
Figura
3
-
campo eLetro-magnético de um dipolo.4.6.3
-
Correção Topogrãficabobinas se encontrem no mesmo
plano.
Havendo umadiferença
decota,6
ne-cessãrio
efetuar-se
uma correção na componentereal
R,
ouseja,
nacompo-nente
vertical.
A
fìgura 3
anexa,exemplifica
o
fenômeno, ouseja
,a
variação da intensidade da componente coma
topografia.
0s pontos
E,
F,
Ge R,
'locadoscia
deTr,
mostram uma diminuição da componente comça de e'levação
entre
as duas bobjnas.a
um
uma mesma
distãn
-aumento da di ferenNormalmente, no campo não são executados
trabaìhos-em encostas com
declives
superioresã'259,
não sõpela
grandecorreção
aser efetuada,
como tamb6m pelasdificuldades
de deslocamento dosoperado-res.
0
sinal
da correçãoé
semprepositivo,
isto
6,
olor
da correção deverãser
sempre adicionado aovalor
R medido, independentemente da
cota
absoluta da bobina receptora.,26.
oh
rsl,l,
ç1+20
+to
0 o;t o;2 o:3
GRADIANlE h/¡
Figura
4
-
erâ,¡lco paraa
corregão topogrãfíca.0 valor
da correçãoã
dado por:K=F¡-V1
(13)onde FN = campo normal (
d'ipolo
e Vt
=
componente observação.=
ì00%) no pontovertical
teõrícaR srtuado
ã
umadistäncia
T
dodo campo
primãrio
noponto
deVi
podeser
calculadopor
meio dasfõrmulas
(7)(8),
depois de determinadoo
valor 0
pela
relação:cos Q
=
h/I,
ondeT
é o
espaçamentoentre
as bobinas
e
h =
di fenença de cota.Quando
a
topografia
6
suave,o êrro
devidoa
topo-grafia
podeser
negligencìado, uma vez queo
mesmocai
dentro
da sensibi-I i dade do equ'i pamento.Normalmente em
trabalhos
de campo,trabalha-se
den-tro
de uma margem deêrro
de 1%. Observando-sea
tabela
para 1% decorre-çã0,
a
reìaçãoh/T
-eigual a 0,06,
ousejar
pôFô um espaçamentoT
de 60metros,
a
diferença
decota h
é
'igual
a
3,60 metros.Quando se requer uma
interpretação
acuradae
as ano.28.
4.6.4
-
Componente RelultanteComo hã uma grande
diversificação
na medida de parâmetros eletro-magnõticos
e
por
conseguinte, uma grande variação instrumelttai
e
operacional,
hãdiferentes
maneiras para se representar uma anomaliaAs anomalias'
aqui
descritas
equelas encontradas quando se
aplica
um equipamentotivo
defonte
mõvel,tal
comoo
E M Gun, da ABEM'apresentadas,
são
a-eletro-magn6tlco
indu-j
ooa. rRANs /
---ì--ì*.
/¿'
.t/"j-'
-coNouroR
F'igura
5
-
Camposprimário e
aecundãrio'A
figura
ac'ima permitevisualizar
claramenteo
fenômeno da indução eìetro-magn6tica.
Ela
mostrao
caso de um corpocondutor-vertical,
de formatabular,
situado
em um campo eletro-magnéticoalterna-do.
Suponhamos que em um
certo instante a
corrente
esteja
fluindo
na bobina transmjssora, nosentido
anti-horãrio
(quandoa
bobi naé
vista
debaixo).Ag linhas
defôrça,
representandoo
campo primãr'io,terão
sentido
debaixo
para c'ima, ao'longo de todos os pontos dasuperfi-cie
doterreno (princípio
da mãodireita).
Ascorrentes
secundãríasindu-zidas
no corpo condutorterão sentido
oposto ao da comente primãria.Por razões geométricas,
a
componentevertical
docampo secundãrio tem
o
mesmosentido
queo
campoprimãrio
em pontos da sgperficie
situadosentre
a
bobina transmissorae o
corpo condutor,e
sentido oposto em pontos situados
ã
direita
docondutor.
Consequentemente, acomponente
vertical
observada serã maion queo
campoprimãrìo
se ambas asbobinas estiverem do mesmo lado do corpo
condutor,
enquanto queserã
me-nor
queo
campoprimãrio
seo
condutor se encontrarentre
as bobinas.0 grãfico
dafigura
6 6 obtido
colocando-se em ordenadas
o
campo ou componente de campo medidae
em abcissao
ponto médio entre
as bobinastransmissora e
receptora,
ouseja,
a
estação de observa. 30.
Bob. Troms. Bob. Reccp, +
/\a
o
r/\-tooo/o-_. -.4---\
- --Y. -- /
\a/
\',/
\--l
Figura
6
-
Intensidade da componentevertical"
Um amortecimento mãximo
6 obtido
na estação0
(ver-ticalmente sôbre
o
corpo condutor) onde as bobinas estão situadas nos pontos
Ae
B respectivamente(simõtricos
ao corpo condutor).0s pontos A
e
B sãoportanto
de umcerto
interôsse-poi s:
-
quando se mede na estäçãoA,
a
bobina receptoraestã
localizada
nopon-to 0.
Neste pontoo
campo secundãrioõ horizontal (vide
figura
5) e
po¡tanto a
componentevertical
corresponde exatamente ao campo primãrio.-
quando se mede na estaçãoB,
a
bobina transmissora se encontra no pontoq"
Neste ponto nenhuma comente6
induzida no corpo condutorpelo
fato
do campo
primãrio
ser
vertical
e
novamente sõo
campoprimãrio
6
regis-trado
(FB'=T,
ondeT
= esPaÇamentoentre
as bobinas).0 princlpio
usado paraa
construção da curvaresul-tante õ vãlido
tamb6m paraoutras
orientações mútuas das bobjnas,por
e-xemplo,
horizontais,
como também para condutores comoutras
formas e/ou orientações
relativas.
As curvas por6m, serãodiferentes
daquela acimare-presentada.
As condições de amplitude
e
fase
de um campoeletro
-magnãtico, onde
estã
presente, alõm dacorrente
primãria, a
corrente
se!cundãria
e
os
seus respectivos campos, bem comoo
camporesultante,
podemser
representados petogrãfico
de um movimento harmônicodescrlto
por
umacorrente
alternada.1p (Fpl
lf t:>- Correnfc prr'molrio kompo primórto)
Vs."'.
i-" --'- Corrcnfe mduzido
â .r'aÌ Correnfe secundoiio bompo secuddrio)
-Compo rcsulfonfe
q, OifercnÇo de fose enfre Vs e Fp' 9Oo ,(? Oiferenço de fosc enfre Vs o 7s
f Oìfor"nço de fosc cntre Fp c Fr
r' Oìfcrenço de fosc anfrc Fs e Fp
A
figura
B,
mostra a componentesI
e
R,
a
componente resultante.32.
conrelação geom6tnica
entre
aso
ãngulo dadiferença
de fase.cos 0
sen ô
uma
7.
to
Esta
figura
õharmônico representado na
figura
Fìgura
I -
Representação(14)
representação
vetorial
do movimen1p
(Rc )
(rc )
F
r
Fr
Fp
vetorial
do movimento harnônico.F
r
F'p
F s
= Cô;tlpO
=
CêltlPO= campo
resuï tante
pni märi o
secundãri o
A.7
-
EXPTRIÊNCIAS EM MODELOS REDUZIDOS4.7.1
-
IntroduçãoEm alguns métodos
geofisicos
de prospecçãopode-se-chegar
ã
umainterpretação
quantitativa
das anomalias encontradas, PoFmejo de fórmutas matemãticas ou então
por
comparação com curvasteõricas-calculadas matemãticamente, determjnando-se assim os parâmetros do corpo-causador da anomalia.
Para
o
método eletro-magn6ticoindutivo,
grãficos
pafins
deinterpretação
são construidosfãcilmente
de modo experimenta'1,meio de medidas em modelos
reduzidos,
onde se variam ascaracteristi-geomãtricas
e
elétricas
do sjstema.ra
por
. 34.
0
estudo do comportamento do campo eletro-magnéticoindutivo
alternado em modelos reduz'idosõ
muitoimportante,
prãtico e
conclusjvo,
pois
é possível,
emlaboratõrio,
simularem-se condições encontradas em
trabalhos
normais de prospecção.Tais
modelos devem porém, obedecera
chamada"lei
daescala",
que estabeleceque:
o
campo eletro-magn6ticoindutivo
em modelosreduzidos
terã
a
mesmadistribu'ição
que aquô'le detrabalhos
normais de campo,
sea
intensjdade da comentee
tôdasas
dimensões,jncluindo o
parãmetro
L,
forem mudados na mesma proporçã0.res i
sti
v'i dadefrequãnci a
espessura (15)
Quanto ã L
a
relação
(15)
estabelece que:p
fd
l=
p=
f=
d=
-
se ambosrâmetro
I
p
e d
foremmult'iplìcados
(oudivididos)
por
umfator
K, o
pa-(resist'ivjdade)
serãdividido
(oumultip'lìcado)
por
K2.A.7.2
-
Equipamento EmpregadoFonte de ondas
ã vãlvulas,
com560
c/s.
A fonte
3
frequênciasondas
utilizada
constou de umosc'ilador-oscilaçã0, a
saber 130c/s,
260c/s
ede
A
razão dautilização
de umoscilador
comdiferen
-tes
frequônciasera
observara
ampìitude(pico a pico)
da anomalia, empregando-se
diferentes
frequências,
em um mesmo modôlo.Rêde urbana
---
fonte
decorrente
---
osci I adortt
I
bobina transmissora
bobi na receptora
I I I - - compensador
I
I
I
ampì
ificador
fônes
Esquema
I -
oiagrama decircuíto.
Compensador
E
a
un'idade de medida prõpriamentedita
do equìpa-mento.
0
compensador tempor
finalidade
determinara
intensidade da componente
resultante e a
diferença
defase
existente entre
as correntes
primãria
e
secundária.Estas medi das
,
tais
como no equi pamentouti
ì i zado nocampo, são
feitas
decompondo-seo vetor
campo eletro-magnético resultanteem suas componentes
I
e
R.bobi-.36.
nas acopladas
emi ssora.
di retamente em
paralelo
ã
instalação
que alimentaa
bobina-Bobi nas
Tanto
a
trnamissora comoa
receptora são de peque-nas dimensões (Ø Ae
2
cm),fixadas
numa piaca deacril'ico,
que6
desloca-da sôbre
o
modâto durante as medidas.0
espaçamentoentre
as bobinas podìaser
a'lterado
,variando-se de
6 a
12
cm,o
que corresponderiaa
60e
120metros,
respec-tivamente, em
trabaìhos
de campo.Ampl i
fi
cadorA unidade amp'l i f i cadora usada
era
um ampì'if i cador&
eletrola
paraalta
fidelidade.
Como amplificadores dêste
tipo
possuem uma banda plssante muito amp1a, frequentemente eram notadas
dificuldades
nas determinações de R
e
I.
Como além da
corrente
dooscilador,
eram tamb6mam-plificadas
comentes provocadaspela
indução devidaa
râde urbana, ouse-ja,60
c/s,
a
medida narealidade,
se resumia não em uma ausência de som,nras sim de um ponto de som mínjmo.
0
fenômenoera
tambõm parc'ialmente provocado
pela
polarizaçãoe1íptica,
devidoa
alta
condutjv'idade dos modelos.Fones
Como as medidas eram
feitas
exclusivamentepor
viaauditiva,
os fones tinhampor
finalidade
transmitir
o
some'isolar
os
rui
dos
externos,
permitindo uma acurada determínação das medidas.4.7.3
-
Resultados Obtidos4.7.3..|
-
Dimensionamento dos modelosComo vimos anteriormente,
o
m6todo eletro-magnéticoindutivo 6
repetitivo,
quando são guardadas algumas relações.0
exemploa
seguir
tempor
finalidade
demonstrar
odimensionamento de um modêlo.
-
suponhamos quehaja
o
interêsse
de se estudara
anomalia queseria
obti
da em medidas no campo, rea'lizadas com um equipamento E M Gun, com espa
çamento de 40 metros
entre
as bobinas, atravãs de um corpocondutor
de0,80 metros de espessura
e
umaresistividade
de 46 Ohm.m. A experiênciacom modelos reduzidos
seria
reaìizada
coma
mesma frequôncia que no campo,
com bobinas espaçadas del0
cm(ì00
run).Como
a
relação de escalaã
l/400,
a
espessurae
are.38.
d e
pe
=800/400=
mm2,88
=
0,46/
4OOzl0-6
ohm.cm2
ou
seja,
um modêìo representadopor
umap]^ca
de alumínio(p
=
2,9
.
10-6 0hm.cm) com espessura de 2 mm.0
inverso
do exemplo acimaé
frequentementerealizg
do para
fins
de seprocurar
interpretar
as anomalias encontradasdurante-as medidas de campo.
Como decorrência da
fõrmula
(15),
observações con-firmam que
diferentes
condutorestabulares
tendoo
mesmovalor
L,
causamanomalias
idênticas,
sea
frequônciae a
escala não forem mudadas. Portanto,
õ a
relaçãoentre
a resistividade e
espessura do corpo que determinaainfluência
de um condutor no comportamento do campo eletro-magn6t'ico enãoos
seusvalores
individuais.
E
possível
emlaboratõrio
aumentara
espessurad
ediminuír a resistividade
p,
mantendo-se sempreo
mesmo parâmetroL.
Verj-fica-se
por6m quetaì
relação6 vãlida
sõmente para p]acasdelgadas,
ouseja,
4,7.3.2
-
Exemplos de curvasobtidas-I
)
-
corpovertical
representadopor
uma praca dearumï-nio,
com espessura de0,5 rm.
0
espaçamentoentre
as bobinasT
=
100mm
A frequência
utilizada
era
constante. Avariãvel
nestas medidasfoi
a
profundidade, ou
seja,
variou-sea
relaçãoT/a,
onde¿
= profundidade.\+
i
'o rt \.t,'
'..'f 'oroC.R.r compon.nta raol
C.l. r compon.ôtr lmogino'rlo
A
f,igura
acima mostranomalia com
a
variação da relação T/a..40.
a
variação da amplitude daa-te¡nente co¡n
sintõtica
aoVeri
fi
ca- seum pequeno aumento na
eixo
das abcissas.2)
-
Corpoconstante, espaçamento entre
cia
da conrente primãria.que
a
amplitude da anomalia decrescefol
relação
T/a,
para depois se tonnar as-vertical
(placa
de alumTnio)o profundidade-as boblnas
constante,
sendo variadaa
freqr.Ën/z'
/:---c'cr /
"¿l+ror.
I
\
lag.ndo
-Af"'-
--' 0f
-__tF
\\
/1 /r' ttooh an *r+n2co3' ttÍ -Lr a
//i" oÛoct. At -t+ n
64ttoa
tai
Flgura
l0 -
corpovertical,
frequêncías variadasA
figura
acima mostra uma variação naamplitude
daanomalia em função da frequêncìa empregada.
Flgura
'11-
Uo¿ôlo comdlferenres
ângulos de ínclinação.Com base nâs
f{guras
apresentadasõ
possïvel
uma sãrie
de conclusões quantoa
correlação da formae
amplitutJe de uma anoma-trla
encontrada no campoe o
posslvel
corpo causador da anomalla, bem comoå
st¡ä pos{ção geolõglca.Venlflca-se por
meio das curvasque¡-a)
-
a
anoma'llaõ
nrãxlma quando as boblnas se encontramsimõtricas
ao corpo,
ouseJåi
quandoo
corpo se encontra nocentro
do sistema de bobìlläs.
---r'---
;:7'<"
,
.rr{,/,,
\,cr,
\-/-c
^
*'o¿
.à-tc^ha t
,/
I\\.42.
b)
-
osvalores
de R=ì00%e
I=0% sãoobtidos
quando qualquer uma dasbo-binas
se encontra sôbreo
corpo.c)
-verifica-se
um decréscimo na amplitude da anomalia com um aumentodaprofund'idade do corpo condutor
-
paraa/T
= 0,13distãncia entre
os picos =
50%-
paraa/T =
0125 rr
rr rr rr
=
30%-
paraa/T
=0150
rr
rr rr rr =
8%quanto ao mergulho,
a
coletânea de curvas dafìgura
ll
mostraclara
mente uma variação no aspecto da curva em função do merguìho do cor
po causador da anomalia. Esta experiência mostra que
por
meio dêstem6todo de levantamento
geofisico é
possivel
a
'locação geogrãfica docorpo causador da anomalia
e o
seu eventual rumo domergulho.0
va-lor
do ângulo poderãser
inferido,
mas não determinado exatamente.at6
agora foramfeitas
apenasreferências
ã
anomalias provocadasprcorpos
tabulares, cuja largura
6
inferior
ao espaçamento que separaas bobinas. Se
o
corpo possui umalargura
superior
ao espaçamentoentre
as bobinas,êle
tambõm provocarão
aparecimento de uma anomalia como mostra nafìgura
ll,
a
curva medida sôbreo
modêlo em sua posição
horizontal.
d)
-e)
-f) -
as
curvas medidas com frequência variada mostram quea
ampfitude daanomalia depende da frequência empregada. A ampìitude
6
maiorquan-to
maiora
frequência,
pois
como
aumento da frequênciaaumenta
oB.r
-
CAMAQUÃB.l.l -
GeologiaB.1.l.l
-
Geologia JocalAs Minas de Camaquã, estão
nicípio
de Caçapava doSul,
Estado do Rio Grandedo
referido
Município,
côrca de 66 km.Geoìõgicamente
a
ãreaé constituida
por
umasequôn-cia
de camadas sedimentares, que possui cêrca de 4.000 metros deespessu-ra
(Robertson, 1966).0s
sedimentos são de ambientecontinenta'|,
com ca-racteristicas
muito
semelhanteso
quedificulta
o
estabelecimentode
umaestratigrafia
segura.A
região
foi
submetidaã
ação de magmatismo andesitico,
bem comoã
umintenso
tectonismo, que provocou falhamentose
dobra mentos.Estruturalmente,
a
região
das Minas6
constituida-localizadas
ã sul
do.44.
por
umanticlinal
comeixo
de direção N-S. Comoa
crista
dêsteanticli-nal
6
menosresistente, a
ação da erosão expôs formações maisantigas
c9mo os Membros Vargas
e
Mangueirã0. Atopografìa
é
relativamente acidentada com,
diferenças
denível
deaté
200 metros.B.l.l.2
-
Estratigrafia e
litologia
A coluna
estratigrãfica
daregiã0,
segundoos
tra-ba I hos do DNPM, pub'l i cados em I 966
,
ã a
segui nte :Sedi mentos
Grupo Camaquã
l4embro Rodeio Velho
Formação Santa Bãrbara
discordância erosiva
Grupo Bom Jardim
-
FormaçãoArroio
dos Nobres l4embro VargasMembro Mangueirão
0s
sedimentos recentes são representadospor
cascalhos
e areias
provenientes da decomposição dos sedimentos congìomerãti-cos.
tes
(
l
I
recen
GRUPO CAMAQUÃ
0
Membro Rodeio velhoé constituido
de sedimentos arenosos
intercalados
com lavas andesíticas.A Formação Santa Bãrbara
ã
excrusivamente sedimentar,
onde estão presentes, al6m dearenitos,
conglomeradosricos
em sei xos deriõ1ito.
GRUPO BOM JARDIM
0
Membro Vargas,ã
semelhança da Formação Santa Bãrbara, ã
tamb6m formado dearenitos e
congìomerados. Acaracteristica
mar-cante
é a
presença de seixos de rochas ignease
metamõrficasformando
ocongl omerado.
0
Membro Mangueirão apresentaritorogia
maisvaria-da
e
granulação maisfina.
Econstituido
desiltitos,
argilitos,
arcõsiosmicãceos
e
grauvacas.B.l.l.3
-
MineralizaçãoNa
região
da Mina de Camaquãverificou-se
que hã umcontrôle estrutural
muito bemdefinido,
bem como umpossîvel
contrôle
.46.
As
estruturas
controladoras na formação dosveios-foram
falhas e
fraturas.
Asfalhas
regionaisn de d'ireção NE, no geral,estão
isentas
demineralizaçã0.
Estaestã
associadaã tathas
subordinadas,de pequeno
rejeito,
comdjreção preferenc'ial
NhJe
mergulhos sub-verticais0s veios
mineralizados são de preenchimento,apre-sentando espessuras
variadas,
com mineral'ização disseminada nas encaixantes .
Pesquìsas efetuadas
pela
CompanhiaBrasileira
doCobre sugerem que
o
Membro Vargas atuou comoprincipal
contrôle 1ìtológi
co.
Nãoobstante,
podeocorrer
também mineralização no Membro Mangueirã0.0s
filões
em expìoraçãosão:
Filão S.Luiz,
Barnab6,S.Julio,
Uruguai, todos com direções que variam de N-20-hlã
¡I-ZO-W. 0sfjlões
0scarino,
Felicjano,
Piritas
não estão sendo minerados. A espessura 6
variãvel,
podendoatingir
a'lguns metros. Atualmentea
maior produ-ção prov6m dos
filões
S.Luiz
e
Uruguai, ondea
zona m'ineralizadacompre-endendo
min6rio
de preenchimentoe
disseminado podeatingir
at6
l0
metros
de espessura0s
principais
minerais
demin6rio,
descritos
porLejnz
e
Almeida(1944),
são:b) c)
d)
silicato:
crisocolaõxido:
cuprita
sulfetos: calcosina, covelina, calcopirita
bornjta e
pirjta.
0s
princ'ipais
minera'¡s de gangasão:
quartzo,
limqnita,
hematitae barjta.
Junto
ã superficje é
comum uma zonacompletamente-lixiviada,
com poucos remanescentes de minerais deminério.
Na zona de oxidação encontram-se quantidades
apreciãveis
decalcosinar
QUÊ6 o
sulfe
to
secundário maisimportante.
Raramente temsido
encontrado cobrenati-vo.
Nesta zona de oxidaçã0, QUê podeatingir
atã
20 metros de espessura,predomìnam carbonatos,
silicato
e
6xido de cobre.Abaixo da zona oxidada predomìnam
sulfetos
que são:calcopirita,
bonnjta,
pirita
e calcosina.
Esta não6
encontradana
zonapri mãri a .
B.l.l.4
-
Gônese daiazida
Diversos autores como Leinz
e
Almeida (1940),Leinze
Barbosa(1941),
CostaFilho
(.l944)r
procuFâram reconhecer qua'is seriam.48.
A proxìmidade de
intrusões andesíticas
ìevoumaioria
dos autoresa
admitìr
queestas
seriamas
prìncipais
responsãveis
peìo processo de mineralização hidrotermal.Leinz
e
Almeida (1940) crôm numa origemhidroter
-mal de média temperatura associada ao magmatísmo
andesitico,
guêteria
-fornecido as
soluções mineralizantes em suafase
fina'l
de consolidaçã0.Outros
autores,
como Melchere
Mau (.1960)sugerem-ser
a
mineralização relacionada aogranito
queocorre
na ãrea de Caçapa-va.B. I
.2
-
Geofisi ca8.1.2.1
-
IntroduçãoEste
d'istrito
cuprifero
foi
o
primeiro
a
ser
por n6s estudado geofisicamente.Como
jã
mencionado anteriormente,os
trabalhos campo foraminiciados
por
umafase prelim'inar
desenvolvida emlocais
geo'l ogi
a
e
m j neral 'i zação conheci das .a
Sôbre os
filões
S.Luiz, Feliciano e
Oscarino forammedidos
perfis
transversais,
com pontos de med'ida espaçados de 20 metros,porque
ôstes
filões
apresentam não sõ as melhores condições geo'lógicas etopogrãficas,
como tambéma
ausôncia de condutoresartificiajs.
8.1
.2.2
-
Fasepreliminar
F'i I ão
S.
Lui zEste
fi
I ã0,nera'i i za'la
,
estã
sendo expl oradose encontra na
parte
NE da zona mivia
subterrânea.que
por
Devido
a
topografia
e
sualocaljzaçã0, o
filão
co-meçou
a ser
desmontadoa
partir
decotas
inferiores ã
do seu afloramentoem
superfície.
Com
o
desmonte rumoã
superfície o
mjnõrio
ainda-não
foi
totalmenteretirado,
restando a'inda algumas dezenas de metros dealtura
dofjlão,
al6m do min6r'io de profundjdade.A
abertura
de cham'inãs paraventiìação
dostraba
-lhos
subterrâneos expôso
filão
numa secçãovertical,
onde se pode observar
quea
profundidade da zona de oxidação nãoultrapassa
20 metros. Suapotôncia
atinge
valores
superioresã
I
metro comteor
deat6
?% de Cu,ou-¿e
où
O çt'
:'o
È
u,".,ot..o
a.oo
ç
...-...-..--- ø . 50.
0 mlnãrio sulfetado
produz anomallas geofTsicas, ecomo
a
profundldade de alcance do equlpamentoõ
deatã
40metros,
êstefilão
tinha
tôdas as condições para causar anomallas.Foram assim
reallzaJos
perfis
transversalmente aofilão,
sendo2
perfis
como
equlpamento E M Gun(figuras
12e
13)
e
umterceiro
perfil,
como
equipamento E M Sharpe, no mesmolocal
do
perfil
I
(figura l2).
SÄO
LUíS
-
PERFIL
I
(.'UNTOCAIXA
O'ACUA)I
+20 R 00 -20 r20 o R 80 8AOI
+20 r00"-'---./'
-20 t20Componenl-€ Reol
Componcnle lrnoginclrrp
FILAO
Enc, Ftor. t---.?on'
Figura
12- Perfil r
¡nedido eôbreo
fllão
S.
Luiz.0
perfil
medido como
equipamento E M Sharpe reve_lou
uma constância nosvalores
dainclinação
do pìano que cont6nlo
vetorcampo
resultante,
ouseja,
nãoindicou
qualquer anomalia,nem
mesmo
emlocais
ondeo
primeiro
equipamentorevela
anomallas de algumas ¿ezenas6
porcento
(pico a
pico).
0bservando-se
a
posição dospicos
de anomaliadês-tes dois
perfis,
verifica-se
que hã umaperfeita
concordãncia entre a suaposição
e a
posição dofi
lão S. Luiz
notereno.
SAO
LUIS-
PERFIL E.I
+20 R 80 r20 o R 80 r20I
-20Componente Reol
Componcnlo lmogin<írio
-o .60 rn AB
I
+?0
'20
O 2Om
uno
NE
352()
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