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RELATÓRIO DE GESTÃO. Este Relatório refere-se à análise efectuada pelo Presidente relativamente à forma como decorreu o exercício de 2010.

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RELATÓRIO DE GESTÃO

1. Nota Introdutória

Este Relatório refere-se à análise efectuada pelo Presidente relativamente à forma como decorreu o exercício de 2010.

No exercício não se verificou nenhuma imposição legal de aumento salarial tendo-se, no entanto, registado um aumento dos encargos para a Caixa Geral de Aposentações (de 11% para 15% das remunerações certas e permanentes). Considerando o peso elevadíssimo que as remunerações certas e permanentes representam no orçamento do ISEP, o impacto desta medida foi muito significativo (aumento de 31% no sub-agrupamento segurança social). Refira-se, no entanto, que o esforço de racionalização de recursos humanos permitiu que o aumento da despesa com pessoal fosse de 3,8%, inferior ao aumento dos encargos para a Caixa Geral de Aposentações (4%).

Verificou-se um aumento das dotações orçamentais com origem no Orçamento de Estado, que se consubstanciou em 7,2%. Este aumento, que ficou muito longe de compensar os decréscimos sentidos desde 2004, resultou da assinatura do contrato de confiança entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino superior e as instituições de ensino superior, obrigando à assunção de novos compromissos.

Embora em termos sociais se tenham mantido os indicadores de quebra demográfica geral, no que respeita ao acesso ao ensino superior verificou-se a manutenção da capacidade de atração do ISEP o que se traduziu no preenchimento da totalidade das vagas colocadas em concurso no ano lectivo que se iniciou em Setembro, tal como tinha acontecido nos dois anos anteriores.

Este facto, em conjugação com a entrada em funcionamento de dois novos cursos (um de licenciatura e um de mestrado) e com a consolidação dos cursos iniciados em anos anteriores, permitiu um aumento do número de estudantes de 469 (7,7%).

Em termos legislativos entrou em vigor, no mês de Maio, a Lei 7/2010 que procedeu à primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto–Lei n.º 207/2009, de 31 de Agosto, que procede à alteração do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico. Algumas disposições da referida Lei, nomeadamente a transição automática para a categoria de Professor Adjunto de todos os Assistentes titulares do grau de Doutor, tiveram um impacto significativo face ao número de docentes e aos montantes envolvidos. Este impacto, aliás, manter-se-á nos próximos anos face ao elevado número de docentes em doutoramento.

Adicionalmente, todas as novas contratações foram abrangidas pelo regime de segurança social, cujo encargo (20,6%) é superior ao encargo com a CGA (15%). Este facto, à medida que o tempo passa, vai-se tornando cada vez mais significativo, uma vez que a substituição dos aposentados por novos contratados representa, desde logo, um encargo superior.

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2. Os recursos financeiros e a política de gestão

As despesas com pessoal constituem a componente mais significativa do orçamento (82,7%, comparando com 86,0% em 2009) e caracterizam-se por uma grande rigidez. Conseguiu-se, apesar de um aumento significativo do número de estudantes a partir de Setembro (7,7%) e do aumento do encargo com a CGA (4%) aumentar apenas em 3,8% esta rubrica continuando o esforço de racionalização de recursos humanos que se verifica desde 2007. Não é contudo expectável, a manter-se o número actual de estudantes, ser possível continuar a garantir variações das despesas com pessoal inferiores à variação dos encargos obrigatórios. É inclusivamente de prever que, num futuro próximo, se torne necessário proceder à contratação de novos docentes para garantir o acréscimo de serviço letivo.

Refira-se ainda que, na sequência da continuação do programa PROTEC e da implementação do programa de formação avançada de docentes do IPP, foi necessário contratar um número significativo de docentes (81, correspondentes a 40,5 ETI) para substituir os que obtiveram redução de serviço para formação, sendo tal impacto, como previsto, muito superior em 2010 comparativamente com 2009. Mantendo a política de racionalização de recursos humanos, estes docentes foram contratados pelo estrito período necessário à lecionação das unidades curriculares, evitando encargos em períodos de férias escolares. Refira-se ainda que a despesa respetiva tem contrapartida parcial (cerca de 75%) em transferências provenientes do IPP.

A política de incentivo à formação avançada de docentes foi continuada, de forma a garantir, no médio prazo, o cumprimento dos rácios legais, consubstanciando-se fundamentalmente no apoio ao pagamento de propinas de doutoramento dos docentes em formação, tendo registado uma redução de 9,1%, comparativamente com 2009, em resultado fundamentalmente do acesso de um número mais alargado de docentes ao programa de formação avançada de docentes do IPP.

Foram atribuídos prémios de desempenho, na sequência da avaliação no âmbito do SIADAP, no valor de 9.814,38€, verificando-se um aumento comparativamente a 2009 face ao bom desempenho dos trabalhos durante o ano de 2010 e à política implementada pela gestão no sentido de materializar, na medida das possibilidades, o reconhecimento do mérito.

Manteve-se o esforço de desmaterialização dos processos, atingindo-se níveis muito significativos que culminaram na obtenção do prémio de boas práticas “Serviço ao cidadão – ensino”. Refira-se que apenas o esforço contínuo nesta vertente possibilitou que os recursos humanos alocados aos serviços se mantivessem num número reduzido quando comparado com instituições congéneres.

Consolidado o esforço de focalização no núcleo base de actividades e naquelas com maior potencial de retorno futuro, estabilizou-se o processo de requalificação dos serviços, atingindo-se um nível considerado adequado para a garantia da qualidade de serviço.

Durante o ano de 2010 verificou-se um acréscimo de uma unidade (quando comparadas as entradas e saídas – decréscimo de uma unidade em 2009) para os funcionários não docentes, em

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resultado da necessidade de reforçar o suporte às atividades laboratoriais face ao aumento do número de estudantes e à entrada em funcionamento de novos cursos (8 novos cursos nos últimos dois anos).

Relativamente aos docentes verifica-se um aumento de 32 em resultado da contratação de 36 novos docentes para substituição de docentes em formação avançada1, correspondente a 18 ETI. Esta contratação reveste um caracter extraordinário, não permanente e com contrapartida em receita, sem o qual se teria verificado uma redução de 4 efetivos. Refira-se que os rácios actuais, quer de docentes, quer de funcionários não docentes, continuam significativamente abaixo dos valores padrão.

Quanto aos indicadores de despesa, a despesa total aumentou 7,6% (-5,6% em 2009), refletindo o aumento das despesas com pessoal (3,8%), aquisição de bens e serviços (13,0%), outras despesas correntes (77,8%) e das despesas de capital (67,0%). A despesa suportada por receita com origem no OE, versus o total da despesa, teve um aumento de 0,4%. Verifica-se pois que a despesa financiada por receitas com origem no OE foi de 70,3%, comparando com 69,9% em 2009.

Verificou-se o aumento da despesa com remunerações certas e permanentes em 0,4%, resultante dos fatores já descritos.

As contribuições para encargos sociais aumentaram 30,9% em resultado, fundamentalmente, do aumento de 11% para 15% nas contribuições para a CGA e do facto de as novas contratações efetuadas a partir de 2008 serem abrangidas pelas contribuições para a segurança social (20,6%). As contribuições para a CGA sofreram um aumento de 31,3%, tendo sido, nos termos legais, suportadas em 16,6% com recurso ao saldo de gerência transitado, em 59,3% através do orçamento de estado e em 24,1% através de receitas próprias. Pelos motivos já expostos, verificou-se um aumento de 69,3% nas contribuições para a segurança social, suportado em 22,9% através projetos cofinanciados (OE e FEDER) e em 77,1% através de receitas próprias, sendo que o peso destas contribuições no total dos encargos sociais passou de 8,5% em 2009 para 10,3% em 2010 (com tendência para continuar a crescer no futuro).

Na componente das despesas de funcionamento manteve-se o esforço de racionalização e de redução de custos. No entanto, em face do aumento de atividade resultante quer do aumento do número de estudantes, quer resultante do crescimento do número de projetos de investigação em execução e de fatores extraordinários, apurou-se um aumento de 13,0%.

O subagrupamento de aquisição de bens teve um aumento de 24,3% que resulta fundamentalmente do reforço de aquisição de bens para conservação e reparação de edifícios na sequência do aumento da capacidade de resposta própria aos diversos pedidos internos, evitando o recurso à contratação de entidades externas especializadas cujo encargo seria significativamente superior (a variação neste componente representa 76,0% do total do aumento registado neste subagrupamento).

Verificou-se, no subagrupamento de aquisição de serviços, um aumento de 11,9%. No entanto esta variação resulta fundamentalmente das despesas de contratação de novos bolseiros de

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investigação (+40,6%), de conservação e reparação de edifícios (+21,4%) e conferências e afins (+57,3%). Refira-se, no entanto que as despesas com bolseiros e de conferências e afins resultam de um aumento da atividade de investigação, integralmente suportada por receitas obtidas de fontes de financiamento de investigação nacionais e comunitárias, e constituem um fator muito positivo na prossecução da missão do ISEP. As despesas de conservação e reparação de edifícios representam intervenções manifestamente necessárias e inadiáveis nas infraestruturas. As despesas de instalações apresentam uma redução de 2,6% em resultado de variações de sentido contrário nas componentes que as integram. Verificou-se uma redução de 30,3% no consumo de água, em resultado da reparação da fuga de água referida no relatório de gestão de 2009. A componente de Vigilância e Segurança sofreu um aumento de 13,6% (com impacto no quarto trimestre e efeitos em 2011) em resultado do investimento efetuado num sistema de deteção de incêndios e de monóxido de carbono para a totalidade das instalações (até aqui inexistente ou deficiente), correspondendo a uma obrigação legal. O consumo de eletricidade sofreu um aumento de 48,3% em resultado de dois fatores: a entrada em funcionamento de um novo edifício (Q) e a afetação ao ISEP de um outro (R) e conjugação com uma alteração significativa na faturação (que não no consumo de energia) resultante da alteração pela EDP do contador existente (defeituoso) por um novo em Agosto de 2010.

No que se refere às Despesas Correntes - Outras registou-se um aumento global de 77,8%, sendo que o agrupamento Outras Despesas Correntes contribuiu na totalidade para o aumento (os restantes sofreram reduções). Este agrupamento das Outras Despesas Correntes sofreu um aumento de 3.162,1%, fundamentalmente em resultado de duas novas despesas: o pagamento da taxa de avaliação e acreditação de novos cursos à A3ES (representando 24,8%) e o pagamento do IVA apurado em cada trimestre, em resultado à mudança de tratamento do IVA que deixou de ser tratado como operação de tesouraria e passou a ser tratado como despesa (representando 71,6%).

Em termos de despesa de capital houve um aumento de 67,0%, resultado do investimento num novo centro de dados (+36,7%) (necessário para permitir centralizar os diferentes centros de dados existentes – com economias de escala e de funcionamento previsíveis a muito curto prazo – assegurar o suporte ao aumento de funcionalidades com a progressiva informatização dos processos administrativos e de suporte ao ensino – fundamental para reduzir custos de funcionamento e assegurar, apesar do significativo aumento de estudantes, a estabilização do número de trabalhadores não docentes e disponibilizar redundância na gestão das cópias de segurança). Foi feito ainda um investimento no reequipamento laboratorial para suporte ao ensino (+55,3%), tornado necessário pela entrada em funcionamento dos novos cursos e pela atualização de algum equipamento já existente.

No que se refere à receita, em 2010 o valor total da receita aumentou 5,1% (-6,0% em 2009), fundamentalmente em resultado do aumento de 7,2% verificado nas transferências do OE com origem no MCTES (representando 91,9% do aumento da receita). A receita total unitária (por aluno matriculado) manteve-se praticamente inalterada (variação de -0,07% face a 2009), uma vez que, apesar do aumento da receita, o número de estudantes também aumentou (7,7%). Refira-se que em 2009 face a 2008 se tinha registado uma redução de 17,5%.

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O ratio receitas próprias (incluindo transferências para projectos de investigação financiados pela FCT da fonte de financiamento OE) versus receita efectiva do ano (excluindo o saldo de gerência transitado) foi de 29,4% (30,0% em 2009).

Refira-se que o montante recebido a título de propinas – IPP (correspondente à transferência do valor das propinas pagas pelos estudantes2 a título de propinas da licenciatura e de mestrado) foi 475.195€ inferior ao valor orçamentado pelo IPP (aquando da preparação do orçamento do ano seguinte), o que aconteceu pela primeira vez (em anos anteriores tinha sido sempre transferida a totalidade do valor orçamentado). Apesar de solicitada, não foi produzida qualquer evidência que justificasse a referida redução.

O saldo orçamental da gerência registou uma redução de 35,0% resultante da utilização dos saldos para comparticipação dos encargos para a Caixa Geral de Aposentações (75,2%) e da existência de receitas consignadas à investigação dependentes da execução dos respetivos projetos plurianuais (24,8%).

O quadro seguinte mostra o perfil, a nível orçamental, da receita e da despesa do ISEP:

(2) 4ºT/2009 4ºT/2010 4ºT/2010-4ºT/2009 % 01 00 00 Despesas com Pessoal (1) 22.125.866,26 € 22.963.206,80 € 837.340,54 € 3,8%

01 01 00 RCP's 18.821.798,26 € 18.898.372,49 € 76.574,23 € 0,4%

01 02 00 AVE 707.605,76 € 667.354,86 € -40.250,90 € -5,7%

01 03 00 SS 2.596.462,24 € 3.397.479,45 € 801.017,21 € 30,9%

02 00 00 Aq. Bens e Serviços (2) 2.532.016,86 € 2.860.657,60 € 328.640,74 € 13,0%

02 01 00 Aquisição de Bens 217.157,80 € 269.904,12 € 52.746,32 € 24,3% 02 02 00 Aquisição de Serviços 2.314.859,06 € 2.590.753,48 € 275.894,42 € 11,9% 110.869,57 € 197.098,20 € 86.228,63 € 77,8%

03 00 00 Juros e Outros Encargos 6.375,24 € 4.391,36 € -1.983,88 € -31,1% 04 00 00 Transferências Correntes 101.558,68 € 96.942,85 € -4.615,83 € -4,5% 06 00 00 O.D. Correntes 2.935,65 € 95.763,99 € 92.828,34 € 3162,1%

Soma Despesas Correntes (I)=(1+2+3) 24.768.752,69 € 26.020.962,60 € 1.252.209,91 € 5,1%

1.051.911,94 € 1.756.366,14 € 704.454,20 € 67,0%

07 00 00 Aquis. Bens de Capital 1.051.911,94 € 1.756.366,14 € 704.454,20 € 67,0%

Soma Despesas Capital (II) 1.051.911,94 € 1.756.366,14 € 704.454,20 € 67,0%

25.820.664,63 € 27.777.328,74 € 1.956.664,11 € 7,6% Variação dos Compromissos

Assumidos

Agrupamentos/ Subagrupamentos

Eonómicos

Descrição Compromissos Assumidos

TOTAL (I+II) (1)

Despesas correntes

Desp. Correntes - Outras (3)

Despesas de capital

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O quadro seguinte mostra o perfil da receita numa agregação que se relaciona com a estrutura orgânica do ISEP:

MAPA DA RECEITA (€) 2010 2009

Receita do OE - MCTES 19.213.730 € 17.918.914 €

Receita do OE - Outras entidades 960.883 € 894.334 €

IPP 60.000 € IPP - PROTEC/PRODOC 77.320 € FCT 803.420 € 870.926 € AGÊNCIA DE INOVAÇÃO, SA 0 € 339 € CIÊNCIA VIVA 2.490 € 8.625 € IST 11.020 € CIAG - ISEG 6.633 € FCT - UNL 0 € 14.445 € Outras Entidades 0 € 0 € Receita Própria 7.054.545 € 6.783.500 € Ensino 89.794 € 795.796 € Investigação 696.210 € 501.339 €

Outras Actividades e Eventos 37.808 € 74.966 €

Serviços 11.149 € 40.782 € Infra-estruturas 113.217 € 260.516 € Formação Protec/Prodoc 34.650 € Outra formação 2.224 € 2.625 € Prestação de Serviços Serv. de tecnologia 172.123 € 167.269 € Serv. de formação 171.453 € 136.309 € Serv. em cooperação 348.257 € 285.689 € Outras receitas

Propinas - formação inicial - IPP 4.769.067 € 4.081.787 €

Propinas - formação inicial 96.133 € 50.361 €

Propinas - outra formação 59.780 € 106.110 €

Emolumentos 350.250 € 199.980 €

Receitas diversas 102.430 € 79.971 €

Receita efectiva 7.054.545 € 27.229.159 € 6.783.500 € 25.596.748 €

Saldo do exercício transitado 1.564.623 € 1.788.566 €

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De modo a complementar a análise, apresentam-se de seguida dois gráficos representativos da evolução, nos últimos anos, das duas principais fontes de receita:

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O quadro seguinte mostra o perfil da despesa numa agregação que se relaciona com a estrutura orgânica do ISEP: MAPA DA DESPESA (€) 2010 2009 Ensino 20.695.176 € 19.597.428 € Investigação 2.064.269 € 1.566.792 € Cultura e Desporto 96.169 € 102.190 € Serviços 2.074.057 € 1.916.007 € Infra-estruturas 1.960.491 € 1.669.196 € Formação 144.081 € 134.752 € Outra formação 144.081 € 134.752 € Prestação de Serviços 468.678 € 605.780 € Serv. de tecnologia 149.566 € 214.846 € Serv. de formação 104.625 € 142.812 € Serv. em cooperação 214.486 € 248.123 € Outras despesas 274.408 € 228.546 € Despesa efectiva 27.777.329 € 25.820.691 €

Saldo da gerência a transitar 1.016.453 € 1.564.623 €

Orçamento Total da Despesa 28.793.782 € 27.385.314 €

No entanto estes dados só são representativos do esforço de contenção exercido na despesa se analisados conjuntamente com os gráficos seguintes:

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Como se constata, tem-se verificado uma redução significativa do custo com pessoal por aluno, sem que isso tenha originado qualquer degradação na qualidade do serviço prestado.

3. As Expectativas para o Futuro

Nos quatro últimos exercícios foi feito um esforço de racionalização dos recursos humanos (e dos custos em geral) com resultados visíveis. Não é, no entanto, expectável que seja possível continuar indefinidamente a reduzir os custos e que tal não tenha impacto na atividade.

A incerteza resultante da situação económica em que o país se encontra torna muito difícil perspetivar o futuro. No entanto não é demais enfatizar que o esforço feito nos últimos anos torna muito difícil manter a qualidade de ensino e o nível de atividade se se verificar uma redução dos financiamentos disponíveis.

Embora continuem a ser analisadas todas as vertentes em que ainda é possível reduzir custos, o seu impacto é cada vez menor no resultado final. Refira-se, no entanto, que algumas das medidas recentes apenas produzirão resultados integrais a partir do exercício de 2011.

Também na atividade de investigação se poderá vir a registar algum impacto negativo em consequência de uma eventual redução do investimento das instituições nacionais. Será necessário reforçar a procura de fontes alternativas de financiamento, nomeadamente internacionais.

A permanente incerteza quanto ao preenchimento das vagas no próximo ano lectivo, apesar do continuado esforço significativo feito na promoção da imagem da Escola, constitui também um fator de instabilidade, que não permite um planeamento atempado dos recursos humanos necessários para o adequado desenrolar do processo de ensino. Prevê-se, no entanto, que não haverá diminuição do número de estudantes.

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O estabelecimento de parcerias estratégicas com outras instituições poderá constituir um elemento que permita alavancar a consolidação da nossa posição no segmento superior do ranking das instituições de ensino de engenharia.

A racionalização da oferta formativa e das próprias unidades orgânicas no seio do IPP, prevista no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, poderá constituir uma oportunidade única de consolidação da Escola, permitindo-lhe criar a massa crítica que lhe faculte a possibilidade de se tornar mais imune às variações da procura (pelos candidatos ao ensino superior) e das crises económicas.

Apesar dos investimentos feitos nos dois últimos anos na manutenção das infra-estruturas, torna-se cada vez mais urgente a recuperação do edifício G. Os problemas de salubridade e segurança existentes conjugados com a sua total desadequação a um ensino de qualidade, tornam imperativo o processo de requalificação. A manutenção da situação poderá originar problemas de difícil resolução que podem ter como consequência a redução do número de alunos e o fim da atividade de alguns grupos de investigação.

4. Conclusão

A Presidência agradece aos colegas responsáveis pela gestão – o Conselho Técnico-Científico, o Conselho Pedagógico, os Diretores de Departamento, os Diretores de Cursos, os Responsáveis pelos Serviços – e à Associação de Estudantes e a todos os membros da Escola – o contributo de cada um para manter bem vivo o nome do ISEP e a excelente resposta que todos, discentes, docentes e funcionários deram no âmbito da implementação das políticas e orientações traçadas pela gestão: sem isso, não teria sido possível a nossa Escola manter viva a chama que lhe é própria, nem imprimir-lhe a dinâmica necessária ao crescente prestígio e reconhecimento social por todos reconhecido.

ISEP, 28 de Abril de 2011 João Rocha Presidente

Joao Manuel

Simoes da

Rocha

Digitally signed by Joao Manuel Simoes da Rocha

DN: c=PT, o=MULTICERT-CA, ou=MULTICERT - RA, ou=Corporate, ou=Instituto Gestao da Tesouraria e Credito Publico IP, ou=Instituto Superior Engenharia Porto, ou=Personal ID, cn=Joao Manuel Simoes da Rocha Date: 2011.04.28 20:05:41 +01'00'

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