TRABALHO FINAL GADO RASTREADO

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Escola Politécnica da USP

EP-018

O produto Internet e suas aplicações

TRABALHO FINAL

GADO RASTREADO

Maria Celina Britto Bacellar

Maio / 2004

A tecnologia do Rastreamento de Gado

e as possibilidades e implicações de

outros usos desta tecnologia

Universidade de São Paulo Escola Politécnica

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MBA - Gestão e Engenharia de Produtos

Algumas décadas atrás...

... a pecuária bovina era encarada como uma

atividade econômica, cujo foco da produção

estava no rebanho e não no indivíduo.

• Preocupação com a identificação: identificar

o rebanho - demonstrar quem era o dono no

caso de extravio de animais.

• Marcação a fogo:

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Aumento mundial de custos de produção e competitividade:

•

foco no indivíduo: obter o rendimento máximo de cada pedaço

da "máquina".

• medir a produtividade individual

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... tendo em vista, especialmente, a segurança da cadeia alimentar, o

mundo passou a ter uma nova preocupação: a necessidade de

identificar e conhecer a procedência do alimento que chega à mesa

do consumidor.

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• Preocupação entre os consumidores

• Procura crescente por alimentos saudáveis

Nos dias de hoje ...

"Os Consumidores não devem conviver com nada menos do que os mais elevados padrões de qualidade dos alimentos que consomem.

Eles têm o legítimo direito de comprar alimentos seguros, saudáveis, de alta qualidade, produzidos sob condições ultra-higiênicas”.

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As projeções de consumo indicam grandes aumentos

na demanda per capita de produtos de origem animal:

Demanda crescente

Condições intensivas de produção,

processamento e comercialização de alimentos

Mudanças para atender à demanda...

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Intoxicações, infecções e mortes

...decorrentes de contaminações não intencionais.

Exemplos:

- Dioxinas na ração animal;

- Toxinfecções de origem alimentar;

- BSE (encefalopatia espongiforme bovina -

”Vaca Louca"

)

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• Por determinação do Ministério da Agricultura, o cadastro no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) é obrigatório para quem exporta carne bovina.

• Sem registro, a venda para fora do país não é permitida!

• Abrange toda o cadastro de bovinos, propriedades rurais, agroindústrias e veterinários, técnicos e representantes autorizados.

• A base de dados, totalmente informatizada, contém informações atualizadas de todos os elementos identificados, registrados e cadastrados.

• O animal certificado no SISBOV recebe um "DIA”: Documento de Identificação Animal e um BRINCO com o novo nº SISBOV para aquele animal.

A Rastreabilidade no Brasil

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Identificação de bovinos:

O sistema de identificação individual é único em todo o território nacional e utiliza código de 17 dígitos:

a. 3 dígitos iniciais: país de nascimento de bovinos - (105 é Brasil) b. 2 dígitos subseqüentes: Unidade Federativa de origem dos bovinos c. 2 dígitos subseqüentes:micro-regiões brasileiras (IBGE);

d. 9 dígitos subseqüentes: identificando bovinos e bubalinos; e. 1dígito final verificador

A Rastreabilidade no Brasil

Identificação de Bovinos:

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Descrição Preço:

Taxa de Credenciamento do Supervisor SISBOV R$ 37,00 / taxa única Taxa de Adesão do Criador ao SISBOV ISENTO

Taxa de Anuidade do Criador junto ao SISBOV ISENTO

Taxa de CERTIFICAÇÃO SISBOV R$ 1,00 / animal + correio (docs.)

Taxa de RASTREAMENTO variada / qtd. animal + deslocamento

Taxa de Certificação de CONFORMIDADE INCLUSA na visita de rastreamento

Brincos:

Brincos SISBOV - até 499 animais R$ 1,02 / brinco Brincos SISBOV - de 500 à 999 animais R$ 1,00 / brinco Brincos SISBOV - de 1.000 à 4.999 animais R$ 0,98 / brinco Brincos SISBOV - acima de 5.000 animais R$ 0,96 / brinco Brinco BIOCHIP ELETRONICO RFID Consultar

A Rastreabilidade no Brasil

Preços:

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A Rastreabilidade no Brasil

Prazos para Certificação de Origem SISBOV:

- Criatórios voltados à produção para o comércio internacional com os países membros da União Européia deverão integrar o SISBOV até o mês de

junho de 2002

.

- Os criatórios que exploram animais cuja produção esteja voltada para os demais mercados importadores, o prazo será

dezembro de 2003

.

- Todos os criatórios produtores de bovinos e bubalinos localizados nos estados livres de febre aftosa ou em processo de declaração integração o Sistema, no máximo, até

dezembro de 2005

; os criatórios dos demais estados, até

dezembro de 2007

.

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Identificação e Rastreabilidade

• Identificação dos bovinos:

– Identificação do rebanho (marcação a fogo)

– Identificação individual: Atribuir ao animal alguma característica

que seja única e que permita a qualquer momento individualizar

este ou aquele animal do rebanho.

• Rastreabilidade:

– Conseqüência das mudanças dos padrões de consumo.

– É uma resposta às exigências do mercado que deseja

alimentos sadios e seguros e que ainda respondam por uma

produção sustentável e que respeite o bem estar animal.

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Diferentes tipos de marcadores

(e formas de rastreamento)

• Brincos

• Tatuagens

• Marcadores

• Brincos eletrônicos

• Bolus ruminal (cápsulas de cerâmica retidas no retículo ou

segundo estômago dos animais)

• Transponders injetáveis

• Fotografia digital da retina

• DNA

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Diferentes tipos de marcadores

• Brincos, tatuagens e marcadores de pele:

– Possibilidade de perda, quebra e alteração dos marcadores.

– Registro de dados lento, possibilidade de erros de transcrição manual. – Alguns tipos, causam danos ao couro do animal.

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Diferentes tipos de marcadores

• Identificação com dispositivo eletrônico:

– Confiável, segura e rápida.

– Permanece com os animais durante toda sua vida e é recuperável no abate.

– Resiste às condições de campo e é legível em condições fixas ou em movimento.

– Permite rastreabilidade e armazenamento eletrônico de dados

– Garantia de inviolabilidade e praticidade, bem como, confiabilidade na transcrição de dados.

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Gado Rastreado

O sistema com Biochip

Tipos de biochips: - Biochip em brincos - Biochip injetável subcutâneo - Bolus ruminal (biochip no interior)

Biochips: são pequenas cápsulas identificadoras com um microchip interno ( 2,5 mm x 11,5 mm e/ou maiores).

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Componentes do sistema

O sistema com Biochip

Dispositivo para

fixação do brinco Bolus ruminal Scanner e antena

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O sistema com Biochip

RFID - Radio Frequency Identification

• A Identificação por rádio freqüência nada mais é do que a

identificação por meio de dispositivos eletrônicos como os

"biochips".

• Regulamentação da norma NBR14766 (ABNT) em rigor com

a ISO11784:1996.

• A utilização de brincos com biochips, biochips injetáveis,

bólus ruminais, necessita de conexão com softwares para

gerenciamento dos dados do animal.

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RFID - Radio Frequency Identification

Funcionamento (I):

• Biochip implantado subcutâneo

• Possui uma pequena “bobina” inerte (sem vida ou bateria)

• Responde a ondas de rádio freqüência (RFID) emitidas por um scanner. • Chip interno → numeração única → permite mais de 270 bilhões de

combinações.

• Quando estimulado por ondas magnéticas de rádio freqüência, responde emitindo uma mensagem numérica que comporta todos os dados coletados.

• A Identificação RFID – Biochip permite armazenar dados sobre o animal em banco de dados alocado na Internet, o que permite o desenvolvimento de pesquisa, rastreamento e fácil controle já que o acesso pode ser “remoto”.

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RFID - Radio Frequency Identification

Funcionamento (II):

• O sistema utiliza um microchip, que é colocado na orelha do animal.

• Esse chip emite ondas de rádio que são captadas por uma antena de rádio, colocada dentro da propriedade.

• Os dados do animal aparecem imediatamente na tela do computador. • A abrangência para captação das ondas é de apenas 1 metro, porém,

existe um aparelho portátil com uma antena própria, que propicia o manejo dos animais no pasto.

• Os dados são inseridos no aparelho e, posteriormente, passados para o computador central.

• Essas informações sobre a procedência do animal desde do nascimento ficam arquivadas em um software desenvolvido especialmente para esse fim.

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RFID - Radio Frequency Identification

Vantagens :

• Identificação individual (100% seguro) e com histórico sanitário; • É totalmente à prova de fraude;

• Somente removível no abate do animal (re-aproveitável); • Elimina erros e subjetividade de leitura;

• Permite monitorar o peso individual durante todas as etapas da criação; • Estima a conversão alimentar;

• Contribui para o melhoramento genético; • Agrega valor ao abate;

• Conquista novos mercados de exportação pela melhoria do controle de qualidade da carne;

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O Exemplo brasileiro

• Alguns projetos corajosos na garantia de origem da carne bovina:

– Garantia Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Núcleo dos Produtores de Novilho Precoce de Uberlândia, CFM, Grupo Qualitas, Nelore.

• Rastreabilidade do leite: a Nestlé já começa a dar os primeiros passos nesta direção.

• Todos eles, com coragem e determinação, vêm implantando projetos de Identificação Animal com vistas na rastreabilidade dos produtos finais. • Por serem precursores, é natural que todos eles apresentem fragilidades

e inconsistências, mas o principal é que todos eles são embriões muito saudáveis de uma rastreabilidade mais exata e efetiva que, dentro de pouco tempo, fará parte do nosso cotidiano.

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Outras aplicações do sistema de identificação

Agro-negócio:

• Rastreamento de bovinos e outras criações (suínos, avicultura, etc.). • Identificação e acompanhamento de animais de estimação como cães, gatos, hamisters e passarinhos.

• Controle e preservação de animais silvestres, animais em extinção, etc. • Desenvolvimento de pesquisa sobre desova de peixes em rios.

• Melhor controle de uma criação de avestruzes: crias, dados de engorda, processo de manejo e controle sanitário, etc.

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Outras aplicações do sistema de identificação

Aplicações humanas:

• Rastreamento de veículos e cargas. • Substituição de cartões de crédito. • Localização de seqüestrados.

• Histórico médico de pacientes.

• Controle/alerta de determinadas doenças (diabetes, cardíacas, etc.).

• Detecção da doença antes da sua manifestação: biochip = comprimido. Reconhece tumores na etapa molecular.

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Outras aplicações do sistema de identificação

A “Marca da Besta”

Segundo o livro do Apocalipse (Apocalipse 13, 16-18):

"... conseguiu que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, tivessem um sinal na mão direita e na fronte, e que ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da fera, ou o número do seu nome. Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da fera, porque é o número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis."

Com base neste trecho do livro, grupos fanáticos vem difundindo a idéia de que um grupo ou grupos comandados por Lúcifer estariam preparando as pessoas - com os chips subcutâneos - para dominar o mundo!