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PARECER Nº 001/2016/AUDIN 1

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PARECER Nº 001/2016/AUDIN1

Processo nº. 23080.015242/2016-26

Assunto: Prestação de Contas Anual da Universidade Federal de Santa Catarina Exercício 2015

A Auditoria Interna da Universidade Federal de Santa Catarina (AUDIN), cumprindo o disposto no art. 15, § 6º do Decreto nº 3.591, de 06 de setembro de 2000 e no art. 13 inc. III da Instrução Normativa-TCU nº. 63, de 1º de setembro de 2010, do Tribunal de Contas da União (TCU), apresenta parecer sobre a Prestação de Contas Anual da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), correspondente ao exercício de 2015.

A Universidade Federal de Santa Catarina, autarquia vinculada ao Ministério da Educação, consta da relação das unidades prestadoras de contas cujos responsáveis terão as contas de 2015 julgadas pelo Tribunal de Contas da União, conforme disposto no Anexo I da Decisão Normativa - TCU nº 147, de 11 de novembro de 2015.

Para a elaboração do parecer, a AUDIN seguiu a metodologia descrita nas orientações provenientes do TCU que determinam os conteúdos e a estrutura das informações que devem compor o parecer, além de incluir informações relevantes sobre as Demonstrações Contábeis da instituição e sobre os Indicadores de Desempenho nos termos da Decisão TCU n° 408/2002 (Item 2.5 do Relatório de Gestão).

1

Parecer elaborado pela equipe de profissionais da AUDIN/UFSC: Aldo Felipe da Mata/Contador, Fabrício Kristian Tonelli Kuster/Auditor, Ivan Almeida de Azevedo/Contador, João Batista da Silva/Assistente em Administração, Juliana Pires Schulz/Contadora, Lucas dos Santos Matos/Assistente em Administração, Marco Antônio Cechinel/Auditor e Maura Regina Teodoro/Contadora, com a cooperação técnica do Prof. Dr Orion Augusto Platt Neto do Departamento de Ciências Contábeis (CSE/UFSC) no item referente aos indicadores de desempenho.

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1 COMPOSIÇÃO DO PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

Da apreciação do processo de Prestação de Contas Anual, verificou-se que está constituído com as peças de responsabilidade da unidade jurisdicionada previstas nos Incisos I e II do artigo 13 da Instrução Normativa TCU nº 63, de 1º de setembro de 2010, alterada pela Instrução Normativa TCU nº 72, de 15 de maio de 2013, contendo o Rol de Responsáveis e o Relatório de Gestão do exercício de referência. Da análise do conteúdo do Relatório de Gestão, verificou-se que as informações prestadas seguiram as orientações constantes do Anexo II da Decisão Normativa TCU nº 146, de 30 de setembro de 2015, detalhadas no anexo único da Portaria TCU nº 321 de 30 de novembro de 2015.

2 INFORMAÇÕES RELACIONADAS AOS CONTROLES INTERNOS2

2.1 Normas que regulam a atuação da Auditoria Interna

O Regimento da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, aprovado pela Resolução Normativa n.º 28/CUn, 27 de novembro de 2012, na Seção III, art. 10, define as competências da Auditoria Interna. O Regimento Interno específico da unidade foi elaborado e está em fase de aprovação pela autoridade superior. Estes documentos podem ser acessados nos seguintes endereços eletrônicos:

- Regimento da Reitoria: http://portal.reitoria.ufsc.br/files/2014/01/Regimento_Reitoria.pdf

- Minuta do Regimento da AUDIN: http://audin.ufsc.br/regimento-interno/

2

Apresentação estruturada de acordo com as orientações do TCU no sistema e-Contas (item 12 do anexo único da Portaria nº 321, de 30 de novembro de 2015).

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2.2 Independência e objetividade da Auditoria Interna

A Auditoria Interna da Universidade Federal de Santa Catarina atua de forma independente e objetiva. É a Auditoria Interna que propõe ao Conselho Universitário quais ações de auditoria devem ser contempladas no Planejamento Anual das Atividades de Auditoria Interna. Da mesma forma, a equipe de técnicos da AUDIN elabora e encaminha as solicitações de auditoria, recebe diretamente as informações e documentação solicitadas às áreas auditadas e elabora os relatórios de auditoria.

A minuta de regimento interno da unidade, que aguarda aprovação final, prevê as garantias necessárias para que os profissionais possam exercer as atividades com independência e objetividade.

2.3 Estrutura e posicionamento da unidade de Auditoria Interna

A unidade de Auditoria Interna da Universidade Federal de Santa Catarina foi criada pela Resolução do Conselho Universitário n° 04/CUn/2002, de 31 de janeiro de 2002 e está formalmente subordinada à Reitoria e Vice-Reitoria da UFSC, conforme dispõe o artigo 5° do Regimento da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, aprovado pela Resolução Normativa n.º 28/CUn, 27 de novembro de 2012:

Art. 5º A Administração Central, formada pelos Órgãos Executivos Centrais, compreende a seguinte estrutura organizacional básica:

I – Reitoria e Vice-Reitoria: (...)

b) Auditoria Interna; (...)

A Auditoria Interna é composta pelo Auditor-Chefe da unidade (Código de Função CD-4), cuja nomeação é submetida pelo(a) Reitor(a) à aprovação do Conselho Universitário e da Controladoria Geral da União, e por uma Coordenação de

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Controle e Acompanhamento (Código de Função FG-1) e todos os servidores da Unidade são subordinados ao Auditor-Chefe.

Quanto à estrutura funcional, ao final de 2015 a equipe da Auditoria Interna estava formada por oito profissionais, incluindo o Auditor-Chefe e o Coordenador de Controle e Acompanhamento.

2.4 Avaliação dos controles internos administrativos

Durante o exercício de 2015 foram realizadas auditorias nas seguintes áreas:

a) Inventário patrimonial de bens móveis e imóveis; b) Gestão dos Almoxarifados de Materiais de Consumo; c) Atualização do Plano de Providências da Auditoria Interna; d) Gestão da frota dos veículos da UFSC;

e) Contratos de serviços terceirizados de duração continuada; f) Contratos firmados com as fundações de apoio.

As ações de auditoria realizadas pela AUDIN no exercício demonstraram que os controles internos administrativos da entidade carecem de aperfeiçoamento. De modo geral, constatou-se que as unidades auditadas não possuem rotinas formalizadas. Tal fato prejudica as ações de gestão na prevenção de riscos inerentes às atividades administrativas.

Com base nos exames realizados, considerando os escopos que orientaram as ações, os servidores designados para a execução dos trabalhos emitiram opinião a partir das evidências encontradas em cada área e formularam recomendações relacionadas à estruturação dos controles, no sentido de evitar, identificar e corrigir falhas e irregularidades e minimizar os riscos. Todas as constatações e recomendações foram consignadas em relatórios de auditoria e devidamente encaminhadas aos gestores.

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No tocante à Auditoria Interna, cumpre ressaltar que não há normas internas que orientem as diversas unidades da instituição no que tange ao acesso às informações necessárias aos trabalhos de auditoria. Outra fragilidade de controle está na inexistência de manuais específicos relacionados às atividades de auditoria. Tal fato dificulta a aprendizagem organizacional, a padronização dos procedimentos e o desempenho das rotinas de auditagem. No que tange à capacitação dos servidores, faz-se necessária à capacitação constante do corpo técnico de forma a possibilitar que a unidade atenda a contento as demandas geradas pelos gestores e pelos órgãos de controle interno e externo, decorrentes de normativos e da legislação vigente.

2.5 Rotinas de acompanhamento e de implementação das recomendações da AUDIN

A unidade de Auditoria Interna conta com uma Coordenação de Controle e Acompanhamento, que tem como função principal acompanhar as diligências externas oriundas dos órgãos de controle e monitorar se as providências propostas pela CGU e as determinações do TCU estão sendo implementadas.

Quanto à implementação das recomendações oriundas dos trabalhos de auditoria interna, devido às limitações operacionais da unidade, a análise e a confirmação do atendimento ou não das recomendações é efetuada quando da realização de nova auditoria sobre o mesmo objeto ou de ação específica para este fim.

2.6 Sistema para monitoramento dos resultados decorrentes dos trabalhos da

AUDIN

No decurso do exercício, foram propostas aos gestores recomendações que a AUDIN considerou necessárias ao aprimoramento dos controles internos. Porém a AUDIN não possui sistema para monitoramento dos resultados.

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2.7 Informações de como se certifica que a administração toma conhecimento das recomendações e assume os riscos pela não implementação.

Ao término dos trabalhos de cada auditoria são encaminhados os relatórios com os resultados dos exames para que os gestores das áreas auditadas adotem as providências necessárias à regularização das impropriedades ou irregularidades encontradas. Os relatórios são encaminhados também à Administração Superior para conhecimento e providências, quando necessárias.

2.8 Descrição da sistemática de comunicação à gestão superior sobre riscos

considerados elevados decorrentes da não implementação das

recomendações da auditoria interna.

Os resultados preliminares de cada ação de auditoria são levados ao conhecimento dos responsáveis pelas áreas auditadas, quando é solicitado destes as manifestações formais com os esclarecimentos adicionais ou as justificativas a respeito das ocorrências identificadas. Salienta-se que durante os trabalhos as demandas consideradas mais relevantes ou necessárias para esclarecimento do objeto auditado são repassadas aos gestores responsáveis pelas áreas e, quando necessário, aos gestores da Administração Superior.

Posteriormente, é elaborado o relatório final da auditoria, contendo as constatações e as recomendações que os auditores consideram necessárias ao aprimoramento dos controles internos ou para sanar as irregularidades encontradas. Este relatório é encaminhado aos responsáveis pelas unidades auditadas, ao Gabinete da Reitoria e à Controladoria-Regional da União no Estado de Santa Catarina (CGU-R/SC). Na oportunidade, é solicitada aos gestores das unidades a apresentação de plano

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que contemple as providências a serem implementadas, visando sanar as irregularidades apontadas.

Durante todo o processo, a equipe da AUDIN permanece à disposição dos gestores para esclarecimento de dúvidas ou proposições para a melhoria da gestão e, sempre que necessário, participam de reuniões com membros da Administração Superior a fim de tratar de temáticas relativas às fragilidades da Instituição, suscitadas, inclusive, em decorrência de relatórios de auditoria.

2.9 Informações gerenciais sobre a execução do Plano de Trabalho da Auditoria Interna

Ao longo do exercício a Auditoria Interna pautou sua atuação nas ações previstas no PAINT 2015, tanto nos trabalhos de auditoria realizados, quanto no acompanhamento da implementação das recomendações da CGU e das determinações do TCU.

O Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna (PAINT) previu para o exercício a realização de 9 (nove) ações de auditoria, a seguir relacionadas. Ação nº 001 - Parecer sobre a prestação de contas da UFSC referente ao exercício de 2014.

Ação nº 002 - Gestão da frota dos veículos da UFSC.

Ação nº 003 - Contratos de serviços terceirizados de duração continuada.

Ação nº 004 - Atualização dos Planos de Providências da CGU referentes aos relatórios de auditoria dos exercícios de 2013 e 2014.

Ação nº 005 - Atualização dos Planos de Providências referentes aos relatórios de auditoria da AUDIN.

Ação nº 006 - Atualização dos Planos de Providências da CGU referentes aos relatórios de auditoria dos exercícios anteriores a 2012 (inclusive).

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Ação nº 007 - Processos licitatórios realizados na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação (RDC).

Ação nº 008 - Contratos firmados com as fundações de apoio.

Ação nº 009 - Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES).

No decorrer do exercício foram encerradas duas ações pendentes do exercício anterior e das nove previstas no planejamento, quatro ações foram iniciadas e encerradas em 2014 (Ações nº 001, 002, 003 e 005) e duas ações foram iniciadas no exercício com previsão de encerramento para o início de 2016 (Ações nº 007 e 008). Considerando a necessidade de racionalização de ações prevista na IN CGU 01/2001 (anexo I, capítulo X, item 5), as ações nº 004 e 006, referentes ao acompanhamento das recomendações oriundas dos relatórios da CGU não foram executadas, pois a própria CGU efetuou a revisão de seu Plano de Providências, e a ação 009, referente ao PNAES foi iniciada e interrompida, devido ao início de trabalho com o mesmo objeto executado pela CGU-R/SC (Ofício 26649/2015/CGU-R/SC, de 18/11/2015 – OS 201505048).

Os fatores que influenciaram no andamento dos trabalhos foram principalmente as alterações constantes no quadro funcional da AUDIN e ao movimento de paralisação das atividades dos servidores da UFSC durante o exercício.

3 INFORMAÇÕES RELACIONADAS ÀS DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS E AOS INDICADORES DE DESEMPENHO

A Auditoria Interna verificou o conteúdo das demonstrações contábeis de 20153 em conjunto com as declarações de integridade4 e os indicadores de desempenho5 constantes do Relatório de Gestão, apresentando neste item as informações que considerou relevante.

3 Item 5.7, fls 162-192 do Relatório de Gestão. 4

Item 10, fls 605-618 do Relatório de Gestão.

(9)

Quanto às demonstrações contábeis, as informações trazidas ao Relatório de Gestão refletem a situação orçamentária, financeira e patrimonial, com as ressalvas apontadas no documento “Declaração do Contador”6. Dentre as ressalvas, ressalta-se a falta de conciliação e controle contábil das contas de ativo e a do passivo da UG UFSC. Na UG HU, as ressalvas referem-se à ausência da realização da conformidade contábil no exercício de referência, conforme consta do documento “Declaração sobre Conformidade Contábil”7

, e de conciliação no estoque de almoxarifado.

Em relação do alinhamento às Normas Internacionais de Contabilidade, a legislação brasileira passou por significativas transformações. A Secretaria do Tesouro Nacional editou o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), com abrangência nacional, que permitem e regulamentam o registro da aprovação e execução do orçamento e resgatam o objeto da contabilidade – o patrimônio. As estruturas das demonstrações contábeis contidas nos anexos da Lei n° 4.320/1964 foram atualizadas pela Portaria STN n° 438/2012, em consonância com os novos padrões da Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP). Foi verificado que os demonstrativos contábeis de 2015 já apresentam o novo formato.

A seguir são apresentadas informações sobre as demonstrações contábeis relativas ao exercício de 2015 e as considerações sobre os indicadores de desempenho.

3.1 Balanço Orçamentário

O Orçamento para o exercício de 2015, aprovado de acordo com a

Resolução nº 99/CC, de 21/05/2015, determinou como crédito inicial para a

6

Item 10.6, fls 614-618 do Relatório de Gestão.

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Universidade Federal de Santa Catarina e Hospital Universitário o valor de R$ 1.364.727.449,00, em conformidade com a Lei Orçamentária n° 13.115, de 20/4/2015, que estimou a receita e fixou a despesa da União para o exercício financeiro de 2015.

Os quadros a seguir, representam resumidamente os valores constantes do Balanço Orçamentário, sendo que o quadro 1 demonstra a receita prevista em confronto com a realizada e o quadro 2 demonstra o confronto da despesa fixada com a executada.

Quadro 1: Receita prevista em confronto com a realizada

Títulos – Receita Previsão

Atualizada Realização Diferença (R$) Percentual

Receitas Correntes 45.562.369,00 21.795.147,36 (23.767.221,64) 47,84%

Receitas de Capital 47.035,00 0,00 (47.035,00) -

Total 45.609.404,00 21.795.147,36 (23.814.256,64) 47,79%

Déficit - 1.518.446.627,27 - -

Total 45.609.404,00 1.540.241.774,63 1.494.623.370,63 -

Fonte: Balanço Orçamentário – Receitas – Ano 2015 – SIAFI

Do quadro acima, verifica-se que o resultado da receita orçamentária (diferença entre a receita prevista e a receita realizada) representou uma insuficiência de arrecadação no valor de R$ 23.814.256,64.

Quadro 2: Confronto da despesa fixada com a executada

Títulos – Despesa Dotação

Atualizada Execução Diferença (R$) Percentual

Créditos

Iniciais/Suplementares 1.507.534.583,00 1.540.241.774,63 32.707.191,63 102,17%

Total 1.507.534.583,00 1.540.241.774,63 32.707.191,63 102,17%

Superávit Total - - - -

Total 1.507.534.583,00 1.540.241.774,63 32.707.191,63 102,17%

Fonte: Balanço Orçamentário – Despesas – Ano 2015 – SIAFI

A despesa executada de R$ 1.540.241.774,63 foi maior que a despesa prevista em R$ 32.707.191,63, o que representou 102,17% dos créditos autorizados.

(11)

O Resultado da Execução Orçamentária em 2015 foi de R$ 1.518.446.627,27, obtido pela diferença entre a receita realizada de R$ 21.795.147,36 e a despesa executada de R$ 1.540.241.774,63, representando um Resultado Deficitário, visto que a realização da receita foi menor que execução da despesa.

3.2 Balanço Financeiro

De acordo com art. 103 da Lei 4.320/1964, o Balanço Financeiro demonstra as receitas e despesas orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie proveniente do exercício anterior e os que são transferidos para o exercício seguinte.

Resumidamente o Balanço Financeiro de 2015 pode ser demonstrado:

Quadro 3: Balanço Financeiro – Ano 2015 – resumido

Especificação 2015 Especificação 2015

Receitas Orçamentárias 21.795.147,36 Despesas Orçamentárias 1.540.241.774,63

Ordinárias 631.299,72 Ordinárias 514.397.768,53 Vinculadas 21.163.847,64 Vinculadas 1.025.844.006,10 Transferências financeiras recebidas 1.724.721.735,69 Transferências financeiras concedidas 193.589.900,17 Resultantes da Execução orçamentária 1.622.675.254,92 Resultantes da execução orçamentária 191.768.479,60 Independentes da Execução orçamentária 102.046.480,77 Independentes da execução orçamentária 1.821.420,57 Recebimentos

extraorçamentários 105.539.079,67 Pagamentos Extraorçamentários 145.334.069,52

Saldo do exercício anterior 54.722.411,39 Saldo para o exercício seguinte 27.612.629,79

Caixa e equivalentes de caixa 54.722.411,39 Caixa e equivalentes de caixa 27.612.629,79

Total de Ingressos 1.906.778.374,11 Total de Dispêndios 1.906.778.374,11

Fonte: Balanço Financeiro – Ano 2015 - SIAFI

O Resultado Financeiro do Exercício (RFE) foi de R$ 27.109.781,60, superavitário, obtido pela diferença entre o saldo final (SF) e o saldo inicial (SI) das

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disponibilidades, ou seja, a diferença entre os ingressos orçamentários e extraorçamentárias e os dispêndios orçamentários e extraorçamentários, representando uma redução do saldo de caixa e equivalentes de caixa ao final do exercício de 2015, conforme demonstrado abaixo:

Quadro 4: Resultado Financeiro do Exercício RFE = SF - SI

Saldo Final 27.612.629,79 Saldo Inicial (54.722.411,39)

RFE 27.109.781,60

Fonte: Balanço Financeiro – Ano 2015 – SIAFI

O saldo para o exercício seguinte da conta caixa e equivalentes de caixa em 31/12/2015 foi de foi de R$ 27.612.629,79.

3.3 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública, por meio de contas representativas do patrimônio público, além das contas de compensação.

A classificação dos elementos patrimoniais nos termos da NBC T 16.6 considera a segregação em circulante e não-circulante, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade. No patrimônio líquido deve ser evidenciado o resultado líquido do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores.

Quadro 5: Balanço Patrimonial – Ano 2015

ATIVO PASSIVO

ESPECIFICAÇÃO ANO 2015 ESPECIFICAÇÃO ANO 2015

ATIVO CIRCULANTE 82.990.434,48 PASSIVO CIRCULANTE 48.561.813,49

Caixa e equivalente de caixa 27.612.629,79 Fornecedores e contas a pagar a

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Demais créditos e valores a

curto prazo 25.634.025,92 Demais obrigações a curto prazo 17.484.936,15

Estoques 29.743.778,77

ATIVO NÃO

CIRCULANTE 787.661.522,56

PASSIVO NÃO

CIRCULANTE -

Imobilizado 783.981.598,08 Obrigações trab. previd. e assist.

a pagar a longo prazo -

Bens móveis 196.621.335,31 Fornecedores e contas a pagar a

longo prazo -

Bens móveis 246.192.660,71 Obrigações fiscais a longo prazo - (-) Depreciação,

amortização, exaustão acum. de bens móveis

(49.571.325,40) (-) Redução ao valor

recuperável de bens móveis -

Bens imóveis 587.360.262,77 TOTAL DO PASSIVO

EXIGÍVEL 48.561.813,49

Bens imóveis 590.972.654,49 Resultados acumulados 822.090.143,55

(-) Depreciação,

amortização, exaustão acum. de bens imóveis (3.612.391,72) Resultado do exercício - 368.134.784,67 (-) Redução ao valor

recuperável de bens imóveis - Resultado de exercícios anteriores 1.219.681.500,04

Intangível 3.679.924,48 Ajustes de exercícios anteriores

(29.456.571,82) Softwares 3.679.924,48 TOTAL DO PATRIMÔNIO

LÍQUIDO 822.090.143,55

(-) Amortização acumulada

de softwares -

(-) Redução ao valor

recuperável de softwares -

TOTAL DO ATIVO 870.651.957,04 TOTAL DO PASSIVO E

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 870.651.957,04

Fonte: Balanço Patrimonial – Ano 2015 - SIAFI

Do quadro acima, verifica-se que em 2015, o total de Ativo e Passivo resultou no montante de R$ 870.651.957,04. O Patrimônio Líquido da UFSC correspondeu ao valor de R$ 822.090.143,55, obtido pela diferença entre o somatório das contas do Ativo e do Passivo, identificado como Ativo Real Líquido.

(14)

3.4 Demonstração das Variações Patrimoniais

Segundo o art. 104 da Lei 4.320/1964 a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária e indicará o resultado patrimonial do exercício, relacionados às alterações do patrimônio. Abaixo um quadro resumido dos dados extraídos da Demonstração das Variações Patrimoniais referente ao exercício de 2015:

Quadro 6: Demonstração das Variações Patrimoniais – Ano 2015 – resumido

ESPECIFICAÇÃO 2015

Variações Patrimoniais Aumentativas 1.840.684.600,65

Exploração e venda de bens, serviços e direitos 17.270.053,49 Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 1.774.797,65 Transferências e delegações recebidas 1.725.420.282,90 Variações e ganhos c/ ativos e desincorporação de

passivos 93.148.221,02

Outras variações patrimoniais aumentativas 3.071.245,59

Variações Patrimoniais Diminutivas 2.208.819.385,32

Pessoal e encargos 840.561.780,89

Benefícios previdenciários e assistenciais 388.688.116,63 Uso de bens, serviços e consumo de capital fixo 267.037.475,73

Variações patrimoniais diminutivas financeiras 112.691,69 Transferências e delegações concedidas 193.615.583,17 Desvalorização e perda de ativos e incorporação de

passivos 486.560.576,94

Tributárias 652.480,67

Outras variações patrimoniais diminutivas 31.590.679,60

Resultado patrimonial do período (368.134.784,67)

(15)

O Resultado Patrimonial demonstrado na DVP é a diferença entre as variações ativas e passivas e representa as alterações patrimoniais do exercício. Conforme o quadro acima, em 2015 foi apurado um Resultado Patrimonial Deficitário na ordem de R$ 368.134.784,67.

3.5 Notas Explicativas

Em atendimento ao Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público – MCASP e às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCT, além da obrigatoriedade da elaboração das Demonstrações Contábeis, faz-se necessário a evidenciação das Notas Explicativas.

Consoante ao que dispõe o capítulo específico do MCASP, as Notas Explicativas são parte integrante das demonstrações e possuem como objetivo facilitar a compreensão dos seus usuários. Assim elas devem ser claras, sintéticas e objetivas e devem englobar informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas contábeis e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que não constam nas demonstrações.

As notas explicativas devem ser apresentadas de forma sistemática, assim sendo o MCASP sugere uma ordem de apresentação das Notas Explicativas visando a compreensão e a comparação das DCASP com as de outras entidades8.

O Relatório de Gestão contém as Notas Explicativas apesar de não estarem individualizadas por demonstrativo contábil.

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3.6 Considerações sobre os indicadores de desempenho9

Para efetuar a análise dos indicadores de desempenho, constante do item 2.5 do Relatório de Gestão 2015, foram consideradas as normas que fundamentam a exigência e orientam a elaboração dos indicadores de desempenho, a análise documental do Relatório de Gestão, entrevista em loco com a equipe que executa os cálculos, a checagem dos documentos que serviram de base para a coleta de dados, a verificação dos controles internos existentes nas fontes de dados e a confiabilidade dos dados encaminhados pelos setores para a apuração dos indicadores.

O resultado completo das análises está consignado em relatório específico, a ser submetido à Administração da universidade, contendo as constatações e recomendações que visam o aprimoramento do processo de apuração dos indicadores. Diante das avaliações realizadas, o trabalho apresentou as seguintes conclusões:

“a) Os indicadores representam com proximidade a situação da Instituição e os resultados da gestão, conforme a metodologia exigida pelo TCU (com suas limitações inerentes);

b) Os indicadores tem capacidade de proporcionar a medição da situação ao longo do tempo, por intermédio de séries históricas. Todavia, a série histórica disponibilizada é de apenas cinco anos e a falta de ajuste monetário pode distorcer a percepção dos usuários sobre os indicadores de custo por aluno;

c) Há razoável confiabilidade das fontes dos dados utilizados para o cálculo dos indicadores. Em sua maioria, os dados empregados nos indicadores coincidiram com os que puderam ser observados diretamente nos setores emitentes, predominantemente por meio de sistemas institucionais;

9

Trabalho realizado em cooperação técnica com professor do Departamento de Contabilidade citado na nota 1.

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d) A metodologia escolhida para a coleta, processamento e divulgação dos indicadores é relativamente transparente, no sentido de haver disponibilidade pública na internet, que pode ser aprimorada no sentido da maior divulgação e compreensibilidade;

e) Houve relativa facilidade para obtenção dos dados necessários à elaboração dos indicadores. Destaca-se, todavia, que há um curto espaço de tempo para o Departamento responsável pela apuração dos indicadores após o recebimento dos documentos pelos setores distribuídos na estrutura organizacional;

f) Há facilidade para compreensão dos resultados dos indicadores pelo público técnico especializado na área. Todavia, pode haver menor facilidade para compreensão dos indicadores pelo público em geral, composto por leigos na área. Isto porque os indicadores são apresentados em linguagem técnica (conforme as normas), mas sem atenção de adaptação ao público leigo com o uso de recursos facilitadores de comunicação;

g) Há razoabilidade dos custos de obtenção dos indicadores, haja vista que os dados são extraídos (em sua maioria) de sistemas institucionais já existentes e adaptados à captação necessária. Por isso, a relação custo x benefícios dos indicadores compensa e, se houver condução da informação pela Administração, a mesma pode contribuir para a melhoria da gestão institucional. O fato de o próprio Pró-Reitor de Planejamento e Orçamento elaborar a seção de análise dos indicadores é um sinal positivo de que está a par dos resultados;

Diante desses aspectos pontuados, bem como dos resultados dos exames relatados, manifesta-se a opinião de que há razoável qualidade dos controles internos relacionados à apuração dos resultados dos indicadores de desempenho da Instituição. No geral, os indicadores mostraram-se estáveis, simples e acessíveis, sem mudanças metodológicas substanciais, face ao horizonte histórico. No entanto, merecem atenção as constatações que indicam limitações no tempo de apuração e nos controles internos dos setores de origens dos dados, dentre outras restrições relatadas.”

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4 CONCLUSÃO

A Prestação de Contas Anual é uma exigência legal, pela qual os atos de gestão são relatados de forma a garantir a transparência e atender aos órgãos de controle competentes. A Auditoria Interna analisou o conteúdo do Relatório de Gestão em comparação com as determinações legais e concluiu que o processo está constituído com as peças exigidas pelo TCU.

Com relação aos controles internos administrativos, a atuação da Auditoria Interna constatou que as unidades auditadas no exercício de referência não possuem controles adequados ou suficientes para a gestão de riscos. Neste sentido, para cada área auditada foram formuladas recomendações relacionadas à estruturação e aperfeiçoamento dos controles, no sentido de evitar, identificar e corrigir falhas e irregularidades e minimizar os riscos.

Quanto às demonstrações contábeis, verificou-se que estão apresentadas em conformidade com os novos padrões da contabilidade aplicada ao setor público. Porém, a Declaração do Contador aponta ressalvas que necessitam futuramente ser sanadas, com o a aprimoramento dos controles internos administrativos da área.

Este é o parecer da Auditoria Interna, salientando que o processo de prestação de constas deva ser submetido à apreciação do Conselho de Curadores e do Conselho Universitário da UFSC e posteriormente encaminhado ao Órgão do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Florianópolis, 21 de março de 2016.

Assinatura digital

Aldo Felipe da Mata Auditor-Chefe

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