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Fichas - Geografia Agrária

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Academic year: 2021

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Conhecer os conceitos, objetivos básicos e a importância da Geografia Agrária.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

DINIZ, José A. F. Geografia da agricultura. 2 ed. São Paulo: DIFEL, 1996.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Fundamentar as principais noções da geografia agrária.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

O problema da fome surgiu quando a função da agricultura de “produzir para comer e vender o excedente”, transformou-se, após a Revolução Industrial, em “produzir para vender e achar alguém com dinheiro suficiente para comprar”.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

A mentalidade do agricultor é uma barreira a modernização da agricultura nos países subdesenvolvidos? Geografia da Agricultura e Geografia Rural são sinônimas?

A agricultura é uma atividade desenvolvida somente por povos sedentários?

RESUMO DA AULA

1. CONCEITO DE AGRICULTURA:

a. Diniz, A. F.: significado etimológico - trabalho (cultura) do campo (ager) b. René Dumont: “É a transformação do meio rural feita pelo homem”

c. Zimmermann: “O termo agricultura abarca os esforços produtivos, mediante os quais o homem sedentário trata de aproveitar e, se possível, melhorar e acelerar o ciclo vegetativo natural das plantas e animais, a fim de obter os produtos vegetais e animais necessários ao homem ou desejados por ele”.

Dessa definição podemos extrair três características fundamentais: ·é feita pelo homem sedentário

·trabalha com o meio biológico, tendo relações intensas com a natureza

·altera o comportamento biológico de plantas e animais. Essa transformação atinge outros fatores, como o solo e o clima. Comentários:

·E a lavoura itinerante?

·A indústria se diferencia da agricultura porque transforma matéria-prima em artigos de consumo, enquanto esta apenas melhora os produtos naturais. Entretanto, existem atividades agrícolas que se aproximam da atividade industrial.

·Influência do meio natural e social-econômico. 2. IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA ·A agricultura e o problema da fome ·Outras funções da agricultura

-abastecer as cidades, liberando recursos até então usados na importação desses produtos -liberando mão-de-obra para a indústria

-o desenvolvimento de uma classe forte de pequenos e médios produtores agrícolas, além de reduzir substancialmente o problema social, permitiria melhor distribuição de renda e aumento da massa de consumidores.

3. PERSPECTIVA PARA A AGRICULTURA ·Agroecologia

· O primeiro problema pressupõe a adequação da agricultura às técnicas modernas e científicas Existem 3 barreiras para o desenvolvimento da agricultura no “mundo subdesenvolvido”:

1ª) A falta de capitais suficientes, pois o escasso capital é, preferencialmente, aplicado no incipiente desenvolvimento industrial 2ª) A mentalidade do agricultor, preso a tradições agrícolas milenares e que se sente inseguro diante de transformações tão profundas nos seus hábitos

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3ª) Estruturas sociais e fundiárias concentradoras.

·O segundo problema da agricultura e da alimentação é ainda mais grave.

O problema surgiu quando a função da agricultura que de “produzir para comer e vender o excedente”, transformou-se, após a Revolução Industrial, em “produzir para vender e achar alguém com dinheiro suficiente para comprar”.

OBS: -subprodução -superabundância.

AGRICULTURA E GEOGRAFIA

1. CONCEITUAÇÃO: GEOGRAFIA DA AGRICULTURA / GEOGRAFIA RURAL

a. A Geografia Agrária, ou da Agricultura, sempre se preocupou com a caracterização dos lugares em função de atributos agrícolas. O seu caráter espacial está assentado há muito tempo e, embora as definições variem, todos coincidem neste ponto. Mas as suas preocupações vão além.

Segundo FAUCHER, “A natureza dos produtos, as condições econômicas de sua obtenção, o modo de vida dos agricultores, as características e as transformações da paisagem rural constituem seu objeto particular”.

b. Geografia da Agricultura e Geografia Rural.

Para alguns autores as duas são sinônimas, embora acreditemos ser conveniente uma distinção, sobretudo quando os geógrafos começam a se preocupar com o desenvolvimento rural. A Geografia da Agricultura é mais restritiva, fundamentalmente econômica, enquanto a Geografia Rural é mais ampla, tratando também das formas de povoamento, de questões demográficas mais profundas, das formas de ocupação não-agrícola da terra rural e dos seus conflitos com a agricultura, das condições de vida das populações rurais e dos seus problemas.

2. O TRABALHO DO GEÓGRAFO AGRÍCOLA E SEU MATERIAL

a. Deve contar com grande quantidade de informação selecionada, capaz de descrever o fenômeno em toda a sua complexidade (fotografias aéreas, mapas diversos, cartas topográficas, censos, trabalho de campo etc.).

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Localização geográfica das regiões onde possívelmente surgiu a atividade agrícola.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. Campinas: UNICAMP, 1998.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Relacionar as origens e as etapas do desenvolvimento da agricultura.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

Segundo DE CANDOLLE, á agricultura surgiu no que concerne às principais espécies vegetais, de três grandes regiões sem nenhuma comunicação uma com as outras: a China, o Sudoeste da Ásia e a América intertropical.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Qual a importância da agricultura para o desenvolvimento econômico das antigas civilizações?

RESUMO DA AULA

ORIGEM

Segundo DE CANDOLLE, á agricultura surgiu no que concerne às principais espécies vegetais, de três grandes regiões sem nenhuma comunicação uma com as outras: a China, o Sudoeste da Ásia e a América intertropical, não querendo isso dizer que, na Europa, na África, ou entre os povos selvagens não tenham sido cultivadas algumas espécies de plantas, em época remota e com caráter local, servindo de acessório da caça e da pesca as grandes civilizações baseadas sobre a agricultura tiveram início nas regiões indicadas, sendo de notar que no “mundo antigo” foi sobretudo às margens dos rios que se constituíram as populações agrícolas enquanto, na América isso aconteceu sobre os planaltos do México e do Peru.

DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA

1.PRÉ-HISTÓRIA: Segundo NOIRE, surge na idade neolítica, ou da pedra polida. Para se ter uma indicação do esforço do homem pela cultura dos campos, tornar-se-á necessário recorrer às construções lacustres (palafitas), encontrando-se à margem de alguns lagos restos de alimentos fossilizados, mostrando que as populações daquelas habitações cultivavam o trigo, a aveia, as ervilhas, as lentilhas, e se nutriam de frutas variadas.

Nessas palafitas é que foram encontrados, pela primeira vem, restos de animais domésticos ao lado dos do homem.

2. ANTIGUIDADE: Às civilizações antigas como as da China, Índia, Assíria, Palestina, Arábia, Egito, Grécia e Roma assentaram sobre bases agrícolas o segredo do seu desenvolvimento econômico.

No vasto Império da China, no ano 2838 a.C., já era conhecido o uso do arado, preconizado pelo imperador Shen Nung, apelidado como o “fundador da agricultura” pelo seu povo, e praticada a agricultura intensiva do trigo, do arroz e da soja, bem como, da amoreira e a criação do “bicho da seda”, em alta escala, base da indústria têxtil chinesa, produtora dos melhores tecidos orientais da antigüidade.

Na Índia, Assíria, Arábia, além das afamadas especiarias e essências vegetais que notabilizaram o comércio e agricultura daqueles povos do Oriente, cultivavam, respectivamente, a mangueira, a figueira, a videira, a tamareira, o cafeeiro e outras tantas que muito tempo depois passaram ao Ocidente.

A assombrosa fertilidade dos vales dos rios Yang-tse-kiang, Huang-ho, Tigre, Eufrates e Nilo atuou, constantemente, como um poderosíssimo fator no desenvolvimento das civilizações que ali se estabeleceram e prosperaram.

Atestam os historiadores antigos que na Mesopotâmia, havia um sem número de canais que distribuíam a água para a irrigação dos campos.

3. IDADE MÉDIA: Na Idade Média muito pouco se escreveu sobre a agricultura.

A agricultura, também, relativamente, muito pouco se desenvolveu, devido às invasões dos bárbaros. O feudalismo, também, condenou-a a um estado precário de rotina. Foi, entretanto, nessa idade que surgiram na Europa os primeiros campos de fruticultura com os beneditinos que fundando mosteiros nas regiões incultas, “anos depois ao redor daqueles núcleos de ciência e de virtudes, viam-se os campos cobertos de lavoura, os pântanos drenados e as florestas, racionalmente exploradas”.

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Nos séculos X e XI, no dizer de Artur Tôrres Filho, era bem triste a situação daqueles que exploravam o solo. Cessadas as guerras de religião, “a nobreza se ocupa da agricultura os senhores feudais passam a preocupar-se com a exploração de suas terras, suas vidas dependem da abundância das culturas”.

4. IDADE MODERNA: Teve início na França o renascimento da agricultura, com o aparecimento da obra de BERNARD PALISSY, em 1563, “Tratado dos sais e da agricultura”.

“... A palha queimada no campo servirá como adubo, já que ela cederá ao solo a mesma substância que havia extraído da terra”. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, o desenvolvimento da ciência agrícola foi, relativamente, muito pequeno.

Em 1627, FRANCIS BACON E VAN HERMONT, investigando, cada um por sua vez, o “princípio de vegetação” das plantas, chegaram à evidência que a água era o “principal alimento” dos vegetais, o “suco particular” de sua subsistência que extraíam do solo, que além de suporte, exercia o papel de reservatório de alimentos e protetor natural contra o frio ou o calor excessivos. Lançaram, dessa maneira, a “teoria dos sucos próprios da terra”.

Em 1741, J. ª KULBEL, LANÇA EM Bordeus a “teoria do húmus” por ter isolado daquele constituinte do solo um “magma unguinosum” que, para ele, é o “princípio de vegetação” procurado.

5. PERÍODO FLOGÍSTICO: E. JOHN RUSSELL denominou de “Período Flogístico” o período, do século XVIII, de 1750 a 1800. Dele é precursor, na Inglaterra, FRANCES HOME, em 1757, que é encarregado pela “Sociedade de Edimburgo”, fundada no ano de 1755, de averiguar até onde a Química teria contribuído para estabelecer os “princípios da agricultura”, isto é, as bases da nutrição vegetal.

O nitrato de sódio, o sulfato de potássio e outros sais conhecidos naquela época concorriam grandemente para o aumento das colheitas e o desenvolvimento das plantas cultivadas, concluindo, HOME que a alimentação vegetal não se compunha de uma única substância – a água, como foi suposto, em 1627,

Em 1761, WALLERIUS, concluiu que o húmus é a fonte de alimentação dos vegetais.

Em 1775, PRIESTLEY, concluiu “que em lugar de atuar sobre o ar da mesma maneira que a respiração animal, a planta ao inverso do animal tende a conservar a atmosfera pura e sã, quando se havia tornado nociva, como conseqüência dos animais que vivem, respiram, morrem ou apodrecem nela”.

Em 1779, INGEN-HAUSZ, descobre a fotossíntese, demostrando que a purificação do ar se conseguia, em presença da luz solar, unicamente, e que o viciado da atmosfera se efetuava na ausência daquela.

Em 1780, FABRONI faz reviver a “teoria do húmus”, demostrando o papel deste precioso elemento constitutivo do solo na agricultura, isto é, a influência decisiva predominante da matéria orgânica mineralizada na alimentação vegetal.

“A terra vegetal, é o segredo da fertilidade”.

Em 1782, SENEBIER, estuda o efeito do ar sobre as plantas.

6. IDADE CONTEMPÔRANEA: Do século XIX em diante, tem início o verdadeiro “Período Moderno” da agricultura, em fase do rápido progresso da ciência.

Os trabalhos de SAUSSURE, DUMAS, BOUSSINGAULT, etc. demostraram o papel do anidrido carbônico do ar e do nitrogênio do solo na alimentação geral dos vegetais. Os sais minerais necessários à vida das plantas chamaram a atenção de BERTHIER, SPRENGEL, LIEBIG, etc.

Em 1812, THAER admitiu o seguinte ponto de vista, fazendo reviver a “teoria de húmus”, de que as plantas tomavam o carbono e outras substâncias nutritivas como a água, do solo-húmus, isto é, que, “apenas a substância orgânica do solo, denominada húmus, devia dar-lhe a fertilidade somente o húmus devia ser propriamente a substância nutritiva direta da planta”.

Em 1840, JUSTUS VON LIEBIG destrói a “teoria do húmus” como fator único da nutrição.

De 1845 a 1895, LOUIS PASTEUR revoluciona o campo das pesquisas científicas, na França, fundando a “Química biológica do solo”.

De 1847 a 1897, JOHN BENNETT LAWES E HENRY GILBERT contribuíram, extraordinariamente, para o progresso da ciência da alimentação, com notáveis descobertas sobre a importância das substâncias minerais na nutrição.

De 1876 a 1890, SCHLOESING, MUNTZ, GIRARD, WARINGTON E WINOGRADSKY revelaram, sucessivamente, o papel dos fermentos e dos microrganismos do solo, na transformação do nitrogênio amoniacal e deste, por sua vez, nos nitritos e nos nitratos assimiláveis pelas plantas.

De 1884 a 1886, H.HELLRIEGEL e H. WILFARTH descobriram, após infrutíferas pesquisas de outros experimentalistas anteriores, afixação do nitrogênio do ar atmosférico, sob a forma elementar, pelas bactérias das nodosidades das raízes das leguminosas que o cedem ao solo, enriquecendo-o deste elemento.

Em 1900, no limiar do século XX, os investigadores HUGO DE VRIES, CHARLES CORRENS e ERICH TSCHERMAK, trabalhando independentemente, chegam aos mesmos resultados que GREGOR MENDEL, com a hibridação de ervilhas, criando, deste modo, a “genética”, nova ciência da hereditariedade e por conseguinte, do melhoramento das espécies vegetais e animais úteis ao homem.

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Avaliar os fatores físicos como clima, solo, relevo etc de uma forma sistemática.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

ANDRADE, Manuel Correa de. Geografia econômica. São Paulo: Atlas, 1989.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Compreender as relações entre agricultura, meio ambiente, técnica, capital e mercado.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

As plantas de ciclo vegetativo curto, podem se adaptar-se a vários tipos de climas.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Quais os fatores que mais influênciam a agricultura: os naturais ou os humanos?

RESUMO DA AULA

CONDICIONANTES NATURAIS

Vários fatores contribuem para facilitar a expansão da área cultivada entre estes podemos salientar o clima, o solo e o relevo. A influência climática é a mais importante, exercendo-se tanto em conseqüência das variações da temperatura como da umidade. Os solos também possuem uma influência muito grande sobre a distribuição das plantas, influindo tanto a sua textura quanto a sua composição química. O relevo atenua a temperatura.

CONDICIONANTES HUMANOS

Salientamos o poder que tem o homem de modificar estes condicionantes, desde que disponha de técnicas e de capital. Além desse tipo de influência, há uma série de fatos que condicionam a atividade agrícola. Assim, a cultura em larga escala, em caráter comercial, de determinado produto, só pode desenvolver-se em áreas acessíveis aos mercados consumidores.

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FEDERAÇÃO DE ESCOLAS FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN

FICHA DE AULA Nº 5

DISCIPLINA

GEOGRAFIA AGRÁRIA

ATUALIZADA EM

Prof. LUIZ CLAUDIO G. RIBEIRO

Filosofia Pedagógica Institucional

Disponibilizamos, como sugestão para debate, por dia de aula(s) as temáticas da disciplina no intuito que Você se prepare previamente, não se limitando a aprendizagem tradicional e sim, passe a ser o sujeito da construção do próprio conhecimento, através da reflexão crítica; tornando-se desta forma, um agente ativo neste processo e, seu professor, um orientador, um facilitador desta construção. Ambos, co-autores do processo de aprendizagem.

ASSUNTOS SUGERIDOS PARA O ALUNO SE PREPARAR ANTECIPADAMENTE PARA A AULA

Procurar dados atuais sobre taxas de subnutrição, mortalidade infantil e expectativa de vida nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

Anotações do professor.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar as principais causas e conseqüências da fome.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

“...qualquer vira-lata rico ou um gato mimado é melhor cliente para a agroindústria do que um ser humano pobre”.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

A fome é conseqüência da falta de alimentos? A fome é um mal necessário?

RESUMO DA AULA

A fome é a situação em que uma pessoa permanece privada, durante um período de tempo prolongado, quantitativamente e qualitativamente, dos alimentos que lhe fornecem as calorias (energia) e as substâncias nutritivas necessárias à vida e à saúde de seu organismo.

Mesmo nos países desenvolvidos uma parcela da população é vítima da fome. Mas é nos países subdesenvolvidos que o flagelo da fome atinge maior número de pessoas.

Nesses países a maior parte da população sofre os efeitos ou conseqüências da fome: morte prematura, raquitismo, baixa estatura, fadiga, perturbações digestivas, tuberculose, baixo rendimento escolar, maior facilidade para contrair doenças infecciosas, alto índice de mortalidade infantil, baixa esperança de vida, etc.

As causas da fome, são: A terra é vista como uma simples mercadoria, ou seja, como um bem de investimento de capitais ou reserva de valor e não como meio de produção. Em vista disso a terra perde função social. / Os pequenos proprietários rurais, não dispõem de técnicas modernas de produção. Por desconhecimento, dificuldades financeiras ou outras razões. A produção e a produtividade que conseguem são baixas. / A preocupação com a exportação conduz uma forma problemática de utilização da terra nesses países. / O colonialismo alterou profundamente a organização social em seu benefício. Apoderou-se da terra e fez com que ela se tornasse sua propriedade individual.

A solução para o problema depende de vontade política governamental, pois é, na grande maioria dos casos um problema econômico, e não natural.

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Ler sobre a problemática do plantio de soja trangênica no Brasil.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

CREA/RJ. Trangênicos, 2002.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar as conseqüências do uso dos trangênicos.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

O governo brasileiro, que deveria ser o primeiro a zelar pelo interesse público, e o primeiro a descumprir a lei.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

O impacto dos trangênicos à saúde humana e ao meio ambiente, já foram profundamente estudados?

RESUMO DA AULA

TRANGÊNICOS, são seres produzidos em laboratório, combinando duas ou mais espécies diferentes. Na natureza não haveria cruzamento entre estes seres. O nome técnico que os cientistas usam é "Organismos Geneticamente Modificados" (OGM).

RISCOS A SAÚDE: substância tóxicas, alergias alimentares e resistência aos antibióticos.

RISCOS AO MEIO AMIENTE: cruzamento dos trangênicos com as plantas naturais, ameaça a biodiversidade, desequilíbrio ecológico, surgimento de superpragas e evolução não prevista dos trangênicos.

CONSEQÜÊNCIAS ECONÔMICAS: não são aceitos em todos os países, a técnica de fabricação é muito cara e dependência do agricultor.

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FEDERAÇÃO DE ESCOLAS FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN

FICHA DE AULA Nº 7

DISCIPLINA

GEOGRAFIA AGRÁRIA

ATUALIZADA EM

Prof. LUIZ CLAUDIO G. RIBEIRO

Filosofia Pedagógica Institucional

Disponibilizamos, como sugestão para debate, por dia de aula(s) as temáticas da disciplina no intuito que Você se prepare previamente, não se limitando a aprendizagem tradicional e sim, passe a ser o sujeito da construção do próprio conhecimento, através da reflexão crítica; tornando-se desta forma, um agente ativo neste processo e, seu professor, um orientador, um facilitador desta construção. Ambos, co-autores do processo de aprendizagem.

ASSUNTOS SUGERIDOS PARA O ALUNO SE PREPARAR ANTECIPADAMENTE PARA A AULA

Rever conceitos básicos de sistemas de cultura.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia econômica. São Paulo: Atlas, 1989.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Enumerar as principais formas de economia agrícola.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

O trabalho do homem é feito sempre visando apropriar-se dos recursos oferecidos pela natureza e usufruí-los.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Você concorda que: o sistema de relação de produção e, conseqüentemente, de trabalho está profundamente ligado ao sistema de propriedade?

RESUMO DA AULA

FORMAS DE ECONOMIA AGRÍCOLA

A formação econômico-social estrutura-se em um modo de produção (base econômica) que dá origem a uma superestrutura social e política, de vez que provoca a divisão da sociedade em classes e possibilita o aparecimento e a organização de um poder político que mantém esta estrutura, e provoca ainda a formação de uma segunda estrutura baseada em princípios, idéias e crenças, que justificam as formas organizadas (superestrutura cultura e ideológicas), fazendo que não só os beneficiados como até os prejudicados pelo sistema o aceitem e o considerem como de origem natural e não como o resultado de um processo social. Daí a transferência de modos de pensar e de agir favoráveis às classes e grupos dominantes aos grupos dominados, que passam a agir e a pensar nos moldes que lhes são ditados.

Se pensássemos em classificar os sistemas de cultura, poderíamos dividi-los em dois tipos: aquele formado pela agricultura de subsistência, destinada a prover de alimentos ao agricultor e sua família, e aquele formado pela agricultura comercial, destinada a fornecer produtos agrícolas – alimentos matérias-primas industriais ao mercado.

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Rever definições básicas de sistemas agrários.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

ANDRADE, Manuel Correa de. Geografia econômica. São Paulo: Atlas, 1989.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar os principais sistemas agrícolas.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

O sistema agrícola é resultante da cultura e do conhecimento técnico científico de um povo.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Como podemos classificar o sistema agrário utilizado na região Centro-Oeste do Brasil para a produção de soja?

RESUMO DA AULA Ocupação: -agricultura -pecuária -agricultura/pecuária. -extensiva -intensiva. -utilizada continuamente -rotação Produtividade: -da terra -do trabalho -do capital. Destino: -subsistência -comercial.

FORMAS DE ECONOMIA AGRÍCOLA

I – AGRICULTURA ITINERANTE: (sociedades rudimentares) -Propriedade coletiva -Queimada (coivara) -Subsistência -Trabalho coletivo -Produção coletiva. II – ROÇA TROPICAL:

-Pequena propriedade, “sem terra”, em propriedade de terceiros -Parceria, sem remuneração, baixa remuneração ou pago com trabalho. III – AGRICULTURA IRRIGADA DO EXTREMO ORIENTE: -Não é monocultura

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-Filipinas, Tailândia, Indonésia etc.

IV – AGRICULTURA IRRIGADA NOS DESERTOS QUENTES (FOGGARA NO SAARA): -Oásis -Frutas (tamareiras/uvas) -Cereais (trigo/centeio) -Atividade complementar. V – AGRICULTURA MEDITERRÂNEA: -Mão-de-obra abundante VI – PLANTATION:

VII – AGRICULTURA MODERNA NOS PAÍSES DE POVOAMENTO ANTIGO: VII.1 – KOLKHOZES: (socialismo)

-Minifúndios

-Agrupados em cooperativas

-Agricultura “comercial” (cooperativa) / subsistência (familiar) -Mecanização.

VII.2 – SOVKHOZES: (socialismo) -Latifúndios

-Propriedade Estatal.

VII.3 – KIBUTZIM (palavra hebraica que significa ajustamento, comunidade, colônia coletivista, reunião, e que em Israel significa grupo):

-Propriedade coletiva -Irrigação

-Técnicas avançadas (combate à formação de dunas).

Obs. Não é voltado somente para a agropecuária. Também se desenvolvem o artesanato e pesquisas de novas tecnologias para a produção agrícola e até atividades industriais.

VIII – AGRICULTURA MODERNA NOS PAÍSES NOVOS: 1 – AGRICULTURA PRIMITIVA OU DE ROÇA:

-sistema itinerante

-derrubada da mata, queimada e plantio -subsistência.

2 – PLANTATION: -latifúndios

-mão-de-obra escrava/assalariada -produção em grande quantidade -monocultura -exportação -produtos tropicais. 3 – JARDINAGEM: -mão-de-obra numerosa -muita irrigação

-muita adubação com excrementos (animal/humano) -minifúndios e subdivisão de propriedades

-cuidado manual com o solo. 4 – MODERNA:

-mecanização

-adubos em larga escala -agrotóxicos

-combate a erosão -combate as pragas -seleção de sementes -grande produção

-exportação e/ou mercado interno -organização empresarial

-mão-de-obra assalariada -latifúndios.

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Reler assunto da ficha número 4.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. Campinas, UNICAMP, 1998.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Explicar a Revolução Agrícola e a Revolução Verde.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

A partir da Década de 1990, a disseminação destas tecnologias em todo o território nacional permitiu que o Brasil vivesse um surto de desenvolvimento agrícola, com a aumento da fronteira agrícola, a disseminação de culturas em que o país é recordista de produtividade (como a soja, o milho e o algodão, entre outros), atingindo recordes de exportação.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Primavera Silenciosa: Livro escrito por Rachel Carson que foi um marco divisor de águas, alarmando à população sobre as consequências da Revolução Verde.

Quais as conseqüências da Revolução Verde no Brasil?

RESUMO DA AULA

Revolução verde refere-se à invenção e disseminação de novas sementes e práticas agrícolas que permitiram um vasto aumento na produção agrícola em países menos desenvolvidos durante as décadas de 60 e 70. O modelo se baseia na intensiva utilização de sementes melhoradas (particularmente sementes híbridas), insumos industriais (fertilizantes e agrotóxicos), mecanização e diminuição do custo de manejo. Também são creditados à revolução verde o uso extensivo de tecnologia no plantio, na irrigação e na colheita, assim como na Gerenciamento de produção. Esse ciclo de inovações se iniciou com os avanços tecnológicos do pós-guerra, embora o termo revolução verde só tenha surgido na década de 70. Desde essa época, pesquisadores de países industrializados prometiam, através de um conjunto de técnicas, aumentar estrondosamente as produtividades agrícolas e resolver o problema da fome nos países em desenvolvimento. A introdução destas técnicas em países menos desenvolvidos provocou um aumento brutal na produção agrícola de países não-industrializados. Países como o Brasil e a India foram alguns dos principais beneficiados. No Brasil, passaram a desenvolver tecnologia própria, tanto em instituições privadas quanto em agências governamentais (como a Embrapa) e universidades. A partir da Década de 1990, a disseminação destas tecnologias em todo o território nacional permitiu que o Brasil vivesse um surto de desenvolvimento agrícola, com a aumento da fronteira agrícola, a disseminação de culturas em que o país é recordista de produtividade (como a soja, o milho e o algodão, entre outros), atingindo recordes de exportação. Há quem chame esse período da história brasileira de Era do Agronegócio (ou Era do Agrobusiness, embora esse último termo soe provocativo em alguns círculos nacionalistas).

De acordo com críticos, a revolução verde também teve efeitos perversos. Há uma linha de críticos que questiona os efeitos sociais e econômicos relacionados à revolução verde. Entre esses efeitos, são listados o aumento das despesas com o cultivo e o endividamento dos agricultores, o crescimento da dependência dos países, do mercado e da lucratividade das grandes empresas de insumos agrícolas, o agravamento da uniformidade e da erosão genética das espécies agrícolas e a expulsão dos agricultores do campo, que não puderam mais competir com empresas agrícolas de grande porte, que são mais aptas a gerenciar o empreendimento considerável envolvido na exploração efetiva das técnicas da revolução verde. Essa linha de críticos se cala quando deparada com estatísticas que provam que sem a revolução verde (e com o crescimento demográfico em países em desenvolvimento), o mundo hoje estaria com uma grave crise de desabastecimento. Nesse cenário malthusiano, a população mais vulnerável à fome seria a de países pobres. Há quem compare essa linha de crítica com as reclamações dos Luditas sobre a Revolução Industrial. Uma crítica mais embasada diz que após seu incontestável sucesso, a revolução verde está perdendo momento: a produtividade tem estagnado, as culturas baseadas em variedades uniformes estão se mostrando vulneráveis, o solo está sendo esgotado, e montou-se um ciclo vicioso de uso de fertilizantes. De acordo com estes críticos, o mundo precisa de uma "segunda revolução verde" que possa reconciliar produções maiores com um uso mais racional do meio-ambiente. Há quem defenda que essa segunda revolução seja o

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uso de transgênicos, embora esse seja uma proposição bastante controversa. Uma terceira linha de críticas refere-se aos efeitos ambientais da revolução verde: perda de biodiversidade, dependência excessiva de combustíveis fósseis, erosão do solo e poluição causada pelo uso de fertilizantes, pesticidas e herbicidas. A perda da biodiversidade, especialmente, torna esse tipo de agricultura contrária aos princípios básicos do desenvolvimento sustentável.

Em todas essas três linhas críticas, não se pode esquecer o aspecto político devastador que a revolução verde significou para o sonho marxista de uma ditadura proletária e campesina a nível mundial. Os camponeses que antes perdiam um em cada quatro de seus filhos se fizeram agricultores e pecuaristas, profissionais informados, competentes, atuantes e especializados. Isso em duas ou três décadas.

Os chiqueiros de porcos saíram de embaixo das residências para lugares altamente higiênicos e muito mais confortáveis que as próprias casas de gerações anteriores. Não mais se fez preciso roçar e queimar a cada ano, mas o solo permanece produtivo safra após safra e cada vez mais estabilizado, apesar das piores condições.

A erosão genética se deteve com o fervor profissional doas pesquisadores agrícolas, o qual também supera novas pragas e economiza cada vez mais energia, adubos e recursos.

A melhoria da vida geral de todas as populações envolvidas, não apenas silencia os macabros fervores revolucionários marxistas, como gera excedentes de terras nas regiões produtivas, onde as florestas se regeneram e a vida silvestre retorna. E ainda garante segurança alimentar as populações urbanas onde fervilha a mente humana, liberada do esforço braçal.

Quanto a terceira linha de críticos, melhor faria se fizessem públicas as bases de seu raciocínio, se históricas contextuais e científicas, ou se ideológicas, filosóficas ou mesmo religiosas.

O que se constata inegavelmente é que, o agronegócio embasado na revolução verde é a grande promessa energética do século XXI. Não houvera a revolução verde, imensas áreas férteis teriam sido desertificadas, milhões de seres humanos jamais teriam conhecido a vida e enormes florestas queimadas para compensar os ganhos. Coisas registradas na historia em outros períodos. Pode-se afirmar que nenhuma das três linhas de crítica tem qualquer fundamento na realidade abrangente tanto das regiões produtoras, como das consumidoras.

(13)

Definição do Ibra (Instituto Brasileiro de Reforma Agrária) para: módulo rural, empresa rural, latifúndio por exploração, latifúndio por dimensão e minifúndio.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

STÉDILE, João Pedro (Org.). A questão agrária hoje. 3 ed. Porto Alegre: UFRGS, 2002.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Demonstrar a estrutura agrária brasileira.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

“O próprio capital pode lançar mão de relações de trabalho e de produção não-capitalistas para produzir o capital”.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Como podemos explicar o aumento do número de latifúndios e ao mesmo tempo de minifúndios nas últimas décadas, na estrutura agrária brasileira?

RESUMO DA AULA

AS CONTRADIÇÕES DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA -A produção de capital

-“o próprio capital pode lançar mão de relações de trabalho e de produção não-capitalistas para produzir o capital”. -A transformação dos camponeses em capitalistas

-A internacionalização/mundialização/globalização da economia brasileira -“dívida externa”

-“industrialização e cultura”. -A territorialização do capital -“industria e agricultura”.

-O trabalho assalariado e o trabalho familiar camponês -A unidade contraditória entre a cidade e o campo.

CONCENTRAÇÃO FUNDIÁRIA E TRABALHO NO CAMPO -Lei da terra de 1850, compra e venda com pagamento a dinheiro -Os latifúndios têm aumentado

-A desigual concentração regional das terras

-A desigual distribuição das relações de trabalho no campo -A reconcentração das terras

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FEDERAÇÃO DE ESCOLAS FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN

FICHA DE AULA Nº 11

DISCIPLINA

GEOGRAFIA AGRÁRIA

ATUALIZADA EM

Prof. LUIZ CLAUDIO G. RIBEIRO

Filosofia Pedagógica Institucional

Disponibilizamos, como sugestão para debate, por dia de aula(s) as temáticas da disciplina no intuito que Você se prepare previamente, não se limitando a aprendizagem tradicional e sim, passe a ser o sujeito da construção do próprio conhecimento, através da reflexão crítica; tornando-se desta forma, um agente ativo neste processo e, seu professor, um orientador, um facilitador desta construção. Ambos, co-autores do processo de aprendizagem.

ASSUNTOS SUGERIDOS PARA O ALUNO SE PREPARAR ANTECIPADAMENTE PARA A AULA

Rever conceitos de assentamentos rurais e reforma agrária.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

BERGAMASCO, Sônia M. & NORDER, Luis A. Cabello. Assentamentos rurais. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 1996.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Especificar os assentamentos rurais brasileiros.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

"A reforma agrária no Brasil, sempre esteve associada ao comunismo/socialismo".

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Podemos dizer que: a criação de um assentamento rural é na verdade uma pequena reforma agrária?

RESUMO DA AULA

O termo “assentamento” foi utilizado pela primeira vez na Venezuela, 1960.

De forma genérica, os assentamentos rurais podem ser definidos como a criação de novas unidades de produção agrícola, por meio de políticas governamentais visando o reordenamento do uso da terra, em benefício de trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra. Envolve também a disponibilidade de condições adequadas para o uso da terra e o incentivo à organização social e à vida comunitária.

No Brasil, 1994, existiam em torno de 350.000 famílias assentadas, distribuídas em 1.500 núcleos. A múltipla origem destes assentamentos permite classificá-los em cinco tipos:

a.projetos de colonização, formulados durante o regime militar, a partir dos anos 70, visando ocupação de áreas devolutas e a expansão da fronteira agrícola

b.reassentamento de populações atingidas por barragens de usinas hidrelétricas c.planos estaduais de valorização de terras públicas e de regularização possessória

d.programas de reforma agrária, via desapropriação por interesse social, com base no Estatuto da Terra (1964), parcialmente implementado a partir de 1986 sob a égide do Plano Nacional de Reforma Agrária, iniciada no governo Sarney

e.a criação de reservas extrativistas para seringueiros da região amazônica e outras atividades relacionadas ao aproveitamento de recursos naturais renováveis.

HISTÓRICO:

O primeiro governo Vargas (1930 –1945), recuperou a posse de grandes extensões de terra em vários pontos do país 1945 – primeira manifestações camponesas

1947 – cassação do registro legal do PCB

1954 – mobilização camponesa ressurge com a denominação “Liga Camponesas” (melhores salários , direitos trabalhistas, contra a expropriação de terras que vinham ocupando, contra o aumento nas taxas de arrendamento, etc.)

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1964 - Criado o Estatuto da Terra

-INDA (Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrícola), para implementação de projetos de colonização em áreas de fronteira agrícola

-IBRA (Instituto Brasileiro de Reforma Agrária), para aplicação da reforma agrária.

1970 - INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), agrupou o INDA e o IBRA 1970 / 1984 - COLONIZAÇÃO DIRIGIDA (A CONTRA - REFORMA AGRÁRIA):

A região amazônica passou a ser vista como uma solução para os tradicionais problemas agrários do país. A construção de grandes eixos viários, como a Transamazônica (no sentido leste-oeste) e a Cuiabá-Santarém (no sentido sul-norte), entre outros, visava a reorientação dos fluxos migratórios, principalmente das populações das regiões onde existiam conflitos pela posse da terra.

Para evitar a realização de uma reforma agrária, principalmente no Nordeste, foram criados alguns núcleos de colonização na Transamazônica, em áreas prioritárias, como a do trecho Marabá-Itaituba, na porção central do Pará. Este programa na Amazônia tinha, entre seus diversos objetivos, a incorporação e o controle da colonização espontânea da região, o incentivo à expansão das atividades de grandes empresas e a substituição da reforma agrária nos demais estados do país.

A ocupação foi feita simultaneamente de duas formas: -pequenas unidades familiares

-grandes empresas agropecuárias (subsídios, financiamentos, incentivos fiscais e grandes obras de infra-estrutura patrocinadas pelo Estado.).

OBS: Neste período foram assentadas cerca de 86.500 famílias, a maioria na região amazônica. REASSENTAMENTO (BARRAGENS)

-Sobradinho (Pernambuco) - deslocamento de 70.000 habitantes (as obras foram iniciadas em 1973, dois anos depois havia um plano de Chesf para o assentamento de 4.000 pessoas)

-Itaparica (divisa Bahia e Pernambuco) - deslocamento de mais de 26.000 habitantes -Itaipu

-Tucuruí.

DÉCADA DE 80: A resolução do problema da concentração agrária permaneceu bastante reduzida. As ações dos governos estaduais eram impulsionadas pela pressão dos movimentos organizados dos trabalhadores rurais. Tratava-se, enfim, de responder a uma situação em que as invasões de terras vinham gerando graves conflitos.

OBS: A Constituição (seja de 1967 ou a de 1988), confere ao presidente da república exclusividade para decretar as desapropriações por interesse sociais para fins de reforma agrária.

CONSOLIDAÇÃO DO MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) 1982/1985 - 1986/1990: 120.000 famílias assentadas por programas estaduais

1985/1989 - GOVERNO SARNEY, trouxe retrocessos significativos na forma pela qual a reforma agrária seria conduzida. Como por exemplo:

-A desapropriação por interesse social / preferência pela ocupação de terras públicas -Desapropriação negociada

-Imóveis com elevadas incidências de parceiros, meeiros e arrendatários estariam cumprindo sua função social. Apenas 82.000 famílias foram assentadas, a meta era 1,4 milhão. Destes 45% na região norte.

Primeiros assentamentos extrativistas, 3.484 famílias.

1990 - GOVERNO COLLOR, 9.381 famílias foram assentadas, quase metade na região norte

1992 - GOVERNO ITAMAR FRANCO, suas realizações não nos permite distingui-lo dos seus antecessores. 28.800 famílias atendidas em assentamentos extrativistas.

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FICHA DE AULA Nº 12

DISCIPLINA

GEOGRAFIA AGRÁRIA

ATUALIZADA EM

Prof. LUIZ CLAUDIO G. RIBEIRO

Filosofia Pedagógica Institucional

Disponibilizamos, como sugestão para debate, por dia de aula(s) as temáticas da disciplina no intuito que Você se prepare previamente, não se limitando a aprendizagem tradicional e sim, passe a ser o sujeito da construção do próprio conhecimento, através da reflexão crítica; tornando-se desta forma, um agente ativo neste processo e, seu professor, um orientador, um facilitador desta construção. Ambos, co-autores do processo de aprendizagem.

ASSUNTOS SUGERIDOS PARA O ALUNO SE PREPARAR ANTECIPADAMENTE PARA A AULA

Dados atuais sobre a evolução da concentração de terras no Brasil e de preferência por regiões.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

STÉDILE, João Pedro (Org.). A questão agrária hoje. 3 ed. Porto Alegre: UFRGS, 2002.

MEDEIROS, Leonilde Servolo de. Reforma agrária no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a concentração de terra no Brasil.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

"Malditas sejam todas as leis, amanhadas por poucas mãos para ampararrem cercas e bois e fazer da terra, escrava e escravos os humanos!" Dom Pedro Casaldáliga.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

A forma de colonização influênciou a concentração de terras no Brasil?

Como podemos explicar o crescimento ao mesmo tempo das pequenas e grandes propriedades?

RESUMO DA AULA NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS 1940 19701985 menos de 10 ha654.557 2.519.6303.085.841 entre 100 e 1.000 ha243.818 414.746 518.618 + de 10.000 ha 1.273 1.449 2.174 ÁREA TOTAL 1940 19701985 menos de 10 ha 2.893.439 9.083.495 10.029.780 entre 100 e 1.000 ha66.184.999 108.742.676131.893.557 + de 10.000 ha33.504.832 36.190.429 56.287.168 NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS

Região Total (ha)menos de 10 hade 10 a menos de 1.000 ha1.000 ha e mais Brasil 5.834.77990,0% 8,9% 0,9% Norte 499.77582,6% 15,9% 0,9% Centro-oeste 316.28562,3% 30,7% 6,7% Nordeste 2.817.90994,3% 5,1% 0,4% Sudeste 998.90785,4% 13,5% 0,8%

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FICHA DE AULA Nº 13

DISCIPLINA

GEOGRAFIA AGRÁRIA

ATUALIZADA EM

Prof. LUIZ CLAUDIO G. RIBEIRO

Filosofia Pedagógica Institucional

Disponibilizamos, como sugestão para debate, por dia de aula(s) as temáticas da disciplina no intuito que Você se prepare previamente, não se limitando a aprendizagem tradicional e sim, passe a ser o sujeito da construção do próprio conhecimento, através da reflexão crítica; tornando-se desta forma, um agente ativo neste processo e, seu professor, um orientador, um facilitador desta construção. Ambos, co-autores do processo de aprendizagem.

ASSUNTOS SUGERIDOS PARA O ALUNO SE PREPARAR ANTECIPADAMENTE PARA A AULA

Ler o capítulo sobre Reforma Agrária na Constituição Brasileira de 1988.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

STÉDILE, João Pedro (Org.). A questão agrária hoje. 3 ed. Porto Alegre: UFRGS, 2002.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar a questão da reforma agrária no Brasil.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

Nos últimos 26 anos ocorreram 1.630 assassinatos por questões de terra, mas apenas 22 casos resultaram em julgamento, sendo que apenas 14 deles terminaram com condenação.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Qual a constituição brasileira mais favorável a reforma agrária?

RESUMO DA AULA 1. Introdução. 2. Estrutura do poder: - poder executivo - poder legislativo - 29% do congresso,

- 73% da bancada da região norte, são proprietários de terra,

- representantes da UDR (União Democrática Ruralista), FIESP e FAC (Federação das Associações Comerciais). - poder judiciário

- não tem formação em direito agrário. - forças armadas

- ministério da defesa,

- No governo Sarney, 33% dos ministros eram militares. - imprensa

- Lula x Collor,

- os donos das grandes redes de tv também grandes proprietários de terras, - jornais, jornais do interior, revistas.

- partidos políticos

- fisiologismo, regionalismo, clientelismo, populismo etc,

- esquerda: PT, PSB, PCB, PC do B, PDT – 106 parlamentares (deputados e senadores), - direita: PFL, PDS, PTB, PDC, PRN e outros – 296 parlamentares,

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- determinou a reavaliação de todos os incentivos fiscais,

- dispôs sobre a demarcação das terras públicas dentro de cinco anos,

- obrigou à revisão, dentro de 3 anos, de todas as concessões de terras públicas com área superior a 3.000 ha realizadas no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1987.

A SITUAÇÃO ATUAL DA REFORMA AGRÁRIA BRASILEIRA - Escalada da violência: seletiva, institucionalizada e impune

- nos últimos 26 anos houve 1.630 assassinatos por questões de terra, mas apenas 22 casos resultaram em julgamento, sendo que apenas 14 deles terminaram com condenação.

- Aumento da concentração fundiária e da pobreza rural

- existem no Brasil, 4,79 milhões de imóveis rurais que ocupam cerca de 615 milhões de ha – mais de 20 vezes a superfície da Itália (INCRA, 1988)

- 1% dos maiores imóveis rurais ocupam 46,9% desta área - apenas 30% da área dos imóveis são exploradas

- forte presença de grupos econômicos dos setores bancário, industrial e agropecuário, acumulando reservas de terra (85%) consideradas legalmente latifúndio

- 52,7% da população.economicamente ativa da agricultura tinham em 1980 renda inferior a um salário mínimo - 12% do total da produção agropecuária brasileira , em 1980, eram destinados ao autoconsumo

- 54% dos pobres que trabalham 40 horas (ou mais) por semana, na agricultura são empregados. - Inércia governamental

- Maiores grupos econômicos proprietários de terras no Brasil - Setor financeiro

- Aplub 2.279.073 ha / Bradesco 839.224 ha / Bamerindus 254.410 ha - Setor industrial

- Manasa/Cifec 4.160.658 ha / C.S.E.M.I. 2.240.485 ha / 522.984 ha - Setor agropecuário

- Cotrig Acu 1.611.757 ha / Moraes Mad. 669.280 ha / Ingeco 599.669 ha PROPOSTA DA REFORMA AGRÁRIA DA ESQUERDA

- Objetivos

- propiciar emprego de baixo custo aos agricultores

- democratizar a posse da terra (assentar 3,039 milhões de famílias em 15 anos) - oferecer melhor educação, saúde, moradia, justiça e previdência social - eliminar a violência no campo

- conter a devastação ecológica

- assegurar condições econômicas, políticas e sociais

- diminuir o êxodo rural melhorar as condições de segurança nas cidades - organização dos Assentamentos Extrativistas

- implementar novas formas de organização de pequenos agricultores nos assentamentos - Metas, duração e população alvo

- 3,039 milhões correspondem a 60% de 5,065 milhões de famílias de beneficiários potencialmente existentes em 1985 - 1 milhão em cada 5 anos

- estima-se a necessidade de 51,6 ha em cada 5 anos, ou seja, 153,716 ha em 15 anos - agricultores sem terra ou com pouca terra.

- Custos e fontes de financiamento

- gasto de aproximadamente 7 mil dólares por família

- Fontes: títulos da dívida agrária (51%), recursos orçamentários do INCRA (10%), sistema financeiro nacional (15%) etc. - Tipos básicos de assentamentos

- associativos ou explorações comunitárias - suburbanos ou agrovilas

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Histórico das lutas pela terra no Brasil.

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FERNANDES, Bernardo Mançano. A formação do MST no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2000.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer a história da luta pela terra no Brasil

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

A fome tem que ter raiva pra interromper, a raiva é a fome de interromper. João Bosco/Aldir Blanc

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

A luta do MST é unicamente pela reforma agrária?

RESUMO DA AULA

Origem: O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terrra nasceu das lutas concretas que os trabalhadores rurais foram desenvolvendo de forma isolada, na região Sul, pela conquista da terra, no final da década de 70. O Brasil vivia a abertura política, pós-regime militar. O capitalismo nacional não conseguia mais aliviar as contradições existentes no avanço em direção ao campo. A concentração da terra, a expulsão dos pobres da área rural e a modernização da agricultura persistiam, enquanto o êxodo para a cidade e a política de colonização entravam em aguda crise. Nesse contexto surgem várias lutas concretas que, aos poucos, se articulam. Dessa articulação se delineia e se estrutura o Movimento Sem Terra, tendo como matriz o acampamento da Encruzilhada Natalino, em Ronda Alta-RS, e o Movimento dos Agricultores Sem Terra do Oeste do Paraná (Mastro).

Objetivos: O MST visa três grandes objetivos: a terra, a reforma agrária e uma sociedade mais justa. Quer a expropriação das grandes áreas nas mãos de multinacionais, o fim dos latifúndios improdutivos, com a definição de uma área máxima de hectares para a propriedade rural. É contra os projetos de colonização, que resultaram em fracasso nos últimos trinta anos e quer uma política agrícola, voltada para o pequeno produtor. O MST defende autonomia para as áreas indígenas e é contra a revisão da terra desses povos, ameaçados pelos latifundiários. Visa a democratização da água nas áreas de irrigação no Nordeste, assegurando a manutenção dos agricultores na própria região. Entre outras propostas, o MST luta pela punição de assassinos de trabalhadores rurais e defende a cobrança do pagamento do Imposto Territorial Rural (ITR), com a destinação dos tributos à reforma agrária.

Antecedentes históricos: O MST não é algo novo na história do Brasil. É a continuidade das lutas camponesas, em uma nova fase. Durante a Colônia (até o final de 1800), os índios e negros protagonizavam essa luta, defendendo territórios invadidos pelos bandeirantes e colonizadores, ou unindo a luta pela liberdade com a da terra própria e construindo os quilombos. No final do século 19 e início do nosso século, surgiram movimentos camponeses messiânicos, que seguiam um líder carismático. São exemplares os movimentos dos Canudos, com Antônio Conselheiro do Contestado, com Monge José Maria o Cangaço, com Lampião, e diversas lutas regionalizadas.

Nas décadas de 30 e 40 ocorreram conflitos violentos, em diversas regiões, com posseiros defendendo suas áreas, individualmente, com armas nas mãos. Entre 1950 e 1964, o movimento camponês organizou-se enquanto classe, surgindo as Ligas Camponesas, a União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil (ULTABs) e o Movimento dos Agricultores Sem Terra (Master). Esses movimentos foram esmagados pela ditadura militar, após l964, e seus líderes foram assassinados, presos ou exilados. O latifúndio derrotou a reforma agrária. Mas entre 1979 e 1980, no bojo da luta pela redemocratização, surge uma nova forma de pressão dos camponeses: as ocupações organizadas por dezenas ou centenas de famílias. No início de 1984, os participantes dessas ocupações realizaram o primeiro encontro, dando nome e articulação própria ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Estrutura: O MST está organizado em 22 estados da Federação. Em 12 anos de existência, quase 140 mil famílias já conquistaram terra. Grande parte dos assentados se organiza em torno de cooperativas de produção, que já somam 55 associadas às centrais ligadas à Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab). A elevação da renda das famílias assentadas é realidade em muitos dos assentamentos, principalmente onde as agroindústrias são desenvolvidas. Pesquisa da FAO comprova que a média da renda nos assentamentos é de 3,7 salários mínimos mensais por família. Onde as agroindústrias estão implantadas essa média sobe

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para 5,6 salários mensais para famílias. Além da preocupação com o aumento do poder aquisitivo, o MST investe na formação técnica e política dos assentados. O setor de educação é um dos mais atuantes, propondo ampliar o conceito de educação, para não ser sinônimo apenas de escolaridade. São mais de 38 mil estudantes e cerca de 1.500 professores diretamente envolvidos nesse projeto de uma nova educação, pela Unicef. Além dos cursos regulares, o MST promove cursos e atividades de capacitação beneficiando cerca de três mil pessoas todo ano. Entre eles estão os cursos de magistério e o técnico em administração de cooperativas, em nível de segundo grau.

Período: 1979 a 1984:

"Terra para quem nela trabalha"

Conjuntura Nacional Processo Organizativo

. Crise econômica, abertura política, greves do ABC, trabalho das pastorais sociais (CPT, PO, CIMI e PPL), Anistia. . O governo procura resolver os conflitos agrários como problemas sociais. Campanhas pelas Eleições Diretas. . Principal inimigo: A pistolagem.

. Lutas isoladas.

. 1º Encontro Nacional de Fundação do Movimento (Jan/84).

. Resolução de problemas concretos e mobilização contra o regime militar e ocupações locais. Período: 1985 a 1988:

1985: "Sem Reforma Agrária não há democracia" 1986: "Ocupação é a única solução"

Conjuntura Nacional Processo Organizativo . "Nova República" e o PNRA.

. Articulação dos setores da agricultura contrários à reforma agrária na UDR . Principal inimigo: UDR

. Ocupações articuladas e massivas, de terras e órgãos públicos, greves de fome. . I Congresso Nacional do MST (Jan/85).

Período: 1988 a 1990:

1989: "Ocupar, Resistir, Produzir"

Conjuntura Nacional Processo Organizativo

. Assembléia Nacional Constituinte e Eleição Presidencial. . Expansão do MST. . Implantação no Nordeste com pequenas ocupações.

. Desenvolve-se a resistência de massas. . II Congresso Nacional do MST (maio/90). Período: 1990 a 1992:

"Ocupar, Resistir e Produzir"

Conjuntura Nacional Processo Organizativo . Governo Collor.

. Repressão contra os movimentos populares e sindicais. . Luta pelo "Impeachement".

. Principal inimigo: do Estado através da repressão policial e ações do Poder Judiciário.

. Levar a luta pela terra para a cidade, através de jornadas nacionais conjuntas e a continuidade das ocupações de terras e órgãos públicos.

. Principal forma de luta: as caminhadas. Período: 1993 e 1994:

"Ocupar, Resistir e Produzir"

Conjuntura Nacional Processo Organizativo . Governo Itamar Franco.

. Articulação da sociedade civil na "Campanha contra a fome e a miséria, pela vida".

. Jornadas massivas e construção do "Fórum dos Rurais" com ações nas capitais e principais centros urbanos. . Grito da Terra Brasil I.

Período: 1995 e 1996:

1995: "Reforma Agrária: uma luta de todos" "Ocupar, Resistir e Produzir"

Conjuntura Nacional Processo Organizativo

. Governo FHC, Plano real e agudização da crise na agricultura. . Reforço à consolidação do Plano Neoliberal.

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Procurar noticias atuais sobre previsões econômicas, relações de trabalho etc na agricultura.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questões. Campinas: UNICAMP, 1998.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apreciar as tendências e problemas da agricultura mundial.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

Toda atividade agrícola prova algum tipo de impacto ambiental.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Qual seria o limite da produção agrícola mundial?

Quando pensamos em problemas futuros da agricultura mundial, devemos também pensar em controle de natalidade?

RESUMO DA AULA

PROBLEMAS E TENDÊNCIAS DA AGRICULTURA MUNDIAL

A agricultura, em conseqüência da Revolução Industrial, vem paulatinamente e permanentemente sofrendo grandes transformações essas transformações, porém, se encontram em estágios diversos nos vários países do mundo. Assim, em regiões situadas no interior da África, da Ásia e da América do Sul e Central ainda encontramos pequenas comunidades agrícolas que fazem uma policultura de subsistência e produzem grande parte das ferramentas e utensílios que utilizam. São comunidades que vivem ainda quase à margem da economia monetária, como viviam os camponeses europeus antes da Revolução Industrial. Nos países desenvolvidos, porém, este sentido policultor de auto-abastecimento da agricultura já desapareceu em grande parte. Nas áreas abertas ao mercado internacional dos países do Terceiro Mundo, desenvolveu-se a agricultura de plantation, voltada inteiramente para o mercado externo, sendo grande fornecedora, aos países industrializados, dos alimentos e das matérias-primas tropicais. Vê-se, assim, que a agricultura, suplantada economicamente pela indústria, procurou adaptar-se às novas estruturas, deixando de ser um gênero de vida de grande parte da população para tornar-se uma profissão.

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FEDERAÇÃO DE ESCOLAS FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN

FICHA DE AULA Nº 16

DISCIPLINA

GEOGRAFIA AGRÁRIA

ATUALIZADA EM

Prof. LUIZ CLAUDIO G. RIBEIRO

Filosofia Pedagógica Institucional

Disponibilizamos, como sugestão para debate, por dia de aula(s) as temáticas da disciplina no intuito que Você se prepare previamente, não se limitando a aprendizagem tradicional e sim, passe a ser o sujeito da construção do próprio conhecimento, através da reflexão crítica; tornando-se desta forma, um agente ativo neste processo e, seu professor, um orientador, um facilitador desta construção. Ambos, co-autores do processo de aprendizagem.

ASSUNTOS SUGERIDOS PARA O ALUNO SE PREPARAR ANTECIPADAMENTE PARA A AULA

Ler artigos atuais sobre problemas ambientais causados pela agricultura.

ATIVIDADES ACADÊMICAS - AA PARA ALÉM DA SALA DE AULA, SUGERIDOS PARA A TEMÁTICA DA AULA (Ex.: sites, apostilas, livros, práticas investigativas / atividades de pesquisa / iniciação científica etc)

ANDRADE, Manuel Correa. A agricultura & capitalismo. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1979.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Discriminar os problemas ambientais do processo de modernização da gricultura.

FRASES REFERENTES AO ASSUNTO

Quem vencerá esse combate: soja x floresta Amazônica.

REFLEXÕES SOBRE O ASSUNTO

Na sua opnião, qual o maior problema ambiental causado pela agricultura moderna?

RESUMO DA AULA

São: o índice de consumo de pesticidas per-capita e forte degradação do solo e da água, causada por erosão, poluição e sedimentação química a perda da biodiversidade e desmatamento, causado principalmente pela formação de pastos e áreas agricultáveis a erosão genética, ou perda da diversidade genética das espécies cultivadas ou nativas.

Referências

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