• Nenhum resultado encontrado

Sumário DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA 3 CONSTITUCIONAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Sumário DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA 3 CONSTITUCIONAL"

Copied!
31
0
0

Texto

(1)

Sumário

DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA 3 ... 1

CONSTITUCIONAL ... 1

#Dicas – (Poder Legislativo) Comissões parlamentares de inquérito (fev 2019) ... 1

As funções dos direitos fundamentais e a TEORIA DOS QUATRO STATUS de Jellinek (fev 2019) ... 7

PROCESSO CIVIL ... 8

COMPETÊNCIA – Simulado (fev 2019) ... 8

TRIBUTÁRIO ... 10

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (FEV 2019) ... 10

Taxas municipais (fev 2019) ... 15

CIVIL ... 16

PESSOA NATURAL (FEV 2019) ... 16

#Dicas - Direito de superfície (EC) (fev 2019) ... 18

#Dicas - Outorga onerosa do direito de construir (solo criado) (fev 2019) ... 19

#Dicas - Estudo de impacto de vizinhança (FEV 2019) ... 20

AMBIENTAL ... 20

#Dicas - PNRH (Atualização FEV 2019) ... 20

URBANÍSITICO ... 26

FUNDAMENTOS DO DIREITO URBANÍSTICO (FEV 2019) ... 26

#Dicas - Direito de preempção (Estatuto da cidade) (fev 2019) ... 28

PRINCIPAIS SÚMULAS E OJ’S RELACIONADAS COM A FAZENDA PÚBLICA (FEV 2019) ... 31

DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA 3

CONSTITUCIONAL

#Dicas – (Poder Legislativo) Comissões parlamentares de inquérito (fev 2019)

1. Investigar a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA em geral. 2. Atividade TÍPICA do Legislativo (fiscalizar).

(2)

3. No caso da criação de uma CPI mista (CPMI), o requerimento deve ser de 1/3 dos membros de AMBAS as Casas.

4. A CPI deve ser criada para apuração de fato certo, porém é permitido o ADITAMENTO (fatos novos conexos podem ser investigados desde que seja feito um aditamento da inicial, Inq. 2.245/MG).

5. A CPI NÃO pode ser criada para apurar fato EXCLUSIVAMENTE privado ou de caráter pessoal. Perceba que a investigação poderá incidir sobre negócios privados, DESDE QUE desses advenha repercussão de interesse público.

6. Prazo das investigações: a CPI deve ser criada por prazo certo, porém são permitidas sucessivas prorrogações, desde que não ultrapasse a legislatura. *Perceba: o término da legislatura representa o limite temporal máximo e implica o encerramento de todas as comissões temporárias (ex. CPI’s).

7. Direito público subjetivo das minorias/Direito de oposição (art. 58§3): satisfeitos os requisitos, a criação da CPI é determinada no ato mesmo do requerimento ao Presidente da Casa Legislativa, mesmo CONTRA A VONTADE DA MAIORIA da Casa. *INDEPENDE de deliberação plenária e NÃO cabe ao presidente da casa apreciação do mérito sobre a CPI.

a. “Ofenderá a CF a decisão do plenário da Câmara dos Deputados que, com base no princípio majoritário, rejeitar a criação de comissão parlamentar de inquérito para apurar fato certo e determinado, objeto de requerimento de um terço dos membros da referida casa legislativa” (MS 26.441).

b. “Não pode ser revisto, nem sequer pelo Plenário respectivo, o reconhecimento do Presidente da Casa Legislativa quanto à presença dos requisitos necessários à instauração da CPI” (MS 26.441/DF).

8. (Procurador Especial de Contas TCM/BA *adaptada) As CPI’s são instrumentos de controle político, à disposição das MINORIAS presentes nos órgãos legislativos. *Correto.

(3)

9. A CPI está sempre restrita à competência fiscalizatória do ente que mantém o parlamento. O STF já decidiu que a CD e o SF investigam somente questões relacionadas à esfera federal. Mesmo raciocínio se aplica quanto às CPIs estaduais e municipais. *Já as CPIs da Câmara Distrital podem investigar questões relacionadas às competências tanto do Estado quanto dos Municípios (art. 32 §1 cf).

a. Perceba, porém, que esta limitação NÃO é incompatível com a tomada de depoimento pela CPI de quaisquer autoridades federais, ESTADUAIS ou MUNICIPAIS.

10. É possível a criação de CPI AINDA QUE o fato já está sendo investigado por inquérito policial ou processo judicial regularmente instalados (Pleno, MS 24.831/DF).

11. PRINCÍPIO/CLÁUSULA DA RESERVA DE JURISDIÇÃO: a investidura das CPI’s de poderes típicos das AUTORIDADES JUDICIAIS é restrita ao PLANO INVESTIGATÓRIO/INSTRUTÓRIO (FASE PRÉ-PROCESSUAL, poderes instrutórios). Esses poderes devem se dar mediante decisão FUNDAMENTADA e MOTIVADA (art. 93 IX cf). As CPI’s NÃO tem competência para PROCESSAR/ACUSAR, nem para conceder TUTELAS CAUTELARES (medidas assecuratórias), tampouco para JULGAR/CONDENAR ou IMPOR PENA. Tais atribuições incluem-se na RESERVA ABSOLUTA DE JURISDICAO.

12. Sobre a motivação, apontada no tópico imediatamente acima, deve ser contemporânea à decisão, descabendo que seja apresentada a posteriori.

13. A CPI NÃO poderá praticar DETERMINADOS atos de jurisdição atribuídos exclusivamente ao Poder Judiciário, isto é, atos PROPRIAMENTE jurisdicionais (atos de RESERVA de jurisdição). Pode apenas requerer à autoridade judicial competente a decretação dessas medidas.

14. Não confundir PODERES PRÓPRIOS DAS AUTORIDADES JUDICIAIS (conferidos às CPI’s) com ATOS DE NATUREZA JURISDICIONAL.

(4)

15. Com base no princípio da separação dos poderes, a CPI NÃO tem poderes para INVESTIGAR atos de conteúdo JURISDICIONAl, NÃO podendo, portanto, rever os fundamentos de uma sentença judicial. *Por outro lado, o STF entende que é lícito à CPI investigar atos de caráter NÃO jurisdicional emanados do Poder Judiciário, de seus integrantes ou de seus servidores.

16. CPI PODE convocar magistrado para depor DESDE QUE somente sobre sua atuação como ADMINISTRADOR PÚBLICO (prática de ATO ADMINISTRATIVO), NÃO podendo ser chamado a prestar esclarecimentos sobre ATO JURISDICIONAL, ainda que a convocação tenha sido para justificar a demora no julgamento de processos.

17. CPI NÃO pode determinar a indisponibilidade de bens, bem como nenhuma MEDIDA CAUTELAR (poder geral de cautela) PENAL OU CIVIL. Ex. sequestro, arresto, prisão (*exceto flagrante), proibição de se ausentar do país.

18. PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE: “O princípio da colegialidade traduz diretriz de fundamental importância na regência das DELIBERAÇÕES tomadas por qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, NOTADAMENTE quando esta, no desempenho de sua competência investigatória, ordena a adoção de MEDIDAS RESTRITIVAS DE DIREITOS, como aquelas que importam na revelação (‘disclosure’) das operações financeiras ativas e passivas de qualquer pessoa” (MS 24.817, Rel. Min. Celso de Mello, j. 03.02.2005, Plenário, DJE de 06.11.2009).

19. As CPI’s PODEM determinar (ou seja, por decisão própria, SEM a intermediação do Judiciário) a quebra de sigilo FISCAL, BANCÁRIO e de DADOS (neste último, destaque-se o sigilo dos DADOS TELEFÔNICOS/SIGILO TELEFÔNICO).

20. CPI NÃO pode determinar a quebra de sigilo judicial (segredo de justiça).

21. Não confundir (1) SIGILO TELEFÔNICO (sigilo de DADOS telefônicos; registros) com (2) SIGILO DAS COMUNICAÇÕES TELEFONICAS (INTERCEPTAÇÃO telefônica; teor da conversa em si). A CPI somente pode decretar a quebra do (1).

(5)

22. Sigilo BANCÁRIO. A CPI FEDERAL ou ESTADUAL/DISTRITAL poderá REQUERER INFORMAÇÕES BANCÁRIAS diretamente das instituições financeiras (art. 4º, § 1º da LC 105/2001), isto é, poderá determinar a quebra do sigilo bancário. *Prevalece que CPI MUNICIPAL NÃO pode.

23. “No âmbito do PODER LEGISLATIVO, APENAS as CPIs podem determinar a apresentação de declaração de bens ou informações sob sigilo FISCAL” (ADIN 2.225. inf. 755).

24. CPI PODE ouvir testemunhas, sob pena de condução coercitiva.

25. CPI PODE lançar mão da polícia judiciária para localizar testemunha cujo endereço seja desconhecido, para o fim de proceder à intimação.

26. CPI PODE determinar a condução coercitiva de testemunha para prestar depoimento, no caso de recusa ao comparecimento.

27. CPI PODE ouvir investigados ou indiciados.

28. CPI PODE buscar e apreender documentos, DESDE QUE não estejam protegidos por sigilo, como o de domicílio. * CPI NÃO pode determinar busca e apreensão DOMICILIAR (reserva de jurisdição).

29. CPI PODE obter informações de documentos sigilosos.

30. CPI PODE determinar a realização de exames periciais e diligências, bem como requisitar informações e buscar todos os meios de prova legalmente admitidos.

31. CPI NÃO pode determinar qualquer espécie de prisão *salvo prisão em flagrante (p. ex. crime de falso testemunho).

32. O STF já decidiu que uma CPI NÃO pode exigir a presença de indígena no CONGRESSO NACIONAL, *o que não impede de ouvi-lo DENTRO DA SUA PRÓPRIA COMUNIDADE.

(6)

33. CPI NÃO pode anular atos do Poder Executivo.

34. A CPI NÃO promove a responsabilização do agente, mas encaminha para o MP e Advocacia Pública para que sejam responsabilizados.

35. Os trabalhos da CPI tem CARÁTER MERAMENTE INQUISITÓRIO (preparação para futura acusação, a cargo do MP) razão pela qual NÃO é assegurada aos depoentes o direito ao contraditório nessa fase de investigação parlamentar.

36. É dever de a CPI permitir a presença de advogados, exercendo a defesa técnica, com todas as prerrogativas asseguradas pelo Estatuto da Advocacia.

37. O processo ou procedimento instaurado em decorrência do relatório da CPI terá prioridade sobre qualquer outro, EXCETO sobre os relativos a HC, MS e HD.

38. NÃO há previsão expressa constitucional para a criação de CPIs não federais.

39. CPI Estadual: pode existir, e deve seguir as regras gerais da CPI federal. Segundo o STJ, no AgRg/RO 1611, a CPI estadual NÃO possui competência para investigar autoridades submetidas a foro privilegiado federal. Assim, NÃO pode investigar Governador ou Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

40. CPI Municipal: pode existir (p. da simetria). Todavia, possui poderes mais restritos em relação às CPI’s federais e estaduais, notadamente por não existir órgão do Poder Judiciário Municipal.

41. CPI Distrital: relembre, como já dito em tópico anterior - podem investigar questões relacionadas às competências tanto do Estado quanto dos Municípios (art. 32 §1 cf).

42. De acordo com LENZA: “As CPIs não podem nunca impor penalidades ou condenações. Os Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional

(7)

encaminharão o relatório da CPI respectiva e a resolução que o aprovar aos chefes do Ministério Público da União ou dos Estados ou, ainda, às autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão, conforme o caso, para a prática de atos de sua competência e, assim, existindo elementos, para que promovam a responsabilização civil, administrativa ou criminal dos infratores”.

43. A competência para julgar MS e outras ações constitucionais em face de CPI é do STF, conforme (CF, art. 102, I, ‘d’ e ‘i’). Sobre a regra da prejudicialidade, leciona LENZA que: A jurisprudência do STF, por regra, determina a prejudicialidade das “... ações de mandado de segurança e de habeas corpus, sempre que — impetrados tais writs constitucionais contra Comissões Parlamentares de Inquérito — vierem estas a extinguir-se, em virtude da conclusão de seus trabalhos investigatórios, independentemente da aprovação, ou não, de seu relatório final” (MS 23.852-QO, Rel. Min. Celso de Mello, j. 28.06.2001, e julgados mais recentes, como HC 100.200, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 08.04.2010, MS 25.459-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 04.02.2010 etc.).

a. Existe, contudo, um importante precedente no qual o STF não acatou a jurisprudência dominante da prejudicialidade. Trata-se da ACO 622, ação popular que busca declarar a nulidade da Res. n. 507/2001, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, pela qual se instituiu CPI para apurar as causas do acidente da plataforma P-36 da Petrobras, localizada na Bacia de Campos.

b. Apesar de a CPI ter encerrado os trabalhos, o Min. Ricardo Lewandowski, que considerava a ação prejudicada, reconsiderou a decisão, na medida em que o relatório da CPI fazia diversas recomendações, inclusive para que o Ministério Público investigasse o fato.

As funções dos direitos fundamentais e a TEORIA DOS QUATRO STATUS de Jellinek

(fev 2019)

A doutrina dos quatro status foi desenvolvida por Jellinek no final do século XIX e dispõe sobre os status em que o indivíduo pode encontrar-se em face do Estado. Tais status são passivo, negativo, positivo e ativo.

(8)

Gilmar Mendes explica que o status PASSIVO diz respeito à posição de subordinação que o indivíduo pode ocupar em face dos Poderes Públicos, caracterizando- o como detentor de deveres para com o Estado. O autor explica que esse status é verificado quando o Estado vincula o indivíduo por meio de mandamentos e proibições.

O status NEGATIVO diz respeito ao espaço de liberdade do individuo com relação a ingerências dos Poderes Públicos. Conforme Gilmar, impõe-se que os homens gozem de algum âmbito de ação desvencilhado do império do Estado. Esse status possui estreita relação com os chamados direitos de defesa (ou direitos de liberdade). Tais direitos caracterizam-se por impor ao Estado um dever de abstenção, um dever de não interferência no espaço de autodeterminação do indivíduo e objetivam limitar a ação do Estado.

Por outro lado, o status POSITIVO está relacionado ao direito que o individuo possui de, em algumas situações, exigir do Estado que atue positivamente, que realize uma prestação. Esse status está, portanto, relacionado aos direitos a prestações, os quais exigem que o Estado aja para atenuar desigualdades.

O status ATIVO, por sua vez, diz respeito à competência do individuo para influir sobre a formação da vontade do Estado, como, por exemplo, pelo direito do voto. O individuo atua exercendo os direitos políticos.

Prof Ilanna Soeiro

PROCESSO CIVIL

COMPETÊNCIA – Simulado (fev 2019)

1) Determina-se a competência no momento do despacho do pelo despacho do juiz que ordenar a citação.

2) A nulidade de cláusula arbitral deve ser alegada, primeiramente, perante a própria autoridade arbitral e não perante o poder judiciário.

3) O processo civil brasileiro adota a regra da perpertuatio jurisdictionis.

4) A ação fundada em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de situação da coisa.

5) A presença da União em ações de usucapião especial, afasta a competência do foro da situação do imóvel.

(9)

7) A competência para o julgamento de ações que versem sobre acidente de veículos é o do local do domicílio do réu.

8) O CPC/2015 adotou a Teoria Materialista da Conexão.

9) Compete à Turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial.

10) O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

11) Compete à justiça do trabalho o julgamento de ações que versem sobre contribuição para previdência complementar.

12) Nos processos em que for réu o conselho seccional da OAB, a competência para o julgamento será da justiça comum estadual.

13) O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.

14) A competência para processar e julgar mandado de segurança impetrado contra ato de governador é do STJ.

15) Compete a justiça estadual o processamento e julgamento das causas de acidente de trabalho, ainda que promovidas contra a União.

RESPOSTAS

1) Falso. CPC, Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

2) Verdadeiro. Trata-se da aplicação do princípio da kompetenzkompetenz, que confere ao árbitro o poder de decidir sobre a própria competência (informativo 622 do STJ).

3) Verdadeiro. Também conhecida como perpetuação da competência, tal regra consiste na fixação da competência do juízo no momento da distribuição do processo, sendo que alterações ou circunstâncias supervenientes não são capazes de modificá-la, protegendo as partes no processo, principalmente o autor. Está positivada no art. 43 do CPC acima citado.

4) Falso. O foro competente para o julgamento de ações que versem sobre direito pessoal ou real de bens móveis é o do domicílio do réu (art. 46 do CPC). Nos casos de ações fundadas no direito real de imóveis, o foro competente será o da situação da coisa (art. 47 do CPC).

5) Falso. Súmula 11 do STJ: A presença da União ou de qualquer de seus entes, na ação de usucapião especial, não afasta a competência do foro da situação do imóvel.

6) Falso. CPC, Art. 53. É competente o foro: I – para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: a) de domicílio do guardião de

(10)

filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;

7) Falso. Essa hipótese não segue a regra geral de competência (art. 46 do CPC), mas faz parte de uma das exceções trazidas pelo próprio código. CPC, Art. 53. É competente o foro: (…) V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

8) Verdadeiro. Para tal teoria, há possibilidade de reunião de processos para evitar prolação de decisões conflitantes, mesmo sem conexão entre eles. Nesse sentido: Art. 55, §3º do CPC. 9) Verdadeiro. Súmula 376 do STJ.

10) Verdadeiro. É o exato teor do art. 59 do CPC. Ressalta-se que a prevenção é o instrumento para que se saiba em qual juízo serão reunidas as causas conexas.

11) Falso. É competência da justiça comum o julgamento de conflito de interesses a envolver a incidência de contribuição previdenciária, incluindo a complementação de proventos (previdência complementar). Isso porque se trata de uma controvérsia tributária, atraindo a competência da justiça comum (informativo 903 do STF).

12) Falso. Tese de repercussão geral STF: Compete à Justiça Federal processar e julgar ações em que a Ordem dos Advogados do Brasil, quer mediante o Conselho Federal, quer seccional, figure na relação processual.

13) Verdadeiro. Art. 63, §2º do CPC.

14) Falso. A competência para o processamento e julgamento do mandado de segurança tem algumas peculiaridades. Há 3 níveis para a determinação da competência (havendo benefício de ordem entre eles, isto é, só se analisa a competência de acordo com o segundo requisito, se o primeiro não for capaz de determiná-la e assim sucessivamente): a) Competência de prerrogativa de foro; b) Competência especial quanto à matéria; c) Competência residual. De acordo com a primeira regra: MS contra ato do Presidente é julgado no STF, contra ato de Ministro, no STJ, e contra ato do governador, no TJ do Estado (neste último caso, pelo princípio da simetria).

15) Verdadeiro. Súmula 501 STF: Compete a justiça ordinária estadual o processamento e julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente de trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista. Isso porque foram expressamente excluídas da competência federal, nos termos do art. 109 da CF.

TRIBUTÁRIO

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (FEV 2019)

(11)

1) A expressão legislação tributária abrange os tratados e convenções internacionais.

2) Compete à lei complementar estabelecer normas gerais sobre prescrição e decadência tributária.

3) Os impostos extraordinários de guerra devem ser instituídos por meio de lei complementar.

4) As alíquotas mínimas do ISS devem ser fixadas por meio de lei complementar.

5) As hipóteses de extinção do crédito tributário podem ser estabelecidas por meio de decreto.

6) Não se admite a utilização de medida provisória para regular matéria tributária.

7) O conflito entre uma lei interna e um tratado internacional resolve-se em favor deste último.

8) As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas constituem normas complementares no direito tributário.

9) A interpretação da definição legal do fato gerador deve ser feita abstraindo-se dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

10) Lei complementar estadual pode dispor acerca de conflitos de competência, em matéria tributária, entre estados e municípios.

11) As resoluções do Senado Federal são hierarquicamente inferiores às leis ordinárias que instituem o IPVA e o ICMS.

12) Existe hierarquia entre as leis complementares e as normas complementares em matéria tributária.

(12)

13) Embora a analogia seja um método de integração da legislação tributária, sua aplicação não pode resultar na dispensa do pagamento do tributo devido.

14) A lei aplica-se a ato ou fato pretérito quando deixe de defini-lo como infração, independentemente do seu julgamento.

15) Os dispositivos de lei que majoram ou instituem impostos sobre o patrimônio ou a renda entram em vigor apenas no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação.

16) A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.

17) A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros, mas não aos pendentes.

18) O emprego da equidade não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.

19) (PGE-SC) A lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração.

20) (TJ-MT Juiz 2018) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, bem como para a definição dos respectivos efeitos tributários.

RESPOSTAS

1) Verdadeiro. CTN, Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

(13)

2) Verdadeiro. CF, Art. 146. Cabe à lei complementar: (…) III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: (…) b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

3) Falso. Não é necessário lei complementar. CF, Art. 154. A União poderá instituir: (…) II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

4) Verdadeiro. Tanto as alíquotas mínimas quanto as máximas. CF, Art. 156 (…) § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III {ISS} do caput deste artigo, cabe à lei complementar: I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas.

5) Falso. CTN, Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: (…) VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

6) Falso. “(…) já se acha assentado no STF o entendimento de ser legítima a disciplina de matéria de natureza tributária por meio de medida provisória, instrumento a que a Constituição confere força de lei” (ADI 1.417 MC).

7) Verdadeiro. Luciano Amaro afirma que haverá a aplicação da regra da especialidade. Assim, a norma especial (do tratado) excepciona a norma geral (lei interna), indiferentemente se a norma interna é anterior ou posterior ao tratado.

8) Verdadeiro. CTN, Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: (…) III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;

9) Verdadeiro. CTN, Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: (…) II – dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

10) Falso. Cabe à lei complementar federal (art. 146, I da CF).

11) Falso. A resolução do senado (art. 59, VII da CF) é norma primária, igualmente a lei ordinária (art. 59, III da CF).

(14)

12) Verdadeiro. Isso porque lei complementar é norma primária (art. 97 do CTN), e, portanto, é hierarquicamente superior a qualquer norma complementar (art. 100 do CTN).

13) Falso. O que não pode resultar na dispensa de tributo devido é a utilização da equidade. CTN, art. 107 (…) §1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. §2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

14) Falso. Desde que não esteja definitivamente julgado. CTN, Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: (…) II – tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração.

15) Verdadeiro. Teor do art. 104, I do CTN. Não confundir com o princípio da anterioridade, que trata acerca da eficácia da lei. No caso do referido artigo 104 do CTN, refere-se à entrada em vigor da lei.

16) A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. Correto! É exatamente o que dispõe o Art. 102, CTN.

17) A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros, mas não aos pendentes. FALSO! O Artigo 105, CTN dispõe expressamente que a legislação tributária aplica-se aos fatos geradores futuros e pendentes.

18) O emprego da equidade não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. Falso! Cuidado! A analogia não pode resultar na exigência do tributo não previsto em lei, enquanto a equidade não pode resultar na dispensa do tributo. Cuidado com esse trocadilho.

19) (PGE-SC) A lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração. Correta! Previsão do Art. 106, CTN.

(15)

20) (TJ-MT Juiz 2018) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, bem como para a definição dos respectivos efeitos tributários. Falso! Vejamos: "Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários".

Bons Estudos!

Taxas municipais (fev 2019)

Boa tarde, amigos do CTPGE! Vamos analisar alguns aspectos sobre as taxas municipais e também alguns julgamentos do STF.

1) taxa de iluminação pública - Como sabemos, a mesma é inconstitucional. Existe até SV sobre o tema; isso ocorre porque referida taxa não pode ser considerada como serviço público específico e divisível.

2) Taxa de limpeza pública - No mesmo fundamento que a primeira, é considerada INCONSTITUCIONAL pelo STF. Vejamos lição de Hugo de Brito Machado: No Superior Tribunal de Justiça vários julgados consideraram constitucional essa taxa. Entretanto, em face do entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal, em sentido contrário, a jurisprudência também ali se consolidou afirmando a inconstitucionalidade da taxa de limpeza pública.

Nem podia mesmo ser de outro modo. O serviço de limpeza pública é indivisível por natureza. Todos, sejam ou não proprietários de imóveis, tem interesse em que as ruas, praças e demais logradouros públicos estejam limpos.

3) Taxa de limpeza domiciliar - Ao contrário da mencionada acima, é viável. Novamente vou me valer das valiosas lições de Hugo de Brito Machado: "É

visível a distinção entre limpeza pública, serviço prestado à coletividade sem que se possa individualizar a parcela de utilidade individual dele, e a coleta domiciliar de lixo, serviço que embora seja extremamente útil à coletividade tem perfeitamente individualizada a sua utilização por cada um dos que, como titulares de unidades produtoras do lixo, dele se beneficiam".

Sobre o tema, na prova da PGM - SJP (Banca da PGM - Londrina), considerou INCORRETA a seguinte alternativa: "O fato gerador descrito é constitucional, pois, tanto o serviço de limpeza de vias e logradouros públicos quanto a coleta, remoção, tratamento e destinação final do lixo são serviços públicos específicos e divisíveis".

(16)

4) Taxa de conservação de estradas: Também é considerada como inconstitucional, pois é serviço público geral. Somente por meio de tarifa poderia ser cobrado, existe entendimento do STF sobre o tema. Vejamos:

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TAXA MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO DE ESTRADAS DE RODAGEM. INCONSTITUCIONALIDADE.

1. Impossibilidade de a taxa de conservação e serviços de estradas municipais ter como base de cálculo o número de hectares e outros fatores básicos usados para o cálculo do Imposto Territorial Rural.

5) Taxa de licença para localização e funcionamento: Tem como fundamento o Poder de Polícia municipal, principalmente o relacionado ao bem-estar da coletividade. O STF inclusive, já reconheceu a possibilidade de sua instituição e renovação anual (RE nº 276.564-3). Por fim, sobre o aspecto da Base de cálculo, o Tribunal Constitucional já decidiu que: "a taxa de licença não pode ter por base de cálculo o valor do patrimônio, a renda, o volume da produção, o número de empregados ou outros elementos que não dizem respeito ao custo da atividade estatal, no exercício do poder de polícia".

Fonte: Di Pietro, Gilmar Mendes e Hugo de Brito Machado - Tratado de Direito Municipal

CIVIL

PESSOA NATURAL (FEV 2019)

1) O ordenamento jurídico brasileiro, embora tenha se alinhado mais à teoria concepcionista para a construção da situação jurídica do nascituro, não admite que beneficiária de seguro DPVAT, que teve gestação interrompida diante de acidente de trânsito, receba indenização. 2) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores entre quatorze e dezesseis anos.

3) A emancipação pode ocorrer, entre outras hipóteses, pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público ou particular, independentemente de homologação judicial.

4) É possível que seja declarada a morte presumida, sem decretação de ausência nos casos em que for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida.

5) A comoriência ocorre quando dois indivíduos morrem na mesma ocasião e não é possível determinar quem precedeu o outro, presumindo-se simultaneamente mortos.

6) É necessária a comprovação de prejuízo para que haja responsabilização do responsável por publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou empresariais.

(17)

7) Para que os transgêneros possam retificar o prenome e o sexo no registro civil, é necessária a comprovação da cirurgia de transgenitalização.

8) Admite-se o restabelecimento do nome de solteiro na hipótese de dissolução do vínculo conjugal pelo falecimento do cônjuge.

9) Determinado indivíduo que exerce profissões em locais diversos, tem como único domicílio profissional o lugar em que a atividade é exercida com predominância.

10) A pessoa jurídica de direito público não possui direito à indenização por danos morais relativos à violação da honra ou da imagem.

11) A disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, com objetivo científico ou altruístico, depois que foi confirmada, não pode ser revogada.

12) Da morte do interditando decorre, por si só, a extinção da ação de exigir contas ajuizadas por ele.

13) Os direitos da personalidade podem ser objeto de disposição voluntária, desde que não permanente nem geral.

14) Não se admite, com risco de vida, o constrangimento a tratamento médico ou intervenção cirúrgica.

15) Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção jURIS ET DE JURE de paternidade.

RESPOSTAS

1) Falso. Para o STJ, se uma gestante envolve-se em acidente de carro e, em virtude disso, sofre um aborto, ela terá direito de receber a indenização por morte do DPVAT. Isso porque “o ordenamento jurídico como um todo – e não apenas o CC/02 – alinhou-se mais à teoria concepcionista para a construção da situação jurídica do nascituro, conclusão enfaticamente sufragada pela majoritária doutrina contemporânea” (informativo 547 do STJ).

2) Falso. Pegadinha que caiu na PGM Caruaru (banca FCC), se liguem! Os absolutamente incapazes são aqueles maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (art. 4º, I do CC). 3) Falso. Apenas por instrumento público. CC, Art. 5º. A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada a prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único: Cessará, para os menores, a incapacidade: I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos (…);

4) Verdadeiro. CC. Art. 7. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida.

(18)

5) Verdadeiro. CC, Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

6) Falso. Súmula 403 do STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou empresariais.

7) Falso. Informativo 892 do STF: Os transgêneros, que assim o desejarem, independentemente da cirurgia de transgenitalização, ou da realização de tratamentos hormonais ou patologizantes, possuem o direito à alteração do prenome e do gênero (sexo) diretamente no registro civil. No mesmo sentido: informativo 608 do STJ.

8) Verdadeiro. Essa hipótese não está prevista em lei, diferentemente da referente ao divórcio. O STJ entende que por serem hipóteses muito parecidas, não há razão para serem tratadas de modo diferente (informativo 627 do STJ).

9) Falso. CC, Art. 72 (…) Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.

10) Verdadeiro. “(…) Com efeito, o reconhecimento de direitos fundamentais ou faculdades análogas a eles a pessoas jurídicas de direito público não pode jamais conduzir à subversão da própria essência desses direitos, que é o feixe de faculdades e garantias exercitáveis principalmente contra o Estado, sob pena de confusão ou de paradoxo consistente em ter, na mesma pessoa, idêntica posição jurídica de titular ativo e passivo, de credor e, a um só tempo, devedor de direitos fundamentais” (informativo 534 do STJ).

11) Falso. CC, Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único: O ato de disposição pode ser revogado a qualquer tempo.

12) Falso. Isso porque o espólio tem legitimidade para prosseguir com a ação de exigir contas (informativo 583 do STJ).

13) Verdadeiro. Está condicionado à previa autorização do titular e sua utilização deve estar consonante com o contrato estabelecido (informativo 606 do STJ).

14) Verdadeiro. CC, Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou intervenção cirúrgica.

15) Falso. Súmula 301 do STJ: Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade. Observação: presunção juris tantum (relativa) ≠ presunção jURIS ET DE JURE (absoluta, não admite prova em contrário).

#Dicas - Direito de superfície (EC) (fev 2019)

- Incide no espaço urbano, pode ser por tempo determinado ou indeterminado; gratuito ou oneroso.

(19)

- A superfície do EC é solo urbano, enquanto o previsto no CC prevê também para o solo rural. - No EC tutela-se o interesse da coletividade, enquanto no CC tutela-se o interesse público. - No EC pode ser tempo determinado ou indeterminado, enquanto no CC é apenas por tempo determinado.

- No EC admite solo e subsolo, enquanto no CC é apenas no solo.

- O mesmo pode ser transferido a terceiros; bem como o superficiário e proprietário terão direito de preferência (Art. 22, EC);

- Parcela da doutrina entende que é possível a usucapião de direito de superfície.

- São hipóteses de extinção da superfície: pelo advento do termo e pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo proprietário.

- O direito de superfície precisa ser registrado em registro de cartório de imóveis; - Por fim, vejamos o teor do Art 24, EC, último artigo relacionado:

Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.

§ 1o Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.

§ 2o A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro de imóveis.

Bons Estudos! Equipe CTPGE

#Dicas - Outorga onerosa do direito de construir (solo criado) (fev 2019)

- Trata-se de instituto previsto no estatuto da cidade, que, em síntese, significa a possibilidade de construir além do coeficiente básico.

- O referido solo criado poderá ser no espaço aéreo ou subsolo.

- Para ser instituído é preciso previsão no plano diretor e também lei municipal que preveja o procedimento, contrapartida, prazos e isenções.

(20)

- No artigo 29 do EC também há previsão da outorga onerosa de alteração de uso de solo. - Conforme mencionado acima, o EC exige uma lei específica para para tratar dos requisitos de sua instituição. Entre outros aspectos, deve versar sobre a fórmula de cálculo; os casos passíveis de isenção e a contrapartida do beneficiário.

- De acordo com julgado do STF (RE 387.047/SC), o solo criado não se trata de tributo, pois se trata de uma faculdade do proprietário.

- Importante! Os recursos auferidos com a outorga onerosa deverão ser destinados às hipóteses previstas no Art. 26, EC. Caso seja dada destinação diversa, ocorrerá improbidade administrativa.

Bons Estudos! Equipe CTPGE

#Dicas - Estudo de impacto de vizinhança (FEV 2019)

- Também precisa de lei municipal;

- Tem natureza jurídica de limitação administrativa e visa harmonizar os interesses envolvidos no novo empreendimento.

- Atenção! a obrigação é exigível de pessoas privadas e de direito público.

- O rol dos requisitos a serem considerados, previstos no Art. 37 são os mínimos. Trata-se em verdade de rol exemplificativo.

- A ventilação e iluminação públicas devem ser exigidos porque são medidas relacionadas com a proliferação de doenças contagiosas.

- Ao EIV deve ser dado publicidade, conforme exigência legal e também constitucional (ART. 37 CRFB).

- Os moradores também podem participar, fazendo sugestões e questionamentos. - Importante! O EIV não substitui o estudo de impacto ambiental.

- Se liga: O EIV é de competência exclusiva municipal, enquanto o EIA é concorrente de todos os entes federados.

O tema já foi cobrado na PGM/cuiabá e Teresina.

AMBIENTAL

(21)

1. São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, entre outros: os Planos de Recursos Hídricos, a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos e a cobrança pelo uso de recursos hídricos.

1.1 (COPASA) A cobrança pelo uso dos recursos hídricos constitui instrumento da Política Nacional de Recursos Hídricos. Correto!

1.2. (FGV) As diretrizes e os critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos fazem parte do conteúdo mínimo dos Planos de Recursos Hídricos. Correto!

1.3 (MPERO) São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, entre outros: os Planos de Recursos Hídricos, a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos e a cobrança pelo uso de recursos hídricos. Correto!

2. A bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

2.1 (IBFC) A bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Correto! As bancas copiam e colam os artigos e incisos nesse tema, o que demanda muita atenção do candidato.

2.2 (PGEAC) De acordo com a Política Nacional de Recursos Hídricos, a bacia hidrográfica é a unidade de planejamento de gestão. Correto!

3. Na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos, devem ser observados, dentre outros, nas derivações, captações e extrações de água, o volume retirado e seu regime de variação.

4. O uso dos recursos hídricos está submetido a um regime de outorga de direitos de uso que visa garantir a quantidade e a qualidade dos usos da água e o efetivo exercício do direito de acesso à água.

4.1 (CESPE) Outorga é o instrumento pelo qual se faz o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água para garantir o efetivo direito de acesso à água. Correto!

5. A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades (PGM-FOR).

5.1. (PGMFOR) De acordo com a Lei n.º 9.433/1997, a unidade territorial para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos é a bacia hidrográfica, cuja

(22)

gestão é centralizada e de responsabilidade dos entes da Federação por ela abrangidos. Falso!

6. O Poder Executivo Federal poderá delegar aos Estados e ao Distrito Federal competência para conceder outorga de direito de uso de recurso hídrico de domínio da União. Sobre o tema (ALERJ): "é possível que seja delegada a competência ao Estado XYZ, por ato do Poder Executivo Federal, sendo vedada ao Estado, porém, a outorga de captações de água consideradas insignificantes". CORRETO!

6.1. TRF4: O Poder Executivo Federal não poderá delegar a competência para conceder outorga de direito de uso de recurso hídrico de domínio da União. Falso! 6.2. (CESPE) No Brasil, as outorgas de direito de uso de recursos hídricos em todos os rios, lagos e represas devem ser solicitadas à Agência Nacional de Águas. Falso! Também existe outorga pelo Poder Público Municipal e Estadual. Ademais, o Poder Executivo da União poderá delegar aos Estados, conforme visto acima.

7. Outorga é o instrumento pelo qual se faz o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água para garantir o efetivo direito de acesso à água. Obs: a maior parte das questões sobre PNRH cobra as disposições sobre outorgas.

8. Qual o prazo máximo da outorga? De acordo com a Lei, 35 anos, podendo ser renovada. Neste sentido (FCC - Analista da PGEMT): "Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não excedente a vinte e cinco anos, renovável". Falsa! 35 anos é o prazo legal.

8.1 (COPASA) A outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo indeterminado. Falso!! Deve ser por prazo determinado.

8.2. (VUNESP) Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não inferior a vinte e cinco anos, renovável. Falso! São 35.

8.3. (FUNCAB) Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não excedente a trinta e cinco anos, sendo vedada eventual renovação. Falso! É possível renovar!

8.4 (ALE-RO) A outorga pode se dar por prazo de até 35 (trinta e cinco) anos, renováveis.

(23)

9.1 (COPASA) a não utilização da outorga do uso dos recursos hídricos por três anos consecutivos não autoriza a suspensão parcial ou total, em definitivo ou por prazo determinado, por tratar-se de direito de acesso à água. Falso!

9.2. (FCC) A outorga poderá ser suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, na ausência de uso por dois anos consecutivos. Falso! São três anos.

10. A compensação a municípios é um de seus instrumentos.

10.1 (TRF2- Juiz) De acordo a Lei n. 9.433/97, são instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos a compensação a Estados membros da Federação. FALSO! A compensação é feita aos MUNICÍPIOS.

11. Os planos de recursos hídricos são de longo prazo, devendo conter o balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais.

12. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos é aplicável aos aquíferos subterrâneos destinados a consumidor final ou como insumo de processo produtivo, como também para aproveitamento de potenciais hidrelétricos.

13. Além do representante da FUNAI, os comitês de bacias hidrográficas de rios que abranjam terras indígenas incluirão representante das comunidades indígenas. 14. (COPASA) Na hipótese de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a aplicação nas atividades agrícolas e industriais. Falso! Consumo humano e dessedentação de animais.

14.1 (IBFC) Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o

consumo industrial e a dessedentação de animais. Falso!!

14.2 (FCC) Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais. Correto! Vejam como eles trocam apenas pequenos detalhes nas respostas.

15. (PGM/MANAUS) Valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos podem ser aplicados em bacia hidrográfica distinta daquela em que forem gerados tais valores. Correto! Vejamos o artigo da lei: Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão aplicados PRIORITÁRIAMENTE na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão utilizados (...).

(24)

15.1 (VUNESP) Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão aplicados exclusivamente na bacia hidrográfica em que foram gerados. Alternativa incorreta!!

15.2 (FGV) Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão utilizados. Correto!

15.3 (MP-PR) A água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico. 16. (ADV PETROBRAS) a competência para arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos é do comitê da bacia hidrográfica.

17. (MPERO) A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos implica alienação parcial das águas. Falso! Não implica a alienação parcial das águas. Vejamos: Art. 18. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis, mas o simples direito de seu uso.

18. (PGE/AC) Independe de outorga, de acordo com o regulamento, o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos

habitacionais assentados no meio rural.

18.1 (CODHAB) "Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos: extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; utilização da água para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais distribuídos no meio rural; e aproveitamento dos potenciais hidrelétricos". ALTERNATIVA FALSA! Os pequenos núcleos não precisam.

19. (PGE/AM) Conforme os fundamentos da PNRH, a gestão de tais recursos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas. Correto!

19.1 (MP-PR) A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.

20. Atenção! De acordo com a Lei da PNRH, a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável, é um dos objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos.

21. O STJ possui entendimento, em situações análogas, de que o inciso II do art. 12 da Lei 9.433/1997 condiciona a extração de água do

(25)

subterrâneo à respectiva outorga, o que se explica pela ressabida escassez do bem, considerado como recurso limitado, de domínio público e de expressivo valor econômico (AgRg no REsp 1.352.664/RJ, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 20/5/2013).

22. Importante: A água fornecida à população, após ser tratada pelas empresas concessionárias, permissionárias ou autorizadas, não caracteriza mercadoria, razão pela qual é insuscetível de cobrança de ICMS. 2. Inteligência do art. 46 do Código de Águas e do art. 18 da Lei que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, que determinam ser a concessão do serviço público de distribuição de água canalizada mera outorga que não implica a alienação das águas, uma vez que se trata de bem de uso comum do povo inalienável. AgRg no REsp 1014113/RJ, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, julgado em 27.5.2008, DJe 23.6.2008.

23. Dicas de Estudo para o tema: André Felipe e Clarissa Borges:

Os municípios podem receber a gestão de águas (rios, lagos, lagoas), desde que façam convênio com a União ou com o Estado. Ademais, os municípios podem ter o domínio das águas pluviais, promovendo a sua captação.

Saber a diferença entre água e recursos hídricos. A competência para legislar sobre recursos hídricos é privativa da União, na forma do art. 22, IV, da CF.

Princípio da finitude: a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico.

Conhecimento sobre a cobrança pelo uso de recursos hídricos: aplicação do princípio usuário pagador.

Conhecer todos os instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos (artigo 5º, PNRH).

Sem dúvidas, o instrumento mais importante é a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos (memorização dos artigos 11-18). Saber quais as hipóteses que dispensa outorga e quando a mesma é necessária, bem como a possibilidade de delegação para o executivo estadual e prazo de duração.

A concessão da outorga não dispensa o prévio licenciamento ambiental (pontifica o artigo 30, da Resolução CNRH 16/2001, que o ato administrativo de outorga NÃO exime o outorgado do cumprimento da legislação ambiental pertinente ou das exigências que venham a ser feitas por outros órgãos e entidades competentes).

(26)

Conhecer os artigos 23 – 48 da Lei no 9.433/1997 que dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).

URBANÍSITICO

FUNDAMENTOS DO DIREITO URBANÍSTICO (FEV 2019)

1) Apenas as áreas incluídas no plano diretor podem ser passíveis de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.

2) A transmissão do imóvel sujeito a parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, posterior a data da notificação, interrompe o prazo para a efetivação da obrigação.

3) Mesmo preenchidos todos os requisitos para o reconhecimento do direito à usucapião especial urbana pode ser obstado por legislação municipal que preveja módulos urbanos na área em que situado o imóvel.

4) A concessão do direito de superfície pode ser apenas onerosa.

5) O município possui o dever de fiscalizar e regularizar o loteamento irregular. 6) O plano diretor é obrigatória para cidades com mais de 50 mil habitantes.

7) As operações urbanas consorciadas valorizam o ideal de associação entre o setor público e o privado.

8) A propriedade urbana atende sua função social quando cumpre as exigências previstas no plano diretor.

9) O estudo de impacto de vizinhança é exigido para a obtenção de licenças ou autorizações de construção em empreendimentos em áreas urbanas e rurais de determinados municípios. 10) O estudo de impacto de vizinhança substitui o estudo prévio de impacto ambiental.

11) A governança interfederativa consiste no compartilhamento de ações de determinados entes da federação no sentido de organizar, planejar e executar funções públicas de interesse comum.

12) O plano diretor deve englobar todo o território de um município. 13) O plano diretor deve ser aprovado pela Câmara municipal.

14) O direito de superfície apenas pode ser extinto pelo advento do termo.

15) O autor da ação de usucapião especial urbana tem direito aos benefícios da justiça gratuita, inclusive em relação ao cartório de registro de imóveis.

(27)

1) Verdadeiro. Lei 10.257/2001, Art. 5º. Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para a implementação da referida obrigação.

2) Falso. Lei 10.257/2001, Art. 6º. A transmissão de imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5º desta lei, sem interrupção de quaisquer prazos.

3) Falso. Tema 815 – tese de repercussão geral: “preenchidos os requisitos do art. 183 da Constituição Federal, o reconhecimento do direito à usucapião especial urbana não pode ser obstado por legislação infraconsitucional que estabeleça módulos urbanos na respectiva área, nem pela existência de irregularidades no loteamento em que situado o imóvel”.

4) Falso. Lei 10.257/2001, Art. 21 (…) §2º A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa.

5) Verdadeiro. “É pacífico o entendimento desta Corte Superior de que o Município tem o poder-dever de agir para fiscalizar e regularizar o loteamento irregular, pois é o responsável pelo parcelamento, uso e ocupação do solo urbano, atividade essa que é vinculada e não discricionária”.

6) Falso. 20 mil habitantes. CF, Art. 182 (…) §1º O plano diretor, aprovado pela câmara municipal, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

7) Verdadeiro. Lei 10.257/2001, Art. 31 (…) §1º Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo poder público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

8) Verdadeiro. CF, Art. 182 (…) §2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

9) Falso. Apenas áreas urbanas. Lei 10.257/2001, Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do poder público municipal.

10) Falso. Lei 10.257/2001, Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação do estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental. 11) Verdadeiro. Lei 13.089/2015, Art. 2º, (…) IV – governança interfederativa: compartilhamento de responsabilidade e ações entre entes da federação em termos de organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum.

12) Verdadeiro. Lei 10.257/2001, Art. 40 (…) §2º O plano diretor deverá englobar o território do município com um todo.

(28)

13) Verdadeiro. CF, Art. 182 (…) §1º O plano diretor, aprovado pela câmara municipal, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

14) Falso. Lei 10.257/2001, Art. 23. Extingue-se o direito de superfície: I – pelo advento do termo; II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.

15) Verdadeiro. Lei 10.257/2001, Art. 12 (…) §2º O autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório de registro de imóveis.

#Dicas - Direito de preempção (Estatuto da cidade) (fev 2019)

- Trata-se de restrição imposta ao particular consistente em uma obrigação de fazer. Atente-se: somente ocorre se a alienação for ONEROSA.

- Cuidado! Não confunda com perempcao, que quer dizer perda do direito.

- Para que esse direito possa incidir efetivamente, é necessário que exista lei municipal especificando as áreas de aplicação.

- Como dito, tal direito tem como requisito a existência de transferência ONEROSA da propriedade. Assim, podemos concluir que não incide sobre: alienação de domínio útil ou superfície; alienações gratuitas; quando ocorrer evicção, desapropriação ou usucapião.

- Importante! Também não incide se a alienação for realizada por pessoas jurídicas de direito público.

- Já caiu em concurso (TJPI - JUIZ): "O direito de preempção municipal tem natureza jurídica de limitação administrativa". Alternativa correta!

- Cuidado! O direito de preempcao do Estatuto da cidade é bastante diferente do previsto no código Civil. Entre as principais diferenças, podemos listar as seguintes:

1. No estatuto da cidade decorre da obrigação legal, enquanto no CC decorre da vontade das partes; 2. No EC o objeto será apenas bens imóveis, enquanto no CC podem ser bens móveis ou

(29)

imóveis e 3. No estatuto da cidade tem prazo de 5 anos (renováveis), enquanto no CC, o prazo é indeterminado.

- Como visto acima, o prazo é de cinco anos, podendo ser renovado a partir de um ano após o decurso de prazo de sua vigência.

- Importante! Independentemente de quantas alienações ocorrerem, o direito de preferência será assegurado durante o prazo de vigência previsto acima.

- A aquisição pelo Município ou DF não precisa de prévia licitação.

- O referido direito pode ser utilizado para: regularização fundiária; programas e projetos habitacionais; reserva fundiária; expansão urbana; equipamentos comunitários; espaços de lazer e área verde; criação de áreas de proteção ambiental e patrimônio cultural.

- Esses são os principais pontos sobre o Instituto. Trago, para facilitar o estudo, os artigos respectivos:

Seção VIII

Do direito de preempção

Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.

§ 1o Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.

§ 2o O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 1o, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.

(30)

Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:

I – regularização fundiária;

II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III – constituição de reserva fundiária;

IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;

IX – (VETADO)

Parágrafo único. A lei municipal prevista no § 1odo art. 25 desta Lei deverá enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades enumeradas por este artigo.

Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.

§ 1o À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de validade.

(31)

§ 2o O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da

§ 3o Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada. § 4o Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de trinta dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.

§ 5o A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é nula de pleno direito.

§ 6o Ocorrida a hipótese prevista no § 5o o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.

Bons Estudos! Equipe Conteúdos

PRINCIPAIS SÚMULAS E OJ’S RELACIONADAS COM A FAZENDA

PÚBLICA (FEV 2019)

Súmulas: 51; 269; 129; 363; 386; 455; 331; 430; 244; 339; 369; 378; 390; 303; 368; Ojs: 51; 100; 216; 364;

92; 125; 199; 225; 297; 308; 366; 128; 191; 382; 383; 238; 247; 364; 5; 134; 138; 152; 192; 318; 334; 343; 368; 376; 398 (esses são da SBDI-I).

TP: 2; 3; 7; 8; 10; 12 e 13.

*Cuidado com os possíveis impactos da reforma trabalhista e eventuais alterações cancelamentos recentes promovidos pelo TST.

Referências

Documentos relacionados

O Museu de Ciências e Tecnologia, fundamentado nos princípios institucionais da PUCRS, tem por missão gerar, preservar e difundir o conhecimento por meio de seus acervos e

Para a variável número de frutos comercias por planta, em solo sem histórico de cultivo irrigado, foi observado uma interação entre enxofre e fósforo a 5% de probabilidade (figura

De modo a proporcionar uma melhor aprendizagem na área da Hotelaria e Turismo e, consecutivamente, uma redução do desperdício alimentar e um serviço mais adequado,

Back then, the cases were published, and the patients presented, upon initial examination, typical alterations, such as bamboo hair, atopy with pruritic eczematic lesions, some of

Cty Cp Đầu Tư Kiến Trúc Xây Dựng Toàn Thịnh Phát kietbsc@gmail.com thienduc_branch@yahoo.com .vn C.Ty Tnhh Công Nghệ Và Thương Mại Phương

Com base nas normas internacionais de contabilidade do IFRS adaptadas ao Brasil segundo as regras aprovadas pelo Conselho de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a Comissão de

Em Junho de 2013, o aqui requerente outorgou com a requerida um contrato de fornecimento de energia eléctrica e gás natural, para o imóvel por si habitado, sito na Encosta,

Cada uma das palavras a serem ignoradas aparece em letras minúsculas em uma linha sozinha e não possuem comprimento maior que 10 caracteres. Cada título aparece em uma linha